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28/7/2010
BRASIL TEM NOVO ORDINÁRIO PARA FIÉIS DE RITO ORIENTAL
◊ Cidade do Vaticano, 28 jul (RV) - O Santo Padre nomeou esta quarta-feira como novo Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG).
Dom Walmor sucede assim ao Cardeal Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Ao chegarem ao Brasil, os imigrantes católicos de ritos orientais não possuíam templos nem sacerdotes próprios, e participavam das comunidades de rito latino. Com o tempo, os imigrantes decidiram que era necessário construir templos conforme suas tradições, para conservar, mesmo fora de seus países, seus costumes religiosos.
Assim, em 14 de novembro de 1951, o Papa Pio XII, através do decreto "Cum fidelium", da Congregação para as Igrejas Orientais, criou o Ordinariato para os fiéis orientais católicos: maronitas, greco-melquitas, ucranianos, russos, romanos, sírios, coptas e armênios.
Para conhecer mais sobre a hierarquia das Igrejas Orientais no Brasil, sua constituição e distribuição geográfica, consulte o site www.igrejascatolicasorientais.com
(BF)
PREPARATIVOS PARA A VIAGEM DE BENTO XVI À GRÃ-BRETANHA
◊ Cidade do Vaticano, 28 jul (RV) - Na Escócia e na Inglaterra, estão em pleno ritmo os preparativos para a viagem apostólica de Bento XVI, programada de 16 a 19 de setembro próximo.
Trata-se da primeira visita de Estado de um Papa ao Reino Unido, já que a viagem de João Paulo II, em 1982, teve uma dimensão exclusivamente pastoral.
Já no primeiro dia da visita, dia 16, Bento XVI será recebido pela Rainha Elizabeth, no Palácio de Holyrood House em Edimburgo.
Sobre a organização e as expectativas para este evento, a Rádio Vaticano entrevistou o responsável do primeiro-ministro pela viagem papal, Lord Christopher Patten, que visitou a sede da emissora:
RV:– Qual é, na sua opinião, o maior desafio para as próximas semanas?
LORD PATTEN:- "O fato de as pessoas subestimarem a complexidade de unir os aspectos típicos de uma visita de Estado e os de uma visita pastoral. O próprio presidente Obama não poderia se permitir sair e encontrar 100 mil pessoas ao ar livre! Mas agora estamos a um bom ponto. O programa permitirá não somente que a comunidade católica se relacione com o Papa, mas fornecerá também a ocasião para demonstrar que o governo de um país de grande maioria não-católica tem uma vasta agenda de possibilidade de colaboração com a Igreja Católica: a justiça global, as mudanças climáticas e a sustentabilidade do meio ambiente… Ao explicarmos a importância deste evento, poderemos surpreender os que inicialmente foram críticos em relação a esta visita."
RV:– A propósito, as críticas representam uma preocupação?
LORD PATTEN:- "Não. Vivemos em uma sociedade livre. Parece-me consolidado que as pessoas que queiram protestar pacificamente tenham o direito de fazê-lo! Penso que representem uma pequena minoria da comunidade. Ao invés, o que me preocupa muito é garantir não somente a segurança do Santo Padre, mas também que os eventos pastorais não sejam comprometidos, porque isso seria uma grande ofensa."
RV:– Algumas das críticas dizem respeito aos custos, em constante aumento, desta visita papal…
LORD PATTEN:- "O custo da visita para os contribuintes é de 10-12 milhões de esterlinas; mas se considerarmos que no ano passado sediamos um vértice do G20, que durou somente um dia e custou entre 19 e 20 milhões de esterlinas, penso que isso deveria fazer refletir sobre o fato de que tudo deveria ser mantido dentro do próprio contexto."
(BF)
PASTORAL CARCERÁRIA PROMOVE DEBATE SOBRE A TORTURA NO BRASIL
◊ São Paulo, 28 jul (RV) – A Pastoral Carcerária lançará na próxima segunda-feira, 2, na Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo, o relatório "Tortura: uma experiência de monitoramento dos locais de detenção para prevenção da tortura". Durante o evento, haverá debates sobre o sistema prisional e a tortura no Brasil.
Segundo o coordenador da Pastoral Carcerária, Padre Valdir João Silveira, a intenção do relatório é divulgar o que acontece no meio prisional e pressionar o Governo a implementar o mecanismo nacional de combate à tortura, previsto na Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) para Prevenção da Tortura.
"O relatório sobre tortura, elaborado pela Pastoral Carcerária, mostra que juízes e promotores ainda resistem em combater esse tipo de prática no Brasil. De acordo com o documento, as denúncias dos presos raramente são levadas a sério" – afirma o Padre Valdir.
A Pastoral Carcerária registrou casos de tortura em 20 Estados brasileiros, sendo o maior número de casos em São Paulo (71), no Maranhão (30), em Goiás (25) e no Rio Grande do Norte (12). De acordo com o coordenador nacional, em alguns Estados, as equipes ainda não estão treinadas para fazer o levantamento de dados e o acompanhamento dos casos.
De acordo com o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho, a entidade denunciou 211 casos de tortura entre 1997 e 2009. Porém, a maioria dos torturadores não sofreu punições. "Os juízes e promotores acham que estão enfraquecendo a autoridade pública. O que o criminoso diz é sempre mentira. Em vez de julgar com isenção, eles preferem julgar a favor do agente público" – explicou.
O documento contém um trecho da pesquisa da coordenadora geral da Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura (Acat-Brasil), Maria Gorete de Jesus. A entidade analisou 51 processos criminais de tortura na cidade de São Paulo, no período de 2000 a 2004. Dos 203 réus, 127 foram absolvidos, 33 foram condenados por tortura e 21 por outros crimes (lesão corporal ou maus-tratos).
A Pastoral Carcerária atua em todos os Estados brasileiros. Equipes fazem visitas periódicas às penitenciárias para evangelizar detentos. As denúncias de tortura apuradas pela entidade são repassadas para um advogado, que, após fazer entrevistas detalhadas com as vítimas, leva o caso ao Ministério Público. (BF-CNBB)
VENEZUELA: ENCONTRO ENTRE CARDEAL UROSA E ASSEMBLEIA NACIONAL
◊ Caracas, 28 jul (RV) - O arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Liberato Urosa Savino, encontrou-se ontem com quinze membros da Comissão de Coordenação da Assembleia Nacional da Venezuela.
O purpurado ressaltou que o debate foi respeitoso e sereno e foram ouvidos todos os pontos de vista. Durante o encontro, o cardeal leu o seu documento e depois respondeu as perguntas dos membros da comissão.
Recentemente, Dom Urosa Savino declarou que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estava violando a Constituição ao querer impor uma ditadura comunista na Venezuela. O purpurado fez tal declaração após Chávez decretar a prisão do opositor Alejandro Peña Esclusa, acusado de armazenar explosivos a fim de sabotar as eleições legislativas de setembro próximo. Após a declaração do purpurado, Chávez respondeu que o arcebispo tem pequena estatura moral.
"Reitero que os bispos da Venezuela têm o direito e o dever de expressar o que pensam sobre a vida pública do país e não o fazem porque buscam o poder ou porque são aliados a uma parte política" – disse ontem o arcebispo durante a reunião.
A presidente da Assembleia Nacional, Cilia Flores, agradeceu ao purpurado pela sua presença na reunião. "Vim disposta a ouvir as idéias. Podemos considerar como positivo o reconhecimento e o respeito pelas instituições" – frisou ela.
No documento o purpurado afirma: "com toda a boa vontade e espírito de diálogo aberto, pacífico e respeitoso me dirijo a vocês, aceitando o convite da Senhora Cilia Flores. Vim aqui como arcebispo de Caracas, como guia religiosa e pastoral dos cinco milhões de católicos dessa arquidiocese, como cardeal da Igreja na Venezuela e presidente da Conferência Episcopal".
O cardeal recordou a importância e a atualidade do artigo 62 da Constituição, que garante a todos os cidadãos o direito de participar da vida pública. (MJ)
FRIO INTENSO MOBILIZA IGREJA PERUANA
◊ Lima, 28 jul (RV) - Temperaturas insolitamente baixas estão atingindo quase toda a parte meridional da América Latina. No Peru, foi declarado estado de emergência em 16 das 25 regiões do território peruano. O frio causou diversas mortes e prejuízos materiais. A onda de frio é marcada por temperaturas que chegam a 23 graus abaixo de zero em algumas áreas da região meridional de Puno, fronteira com a Bolívia.
O Arcebispo de Lima, o Cardeal Juan Luis Cipriani, lançou uma campanha de solidariedade para com os irmãos mais necessitados da região andina. O Arcebispo convidou todos os sacerdotes, religiosos e fiéis às paróquias de Lima para arrecadar roupas e cobertas e, coordenados com a Caritas de Lima e o Vicariato da Caridade, organizar a distribuição das ajudas a partir da primeira semana de agosto.
"Com esta campanha, peço que as famílias sejam envolvidas na ajuda aos irmãos que sofrem por causa do frio, que está causando sérios danos em diversas áreas do nosso país" – disse o Arcebispo.
O Vicariato da Caridade (que trabalha ao lado da Caritas) é a instituição da Arquidiocese de Lima que trabalha para melhorar a qualidade de vida da população que vive em extrema pobreza e assistir as vítimas dos desastres naturais. A organização está presente nas 118 paróquias que compõem a Arquidiocese de Lima.
Segundo o último relatório da Direção Geral de Epidemiologia do Ministério da Saúde, este ano 409 pessoas morreram em decorrência de pneumonia associada ao frio, a maior parte delas crianças abaixo dos 5 anos e idosos acima de 60 anos.
Este ano, além do tradicional gelo nos altiplanos do país (fenômeno chamado "friaje"), foram registradas baixas temperaturas em diversas regiões da floresta peruana, onde a população não está acostumada ao frio. (BF)
LUZES E SOMBRAS NA VIDA DA IGREJA AFRICANA
◊ Acra, 28 jul (RV) – Foi inaugurada ontem na capital de Gana, Acra, a XV Assembleia Plenária do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM), que está comemorando seus 40 anos de atividades.
A agenda dos trabalhos inclui em especial um workshop para os bispos sobre o tema central da plenária, autonomia e perspectiva para a Igreja na África, e uma mesa-redonda em que, para além da comemoração dos 40 anos do organismo, se renovará o empenho comum em relação aos ideais do SECAM.
Por sua vez, as Conferências Episcopais regionais apresentarão as suas apreciações sobre o II Sínodo para a África, de 2009, e as iniciativas pós-sinodais empreendidas. Entre outros pontos do programa, terá lugar uma conferência sobre "Linguagem e filosofia dos discursos da ONU", por Marguerite Peeters, diretora do Instituto para a dinâmica do diálogo intercultural, de Bruxelas.
O encontro conclui-se no domingo, 1º de agosto, com uma solene liturgia eucarística de ação de graças, na catedral de Acra, pela já longa e frutuosa atividade deste Simpósio dos Bispos Africanos, lançado oficialmente em julho de 1969, em Campala, por ocasião da primeira visita de um Papa - Paulo VI - a terras africanas.
Ontem, ao Arcebispo Emérito de Kumasi, Gana, Dom Peter Sarpong, foi confiada a tarefa de fazer uma análise crítica do Simpósio nos seus 40 anos de vida e no momento em que procura vias para a sua autonomia econômica. Ele traçou um quadro bastante sombrio, embora com algumas luzes no final do túnel. Ouça Dulce Araújo, que está acompanhando o evento… 
"O SECAM está num círculo vicioso. Não consegue ajudar as dioceses africanas a resolver os seus problemas porque elas não o ajudam a desempenhar o seu papel. No entanto, ao longo dos seus 40 anos de vida o SECAM tem feito muito. No amplo balanço que fez ontem, Dom Sarpong indicou nada menos de 27 pontos positivos, entre os quais a produção de estudos sobre diversos aspectos cruciais para a Igreja em África; o apoio a diversas conferencias episcopais em países que tiveram ou têm situações difíceis como Moçambique, Ruanda, Burundi, Sudão; o de ter sido um elo de ligação entre diversas dioceses; de ter criado o sentido da existência duma Igreja em África, de ter encorajado as dioceses a serem vozes dos sem voz junto de instituições e governos, especialmente nos momentos mais difíceis; o de se ter ocupado de questões como a sida; de ter contribuído para a criação de diversos institutos em África, etc. Enfim diversas iniciativas levadas a cabo pelos seus dois principais departamentos de acção: difusão da fé e Justiça, Paz e Desenvolvimento.
Mas a energia, o entusiasmo, a vontade de falar com uma só voz e de criar uma estrutura capaz de levar a visão da África a toda a Igreja universal que estiveram na origem do SECAM parecem ter esmorecido. O não pagamento das quotas por parte das dioceses; a falta de pessoal adequado, a apatia e mesmo indiferença de muitos bispos que consideram o SECAM um pouco redundante, interessando-se, assim, mais por organizações regionais; o pouco poder de decisão do seu Presidente; a falta de unidade dos bispos na actuação das decisões tomadas... tudo tem contribuído para a fraca eficiência e eficácia desta organização pan-africana da Igreja que necessita hoje de ser reposta nos carris para poder continuar a caminhar. Caso contrario, corre o risco de morrer, ou de permanecer extremamente dependente de organismos externos de ajuda à Igreja como Miserior, Missio e outros que, aliás, estão representados nesta Assembleia. Contudo D. Sarpong mostrou-se optimista, à condição de que algumas medidas urgentes sejam tomadas no sentido de tornar o SECAM autónomo não só do ponto de vista económico como também no domínio da fraternidade, da solidariedade e da comunhão entre todos os bispos, razão pela qual, aliás, adoptaram o nome de simpósio (evocação do banquete eucarístico) e não associação, conferência ou organização, no momento da sua criação em 1969. De salientar, aliás, que as comemorações dos 40 anos de fundação deveriam ter sido o ano passado, antes do Sínodo para a África, mas não foram feitas por falta de fundos. Tornar o SECAM autónomo requer espírito de sacrifício, de abnegação, frisou D. Sarpong na sua análise. Algo que já tinha sido sublinhado também pelo actual Presidente do SECAM, o cardeal Policarpo Pengo na homilia da missa de abertura desta 15ª Assembleia, numa espécie de autocrítica de toda a Igreja em África, como, aliás, acontecera também no II Sínodo dos Bispos para a África em Outubro passado no Vaticano.
Para além do pagamento das quotas, esta autonomia passa também por iniciativas inováveis capazes de gerar fundos para a Igreja ao mesmo tempo que servem de meios de difusão da fé e da ética cristã.
E para ajudar os bispos a reforçar esta óptica de autonomia uma sessão teórica e pratica sobre o contexto, os princípios e estratégias neste sentido foi conduzida pela CORAT África, Organização cristã de investigação e aconselhamento à Igreja. As discussões em grupo sobre este tema continuam nesta quarta-feira com partilha geral das ideias na plenária.
De Acra para a Rádio Vaticano, Dulce Araújo." (BF)
PAÍSES AFRICANOS UNIDOS CONTRA INSEGURANÇA ALIMENTAR
◊ Uagadugu, 28 jul (RV) - Intensificar e diversificar as produções agrícolas, investir mais nos institutos de pesquisa, envolver mulheres e jovens nas atividades de produção e transformação dos produtos agrícolas africanos.
Estes são os propósitos da Assembleia Geral do Fórum Africano de Pesquisa Agrícola promovido recentemente em Uagadugu, capital de Burkina Faso, por ocasião da V Semana Africana de Ciências Agrícolas.
As delegações africanas sublinharam a necessidade de instaurar profícuas redes de colaboração recíproca. "A África é o único continente em que nas últimas décadas a produção per capita diminuiu ao invés de aumentar. Permanece o continente que produz o que não consome e consome o que não produz" – disse o novo diretor do Fórum, Tiémoko Yo.
Entre as prioridades a instauração de uma agricultura mais moderna, produtiva, capaz de respeitar o meio ambiente. Como instrumento para explorar melhor o potencial agrícola do continente, foi elaborado um quadro de diálogo entre expoentes africanos e promotores do desenvolvimento a fim de que a agricultura seja um forte meio de crescimento econômico e de luta contra a pobreza.
O próximo Fórum Africano de Pesquisa Agrícola se realizará em 2013 para celebrar a VI edição da Semana Africana de Ciências Agrícolas. (MJ)
BENIN COMEMORA 50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA E 150 DE EVANGELIZAÇÃO
◊ Benin, 28 jul (RV) - Benin, país no oeste da África, estará comemorando, em primeiro de agosto, os 50 anos de sua independência e os 150 anos da própria evangelização.
As celebrações pela sua evangelização já começaram em 18 de abril passado, em cerimônia realizada em frente à primeira igreja construída no país, na cidade de Agoué, em 1835.
As primeiras tentativas de evangelização de Benin datam de 1485, mas a evangelização de fato só veio a ser efetivada em 1861, com os padres Francisco Fernandez – espanhol – e Francesco Borghero – italiano – ambos da Sociedade das Missões Africanas. A eles, em 1878, uniram-se as irmãs de Nossa Senhora dos Apóstolos. (ED)
MISSÃO DE PAZ NA SOMÁLIA TERÁ APOIO REFORÇADO
◊ Kampala, 28 jul (RV) – Terminou ontem, a reunião de cúpula da União Africana, em Campala, capital da Uganda. Os 30 chefes de Estado africanos que estiveram ali reunidos decidiram reforçar o orçamento, os equipamentos e o pessoal da missão de paz que está atuando na Somália.
A poucos quilômetros da cidade onde estão reunidos, a explosão de duas bombas matou 76 pessoas durante a final da Copa do Mundo, no dia 11 de julho.
Os atentados foram reivindicados pelo grupo islâmico Al Shabaab, segundo o qual as explosões foram uma resposta aos ataques a civis feitos pelos soldados da missão de paz.
Decidiu-se que mais dois mil soldados vão ser enviados a Mogadíscio, capital somali, que atualmente tem seis mil militares de Uganda e de Burundi.
O pedido de reforço partiu do Intergovernmental Authority for Development, que é um grupo formado por países do leste da África.
Durante os três dias de reunião, os chefes de Estado debateram sobre a mortalidade infantil e os problemas de saúde da mulher, mas a questão do terrorismo foi a mais discutida. (ED)
COSTA DO MARFIM: 20 ANOS DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PAZ
◊ Yamoussoukro, 28 jul (RV) - No próximo dia 12 de setembro será celebrada uma missa solene em comemoração aos 20 anos da Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro, capital da Costa do Marfim. A presidi-la será o prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Francis Arinze.
Trata-se de uma igreja católica romana classificada pelo Guinness World Records como a maior igreja cristã do mundo. Ela foi construída entre 1985 e 1989, intencionalmente modelada como a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Foi consagrada pelo Papa João Paulo II, em 10 de setembro de 1990.
As celebrações pelo aniversário da Basílica já iniciam em 10 de setembro, tendo entre os convidados solenes o presidente da República, Laurent Gbagbo. (ED)
UCRÂNIA: BOMBA EM IGREJA NO SUL DO PAÍS DEIXA NOVE FERIDOS
◊ Kiev, 28 jul (RV) - Uma explosão ocorrida nesta quarta-feira, em uma igreja de Zaporizhzhya, cidade localizada no sul da Ucrânia, deixou um saldo de nove feridos.
A Ucrânia celebra hoje o aniversário da conversão do país ao Cristianismo, no ano 988.
Das nove pessoas feridas, uma mulher encontra-se em condições graves, segundo informações de uma funcionária do Ministério das Emergências, Yulia Barysheva. A funcionária explicou que a explosão foi provocada por uma bomba de manufatura artesanal. Yulia Barysheva acrescentou que a polícia está investigando os fatos. (AF)
O IDOSO NA IGREJA E NA SOCIEDADE
◊ Juiz de Fora, 28 jul (RV) - O mundo atual tem provocado uma grande inversão de valores. Antigamente, respeitavam-se os mais velhos porque se acreditava que a sua experiência lhes conferia sabedoria. Os conselhos, as advertências deles eram de grande valia na solução dos obstáculos que os jovens deveriam enfrentar. Havia mesmo um consenso popular de que se deveriam respeitar os cabelos brancos dos idosos.
Sabemos que idade não confere a ninguém santidade, mas sabemos também que os idosos já sofreram maiores decepções, já lutaram, já realizaram alguma coisa que os mais novos estão começando a querer realizar. Além disso, os sofrimentos por que passa uma pessoa que já viveu mais burila o seu Ser, tornando-o mais capaz de compreender a vida como um todo.
O episódio da pecadora que estava sendo apedrejada nos remete a uma reflexão oriunda de um pequeno detalhe. Quando Jesus adverte de que quem não tiver culpa atire a primeira pedra, o texto fala que todos foram saindo, a começar pelos mais velhos.
Bem, podemos pensar que os mais velhos, por terem vivido mais, erraram mais. Porém, podemos pensar também que os mais velhos, justamente por terem vivido mais, têm maior consciência de suas faltas, por experiência e por terem desenvolvido, através dos anos, maior consciência do que é certo ou errado.
Grande parte ou a maioria das pessoas tem preconceito contra o idoso. Acham que ele é “gagá”, que não fala coisa com coisa, que está desatualizado. Mas se esquecem que esse velho “gagá” foi quem construiu alguma coisa para que ele, jovem, hoje, tenha condições de vida melhor. Esquece-se também que os jovens de hoje serãoos velhos de amanhãe com menos jovens para cuidar deles.
Na Igreja também sentimos às vezes, esse preconceito, infelizmente. Alguns preferem ouvir a homilia de um padre jovem e despreza as palavras de um padre idoso. Também alguns leigos idosos são rechaçados no seu trabalho pastoral, pela preferência pelo leigo jovem. É a sociedade influindo negativamente na Igreja.
Precisamos de sangue novo, é certo. Renovar é sempre positivo. Mas precisamos nos lembrar de que o espírito jovem não é privilégio dos moços. Há idosos que têm o coração cheio de amor, de esperança, de otimismo e que podem dar o seu quinhão por uma Igreja cada vez mais anunciadora do Evangelho. E há jovens que questionam tudo, sem encontrar soluções e que não têm nada a acrescentar ao enriquecimento da sociedade. É bom lembrar que existem jovens na idade e velhos na mentalidade; velhos na idade e jovens na mentalidade.
Na verdade, podemos debitar isto a jovens e velhos que, em busca de valores temporais, estão deixando de lado os valores eternos. A sociedade precisa ser revista, analisada novamente e refeita.
O amor não tem idade. Pode florescer e crescer no coração de crianças, de jovens, de adultos, de idosos. Afinal, somos todos Igreja e o respeito ao idoso deve ser uma demonstração de maturidade e de respeito em favor de um reconhecimento da colaboração que os idosos oferecem e podem oferecer a Igreja e ao mundo.
+ Eurico dos Santos Veloso.
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)
PAULO VI NO 1° DIA MUNDIAL DA PAZ
◊ Cidade do Vaticano, 28 jul (RV) - Recentemente a Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou o tema do 44° Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1° de janeiro de 2011, intitulado "Liberdade religiosa, caminho para a paz".
O Dia Mundial da Paz é celebrado desde 1° de janeiro de 1968, criado pelo Papa Paulo VI para que fosse celebrado pelos verdadeiros amigos da Paz. (MJ)
© Rádio Vaticano 2010