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Sumario del 07/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



"Ajudar e escutar mais as mães", diz o Papa na audiência

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois da pausa natalícia, o Papa Francisco retomou nesta quarta-feira, 7 de janeiro, seus encontros semanais com os fiéis. Pela terceira vez desde o início de seu Pontificado, a audiência geral se realizou dentro da Sala Paulo VI. A temperatura na capital italiana estava por volta de 7 graus centígrados. 

A Maternidadde

Continuando o ciclo de catequeses sobre a Família, o Pontífice centrou sua atenção sobre a figura da Mãe, ressaltando a imagem da ‘Igreja-Mãe’. 
“Na Família existe a Mãe. Toda pessoa humana deve a vida a uma mãe. Ela, por sua vez, é pouco ouvida e pouco ajudada na vida cotidiana, pouco considerada em seu papel central na sociedade. Muitas vezes – denunciou Francisco – aproveita-se da disponibilidade das mães para ‘economizar’ em despesas sociais”. 

Dar mais valor às Mães

“Até nas comunidades cristãs, as mães nem sempre são valorizadas. Deveríamos compreender melhor sua luta cotidiana em serem eficientes no trabalho, atenciosas e carinhosas com a família; precisaríamos entender suas aspirações para expressar os frutos melhores e mais autênticos de sua emancipação”. 

O Papa revelou uma recordação pessoal: “Lembro-me em casa, éramos cinco, cada um pensava em uma coisa e a fazia. Nossa mãe estava sempre correndo de um lado para outro”, lembrou ainda o Papa, falando à multidão de fiéis de vários países do mundo. 

No amor incondicional e voluntário por seus filhos, são o antídoto ao individualismo, são as grandes inimigas das guerras. São elas a testemunhar a beleza da vida. As mães se ‘dividem’; a partir do momento que hospedam um filho, o dão ao mundo e o fazem crescer. “Muitas vezes pensei naquelas mães que recebiam cartas durante as guerras que as informavam da morte de seus filhos. Quanto sofrem as mães!”.

Martírio

“Em certo sentido, a maternidade é uma espécie de martírio. Na sua entrega generosa, as mães concebem os filhos no seu seio, dão à luz, amamentam, educam e dão afeto: oferecem as suas vidas aos filhos, um verdadeiro martírio materno!”. 

Isto é o que o Arcebispo Óscar Romero definiu como “martírio materno”: Ir dando a vida, pouco a pouco, como uma mãe faz por seu filho. Francisco recordou que na homilia do funeral de um padre assassinado pelos esquadrões da morte, Dom Romero disse, evocando o Concílio Vaticano II: “Todos devemos estar dispostos a morrer por nossa fé, mesmo que o Senhor não nos conceda esta honra... Dar a vida não significa apenas morrer; dar a vida, ter espírito de martírio, é uma entrega total, sem temores, no silêncio, na oração, no cumprimento do dever”.

 “Agradeçamos as mães por tudo o que são na família, e por aquilo que dão à Igreja e ao mundo”, finalizou Francisco.

(CM)

 

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Francisco: "Beleza do circo faz bem à alma"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Encorajo-os a serem portadores do sorriso e mensageiros, não apenas de solidariedade entre povos e nações, mas também da beleza: precisamos dela!”.

Assim o Papa agradeceu o Golden Circus de Liana Orfei, que, como todos os anos, exibiu um breve espetáculo na Sala Paulo VI, na conclusão da audiência geral nesta quarta-feira, 07. 

A necessidade da beleza no mundo de hoje

“Gostaria de agradecer as pessoas do circo que vieram aqui... Podemos pensar: vamos ao circo, vamos nos divertir um pouco... É verdade, o circo é um espetáculo, passamos o nosso tempo, vemos homens e mulheres fazerem malabarismos, equilibrismos... olhem eles aqui. Mas o circo nos ensina mais uma coisa: quem faz espetáculo cria beleza, são criadores de beleza e isto faz bem à alma. Como precisamos da beleza! A nossa vida é tão prática: tantas coisas para fazer, trabalhar, pensar; a nossa vida é razão. É importante porque somos animais que pensam, mas somos também pessoas que amamos; temos a capacidade de amar. A linguagem das mãos, a linguagem da mente e a linguagem do coração: amar;  estas três linguagens se unem para harmonizar as pessoas, e eis aí a beleza. As pessoas que fizeram este ‘show’ – disse ainda o Papa – são criadoras de harmonia, de beleza, ensinam o caminho da beleza. Deus certamente é bom, certamente sabe fazer as coisas, criou o mundo; mas sobretudo Deus é belo, e muitas vezes nos esquecemos da beleza. A humanidade pensa e sente, mas hoje precisa muito da beleza. Agradeçamos estas pessoas tão competentes em fazer equilibrismos, espetáculo, mas principalmente, que fazem beleza”. 

(CM)

 

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Com Imames e sobreviventes de Auschwitz, gestos de paz de Francisco!

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Cidade do Vaticano (RV) – Seis sobreviventes de Auschwitz e quatro imames franceses participaram nesta quarta-feira da primeira Audiência Geral de 2015, testemunhando, ao lado do Papa, “a urgência da paz e dos esforços contra toda forma de violência”.

Um dos fortes testemunhos de paz é dado pelos imames franceses, que há anos trabalham com os católicos na promoção de um diálogo concreto. “Quando existe um conhecimento mútuo, criam-se relações de amizade e assim é mais fácil enfrentar as questões mais complexas”, explicou o Presidente do Conselho da Conferência Episcopal francesa para as Relações Inter-religiosas, o Bispo de Evry-Corbeil-Essonnes, Dom Michel Dubost. “Esta visita – reiterou ele – não é um fato isolado. Estamos aqui para dar um sinal comum do nosso compromisso pela paz”. Ele destacou ainda a importância deste primeiro encontro de uma “tão alta representação de muçulmanos franceses com o Papa”.

O prelado explicou que o trabalho conjunto “nos está levando a enfrentar pela raiz a questão do fundamentalismo e da intolerância, para tentar dar uma resposta às preocupantes tensões que surgem em tantas partes da Europa, mas também à delicada questão do Oriente Médio”.

Ao apresentar os imames ao Pontífice, Dom Dubost destacou seus perfis de “profunda espiritualidade”. Azzedine Gaci é Reitor da Mesquita de Orhman, em Villeurbanne, Tareq Oubrou é Reitor da Grande Mesquita de Bordeaux, Mohammed Moussaoui é Presidente da União das Mesquitas Francesas e Djelloul Seddiki é Diretor do Instituto Al Ghazali, da grande Mesquita de Paris. Eles estavam acompanhados pelo sacerdote Christophe Roucou, Diretor do Serviço da Conferência Episcopal para as Relações com o Islã.

Na permanência em Roma, estão sendo realizados diversos encontros de alto nível que culminarão, nesta quinta-feira, com o colóquio com o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran.

Sobreviventes de Auschwitz

O Papa Francisco também encontrou sobreviventes de Auschwitz, que lhe narraram suas histórias.

Kazimierz Albin, 93 anos, polonês, tinha apenas 16 anos quando chegou ao campo de concentração nazista, “com a primeira carga de prisioneiros”. “Consegui fugir – contou ele – mas eles se vingaram deportando e matando minha mãe e minha irmã”.

Marian Turski, 89 anos, por sua vez, falou dos esforços dos sobreviventes para que não seja esquecido o que aconteceu entre Buchenwald e Auschwitz. Zofya Posmysz, 91 anos, leva consigo uma medalha com a face de Cristo coroado de espinhos, feita “por um prisioneiro pouco antes de ser morto”. Ela presenteou o Papa Francisco com o livro ‘Christus von Auschwitz’, a obra em que relata a sua experiência. Esther Bejarano, 91 anos, teve a vida salva graças “à grande paixão pela música: os nazistas me colocaram na orquestra fazendo-me tocas dia e noite”, diz ela. Raphael Esrail, 90 anos, francês, salvou muitas pessoas falsificando documentos: “Sou judeu, mas os meus melhores amigos no campo eram católicos e casei com uma mulher católica”. Por fim, Felix Kolmer, 93 anos, originário de Praga, recorda “cada momento vivido próximo às pessoas destinadas às câmaras de gás”.

Ao lado deles, estavam três jovens alemães que hoje prestam serviço no campo, como voluntários. “Nós recém colocamos no lugar a cerca e reorganizamos os setores onde são conservados os calçados pertencentes aos prisioneiros”, explicaram.

Ao Papa foi doada uma pequena escultura, com a letra “b” virada, da expressão “Arbeit macht frei” (O trabalho liberta), colocada na entrada do Campo de Auschwitz. A mesma escultura já foi doada a Angela Merkel, Shimon Peres e Ban Ki-moon.

Ao final da Audiência o Papa recebeu ainda cinco cozinheiros húngaros, que no dia da Epifania prepararam duzentas refeições para os pobres assistidos em Roma pela Comunidade de Santo Egídio. Eles apresentaram ao Pontífice a motivação de sua experiência, nascidas “após terem ouvido os apelos do Papa em favor dos pobres”. (L’Osservatore Romano – JE)

 

 

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Papa Francisco retorna à Ásia em viagem a Sri Lanka e Filipinas

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Cidade do Vaticano (RV) - A próxima viagem apostólica internacional do Papa Francisco será a sétima de seu Pontificado, a terceira à Ásia após a visita à Terra Santa e à Coreia do Sul: o Santo Padre estará em Sri Lanka e depois Filipinas, de 12 a 19 deste mês de janeiro. Na manhã desta quarta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, o programa da viagem foi ilustrado pelo porta-voz vaticano, Pe. Federico Lombardi.

É mais um exemplo da atenção do Pontífice à Ásia. A viagem do Papa Francisco à República de Sri Lanka e às Filipinas será feita nas pegadas dos predecessores Paulo VI e João Paulo II, que também visitaram os dois países: o Papa Montini ambos os países em 1970, e o Papa Wojtyla em 1981 visitou as Filipinas e em 1995 Sri Lanka e novamente as Filipinas.

Sobre a ocasião da nova presença de um Papa naquelas terras, Pe. Lombardi explicou:

“No que se refere às Filipinas, sabemos que foi também a insistência dos bispos filipinos receber o Papa, inclusive como conforto após o desastre imenso do tufão de um ano atrás, que causou danos imensos. Fala-se de sete, oito mil mortos, 15 milhões de pessoas atingidas nas destruições provocadas pelo tufão, cinquenta mil casas destruídas. É considerado um dos piores tufões da história, ao menos que se recorde. E tudo isso levou naturalmente a pedir a presença do Papa como conforto, como compaixão por um povo muito sofrido. Também para Sri Lanka havia o desejo de receber o Papa, o desejo da Canonização do Pe. Vaz, de receber sua contribuição para a pacificação do país. Em suma, toda uma série de motivos que deu ao Papa – com toda essa sua atenção pela Ásia – razões suficientes para a viagem.”

O Papa, que fará os discursos em inglês, passará dois dias em Sri Lanka, dois dias completos, 13 e 14 de janeiro, pouco após as eleições presidenciais, previstas para esta quinta-feira, dia 8. Em seguida, Pe. Lombardi precisou que a visita não se dará num período de campanha eleitoral.

Entre os momentos mais importantes, na terça-feira, o encontro inter-religioso em Colombo – capital de Sri Lanka –, num país onde 70% da população é budista, 12-13% é hinduísta, 10% islâmica e 7% cristã – maior parte católica.

Na quarta-feira, a missa da Canonização de José Vaz, religioso oratoriano que viveu entre os séculos XVII e XVIII, que realizou uma importante obra de evangelização em Sri Lanka, beatificado exatamente vinte anos atrás por João Paulo II. Em seguida, se terá a oração mariana no Santuário de Nossa Senhora do Rosário em Madhu, o mais frequentado do país, localizado ao norte, de maioria Tâmil. O porta-voz vaticano ressaltou ainda:

“Nesta ocasião o Papa se faz presente por outro grande aspecto da situação de hoje de Sri Lanka, o da reconciliação, após o longuíssimo e terrível período do conflito interno, prevalentemente entre os cingaleses e os tâmeis. É um período de conflito que durou trinta anos – portanto, longuíssimo, sangrento – e que terminou em 2009.”

No dia 15, após uma visita à capela de “Our Lady of Lanka”, em Bolawalana, o Santo Padre partirá para as Filipinas, que se preparam para os 500 anos de evangelização, em 2021. Na sexta-feira, 16, se terão os encontros previstos para Manila, entre os quais com as famílias, realidade central nas Filipinas, o maior país asiático de maioria católica. Ainda Pe. Lombardi:

“É preciso considerar também a importância que a cultura familiar tem na cultura filipina, importância fundamental, o modo muito intenso como se vive a realidade da família e seus laços por parte da cultura filipina.”

Depois se terá a visita às zonas atingidas pelo tufão Haiyan, aí chamado ‘Yolanda’. Em Tacloban, no sábado, o Pontífice celebrará uma santa missa; em Palo almoçará com alguns sobreviventes e abençoará o “Centro Papa Francisco” para os pobres, construído com contribuições do Pontifício Conselho Cor Unum”: por isso, também estará presente na comitiva papal o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah, que na época do desastre natural conduzia o dicastério vaticano.

A propósito dos devastadores efeitos das mudanças climáticas, e respondendo aos jornalistas que lhe perguntaram a respeito de uma possível data para uma Encíclica de Francisco dedicada aos temas ambientais, o sacerdote jesuíta explicou:

No que se refere à Encíclica, sei aquilo que já sabíamos, ou seja, que está em fase de preparação, que, porém, não é iminente. As notícias que saíram recentemente, que diziam que poderíamos aguardá-la para o fim de janeiro ou o mês de fevereiro, não são confiáveis. Certamente ainda precisa de tempo. Sempre disse: antes do segundo semestre, penso que sim.”

No domingo, 18 de janeiro, na capital filipina se terá o encontro com os líderes religiosos locais, com os jovens e a missa no dia do “Santo Niño”. Na segunda-feira, dia 19, na parte da tarde, se terá o retorno ao Vaticano, após ter sobrevoado vários países, entre os quais a China. (RL)

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Curitiba tem novo Arcebispo

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou Arcebispo de Curitiba (PR) Dom José Antônio Peruzzo, até então Bispo da Diocese de Palmas e Francisco Beltrão (PR).

Dom José Antônio Peruzzo nasceu em 19 de abril de 1960, em Cascavel (PR). Estudou no Colégio Marista e no Seminário Menor São José de Curitiba. Ainda na capital paranaense, formou-se em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1979-1981) e Teologia no Studium Theologicum (1982-1985). Obteve a Licenciatura em Sagrada Escritura no Pontifício Instituto Bíblico em Roma (1988-1992) e o Doutorado em Teologia Bíblica na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma (2002-2004).

Foi ordenado sacerdote em 22 de dezembro de 1985, para a Arquidiocese de Cascavel. Como sacerdote, desempenhou os seguintes cargos: Coordenador Diocesano de Catequese; Professor do Centro Diocesano de Teologia; Diretor da Escola Catequética; Reitor do Seminário de Teologia Nossa Senhora de Guadalupe de Cascavel e Pároco da Catedral Metropolitana da Arquidiocese de Cascavel.

Em 24 de agosto de 2005 foi nomeado Bispo de Palmas e Francisco Beltrão. Recebeu a ordenação episcopal em 23 de novembro do mesmo ano. 

(BF)

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Arquidiocese de Porto Alegre tem novo Bispo Auxiliar

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Cidade do Vaticano (RV) – A Arquidiocese de Porto Alegre tem novo Auxiliar: o Papa Francisco nomeou Bispo o Rev. Leomar Antônio Brustolin, do clero da Diocese de Caxias do Sul (RS), até então Pároco da Catedral, conferindo-lhe a sede titular de Tigava.

Dom Leomar Antônio Brustolin nasceu em 15 de agosto de 1967 em Caxias do Sul. Estudou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul (1984-1986) e Teologia na Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (1987-1990). Obteve a Licenciatura em Teologia Sistemática na Faculdade dos Jesuítas (FAJE) em Belo Horizonte (1991-1993) e o Doutorado em Teologia na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma (1997-2000).

Foi ordenado sacerdote em 20 de dezembro de 1992. Desempenhou os seguintes cargos: Vigário Paroquial da Catedral de Caxias do Sul, Professor de Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre, Coordenador do Curso de Licenciatura em Teologia na mesma Universidade, Diretor do Curso de Teologia para Leigos e Diretor do Centro de Teologia de Caxias do Sul e, desde 2001, Pároco da Catedral "Santa Teresa d'Avila" em Caxias do Sul.

(BF)

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Santa Sé doa 3 milhões de euros para combate à febre hemorrágica Ebola

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Cidade do Vaticano (RV) - A Santa Sé quer expressar seu forte apreço às Igrejas Católicas locais da Guiné, Libéria e Serra Leoa por sua resposta tempestiva à crise causada pelo vírus da febre hemorrágica Ebola. Para aumentar ulteriormente seus esforços, e como resposta concreta à emergência, oferece uma contribuição financeira de três milhões de euros.

Documento do dicastério Justiça e Paz

O engajamento da Igreja no combate à difusão do vírus está contido num documento intitulado “A resposta da Igreja Católica à emergência Ebola” redigido pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. O documento descreve, pela primeira vez, uma resposta pastoral a uma doença relativamente nova que devastou indivíduos, famílias inteiras e também comunidades, especialmente nestes três países da África Ocidental.

Santa Sé encoraja outros benfeitores

Os fundos serão colocados à disposição de estruturas mantidas pela Igreja para melhorar a assistência que oferecem mediante instituições de saúde, iniciativas comunitárias e o cuidado pastoral oferecido aos enfermos e aos agentes da saúde.

A Santa Sé encoraja também outros benfeitores, privados ou públicos, a contribuírem para o incremento dos fundos em sinal de solidariedade para com aqueles que sofrem grandemente nestas regiões atingidas pela doença.

A soma oferecida pelo Vaticano será utilizada, entre outros, para a aquisição de produtos de saúde de primeira necessidade, para o transporte dos doentes e para a reforma das estruturas.

Parte da contribuição será destinada aos residentes de áreas circunscritas a fim de desenvolver e reforçar estratégias voltadas a evitar a expansão da doença. Fundos serão destinados também para ajudar as famílias atingidas pelo vírus e aos menores que ficaram órfãos.

Assistência e formação

Em sua resposta pastoral, a Santa Sé contribuirá para a assistência às pessoas atingidas pelo vírus através da formação e da ajuda aos sacerdotes, às religiosas e aos religiosos empenhados em atividades pastorais, a fim de que sejam melhor preparados para enfrentar as necessidades de ordem física, psíquica e espiritual dos doentes e daqueles que sofrem.

A Santa Sé concentrará suas ações nas paróquias, vez que grande parte da atividade da Igreja se realiza no contexto da paróquia, que é uma importante instituição basilar no combate às consequências provocadas pelo Ebola, que estão emergindo como um problema sério, particularmente para os sobreviventes da febre hemorrágica.

A Igreja permanece ao lado das populações

O compromisso da Igreja Católica na resposta à emergência Ebola conta com as comunidades locais. A Igreja – lê-se no documento – “não vem e vai; as pessoas recorrem a Deus em situações de medo e de necessidade. Esta Igreja é uma testemunha visível da presença de Jesus Cristo em todos os tempos, mas particularmente em tempos de dificuldades”. (RL)

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Igreja no Mundo



Bispos da França condenam ataque contra semanário

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Paris (RV) – Duras as condenações de todo o mundo ao ataque ocorrido esta manhã (07/01) em Paris, quando um comando de homens encapuzados e armados com fuzis kalashnikov invadiu a sede da revista satírica Charlie Hebdo, matando ao menos 12 pessoas, entre as quais 10 jornalistas e dois policiais. Vídeos gravados por testemunhas revelam que o grupo saiu do prédio gritando “Alá é grande”.

A Conferência Episcopal da França condenou duramente o ataque, qualificando-o como “injustificável”. Em uma nota, o Secretário e Porta-voz dos bispos, Olivier Ribadeau Dumas, exprimiu o “horror do episcopado” pelo ocorrido e proximidade aos familiares das vítimas e dos funcionários do semanário.

“Nada pode justificar tamanha violência que golpeia a liberdade de expressão, elemento fundamental da nossa sociedade”, diz a nota, exortando a opinião pública a não se deixar levar pela cólera: “Nesta situação devemos mais do que nunca nos concentrar na fraternidade fragilizada e na paz, que sempre tem necessidade de ser consolidada”

A Liga Árabe e organizações muçulmanas também condenaram o ataque. O Conselho Francês da Fé Muçulmana classificou o atentado como um "ato bárbaro de extrema gravidade". A Universidade de al-Azhar, maior centro teológico do islamismo sunita, com sede no Cairo, condenou em um breve comunicado o atentado considerando-o como “ato criminoso” e reiterou que o Islã rejeita qualquer ato de violência”.

Em apoio às vítimas do atentado que matou, entre outros, o Diretor da publicação, Stephane Charbonnier, e os cartunistas Georges Wolinski e Cabu, muçulmanos têm utilizado as redes sociais para rechaçar a violência e reforçar a ideia de que o radicalismo religioso não os representa. Para isso, muitos usam a hashtag #NotInOurName ("Não em nosso nome", em tradução livre). (JE)

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Bispos do Sri Lanka contra a politização da visita do Papa

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Colombo (RV) – Os bispos do Sri Lanka lançaram um forte apelo para que a visita do Papa ao Sri Lanka não adquira um caráter político. Francisco chegará ao país asiático no dia 12/01, logo depois das eleições presidenciais, marcadas para esta quinta-feira (08/01). Os cingaleses irão às urnas antecipadamente por decisão do atual presidente, Mahinda Rajapaksa, que concorre ao terceiro mandato consecutivo.

Evitar violência antes e depois das eleições

Dois são os candidatos principais: Maithripala Sirisena, ex-integrante do governo de Rajapaksa, cuja campanha foi baseada em um plano de reforma democrática que prevê uma redução dos poderes presidenciais e um incremento do parlamento, e o presidente em fim de mandato, Rajapaksa. Independentemente do resultado das eleições, Rajapaksa será presidente até o final de 2016, ano em que – como prevê a Constituição – o novo presidente tomará posse.

Neste contexto, a principal preocupação da Igreja local é que a viagem do Papa não seja instrumentalizada: “Exortamos aos candidatos para que assegurem que não exista nenhuma forma de politização da visita do Papa”, lê-se na mensagem, que pede “uma atmosfera pacífica para a visita pontifícia para que o programa espiritual previsto seja realizado plenamente”. “É preciso evitar a violência – prosseguem os bispos – em todos os níveis, antes e depois das eleições, para levar adiante com a participação da população um debate maduro inerente à política de cada um dos partidos”.

Democracia e transparência

O apelo é, portanto, para que “sejam mantidos os princípios da democracia e de transparência necessários para o decorrer livre e correto das eleições”.“È extremamente importante – escrevem os bispos – manter um clima de liberdade para que possam ser expressados os diferentes pontos de vista em relação à política”, assim como “é necessário manter o Estado de direito” e uma “verdadeira democracia participativa”.

Reestabelecimento da paz

A Igreja local também “espera um forte empenho” de todos “para reestabelecer a paz e promover a reconciliação no país, para que todos os cidadãos possam viver com dignidade e igualdade”.

A mensagem episcopal recorda ainda a importância do “direito inalienável de todos os cidadãos em expressar o próprio voto sem medos ou parcialidade”, em um clima “de justiça e absoluta transparência”.

“A Igreja – lê-se ainda no texto – sempre apoiou a necessidade de ser respeitar o direito e o dever de usar todos os votos na promoção do bem comum”, de acordo com o que é reiterado pela Constituição pastoral “Gaudium et spes”: “Todos os cidadãos se lembrem, portanto, do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum. A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço dos homens.. (n. 75)”.

Trabalhar para o bem comum

Ao lançar o olhar para o período pós-eleitoral, os bispos desejam que “o candidato eleito e o não-eleito aceitem a decisão do povo, respeitando o veredicto e dando reciprocamente as mãos para trabalhar juntos pelo bem do país”, para que, “livre de violências”, o Sri Lanka “trilhe um caminho de maior liberdade e prosperidade, mantendo sólidos os principio econômicos, morais e culturais, tão valiosos para a popolação”. (IP/JES)

 

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Atualidades



Episcopado deve articular versão local do hino da JMJ 2016

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Cidade do Vaticano (RV) – O responsável pela realização da Jornada Mundial da Juventude no Pontifício Conselho para os Leigos, o brasileiro Padre João Chagas, em entrevista à Rádio Vaticano, falou sobre o sobre a primeira execução do hino oficial da JMJ 2016 que aconteceu em Cracóvia, nesta terça-feira (06/01).

“Bem-aventurados os misericordiosos”

As traduções e versões oficiais para os diversos idiomas ficará a cargo das conferências episcopais, que deverão promover a iniciativa entre as Pastorais da Juventude. “As Conferências episcopais, em contato com o Comitê Organizador da JMJ 2016, têm a faculdade de promover as versões oficiais. Já temos uma tradução base em italiano, mas que ainda não é a versão italiana oficial”, antecipou Padre João Chagas. (SP/RB)

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Como é a vida em meio ao sofrimento em Gaza? Ouça

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Cidade do Vaticano (RV) - Francisco acompanha com frequência as notícias do sofrimento dos habitantes do Oriente Médio. Em carta enviada àquela população, pouco antes do Natal, o Pontífice assegurou que pensa especialmente nas crianças, nas mães, nos idosos, nos deslocados e nos refugiados, em quantos padecem a fome, naqueles que têm de enfrentar a dureza do Inverno sem um teto para se protegerem. “Um sofrimento que apela ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa”.  

Para Francisco, a situação em que vive aquele povo é um apelo à santidade de vida,  e “o diálogo baseado numa atitude de abertura, na verdade e no amor é também o melhor antídoto contra a tentação do fundamentalismo religioso, que é uma ameaça para os crentes de todas as religiões”.  

“Quanto tempo deverá ainda sofrer o Oriente Médio por carência de paz?”, questiona o Papa na carta.

A colega BF contatou um missionário brasileiro que trabalha em Gaza há 2 anos e meio, Pe. Mario da Silva, Vice-pároco e Superior religioso da Paróquia Sagrada Família, a única paróquia católica das 5 cidades que compõem a Faixa de Gaza. Ele contextualiza a realidade em que vive a população civil daquela área e relata como é o cotidiano, em meio aos sofrimentos e às carências do dia-a-dia. Ouça a reportagem clicando no ícone acima.

(CM/BF)

 

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Palestina obtém conquista na busca da soberania territorial

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Cidade do Vaticano (RV) – O anúncio desta terça-feira (06/01), do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, de que a Palestina obteve adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, na Holanda – além de outros 16 convenções e tratados internacionais – demonstra que os esforços da diplomacia árabe em obter o reconhecimento da soberania territorial da Palestina ainda em 2015 estão, aos poucos, sendo reconhecidos.

Israel

O Estado da Palestina passará a integrar o TPI a partir do dia 1º de abril e confirmou que apresentará uma ação retroativa contra Israel no TPI por alegados crimes cometidos pelas forças israelenses em Gaza em 2014. Aproximadamente 2,2 mil palestinos e 70 israelenses morreram durante o conflito que durou 50 dias e que terminou em agosto.

Conselho de Segurança

No entanto, a sessão do dia 30/12 do Conselho de Segurança da ONU, falhou em adotar um rascunho de uma resolução para que Israel, dentro de três anos, retire-se dos territórios Palestinos ocupados desde 1967 e para que as partes cheguem, dentro de um ano., a uma solução negociada para o conflito. Foram 8 votos a favor - Argentina, Chade, Chile, China, França, Jordânia, Luxemburgo e Rússia, um a menos do necessário para a aprovação. Estados Unidos e Austrália foram contrários.  Reino Unido, Nigéria, Coréia do Sul e Lituânia se abstiveram.

Riyad Mansour, observador permanente da Palestina na ONU, comentou a decisão do Conselho de Segurança. “Esta decisão não foi motivada por falta de tempo por parte da Palestina porque estamos trabalhando neste rascunho pelo menos há três meses. Não foi motivada pela falta de flexibilidade porque incluímos algumas sugestões da França e, nosso documento. Não foi tampouco por falta de responsabilidade, todavia alguns países ainda insistem em não reconhecer que abrimos as portas à paz através do Conselho de Segurança”, reiterou.

Estado Observador

A Assembleia das Nações Unidas reconheceu o Estado da Palestina como membro observador em 2012. Esta decisão permitiu que os diplomatas árabes pudessem apresentar a requisição de fazer parte de diversos tratados das Nações Unidas.

Santa Sé

Durante a Viagem Apostólica do Papa à Terra Santa, no ano passado, pela primeira vez os documentos oficiais da diplomacia da Santa Sé referiram-se ao Estado da Palestina e a seu presidente. Na lista do Corpo Diplomático credenciado junto à Santa Sé, o Estado da Palestina pertence às “Missões de Caráter Especial”, com um embaixador extraordinário e plenipotenciário.

Unesco

Em 2011, em uma decisão histórica, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu a Palestina como membro pleno. Na época,  a admissão palestina desencadeou uma série de reações, inclusive o corte de repasses dos Estados Unidos à instituição, cuja sede está em Paris. (RB)

 

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