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Sumario del 03/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa parabeniza ministra por cura de médico com ebola

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Cidade do Vaticano (RV) – A Ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, publicou um agradecimento ao Papa, após receber uma ligação de Francisco, neste sábado, 03/01. “Que emoção falar com o Papa Francisco, nos dá força e coragem de ousar sempre mais e (disse) que reza pelos pacientes e pelos trabalhadores na saúde”, escreveu a ministra em sua página no Facebook.

A ligação de Francisco aconteceu um dia depois do anúncio da cura do médico italiano Fabrizio Pulvirenti, infectado pelo vírus enquanto trabalhava em Sierra Leone. Pulvirenti ficou internado em Roma por mais um mês, no Hospital Lazzaro Spallanzani. (RB)

 

 

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Igreja no Mundo



Arquidiocese de Nápoles publica site sobre a viagem do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Está no ar o site (em italiano) da Visita Apostólica que o Papa fará a Nápoles, no sul da Itália, no dia 21 de março. Além do site, as notícias da viagem do Papa a Nápoles também vão circular nas redes sociais: foram criados perfis no Facebook e no Twitter.

A logo da visita invoca elementos que representam a cidade a figura do Papa com os braços abertos, tudo inserido dentro de um coração. Esta será a 8ª Visita Pastoral de Francisco na Itália. (RB)

 

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Maior procissão católica das Filipinas antecipa chegada do Papa

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Manila (RV) – No próximo dia 9 de janeiro milhões de Filipinos participarão da procissão do “Nazareno Negro”, acompanhando de pés descalços a passagem da cópia em tamanho real da imagem à qual atribuem-se poderes milagrosos.

A procissão é o evento religioso mais importante da única nação de maioria católica da Ásia e acontecerá poucos dias antes do início da visita do Papa Francisco ao país, marcada para acontecer entre 15 e 19 de janeiro.

Tradição secular

A devoção à imagem que representa – em tamanho natural - Cristo caído sobre o peso da Cruz começou no século XVII, quando as Filipinas estavam sob o domínio espanhol. A imagem foi levada ao arquipélago por um sacerdote agostiniano espanhol em 1607 a bordo de um navio proveniente do México.

Milagres

De acordo com a tradição, um incêndio destruiu  a embarcação, mas a imagem de Cristo foi milagrosamente preservada das chamas assumindo a cor preta. Apesar dos danos, a população de Manila decidiu conversar e honrar a efígie. A devoção suscitada pelo ícone foi reconhecida pela Santa Sé que, em 1650, durante o pontificado de Inocêncio X, instituiu canonicamente a Confraria de Jesus Nazareno.

Símbolo de devoção

Nos séculos a áurea milagrosa que envolve a imagem do Cristo fez com que esta se transformasse em um símbolo do povo das Filipinas. No ano passado mais de 10 milhões de pessoas participaram da procissão. (LZ/RB)

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Igreja na Indonésia reitera posição contrária à pena de morte

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Jacarta (RV) - “Ninguém tem o direito de tirar a vida”: essa foi a declaração de Dom Ignatius Suharyo, presidente da Conferência Episcopal da Indonésia, ao ser informado das intenções do governo em retomar a pena capital para os condenados por tráfico de drogas. “No ensinamento da Igreja a pena de morte não é concebida”, reiterou Dom Suharyo, ao destacar que esta pena “não dissuade o crime” porque “não resolve os problemas“ na origem dos reatos.

Execuções retomadas em 2013

Na Indonésia, único país asiático de maioria muçulmana, o Código penal prevê a pena de morte, por fuzilamento, para os crimes de homicídio e para o narcotráfico. Contudo, de 2008 até março de 2013 as autoridades respeitaram uma moratória das execuções; quando as sentenças capitais foram retomadas e cinco fuzilamentos foram realizados. Atualmente, 136 detentos – grande parte estrangeiros  – estão no corredor da morte: 64 culpados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e os demais por assassinatos.

Brasileiros

Dois brasileiros condenados por narcotráfico estão no corredor da morte na Indonésia. Somente uma clemência do presidente poderá livrá-los do fuzilamento, transformando a sentença em prisão perpétua. (IP/RB)

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Formação



Editorial: A coragem da ternura

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Cidade do Vaticano (RV) – Estamos vivendo os primeiros vagidos do ano novo. As festas passaram e ficou o sabor do encontro familiar, das viagens, quem sabe da praia; mas também para muitos foi somente mais uma virada de ano, marcada pela tristeza e a falta de esperança. Nossa realidade, abaixo do Equador, com o calor desértico que tem feito nestes dias, muitas vezes nos deixam distantes da realidade que inteiras populações estão vivendo, abandonadas a si mesmas e com grito de dor entalado na garganta. Acima do Equador estamos vivendo o inverno, o frio, a neve, o gelo, como é, em muitos casos, o coração de incontáveis seres humanos. Nosso pensamento vai para aquelas pessoas, povos, nações que passam por situações dolorosas que experimentam neste momento. E isso está se verificando em várias partes do planeta.

Ouvimos nos últimos dias da boca do Papa Francisco tantos apelos, reflexões e chamadas de atenção que já valeriam para todo o ano que apenas começou. Mas como o Papa é pai, avô, pastor, pároco, irmão, ele não se cansa e não se cansará de nos chamar a atenção para o drama vivido por milhões de pessoas em todos os quadrantes do planeta. Nas suas mensagens seja de Natal, seja de Ano Novo, tocou o nosso brio de seres humanos, e nos convocou a uma atitude, atitude antes de tudo de Filhos de Deus. Devemos, ou melhor, somos obrigados olhar o nosso próximo como nosso semelhante, como nosso irmão. Francisco também pediu insistentemente a paz para o mundo e, no dia de Natal, invocou esse dom.

Paz, antes de tudo, para as crianças que muitas vezes são “vítimas da violência”, feitas objeto de compra e venda, como uma simples mercadoria. Francisco não se esqueceu do drama dos pequenos do Paquistão, assassinados dentro de uma escola, das pequenas vítimas de ebola na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Sua voz – diria triste como seu coração pelo drama vivido pelas crianças – foi também em direção àquelas que são maltratadas, vítimas das guerras, das perseguições, dos abusos, das explorações sob os nossos olhos e sob o nosso “silêncio cúmplice”: não se esqueceu também daquelas que não puderam ver a luz da vida.

Um dilema atroz que nos faz interrogar em um mundo que se diz civilizado, mas que contempla a existência, como dois mil anos atrás, de novos Herodes e de sua espada. O silêncio dos inocentes grita sob a mão de tantos novos Herodes. Quanto sangue já escorreu e banhou a terra na total indiferença da humanidade? Paira em nossos dias – como afirmou Francisco – a sombra dos atuais Herodes. Quantas lágrimas se misturam às do Menino Jesus!

O nosso olhar está repleto de imagens dessas lágrimas. Não precisamos ir para longe da nossa realidade para poder se banhar com elas, basta olhar ao nosso redor e tocar com a mão e partilhar o sofrimento do irmão que, com seu rosto molhado e voz entalada na garganta, pede ajuda, pede para existir, pede esperança.

Nosso olhar se fixa também na dor de mães e pais cristãos do Iraque, da Síria, do Oriente Médio que vivem em acampamentos improvisados à espera de poder – quem sabe – um dia retornar às suas casas de onde foram expulsos por integralistas; eles também são vítimas da irracionalidade humana.

Podemos notar nestes breves pensamentos quanta dor e quanta necessidade de paz, amor, ternura tem o homem de hoje. Iniciamos um novo ano e esperamos que a ternura de Deus, tão recordada por Francisco na Noite de Natal, abrace todos e que todos se deixem abraçar por ela. Com coragem aproveitemos o novo ano para acolher, mesmo em situações difíceis, a ternura de um Deus que está ao nosso lado, abandonando as nossas arrogâncias e soberbas para encontrar o real sentido de nossas existências. Jamais devemos esquecer que o maior dos homens nasceu em uma gruta e seu berço foi uma manjedoura. Uma mensagem que dura mais de dois mil anos e ilumina toda humanidade. (Silvonei José)

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Reflexão para a solenidade da Epifania do Senhor

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Cidade do Vaticano (RV) - Isaías anuncia a manifestação da glória do Senhor sobre Jerusalém e a conseqüente vinda para ela dos outros povos, para também serem iluminados pela luz divina. Jerusalém é o centro, atrai para si a atenção dos povos, mas ao mesmo tempo vive a vocação de iluminá-los, de conduzi-los ao Senhor.

Paulo nos fala que essa glória do Senhor é o mistério de Jesus Cristo, ou seja, a glória do Senhor que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos, é Jesus Cristo com sua salvação. Através dele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.

O Evangelho de Mateus explicita essa atração dos povos pela luz que ilumina Jerusalém, através da vinda dos magos, conduzidos pela luz de uma estrela que irá pairar sobre a casa onde se abriga Jesus, a misericórdia, a salvação, a própria luz!

Contudo os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz iluminar, lendo e anunciando os escritos dos profetas, especialmente aquele que diz que será em Belém o nascimento do Messias, do Salvador, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na escuridão. Pouco lhes importa que a missão do Messias seja unir o povo de Deus e  iluminar as nações.

Os magos, fascinados pelo clarão apreendido no estudos dos astros e da natureza, já que não possuem as profecias, intuem e tem conhecimento do nascimento do Salvador e sabem que é naquela região.

Ao visitarem o Messias, lhe ofertam ouro, incenso e mirra. Ouro, ao rei; mirra, o óleo com o qual esposa se perfuma para suas núpcias, sinaliza que o Senhor é o esposo; e incenso, ao Deus encarnado.

Discernindo a reação do rei Herodes, os magos não retornam a ele após a visita ao Senhor.

Para nós, batizados, que temos o conhecimento da vinda do Messias, que a celebramos a cada ano no Natal, como é nossa postura em relação às exigências da revelação? Somos seus anunciadores a todos os homens? Aceitamos que o Senhor se revela a todos e de modo diverso, de acordo com a cultura e possibilidades de cada um?

Cremos que a Igreja é a nova Jerusalém, de onde brilha a Luz do Sol verdadeiro, Jesus Cristo, e para ela se dirigem todos os povos, todos o homens de boa vontade?

Também, como os Magos, desviamos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos afastam de Deus, que optaram pelo Mal? Que preferem o acomodamento à prática do bem?

Ser cristão é acreditar que a vinda de Jesus Cristo trouxe para a Humanidade a união definitiva de Deus com o Homem e que  todos os homens são chamados a viver essa união e que a Igreja tem a missão de ser farol, porque nela está a Luz verdadeira.

Epifania, - manifestação da misericórdia de Deus a todos os homens,-  façam já parte da Igreja ou ainda não. (CAS)

  

 

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