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quarta-feira, 05/25/2005

CHEFES DA IGREJA ORTODOXA GREGA REUNIDOS EM ISTAMBUL, DISCUTEM SOBRE IRINEU I

Istambul, 24 mai (RV) - Representantes das igrejas ortodoxas do mundo inteiro estão reunidos esta semana, na sede do Patriarcado Ecumênico, para elaborar um decreto de destituição de Irineu I, Patriarca Ortodoxo de Jerusalém.

O controvertido Patriarca é acusado de ter vendido imóveis de propriedade da Igreja Ortodoxa de Jerusalém a alguns empresários judeus. Os imóveis fazem parte de algumas construções que estão dentro dos muros da cidade velha, a poucos passos da elegante porta de Jaffa, e são usadas como hotel para os peregrinos.

O encontro de Istambul está sendo presidido pelo Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, máxima autoridade da ortodoxia. Desse encontro participam 42 representantes de 14 Igrejas ortodoxas, dentre os quais os patriarcas de Alexandria, Antioquia, Moscou, Sérvia, Grécia, Chipre e Polônia. Participa também Irineu I, que chegou ontem a Istambul, acompanhado de dois guarda-costas.

O Patriarca de Jerusalém já foi destituído de sua Igreja no dia 7 do corrente. Um comunicado do Sínodo Ortodoxo de Jerusalém já decretou que Sua Beatitude Irineu I fosse removido "de sua posição de Patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém e não tem agora nenhum poder ou autoridade para agir em nome do Patriarcado".

A venda dos imóveis na cidade velha desencadeou a ira da comunidade ortodoxa. Os fiéis se sentem ofendidos, sobretudo porque o ex-patriarca teria "embolsado" uma significativa soma (vozes em Jerusalém falam de 150 milhões de dólares americanos). Em segundo lugar, porque em Jerusalém há uma pressão do governo israelense para afastar os cristãos da cidade velha, substituindo-os por famílias judaicas. Os ortodoxos julgam a venda uma grande traição contra a presença da Igreja na cidade.

Semanas atrás, os ortodoxos receberam Irineu I com injúrias, definindo-o "traidor como Judas". O governo israelense retardou por anos, o reconhecimento de Irineu. Segundo personalidades da Igreja greco-ortodoxa, a venda dos imóveis foi o preço pago pelo Patriarca para obter seu reconhecimento.

Do dia 7 do corrente maio até sua partida para Jerusalém, Irineu I permaneceu fechado em seu apartamento no Patriarcado, vigiado por soldados israelenses armados até os dentes, e em companhia de guarda-costas, temendo reações violentas por parte da comunidade.

Do ponto de vista canônico o Sínodo Ortodoxo de Jerusalém não tem poder para afastar o Patriarca, mas a rejeição em reconhecê-lo pode provocar maiores problemas e tensões.

O Secretário-geral do Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém, o Arcebispo Aristarco, declarou que o Sínodo tomou uma "decisão justa", ao afastar Irineu I.

Em todo caso, todos os fiéis estão prontos a obedecer à decisão final do Sínodo de Istambul. (MZ)

© Rádio Vaticano

Webmasters: Carmen de Andrade Ferreira
e Bianca Fraccalvieri


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