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Sumario del 21/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: Papa recorda multidões oceânicas no Sri Lanka e nas Filipinas

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Cidade do Vaticano (RV) – A viagem ao Sri Lanka e às Filipinas foi o tema da Audiência Geral do Papa Francisco nesta quarta-feira (21/01), realizada na Sala Paulo VI. O Pontífice percorreu o corredor central do auditório, recebendo o entusiasmado carinho dos fiéis. Ao se dirigir aos peregrinos, o Papa afirmou que voltou à Ásia “com prazer”, depois de sua visita à Coreia em agosto passado. “Guardarei sempre no coração a lembrança do acolhimento jubiloso por parte das multidões, em alguns casos até mesmo oceânicas”, disse Francisco.

Sri Lanka

No Sri Lanka, “país de maravilhosa beleza natural”, o momento culminante foi a canonização do missionário São José Vaz. Numa época de perseguição religiosa, ele ministrava com frequência os sacramentos em segredo aos fiéis católicos, e ajudava sem distinção todos os necessitados. Durante a missa de canonização, disse o Papa, “indiquei S. José Vaz como modelo para todos os cristãos, chamados hoje em sai a propor a verdade salvífica do Evangelho num contexto multirreligioso, com respeito aos outros, com perseverança e humildade”.

Francisco salientou ainda o processo de reconciliação do povo cingalês, que está tentando reconstruir a unidade depois de um longo e dramático conflito civil. No encontro com as autoridades governamentais, ele destacou a importância do diálogo e do respeito pela dignidade humana na busca paciente da reconciliação. Já o encontro com os vários líderes religiosos confirmou as boas relações que existem entre as diferentes tradições religiosas, o Papa então pediu a cooperação de todos para curar, “com o bálsamo do perdão”, as feridas da guerra.

O tema da reconciliação caracterizou também a visita do Papa ao Santuário de Nossa Senhora de Madhu – ocasião em que pediu a Maria que obtenha o dom da paz e da unidade a todo o povo cingalês.

Do Sri Lanka Francisco foi às Filipinas, cuja finalidade particular da visita era levar conforto e encorajamento às populações que foram atingidas pelo tufão Yolanda.

Filipinas

Na região mais devastada, Tacloban, as adversas condições climáticas, infelizmente, causaram outra vítima inocente: a jovem voluntária Kristel, morta por uma estrutura derrubada pelo vento. O Papa enalteceu a fé e a capacidade de recuperação da população local, assim como a generosidade das ajudas. “A potência do amor de Deus se manifestou no espírito de solidariedade demonstrada em inúmeros gestos sacrificados e iniciativas de caridade que marcaram aqueles dias trágicos.

Famílias numerosas

Os encontros com as famílias e os jovens foram outros momentos salientes da viagem às Filipinas. “Ouvir dizer que as famílias com muitos filhos e o nascimento de tantas crianças são uma das causas da pobreza. Parece-me uma opinião simplória. Posso dizer que a causa principal da pobreza è um sistema econômico que tirou a pessoa do centro e colocou no seu lugar o deus-dinheiro; um sistema econômico que exclui e cria a cultura do descarte que vivemos. Esta é a causa da pobreza, e não as famílias numerosas.

À juventude, Francisco ofereceu uma palavra de encorajamento em seus esforços para a renovação da sociedade, de modo particular através da proteção do meio ambiente e de uma atenção especial aos pobres. “O cuidado em relação aos pobres é um elemento essencial do nosso testemunho cristão; comporta a rejeição de toda forma de corrupção e pede a construção de uma cultura da integridade”, afirmou.

O Papa então concluiu: “Quero agradecer ao Senhor pela minha visita ao Sri Lanka e às Filipinas, e peço a Ele que abençoe esses dois países”. (BF)

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Francisco deplora brutalidades no Níger

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Cidade do Vaticano (RV) - No final da Audiência desta quarta-feira (21/01), o Papa denunciou as “brutalidades” cometidas no Níger, com um apelo:

“Gostaria de convidá-los a rezar juntos pelas vítimas das manifestações desses últimos dias no amado Níger. Foram cometidas brutalidades contra cristãos, crianças e igrejas. Invoquemos do Senhor o dom da reconciliação e a paz, para que jamais o sentimento religioso se torne ocasião de violência, de abuso e de destruição. Faço votos que se possa restabelecer o quanto antes um clima de respeito recíproco e de pacífica convivência pelo bem de todos.”

No sábado, na capital Niamey, milhares de pessoas participaram das manifestações contra as charges publicadas pela revista satírica francesa 'Charlie Hebdo'. No total, 45 igrejas, cinco hotéis, 36 bares, um orfanato e uma escola cristã foram saqueados antes de serem incendiados, disse o porta-voz da polícia, Adily Toro. Igrejas evangélicas brasileiras estão entre as 45 instituições incendiadas. Nas manifestações morreram cinco pessoas e 128 ficaram feridas.

Itamaraty

A Embaixada do Brasil em Cotonou, capital da República do Benin, responsável pelas relações com a República do Níger, mantém contato constante com a comunidade brasileira naquele país, que totaliza 33 pessoas, todos missionários e familiares. Nenhum nacional brasileiro foi ferido nos enfrentamentos registrados nos últimos dias. A situação em Niamey, capital nigerina, mostra-se mais calma desde a segunda-feira, dia 19.

Quanto aos locais de trabalho da comunidade brasileira atingidos pelas manifestações em Niamey, foram destruídos dois templos evangélicos administrados pela ONG americana World Horizon, dois templos administrados pela Igreja Presbiteriana Viva de Volta Redonda e a missão Casa Guerreiro de Deus.

A Embaixada do Brasil em Cotonou mantém contato permanente com o Governo do Níger, junto ao qual manifestou preocupação com a segurança da comunidade brasileira. A área consular do Ministério das Relações Exteriores vem mantendo contato direto com a Embaixada em Cotonou para fins de monitoramento da situação e finalização de plano de contingência a ser implementado em caso de necessidade. (BF)

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"Que todos os cristãos sejam uma só família", pede o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – “Uma oportunidade para refletir sobre nossa pertença a Cristo e à Igreja”: assim o Papa definiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que os fiéis do Hemisfério Norte estão celebrando até o dia 25.  No Brasil, a Semana é celebrada nos dias entre as solenidades da Ascensão do Senhor e Pentecostes.

Concluindo a Audiência Geral desta quarta-feira (21/01), o Papa saudou os presentes com essas palavras: “A Semana de oração pela Unidade dos Cristãos, que estamos celebrando, nos oferece a oportunidade para refletir sobre nossa pertença a Cristo e à Igreja. Queridos jovens, rezem para que todos os cristãos sejam uma só família; queridos doentes, ofereçam seus sofrimentos pela causa da unidade da Igreja de Cristo; e vocês, queridos recém-casados, experimentem o amor gratuito como o é o amor de Deus pela humanidade”.

Rádio Vaticano

Na conclusão desta Semana de Oração, no próximo domingo (25/01), às 17h30 locais, o Papa Francisco presidirá à celebração das Segundas Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo na Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

A Rádio Vaticanos transmitirá esta cerimônia ao vivo, com comentários em português, a partir das 14h20 – horário de Brasília.

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Cordeiros cuja lã dará origem ao Pálio são apresentados ao Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Foram apresentados ao Papa na manhã desta quarta-feira (21/01), antes da Audiência Geral, no átrio da Casa Santa Marta, os dois cordeiros abençoados por ocasião da memória litúrgica de Santa Inês.

Pálio Arquiepiscopal

A lã dos cordeiros será utilizada para confeccionar os Pálios dos novos Arcebispos Metropolitanos. O Pálio é uma insígnia litúrgica de honra e de jurisdição que é usado pelo Papa e pelos Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e naquelas das suas províncias. O Pálio destinado aos Arcebispos Metropolitanos é constituído por uma estreita faixa confeccionada em lã branca e decorada com seis cruzes de seda preta.

O rito de imposição do Pálio aos Arcebispos Metropolitanos é realizado pelo Papa no dia 29 de junho, no Vaticano, durante a Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. (RB)

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Papa encoraja Marcha pela Vida

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Paris (RV) – A Nunciatura Apostólica na França informou a organização da Marcha pela Vida, em programa para o próximo domingo (25/01), em Paris, que o Papa saúda a iniciativa bem como a considera uma legítima manifestação em favor da vida humana.

Ao citar o recente discurso do Papa aos médicos católicos italianos, no qual o Pontífice afirmou que “a vida é sempre sagrada, válida e inviolável”, a nota assinada pelo Núncio Luigi Ventura confirma ainda que Francisco “encoraja os participantes a trabalharem incansavelmente para a edificação de uma civilização de amor e de uma cultura pela vida”. (RB)

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Papa exigente mas com grande compaixão pelos sacerdotes

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Cidade do Vaticano (RV) - O Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Beniamino Stella, em entrevista ao L’Osservatore Romano, traçou, entre outros, um perfil dos sacerdotes segundo os ensinamentos do Papa Francisco. Ele referiu-se à metáfora usada por Francisco comparando os sacerdotes a aviões: “percebe-se que existem quando caem, enquanto a grande maioria voa sem que seja notícia”.

Na visão de Francisco, um sacerdote deveria ser caracterizado, de um lado, por “uma forte espiritualidade e disciplina pessoal”, rezar e cuidar, “com fidelidade e metodicidade, da própria vida interior”. E por outro, ser alguém “que vive em meio ao povo de Deus, um pastor que participa com o coração na vida da própria comunidade”, o que não representa uma novidade por si só, mas como o Papa tem evidenciado isto com tantas imagens e simbolismos, “os sacerdotes hoje têm uma compreensão muito maior” das exigência de sua vocação.

Ao comentar a metáfora usada por Francisco, Dom Stella disse tratar-se “de um grande elogio aos sacerdotes e à multidão de presbíteros que trabalham com dedicação e paixão, fiéis à vida espiritual e à própria missão”, mostrando-se porém surpreso quando um sacerdote lhe pediu que sugerisse a Francisco para falar “com mais amabilidade, respeito e elegância da vida dos sacerdotes”. “Fiquei surpreso – explicou – pois sempre me pareceu que o Papa tenha falado com amabilidade, respeito e elegância dos presbíteros, mas certamente, é exigente e rigoroso, e, não se pode negar, a sua compaixão e humanidade para com os colaboradores da ordem episcopal”. “Nos surpreenderia, se com sua experiência de formador e pastor, não fizesse apelo à conversão e à fidelidade”.

Dom Stella reiterou na entrevista a proximidade da Congregação para o Clero com os sacerdotes que passam por dificuldades, especialmente por aqueles que pagam com a própria vida o testemunho do Evangelho em algumas partes do mundo. “O que às vezes acontece – sequestros e assassinatos de sacerdotes – faz pensar a um fato inegável: o Padre, inserido no povo de Deus, não é nunca insignificante, a sua presença tem um peso, “incomoda”, pois é um testemunho que pode suscitar nos violentos, aquelas reações que seguidamente levam à situações trágicas”.

A Congregação – afirmou Dom Stella – está ao lado dos sacerdotes em dificuldades, com o apoio cotidiano e com um grande senso de respeito na justiça e na compreensão pela fragilidade humana”. Para que o sacerdote possa desempenhar sua missão – reiterou o purpurado - é importante que ele sinta o apoio da comunidade, perceba o seu afeto, acompanhamento e amizade fraterna”. (JE)

 

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Santa Sé se solidariza com Igreja no Níger

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Niamei (RV) – O Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, Arcebispo Savio Hon Tai-Fai, enviou uma mensagem aos agentes de pastoral e aos fiéis da Igreja Católica no Níger expressando proximidade e solidariedade após os últimos graves episódios de violência que viram igrejas e conventos serem saqueados e incendiados, além de provocar a morte de dez pessoas. Ao final da Audiência Geral desta Quarta-feira, também o Papa Francisco lançou um apelo pela paz no país, conflagrado pelos protestos contra a publicação das charges sobre o Profeta Maomé.

“A Congregação para a Evangelização dos Povos tomou conhecimento com profunda tristeza dos saques sistemáticos contra igrejas cristãs em vosso país, em particular as católicas”, reporta a mensagem. "Seguindo com particular atenção e grande preocupação a situação em que vocês se encontram desde o final da semana passada, a Congregação para a Evangelização dos Povos, diante das enormes perdas registradas e da desolação provocada pelos eventos destes dias, quer exprimir a vocês a sua proximidade espiritual, a sua comunhão e a sua solidariedade”.

“A Congregação – continua a mensagem – vos assegura a preocupação e suas orações pelas vítimas desta situação de violência e pelas suas famílias. Além disto, apela ao senso de responsabilidade das autoridades políticas, civis e militares, para que, por meio do caminho do diálogo, se empenhem em restabelecer a paz e colocar um fim definitivo à violência contra os cristãos”.

A mensagem encerra recordando as palavras do Papa Francisco: “não se pode absolutamente provocar a morte e o sofrimento em nome de Deus, nem justificar a violação das liberdades fundamentais da pessoa humana”. (JE)

 

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Cardeal Filoni no Vietnã: reforça-se diálogo com a Santa Sé

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Hanói (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, encontra-se no Vietnã em visita pastoral. Após ter acompanhado o Papa Francisco em sua viagem apostólica ao Sri Lanka e Filipinas, o purpurado chegou esta segunda-feira a Hanói por ocasião do aniversário dos 400 anos de evangelização do país asiático, e está tendo vários encontros com todas as realidades da Igreja local que representa quase 10% da população. Uma Igreja viva, apesar das limitações que continua sofrendo.

Acompanhado pelo presidente da Conferência Episcopal Vietnamita, pelo representante pontifício, Dom Leopoldo Girelli, e pelo arcebispo de Hanói, o Cardeal Filoni encontrou na capital as máximas autoridades do Vietnã, entre as quais o primeiro-ministro.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, o purpurado nos fala sobre suas impressões acerca da Igreja local e sobre os encontros com as autoridades vietnamitas:

Cardeal Fernando Filoni:- “É uma Igreja muito viva. Já encontrei – aqui em Hanói e depois também esta manhã numa paróquia na Diocese de Hung Hoa – uma Igreja extremamente bonita, viva, muito afetuosa e muito entusiasta. Hoje nesta paróquia batizei mais de 200 cristãos – adultos –, além de crianças, mães e pais. Trata-se de pessoas que em sua maioria são tribais, os ‘montanheses’ (no confim com Laos e China), ou seja, aqueles que moram nas comunidades da montanha. Foi uma cerimônia muito bonita, porque após o Batismo receberam também a Crisma e a Comunhão. Depois houve uma grande festa de toda a comunidade para acolher estes irmãos e irmãs que agora se unem a esta Igreja local. Trata-se de elementos muito sintéticos que expressam bem a beleza, a vivacidade desta Igreja e toda a disponibilidade de levar avante, com o Papa Francisco, o empenho missionário.”

RV: Como o senhor foi acolhido pela autoridades vietnamitas? Esta sua visita pode ser um ulterior passo avante nas relações entre Vietnã e Santa Sé?

Cardeal Fernando Filoni:- “Penso e espero que sim. Com agradável surpresa, de minha parte, fui primeiro recebido pelo Departamento governamental para os assuntos religiosos, pelo diretor e seus colaboradores, com os quais tive uma hora de encontro, e depois, cerca de quarenta e cinco minutos – pouco mais tarde –, com o primeiro-ministro do Vietnã, uma pessoa muito agradável, que já encontrou o Santo Padre e, portanto, recordou o encontro com o Papa Francisco. Pareceu-me encontrar muita abertura, muita disponibilidade  a levar adiante este diálogo iniciado e que progressivamente pode dar passos avante. Depois, esta tarde, tive cerca de quarenta e cinco minutos de colóquio com o secretário do Partido Comunista de Hanói, que é também membro do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã. Tive com ele uma troca de opiniões, um colóquio, um diálogo muito aprazível, agradável e também de estima para com o povo vietnamita, de empenho da parte dos católicos. Reiterei que o diálogo é o elemento fundamental para a compreensão recíproca, mas que subjacente ao diálogo deve haver estima. E a estima que a Santa Sé tem pelo povo do Vietnã se traduz também em amor, portanto, não é somente um aspecto puramente formal de estima, mas que se aprofunda e se torna afeto, amor. A Igreja tem um profundo afeto, um profundo amor pelo povo vietnamita, em particular, por sua comunidade cristã. Portanto, pareceu-me encontrar elementos positivos que reforçam aquele diálogo que já existe e que esperamos, naturalmente, possa ainda progredir. Parece-me ser esta a linha. Em meu colóquio estavam presentes o presidente da Conferência episcopal, o representante pontifício, Dom Girelli, e o arcebispo de Hanói: todos tivemos esta surpresa e agradável impressão de uma relação que certamente ainda pode crescer.”

RV: O senhor fez parte da comitiva do Papa na recente viagem de Francisco ao Sri Lanka e Filipinas onde, entre outros, o senhor foi também núncio. Qual sua impressão sobre esta visita papal?

Cardeal Fernando Filoni:- “Posso dizer que iniciei meu serviço diplomático propriamente no Sri Lanka e concluí nas Filipinas. Portanto, foi para mim quase um percorrer novamente, de certo modo, meu serviço na Igreja através deste particular e especialíssimo serviço diplomático. Naturalmente, isto deu-se também com duas especialíssimas circunstâncias: fazer parte da comitiva do Papa, consequentemente, ter a percepção direta do carisma que o Papa consegue manifestar e que o povo consegue receber do Santo Padre, tanto no Sri Lanka, onde não esperava – tratando-se de um país onde a maioria é budista e onde os cristãos são pouco menos de 8% - a presença de uma multidão imensa que participou da Canonização do Beato José Vaz – hoje Santo –, que eu já conhecia; foi verdadeiramente um grandíssimo missionário. Creio que a Igreja no Sri Lanka deve a ele não somente sua sobrevivência, mas também a inspiração para levar adiante o anúncio da fé. E isso para mim foi uma graça particular, porque ver que o então Venerável José Vaz hoje é Santo deu-me uma enorme satisfação. Portanto, foi uma resposta extraordinária da parte da população, porque creio que não havia somente católicos; eram 400-500 mil pessoas. Verdadeiramente, não esperava uma presença tão viva, tão forte. Depois, nas Filipinas, onde um oceano imenso de pessoas quis se reunir em torno do Papa para manifestar afeto, a profunda alegria deles, apesar dos grandes sofrimentos que este povo deve viver, tendo todos os anos dezenas de tufões destrutivos que criam tantos sofrimentos. Depois ainda, a missa do domingo, onde apesar da chuva contínua, com uma extraordinária presença, a população participou desta conclusão da viagem do Papa às Filipinas. Além disso houve momentos extraordinariamente comoventes como o encontro com os jovens, com as crianças, com o enfermos... Minha presença nestes lugares numa circunstância como esta enriqueceu-me profunda e espiritualmente com todos estes dons e com estas belas impressões que tive.” (RL)

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Biblioteca Vaticana, uma ponte cultural com a China

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Cidade do Vaticano (RV) – O diálogo entre Santa Sé e China passa também pela cultura. Neste sentido, serão apresentados na quinta-feira (22/01), na Biblioteca Casanatense, em Roma, os primeiros 44 volumes da “Coleção das obras históricas e literárias chinesas da época Ming (1368 – 1644) e Quing (1644 - 1911) existentes na Biblioteca Vaticana”. O projeto nasceu graças à colaboração entre a Universidade de Línguas Estrangeiras de Pequim e a Biblioteca Vaticana, com o auxílio da Universidade La Sapienza e Instituto Confúcio, de Roma.

Após as primeiras tratativas em 2008, teve início a digitalização dos volumes escolhidos, após minuciosa pesquisa. A Editora chinesa ‘Elephant Press’ assumiu a impressão dos 44 volumes, com 170 títulos. A Rádio Vaticano conversou com o Prefeito da Biblioteca Vaticana, Padre Cesare Pasini:

“Inicialmente consistiu em pesquisar os volumes adequados, pois a Biblioteca Vaticana tem 3 mil obras impressas ou manuscritas provenientes da China. Assim, era necessário escolher aquelas úteis aos projeto, sobretudo os volumes que não contemplavam cópias na China ou cópias melhores em outras partes do mundo, volumes, isto é, que sendo únicos, necessitariam ser reproduzidos para poder serem estudados também na retomada que agora se faz em relação a toda a história da China”.

RV: O fato de que na Biblioteca Vaticana existam assim tantas obras que dizem respeito à cultura chinesa é uma prova de abertura universal, que esta instituição teve desde a sua fundação em 1400...

“Sim, esta abertura que começou obviamente com o latim e o grego e depois chegou ao hebraico e a outras línguas, e já em 1.500 se abria também ao chinês. Pensemos, entre outro, a todos os missionários – Ricci e tantos, tantos outros – que viajando pela China, pegavam obras ou traduziam obras literárias ou científicas da China, e por sua vez, produziam em língua chinesa as catequeses, mas também informações que levavam à China de todas as conquistas ocidentais. São obras que mostram este diálogo, este conhecimento mútuo”.

RV: Entre os livros de proveniência chinesa, estão os de maior interesse. Os mais estudados são justamente obras dos missionários: jesuítas, franciscanos, dominicanos...

“Exato. Pense que tenho diante de mim a reprodução de uma folha de um volume impresso em 1674 por um jesuíta, Ferdinand Verbiest, e se vê nesta página dupla a imagem do teto do Observatório Imperial de Pequim, pois foi montado justamente por este jesuíta e após, foi feita uma representação dele para mostrar os instrumentos astronômicos”.

RV: Portanto, poderíamos dizer que os volumes publicados na China e na Europa foram um instrumento essencial para a comunicação entre Oriente e Ocidente naquela época?

“Sim, certo, e justamente por um conhecimento recíproco em diversos níveis: teológico, filosófico, mas também científico e de conhecimento literário. Portanto, é um diálogo entre as culturas, entre os povos. No geral, os missionários são capazes disto, do qual nasce todo este aspecto positivo de conhecimento que constroi bons caminhos”.

RV: Portanto, este trabalho de digitalização de grande parte do material da Biblioteca Vaticana com sua posterior publicação em papel – o que compreenderá ao final quatro volumes com 700 títulos – é de qualquer modo, a continuação desta comunicação entre Oriente e Ocidente...

“Certo, a modalidade com que se fazem estes contatos evolui, muda com os séculos e com os instrumentos que temos, mas o espírito é ainda este. Seguidamente me vem de dizer que a cultura conhece os caminhos do diálogo e nela ainda estamos fazendo este entendimento recíproco para ajudar a conhecer melhor”. (JE)

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Igreja no Brasil



"Fraternidade: Igreja e Sociedade": como viver a CF 2015

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Brasília (RV) - Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a  Campanha da Fraternidade (CF) 2015 vai recordar a vocação e a missão de todo o cristão e das comunidades de fé a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

A Campanha da Fraternidade 2015 será oficialmente lançada no dia 18 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, às 10h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. 

De acordo com o Bispo auxiliar de Brasília (DF) e Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a CF 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.

“Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta Dom Leonardo.

Materiais de apoio

O texto-base utilizado para auxiliar nas atividades da CF 2015 está disponível nas Edições CNBB. O documento reflete sobre a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.

Para auxiliar na vivência e divulgação da Campanha nas dioceses, paróquias e comunidades, a Comissão Executiva da CF 2015 disponibiliza materiais para serem baixados, entre eles o cartaz, textos formativos, hino e partitura, oração e apresentações. Confira aqui.

(CNBB-CM)

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Igreja no Mundo



Relatório revela violência contra cristãos na Índia em 2014

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Bombaim (RV) – A organização “Catholic Secular Forum” divulgou o relatório “2014 Persecution Report”, onde traça o quadro das perseguições contra cristãos na Índia em 2014. Baseado em documentos e testemunhos recolhidos nas redes das organizações cristãs indianas, o relatório revela que 5 cristãos, entre os quais uma criança de 11 anos, foram mortos por ódio à fé no país em 2014. A isto, somam-se agressões e perseguições contra 300 sacerdotes, pastores e líderes de comunidades cristãs, e violências de todo o tipo contra mais de 2 mil mulheres cristãs e crianças.

Em 2014, diz o relatório, ao menos “um incidente por dia”, envolvendo locais ou pessoas cristãs, foi registrado na Índia. Os Estados onde ocorrem as maiores violências são Chhattisgarh, seguido por Maharashtra, Madhya Pradesh, Uttar Paradeshm, Karnataka, Kerala e Orissa. No entanto, em maior ou menor grau, as violências envolvem todos os Estados do país. Os episódios levantados são mais de sete mil, incluindo cinco homicídios, e violências contra 1.600 mulheres, (incluindo violações) e 500 crianças.

Os maiores protagonistas dos ataques são grupos extremistas hinduístas, como o  “Rashtriya Swayamsevak Sangh” (Rss, “Corpo nacional de voluntários”), que se confirma como a maior ‘ONG’ existente na Índia, promotora de uma ideologia nacionalista hinduísta que prega a eliminação das minorias religiosas.

O documento denuncia também a cumplicidade das instituições: “Frequentemente, a polícia rejeita registrar atos de violência anti-cristãs como tal e também a mídia tende a ignorar tais abusos, não noticiando nada a respeito”. Em outros casos as perseguições não vem à tona, pois as vítimas têm medo de serem mortas.

Entre os cinco mortos, o documento recorda uma criança de 11 anos, sequestrada e deixada morrer de fome; o Pastor protestante Sanjeevulu, esfaqueado em Andhra Pradesh; um leigo assassinado em Orissa após ter se recusado a converter-se ao hinduísmo; enquanto os cônjuges Dominic (45 anos) e Christina (35 anos) Bhutia, convertidos do budismo ao cristianismo em Bengala Ocidental, foram assassinados diante da filha de 12 anos.

O relatório apresentado em Bombaim na terça-feira (21/01) foi enviado ao Presidente da Conferência Episcopal da Índia e Arcebispo de Bombaim, Cardeal Oswaldo Gracias, também responsável de turno da Federação das Conferências Episcopais da Ásia. (JE)

 

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Formação



Memória Histórica: O Pacto das Catacumbas

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Cidade do Vaticano (RV) – Com o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII inaugurava a era de uma Igreja “servidora e pobre”.  Neste contexto, um grupo de bispos dos 5 continentes, reunidos nas Catacumbas de Domitila, em Roma, assinou em 16 de novembro de 1965, aquele que ficou conhecido como “o Pacto das Catacumbas”. Nos  12 pontos enunciados nO documento, os prelados se comprometem a viver a pobreza evangélica. Quem nos explica melhor o que foi o Pacto da Catacumbas, é o Conselheiro Geral da Congregação do Verbo Divino, Padre Arlindo Dias:(clique acima para ouvir)

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Atualidades



Mercedários: Visitar e Libertar

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Brasília (RV) – O IV Capítulo Provincial dos Religiosos Mercedários terminou em Brasília há poucos dias com a eleição de um novo Provincial: Frei Rogério Russo Soares, piauiense, que trabalhava na Paróquia N. Sra. Da Luz em Salvador (BA).

 Amigo do Programa Brasileiro, aonde fez um estágio de jornalismo há alguns anos, Frei Rogério começa esta conversa conosco falando sobre a figura de São Pedro Nolasco e a história da Congregação, presente hoje em 22 países.

 No Brasil, os mercedários, estão desde 1922, na segunda vinda, em seis estados, Piauí, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Brasília - DF.

A missão da Ordem, hoje, no Brasil é trabalhar com a pastoral carcerária, na visita aos presos, com dependentes químicos, creches, colégios e paróquias.
O Frei ressalta a identidade do carisma Mercedário com o magistério do Papa Francisco, promotor de esperança a partir das vidas ameaçadas, e denuncia: “No Brasil existe ainda escravidão; somos reféns da violência e da corrupção”. 

Ouça a reportagem clicando acima.

(CM)

 

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O livro que o Papa aconselha a ler

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Cidade do Vaticano (RV) – Durante a viagem de volta das Filipinas, conversando com os jornalistas, o Papa sugeriu a leitura do livro “O Senhor do Mundo”, de Robert Benson, para que entendessem o que queria dizer com “colonização ideológica”.

A ditadura do pensamento único

A obra descreve a instauração, no início do século XX, de uma ditadura do tipo humanitarista, que prega a tolerância universal para todos, com exceção da Igreja, que é perseguida.

Escrito em 1907, o livro retoma o tema desenvolvido por São Pio X na sua primeira encíclica E supremi apostolatus cathedra de 1904, na qual o Papa observava que os males que circundavam o mundo e a Igreja eram tão graves que faziam supor que o Anticristo estivesse já presente nele

Robert Benson

Anglicano, quarto filho do Arcebispo de Cantuária, Robert Benson, convertido ao catolicismo e ordenado sacerdote, retrata neste texto visionário uma batalha final entre o bem e o mal. De um lado, Giuliano Felsenburgh, 30, evita o confronto entre Ocidente e Oriente, é aclamado como Presidente da Europa e instaura a ditadura do pensamento único. Do outro, está o sacerdote Percy Franklin, 33, que se torna Papa.

Benson jamais imaginou que seu romance chegaria, no início do século XXI, a se tornar tão realista. No livro, uma iminente guerra ameaça a paz universal, situação que permite a um jovem desconhecido ganhar popularidade em todo o mundo e aspirar apropriar-se dele: é o advento do anticristo. Mas ainda permanece algo da tradição que construiu o Ocidente: a Igreja Católica, que embora em meio a uma crise, se apresenta  como a única resistência frente ao totalitarismo.

Em poucas palavras, “O Senhor do Mundo” é uma narrativa apocalíptica, contra a qual só nos resta um consolo e uma atitude: a confiança no triunfo definitivo de Deus e a incolumidade da alma.  

(CM)

 

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