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Sumario del 18/01/2015

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



A recomendação do Papa: cuidar das crianças e dos jovens

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Manila (RV) – A chuva intensa que cai na capital filipina há dias não conseguiu apagar a paixão católica de milhões de fiéis se concentraram no parque Rizal de Manila para a missa presidida pelo Papa Francisco, que teve início às 15h30, hora local, de domingo, 18. Foi o último compromisso público do Pontífice em sua 7ª viagem internacional.

A região próxima ao grande altar da gigantesca esplanada do parque Rizal, que se estende por cerca de 60 hectares, estava já praticamente ocupada de manhã, pois muitos dos fiéis aguardavam desde a noite de sábado, 17, e passaram a noite ali para assegurar um lugar. O trânsito foi fechado em todas as estradas que levam ao local.

Em um dos palcos instalados, canções ao vivo, dança e música amenizaram a espera dos fiéis filipinos, vindos de todos os pontos do país. Conhecida popularmente como ‘Luneta’, a área contou com o policiamento de 25 mil agentes. 

Chegando ao local com o papamóvel, o Pontífice foi recebido por uma multidão de fiéis que agitavam bandeirinhas filipinas e do Vaticano e seguravam fotos e imagens para serem abençoadas. A música difundida em alto-falantes deu um tom festivo ao evento. Um coro de mil membros e uma orquestra de 120 músicos animaram as duas horas da cerimônia, em que foram utilizados vários idiomas regionais, refletindo a diversidade cultural do país. 

Senhor Deus-Menino

A homilia desta missa começou com a referência ao domingo ‘do Senhor Deus-Menino’, mais antiga e popular devoção das Filipinas, ele que recorda a todos nós que somos filhos de Deus, membros da família de Deus, irmãos e irmãs em Cristo. “Vimos uma belíssima expressão disto quando os filipinos se uniram em torno dos nossos irmãos e irmãs atingidos pelo tufão”, disse. 

Francisco se dirigiu aos fiéis do maior país católico na Ásia lembrando-lhes que têm uma vocação especial: são chamados a ser exímios missionários da fé na Ásia. E chamou todos a uma responsabilidade, a de sermos testemunhas de Deus da sua verdade e da sua justiça:

A atenção ao meio ambiente

“Deus criou o mundo como um jardim esplêndido e pediu-nos para cuidar dele. Todavia, com o pecado, o homem desfigurou aquela beleza natural; pelo pecado, o homem destruiu também a unidade e a beleza da nossa família humana, criando estruturas sociais que perpetuam a pobreza, a ignorância e a corrupção”.

O Papa apontou ainda outro perigo: a mentira, cujo pai é o diabo. 

“Muitas vezes, ele esconde as suas insídias por detrás da aparência da sofisticação, do fascínio de ser «moderno», de ser «como todos os outros». Ele nos distrai com a vista de prazeres efémeros e passatempos superficiais. Desta forma, desperdiçamos os dons recebidos de Deus, entretendo-nos com apetrechos fúteis; gastamos o nosso dinheiro em jogos de azar e na bebida; fechamo-nos em nós mesmos. Esquecemos de nos centrar nas coisas que realmente contam. Esquecemo-nos de permanecer interiormente como crianças”.

Família

Voltando ao «Santo Niño» (Deus menino), Francisco recordou que nossa identidade deve ser protegida. “É importante proteger as nossas famílias e a família mais ampla que é a Igreja, a família de Deus, e o mundo, a nossa família humana”.

“Assim como no Evangelho, Jesus acolhe as crianças, abraça-as e abençoa-as, também nós temos o dever de proteger, guiar e encorajar os nossos jovens, e a necessidade de ver cada criança como um dom que deve ser acolhido, amado e protegido. E devemos cuidar dos jovens, não permitindo que lhes seja roubada a esperança e sejam condenados a viver pela estrada”, completou. 

Enfim, o Pontífice se despediu dizendo que no final da sua visita às Filipinas, entrega seu povo a Jesus, que veio estar entre nós como criança: “Que Ele torne todo o amado povo deste país capaz de trabalhar unido, de se proteger mutuamente a começar pelas vossas famílias e comunidades, na construção de um mundo de justiça, integridade e paz".

(CM)

 

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Papa aos jovens: aprendamos a chorar

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Manila (RV) – Somente com os olhos limpos pelas lágrimas poderemos responder à perguntas tão difíceis como esta: por que as crianças sofrem? Assim, o Papa deixou de lado a homilia que havia preparado e, inspirado no testemunho de uma ex-menina de rua, falando em espanhol, convidou todos a aprender a chorar.

“Ao mundo de hoje falta chorar. Certas realidade da vida somente podemos ver com os olhos limpos pelas lágrimas. Aprendamos a chorar como ela nos ensinou. Se vocês não aprenderem a chorar vocês não serão bons cristãos”, exortou o Papa.

Pensar, sentir, fazer

Ao responder outra pergunta apresentada pelos jovens sobre o excesso de informação nos dias atuais, Francisco disse que não precisamos de “jovens museus”,  que detêm toda a informação mas não sabem o que fazer com ela. Para aproveitar as informações é preciso agir, disse Francisco, ao sugerir um novo trinômio: pensar, sentir, fazer. “Se a informação de nossa cabeça desce até o coração, ele se emociona, e vai para as nossas mãos, assim agimos”, reiterou Francisco. “Não jovens de museu, mas jovens sábios. Para ser sábio, usar as três linguagens. Pensar bem, sentir bem e fazer bem e deixar-se surpreender pelo amor de Deus”, completou Francisco.

Deixar-se amar

O terceiro testemunho, de um jovem estudante que junto com seus amigos criou um sistema de iluminação para os atingidos pelo furacão Yolanda, inspirou o Papa a dizer que precisamos aprender a amar. “É mais difícil deixar-se amar do que amar, por isso é tão difícil chegar ao amor perfeito de Jesus”, disse Francisco, ao recordar a parte do Evangelho de Mateus na qual Cristo o amou.

“A realidade de vocês é superior a todas as ideias que eu havia preparado”, concluiu o Papa. (RB)

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Francisco oferece três conceitos-chave aos jovens filipinos

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Manila (RV) – Integridade, solicitude e cuidado. A reflexão do Papa convida a  juventude filipina a aceitar os desafios mantendo as convicções, defender o meio ambiente e dar atenção aos mais necessitados. Sobre a integridade, Francisco instigou os jovens a não se deterem ao sentido negativo da palavra, exatamente porque “pode ser desafiada por interesses egoístas, pela ganância, pela desonestidade ou pela intenção de manipular os outros”, advertiu o Papa.

Integridade

“O termo  ‘desafio’  pode ser  entendido  também  em  sentido positivo.  Pode  ser  visto  com  um  convite  a ser  corajoso,  a dar  um testemunho  profético  da  própria  fé e  de  tudo  que  se  crê  e considera sagrado. Neste sentido,  o desafio da integridade é algo com que vocês precisam se confrontar  nestes  tempos  e nas  suas  vidas”, completou.

Protetores

O Papa prosseguiu seu pensamento alertando os jovens para a necessidade de se proteger o meio ambiente. “Não apenas porque as Filipinas, mais do que outros países, corre o sério risco de ser afetada pelas mudanças climáticas”, mas como cidadãos responsáveis e seguidores de Cristo, esclareceu Francisco. “O correto uso e gestão dos recursos naturais é uma tarefa urgente, para a qual os jovens podem contribuir de maneira particular e muito importante. Vocês são o futuro das Filipinas, demonstrem interesse por tudo o que acontece na sua belíssima terra”, exortou o Papa.

Atenção aos necessitados

O terceiro e último – e mais importante  – conceito que alicerça a reflexão de Francisco aos jovens é o cuidado aos pobres. Não importa se tem-se muito ou pouco a doar, “cada um é chamado a estender a mão pessoalmente e servir nossos irmãos e irmãs mais necessitados”, disse o Papa. “Há sempre alguém perto de nós que está em necessidade: material, psicológica ou espiritual. O maior presente que podemos dar é nossa amizade, a nossa ternura e zelo, nosso amor por Cristo”, arrematou o Pontífice. (RB)

 

 

 

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Papa critica 'sociedade machista': "espaço às mulheres!"

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Manila (RV) – Durante seu encontro com os jovens no campo esportivo da Universidade Santo Tomas de Manila, o Papa Francisco criticou o que chamou de “sociedade machista, que não deixa espaço para a mulher”. 

“Às vezes somos muitos machistas e não deixamos lugar para a mulher, mas a mulher é capaz de ver as coisas com olhos diferentes dos olhos dos homens”, afirmou, lamentando também a pequena presença feminina na cerimônia.

Como exemplo da especificidade feminina, Francisco lembrou a pergunta que lhe foi dirigida por uma menina ex-moradora de rua. Ela o interrogou sobre o por que de as crianças sofrerem.

“Ela hoje fez a única pergunta que não tem resposta”, destacou, acrescentando que às vezes, "os homens não conseguem compreender nem responder". “Quando vier o próximo Papa às Filipinas que haja mais mulheres”, pediu Francisco.

Com sua participação, em meio às lágrimas, Glyzelle Palomar, 12 anos, emocionou e inspirou o Pontífice a improvisar seu discurso às cerca de 30 mil pessoas reunidas no parque. 

Muita gente não pôde entrar e acompanhou o encontro por telões instalados nas redondezas da Universidade. Como nos eventos anteriores, a chuva também não deu trégua no encontro. A organização cobriu todo o terreno do campo esportivo com telões que contiveram a formação de poças e lama. 

(CM)

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O encontro de Francisco com o pai de Kristel

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Manila (RV) – O desejo do Papa de solidarizar-se com a família de Kristel, a voluntária que morreu sábado, 17, em um incidente durante a missa celebrada em Tacloban, foi atendido.

Ao retornar à Nunciatura de Manila, às 12h (locais), o Papa encontrou o pai da jovem, acompanhado por um primo.

O relato de Pe. Lombardi

“Francisco manifestou pessoalmente seu pesar neste momento de dor dramático para esta família. A mãe não veio porque trabalha em Hong Kong e não deu tempo para voltar sábado. O encontro foi bonito e comovente. Na mesa, diante do Papa e do pai, abalado pela tragédia, havia duas lindas fotos: uma da jovem, recente; e outra de quando era criança, com os pais. Assim, havia uma sensação da presença sorridente desta jovem. E o mais bonito foi que depois do encontro, o Cardeal Tagle (que foi o intérprete), disse que o pai de Kristel, apesar de chocado, sentia consolação porque a filha morreu em um ato de serviço por seu povo, para que pudesse encontrar o Papa”.

“Naturalmente, este senhor manifesta uma fé profunda e simples, que no entanto consegue superar esta experiência tão dura do ponto de vista humano, vendo-a numa perspectiva de esperança e de vida, como deve ser para os cristãos que creem realmente”, completou Pe. Federico Lombardi.

Em oração com os jovens

Domingo, 18, em encontro com fiéis na Universidade de Santo Tomás, Francisco recordou e pediu uma oração pela jovem: 

“Chegou-me ontem (sábado) a triste notícia que antes de começar a missa caiu um dos andaimes sobre uma jovem que estava a trabalhar e ela morreu. O seu nome é Kristel Mar Padasas”, disse o Papa, assinalando que a jovem de 27 anos trabalhava para a associação católica estadunidense (Catholic Relief Services) e era voluntária. Segundo o Papa, Kristel Mar Padasas era filha única. O Pontífice pediu a todos que observassem um minuto de silêncio em oração por ela, seu pai e sua mãe. 

(CM)

 

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Arcebispo resume sentimentos do povo filipino pelo Papa

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Manila (RV) - A missa celebrada pelo Papa diante de quase 7 milhões de fiéis, sob chuva, terminou com palavras de agradecimento de dois representantes da Igreja católica das Filipinas.

“Você é o nosso sol”, disse ao Santo Padre o Arcebispo de Lingayen-Dagupan, Dom Socrates Villegas. “Não sentimos a chuva”, acrescentou.

Reconhecimento

Já o Arcebispo de Manila, Dom Luis Antonio Tagle, agradeceu Francisco “em nome das crianças de rua, dos órfãos, das viúvas, dos sem-casa, dos favelados, operários, camponeses, pescadores, enfermos, idosos abandonados, famílias de pessoas desaparecidas, vítimas de discriminação, violências, abusos, explorações; em nome dos sobreviventes de calamidades naturais e conflitos armados, dos cristãos não-católicos, dos adeptos de outras religiões, dos promotores de paz, especialmente de Mindanao, e do lamento da Criação”. 

“Aqui em ‘Luneta’ – disse ainda o Arcebispo de Manila, referindo-se ao parque Quirino Grandstand, que hospedou a missa – onde se veneram os heróis, aonde os presidentes tomam posse do cargo e aonde os Papas encontram os filipinos, aqui neste lugar de novos inícios, envia-nos como missionários de luz”.

Você – prosseguiu o Cardeal – esteve aqui três dias e partirá amanhã (segunda, 19); nós queremos ir com você, mas não a Roma, e sim às periferias do mundo”. 

Surpresa e admiração

Mais tarde, participando de entrevista coletiva, Dom Luis Antonio Tagle confessou que o Pontífice perguntou incrédulo durante toda a jornada quanta gente havia.

O Cardeal também explicou que o Papa ficou surpreso com a energia destas pessoas após passarem a noite e toda a manhã no parque Rizal para participar da missa, sobretudo depois da incessante chuva que caiu o dia todo:

“De onde esta gente tira energia? São felizes e entusiasmadas", questionava o Pontífice, contou o Arcebispo.

A missa encerrou a visita de Francisco às Filipinas, que teve início em 15 de janeiro, após dois dias no Sri Lanka. Em seu caminho de volta para a Nunciatura de Manila, aonde se hospeda, centenas de milhares de filipinos o aguardavam, gritando na passagem do cortejo papal, apesar da incessante chuva. Manila se encontra em alerta devido à passagem da tempestade tropical Mekkhala.

O Papa não tem mais eventos previstos para este domingo, 18, e segunda-feira, 19, viaja para Roma, aonde deve chegar às 17h40 (locais), 14h40 de Brasília. 

(CM)

 

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Formação



Reflexão para o 2º Domingo do Tempo Comum

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Cidade do Vaticano (RV) - Em meio a tanto tumulto, a tanta falação, as pessoas se sentem perdidas e buscam algo que lhes dê segurança, norte, que as oriente para o caminho certo, é isso que elas desejam.

Essa situação se dá hoje e se verificava também no tempo de Samuel, um profeta do século XI a. C. que recebeu do Sehor a missão de levar ao povo a palavra de Deus.

Contudo, Deus se manifesta na vida de Samuel de um modo muito discreto, apenas falando ao seu coração. Ele fala no silêncio, quando não existem ruídos que possam abafar ou atrapalhar sua palavra.

Ele nos fala nos chamando pelo nome, isto é, tocando nossa intimidade, todo nosso ser.

Identificamos sua palavra prestando atenção e não nos distraindo com as dificuldades.

O texto da 1ª leitura, do Livro de Samuel, nos fala tudo isso e também que Samuel precisou da ajuda de Eli para reconhecer a vontade do Senhor. Pode ser que também nós precisemos consultar alguém mais experiente nas coisas de Deus.

Quem é persistente ouve a voz do Senhor e sabe qual é sua missão, o que Deus pretende dele ou dela neste mundo ou naquela situação concreta. A pessoa passa a ter um norte, sua vida passa a ter sentido.

No Evangelho vemos João Batista, o homem humilde, que vive plenamente sua missão de precursor do Messias levando os homens para Cristo, e não para ele mesmo. Como seria tão diferente o nosso mundo se as pessoas não agissem como se o Universo se reduzisse ao seu próprio umbigo! João Batista  tem consciência de que ele é ponte e não o objetivo final. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida que o ser humano busca. Somente ele sacia a nossa sede. Todo homem é convidado ao encontro com Cristo e a levar seus entes queridos, senão todos os homens, ao encontro com o Senhor da Felicidade, da Vida!

É necessário viver essa experiência do encontro com o Senhor, de viver de sua intimidade. É o Senhor quem nos convida.

Estejamos certos de que, se no meio do burburinho desta vida, sentimos um desejo de Deus, de pensar na Vida, é Ele, o Senhor, quem nos chama, quem nos convida para um encontro. Tenhamos coragem de sacrificar tudo aquilo que nos impede de ir até Ele, é o Amor quem nos chama!

Sejamos felizes como Samuel, João Batista, André, Pedro e tantos e tantas que souberam dizer sim a Deus e com isso pensaram grande, se libertaram da pequenez de uma vidinha fechada em si mesmo. Deus nos ama e que habitar em nós. Ele quer que sejamos de um coração grande como o dEle. Fomos chamados para o mais e somente o Mais poderá nos saciar plenamente e eternamente.

 

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Rio 450 anos

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Rio de Janeiro (RV) - A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro completa 450 anos de fundação pelos portugueses neste ano. O Papa Francisco abriu as comemorações com uma mensagem em vídeo aos cariocas na passagem do ano. Ao celebrarmos a festa do padroeiro da cidade nesta semana nós nos unimos a todos rezando por essa cidade tão visibilizada no mundo.

A Igreja conserva a memória da fundação da cidade: o marco pétreo português, o túmulo de Estácio de Sá e a imagem histórica de São Sebastião trazida pelo fundador da cidade.     

O litoral fluminense atraiu colonizadores portugueses e corsários franceses em razão do rendoso comércio de pau-brasil. Combatendo os franceses instalados na Baía de Guanabara, Estácio de Sá, sobrinho do governador geral Mem de Sá, funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em 1º de março de 1565.

A causa da fundação foi dar início à expulsão dos franceses que já estavam na área há 10 anos. Estácio de Sá morreu em 20 de fevereiro de 1567, um mês depois de expulsar os franceses, em consequência de uma infecção no rosto causada por uma flecha envenenada, que o feriu durante os combates. Pesquisadores também testam a presença de São José de Anchieta na fundação da cidade.

Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil e tio do fundador da cidade, transferiu, após a morte de Estácio de Sá, a cidade da área da Urca, onde fora fundada, para o Morro do Castelo com o objetivo de melhor defender a cidade de ataques. Passou, em seguida, o governo do Rio de Janeiro para outro sobrinho, Salvador Correia de Sá.

Com o primeiro governo de Salvador Correia de Sá em 1568, inicia-se o que poderíamos chamar de dinastia carioca dos “Correia de Sá”. Com ótimo e enorme prestígio no Rio de Janeiro, por quase um século três gerações deles governariam o Rio de Janeiro repetidas vezes. A Ilha do Governador possui esse nome por ter sido um engenho de açúcar de Salvador Correia de Sá.

Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, na Baía de Guanabara, a povoação cresce como região portuária e comercial. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o Porto do Rio de Janeiro torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saem ouro e diamantes e entram escravos e manufaturados, entre outros produtos. Em 1763 a cidade transforma-se na sede do Governo Geral, em substituição a Salvador-BA.

Em 1808, com a chegada da família real, o Rio torna-se a sede do governo português. Após a independência, a cidade continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província e a capital do Império, a cidade converte-se, em 1834, em município neutro, e a província do Rio de Janeiro passa a ter como capital Niterói.

Como centro político do país, o Rio concentra a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o Estado perde a força política para São Paulo e Minas Gerais.

O processo de enfraquecimento econômico e político do Rio continua após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficia da industrialização, apesar de o Estado ser escolhido para sediar a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base no país.

A cidade do Rio de Janeiro mantém-se como importante zona comercial, industrial e financeira, mas com a mudança da capital federal para Brasília, em 1960, o declínio do novo Estado da Guanabara é inevitável. Em 1974 os estados do Rio de Janeiro e Guanabara fundem-se por determinação do Regime Militar, constituindo o atual Estado do Rio de Janeiro. Com o objetivo de recuperar a sua importância política e econômica, os governos militares fazem grandes investimentos no Estado, como a construção de Angra I e Angra II, no município de Angra dos Reis, e a implantação do pólo petrolífero na bacia de Campos, a mais produtiva do país.

O maranhense Coelho Neto, o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", escritor, jornalista, professor e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, criou este sinônimo para o Rio de Janeiro em 1908, nas páginas do jornal "A Notícia". Em 1934, o compositor baiano André Filho lança, para o carnaval, uma das músicas brasileiras mais famosas de todos os tempos, transformada em Hino da Cidade do Rio de Janeiro: “Cidade Maravilhosa” (cheia de encantos mil, cidade maravilhosa, coração do meu Brasil). O Rio de Janeiro é uma cidade para ser ouvida, admirada, percorrida, descoberta. Esta é a única maneira de entender por que o Rio é incomparável.

O Papa Francisco dedicou sua mensagem para a nossa cidade pelos seus 450 anos de história. Logo no início ele recorda de seu padroeiro, São Sebastião, que fora corajoso e peça fundamental no cristianismo. O Santo Padre também acenou para o símbolo de nossa cidade, que é o Cristo Redentor. Lembrou que tal qual o Cristo está de braços abertos, que assim estejamos também nós, sempre abertos para acolher o próximo. O Papa ainda citou a cidade maravilhosa como uma das mais belas do mundo e a sua importância para o Brasil e a humanidade. Também tocou nas suas diferenças sociais. Finalizou a sua mensagem com a Benção Apostólica sobre toda a cidade e desejou um feliz ano de 2015 para todos.

Dessa maneira, ao celebrarmos a festa de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, quero agradecer a Deus por esta cidade e todo o seu povo. Assumindo a segunda parte do hino da cidade, nós pedimos que “este jardim florido de amor e saudade, terra que a todos seduz”; pedimos “que Deus te cubra de felicidade, ninho de sonho e de luz”! 

Que ao olharmos para o Cristo Redentor, possamos continuamente seguir os seus passos e saber que somos abençoados sempre por Ele. Assim, parabéns à nossa Cidade Maravilhosa! Que Deus derrame inúmeras bênçãos sobre todos!


Cardeal Orani João Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

 

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Atualidades



Espaço Interativo: Especial Papa na Ásia

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Cidade do Vaticano (RV) - Domingo, 18 de janeiro! No ar um novo Espaço Interativo! Neste lugar de encontro semanal com nossos ouvintes, leitores e amigos do Facebook reunimos as informações sobre a interação que mantiveram com a redação do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.

Este domingo marca o penúltimo dia da 7ª Viagem Apostólica de Francisco. O Papa terminará sua peregrinação nas Filipinas nesta segunda-feira (19/01). Muitas foram as interações de nossos amigos nas redes sociais. Em nossa fan-page no Facebook, registramos mais de meio milhão de visitas no período da viagem. Entre os assuntos mais populares, as declarações do Papa sobre a liberdade de expressão, durante o voo de Manila para Colombo, na qual disse que a fé não pode ser ridicularizada.

Sobre isso, Angela Ramos, comentou: “Devemos amar quem nos persegue e não defender o pecado nunca”.

Claudia Cristina, de Recife (PE), escreveu: “Uma coisa é liberdade de expressão, outra é insultar a fé dos outros. Somos todos filhos de Deus”.

Helena Duarte Piai, de Colina (SP), disse: “Quem fala o que quer, ganha o que não quer. Não à violência”.

Outro post muito popular foi a visita fora de programa que o Papa fez a um templo budista.

Sobre isso, Maria Salete Pinheiro, escreveu: “Todos os dias rezo por esse grande Pastor, que ensina a tolerância, que tenta abrir os corações dos homens ao amor fraterno entre irmãos em Cristo, independentemente de credo, raça ou cor. Muito tenho aprendido com ele, e procuro sempre melhorar, pelo grande exemplo que ele nos dá”.

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