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Sumario del 08/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

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Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa no Twitter: #PrayersForParis

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco utilizou a rede social Twitter para manifestar solidariedade ao povo francês. Com a hashtag #PrayersForParis, o Pontífice pede orações na mensagem publicada esta quinta-feira (08/01).

Já no dia do atentado, que matou doze pessoas no semanário Charlie Hebdo, o Santo Padre expressou sua mais firme condenação através de uma nota publicada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi. No texto, lê-se que o Papa “participa na oração ao sofrimento dos feridos e das famílias dos mortos e exorta todos a se oporem com todos os meios ao difundir-se do ódio e de toda forma de violência, física e moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade das pessoas, mina radicalmente o bem fundamental da convivência pacífica entre as pessoas e os povos, não obstante as diferenças de nacionalidade, de religião e de  cultura.

A nota do Pe. Lombardi prossegue com as seguintes palavras: “Qualquer que seja a motivação, a violência homicida é abominável, jamais é justificável, a vida e a dignidade de todos devem ser garantidas e tuteladas com decisão, qualquer instigação ao ódio deve ser rejeitada e o respeito do outro deve ser cultivado.

O Papa expressa a sua proximidade, a sua solidariedade espiritual e o seu apoio a todos aqueles que, segundo seus graus de responsabilidade, continuam a se empenhar com constância pela paz, pela justiça e pelo direito, para curar em profundidade as fontes e as causas do ódio, neste momento doloroso e dramático na França e em todos as partes do mundo marcadas por tensões e violências”.

De acordo com as últimas informações, um dos três suspeitos de participar do ataque se entregou na noite de quarta-feira, enquanto a polícia divulgou as fotos dos outros dois foragidos. Trata-se de dois irmãos franceses, de ascendência árabe.

(BF)

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Francisco: o amor é o caminho para conhecer Deus

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Cidade do Vaticano (RV) - Deus nos precede sempre no amor. Este é um dos trechos da homilia do Papa Francisco na Missa matutina na Casa Santa Marta, com um pequeno grupo de fiéis, a primeira de 2015.

Nesses dias depois do Natal, destacou o Papa, a palavra chave na liturgia é “manifestação”. Jesus se manifesta: na festa da Epifania, no Batismo e nas bodas de Caná. Mas como podemos conhecer Deus?, questionou Francisco. É justamente este o tema do qual parte o Apóstolo João na Primeira Leitura, destacando que, para conhecer Deus, o nosso intelecto e a razão são insuficientes. Pode-se conhecer plenamente Deus no encontro com Ele. E para este encontro, a razão não basta. É necessário algo mais:

Somente no caminho do amor é possível conhecer Deus

“Deus é amor! E somente pelo caminho do amor é possível conhecer Deus. Amor racional, acompanhado pela razão. Mas amor! “Mas como posso amar aquilo que não conheço?”; “Ama os que estão próximos”. E esta é a doutrina de dois Mandamentos: O mais importante é amar a Deus, porque Ele é amor; Mas o segundo é amar o próximo, mas para chegar ao primeiro, devemos subir os degraus do segundo: ou seja, através do amor ao próximo podemos conhecer Deus, que é amor. Somente amando racionalmente, mas amando, podemos chegar a este amor”.

O amor de Deus não é uma novela

Eis o motivo pelo qual devemos amar uns aos outros, disse Francisco, porque o amor é de Deus e quem ama foi gerado por Ele. E ainda, acrescentou o Papa, para conhecer Deus é preciso amar:

“Quem ama conhece Deus; quem não ama, não O conheceu, porque Deus é amor. Mas não amor de novela. Não, não! Amor sólido, forte; amor eterno, amor que se manifesta – a palavra desses dias, “manifestação” – no seu Filho, que veio para nos salvar. Amor concreto; amor de obras e não de palavras. Para conhecer Deus, é necessário toda a vida; um caminho, um caminho de amor, de conhecimento, de amor ao próximo, de amor por aqueles que nos odeiam, de amor por todos”. 

O amor de Deus é como a flor da amêndoa 

Francesco observou que não fomos nós a dar o amor a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou seu Filho como vítima, para expiar os nossos pecados. Na pessoa de Jesus – refletiu o Pontífice – podemos contemplar o amor de Deus e, seguindo seu exemplo, chegamos, degrau após degrau, ao amor de Deus, ao conhecimento de Deus, que é amor.

Em seguida, citando o Profeta Jeremias, o Papa disse que o amor de Deus nos precede, nos ama antes ainda que o procuremos. O amor de Deus é como “a flor da amêndoa”, que é a primeira a desabrochar na primavera. O Senhor nos “ama antes de todos e sempre teremos esta surpresa”.
O Papa notou que “quando nos aproximamos de Deus atuando obras de caridade, rezando, na Comunhão, na Palavra de Deus, vemos que Deus está ali, antes de tudo, nos esperando: é assim que Ele nos ama”.

O amor de Deus espera por nós

Na sequência, o Papa meditou sobre o Evangelho do dia, que narra a multiplicação dos pães. “O Senhor – afirmou – teve compaixão de todo aquele povo que estava ali para ouvi-lo porque eram ovelhas sem pastor, desorientadas”.

“Ainda hoje, muita gente está desorientada em nossas cidades, em nossos países. Por isso, Jesus lhes ensina a doutrina e o povo o ouve. Quando, depois, fica tarde e lhes pede comida, os discípulos respondem irritados”. “Mais uma vez – comentou o Papa – Deus chegou antes e os discípulos não entenderam nada”: 

“Assim é o amor de Deus: sempre nos espera, sempre nos surpreende. É o Pai, é o nosso Pai que nos ama, que está sempre disposto a nos perdoar, sempre! Como um pai cheio de amor, e para conhecer este Deus, que é amor, devemos subir pelo degrau do amor ao próximo, pelas obras de caridade, pelas obras de misericórdia que o Senhor nos ensinou. Que o Senhor, nestes dias em que a Igreja nos faz pensar na manifestação de Deus, nos dê a graça de conhece-lo através do caminho do amor”. 

(BF/CM)

 

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Atentado de Paris: na missa matutina, a comoção do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta quinta-feira, 08, no início da missa celebrada na Casa Santa Marta, o Papa rezou pelas vítimas do ataque de Paris, recordando todos os atingidos pela crueldade e a ferocidade do covarde atentado de quarta-feira, 07. 

“O ocorrido quarta-feira em Paris nos faz pensar na tamanha crueldade humana; em tanto terrorismo, seja o terrorismo isolado, seja o terrorismo de Estado. De quanta crueldade é capaz o homem! Rezemos, nesta Missa, pelas vítimas desta crueldade. Muitas! E peçamos também pelos cruéis, para que o Senhor transforme seus corações”. 

A palavra da diplomacia vaticana

A Secretaria de Estado do Vaticano, na pessoa do Cardeal Pietro Parolin, se pronunciou através de um telegrama, enviado ao Cardeal-arcebispo de Paris, André Vingt-Trois e divulgado à imprensa.

O Secretário de Estado informa que o Papa está unido na oração e na dor das famílias atingidas pelo luto e a tristeza de todos os franceses. Ele confia as vítimas a Deus misericordioso, rogando-O para acolhê-las em Sua luz. O Pontífice expressa sua profunda proximidade às pessoas feridas e suas famílias, pedindo ao Senhor que lhes ofereça conforto e consolo nesta difícil prova. Mais uma vez, o Santo Padre condena a violência que gera tanto sofrimento e, pedindo a Deus o dom da paz, invoca sobre as famílias atingidas e os franceses a divina bênção. 

(CM)

 

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O mundo reage ao atentado em Paris

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Cidade do Vaticano (RV) – Sobre o dramático atentado que chocou a França e o mundo, a redação francesa da Rádio Vaticano entrevistou Dom Olivier Ribadeau Dumas, porta-voz da Conferência Episcopal Francesa:

“Eu acho que devemos ser prudentes e esperar para saber quem realizou este atentado. Não devemos tirar conclusões apressadas. É também preciso lembrar duas coisas essenciais. A primeira é que não devemos ceder ao ódio. A segunda é que devemos viver a fraternidade no diálogo", afirmou.

Dura condenação do ataque também do reitor da grande Mesquita de Paris, Dalil Boubakeur:

“Foi um choque também para todos os muçulmanos. E como toda a sociedade francesa, condenamos nos termos mais fortes o ataque e a tentativa de apresentá-lo como se tivesse algo a ver com o Islã. Condenamos o assassinato, condenamos o ataque à vida”.

Horror e consternação na França, entre os cidadãos e, obviamente, entre os jornalistas. A Rádio Vaticanto contatou por telefone, em Paris, Samuel Lieven, jornalista do jornal católico La Croix:

R. - Charlie Hebdo é um jornal que, após a publicação de caricaturas de Maomé, foi sempre um alvo possível, se sabia que um dia poderia ser atingido. No entanto, não se podia imaginar em que medida, porque a França nunca foi tão duramente atingida pelos islâmicos. Os mais recentes atentados de '95 causaram a morte de oito pessoas. Assim, a primeira reação das pessoas foi de horror porque não se imaginava que aquele jornal teria sido tão duramente atingido.

P. - O presidente Hollande disse que nos últimos tempos foram evitados vários ataques, talvez não foi subestimado o risco de atentados?

R. – “Fala-se sobre isso, especialmente após os ataques no Oriente Médio e da possibilidade do retorno daqueles jovens que tinham ido lá para se juntar à jihad. Mas a opinião pública não estava tão informada. Sabia-se que existia uma ameaça. As autoridades públicas falavam de uma ameaça cada vez mais evidente contra a qual estavam lutando, mas as pessoas não tinham informações mais precisas sobre o assunto. Um grande colunista, Serge Moati, disse que o islamismo ideológico não deve causar medo e que devemos absolutamente continuar a lutar contra as barbáries. Todos os franceses devem resistir às ameaças destes islâmicos que não representam ninguém, a não ser si mesmos”. (SP)

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Papa recebe Angelina Jolie após exibição de filme no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - A atriz e diretora estadunidense Angelina Jolie foi recebida pelo Papa nesta quinta-feira (08/01), em uma rápida saudação, logo após a exibição do filme “Unbroken”, dirigido por Jolie.

A projeção aconteceu na sede da Pontifícia Academia das Ciências, no Vaticano. O filme “apresenta valores positivos do ponto de vista humano e espiritual, em particular o perdão”, lê-se em uma nota do Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi. O Papa não assistiu ao filme, que foi visto pelo Chanceler da Pontificia Academia das Ciências, Dom Sanchez Sorondo e por um grupo de embaixadores junto à Santa Sé. (RB)

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Francisco recebe no Vaticano líder da minoria 'iazidi'

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Cidade do Vaticano (RV) – Francisco recebeu na manhã de quinta-feira, 08, Sayid Ali Beg, líder de toda a comunidade iazidi, a minoria que, assim como os cristãos, é perseguida pelos milicianos do ISIS no Iraque. Com ele, estava o líder espiritual supremo, “Baba Sheikh”, e uma delegação de três representantes iazidis.

A comitiva agradeceu o Papa – definido por um dos delegados como ‘o pai dos pobres’ – por seu apoio neste tempo de perseguição e sofrimento. Bergoglio foi informado sobre a situação das mulheres iazidis sequestradas e escravizadas pelo ISIS e sobre as boas relações de solidariedade existentes entre as comunidades iazidis e cristãs. 

O Pontífice garantiu a sua proximidade espiritual e amparo neste momento de provações, e fez votos que possam se reestabelecer condições de justiça para uma vida livre e pacífica para os iazidis e todas as minorias que são alvo de discriminação e violência. 

Os iazidis no mundo são cerca de um milhão e meio, dos quais meio milhão estão no Iraque e outros vivem na Turquia, na Geórgia, na Armênia e na diáspora, em outros países. 

Em seus contínuos apelos pela paz no Oriente Médio, o Papa sempre citou as outras minorias perseguidas. Na carta de Natal escrita aos cristãos daquela região, Francisco foi claro: “Não posso esquecer dos outros grupos religiosos e étnicos que também sofrem perseguição e as consequências destes conflitos”.

Quem são?

Os iazidis constituem uma comunidade étnico-religiosa curda cujos membros praticam o iazidismo, antiga religião sincrética. A maior parte dos seus membros vive ou é originária da província de Ninawa, no norte do Iraque, cuja capital é Mosul, e também há comunidades na Armênia, Geórgia e Síria. 

Desde o início da perseguição do autoproclamado Estado Islâmico (ISIS), a ONU estima que cerca de 5 mil iazidis foram mortos e entre 5 e 7 mil vendidos como escravos.

Há muito tempo o grupo étnico é perseguido: durante a década de 1980 foram destruídas cerca 4 mil aldeias iazidis no âmbito das operações iraquianas contra a insurgência dos curdos, que tiveram seu auge em 1988. As operações envolveram a movimentação de centenas de milhares de pessoas para "aldeias coletivas". 

Em agosto de 2007, morreram aproximadamente 500 iazidis em uma série de atentados bombistas coordenados em Kahtaniya, no ataque suicida mais mortífero da Guerra do Iraque. Em agosto de 2009, pelo menos 20 pessoas foram mortas e 30 ficaram feridas num bombardeamento suicida no norte do Iraque.  

Valas comuns

Recentemente, um grupo de refugiados iazidis regressou à sua aldeia natal no norte do país e descobriu várias valas comuns. Estima-se que contenham restos mortais de pelo menos 530 habitantes de Hardan desaparecidos. 

A descoberta coincidiu com a publicação de um novo relatório da organização de defesa de direitos humanos Anistia Internacional que destaca os níveis elevados de violência física e psicológica sofridos pelas mulheres da minoria iazidi capturadas por forças do grupo extremista Estado islâmico.

O relatório "Escapar do inferno: tortura e escravidão sexual em cativeiro pelo Estado Islâmico no Iraque", denuncia os abusos que sofreram e ainda sofrem muitas mulheres iazidis ao serem vendidas ou ‘presenteadas’ aos membros do ISIS, e que, entre outras coisas, são obrigadas a abandonar suas crenças religiosas e se converter ao Islã.

“As vidas de centenas de mulheres iazidis no Iraque ficaram destroçadas pelos horrores da violência e da escravidão sexual durante seu cativeiro pelo Estado Islâmico”, diz em comunicado a assessora da AI, Donatella Rovera.

Rovera especificou que muitas dessas mulheres são meninas, de 15 anos ou menos, e denunciou que o Estado Islâmico utiliza o abuso sexual como arma, além de ser responsável por múltiplos crimes de guerra e contra a humanidade.

O relatório assinala que os horrores que o EI descarregou sobre estas mulheres deixaram algumas tão traumatizadas que se suicidaram: pelo menos 21 delas tomaram esse caminho, entre as quais duas meninas de 10 e 12 anos.

O relatório da Anistia Internacional solicita ao governo regional do Curdistão, às Nações Unidas e outras organizações humanitárias que reforcem seu trabalho na região e garantam que todas as mulheres que sofreram traumas sejam atendidas e saibam que podem contar com sua ajuda.

(CM-Agências)

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Igreja no Brasil



Papa recebe documentos da instalação da Basílica de Americana

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Reitor da Basílica de Santo Antônio de Pádua, em Americana (SP), Padre Leandro Ricardo, entregou à Cúria Romana, nesta quarta-feira (07/01), os documentos referentes à elevação do Santuário diocesano à qualidade de Basílica menor. “Entregamos também ao Papa, no final da Audiência Geral, um vídeo da missa de instalação de nossa basílica”, confirmou Padre Ricardo em entrevista à Rádio Vaticano.

Atualmente, a Basílica abriga até 2,5 mil pessoas e é meta de peregrinação diária de milhares de fiéis. Localizada no centro da cidade, é referência para uma população de mais de meio milhão de habitantes. Desde que se tornou basílica menor, a ação pastoral teve de ser incrementada.

Ação pastoral

 “O apelo devocional é muito grande. Seguindo o exemplo de Pádua, na Itália, promovemos uma devoção particular ao nosso santo padroeiro com a bênção dos pães, tudo na presença da relíquia de nosso padroeiro”, explicou o reitor.

Referência para a fé

A antiga Igreja Matriz de Americana tem caráter monumental e começou a ser construída em 1950, levando 26 anos para ser concluída. Antes de ser elevada à basílica menor, a construção passou por uma revitalização.

“A basílica é o retrato da fé do povo de Americana e da região que tem em Santo Antônio um grande exemplo a ser seguido”, concluiu Padre Ricardo. (SP/RB)

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Igreja no Mundo



Bispos querem ver de perto realidade na Terra Santa

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Gaza (RV) – De 11 a 15 de janeiro uma delegação de 16 Bispos de vários países da Europa, América do Norte e África do Sul farão a sua tradicional visita à Palestina e Israel. A iniciativa é organizada anualmente pela Coordenação das Conferências Episcopais que apoiam a Igreja da Terra Santa.

O objetivo é conhecer de perto a condição de vida e os problemas vividos atualmente pelas comunidades cristãs locais e sincronizar estratégias e programas de apoio em favor de toda a população. Também este ano, o encontro com a comunidade cristã de Gaza será um dos momentos-chave da visita da delegação. Os Bispos vão verificar as consequências da ação militar israelense “Bordo de proteção”, que provocou entre a população da Faixa de Gaza mais de 2 mil vítimas, incluindo mais de 500 menores. 

Em Gaza, os Bispos celebrarão a missa junto com a comunidade católica e visitarão as escolas cristãs e postos de saúde, para oferecer apoio aos professores e médicos que trabalham no território. No programa da visita consta também um encontro com a população de Sderot – a colônia israelense atingida por mísseis lançados da Faixa de Gaza durante a campanha militar de julho – e uma passagem pelo Vale de Cremisan, por onde deve passar o Muro de Separação projetado por Israel. A construção pode afetar a existência de duas comunidades religiosas salesianas e de 50 famílias cristãs palestinas, proprietárias de terrenos agrícolas. 

A delegação episcopal será liderada dirigida pelo Bispo de Clifton, na Inglaterra, Declan Ronan Lang. 

(CM)

 

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Mianmar: alegria na Igreja local pelo primeiro cardeal birmanês

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Yangun (RV) - A Igreja em Mianmar, no Sudeste Asiático, acolheu com alegria a notícia de que o arcebispo de Yangun, Dom Charles Maung Bo, será o primeiro cardeal da história birmanesa. Dom Bo é um dos 20 futuros cardeais anunciados domingo passado pelo Papa Francisco, a serem criados no Consistório de 14 de fevereiro próximo.

Sensibilidade de Dom Bo por temas sociais e religiosos

Segundo o bispo de Kalay e presidente da Conferência episcopal, Dom Felix Lian Khen Thang, a nomeação de Dom Bo representa “a coroação das atividades da missão da Igreja em Mianmar”. O futuro purpurado “é bastante audaz para dizer a verdade, quer sobre temas sociais e religiosos, quer sobre questões políticas, sobre questões que dizem respeito à Igreja”, frisou Dom Felix, segundo reporta a agência missionária Fides.

Momento delicado para a história de Mianmar

A nomeação de Dom Bo se dá num momento delicado para a história do país, engajado numa transição democrática, após anos de ditadura, e à vigília de novas eleições que deverão se realizar no segundo semestre de 2015 deste ano. Ademais, a nação encontra-se com problemas de intolerância  religiosa, em particular por parte de alguns grupos budistas para com os muçulmanos da minoria étnica Rohingya.

Defensor dos direitos humanos e da liberdade religiosa

Numa nota enviada à Fides, Benedict Rogers, especialista em Ásia da Ong “Christian Solidarity Worldwide”, descreve Dom Bo como “um homem de grandes qualidades: coragem, sabedoria, compaixão, humorismo, hospitalidade e generosidade”.

“Em particular – afirma –, tem sido um dos líderes religiosos mais explícitos na Birmânia sobre questões dos direitos humanos, da liberdade religiosa, da democracia, e sobre injustiças.”

Os católicos em Mianmar são cerca de 1% numa população total de 51 milhões de habitantes, de maioria budistas. (RL)

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Entrevistas



Entrevista ao Cardeal Parolin sobre viagem do Papa ao Sri Lanka e às Filipinas

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Cidade do Vaticano (RV) - Os pontos fortes da missão da Igreja no continente asiático são dois: “as atividades caritativas no campo da saúde e da educação”; e o diálogo entre as religiões que “é fundamental para a paz hoje no mundo e que, portanto, se torna um dever de todas as religiões”.

É o que afirma o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, em entrevista realizada pelo Centro Televisivo Vaticano (CTV) em colaboração com o jornal “L’Osservatore Romano” na vigília da viagem do Santo Padre ao Sri Lanka e às Filipinas, a realizar-se de 12 a 19 deste mês.

CTV: O Papa Francisco retorna à Ásia passados cinco meses da visita à Coreia do Sul, onde indicou no diálogo inter-religioso a primeira missão da Igreja no Continente. O senhor acredita que também nestes dois países tão diferentes entre si o Papa insistirá sobre este ponto?

Cardeal Pietro Parolin:- “A missão da Igreja nas Filipinas e no Sri Lanka é a mesma da Igreja no mundo inteiro: anunciar o Evangelho, proclamar a boa nova de Jesus que é fonte de vida e de esperança para todos os homens. Considerando, naturalmente, o contexto no qual ela vive e atua. Um contexto caracterizado por uma multiplicidade, quase de um mosaico de sociedades, de culturas e de religiões. O continente asiático é o berço das grandes religiões do mundo. Ademais, considerando o fato de a Igreja ser uma pequena minoria, um pequeno rebanho em meio a esta realidade tão vasta. E então também a missão deverá modular-se segundo estas características. Os pontos de força desta missão parecem-me ser dois: de um lado o aspecto das atividades caritativas e humanitárias no campo da saúde e da educação que gozam do grande apreço de toda a população e dos governos de vários países; e, de outro lado, o aspecto do diálogo inter-religioso: promover e consolidar sempre mais o encontro, o respeito e a aceitação recíproca, considerando também aquilo que o Papa diz na Evangelii gaudium, que o diálogo inter-religioso é fundamental para a paz hoje no mundo e que, portanto, torna-se um dever de todas as religiões. Este será um ponto nodal, focal da atenção do Papa durante a viagem.”

CTV: No Sri Lanka, infelizmente, as diferenças étnicas e religiosas continuam sendo motivo de tensão, tanto que no país se desenvolveu, inclusive, um fundamentalismo budista. Neste cenário complexo, qual é a missão, a tarefa dos cristãos?

Cardeal Pietro Parolin:- “Parece-me que se existe um lugar onde se deve falar de uma função de ponte, este lugar é justamente o Sri Lanka. E é propriamente na Igreja no Sri Lanka. Inclusive porque, nesta sua tarefa, a Igreja é facilitada pelo fato de acolher membros, fiéis de ambas as etnias principais, tâmil e cingalesa, e, portanto, a Igreja conhece um pouco aquilo que existe no coração de cada um e conhece também as expectativas; consequentemente, pode desempenhar essa missão, essa função de reconciliação, de diálogo e de colaboração. Porém, gostaria de ressaltar também o fato de o Sri Lanka tradicionalmente ter vivido um grande desenvolvimento desta harmonia religiosa entre as várias religiões, ter sempre se caracterizado por este encontro, este diálogo. Infelizmente, ultimamente, surgiram grupos extremistas que em certa medida manipulam a opinião pública e criam tensão utilizando a religião para fins que não são claros. Fazemos votos de que esta tradição que existe de diálogo inter-religioso e de colaboração possa prevalecer sobre estas novas tentativas de desestabilizar a situação e, ao mesmo tempo, auspiciamos também que as autoridades possam intervir justamente para preservar estes valores fundamentais da população.”

CTV: O Papa visitará também o Santuário de Madhu na região prevalentemente tâmil. Qual itinerário o caminho de reconciliação deve seguir após tantos anos de guerra que provocaram tantas vítimas?

Cardeal Pietro Parolin:- “Diria que, de certo modo, Madhu é o símbolo desta ‘Igreja-ponte’ da qual falava, propriamente porque é um centro de oração e é também um centro de encontro. O Santuário de Madhu é conhecido, apreciado e frequentado também por membros de outras religiões, não somente pelos católicos. Recordamos também os episódios relacionados à guerra civil, quando o Papa Bento XVI pediu à então Presidente da República que fizesse de tudo para preservar a incolumidade daquele Santuário justamente por causa desta sua característica: encontrava-se na linha de batalha entre os dois grupos que se combatiam, e na época se tornara um centro de presença de muitos deslocados de ambas as partes. Creio que o Papa Francisco, como fez em 8 de fevereiro, quando encontrou a comunidade cingalesa no Vaticano, recordará estes episódios dolorosos, as muitas lágrimas, dizia ele, que foram derramadas por causa da violência e da crueldade do conflito. Não para reabrir as feridas, mas para lançar um olhar rumo ao futuro. Este compromisso de reconciliação deve caracterizar todos os componentes da sociedade do Sri Lanka. Um compromisso de reconciliação que passa pelo reconhecimento da verdade. Creio que as etapas são estas: uma atenção para com a justiça e uma colaboração de todos para o bem comum.”

CTV: As Filipinas são o maior país da Ásia de maioria católica. Como se pode valorizar a presença desta Igreja jovem e dinâmica no continente asiático?

Cardeal Pietro Parolin:- “Filipinos que nestes dias retornaram de seu país disseram-me ontem à noite que nestas semanas tem havido uma intensa oração uníssona em preparação para a visita do Papa. São promessas muito positivas. Creio que a valorização passa pelo reconhecimento que a Igreja nas Filipinas tem de seu papel, tanto no contexto asiático e do Sudeste asiático, quanto no contexto mundial. O Papa quer com esta viagem, em continuidade com a que fez à Coreia do Sul, concentrar a atenção da Igreja sobre esta realidade; e ao mesmo tempo também inserir-se naquele caminho de nove anos que está nos levando rumo à celebração do quinto centenário da chegada do Evangelho às Filipinas, em 1521. E este ano é o Ano dedicado aos pobres. Então a centralidade deriva do número: ou seja, as Filipinas são um dos países do Sudeste asiático onde a maioria da população é católica. Digo um, porque na região há também Timor Leste, onde 90% da população é católica: não devemos esquecer isso. Também geograficamente as Filipinas, de certo modo, têm sido o centro: basta lembrar quantos encontros importantes se realizaram, a partir da visita do Beato Paulo VI em 1970, que depois deu origem à constituição da Federação da Conferências episcopais asiáticas. Creio que outro ponto importante seja a centralidade das Filipinas, por exemplo, para os estudos de muitos jovens que de vários países asiáticos limítrofes vão àquele país aprofundar a sua formação, que se dá nas diferentes universidades católicas. Por fim, há também a irradiação dos filipinos no mundo: sabemos que eles estão presentes em muitos países da Ásia, como também da América e da Europa. Portanto, são muitas as potencialidades de evangelização por parte das Filipinas, o importante é que a Igreja neste país acolha esta mensagem e este impulso dado pelo Papa Francisco para ser uma Igreja em saída: uma Igreja que sente a missão de evangelização e de anúncio do Evangelho.” (RL)

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Formação



Haiti: brasileiras relatam poucas mudanças cinco anos após sismo

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Cidade do Vaticano (RV) – No próximo sábado, dia 10 de janeiro, o Papa Francisco convocou no Vaticano uma conferência sobre o Haiti, por ocasião do quinto aniversário do terremoto que devastou algumas partes do país e  provocou a morte de 230.000 pessoas.

Deste modo, o Pontífice quer “manter a atenção sobre uma catástrofe humanitária que está muito longe de ser resolvida e para reiterar o testemunho de proximidade da Igreja com o povo haitiano”.

O encontro está sendo organizado pela Pontifícia Comissão para a América Latina e pelo Pontifício Conselho Cor Unum, em colaboração com os bispos locais. Do Haiti, já partiu um grupo de 11 religiosas para participar do evento. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, será representada pelo Secretário-Geral, Dom Leonardo Steiner.

A Igreja brasileira, aliás, se mobilizou prontamente para ajudar os afetados pelo sismo. Logo após o tremor de terra, foi criado com a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil um projeto intercongregacional  e, desde então, nossas missionárias atuam na periferia da capital, Porto Príncipe.

Lá, o Programa Brasileiro contatou duas delas: Ir. Goreth Ribeiro e Ir. Marcelina Xavier. Clique acima para ouvir a reportagem completa.

(BF)

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Atualidades



Sírios representam maior contigente de refugiados no mundo

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Genebra (RV) - Os sírios se tornaram, pela primeira vez, a maior população de refugiados do mundo, representando 23% do total e ultrapassando os afegãos, que ocuparam a primeira posição durante mais de três décadas. 

Um estudo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) divulgado quarta-feira, 7, aponta que 5,5 milhões de pessoas deixaram suas casas no primeiro semestre de 2014. Até então, o Acnur apoiava no total 46,3 milhões de pessoas, 3,4 milhões a mais do que no final de 2013.

Depois da Síria (3 milhões de refugiados em junho de 2014) e do Afeganistão (2,7 milhões), os principais países de origem dos refugiados são Somália (1,1 milhão), Sudão (670 mil), Sudão do Sul (509 mil), República Democrática do Congo (493 mil), Mianmar  (480 mil) e Iraque (426 mil).

A lista dos países que acolhem mais refugiados é liderada pelo Paquistão (1,6 milhão de refugiados afegãos) e inclui o Líbano (1,1 milhão), Irã (982 mil), a Turquia (824 mil), Jordânia (737 mil), Etiópia (588 mil), o Quênia (537 mil) e Chade (455 mil).

Assistência

“Em 2014, vimos o número de pessoas sob os nossos cuidados crescer para níveis sem precedentes. Enquanto a comunidade internacional não encontrar soluções políticas para os conflitos existentes e sem prevenir o começo de outros, vamos continuar a ter de lidar com as dramáticas consequências humanitárias”, disse o alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, em comunicado.

O alto comissário destacou que são sobretudo “comunidades pobres” que têm suportado os custos de apoio aos refugiados, apelando a um reforço da solidariedade internacional para “evitar o risco de mais pessoas e mais vulneráveis ficarem sem o suporte adequado”.

Dados do Acnur mostram também que no ano passado cerca de 3.500 imigrantes morreram ao tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

(CM)

 

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