Noticiário da Rádio Vaticano
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2014-07-15

Papa e Santa Sé

  • Card. Pell: Bergoglio não quer demissões no Vaticano
  • 15 de julho
  • Imigração: Cardeal Parolin pede estratégias comuns dos governos
  • Coreia do Sul quer norte-coreanos participando da missa do Papa
  • Igreja no Brasil

  • CONIC divulga programação de Simpósio Ecumênico
  • Igreja na América Latina

  • Governo do México e Santa Sé: sintonia em temas migratórios
  • Igreja na Venezuela pede a Governo que pague salários
  • Igreja no Mundo

  • Sequestro de religiosas termina bem no Iraque
  • Iraque: Patriarca caldeu diz que libertação de reféns é uma boa notícia, num país marcado pela guerra
  • A mensagem do Patriarca caldeu aos parlamentares iraquianos
  • Patriarca em Jerusalém apela novamente ao diálogo
  • Órgãos humanitários da Igreja se articulam para atendimentos na faixa de Gaza
  • Ordenação de "bispas" na Igreja Anglicana cria obstáculos ao ecumenismo, dizem bispos católicos
  • Cristãos contrários a Japão belicista: "escolha errada e perigosa"
  • Formação

  • As carências espirituais da família japonesa
  • Camilianos: em defesa da vida humana contra a sua banalização
  • OMS quer eliminar tuberculose do mundo até 2050
  • Atualidades

  • O terceiro segredo de Fátima em exposição para todos na Internet
  • Mais da metade da população mundial vive nas cidades, diz relatório da ONU
  • Agrava-se balanço de descarrilamento no metrô de Moscou: ao menos 20 mortos e 120 feridos
  • Papa e Santa Sé



    Card. Pell: Bergoglio não quer demissões no Vaticano

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) – “O Santo Padre disse muito claramente que não quer demissões” no Vaticano. Foi o que afirmou o Prefeito da Secretaria para a Economia, Cardeal George Pell, em entrevista ao jornal argentino ‘La Nación’. O purpurado não exclui “mudanças de setor e posição” e talvez “ofertas para aposentadoria antecipada, com incentivos financeiros”.

    Tal processo será feito “lentamente, com sensibilidade, respeitando as pessoas” – precisou o Cardeal Pell -, que confidenciou ainda “ter aprendido sobre finanças a campo”, trabalhando “na administração das instituições da Igreja durante 40 anos” e de ter iniciado no setor “nos tempos de estudante”.

    “Fui encarregado pela livraria do Colégio da Propaganda Fidei, que estava falida e era boicotada por 30 grupos editoriais, pois não podia pagar as dívidas. Eu dei uma reviravolta nesta situação, simplesmente deixando de comprar livros que ninguém encomendava”, explicou.

    O objetivo das mudanças em andamento no Vaticano – observou – é o de “melhorar a coordenação, a transparência e a eficiência das finanças, evitando confusão e o controle por parte de poucos”. (JE)


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    15 de julho

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) - Queridos jovens, não vos deixeis cair na mediocridade; a vida cristã está feita para grandes ideais.(Tuíte do Papa Francisco)

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    Imigração: Cardeal Parolin pede estratégias comuns dos governos

    ◊  
    Cidade do México - (RV) - O Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, esteve no México onde participou do encontro "Colóquios México-Santa Sé" sobre mobilidade humana e desenvolvimento. Nesta segunda-feira, 14, ele teve um encontro com os meios de comunicação e afirmou, dentre outras coisas, que é preciso audácia e vontade de trabalhar unidos para poder enfrentar os enormes desafios que o México enfrenta. “Refiro-me principalmente à pobreza que atinge a uma importante parcela da população do país," disse o Cardeal.

    Destacou que “emigração e pobreza estão intimamente unidas e, por isso, o tema foi escolhido para a reflexão do encontro. Estes dois desafios comportam outros, como a desintegração das famílias e o êxodo dos filhos que emigram sozinhos, cujo número aumenta a cada dia.” Enalteceu que não se pode deixar de mencionar ainda a praga da corrupção e do tráfico de pessoas. E mesmo a violência, especialmente aquela ligada ao narcotráfico, que tira, a cada ano, um grande número de vidas, especialmente entre os jovens. “A todos eles, gostaria de reiterar o convite que faz o Papa Francisco: não permitam que lhes roubem a esperança,” acrescentou Parolin.

    Prosseguiu sua fala dizendo que “são desafios que exigem dos políticos do país um decidido empenho para não perder o “espírito de entendimento” já conquistado, ao qual deve também somar-se o “espírito de harmonia” com outras nações, especialmente com os governos de países vizinhos, como os Estados Unidos. No mundo da globalização e interdependência política e econômica, nenhum governo nacional pode enfrentar com êxito tais desafios, sozinho. Por isso, concluiu o Cardeal Parolin, “o atual contexto americano e internacional exige estratégias comuns, com o cumprimento dos compromissos firmados, especialmente quando se trata da promoção da pessoa e seus direitos, além de enfrentar os problemas com otimismo e visão ampla.(EF)

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    Coreia do Sul quer norte-coreanos participando da missa do Papa

    ◊  
    Seul (RV) - A Igreja Católica na Coreia do Sul pediu à Coreia do Norte que autorize a viagem de dez fiéis católicos para participarem da missa que o Papa irá celebrar durante a sua visita à Seul.

    A visita de Francisco, programada de 14 a 18 de agosto, será a primeira de um Papa à Península da Coreia em 25 anos.

    A Arquidiocese de Seul informou terça-feira, 14, que espera que a Coreia do Norte responda à solicitação no início de agosto. Segundo fontes da arquidiocese, havia cerca de 50 mil católicos na Coreia do Norte antes da Guerra das Coreias, que ocorreu entre 1950 e 1953.

    A Constituição da Coreia do Norte garante a liberdade de culto, porém na prática somente os serviços autorizados são tolerados pelo governo.

    Entretanto, desde ontem o site oficial da viagem de Francisco à Coréia está on-line. Atualmente em inglês e coreano, fornece informações sobre a organização, orações e encontros litúrgicos e todos os eventos que marcarão a terceira peregrinação internacional do Papa. O site é: popekorea.catholic.or.kr.

    (CM)

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    Igreja no Brasil



    CONIC divulga programação de Simpósio Ecumênico

    ◊   Brasília (RV) - O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) divulgou na última sexta-feira, 11, a programação do "Simpósio Ecumenismo e Missão – Testemunho Cristão em um Mundo Plural". O evento, a ser realizado de 21 a 24 de agosto em Vargem Grande Paulista, é organizado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) em parceria com as Comissões do Ecumenismo, do Laicato e da Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
    O Simpósio será aberto com uma celebração no dia 21 de agosto, às 20h, na presença da diretoria do CONIC - que tem como presidente o bispo de Cornélio Procópio (PR), Dom Manoel João Francisco - e de convidados.
    Os debates e momentos de espiritualidade pretendem resgatar a caminhada histórica do movimento ecumênico no Brasil, a partir da Conferência do Nordeste e do Concílio Ecumênico Vaticano II e apresentar uma análise sobre os desafios para a missão.
    Os trabalhos em grupo dedicarão momentos de estudo e reflexão a partir do documento “Testemunho Cristão num mundo plural”.
    Palestras com os temas “Bíblia e missão” e “Missão e ecumenismo: documentos, perspectivas de ação comum” serão os últimos elementos trabalhados para elaboração de um documento comum entre os participantes com o título “Testemunho Cristão brasileiro em um mundo plural”.
    A programação na íntegra pode ser conferida no link http://www.cnbb.org.br/comissoes-episcopais-1/ecumenismo-2/14571-conic-divulga-programacao-do-simposio-ecumenico .
    (CNBB – JE)


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    Igreja na América Latina



    Governo do México e Santa Sé: sintonia em temas migratórios

    ◊  
    Cidade do México (RV) - Representantes do Governo mexicano e da Igreja Católica sublinharam a necessidade de que o debate migratório se centralize na dignidade humana das pessoas que se vêem obrigadas a emigrar em busca de novas oportunidades. É o que consta na declaração final do “Colóquio México-Santa Sé sobre Migração Internacional e Desenvolvimento”.

    “Coincidimos na necessidade de privilegiar a dignidade da pessoa humana e a unidade familiar como eixo central para interpretar o fenômeno da migração e as correspondentes políticas públicas", aponta a nota.

    Encabeçados pelo Secretário mexicano de Relações Exteriores, José Antonio Meade, e pelo Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, especialistas, políticos e religiosos debateram sobre a importância da dimensão humana em temas migratórios.

    A segunda-feira começou com a leitura a mensagem do Papa Francisco em que pede que Estados Unidos e México protejam e acolham devidamente as dezenas de milhares de crianças que migram desacompanhados em fuga da pobreza e da violência na América Central.

    Do Seminário, organizado pela Chancelaria mexicana, participaram os Ministros do Exterior de Guatemala, Fernando Carrera; de Honduras, Mireya Agüero, e de El Salvador, Hugo Martínez, os países de onde procede a maioria dos migrantes que viajam ao norte.

    Depois dos encontros, a conclusão afirma que México e Santa Sé coincidem na necessidade de avançar rumo ao um cenário que facilite a migração legal, segura e ordenada, e reconheceram a contribuição dos migrantes para o desenvolvimento social.

    Os dois Estados concordaram em atuar uma série de ações, como promover os direitos humanos dos migrantes nos fóruns multilaterais e melhorar a percepção da opinião pública em relação à migração, garantindo, ao mesmo tempo, o ‘interesse superior das crianças’.

    Como parte de sua visita, que se encerra com uma missa na Basílica de Guadalupe, o Cardeal Parolin participou de um almoço em sua homenagem, durante o qual o Presidente do México, Enrique Peña Nieto, reiterou o convite ao Papa Francisco para visitar o país “em um futuro relativamente próximo”.
    (CM)


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    Igreja na Venezuela pede a Governo que pague salários

    ◊   Caracas (RV) – O Presidente da Comissão de Educação da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Mariano Parra Sandoval, emitiu um comunicado à imprensa nacional e internacional, sexta-feira, 11, sobre a situação irregular vivida pelos trabalhadores da APEP, Associação de Promoção da Educação Popular.

    Na declaração, o episcopado expressa seu total apoio aos funcionários da APEP que neste momento vivem uma situação injusta e delicada. A Associação foi fundada há cinquenta anos por Dom Emilio Blaslov para servir às classes mais populares na educação para o trabalho.

    A instituição criou 275 centros-oficinas nos bairros populares das cidades e pequenos povoados da Venezuela, atendendo a um imenso número de alunos das escolas públicas. A proposta continua ainda hoje vigente e responde à necessidade de formar o jovem com ferramentas adequadas para a sua incorporação ao mercado de trabalho.

    Para realizar o seu trabalho, a APEP, com a ajuda de organismos internacionais e empresas privadas, oferecia oficinas e formação aos professores. O Ministério da Educação, por sua vez, o apoiava através de um convênio, com um subsídio para pagar as obrigações salariais. Este sistema de colaboração mútua funcionou sem maiores problemas até 2009. Naquele ano, sem nenhuma comunicação prévia do Ministério, o orçamento aprovado pela Assembleia Nacional foi reduzido pela metade. Os efeitos desta situação têm sido vários, mas o mais doloroso é que, com essa metade do subsídio, é impossível pagar salários justos a milhares de pais e mães de família empregados da APEP. E o mais grave é que este insuficiente e injusto subsídio chega com muito atraso. Até o dia de hoje, o orçamento aprovado para 2014 não foi recebido do Ministério do Poder Popular para a Educação.

    No final do comunicado, os arcebispos e bispos da Venezuela exortam as autoridades do Estado a tomarem posição e cooperarem com os venezuelanos e venezuelanas honestos e humildes, que se entregaram ao serviço dos mais necessitados deste país. “Unindo esforços, poderemos encontrar soluções”, concluem.
    (CM)

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    Igreja no Mundo



    Sequestro de religiosas termina bem no Iraque

    ◊  
    Mossul (RV) - Foram libertados e estão todos bem as duas religiosas e os três jovens caldeus – três moças e um rapaz – que sábado, 28 de junho, foram detidos em Mossul por milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que justamente nesta cidade criaram a base do auto-proclamado ‘Califado Islâmico’.

    A notícia da libertação dos cinco foi confirmada pelo Arcebispo caldeu de Mossul, Amel Shimon Nona. “Já estão em Dohuk. Conseguimos falar por telefone com eles domingo, 13, e nos disseram que seriam soltos. Ao que parece, foram libertados sem pagar resgate, pois não havia sido pedido”.

    As duas religiosas caldeias da Congregação das Filhas de Maria Imaculada administravam, com outras irmãs, a casa-família para órfãos de Mosul. No início do ataque dos islâmicos do ISIL, em 9 de junho, todas as irmãs e os hospedes deixaram a cidade e se refugiaram em Dohuk, no Curdistão iraquiano.

    Em 28 de junho, durante uma rápida ida a Mossul, as duas irmãs, com os três jovens, foram retidos. As autoridades religiosas se colocaram imediatamente em contato com os líderes religiosos da comunidade sunita de Mossul, para controlar a situação e obter a libertação dos reféns.
    (CM)


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    Iraque: Patriarca caldeu diz que libertação de reféns é uma boa notícia, num país marcado pela guerra

    ◊   Bagdá (RV) - "Estou muito feliz com a libertação das duas irmãs e dos três órfãos" (duas moças e um rapaz), porque representa "finalmente uma boa notícia" num quadro de guerra, violências e divisões. Foi o que afirmou à agência AsiaNews o Patriarca da Igreja caldeia no Iraque, Dom Mar Louis Raphael I Sako (foto), comentando a notícia da libertação de Irmã Atur, Irmã Miskinta e dos três jovens que desde o dia 28 de junho se encontravam nas mãos de alguns sequestradores.

    Os autores são elementos ligados ao que era o Estado islâmico do Iraque e do Levante, agora milícia do califado islâmico. As duas irmãs caldeias, pertencentes à Congregação das Filhas de Maria Imaculada, administravam junto a suas coirmãs uma casa-família para crianças abandonadas e órfãos de Mosul, nas adjacências do arcebispado caldeu.

    Entrevistado pela referida agência missionária, Sua Beatitude se diz "contente" pela "boa notícia". O Patriarca explicou que houve "contatos com pessoas da cidade", que contribuíram para a libertação dos reféns.

    As irmãs e os jovens, acrescentou Dom Sako, foram confinadas numa casa em Mosul, norte do país, mas receberam um bom tratamento, estavam todos juntos. As irmãs temiam pela incolumidade das jovens, mas não houve problemas.

    O Patriarca caldeu contou que as irmãs "transcorreram 17 dias na prisão rezando pela libertação do grupo e pela paz no Iraque". Segundo o Patriarca não foi pago nenhum resgate para a libertação, os islâmicos "tomaram somente o carro delas, uma pickup nova".

    "As religiosas estão aliviadas e felizes – concluiu Sua Beatitude –, pegaram seus pertences e agora voltaram para Dohuk", no Curdistão iraquiano, onde encontraram refúgio após a fuga do convento. (RL)

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    A mensagem do Patriarca caldeu aos parlamentares iraquianos

    ◊   Bagdá (RV) – O Patriarca Louis Rapahel I Sako dirigiu uma carta-apelo a todos os parlamentares do país, pedindo a todas as forças políticas para reconhecer que "o país está caindo no caos" e para "não se perder mais tempo".
    Na mensagem, o Patriarca caldeu une a sua “humilde voz de responsável cristão” à dos líderes xiitas e sunitas para pedir que sejam “aceleradas as eleições das três presidências e para salvar o país dos perigos da anarquia e da desagregação”.
    O líder da Igreja caldeia também propôs aos membros do Parlamento um texto de uma oração, breve e intensa, para ser lida no início das reuniões as assembléia parlamentar: “Deus, ajuda-nos para que possamos dialogar entre nós e possamos nos compreender mutuamente, dissipando os equívocos entre nós e nos mantendo afastados de toda restrição e sectarismo. Deus, ajuda-nos a propagar a paz e a tranqüilidade entre o nosso povo, de forma que o Iraque possa sair vitorioso de todos os seus problemas. Amém”. (JE)


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    Patriarca em Jerusalém apela novamente ao diálogo

    ◊   Jerusalém (RV) – O Patriarca latino de Jerusalém reforçou o apelo ao diálogo na Terra Santa, enquanto prosseguem os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza que já causaram centenas de mortos e milhares de refugiados palestinos.

    Em entrevista publicada no site do Patriarcado, Dom Fouad Twal sublinha que a Igreja Católica não está a favor nem de um nem do outro lado, mas sim a favor da paz.

    Ele lastima ainda que a visita do Papa à Terra Santa, o sucessivo encontro no Vaticano entre Francisco e os chefes de Estado das duas nações, Shimon Peres e Mahmoud Abbas, se tenham revelado infrutíferos para a tão desejada pacificação da região.

    A alegria e o otimismo deram novamente lugar ao “incômodo” que é ver um conflito sem fim à vista e que, mais do que isso, incute nas novas gerações o mesmo espírito de violência e de intolerância.

    “Que tipo de educação vão dar a estes jovens? Esta é a questão. Aonde leva esta educação? Ninguém é feliz. Ninguém. Nem israelenses nem palestinos”, salienta o Patriarca latino de Jerusalém.

    A entrevista a Dom Fouad Twal faz menção “à recusa da Palestina em reconhecer Israel como Estado Judeu e à persistência da colonização ilegal, por parte de Israel, o que levou a uma nova sensação de pessimismo e desolação”.

    O Patriarca recorda ainda outros fatores envolventes como “a ameaça do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, o interminável conflito na Síria e a instabilidade no Egito, que só contribuem para atear mais o fogo da guerra”.
    (CM- Ecclesia)

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    Órgãos humanitários da Igreja se articulam para atendimentos na faixa de Gaza

    ◊   Jerusalém - (RV) - O governo israelense declarou adesão à proposta de trégua do Egito, embora na Faixa de Gaza ainda sejam registradas mortes de palestinos em conseqüência de bombardeios aéreos realizados na manhã desta terça-feira, 15 no vilarejo de Khan Yunis. Fontes palestinas informaram que o braço armado do Hamas, não aceitou a proposta egípcia de um cessar-fogo. Enquanto isso, os responsáveis de todos os organismos caritativos e humanitários ligados à Igreja Católica já colocam em prática iniciativas comuns para responder à emergência na Terra Santa.

    “Estamos reunidos na sede da Missão Pontifícia,” disse à agência Fides Padre Raed Abusahliah, diretor da Cáritas em Jerusalém. O objetivo é “fazer com que todas as nossas operações em Gaza para enfrentar a emergência atuem de modo coordenado, esperando que a trégua se instaure de verdade. Mas sabemos já que, além das intervenções imediatas, são necessários projetos de longo prazo, para diminuir a dor das feridas profundas deixadas por esta enésima intervenção militar na vida dos habitantes da Faixa de Gaza," disse o padre.

    Serão necessários anos para recuperar tudo aquilo que foi destruído, numa situação na qual a vida de todos já era atingida por vários problemas. Mesmo antes dos bombardeios, entre os 1300 cristãos em Gaza, 34 por cento das famílias não tinham nenhuma fonte de renda. Segundo dados fornecidos pelos organismos sanitários que operam no local, a operação militar israelense provocou 192 vítimas e mais de 1400 feridos entre a população palestina.(EF)


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    Ordenação de "bispas" na Igreja Anglicana cria obstáculos ao ecumenismo, dizem bispos católicos

    ◊   Londres (RV) – “A decisão da Igreja Anglicana de admitir mulheres no episcopado é um ulterior obstáculo para o caminho da unidade. Todavia, continuaremos o nosso esforço em favor do diálogo ecumênico, buscando uma profunda compreensão recíproca e uma colaboração prática onde for possível”. Assim o Presidente do Departamento para o Diálogo e a Unidade dos bispos ingleses e galeses, Dom Bernard Langley, comentou em uma nota a decisão do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra reunido em York de aprovar a ordenação episcopal de mulheres.

    A mudança, há anos no centro de profundas divisões dentro da Comunhão Anglicana, foi aprovada com a maioria dos dois terços exigidos em cada uma das três Câmaras que compõe o Sínodo (bispos, clero e leigos).

    Na nota, Dom Langley expressa, de qualquer maneira, “apreço” por uma cláusula introduzida no texto que reconhece as razões de quem, na Igreja da Inglaterra, continua a considerar como inadmissível a ordenação episcopal feminina, como é nas Igrejas Católica e Ortodoxa. “Neste difícil momento – acrescenta – reconhecemos ainda uma vez os notáveis progressos ecumênicos realizados nestes decênios pós-Concílio Vaticano II e o desenvolvimento de uma sólida amizade entre as nossas comunidades. Faremos o possível – conclui o Arcebispo de Birmingham – para reforçar estas ligações e procurarmos juntos testemunhar o Evangelho na nossa sociedade”.

    O voto favorável à ordenação de mulheres como bispo foi saudado com satisfação pelo Secretário Geral do Conselho Ecumênico das (CEI), o Rev. Olav Teveit, que desejou que a decisão possa ser “uma bênção para a missão da Igreja da Inglaterra”.

    Mulheres bispos anglicanas já existem em outros países, como nos Estados Unidos e na Austrália. A Igreja da Inglaterra – até agora – estava dividida sobre a questão, não obstante tenha admitido mulheres ao sacerdócio em 1994. (JE)



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    Cristãos contrários a Japão belicista: "escolha errada e perigosa"

    ◊   Tóquio (RV) – “A revisão do Art. 9 da Constituição pelo governo japonês dividiu a sociedade e a opinião pública. A memória da II Guerra Mundial vai se dissipando e com ela emergem antigas convicções. E a posição beligerante da China e da Coréia do Norte não ajuda”. É o que comenta o missionário PIME no Japão, Pe. Marco Villa, sobre a intenção do governo japonês em alterar o artigo da constituição que confere um caráter pacifista ao país do Sol Levante. Os bispos católicos escreveram ao Primeiro Minsitro Shinzo Abe, afirmando ser uma “escolha errada e perigosa”.

    A alteração do Artigo 9 elimina, de fato, o pacifismo e permite ao Japão constituir um exército dotado de capacidade de agressão. “A discussão está muito aberta, também na sociedade civil e nas conversas das pessoas comuns. As opiniões são conflitantes e até mesmo os principais jornais estão divididos: alguns defendem a escolha do Premir Shinzo Abe, outros a atacam. A posição da Igreja e da comunidade cristã é compacta: a defesa do Art. 9 e da paz que ele representa”, afirmou à Agência Asianews o sacerdote do Pontifício Instituto Missões Exteriores no Japão.

    A decisão tomada pelo executivo guiado pelo conservador Shinzo Abe de modificar a Constituição sacudiu toda a sociedade civil: “o debate está por toda parte, mesmo porque o Art. 9 chegou até mesmo a ser candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Deve também ser considerado que a Constituição japonesa é filha da derrota nipônica durante a II Guerra Mundial, um conflito encerrado há quase 70 anos. Os sobreviventes são poucos e diminuem ano a ano. Assim, a consciência e a memória comum sobre estes fatos estão diminuindo, modificando também a percepção da atualidade”.

    Por outro lado, sublinha o missionário, “não se pode ignorar que na Ásia Oriental as tensões do tipo militar são muito evidentes e parecem piorar. De um lado existe a posição ofensiva e expansionista da China e de outro a questão da imprevisibilidade dos movimentos do governo da Coréia do Norte. A situação é pesada e a decisão do governo em modificar a interpretação do art. 9 é um pouco filha desta situação”.

    Sobre esta questão, também a Comissão Permanente da Conferência Episcopal japonesa manifestou-se em julho de 2014, enviando uma carta aberta ao Primeiro ministro Abe para “protestar contra as decisões tomadas pelo governo. É totalmente inaceitável que o seu executivo tenha prometido cooperar militarmente com a comunidade internacional baseando-se em uma revisão que não podia ser tomada tomar sem interpelar o povo”.

    “A Igreja Católica – escrevem ainda os bispos no texto – está convencida de que seja falso pensar que a segurança nacional possa ser garantida pelo uso da força e pelo reforço militar. A paz pode ser construída somente no respeito da dignidade por todos os seres vivos. A paz pode nascer somente com uma reflexão sincera sobre a história e com os pedidos de desculpa e perdão, pelo que foi feito no passado. Não devemos abandonar a esperança de que a guerra e os conflitos armados podem ser evitados graças ao diálogo e às negociações”. (JE)


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    Formação



    As carências espirituais da família japonesa

    ◊  
    Cidade do Vaticano (RV) – A III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro próximo, terá o tema: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Considerando a amplidão e a complexidade do tema, o Papa Francisco definiu um itinerário de trabalho em duas etapas: na Assembleia Geral Extraordinária de 2014, os Padres sinodais avaliarão e aprofundarão os dados, os testemunhos e as sugestões das Igrejas particulares, com a finalidade de enfrentar os novos desafios sobre a família.

    A Assembleia Geral Ordinária de 2015 meditará ulteriormente sobre as temáticas abordadas para encontrar adequadas linhas de ação pastorais.

    O ‘Instrumentum Laboris’, publicado há um mês, oferece um panorama amplo, embora não exaustivo, da situação familiar contemporânea, dos seus desafios e das reflexões que suscita. Neste espaço, nós propomos uma reflexão de um missionário scalabriniano, Pe. Olmes Milani, que serviu os migrantes durante 9 anos em Tóquio. Ele nos fala das carências espirituais da Família naquela realidade e das lacunas na Pastoral Familiar japonesa. O testemunho do sacerdote nos leva perto de uma realidade a nós pouco conhecida. Vale a pena conferir, clicando acima.
    (CM)

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    Camilianos: em defesa da vida humana contra a sua banalização

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) – A dignidade da vida humana frente à cultura do descarte: para o Superior-Geral da Ordem Camiliana, Pe. Leo Pessini, este é o grande desafio contido na Exortação Apostólica do Papa Francisco, a Evangelii Gaudium.

    A família camiliana concluiu nesta segunda-feira seu jubileu pelos 400 anos da morte de S. Camilo de Léllis. Mas o carisma da Ordem continua mais atual do que nunca, pois os enfermos integram, como destaca Pe. Leo Pessini, uma das periferias existenciais de que fala o Papa Francisco.

    Num trecho da Evangelii Gaudium, Francisco alerta para a guerra entre os próprios católicos, vítimas do mundanismo espiritual. Isso dá espaço a várias formas de ódio, divisão, calúnia, difamação, vingança, ciúme e desejos de impor as próprias ideais a todo o custo. Foi o que aconteceu recentemente com a família camiliana.

    Em novembro do ano passado, o então Superior-Geral foi detido com a acusação de orquestrar, cinco meses antes, o sequestro de dois sacerdotes que deveriam participar da eleição do novo Superior. Para Pe. Pessini, a família camiliana superou este momento. E este fato, afirma ele, não pode manchar a história da Ordem.

    Clique acima para ouvir a reportagem completa.

    (BF)

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    OMS quer eliminar tuberculose do mundo até 2050

    ◊  
    Cidade do Vaticano (RV) - A Organização Mundial da Saúde quer eliminar a tuberculose do mundo até 2050 e apresentou neste mês em Genebra, Suíça, junto com a Sociedade Respiratória Europeia (SER), um plano de ação para eliminar a tuberculose em 33 países.

    Alemanha, Austrália, Canadá, Cuba, Estados Unidos, França, Jordânia, Itália e Emirados Árabes são países que registram baixos índices da doença, menos de 100 casos por 1 milhão de habitantes.

    Apesar de a tuberculose ser uma doença que pode ser evitada e curada, mais de 155 mil pessoas são infectadas por ano e 10 mil morrem nestes 33 países.

    A propósito da Tuberculose nós conversamos com a epidemiologista clínica Dra. Miriam Sommer, de Porto Alegre (RS) que atualmente mora e trabalha em Haia, na Holanda.

    A tuberculose é a segunda maior causa de mortes atrás apenas do HIV/Aids. Segundo a OMS, 95% dos óbitos ocorrem em países de média e baixa rendas e a doença está entre as três principais causas de morte entre mulheres de 15 a 44 anos.

    Neste novo plano de eliminação da tuberculose, a OMS define uma fase inicial de pré-eliminação, que consiste na redução do número anual de novos casos de tuberculose, de menos 100 casos para menos de 10 casos para cada milhão de habitantes até 2035.

    A agência da ONU quer que os países invistam em pesquisas e novas técnicas para combater não só a bactéria comum da doença, mas também o tipo mais perigoso, que é resistente a medicamentos. (MJ/ONU)


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    Atualidades



    O terceiro segredo de Fátima em exposição para todos na Internet

    ◊  
    Fátima (RV) - A exposição que apresenta pela primeira vez o manuscrito da terceira parte do Segredo de Fátima, em mostra no Santuário de Fátima, pode agora ser vista na Internet. A Exposição “Segredo e Revelação” foi inaugurada em 30 de novembro de 2013 e desde domingo pode ser visitada de forma virtual.

    O Santuário de Fátima explica que “a iniciativa foi tomada neste mês de julho por celebrar a aparição na qual a Virgem Maria revelou o segredo de Fátima, uma vez que este é o tema central da exposição”.

    Segundo o Santuário, “Segredo e Revelação” destaca as três partes do Segredo de Fátima e mostra pela primeira vez ao público o manuscrito da terceira parte do Segredo, escrito pela vidente Lúcia, que pertence aos arquivos da Congregação para a Doutrina da Fé e que, com autorização expressa do Papa Francisco, está agora exposto em Fátima.

    “O percurso expositivo tem como fio condutor a interpretação teológica do Segredo de Fátima feita pelo então Cardeal Joseph Ratzinger e conduz o visitante às três partes do segredo: A visão do inferno, O Imaculado Coração de Maria e A Igreja mártir.

    A exposição “Segredo e Revelação” tem entrada livre e pode ser vista diariamente até 31 de outubro entre as 9h e as 19h, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade. Até domingo, visitaram a exposição 107.057 pessoas.

    O Terceiro Segredo de Fátima é a terceira parte do segredo revelado pela Virgem Maria às três crianças Lúcia de Jesus dos Santos, Francisco Marto e Jacinta Marto, em 13 de julho de 1917, na Cova da Iria.

    Visite a mostra virtualmente:
    http://segredoerevelacao.fatima.pt/
    (CM)

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    Mais da metade da população mundial vive nas cidades, diz relatório da ONU

    ◊   Nova York (RV) - Mais da metade da população mundial vive nas cidades e para o futuro se prevê um crescimento da urbanização, com Índia e China em primeiro lugar. Portanto, o mundo deve preparar-se para enfrentar desafios sempre maiores no campo da saúde, da escola e para assegurar alimento e habitação.

    Essas são algumas das conclusões a que chega o relatório atualizado em 2014 da ONU sobre a urbanização mundial, reporta AsiaNews. Publicado estes dias, o relatório mostra que nas décadas passadas a China contribuiu para uma urbanização rápida; mas nas próximas décadas, até 2050, será a Índia a alcançar 404 milhões de pessoas nas cidades. Já este ano, Délhi tornou-se a segunda cidade no mundo por número de habitantes: 25 milhões, o dobro em relação a 1990.

    Mumbai (ex-Bombaim), com 20 milhões e 700 mil habitantes, é a outra megalópole indiana entre as 10 mais populosas.

    Em primeiro lugar encontra-se Tóquio, com 37 milhões e 800 mil, que segundo as projeções manterá seu primado até 2030. Em segundo lugar encontra-se Xangai (23 milhões), depois Cidade do México e São Paulo com cerca de 21 milhões. Entre as primeiras 10 encontram-se também Pequim, Nova York (junto a Newark), Osaka e o Cairo.

    Índia, China e Nigéria até 2050 contribuirão formando 37% da população urbana. Até 2050 dois terços da população mundial viverão nas cidades (cerca de 6 bilhões e 300 milhões); atualmente representa 54%; em 1950 somente 30% da população do planeta era urbanizada. Dos 3 bilhões e 400 milhões atuais, o número de habitantes na zona rural é destinado a reduzir-se em 2050 para 3 bilhões e 100 milhões. (RL)

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    Agrava-se balanço de descarrilamento no metrô de Moscou: ao menos 20 mortos e 120 feridos

    ◊   Moscou (RV) - É de ao menos 20 mortos e 120 feridos o balanço do descarrilamento de um trem do metrô de Moscou. Foi o que divulgou o Ministério para Emergências russo, ao tempo em que as autoridades excluem que se possa tratar de um atentado, deixando abertas outras hipóteses.

    Na mesa dos investigadores são muitas as versões do ocorrido, como ressaltou à agência de notícias Itar-Tass uma fonte "informada" de dentro da administração do metrô da capital.

    Entre essas – acrescenta a fonte – há a versão da presença de estilhaços de metal nos trilhos, mas a mais considerada até o momento é a da queda de energia. Contudo, a sociedade que administra o fornecimento de energia elétrica em Moscou informou que em toda a área de sua competência o fornecimento foi feito normalmente, sem anomalias.

    Outros, como a agência Interfax, lançam a hipótese de "um defeito técnico". Por sua vez, o Comitê de investigação russo abriu uma investigação penal por "violação dos regulamentos sobre a segurança dos transportes". Segundo uma fonte da Itar-Tass, as primeiras conclusões serão feitas por uma comissão técnica e publicadas daqui até o final da próxima semana.

    O líder do Kremlin Vladimir Putin expressou, do Brasil – onde se encontra para o encontro dos Brics –, seu pesar às famílias das vítimas do acidente e seus votos de pronta recuperação aos que ficaram feridos, informa a presidência russa. (RL – Agências AGI e Ansa)

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