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Sumario del 11/01/2015

Papa e Santa Sé

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa Francisco batiza 33 crianças na Capela Sistina

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Cidade do Vaticano (RV) – A Festa do Batismo de Jesus foi celebrada pelo Papa Francisco na Capela Sistina, com o batismo de 33 crianças (20 meninas e 13 meninos), entre os quais o Martin, filho da nossa colega Mariangela Jaguraba e do Johny, do Programa inglês-África. O choro e o balbuciar das crianças misturava-se às vozes do Coral da Capela Sistina, conferindo uma sonoplastia pouco usual ao ambiente frequentado diariamente  por milhares de turistas para contemplar os afrescos de Michelangelo, e também local onde são eleitos os pontífices.

Em sua homilia, o Papa Francisco exortou os pais a darem exemplo com a vivência diária da fé, fazendo os filhos crescerem “imersos no Espírito Santo”, recomendando que se rezasse mais ao Espírito.

Refletindo na Liturgia proposta para este Domingo, a qual mostra a preocupação de Deus pelos seus filhos como um Pai, o Santo Padre exortou  os genitores a darem a Palavra de Deus, o Evangelho de Jesus, para ajudar as crianças a crescerem bem, especialmente através do exemplo:

“E também dá-lo com o exemplo, hein? Todos os dias, adquiram o hábito de ler um pequeno trecho do Evangelho, pequeninho e levai sempre convosco uma pequena Bíblia no bolso, na bolsa, para poder lê-la. E isto será o exemplo para os filhos, ver o pai, a mãe, os padrinhos, avós, tios, lerem a Palavra de Deus”.

Francisco incentivou as mães a aleitarem, “também agora, hein? Se choram de fome, amamentem-os, tranquilamente”, convidando também a agradecer o Senhor pelo “dom do leite”. Então pediu:

“Rezemos por aquelas mães – e são tantas, infelizmente – que não estão em condição de dar de comer aos seus filhos. Rezemos e procuremos ajudar estas mães”.

“O que faz o leite para o Corpo, faz a Palavra de Deus para espírito. A Palavra de Deus faz crescer a fé e pela fé somos gerados por Deus, que é o que acontece no Batismo”, observou o Papa, para então explicar, a fé da Igreja:

“O Batismo nos insere no corpo da Igreja, no povo santo de Deus. E neste corpo, neste povo em caminho, a fé è transmitida de geração em geração: é a fé da Igreja. É a fé de Maria, nossa Mãe, a fé de São José, de São Pedro, de Santo André, de São João, a fé dos Apóstolos e dos Mártires, que chegou até nós, através do Batismo. Uma cadeia de transmissão de fé. É muito bonito isto! É um passar de mão em mão a vela da fé”.

A luz da fé que as famílias recebem – acrescentou o Pontífice – deve ser transmitida aos filhos, reiterando que Cristo e Igreja são inseparáveis:

“Esta luz vocês recebem na Igreja, no corpo de Cristo, no povo de Deus que caminha em todos os tempos e em todos os lugares. Ensinem aos vossos filhos que não se pode ser cristão fora da Igreja, não se pode seguir Jesus Cristo sem a Igreja, porque a Igreja é mãe e nos faz crescer no amor a Jesus Cristo”.

O último aspecto destacado pelo Papa em sua homilia, é que com o Batismo, somos consagrados pelo Espírito Santo.  “A palavra ‘cristão’ – observou -  significa isso, significa consagrado como Jesus, no mesmo Espírito em que Jesus foi imerso em toda a sua existência terrena. Ele é o “Cristo”, os batizados somos ‘cristãos’”:

“E então, queridos pais, queridos padrinhos e madrinhas, se quiserem que suas crianças se tornem verdadeiros cristãos, ajudem-os a crescer “imersos” no Espírito Santo, ou seja, no calor do amor de Deus, na luz da sua Palavra”.

Para isto, recomendou o Papa – é necessário invocar com frequência o Espírito Santo, todos os dias:

“’A senhora reza? - Sim!  - Para quem reza? - Eu rezo para Deus’. Mas, um Deus assim não existe: Deus é pessoa e como pessoa existe o Pai, o Filho e o Espírito Santo. ‘E você, para quem reza? Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo?’. Normalmente rezamos para Jesus. Quando rezamos o Pai Nosso, rezamos ao Pai. Mas para o Espírito Santo não rezamos muito.... É tão importante rezar ao Espírito Santo porque nos ensina a levar em frente a família, a levar as crianças, para que estas crianças cresçam nesta atmosfera da Trindade santa. É justamente o Espírito Santo que os leva em frente. Por isto, não esqueçam de invocar frequentemente o Espíritio Santo, todos os dias”.

Ao fazer esta oração – concluiu o Papa – “sintam a presença materna da Virgem Maria. Ela nos ensina a rezar ao Espírito e a viver segundo o Espírito, como Jesus”. Que ela sempre acompanhe o caminho de vossas crianças e de vossas famílias. (JE)

 

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Papa no Angelus: "Cristãos surdos ao Espírito tornam-se mudos, não evangelizam"

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Cidade do Vaticano (RV) – Após batizar  33 crianças na Capela Sistina, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento pontifício no domingo chuvoso,  para rezar com os presentes na Praça São Pedro a tradicional Oração mariana do Angelus. Na alocução que precede a oração, o Santo Padre refletiu sobre o Batismo de Jesus, Festa que encerra o Tempo do Natal.

O evento do batismo de Jesus no Rio Jordão, disse o Papa, evoca a dramática súplica do Profeta Isaías “Quem dera rasgasses o céu para descer”. Com isto, “acabou o tempo dos céus fechados” que indicam a separação entre Deus e o homem, consequência do pecado, que nos afasta de Deus e interrompe a ligação entre o Céu e a terra, determinando assim a nossa miséria e o fracasso de nossa vida:

“Os céus abertos indicam que Deus deu a sua graça para que a terra dê os seus frutos. Assim a terra tornou-se morada de Deus entre os homens e cada um de nós tem a possibilidade de encontrar o Filho de Deus, experimentando todo o amor e a infinita misericórdia. O podemos encontrar nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia. O podemos reconhecer na face dos nossos irmãos, em particular nos pobres, nos doentes, nos encarcerados, nos refugiados. Estes são a carne viva de Cristo sofredor e imagem visível de Deus invisível”.

Com o Batismo de Jesus – observou o Papa – os céus se rasgam e Deus fala novamente, fazendo ressoar a sua voz: “Tu és meu filho muito amado, em quem eu ponho toda a minha feição. A voz do Pai proclama o mistério que se esconde no homem batizado pelo precursor”.

A descida do Espírito Santo, em forma de pomba – continuou o Papa -  consente a Cristo, o Consagrado do Senhor, “ inaugurar a sua missão, que é a nossa salvação”. O Espírito Santo, “o esquecido”, enfatizou o Papa, deve ser mais invocado, “pois temos necessidade de pedir a sua ajuda, a sua fortaleza, a sua inspiração”.

O Espírito Santo que animou a vida e o ministério de Jesus é o mesmo que hoje guia a existência cristã, que deve portanto,  junto com a missão, ser colocada sob sua ação, para reencontrar  “a coragem apostólica necessária para superar fáceis acomodações mundanas”:

“Um cristão e uma comunidade ‘surdos’ à voz do Espírito Santo, que impulsiona a levar o Evangelho aos extremos confins da terra e da sociedade, tornam-se um cristão e uma comunidade de “mudos” que não falam e não evangelizam”.

Após a oração do Angelus, o Papa saudou os presentes, destacando a importância de os fiéis leigos “viverem e levarem a misericórdia nos diversos ambientes sociais. Em frente, nós estamos vivendo o tempo da misericórdia, este é o tempo da misericórdia”.

Ao concluir, o Papa pediu orações pela viagem ao Sri Lanka e às Filipinas, que terá início esta segunda-feira:

"Amanhã partirei para uma Viagem Apostólica ao Sri Lanka e Filipinas. Obrigado pelos augúrios naquele cartaz, muito obrigado! E vos peço,por favor, para acompanharem-me com a oração e peço também ao cingaleses e aos filipinos que estão aqui em Roma para que rezem especialmente por mim nesta viagem. Obrigado!". (JE)

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Papa pede orações para viagem à Ásia

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Cidade do Vaticano (RV) – No final da tarde de sábado (10/01), o Papa Francisco dirigiu-se, como costuma fazer antes de suas viagens internacionais, à Basílica Santa Maria Maggiore, centro de Roma, para confiar a Salus Popoli Romani o bom êxito de sua Viagem Apostólica ao Sri Lanka e às Filipinas.

Já neste domingo, ao concluir o Angelus, o Francisco dirigiu-se aos presentes pedindo orações por esta que é a sétima viagem internacional de seu pontificado:

"Amanhã partirei para uma Viagem Apostólica ao Sri Lanka e Filipinas. Obrigado pelos augúrios naquele cartaz, muito obrigado! E vos peço, por favor, para acompanharem-me com a oração e peço também ao cingaleses e aos filipinos que estão aqui em Roma, para que rezem especialmente por mim nesta viagem. Obrigado!".

A viagem do Papa Francisco à República de Sri Lanka e às Filipinas será feita nas pegadas dos predecessores Paulo VI e João Paulo II, que também visitaram os dois países: o Papa Montini ambos os países em 1970, e o Papa Wojtyla em 1981 visitou as Filipinas e em 1995 Sri Lanka e novamente as Filipinas. É mais um exemplo da atenção do Pontífice à Ásia. (JE – RL)

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Qual a emoção de ter um filho batizado por Francisco?

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma das 33 crianças batizadas pelo Papa Francisco na Capela Sistina, na manhã deste domingo (11/01) em que a Igreja festeja o Batismo de Jesus, foi o Martin, filho da nossa colega Mariangela Jaguraba e do Johny, do Programa Inglês-África.

Eles estavam acompanhados pela mãe de Mariangela, Dona Marciollina Jaguraba, que amanhã retorna ao Brasil, encerrando assim, com chave de ouro, sua estadia em Roma. Bianca Fraccalvieri conversou com ela, sobre como viveu esta emoção, como mãe e avó: 

Bianca também conversou com a Mariângela:

 

(BF)

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Atualidades



Da Redação: Espaço Interativo

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Cidade do Vaticano (RV) - Domingo, 11 de janeiro! No ar um novo Espaço Interativo! Neste lugar de encontro semanal com nossos ouvintes, leitores e amigos do Facebook reunimos as informações sobre a interação que mantiveram com a redação do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.

O post mais compartilhado da última semana em nossa fan-page no Facebook foi a Missa que o Papa celebrou  em memória das vítimas do ataque em Paris, recordando todos os atingidos pela crueldade e ferocidade do vil atentado desta quarta-feira.

“O atentado de ontem em Paris nos faz pensar a tanta crueldade, crueldade humana; a tanto terrorismo, seja ao terrorismo isolado, seja ao terrorismo de Estado. Sobretudo a crueldade da qual o homem é capaz! Rezemos, nesta Missa, pelas vítimas dessa crueldade. Tantas! E peçamos também pelos cruéis, para que o Senhor transforme o coração deles”.

Sobre isso, Vital Farias, de Jaboatão dos Guararapes (PE), comentou: “Sábias palavras Papa Francisco, o senhor nos ensina a ter compaixão e pedir a conversão daqueles que nos atingem”.

Outro post muito compartilhado foi a homilia do Papa no dia da Epifania do Senhor: “O presépio propõe-nos um caminho diferente do sonhado pela mentalidade mundana: é o caminho do abaixamento de Deus, a sua glória escondida na manjedoura de Belém, na cruz do Calvário, no irmão e na irmã que sofre.”

Nosso amigo Reginaldo Pereira Do Carmo, de Teófilo Otoni (MG), comentou um particular da celebração: “Fiquei muito feliz em ver a quantidade de jovens negros servindo nessa celebração. Mostra o quanto a nossa Igreja esta avançando no sentido de acabar com a discriminação racial. Isso é importante para nós negros que há muito não nos víamos presente na celebrações romanas”.

 

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Teóloga muçulmana: "Generalizar leva a mais violência"

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Roma (RV) – Os constantes ataques reivindicados por terroristas islâmicos, acabam por criar uma situação delicada para os muçulmanos moderados que não compactuam com a violência em nome da religião, além de alimentar sentimentos de islamofobia. Sobre isto, a Rádio Vaticano conversou com a teólogo muçulmana Shahrzad Houshmand, docente na Pontifícia Universidade Gregoriana e na Universidade Sapienza, em Roma:

“É claro que não se pode, em nenhum campo, justificar um ato violento e a morte de pessoas inocentes, isto é condenado por todos os chefes religiosos, não somente islâmicos, pois aqui não se trata de violência islâmica, mas é a violência que feriu o coração do homem, a si mesmo. Como dizia Gandhi: quem não está em paz consigo mesmo está em guerra com o mundo inteiro. Retomo as palavras também deste grande mensageiro de paz que é o Papa Francisco, que repreende, ilumina, nos desperta, nos sacode – como repete sempre – sobre esta ‘globalização da indiferença’ que no final é, também ela, a causa do mal-estar que vivemos hoje. Ele, de fato, repete frequentemente para não generalizar. Isto seria um ato de grande ignorância e outra violência para com uma boa parte da humanidade que engloba 1 bilhão e meio de pessoas. O que se está um pouco fazendo agora é esta generalização, que não será a favor de ninguém, não somente aos muçulmanos, mas nem mesmo a favor do próprio ocidente, porque se não se usa com sabedoria uma atitude acolhedora, capaz de uma análise verdadeira e profunda, isto não fará outra coisa que provocar outras formas de violência. Eu peço ao homo sapiens de hoje - que não obstante a sua sabedoria, colocou em primeiro plano as fábricas bélicas e a economia -, de rever a mensagem profunda da revolução francesa: liberdade, igualdade, fraternidade. Se não aprofundarmos este slogan – fraternidade -, enquanto o homo sapiens que pensamos sermos nós não focar neste terceiro ponto, iremos cair em outras formas de violência”.

RV: Há quem diga que eventos trágicos como o de Paris vão se repetir até que se purifique as fontes desta violência que são algumas formas de cultura islamista...

“Cada ser humano tem necessidade de reciclar-se, sempre. O indivíduo tem necessidade de reciclar-se, como as comunidades, as sociedades, também as religiões. Todos estes eventos nos levam a refletir e rever algumas de nossas posições. Isto vale também para uma parte dos muçulmanos no mundo, que têm uma visão estreita do Islã, sobretudo nas escolas alcorânicas: o Estado do Paquistão diz não ter recursos suficientes para aumentar as escolas públicas, então os privados – que não se sabe exatamente de onde vêm – constroem aquelas escolas alcorânicas que dão uma visão muito particular do Alcorão. Assim, a reforma deveria ocorrer seguramente no Islã, mas também a Europa tem necessidade de uma reforma, de sair deste eurocentrismo profundo que não vê nas outras culturas nada de positivo, nenhuma forma de democracia, de bem-estar. Então, esta atitude deveria ser recíproca. Temos necessidade de nos reformar a nível humano, de repensar a fraternidade e de medicar as feridas, não com as bombas, mas com a instrução, o diálogo, o encontro. De fato, eu leio o parágrafo 253 da belíssima Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” do Papa Francisco: “Para sustentar o diálogo com o Islã é indispensável a formação adequada dos interlocutores, não só para que sejam sólida e jubilosamente radicados na sua identidade, mas também para que sejam capazes de reconhecer os valores dos outros, compreender as preocupações que subjazem às suas reivindicações e fazer aparecer as convicções comuns”. Devemos reciclar-nos todos, realmente”. (JE)

 

 

 

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Manifestação reúne mais de 1 milhão nas ruas de Paris

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Paris (RV) – Após os ataques que abalaram Paris esta semana, mais de um milhão de franceses desfilam pelas ruas da cidade  e de várias outras localidades do país, contra o terrorismo e em defesa dos valores da sociedade francesa. A manifestação, que sai da Place de la République segue por dois percursos diferentes em direção à Place de la Nation. Um contingente de 2.500 agentes, 1.300 militares, além de 150 agentes especiais à paisana garantem a segurança da multidão e dos Chefes de Estado e personalidades presentes no ato.

A marcha é observada por dezenas de pessoas postadas nas janelas de seus apartamentos, que agitam bandeiras e mostram faixas e cartazes. Muitos deixam suas habitações e se unem à marcha. Os manifestantes gritam em coro “Charlie, Charlie”, que tornou-se um símbolo contra a intolerância. Alguns gritam “liberdade”, enquanto outros entoam a Marseillaise.

Quando ônibus levando os Chefes de Estado e de Governo, acompanhados por delegações das comunidades judaica, católica e muçulmana chegaram à Place de la Republiqué, a multidão aplaudiu.

A manifestação reúne o Presidente francês, François Hollande, Chefes de Estado e de Governo de vários países, entre os quais Angela Merkel, David Cameron, os Presidentes isralelense e palestino. (JE)

 

 

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