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quarta-feira, 04/27/2005

IRMÃO DO PAPA REVELA AS PENÚRIAS DA FAMÍLIA RATZINGER NA ALEMANHA NAZISTA

Berlim, 26 abr (RV) - A semana passada foi muito intensa para o Pe. Georg Ratzinger. Além de atender à avalanche de jornalistas, precisou defender duramente o irmão, agora Bento XVI, contra as acusações maldosas da imprensa, que afirmavam que o novo Papa teria pertencido à "Juventude Hitleriana".

Quando o jornal britânico "The Sun" escreveu o título "Da juventude hitleriana... a Papa Ratzi" numa de suas manchetes, Pe. Georg Ratzinger viu a necessidade de explicar com clareza, o passado de sua família e de seu irmão.

"Quem escreve esse tipo de coisas, escreve porque precisa escrever" _ disse Pe. Georg, referindo-se às manchetes mais sensacionalistas, e acrescentou que "os que escrevem isso... não entendem que tempos eram aqueles".

Nos tempos da Alemanha nazista, os Ratzinger escutavam no rádio, as notícias dos aliados. "Era um ato de desafio muito simples, mas perigoso na pequena cidade bávara. Nosso pai fazia isso para que nós, seus filhos, soubéssemos a verdade sobre os nazistas e a 2ª Guerra Mundial" _ recordou ele.

Pe. Georg comentou que, ouvir os aliados "era absolutamente proibido. Se alguém fosse pego ouvindo os aliados, era levado ao campo de concentração; por isso, fazíamos em segredo. As notícias alemãs não eram seguras. Meu pai queria escutar o que de fato estava acontecendo".

O fato de, aos 14 anos, Joseph ter pertencido à juventude hitleriana, e ao exército, quando tinha 18, permitiram que o atual Pontífice e seu irmão pudessem sobreviver.

"(O Papa) não tinha outra alternativa: ou se unia ao grupo, ou era morto. Era um regime brutal. Era uma ditadura desumana" _ declarou o sacerdote, acrescentando que "não havia nada de bom nela. Ele (o Papa) foi operador de rádio. Nunca brigou. Eram tempos duros e precisou lidar com os canhões, pistolas e outras armas."

Segundo Volker Dahm, Diretor de pesquisas sobre a época nazista, do Instituto de História Contemporânea de Munique "aproximadamente 90% dos jovens na Alemanha fizeram parte da juventude hitleriana. Negar-se a pertencer a ela, era condenar-se a ser enviado a um campo de reeducação, algo parecido a um campo de concentração".

Em 1943, quando Joseph Ratzinger tinha 16 anos, toda a sua classe do Seminário foi convocada para ajudar nas baterias antiaéreas que defendiam uma fábrica da BMW e depois uma fábrica de aviões, em Oberpfaffenhofen, na qual se construíram os primeiros jatos alemães.

Em 1944, foi obrigado a servir na construção de diques antitanques na fronteira austro-húngara. "Um oficial do Serviço Secreto veio e nos obrigou ao alistamento", como escreveu o novo Papa, em seu livro autobiográfico "Memórias 1927 - 1977". "Alguns se alistaram neste grupo criminoso. Eu tive a sorte de dizer que queria ser sacerdote católico e me deixaram livre, com insultos" _ comentou Bento XVI nesse livro.

Personagens tão polêmicos como Abraham Foxman, Diretor da Liga Antidifamação dos Estados Unidos, também tomaram a defesa do novo Papa. Foxman declarou que o Papa Bento XVI "é um sobrevivente da tirania e deve ser valorizado como um homem que viu a pior coisa da humanidade, e passou o resto de sua vida buscando algo muito melhor". (MZ)

© Rádio Vaticano

Webmasters: Carmen de Andrade Ferreira
e Bianca Fraccalvieri


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