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Sumario del 19/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa oferece palavras-chave para o diálogo

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Cidade do Vaticano (RV) – Na esteira de seus predecessores, o Papa Francisco também coloca em primeiro plano o diálogo ecumênico e inter-religioso. Consciente da sua importância para a convivência pacífica entre as religiões e os povos, Bergoglio não mede esforços, em gestos e palavras, para incentivar e promover este encontro.

No discurso proferido no Encontro Inter-religioso, em Colombro, Sri Lanka, o Santo Padre destacou a necessidade de se “conhecer, compreender e respeitar”, para que este diálogo ocorra. A este respeito nós conversamos com o Conselheiro Geral da Congregação do Verbo Divino, Padre Arlindo Dias:

  

 

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Papa: filipinos me comoveram. Talvez vá à África no final do ano

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Cidade do Vaticano (RV) - Um balanço da intensa visita às Filipinas e uma série de considerações sobre temas de grande relevo público: da corrupção nas instituições civis e eclesiais ao problema da “colonização ideológica”, da teoria do gender ao tema da contracepção. Em seguida, uma série de possíveis metas para as próximas viagens apostólicas, África e América Latina, neste 2015. Foram os temas que nortearam o encontro do Papa com os jornalistas, de pouco mais de uma hora, durante o voo de Manila para Roma.

Sobretudo “os gestos”. E o amor genuíno que os acompanhava. Respondendo à pergunta sobre o que trazia das Filipinas, o Santo Padre disse e repetiu ainda, “os gestos”: gestos que me comoveram, porque não eram “protocolares”, porque eram expressão de um “entusiasmo não finto”. “Comova-me”, sobretudo, acrescentou, quando via um pai levantar o filho sobre a multidão para fazer com que o Papa o abençoasse e ficar feliz por aquela bênção, como se eles quisessem dizer: “este é o meu tesouro, o meu futuro, o meu amor”.

“O gesto da paternidade, da maternidade, do entusiasmo, da alegria (...) Um povo que sabe sofrer, e que é capaz de levantar-se e seguir adiante. Ontem, no conversa que tive com o pai de Crystal, a jovem voluntária que morreu em Tacloban, fiquei edificado (por aquilo que me disse – ndr): “Morreu em serviço”. E buscava palavras para conformar-se, para aceitar isto”.

Os gestos que tocaram o coração de Francisco foram também os dos sobreviventes em Tacloban. “Ver – disse – todo aquele povo de Deus rezar após a catástrofe” me fez sentir “como abatido, a voz quase não me saia”.

O tom de Francisco mudou quando lhe foi perguntado sobre quais viagens apostólicas pensa fazer nos próximos meses. O Como de costume, o Papa respondeu precisando tratar-se de hipótese, possibilidade:

“Respondo hipoteticamente. Mas o plano é ir à República Centro-Africana e Uganda. Estes dois. Este ano. Creio que será em torno do final do ano (...) estão previstos para este ano três países latino-americanos – é tudo ainda como esboço (nada definitivo, ndr) – Equador, Bolívia e Paraguai. Estes três. Para o próximo ano, gostaria de visitar – mas ainda não tem nada previsto – o Chile, Argentina e Uruguai.”

O Santo Padre excluiu, por razões logísticas, a Califórnia, no caso da Canonização de Junípero Serra, em setembro – se realizará “no Santuário de Washington”, precisou – e por motivos análogos excluiu também entrar nos EUA a partir do México, embora reconhecendo o valor de um gesto de “fraternidade” em relação aos emigrantes. (RL)

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Visita do Papa aos EUA: a expectativa

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Filadélfia (RV) – O Arcebispo filipino Bernardito Auza, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, em Nova York, revelou domingo que a visita do Papa Francisco aos Estados Unidos, em setembro, deve incluir três cidades: Washington, Nova York, e, naturalmente, Filadélfia, onde presidirá ao VIII Encontro Mundial das Famílias de 22 a 27 de setembro.

O Arcebispo falou com a imprensa em Manila, pois participou da visita do Pontífice à nação asiática. Segundo Dom Auza, as informações ainda são preliminares, pois a primeira visita do Comitê organizador de viagens papais, para acertar a programação, deve se realizar em fins de fevereiro.

Canonização

No voo que o levou de Sri Lanka às Filipinas, em 15 de janeiro, o Papa antecipou que canonizará o chamado ‘Pai da Califórnia’, o Beato Junípero Serra, e – adiantou o Núncio Auza – a cerimônia poderá ser celebrada em Washington”, pois há uma estátua deste missionário, um dos fundadores da Califórnia, diante do Capitólio. 

Além de Dom Auza, outros membros do Comitê organizador da visita aos EUA são o Núncio Apostólico no país, Dom Carlo María Viganó; o Cardeal Donald Wuerl, Arcebispo de Washington; o Cardeal Sean Patrick O’Malley, Arcebispo de Boston; o Arcebispo de Louisville e Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Dom Joseph Kurtz; o Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nueva York; o Arcebispo de Filadélfia, Dom Charles Chaput; e Dom Ronny Jenkins, Secretário-Geral do Episcopado estadunidense.

A última vez que um Papa esteve no estado de Filadélfia foi na visita de São João Paulo II, em 1979. O ‘Papa peregrino’ queria ser recordado como o ‘Papa das famílias’, razão pela qual será um dos Patronos do Encontro Mundial nos EUA. Santa Gianna Beretta Molla, canonizada em 2004 pelo Papa João Paulo II, será co-Patrona.

O VIII Encontro Mundial das Famílias terá o tema "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva". As famílias e grupos de peregrinos que desejam participar do evento, com o Papa Francisco, já podem se inscrever pelo site oficial

(CM)

 

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Papa supera 18 milhões de seguidores no Twitter

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Cidade do Vaticano (RV) – A conta twitter do Papa Francisco @pontifex superou os 18 milhões de seguidores neste domingo (18/01). Os 17 milhões já haviam sido superados em 13 de dezembro de 2014. Por ocasião da 7ª viagem Apostólica do Papa Francisco, os tweets foram escritos também em tâmil e cingalês, línguas faladas no Sri Lanka.

O último tweet do Papa Francisco, publicado na manhã desta segunda-feira foi: “Aos meus amigos no Sri Lanka e nas Filipinas: Deus vos abençoe a todos. Por favor, rezai por mim”. (JE)

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Vietnã recebe enviado pontifício

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Cidade do Vaticano (RV) – O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, chega nesta segunda-feira (19/01) ao Vietnã para uma visita pastoral de uma semana, acolhendo o convite da Conferência Episcopal vietnamita. Após acompanhar o Papa Francisco na Viagem Apostólica ao Sri Lanka e às Filipinas, o Cardeal cumprirá intensa programação no país do sudeste asiático, com diversos encontros com bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e leigos.

Etapa em Hanói e no Santuário de La Vang

Na terça-feira (20/01), o Cardeal Filoni terá um encontro em Hanói com a Conferência Episcopal, sacerdotes representantes das dioceses da Província de Hanói e presidirá uma Missa concelebrada na catedral. Em 21/01 visitará uma paróquia na Diocese de Hung Hoa, marcada pela presença de minorias étnicas e no dia 22/01 irá ao Santuário mariano de La Vang, para confiar a Virgem Maria o caminho da evangelização no mundo, em particular no Vietnã.

400 anos de evangelização do Vietnã

Na sexta-feira, 23/01, o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos visitará a Paróquia de Hoi An, a mais antiga cidade remanescente do Vietnã, com 400 anos de cristianismo. De fato, em 18 de janeiro de 1615, dois jesuítas, acompanhados por alguns cristãos japoneses, desembarcaram no porto de Hoi An e deram início à obra missionária no território. O Cardeal celebrará uma Missa no Centro Pastoral de Da Nang por ocaisão do 50º aniversário da Diocese, concluíndo assim dois anos do Jubileu (2013-2015) e o 400º aniversário da evangelização no Vietnã. Durante a celebração administrará os sacramentos de iniciação cristã a cerca de 50 catecúmenos adultos.

Missa nas Catedrais de Xuan Loc e Saigon

No dia seguinte, 24/01, o Cardeal Filoni presidirá uma Missa solene na Catedral de Xuan Loc, por ocasião do 50º aniversário da diocese, que se preparou para o evento com um programa pastoral de cinco anos, baseado na família. A conclusão da viagem acontece no domingo, 25/01, com uma Missa na Catedral de Saigon, seguida de um encontro com sacerdotes, religiosos e leigos, e de visitas ao Seminário Maior São José e a um local missionário.

(JE)

 

 

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Respeito, pobres, família: as três palavras da viagem do Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco partiu de Manila na manhã desta segunda-feira, na conclusão  de sua viagem apostólica ao Sri Lanka e Filipinas, sétima internacional de seu Pontificado. Milhares de pessoas tomaram as ruas para saudá-lo.

O avião papal aterrissou às 17h38 (14h38 do horário brasileiro de verão) no aeroporto romano de Ciampino. Antes de retornar ao Vaticano, o Papa visitou a Basílica de Santa Maria Maior para agradecer a Nossa Senhora pelo bom êxito da viagem. Francisco tinha consigo um ramalhete de flores a ele oferecido por uma religiosa na Nunciatura Apostólica, em Manila. O Papa repetiu os gestos das precedentes viagens apostólicas internacionais, em que sempre visitou a Basílica mariana antes e depois de cada uma delas.

O Pontífice enviou os tradicionais telegramas aos chefes de Estado dos países sobrevoados, entre os quais a China: “Asseguro minhas orações pelo senhor e por todo o povo da China – escreve o Papa Francisco ao Presidente chinês – invocando sobre vós abundantes bênçãos de harmonia e prosperidade”. A nova viagem do Papa à Ásia foi caracterizada por mensagens fortes.

O respeito pelos outros promove a paz

Três palavras ressoaram mais insistentemente nestes dias de viagem: respeito, pobres, família. O Santo Padre afirmou que o ódio e a violência podem ser vencidos somente com a força do bem e com o “respeito por toda pessoa”.

Também a Igreja aprendeu na história e “cresceu muito na consciência do respeito” pelas outras religiões. Não se deve esquecer a própria identidade – disse aos líderes religiosos no Sri Lanka –, mas “se formos honestos ao apresentar nossas convicções, seremos capazes de ver mais claramente o que temos em comum”.

O diálogo é essencial para “entender-nos e respeitar-nos uns aos outros”. Ao mesmo tempo, “não se deve permitir que as crenças religiosas sejam utilizadas de modo abusivo para a causa da violência”: matar em nome de Deus é uma aberração”, disse com veemência, e nestes casos é necessário denunciar.

Porém, recordou a necessidade de não ofender ou ridicularizar as religiões: “não se pode insultar a fé dos outros” considerando as religiões “uma espécie de subcultura”. Também a liberdade de expressão tem um limite. O respeito traz a paz: não a ofensa, mas “o bálsamo da solidariedade fraterna”.

Justiça e dignidade para os pobres

Os pobres – a outra palavra da viagem – foram eles a mensagem, disse o Papa Francisco: os pobres que têm fé, os pobres explorados, os pobres estão “no centro do Evangelho”.

É necessário combater as causas de uma “desigualdade escandalosa”. É um imperativo moral “assegurar a justiça social” e é Evangelho “ouvir a voz dos pobres”. O Pontífice chamou a atenção para uma “compaixão mundana” que tranquiliza a consciência dando alguma moeda. Ao invés, é preciso vencer a corrupção e o egoísmo e dar novamente dignidade e direitos aos pobres.

Novas colonizações ideológicas contra a Família

A terceira palavra é a família. Hoje – disse o Papa – família e matrimônio “estão cada vez sempre mais sob ataque de forças potentes”. “Estejamos atentos – ressaltou – às novas colonizações ideológicas” que “buscam destruir a família”.

Há “crescentes tentativas” de “redefinir a própria instituição do matrimônio mediante o relativismo, a cultura do efêmero, uma falta de abertura à vida”. Toda ameaça à família é uma ameaça à própria sociedade”. “O futuro passa através da família. Portanto, custodiem suas famílias! Protejam suas famílias! – exortou o Santo Padre. (RL)

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Simpósio internacional debate cultura do encontro à luz do Concílio

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Roma (RV) – “A cultura do encontro, a 50 anos do Concílio Vaticano II” é o tema do Simpósio internacional que terá lugar na Cúria Geral dos Orionitas, em Roma, nos dias 20 e 21 de janeiro. O evento, que reunirá especialistas da Espanha, Costa do Marfim, Índia, Albânia, Polônia e Itália, se insere no âmbito da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada de 18 a 25 de janeiro no Hemisfério Norte.

Um momento de oração e testemunho conduzido pelo sacerdote copta, Padre Gabriel Antonio, abrirá os trabalhos, que durante dois dias abordarão temas como o diálogo entre as diversas confissões cristãs e a relação com as outras religiões em diversos cenários mundiais como os Bálcãs, a Ásia, África e Europa.

O Vigário Geral da Obra de Dom Orione e encarregado do ecumenismo, Padre Achille Morabito, explica que o simpósio internacional permite “uma escuta mútua, um conhecimento recíproco, um apreçamento e uma acolhida”, “daquele que não pensa como eu”. Para que o diálogo ocorra – precisou ele – são necessárias condições, como o respeito pelo outro, e os famosos “4 pilares” indicados pela Pacem in Terris. De fato, em 11 de abril de 1963, João XXIII assinava a Encíclica que enunciava “a verdade, a justiça, a liberdade e a solidariedade” como pilares básicos para a convivência pacífica entre os povos, culturas e religiões.

“Todas as guerras – avalia o sacerdote – partem da desvalorização do outro, do inimigo, do diferente, que sente-se assim autorizado a tratar como um ser inferior, se não até mesmo como se não fosse um ser humano: daqui surgem os extermínios, as torturas, as humilhações”. O verdadeiro diálogo pode nascer somente quando o outro  deixar de ser visto como “inimigo, alguém a ser explorado, um descarte”, e a pessoa for colocada no centro, observou o orionita.

“Diálogo ecumênico e diálogo inter-religioso – prossegue – podem e devem fazer muito para construir aquela que Paulo VI chamava de ‘civilização do amor’. Junto com o diálogo, porém, urgem respostas sobre a dignidade da pessoa, de todas as pessoasm enquanto pessoas”.

Estão previstos, entre outros, os pronunciamentos do Pastor da Igreja Valdese, Paolo Ricca e visitas à Igreja Anglicana da Praça de Espanha e de Santo Atanásio, no Colégio Grego. (JE)

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Igreja no Mundo



Igrejas são queimandas em protestos contra charges de Maomé

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Cidade do Vaticano (RV) - Prosseguiram neste domingo, no mundo muçulmano, diversas manifestações contra a publicação de caricaturas do Profeta  Maomé pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo. A revolta voltou-se contra os cristãos na Nigéria, onde mais de 20 igrejas foram saqueadas e incendiadas, segundo autoridades locais.

Os manifestantes em diversos países, denunciaram as charges como “ofensivas aos Islã”, queimando bandeiras da França e imagens do Presidente François Hollande para “defender o profeta”. A maior manifestação reuniu 10 mil pessoas em Lahore, Paquistão, com a multidão gritando “Morte aos blasfemos”. Nos choques com a polícia, três pessoas ficaram feridas, entre os quais um fotógrafo da AFP e um cameraman de uma emissora local.

No Niger, as forças de segurança usaram gás lacrimogênio para dispersar uma manifestação proibida, após a morte de 10 pessoas nos violentos protestos de dias anteriores contra as vinhetas blasfemas. Choques com a polícia também se verificaram na Argélia, onde 3 mil pessoas entoavam “Somos todos Maomé”. No Senegal e na Mauritânia milhares foram às ruas para “defender o Profeta”, queimando a bandeira francesa.

Protestos também foram registrados na Jordânia, Sudão, Líbano, Síria e Territorios Palestinos. Centenas de árabes desfilaram na Esplanada das Mesquitas levando faixas com os dizeres “o Islã é uma religião de paz”.

Para esta segunda-feira está prevista uma manifestação na Chechênia que espera reunir 500 mil pessoas, segundo estimativas de autoridades muçulmanas. (JE)

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Filipinas: bispos em Assembleia após visita do Papa

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Manila (RV) - Os bispos filipinos encontram-se reunidos em Manila para a Assembleia plenária da Conferência episcopal. O encontro prosseguirá até a próxima quinta-feira, 22 de janeiro, e terá entre os temas principais a nova evangelização e o “Ano dos pobres”, proclamado pela Igreja local para este 2015, reporta a agência missionária Fides.

A Igreja recebeu do Papa consolação e entusiasmo

“Naturalmente, se olhará para estas urgências de modo novo”, após o impulso dado pela visita do Papa, explica à Fides o secretário da Comissão para a família e a vida da Conferência episcopal, Pe. Melvin Castro.

“Entre os bispos, entre o clero e entre os fiéis há um grandíssimo entusiasmo por aquilo que o Papa deu a nossa Igreja. O Papa recebeu energia espiritual da multidão de fiéis que o acolheu, e a nossa Igreja nas Filipinas, por sua vez, com a presença e as palavras do Papa Francisco, recebeu grande consolação e uma forte injeção de entusiasmo para viver e professar a sua fé”, prossegue Pe. Castro.

Modelo de Igreja próxima dos pobres

“O Papa mostrou-nos um modelo de Igreja atenta aos pobres, que cuida dos sofredores, que é pobre e próxima dos pobres – frisou. Este modelo terá um forte impacto também a longo prazo na Igreja filipina. Sobretudo porque não olha para os pobres de modo paternalista ou assistencialista, mas como mestres de vida. Os pobres ensinam que o homem vale por aquilo que é, não por aquilo que tem, além disso, ensinam a confiança em Deus e na sua Providência.”

A mensagem do Papa em defesa da família

O sacerdote observa também o impulso dado ao laicato filipino, que após a viagem do Papa “dará frutos de um maior e mais amplo engajamento na pastoral, sobretudo para as famílias e os jovens”.

Sobre o tema da família, Pe. Castro observa: “Estamos felizes que o Papa tenha falado claramente em defesa da família e tenha estigmatizado a colonização ideológica que vem da cultura ocidental, que exporta o divórcio, aborto, matrimônios homossexuais, convidando-nos a promover a família e a defendê-la segundo os valores tradicionais da cultura filipina”, conclui Pe. Castro. (RL)

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Formação



Especial juventude: aprender a chorar

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Cidade do Vaticano (RV) – Neste domingo de manhã renovou-se a alegria do Encontro Mundial da Juventude vivido no Rio de Janeiro em 2013 em plena Copacabana. Desta vez, no outro lado do mundo, com os jovens filipinos, o Papa Francisco mais uma vez colocou a atenção para essa fase da vida convidando a  juventude filipina – e não só filipina, mas de todo o mundo - a aceitar os desafios da vida mantendo as convicções, defendendo o meio ambiente e dando atenção aos mais necessitados, em síntese: integridade, solicitude e cuidado.

O texto, - que não foi lido já que o Papa improvisou o seu discurso em espanhol -, foi entregue aos jovens e fala por primeiro sobre a integridade. Francisco instigou os jovens a não se deterem ao sentido negativo da palavra, exatamente porque “pode ser desafiada por interesses egoístas, pela ganância, pela desonestidade ou pela intenção de manipular os outros”, advertiu o Papa.

“O termo ‘desafio’  pode ser entendido também em sentido positivo. Pode  ser  visto com  um  convite  a ser  corajoso,  a dar um testemunho profético  da  própria  fé e  de  tudo  que  se  crê  e considera sagrado. Neste sentido, o desafio da integridade é algo com que vocês precisam se confrontar nestes  tempos  e nas  suas  vidas”, completou.

O Papa prosseguiu seu pensamento alertando os jovens para a necessidade de se proteger o meio ambiente. “Não apenas porque as Filipinas, mais do que outros países, corre o sério risco de ser afetada pelas mudanças climáticas”, mas como cidadãos responsáveis e seguidores de Cristo, esclareceu Francisco. “O correto uso e gestão dos recursos naturais é uma tarefa urgente, para a qual os jovens podem contribuir de maneira particular e muito importante. Vocês são o futuro das Filipinas, demonstrem interesse por tudo o que acontece na sua belíssima terra”, exortou o Papa.

O terceiro e último – e mais importante  – conceito que alicerça a reflexão de Francisco aos jovens é o cuidado aos pobres. Não importa se tem-se muito ou pouco a doar, “cada um é chamado a estender a mão pessoalmente e servir nossos irmãos e irmãs mais necessitados”, disse o Papa. “Há sempre alguém perto de nós que está em necessidade: material, psicológica ou espiritual. O maior presente que podemos dar é nossa amizade, a nossa ternura e zelo, nosso amor por Cristo”, arrematou o Pontífice.

O momento que fez com que os olhos e os corações dos presentes se iluminassem como ocorreu com os olhos e o coração do Papa, foi quando Francisco respondendo a uma pergunta de uma ex-menina de rua, falando em espanhol, convidou todo a aprender a chorar.

Somente com os olhos limpos pelas lágrimas poderemos responder à perguntas tão difíceis como esta: por que as crianças sofrem? 

“Ao mundo de hoje falta chorar. Certas realidade da vida somente podemos ver com os olhos limpos pelas lágrimas. Aprendamos a chorar como ela nos ensinou. Se vocês não aprenderem a chorar vocês não serão bons cristãos”, exortou o Papa.

Ao responder outra pergunta apresentada pelos jovens sobre o excesso de informação nos dias atuais, Francisco disse que não precisamos de “jovens museus”,  que detêm toda a informação mas não sabem o que fazer com ela. Para aproveitar as informações é preciso agir, disse Francisco, ao sugerir um novo trinômio: pensar, sentir, fazer. “Se a informação de nossa cabeça desce até o coração, ele se emociona, e vai para as nossas mãos, assim agimos”, reiterou Francisco. “Não jovens de museu, mas jovens sábios. Para ser sábio, usar as três linguagens. Pensar bem, sentir bem e fazer bem e deixar-se surpreender pelo amor de Deus”, completou Francisco.

O terceiro testemunho, de um jovem estudante que junto com seus amigos criou um sistema de iluminação para os atingidos pelo furacão Yolanda, inspirou o Papa a dizer que precisamos aprender a amar. “É mais difícil deixar-se amar do que amar, por isso é tão difícil chegar ao amor perfeito de Jesus”, disse Francisco, ao recordar a parte do Evangelho de Mateus na qual Cristo o amou.

“A realidade de vocês é superior a todas as ideias que eu havia preparado”, concluiu o Papa.

Chorar, não ser jovens de museus e dar testemunho. Papa Francisco nos convida mais uma vez a sair do eu para entrarmos no nós e vivermos a juventude com amor, aprendendo verdadeiramente a amar e deixar-se amar. (RB-CM-SP)

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O incentivo do Papa ao aleitamento materno

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Cidade do Vaticano (RV) - As mães que tiveram os filhos batizados pelo Papa no último dia 11/01 receberam também um conselho de Francisco sobre o ato de amamentar: “podem amamentar agora também! Se choram de fome, amamente-os, tranquilamente”, disse o Papa, pedindo para que não se esquecessem das “tantas mães que, infelizmente, não têm condições de alimentar seus filhos”.

O apelo de Francisco para que as mães amamentem seus filhos vem ao encontro da palavra dos especialistas, que defendem que os bebês devam alimentar-se exclusivamente com o leite materno no mínimo até os seis meses de vida. Todavia, muitas mães produzem pouco leite. Com a intenção de fazer com que o organismo o produza, algumas mulheres ingerem muitos alimentos que, na sabedoria popular, estimulariam a produção do leite.

Mitos

Entre mitos e verdades, a nutricionista da coordenação geral da saúde da criança e aleitamento materno do Ministério da Saúde, Neide Cruz, explica que não há qualquer prova sobre esses alimentos.

"Realmente existem algumas dúvidas: 'Qual é esse alimento vai fazer com que produza mais leite? Esse outro pode causar cólica?'. Mas não tem nada comprovado cientificamente e o importante é orientar a mãe que ela observe. Porque existe toda uma história genética. Um alimento que às vezes não é alergênico para um pode ser para outro. E se ela perceber que há alguma dificuldade, alguma dor, o bebê não se sinta bem. Que ela observe esse alimento. Mas não há nada comprovado. É mito dizer que essa ou aquela alimentação, até agora não temos nenhuma comprovação cientifica, que alguns alimentos produzam uma produção maior de leite ou não".

Alimento ideal

O leite materno é o alimento ideal para o bebê porque contém todos os nutrientes que o corpo do recém-nascido precisa para se desenvolver. Falamos de índices ideais de proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais. Além de possuir anticorpos naturais que evitam alergias, diarreias e infecções. No futuro, os bebês que foram exclusivamente alimentados com o leite materno terão menos chances de desenvolver doenças ligadas à hipertensão, colesterol alto e diabetes.

Decisão acertada

As mães que enfrentam problemas relacionados à amamentação devem procurar um especialista. Esta é sempre a melhor escolha, afirma a nutricionista Neide Cruz.

"Hoje nós temos equipes preparadas para orientarem essas mulheres. Toda a equipe multidisciplinar ela hoje é preparada para orientação para que possamos estimular o leite materno. Que ela busque orientação com seu pediatra, com o profissional que está atendendo, enfermeiro, e busque também trocar com mães que amamentaram, porque as mães que amamentaram e que foram orientadas também darão uma boa referência. E que tirem dúvidas". (RB)

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Atualidades



Unidade dos Cristãos: a riqueza e o valor do 'diferente'

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Cidade do Vaticano (RV) – O Vaticano colocou à disposição em seu site os subsídios para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos para o ano de 2015. No Brasil, a Semana é celebrada nos dias entre a as solenidades da Ascensão do Senhor e Pentecostes, mas no Hemisfério Norte, a celebração tem início em 18 de janeiro e se encerra na festa da conversão de São Paulo, 25.

A Semana de Oração é uma tradição iniciada pelo Beato Paulo VI em 1965, quando antes de concluir o Concílio Vaticano II, convidou os observadores ecumênicos a participar de uma celebração litúrgica na Basílica de são Paulo Fora dos Muros para lhes agredecer por sua presença. 

Este ano, o material foi preparado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), a convite do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas.

Com o tema “Jesus lhe disse: Dá-me de beber!” (João 4,7), os subsídios destacam que a oportunidade de um copo d’água “é uma oportunidade para reconhecer a riqueza e o valor que estão presentes no outro, no diferente, e para pedir a Deus o dom da unidade. Um copo refrescante de água, chimarrão, tereré, são sinais de acolhimento, diálogo e convivência”, afirma a introdução dos subsídios.

Uma breve análise do contexto religioso e social do Brasil traz à tona a existência de uma forte disparidade entre o número de cristãos no Brasil e o aumento da violência; Isso só acontece porque há uma “cristandade voltada para o mercado”, que “investe em políticas partidárias e, em alguns casos, cria seus próprios partidos políticos”, criando atitudes que – de acordo com o documento – se afastam da busca da unidade visível da Igreja cristã.  

O texto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos está disponível aqui.    

(CM)

 

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Carnaval argentino homenageia o Papa

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Buenos Aires (RV) – As palavras do Papa Francisco dirigidas aos jovens argentinos durante a JMJ na Catedral do Rio de Janeiro, “Espero que saiam às ruas e façam barulho”, encontraram eco também no Carnaval de Gualeguaychú, considerado o “carnaval do país”. A “Tiro federal”, uma das cinco sociedades que organiza o carnaval, escolheu para este ano justamente o lema “Façamos barulho!”.

Durante os finais de semana de janeiro e fevereiro, três carros alegóricos com cerca de 300 pessoas vão homenagear o Pontífice argentino com um desfile dividido em várias partes, representando os valores, a vida, a personalidade e os objetivos de Jorge Bergoglio.

A primeira parte representa o “Habemus Papam”, a nomeação e “o orgulho” que tomou conta dos argentinos após a eleição do jesuíta latino-americano, em 13/03 de 2013. As músicas e adereços farão menção a forma de ser de Bergoglio e tudo o que o define, desde o tradicional mate, seu bairro portenho de Flores, o amor pelo tango, até as 'villas', onde começou seu trabalho pastoral.

O bloco dedica também um espaço à integração pois “ele foi um sacerdote que sempre buscou coerência e se preocupou em nunca excluir” ninguém, explicou a compositora e cantora Belén Grecco, da escola Ara Yevi.  Os integrantes personificam através da música, da dança e da linguagem plástica, “as batalhas de Francisco”, entre as quais a violência de gênero, a ostentação e o individualismo, a agressão à natureza e o tráfico de pessoas.

O “esquadrão da morte”, por sua vez, retrata a guerra, considerada pelo Papa como “o suicídio da humanidade” e que é enfrentada no carnaval por um grupo de 50 pessoas, com tambores, alegria e corações que defendem o amor. Com esta luta entre o bem e o mal chega-se  ao carro que conclui o desfile, de onde sai, em meio a plumas brancas e uma pomba da paz, o rosto tranquilizador do protagonista do desfile, o Papa Francisco.

O Carnaval de Gualeguaychú 2014, o mais importante da Argentina, realiza-se de 10 de janeiro a 28 de fevereiro numa área que pode acolher 40 mil pessoas. (EFE – JE)

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