Noticiário da Rádio Vaticano
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2014-09-18

Papa e Santa Sé

  • Papa: "Reconhecer os pecados para receber o carinho de Jesus"
  • 18 de setembro
  • Papa recebe bispos marfinenses e os anima em sua missão
  • Francisco aos novos bispos: amem o povo que Deus lhe confiou
  • Presidente do Congresso Judaico Mundial: "inaceitável o silêncio do mundo diante das perseguições aos cristãos"
  • Divulgada Oração do Papa para o Sínodo
  • Visita do Papa à Albânia será forte encorajamento à integração europeia
  • Visita do Papa ao Parlamento Europeu ajudará toda a Europa, diz vice-presidente da Comece
  • Dom Tomasi na ONU: direitos indígenas ainda são violados
  • Francisco nomeia religiosa brasileira, como primeira mulher para a Congregação para a Evangelização dos Povos
  • Igreja no Brasil

  • CRB celebra jubileu com peregrinação à Aparecida
  • Igreja na América Latina

  • México: encontro nacional reúne bispos comprometidos com os migrantes
  • Igreja no Mundo

  • Turismo Religioso: Vaticano, Santuário de Guadalupe e Jerusalém são os locais mais visitados por peregrinos
  • Jordânia quer ser "oásis de segurança"
  • Prêmio 'Alison Des Forges' conferido a sacerdote camiliano, por ajudar muçulmanos na República Centro-Africana
  • Guiné Bissau: bispos conscientizam sobre vírus Ebola
  • Formação

  • Pastoral da Criança nas Filipinas: saúde e evangelização

  • Atualidades

  • Presidente da Caritas: "Diálogo sim, mais violência não" no Oriente Médio
  • VII edição do Fórum Mundial de Jovens "Direito de Diálogo"
  • Papa e Santa Sé



    Papa: "Reconhecer os pecados para receber o carinho de Jesus"

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) – A coragem de admitir nossos pecados abre as portas ao carinho de Jesus e ao seu perdão: foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de quinta-feira, 18, na Casa Santa Marta.

    A leitura do dia, extraída do Evangelho de Lucas, fala da pecadora que lava os pés a Jesus com suas lágrimas e os unge de perfume, enxugando-os com seus cabelos.

    “Jesus foi convidado a comer na casa de um fariseu, pessoa de certo nível e cultura” – disse o Papa – “que queria ouvir Jesus e sua doutrina. E dentro de si, julgou seja pecadora como Jesus, que se fosse um profeta, saberia que gênero de mulher era aquele que o tocava”. “O fariseu não era mau, mas não conseguia entender o gesto daquela mulher:

    "Não conseguia entender os gestos elementares do povo. Talvez este homem tivesse esquecido como se acaricia uma criança, como se consola uma idosa. Em suas teorias, em sua vida de governante, não se lembrava dos primeiros gestos da vida, aquele nós todos, quando nascemos, recebemos de nossos pais”.

    Jesus – destacou o Papa – repreendeu o fariseu com humildade e ternura: “A sua paciência, o seu amor e o desejo de salvar todos o levaram a lhe explicar o que fez a mulher e os gestos de cortesia que ele mesmo não fez. E em meio ao murmúrio dos convivas, disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados! Tua fé te salvou; vai em paz!”.

    “A palavra salvação – ‘A tua fé te salvou’ – diz somente à mulher, que é uma pecadora. E diz porque ela foi capaz de chorar por seus pecados, confessar seus pecados, e dizer: ‘eu sou uma pecadora’, e disse a si mesma. Não disse àquelas pessoas que não era ruim: eles se achavam que não eram pecadores. Os pecadores eram os outros: os cobradores de impostos, as prostitutas ... Estes eram os pecadores. Jesus diz esta palavra – “Você está salvo, você está salva, você se salvou'- somente para aquele que sabe abrir seu coração e se reconhecer pecador. A salvação somente entra no coração quando nós abrimos o coração na verdade dos nossos pecados”.

    “O lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo - recordou o Papa - são os seus pecados”. Isso parece uma “heresia - observou – mas dizia isso também São Paulo”, que se vangloriava de duas coisas apenas: dos seus pecados e de Cristo ressuscitado que o salvou:

    “E por isso reconhecer os próprios pecados, reconhecer a nossa miséria, reconhecer o que somos e do que somos capazes de fazer ou ter feito é precisamente a porta que se abre à carícia de Jesus, ao perdão de Jesus, à Palavra de Jesus: ‘Vai em paz, a tua fé te salvou! ', porque você foi corajoso, você foi corajosa a abrir o seu coração a quem, é o único que pode salvar você”.

    Jesus disse aos hipócritas: “as prostitutas e os cobradores de impostos irão preceder vocês no Reino dos Céus”. “E isso é forte!" - conclui o Papa – para que aqueles que se sentem pecadores abram os seus corações na confissão dos pecados, ao encontro com Jesus, que deu seu sangue por todos nós”. (CM-SP)


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    18 de setembro

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) - "Maria, dai-nos a graça de sermos jubilosos na liberdade dos filhos de Deus". (Tuíte do Papa Francisco)

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    Papa recebe bispos marfinenses e os anima em sua missão

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) – Um dos compromissos do Papa na manhã desta quinta-feira, 18, foi a audiência com os bispos da Costa do Marfim: o grupo de 14, liderado pelo Cardeal Jean-Pierre Kutwa, está terminando a visita pastoral ad Limina Apostolorum, realizada ao Vaticano e à Cúria a cada cinco anos.

    Dirigindo-se aos bispos do país da África centro-ocidental, Francisco recordou que “a peregrinação aos túmulos dos Apóstolos é sempre uma grande oportunidade para reforçar os laços de comunhão entre o sucessor de Pedro e o colégio episcopal. Esta unidade é essencial para a missão da Igreja”.

    O Papa elogiou o episcopado por ser aberto ao diálogo em confiança mútua, ouvindo todos – com suas diferenças e contradições – num novo esforço missionário, coerente com o ideal evangélico. Animou os bispos a manterem relações construtivas com as autoridades do país, evitando qualquer envolvimento pessoal na disputa política e a prosseguir o diálogo com os muçulmanos, desencorajando derivas violentas e interpretações religiosas do conflito já vivido pelo país.

    Em relação ao zelo pastoral, o Pontífice pediu aos bispos que se possível, usem mais doçura, persuasão e incentivo, ao invés de aplicar sanções precipitadas e graves; e que visitem frequentemente seus sacerdotes para ouvi-los e conhecê-los melhor.

    “Não só os sacerdotes ganham com a constante presença do Bispo na sua diocese, mas as comunidades cristãs em todas as suas componentes; elas precisam ser apoiadas e ter um relacionamento pessoal e regular com o bispo”.

    Em seguida, o Papa fez calorosos agradecimentos aos religiosos e religiosas pelo trabalho duro que fazem ao lado dos leigos nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento: “Convido a fazer todos os esforços para facilitar o estabelecimento de relações construtivas e resolver mal-entendidos, de modo que homens e mulheres religiosos possam trabalhar em harmonia com outros agentes pastorais”.

    A mesma proximidade pastoral foi pedida em relação às famílias, “hoje muito frágeis, tanto por causa do processo de secularização na sociedade marfinense, como pelas divisões causadas pelo conflito”. Enfim, Francisco citou a preocupação com os idosos, “muitos sozinhos e abandonados, tendo surgido também nestas sociedades a mentalidade segundo a qual são ‘resíduos’.

    Despedindo-se, expressou sua alegria e gratidão pelo grande trabalho de evangelização em andamento na Costa do Marfim, onde as Igrejas locais experimentam uma verdadeira dinâmica e mostram entusiasmo no anúncio de Cristo crucificado e ressuscitado. E ressalvou que é necessário aprofundar o diálogo com a realidade cultural e religiosa tradicional a fim de alcançar uma verdadeira inculturação da fé, evitando que os batizados, cansados ou decepcionados, se afastem da luz da verdade e se apeguem a propostas mais fáceis.

    “Encorajo vocês a continuarem sem esmorecer no trabalho de evangelização, pois a formação dos leigos em todos os níveis e, especialmente dos catequistas, é vital. Assim, a Igreja na Costa do Marfim poderá calmamente enfrentar os desafios do futuro”, concluiu.
    (CM)

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    Francisco aos novos bispos: amem o povo que Deus lhe confiou

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu no final da manhã desta quinta-feira os bispos que foram nomeados durante o último ano e que participam de um encontro promovido pela Congregação do Bispos.

    No discurso que fez aos presentes o Santo Padre disse que já os conhecia através dos seus currículos, mas agora finalmente podia associar o conhecimento do papel com os rostos. “É belo poder ver refletido no rosto o mistério de cada um e o poder ler o que escreveu Cristo. É consoldador ver que Deus não deixa faltar à Sua Esposa os Pastores segundo o seu coração”.

    Depois de recordar as emoções vividas pelos novos bispos na sua consagração, o Santo Padre disse que aos encontrá-los pela primeira vez pede para que eles jamais dêem por algo evidente o mistério que os investiu, de não perder o estupor diante do desígnio de Deus, nem o temor de caminhar conscientemente na Sua presença e na presença da Igreja.

    O Papa Francisco destacou em seguida algumas questões que são importantes para ele. Sinto-me na obrigação -disse - de recordar aos Pastores da Igreja o vínculo inseparável entre a presença estável do Bispo e o crescimento do rebanho.

    Toda autêntica reforma da Igreja de Cristo começa com a presença, a de Cristo que nunca falta, mas também a presença do Pastor que guia em nome de Cristo. Esta não é uma recomendação piedosa. Quando o Pastor é ausente ou não pode ser encontrado, estão em jogo o cuidado pastoral e a salvação das almas.

    De fato, continuou o Papa, nos Pastores que Cristo doa à Igreja, Ele mesmo ama a sua Esposa e doa a sua vida por ela. Vocês estão ligados por um anel – disse – de fidelidade à Igreja que lhes foi confiada ou que foram chamados a servir, por isso serve intimidade, a assiduidade, a constância, a paciência.

    “Não servem Bispos felizes na superfície; se deve cavar fundo para rastrear o que o Espírito continua a inspirar à sua Esposa. Não sejam Bispos, com data de vencimento, que tem necessidade de mudar sempre de endereço, como medicamentos que perdem a capacidade de curar, ou como aqueles alimentos que são jogados fora porque se tornaram inúteis”.

    Para habitar plenamente nas suas igreja é necessário – continuou o Papa -, habitar sempre n’Ele e d’Ele não escapar: permanecer na sua Palavra, na sua Eucaristia, nas “coisas do seu Pai ”, e sobretudo na sua cruz. Peço a vocês – disse Franciso – que também não se deixem iludir pela tentação de mudar de povo. Amem o povo que Deus lhe deu, também quanto eles “tiverem cometido grandes pecados”, sem jamais se cansar de “subir até o Senhor” para obter o perdão e um novo início.

    O Papa dedicou ainda um pensamento ao relacionamento com os sacerdotes: exorto-os – afirmou – a cultivar em vocês, Pais e Pastores, um tempo interior no qual se possa encontrar espaço para os seus sacerdotes: recebam-nos, acolham-nos, escutem-nos, guiem-nos.

    Gostaria que vocês fossem Bispos acessíveis não pela quantidade de meios de comunicação dos quais dispõem, mas pelo espaço interior que oferecem para acolher as pessoas e suas concretas necessidades, dando a elas a totalidade do ensinamento da Igreja, e não um catálogo de arrependimentos. E a acolhida seja para todos, sem discriminação, oferecendo a firmeza da autoridade que faz crescer e a dociliade da paternidade que gera.

    E por favor – disse ainda Francisco – não caiam na tentação de sacrificar sua liberdade circundando-se de cortes ou coros de consenso, pois nos lábios do Bispo a Igreja e o mundo têm o direito de encontrar sempre o Evangelho que nos liberta.

    Vejo em vocês, finalizou o Papa – sentinelas capazes de despertar as suas Igrejas, homens capazes de cultivar e de fazer amadurecer os campos de Deus, Pastores capazes de recompor a unidade e tecer redes e vencer a fragmentação. (SP)

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    Presidente do Congresso Judaico Mundial: "inaceitável o silêncio do mundo diante das perseguições aos cristãos"

    ◊   Roma (RV) – As perseguições que os cristãos estão vivendo são de fato um novo genocídio. “No mundo existem grandes sofrimentos, antes foi a vossa vez, agora é a nossa”. Palavras do Papa Francisco ao Presidente do ‘World Jewish Congress’ (Congresso Judaico Mundial), Ronald S. Lauder, durante encontro realizado no final da tarde de ontem, quarta-feira, véspera do Ano Novo judaico. Foi o próprio Lauder a falar sobre o encontro, durante uma coletiva de imprensa convocada para sublinhar que “o mundo não pode mais dar-se ao luxo de permanecer em silêncio” diante das tragédias destes dias que atingem os cristãos no Oriente Médio.

    “Este silêncio é inaceitável, imoral, não pode mais ser tolerado”, declarou o líder do Congresso Judaico Mundial. Ronald Lauder denuncia com veemência a indiferença, pois a vê de modo muito similar àquela que caracterizou a perseguição aos judeus. “Primeiro os judeus sofreram selvagens ataques e o mundo permaneceu em silêncio, agora são os cristãos que são aniquilados e de novo o mundo fala pouco a respeito. Porque – questiona Lauder – o mundo não reage?”

    Para o líder judeu, também as modalidades de perseguição são similares. Durante a coletiva de imprensa, ele mostra aos jornalistas um cartaz com a letra árabe ‘N’, que significa ‘nazareno’ e marca a casa dos cristãos iraquianos para assinalar a sua presença. “Não é diferente – observa – da estrela amarela de Davi que os nazistas obrigavam a usar para separar os judeus dos outros”.

    Neste contexto da “terceira guerra mundial” – como reiterou o Papa Francisco no encontro com o WJC – “os cristãos e os judeus devem rezar juntos pelo mundo e pela paz no mundo”. O convite do Pontífice foi acolhido por Lauder, que também foi convidado a rezar pelos refugiados iraquianos e sírios que estão na Jordânia, os quais o líder judaico irá visitar em breve.

    Lauder salientou que “Israel é o único país no Oriente Médio onde os cristãos estão seguros” e considera a ameaça do Estado Islâmico “perigosíssima”, defendendo que, “se não for detida, vai se expandir a outros países”. (JE)


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    Divulgada Oração do Papa para o Sínodo

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) - O último domingo do mês de setembro, dia 28, será dedicado à oração pela III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para de 5 a 19 de outubro, no Vaticano, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.

    Um comunicado difundido pela Secretaria do Sínodo, convida as dioceses, Igreja particulares, comunidades paroquiais, Institutos de vida consagrada, associações e movimentos a rezarem nas celebrações eucarísticas e em outros momentos celebrativos, nos dias anteriores e durante os trabalhos sinodais.

    Em Roma, a oração será feita todos os dias na Capela da Salus Populi Romani, da Basílica de Santa Maria Maior. A proposta é motivar os fiéis a orarem em intenção por todas as famílias.

    A Secretaria do Sínodo publicou um breve subsídio, em diversas línguas, com a Oração da Santa Família para o Sínodo, composta pelo Papa Francisco, e algumas intenções propostas para a Oração dos Fiéis:

    I - ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA PELO SÍNODO

    Jesus, Maria e José

    em vós nós contemplamos

    o esplendor do verdadeiro amor,

    a vós dirigimo-nos com confiança.

    Sagrada Família de Nazaré,

    faz também das nossas famílias

    lugares de comunhão e cenáculos de oração,

    autênticas escolas do Evangelho

    e pequenas igrejas domésticas.

    Sagrada Família de Nazaré,

    nunca mais nas famílias se vivam experiências

    de violência, fechamento e divisão:

    quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado

    receba depressa consolação e cura.

    Sagrada Família de Nazaré,

    o próximo Sínodo dos Bispos

    possa despertar de novo em todos a consciência

    da índole sagrada e inviolável da família,

    a sua beleza no desígnio de Deus.

    Jesus, Maria e José

    escutai, atendei a nossa súplica.

    II - ORAÇÃO UNIVERSAL

    Irmãos e irmãs!

    Como família dos filhos de Deus e animados pela fé, elevemos as nossas súplicas ao Pai, a fim de que as nossas famílias, sustentadas pela graça de Cristo, se tornem autênticas igrejas domésticas onde se vive e se dá o testemunho do amor de Deus.

    Oremos e, juntos, digamos:

    Senhor, abençoai e santificai as nossas famílias

    Pelo Papa Francisco: que o Senhor, que o chamou a presidir à Igreja na caridade, o sustente no seu ministério ao serviço da unidade do Colégio episcopal e de todo o Povo de Deus, oremos:

    Pelos Padres sinodais e pelos outros participantes na III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos: que o Espírito do Senhor ilumine as suas mentes, a fim de que a Igreja possa enfrentar os desafios sobre a família, em fidelidade ao desígnio de Deus, oremos:

    Por aqueles que têm responsabilidades no governo das Nações: que o Espírito Santo inspire projetos que valorizem a família como célula fundamental da sociedade, segundo o desígnio divino e sustentem as famílias em situações difíceis, oremos:

    Pelas famílias cristãs: que o Senhor, que pôs na comunhão esponsal o selo da sua presença, faça das nossas famílias cenáculos de oração, íntimas comunidades de vida e de amor, à imagem da Sagrada Família de Nazaré, oremos:

    Pelos cônjuges em dificuldade: que o Senhor, rico em misericórdia, os acompanhe mediante a ação maternal da Igreja, com compreensão e paciência, no seu caminho de perdão e de reconciliação, oremos:

    Pelas famílias que, por causa do Evangelho, devem deixar as suas terras: que o Senhor, que com Maria e José experimentou o exílio no Egito, os conforte com a sua graça e lhes abra caminhos de caridade fraternal e de solidariedade humana, oremos:

    Pelos avós: que o Senhor, que foi recebido no Templo pelos Santos anciãos Simeão e Ana, os torne sábios colaboradores dos pais na transmissão da fé e na educação dos filhos, oremos:

    Pelas crianças: que o Senhor da vida, que no seu ministério os acolheu, fazendo deles modelos para entrar no Reino dos Céus, suscite em todos o respeito pela vida nascente e inspire programas educativos em conformidade com a visão cristã da vida, oremos:

    Pelos jovens: que o Senhor, que santificou as bodas de Caná, os leve a redescobrir a beleza da índole sagrada e inviolável da família no desígnio divino e sustente o caminho dos noivos que se preparam para o matrimónio, oremos:

    Ó Deus, que não abandonais a obra das vossas mãos, escutai as nossas invocações:

    Enviai o Espírito do vosso Filho para iluminar a Igreja no início do caminho sinodal a fim de que, contemplando o esplendor do verdadeiro amor que resplandece na Sagrada Família de Nazaré, dela aprenda a liberdade e a obediência para enfrentar com audácia e misericórdia os desafios do mundo de hoje.

    Por Cristo nosso Senhor.
    (CM)

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    Visita do Papa à Albânia será forte encorajamento à integração europeia

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) - Em Tirana, a estas horas, estão sendo ultimados os preparativos para a visita que o Papa Francisco fará no próximo domingo, 21 de setembro, à capital albanesa. Destacam-se, entre os momentos principais, a missa na Praça Madre Teresa, às 10h locais, e, na parte da tarde, os encontros com os líderes de outras religiões e confissões cristãs e com o clero e os leigos católicos. Sobre as expectativas, a Rádio Vaticano ouviu o responsável da comunicação para a visita do Papa, Pe. Gjergj Meta. Eis o que disse:

    Pe. Gjergj Meta:- "A visita do Papa é particularmente aguardada aqui por todos os componentes da sociedade albanesa, não somente pelos católicos, mas também por outras pessoas de fé muçulmana ou ortodoxa. Inclusive o mundo político e civil está esperando esta visita do Papa. É certamente uma visita que tem como motivo encorajar um povo que sofreu, mas também, encorajar ainda mais a cultura do encontro entre as diferentes religiões, bem como entre diferentes culturas. Além disso, essa visita é importante porque a Albânia é o primeiro país europeu que o Papa visita: é um sinal forte, um encorajamento a reforçar nossos passos rumo à integração européia do país. Por isso, há muita expectativa por parte de todos."

    RV: É oportuno lembrar que se trata da segunda visita de um Papa a Tirana. Há, ainda, uma forte recordação da visita de João Paulo II em 1993...

    Pe. Gjergj Meta:- "Sim. Muitas pessoas recordam essa visita. Recentemente recebi a carta de uma minha amiga que me dizia: "Seria possível minha filha encontrar o Papa? Porque encontrei João Paulo II quando eu era pequena" – passaram-se 20 anos desde então e agora esta minha amiga é mãe –, "agora gostaria que minha filha encontrasse o Papa, porque aquele encontro foi para mim uma bênção e gostaria que fosse o mesmo também para minha filha". Não sei se isso será possível – provavelmente não –, porém, as pessoas que encontraram João Paulo II têm esse desejo de repetir aquilo que viveram como um momento de graça; gostariam que se repetisse este momento que seguramente será um momento de graça." (RL)

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    Visita do Papa ao Parlamento Europeu ajudará toda a Europa, diz vice-presidente da Comece

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) - A notícia destes dias, de que em 25 de novembro próximo o Papa Francisco visitará o Parlamento Europeu – cuja sede se encontra em Estrasburgo, na França –, teve grande destaque na imprensa europeia. Sobre a importância dessa visita, 26 após a de João Paulo II, a Rádio Vaticano ouviu o bispo italiano de Piacenza-Bobbio e vice-presidente da Comece (Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia), Dom Gianni Ambrosio. Eis o que disse:

    Dom Gianni Ambrosio:- "É grande a expectativa, mesmo porque há uma certa surpresa, no sentido que, de fato, se sabia do convite feito ao Papa, mas não se esperava que fosse acolhido tão rapidamente. Isso expressa também o desejo do Santo Padre de estar no coração da Europa para ajudar a Europa, a fim de que realmente todos reconheçam que precisamos de um olhar mais amplo: eis, portanto, que o Santo Padre pode verdadeiramente ajudar-nos a encontrar esse olhar mais amplo. Creio que isso signifique atenção às pessoas que sofrem no contexto europeu devido a uma falta de idealidade, por causa de uma escassa solidariedade inclusive entre os vários povos europeus."

    RV: Como podemos interpretar o fato de o Papa ter acolhido tão prontamente o convite a visitar o Parlamento Europeu?

    Dom Gianni Ambrosio:- "Creio que seja um reconhecimento do grande caminho que foi feito por parte dos vários Estados europeus, na conclusão da II Guerra Mundial – um conflito fratricida –, caminho este feito por grandes pessoas iluminadas, cristãos convictos, como Schuman, Adenauer, De Gasperi, que iniciaram uma progressiva Comunidade Europeia até se chegar à União Europeia. Reconhecer todo esse esforço que foi feito para superar os nacionalismos, para buscar colaborar juntos, para ser realmente capazes de recriar aquela unidade europeia que se perdeu, esfacelou-se, é um grande reconhecimento por parte do Papa Francisco, mais ainda pelo fato de ele ser proveniente de outro continente, outro "mundo". Reconhecer que o mundo europeu caminhou, caminhou bem nesta direção, mas que agora, de certo modo, emperrou-se, e que precisa, portanto, de um impulso para partir novamente; creio que tudo isso é uma graça que o Papa Francisco poderá dar à União Europeia e aos povos europeus, inclusive para além da União Europeia."

    RV: Quais são, a seu ver, os problemas mais urgentes que a Europa deve enfrentar e em relação aos quais o Papa poderá nos ajudar?

    Dom Gianni Ambrosio:- "Creio que, em primeiro lugar, a solidariedade entre os povos europeus seja um elemento importante a ser recuperado. Surgem diferentes nacionalismos ou localismos de vários tipos, e, portanto, há um estreitamento da visão europeia. Ao mesmo tempo, diferentes populações chegam à Europa: o Velho Continente deve ainda responder a esse problema. Creio que o olhar amplo do Papa possa ajudar-nos a reencontrar aquela solidariedade que tem faltado, bem como a reencontrar aquela capacidade de acolher e de oferecer às populações que chegam aqui um lugar onde se possa viver na paz e na concórdia." (RL)

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    Dom Tomasi na ONU: direitos indígenas ainda são violados

    ◊   Genebra (RV) – Que as iniciativas em favor dos povos indígenas sejam sempre “inspiradas e guiadas pelo princípio do respeito” das suas identidades e culturas, com particular atenção às específicas tradições, também religiosas, e à capacidade de decidir pelo próprio desenvolvimento em colaboração com os governos nacionais. Esta foi a exortação do Arcebispo Silvano Maria Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé junto ao Escritório da ONU de Genebra, ao se pronunciar na 27ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos.

    “Os direitos humanos e as liberdades fundamentais dos povos indígenas continuarão, infelizmente, a serem violados”. O Arcebispo Tomasi pronunciou-se em Genebra traçando o quadro das condições de 370 milhões de indígenas em 90 países do mundo, baseando-se em dados e estudos da ONU. O Observador Permanente da Santa Sé fala de “discriminação sistemática” e “exclusão do poder político e econômico”, mas também de uma “falta de um adequado acesso à justiça”, mas também de pobreza, analfabetismo e indigência. Dom Tomasi denuncia o grande número de deslocados por causa das guerras e desastres ambientais e “doenças, perseguições, represálias”, até mesmo assassinatos de “defensores dos direitos humanos dos indígenas”. Como conseqüência – prossegue – “o desenvolvimento completo está atrasado, quando não negado”.

    Um exemplo particular são as relações entre as indústrias e companhias transnacionais e as populações indígenas. As Nações Unidas – recorda Dom Tomasi – colocam em evidência “conseqüências negativas, e mesmo devastantes para os povos indígenas, provocadas por indústrias extrativistas”: além das vantagens econômicas, deveriam ser adotados “modelos de desenvolvimento autêntico” que não violem os direitos dos povos indígenas, encorajando “um uso responsável do ambiente”.

    Dom Tomasi defende ainda a necessidade de “definir e proteger” as mercadorias produzidas pelas populações indígenas, para que não sejam utilizadas “sem levar em conta os interesses e os direitos das próprias comunidades”, salientando que as leis sobre propriedade intelectual e do trabalho, infelizmente ainda não forneceram garantias suficientes “para tutelar tais produtos”.

    Também em vista da Conferência Mundial sobre Povos Indígenas - a ser realizada na sede da ONU, em Nova Iorque, nos dias 22 e 23 de setembro próximo - Dom Tomasi auspicia a inclusão direta destas populações “nos processos de decisão relativos à gestão dos recursos naturais nos seus territórios”, exortando “a eliminação de qualquer tentativa de marginalizar as populações indígenas”. Isto significa “respeitar” as suas propriedades e os relativos acordos, satisfazer as suas exigências sociais, sanitárias e culturais e solicitar, portanto, uma “reconciliação entre os povos indígenas e as sociedades em que vivem”. A este respeito, ouçamos o que diz o Arcebispo Silvano Maria Tomasi:

    Dom Tomasi: “Fala-se de mais de 370 milhões de pessoas de 90 países diferentes que são consideradas, ou por assim dizer, ‘catalogadas’ como populações indígenas. Da perspectiva da Doutrina Social da Igreja, deve ser reconhecida a identidade destas pessoas como comunidade humana, respeitadas as suas tradições e as suas escolhas, portanto, reconhecer também que têm direito de viver no território em que sempre estiveram presentes. Existe uma vontade por parte da comunidade internacional de enfrentar com maior eficiência esta situação, às vezes, também de discriminação das comunidades indígenas. Por exemplo, daqui a poucos dias será realizada em Nova Iorque a Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, que buscará legitimar, além de fazer conhecer, as práticas mais eficientes e mais respeitosas da identidade destas populações, de modo a poder acelerar o bem-estar, o crescimento humano, mas também espiritual destas pessoas”.

    RV: Segundo a ONU, os direitos humanos e as liberdades fundamentais dos povos indígenas continuam a ser violados. Como isto acontece?

    Dom Tomasi: “Nos territórios onde vivem estas comunidades indígenas, temos, por exemplo, corporações transnacionais que entram para utilizar a mineração, para extrair materiais úteis e preciosos ou mesmo para desfrutar de certas características locais, de plantas e de conhecimento, que depois são colocadas no mercado sem que sejam respeitadas as exigências ecológicas do território ou ainda os direitos destas comunidades, que sempre usaram certas tradições de folclore ou de certos usos dos recursos naturais. Assim, deveriam ser reconhecidos também pelos interesses monetários, pois são produtos e iniciativas culturais típicas destas populações”.

    RV: Portanto, se poderia afirmar que o desenvolvimento completo destas populações está em atraso, quando não é negado?

    Dom Tomasi: “As populações indígenas devem ser apoiadas no seu caminho de desenvolvimento humano e econômico, pois frequentemente estão um pouco à margem da sociedade e são esquecidas pelos Estados ou pelos governos. O encorajamento que se está dando – por meio de várias iniciativas, como a Declaração sobre os Direitos das Populações Indígenas de 2010 ou a Conferência Mundial que está para começar – é o de colocar sob os refletores internacionais as exigências destas populações: não somente facilitar o seu progresso, mas também abrir o caminho para uma reconciliação entre a maioria da população, as autoridades do Estado e estes grupos, de modo que, juntos, possam chegar aos objetivos de convivência serena e construtiva. A Santa Sé pronunciou-se, neste sentido, para que haja um caminho de progresso e de desenvolvimento que esteja em sintonia e não em conflito entre os povos indígenas e o resto da população nacional”. (JE)


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    Francisco nomeia religiosa brasileira, como primeira mulher para a Congregação para a Evangelização dos Povos

    ◊   Cidade do Vaticano (RV) - Junto com Dom Orani João Tempesta, Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Papa Francisco nomeou para a Congregação para a Evangelização dos Povos, o também brasileiro Dom Celmo Lazzari, da Congregação dos Josefinos de Murialdo, Bispo de Muzuca e Vigário Apostólico de São Miguel de Sucumbios do Equador; e uma religiosa brasileira, natural de São Mateus (ES). É a Irmã Luiza Premoli, Superiora Geral das Missionárias Combonianas. O anúncio aconteceu no último sábado (13) e foi feito pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

    “Sinto uma gratidão profunda pela confiança que me foi dada. Essa nomeação não é o reconhecimento da minha pessoa, mas o que represento neste momento. Também acho que a minha nomeação está na linha do desejo do Papa Francisco de ter mais mulheres nos dicastérios vaticanos”, afirmou Irmã Luiza.

    A Congregação para a Evangelização dos Povos tem tarefa especificamente missionária, de dar as diretrizes e promover a formação de missionários, além de prover o sustento daqueles que estão em terra de missão, através das Pontifícias Obras Missionárias. A Congregação, até então, estava assim constituída: 39 cardeais, 4 arcebispos, 4 bispos, 4 diretores nacionais de Pontifícias Obras Missionárias e 4 superiores gerais. Irmã Luiza Premoli é a primeira mulher, por enquanto, a fazer parte desse dicastério. (AC-CRB)


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    Igreja no Brasil



    CRB celebra jubileu com peregrinação à Aparecida

    ◊   Aparecida (RV) – A Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB) vai reunir, no próximo dia 4 de outubro, no Santuário Nacional de Aparecida, religiosos e religiosas de todo o país. O objetivo da peregrinação é participar da novena preparatória à Festa da Padroeira e celebrar o Ano Jubilar, visto que em 11 de fevereiro de 2014, a CRB completou 60 anos. O tema será “Vida Consagrada, com a Mãe Aparecida, presença consoladora na dor”.

    “A Vida Consagrada existe a serviço da Igreja como seguidora de Jesus. Pela sua profissão (consagrados), devem ser sinal desta missão que é de todo batizado", afirmou o Reitor do Santuário Nacional, Pe. Domingos Sávio.

    O sacerdote redentorista informou ainda que a novena deste ano vai refletir sobre os Mistérios Dolorosos da vida de Jesus, “que foi compassivo e deu a sua vida pelo ser humano”. “Os religiosos presentes nesta novena – acrescentou -, querem dar continuidade a essa missão de Jesus e ser um apelo de vida para os que sofrem”.

    A Presidente Nacional da CRB, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad., convida fiéis, religiosos e religiosas para participar, no dia 4, da Missa a ser celebrada às 9 horas e da novena às 19. “Como equipe da CRB Nacional – afirmou a religiosa - pensamos em um momento para dar maior visibilidade aos 60 anos da CRB, então, decidimos participar da novena de Nossa Senhora Aparecida, que é acompanhada, rezada por todo o Brasil. Não desejamos só que os religiosos saibam e celebrem mas que o povo de Deus participe conosco”.

    Sobre o tema da novena “Maria, presença consoladora na dor”, Ir. Inês afirmou que “os religiosos são presença no meio do povo mais sofrido, mais machucado. Andando pelo Brasil é impressionante perceber como religiosos estão presentes em situações de risco social, de vulnerabilidade, mulheres sofridas, hospitais, abrigos, jovens de periferia, dependentes. A Vida Religiosa é presença consoladora na dor”. (CRB – JE)


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    Igreja na América Latina



    México: encontro nacional reúne bispos comprometidos com os migrantes

    ◊   Mérida (RV) - Termina nesta sexta-feira (19), no Estado de Yucatán, no México, o XV Encontro Nacional sobre a Mobilidade Humana com a presença de vários bispos comprometidos com a Pastoral do Migrante. A iniciativa visa aperfeiçoar o trabalho de apoio e ajuda aos migrantes que, em particular no México e nos últimos anos, tem envolvido um número crescente de crianças.

    Dom Emilio Carlos Berlie Belaunzarán, Arcebispo de Yucatán, disse que “ouvir o irmão migrante é ouvir a voz de Jesus. Então, a nossa missão é aquela de dar novamente a dignidade ao migrante. Hoje, o agente da pastoral, sacerdote, religioso ou leigo, é chamado do Deus Peregrino para construir o Reino da justiça e da solidariedade no mundo da mobilidade humana”.

    Já o Bispo Auxiliar de Puebla e secretário da Conferência Episcopal do México, Mons. Eugenio Lira Rugarcía, comentou sobre o evento, dizendo que “queremos apoiar e ajudar os migrantes, coisa que fazemos há muito tempo, mas queremos fazer melhor perante as novas realidades que devemos enfrentar atualmente”. A Igreja no México é, talvez, a única instituição não-governamental que auxilia e protege os migrantes que, aos poucos, estão se transformando numa ‘população flutuante’ no país. (AC)


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    Igreja no Mundo



    Turismo Religioso: Vaticano, Santuário de Guadalupe e Jerusalém são os locais mais visitados por peregrinos

    ◊   Santiago de Compostela (RV) - O I Congresso Internacional de Turismo e Peregrinações está sendo realizado até sábado (20), na cidade espanhola de Santiago de Compostela, e precede o Dia Mundial do Turismo, de 27 de setembro. O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPMI), Cardeal Antonio Maria Véglio, em mensagem para a data comemorativa, destacou a importância do turismo para o ‘desenvolvimento autêntico’ e ‘integral’ das comunidades.

    Segundo a Organização Mundial de Turismo, organismo da ONU que promove o Congresso na Espanha, cerca de 330 milhões de pessoas visitam os locais religiosos mais importantes do mundo todos os anos. Entre eles estão o Vaticano, o Santuário de Guadalupe, no México, e Jerusalém. O Congresso visa analisar o papel desses peregrinos como força de desenvolvimento para as comunidades locais, além dos fatores de motivação por trás da demanda pelo turismo religioso.

    Santiago de Compostela, cidade declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1985, sedia o evento que também tem o intuito de salientar as contribuições positivas das rotas espirituais para o turismo sustentável e responsável. Como bem defende a apresentação do Congresso que diz: “O turismo e as peregrinações são atividades humanas cada vez mais complexas e o futuro depende de equilíbrios entre as tradições e as necessidades dos anfitriões e dos peregrinos”.

    Para o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, “as peregrinações representam oportunidades vitais para fortalecer a capacidade do turismo e para promover o diálogo intercultural”. Os participantes do Congresso são provenientes de vários países, incluindo México, Itália e Israel. (AC-Ecclesia)


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    Jordânia quer ser "oásis de segurança"

    ◊   Roma (RV) - Nos conflitos sectários que afligem o Oriente Médio a Jordânia quer representar também no futuro, “um oásis de segurança e estabilidade”, comprometendo-se ao mesmo tempo em fazer todo o possível para proteger os árabes cristãos e aumentar a sua presença na região. Foi o que disse - de acordo com fontes jordanianas consultadas pela agência Fides - o Rei Abdullah II que traçou o perfil do país, por ele guiado, em uma reunião com representantes do governo e da sociedade civil. Eles foram convocados na última terça-feira para delinear a posição jordaniana em relação às medidas anunciadas por atores geo-políticos regionais e globais, diante do preocupante crescimento dos jihadistas do grupo Estado Islâmico.

    No encontro, o monarca também chamou os intelectuais, líderes religiosos e profissionais da mídia a assumirem as suas responsabilidades na luta contra as ideologias extremistas que desfiguram a verdadeira imagem do Islã.

    Palavras de apreço pelos propósitos do Rei da Jordânia foram expressas pelo Patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal: “nós na Jordânia acolhemos os refugiados, e não estamos entre aqueles que são refugiados. A Jordânia sempre foi a casa e abrigo para todos” reiterou o patriarca, referindo-se também às recentes disposições do governo jordaniano, que nas últimas semanas permitiu acolher no Reino Hashemita centenas de cristãos que fugiram do Iraque. (SP)

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    Prêmio 'Alison Des Forges' conferido a sacerdote camiliano, por ajudar muçulmanos na República Centro-Africana

    ◊   Bangui (RV) – O ‘Human Rights Watch’ atribuiu o prêmio ‘Alison Des Forges’ ao sacerdote camiliano Bernard Kinvi, Diretor do Hospital João Paulo II de Bossemptélé, da Missão Católica dos Religiosos de São Camilo, na República Centro-Africana. O sacerdote salvou neste ano a vida de centenas de muçulmanos, durante os conflitos inter-confessionais surgidos durante a guerra civil. A honorificência é conferida a quem trabalha com coragem e extraordinária compaixão em prol dos mais vulneráveis.

    Padre Kinvi dedicou o reconhecimento ‘Alison Des Forges’ a todos os cristãos que na República Centro-Africano salvaram vidas humanas. Para o religioso, o prêmio a ele conferido é também uma forma de fazer o mundo inteiro compreender que na República Centro-Africana, muitos sacerdotes, religiosos e cristãos têm ajudado e protegido muçulmanos, e que não foi uma guerra confessional entre cristãos e muçulmanos que ensangüentou o país, mas uma guerra política.

    Desde janeiro deste ano, o hospital onde trabalha, a 360 quilômetros da capital, foi refúgio para mulheres e crianças em fuga e local para receber feridos das diferentes facções em luta. O religioso camiliano – que organizou socorros e não poupou cuidados com a ajuda dos co-irmãos, das irmãs carmelitas de Santa Teresa de Turim e de tantos outros leigos – afirma que nas missões católicas, diversos muçulmanos colaboraram de diversas formas e houve uma boa convivência.

    O Prêmio ‘Alison Des Forges’ também foi atribuído a Shin Dong-Hyuk, fugitivo dos campos-de-trabalhos-forçados na Coréia do Norte e hoje ativista pelo seu fechamento; Arwa Othman, advogado que luta contra o casamento de crianças e pelo direito das mulheres no Iêmen; Jacqueline Moudeïna, que há mais de 10 anos pede justiça pelas vítimas da ditadura de Hissène Habré, no Chade.

    Pela sua obra, Padre Bernard Kinvi foi convidado pela Human Rights Watch a participar de uma série de encontro em Londes, Genebra e Paris. (JE)


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    Guiné Bissau: bispos conscientizam sobre vírus Ebola

    ◊   Bissau (RV) – Na Guiné Bissau, os bispos das dioceses de Bissau e Bafatá, Dom José Câmnate na Bissign e Dom Pedro Carlos Zilli, escreveram uma carta congratulando-se com os esforços do Governo, organismos internacionais e comunidades religiosas na prevenção contra a epidemia do vírus Ébola no país.

    “Com satisfação, temos notado o grande esforço da população guineense e de nossas comunidades paroquiais em colaborar na campanha de sensibilização, na limpeza dos lugares públicos, na organização e saneamento dos bairros e povoados, etc. Manifestando preocupação pela real ameaça do vírus, exortamos todas as nossas comunidades a procurarem sempre mais informações sobre a evolução da situação e que continuem a por em prática todas as medidas necessárias para a prevenção do vírus: que se siga colocando baldes com água e lixívia nas entradas das igrejas e locais de encontros para que todos possam lavar as mãos; que se evite encontros de férias; que se receba a comunhão nas mãos; que não se dê o abraço da paz durante a celebração da Santa Missa”.

    A carta informa que através da Caritas Guiné-Bissau, da Comissão Justiça e Paz e da Rádio Sol Mansi, será elaborado um programa de formação que permita às comunidades participarem ativamente na campanha de sensibilização e prevenção do Ébola e de outras epidemias. “Que todas as paróquias e missões estejam abertas às orientações a serem lançadas”, pedem os bispos.

    “Como cristãos, fundados na Fé, continuemos a pedir ao Senhor que afaste esta doença dos nossos países e nos ajude a encontrar formas concretas de solidariedade com as populações mais afetadas. Confiantes no Deus da Vida, enfrentemos este desafio com clarividência e coragem. A todos, a nossa bênção”, conclui a carta, publicada em 15 de setembro.
    (CM)

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    Formação



    Pastoral da Criança nas Filipinas: saúde e evangelização

    ◊   Manila (RV) – “Misericórdia e compaixão” é o lema da viagem do Papa às Filipinas, em janeiro do próximo ano. As palavras escolhidas não poderiam ser mais apropriadas, vistas as condições em que vivem os “descartados” da sociedade filipina, como os chamaria Francisco.

    É difícil descrever, mas vamos tentar. Imaginem ter como lar um único cômodo, improvisado, pequeno, sem janelas, na maioria das vezes sem móveis, só com um colchão, mas com muita, muita umidade. Para entrar no barraco, é preciso abaixar a cabeça, pois as roupas ficam todas penduradas em cabides para não mofarem. Durante seis meses ao ano, chove todos os dias. Água há por todo lugar, limpa e suja. Sempre. É um elemento imprescindível. Mesmo nessas condições, como medo de doenças, tentam manter a higiene da casa e também a pessoal. E as pessoas num cubículo são muitas. Um único colchão de casal pode abrigar até oito membros de uma mesma família. Pai, mãe e filhos. Tantos filhos. As meninas começam a engravidar cedo, aos 13, 14 ou 15 anos. E com 30 anos, já podem ter seis crianças.

    Recentemente, o Papa Francisco disse que as sociedades contemporâneas se habituaram ao termo “meninos de rua”, como se fosse possível crescer sem um contexto cultural e familiar. Engana-se quem pensa que esta seja a realidade aqui nas Filipinas. Não obstante o alto índice de natalidade, aliado à pobreza, o cuidado, a atenção, a ternura e o carinho são elementos cruciais para uma família filipina. Por parte da mãe e também do pai. Os filhos vão à escola e fazem a lição de casa ali mesmo, no chão, sem nenhuma comodidade. O contexto para o crescimento de uma criança, todavia, não é o ideal. Os problemas existem e a desnutrição infantil é um deles. E aí que entra em ação a Pastoral da Criança. Um projecto que nasceu no Brasil, no norte do Paraná, e que dá seus frutos mundo afora, até do outro lado do planeta. Na Ásia, a Pastoral está presente nos dois países de maioria católica: Timor-Leste e Filipinas, onde está completando 10 anos de fundação.

    Na Diocese de Cubao, sufragânea de Manila, as voluntárias acompanham dezenas de famílias. O método é o mesmo consolidado pela Dra. Zilda Arns: os cuidados começam já na gravidez, nos primeiros meses, até os seis anos de idade. Com os ingredientes locais, fabrica-se a e distribui-se gratuitamente a multimistura, para prevenir a desnutrição, e também outros produtos, como óleo, sabão, pomadas – que podem ser vendidos pelas voluntárias, constituindo uma pequena fonte de renda para as voluntárias. Resultado: aumento de auto-estima das mulheres, com o consequente beneficio de toda a família. Mas há um ingrediente especial que garante o sucesso da Pastoral da Criança: as voluntárias saem das próprias comunidades, não para fazer simples caridade, mas para partilhar o pouco que tem, para dedicar a vida ao outro, reconhecendo nele um irmão.

    Uma voluntária, Natalin da Gloria, conta que a Pastoral da Criança mudou a sua vida. Antes, ela simplesmente participava da missa, sem se envolver com a comunidade. “Um católico morno”, diria Francisco. Agora, Natalin diz que aprendeu o que é a verdadeira vida. “Não vivemos como os ricos, afirmou, mas nos sentimos abençoados.”

    De Manila para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri

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    Atualidades



    Presidente da Caritas: "Diálogo sim, mais violência não" no Oriente Médio

    ◊   Cidade do Vaticano RV – O Presidente da Confederação Internacional da Caritas defendeu em Roma que a resolução dos conflitos no Iraque, Síria e Faixa de Gaza deve ser feita pelo “diálogo ou outro caminho” em vez de mais violência.

    “A paz não pode ser imposta do exterior, mas deve nascer de dentro, da justiça social entre todas as pessoas”, disse Dom Oscar Maradiaga, que assinalou que os atuais conflitos são a maior crise que o mundo tem que enfrentar depois da II Guerra Mundial.

    Por isso, o Presidente da Caritas Internationalis convidou todos os Governos “à total cessação do fornecimento de armas aos países do Oriente Médio”, na abertura do encontro dedicado à crise na região, com os presidentes e diretores das Cáritas dos países envolvidos e seus parceiros internacionais.

    No encontro, encerrado quarta-feira, 17, os responsáveis refletiram “juntos sobre qual possa ser a melhor resposta, nos próximos meses e anos, para a tragédia que atinge o Oriente Médio”, disse Michel Roy, Secretário-geral da ‘Caritas Internationalis’ ao jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.

    Roy acrescentou que, neste encontro de dois dias, foi debatido “o modo como se pode colaborar com organizações da Igreja Católica ou outras para promover a paz e a estabilidade na região”.

    Segundo uma nota divulgada no final do encontro, "foi aprovado um plano a longo prazo sobre a cooperação inter-religiosa, a construção da paz em nível comunitário e um trabalho mais estreito com a Igreja e outras associações religiosas".

    A Caritas Internationalis lembrou que cerca de 1,3 milhões de iraquianos tiveram de abandonar as suas casas e que os agentes da Caritas do Iraque também fugiram pela ação dos militantes do Estado Islâmico.

    A instituição destacou ainda os números no conflito da Síria, onde mais de 13 milhões de pessoas vivem em condições desesperadas e a cada minuto quatro crianças são obrigadas a deixar as suas casas; três milhões de sírios refugiaram-se na Jordânia, Líbano e Turquia.
    (Ecclesia-CM)


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    VII edição do Fórum Mundial de Jovens "Direito de Diálogo"

    ◊   Roma (RV) – Terá lugar em Trieste, Itália, de 3 a 5 de outubro do corrente, a VII edição do Fórum Mundial dos Jovens “Direito de Diálogo”. A iniciativa - que vai reunir cerca de 40 jovens estudiosos de diversas partes do mundo, com idades entre 18 e 35 anos -, nasceu pela vontade de afirmar o “direito de diálogo” como “diálogo fundamental”. O encontro é voltado aos jovens - classe dirigente do futuro -, como interlocutores privilegiados para a constituição de modelos culturais solidários e abertos.

    “Europa não Europa” é o tema extremamente atual sobre o qual os jovens participantes serão chamados a interrogar-se durante o Fórum, que será realizado pela Associação “Poesia e Solidariedade”, em colaboração com o Departamento de Estudos Humanísticos e a Escola Superior de Línguas para Intérpretes e Tradutores da Universidade de Trieste, em parceria com o Fórum Nacional dos Jovens, Universidade de Primorska, de Capodistria (Eslovênia), a ‘European Youth Press’, entre outros.

    Entre os 120 ensaios enviados de diversas partes do planeta para o ‘call for paper 2014’, foram selecionados 40, que serão objeto de aprofundamento, com os autores, durante o encontro. Os participantes do fórum são chamados a confrontar as experiências vividas no país de proveniência e refletir sobre a intersecção entre identidades locais e integração.

    A maior parte das respostas ao “call for paper” – divulgado em todo o mundo – foi dada por jovens provenientes da Europa Centro-oriental, em particular da Ucrânia. “O tema da integração, ali, torna-se acalorado – sublinha uma das organizadoras do encontro – mas a percepção do aspecto cultural mais importante, que diz respeito à integração entre Europa e Não Europa, dentro dos confins geográficos da própria Europa, é sentida também nos outros países, como por exemplo, naqueles da Europa balcânica. Trata-se de colocar em discussão nacionalismo e identidade, mesmo que estes sejam elementos presentes que não devem ser avaliados de uma maneira exclusivamente negativa, pois são fundamentais para a conservação daqueles aspectos culturais que, no âmbito do Fórum, querem ser trocados e partilhados”.

    Os jovens participantes do encontro são provenientes de diversos países, incluindo Ucrânia, Paquistão, Vietnã, Zâmbia, Bósnia, entre outros. (JE)




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