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ORAÇÃO DE AZARIAS A DEUS FOI TEMA DA CATEQUESE DO PAPA NA AUDIÊNCIA
GERAL DE HOJE
Cidade do Vaticano, 14 mai (RV) - JPII iniciou suas atividades de hoje com a Audiência Geral das quartas-feiras _ o tradicional encontro, no Vaticano, com fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo. Em sua catequese, o Santo Padre meditou sobre o Livro de Daniel, 3, 26: “O Cântico de Azarias na fornalha”. O cântico da esperança que nasce do fogo da perseguição. É o cântico que Azarias entoa entre as chamas da fornalha, na qual o rei babilônico Nabucodonosor, o lançou por não ter renunciado à própria fé em Deus. A figura e a oração a Deus, do jovem Azarias, símbolo de Israel obrigado ao exílio e disperso na diáspora, foram o objeto de reflexão de JPII, durante a Audiência Geral, na Praça São Pedro. A ação do cântico bíblico, contido no texto grego do Livro de Daniel, contempla Azarias “no meio do fogo” junto a outros dois fiéis judeus, Ananias e Misael. Os três aceitam seu suplício como uma “justa pena”: a perseguição _ explicou JPII _ é o meio através do qual “Deus purifica o povo pecador”. Nas palavras de Azarias, o tom não tem acento de rebelião contra o céu. Trata-se, observou o Pontífice, de “uma oração penitencial que não acaba no desencorajamento e no medo, mas sim na esperança”. Apesar “da situação trágica do presente”, que os têm vítimas perseguidas de um povo em exílio, a prova do martírio não impede que Azarias recorde a bênção e as promessas de paz e de fecundidade que Deus dirigiu, no passado, a Abraão, Isaac e Jacó. “Deus é fiel e não faltará às suas promessas”, afirmou o Papa, acrescentando: “Embora a justiça exija que Israel seja punido por suas culpas, permanece contudo a certeza de que a última palavra será a da misericórdia e do perdão (...) A esperança não é a da morte, mas de uma nova vida, após a purificação.” E o sinal mais evidente da purificação por parte do penitente, é o “coração contrito” e “o espírito humilhado”. É esse o “sacrifício mais precioso e aceito” por Deus, ao qual é oferecido “o eu renovado da prova” a fim de que o acolha “como sinal de conversão e de consagração ao bem”. “Com essa disposição interior _ precisou o Papa _ cessa o medo, acabam a confusão e a vergonha e o espírito se abre à confiança num futuro melhor, quando se cumprirão as promessas feitas aos pais.” Após concluir a catequese, o Pontífice se dirigiu, em onze línguas, aos diversos grupos de fiéis e peregrinos reunidos sob o sol luminoso que inundava, esta manhã, a Praça São Pedro. Eis
o resumo quem o Papa fez, em português, de sua catequese, ao fim da
qual concedeu a todos os fiéis e peregrinos presentes, a sua bênção
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