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IGREJA ORTODOXA RUSSA RECORDA HOJE OS 84 ANOS DA MORTE DO ÚLTIMO CZAR RUSSO: NICOLAU II Cidade do Vaticano, 17 de julho (RV) - Comemoração solene hoje, em grande parte das igrejas ortodoxas da Rússia, em honra do último czar, Nicolau II (*), e de seus familiares, pelo 84º aniversário de sua morte, por mãos dos bolcheviques, em 1918.Canonizados em agosto do ano 2000, o czar, a czarina Alexandra e seus cinco filhos são recordados com celebrações solenes em muitas cidades do país. Em São Petersburgo _ capital dos czares _ foi celebrado um rito na Catedral de São Teodoro _ repleta de fiéis _ que foi edificada por ordem do próprio czar Nicolau II. Outra missa foi oficiada na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, mas não na capela onde, em 1998, o Estado russo pós-soviético fez sepultar, como toda a pompa e circunstância, os restos mortais da família imperial, porque o Patriarcado de Moscou ainda nutre muitas dúvidas sobre a autenticidade dos ossos ali sepultados. São Petersburgo será também, logo mais à noite, cenário de uma procissão que partirá da Basílica do Salvador, construída em 1800, no local onde um comando terrorista havia assassinado o czar reformador, Alexandre II. Outra procissão realizar-se-á em Moscou, onde já foram oficiadas diversas missas, todas com uma maciça presença de fiéis. Na Sibéria, por sua vez, foram celebrados ritos "de reparação", pelo fato de Nicolau II e seus familiares terem sido mantidos prisioneiros na região dos Urais onde foram, sucessivamente, eliminados. (AF) (*) A família imperial Romanov reinou na Rússia de 1613 a 1917, quando ocorreu a Revolução Russa. Os Romanov eram descendentes de um aristocrata de Moscou, cuja filha _ Anastácia Romanovna _ contraiu matrimônio com o czar Ivan IV, o Terrível. Os filhos de Nikita, irmão de Anastácia, adotaram o nome Romanov em homenagem ao avô. O neto de Nikita, Miguel, tornou-se o primeiro czar Romanov. O último foi Nicolau II (1894-1917). Após o triunfo da Revolução foi mantido prisioneiro e, em 1918, fuzilado com toda sua família. Em 1998, oitenta anos após o fuzilamento, foram enterrados, em São Petersburgo, os restos mortais do czar, da czarina e de seus filhos. O exame de DNA garantiu com 99,9% de segurança que se tratava de fato da ossada dos últimos governantes da família Romanov, dinastia que governou o país durante 304 anos. Mas a Igreja Ortodoxa russa continua nutrindo dúvidas de que essas ossadas fossem realmente da família imperial. |