Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 22/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa retoma missas na Santa Marta: Jesus intercede diariamente por nós

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa voltou a celebrar a missa matutina na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 22, após a viagem apostólica e Sri Lanka e Filipinas. A seguir, um resumo da homilia de Francisco.

Comentando o Evangelho do dia, que mostra a multidão correndo rumo a Jesus a partir de toda região, o Papa observa que o povo de Deus vê no Senhor “uma esperança, porque seu modo de agir e de ensinar toca o coração, chega ao coração porque tem a força da Palavra de Deus”: 

“O povo sente isso e vê que em Jesus as promessas se realizam, que existe esperança em Jesus. O povo estava um pouco entediado com a forma dos doutores da lei de lhes ensinar a fé. Eles traziam tantos mandamentos, preceitos, mas não chegavam ao coração das pessoas. E quando o povo vê Jesus, sente Jesus, as propostas de Jesus, as bem-aventuranças, sente dentro algo que se mexe - é o Espírito Santo que desperta – vai encontrar Jesus!”.

O Papa prosseguiu dizendo que “a multidão vai a Jesus para ser curada, ou seja, busca o próprio bem; nosso caminho deve seguir Deus com pureza de intenções, um pouco por nós, um pouco por Deus. O povo vai, procura Deus, mas busca também saúde, curas, e se jogam em cima Dele para tocá-lo, para que sua força o cure”. 

Mas a coisa mais importante “não é que Jesus cure”, explica o Papa – “isto é sinal de um outra cura - e nem mesmo que “Jesus diga palavras que cheguem ao coração”. Isto, certamente ajuda a encontrar Deus. A coisa mais importante está na Carta aos Hebreus: “Cristo pode salvar perfeitamente aqueles que por meio Dele se aproximam a Deus. Com efeito, ele está sempre vivo para interceder a seu favor”. “Jesus salva e Jesus é o intercessor – comenta o Pontífice. Esta são as duas palavras-chave: 

“Jesus salva! Essas curas, essas palavras que chegam ao coração são o sinal e o início de uma salvação. O percurso de salvação de muitas pessoas que começam a ouvir Jesus ou a pedir uma cura e depois voltam a Ele e sentem a salvação. Mas o que é mais importante, que Jesus cure? Não, não é o mais importante. Que nos ensine? Não é o mais importante. Que salve! Ele é o Salvador e nós somos salvos por (através de) Ele. E esta é a força da nossa fé”.

Jesus subiu ao Pai “e de lá ainda intercede todos os dias, todos os momentos por nós”:

“E esta é uma coisa atual. Jesus diante do Pai, oferece a sua vida, a redenção, mostra ao Pai as chagas, o preço da salvação. E todos os dias, assim, Jesus intercede. E quando nós, por um motivo ou outro estamos um pouco abatidos, recordamos que é Ele que reza por nós, intercede por nós continuamente. Muitas vezes esquecemos disso: ‘Mas Jesus …sim, acabou, foi para o Céu, nos enviou o Espírito Santo, acabou a história’. Não! Atualmente, a cada momento, Jesus intercede. Nesta oração: ‘Mas, Senhor Jesus, tenha piedade de mim’. Interceda por mim. Dirigir-se ao Senhor, pedindo esta intercessão”.

Este é o ponto central, afirmou Francisco: que Jesus é “Salvador e Intercessor. Fará bem recordar isso”. “Assim, a multidão busca Jesus com o desejo da esperança do povo de Deus que aguardava o Messias, e busca encontrar Nele a saúde, a verdade, a salvação, porque Ele é o Salvador e como Salvador ainda hoje, neste momento, intercede por nós. Que a nossa vida cristã – foi a oração conclusiva do Papa – se convença cada vez mais de que nós fomos salvos, que temos um Salvador, Jesus à direita do Pai, que intercede. Que o Senhor, o Espírito Santo, nos faça compreender essas coisas.” (CM/BF)

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Católicos e luteranos, um diálogo que dá frutos

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã de quinta-feira, 22/01, o Pontífice recebeu no Vaticano uma delegação ecumênica da Finlândia, que tradicionalmente vem a Roma em peregrinação para celebrar Santo Henrique, Padroeiro do país. Liderado pelo Bispo Vikström, o grupo de 12 pessoas ouviu as palavras de Francisco, que louvou este “encontro espiritual e ecumênico entre católicos e luteranos”.

O caminho com Papa Woityla

Trinta anos atrás, a primeira delegação ecumênica finlandesa a visitar o Vaticano foi recebida pelo Papa João Paulo VI, que enalteceu seu esforço pela unidade. “Naquele momento, já haviam sido feitos passos importantes no caminho rumo à plena e visível unidade dos cristãos. E desde então, muito foi feito e – tenho certeza - muito ainda será feito na Finlândia neste sentido”, disse Francisco.

A visita da delegação ecumênica se dá justamente enquanto se celebra, no Hemisfério Norte, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Este ano, a iniciativa tem como tema: “Dá-me de beber”, palavras de Jesus dirigidas à Samaritana no poço de Jacó.

Testemunho comum

Como narrado no Evangelho, “o Senhor é a fonte de toda graça; seus dons transformam quem os recebe, tornando-os testemunhas da verdadeira vida, que provém somente de Cristo. “Como o senhor observou, Bispo Vikstrom, católicos e luteranos podem ainda fazer muito juntos para dar testemunho da misericórdia divina em nossas sociedades. O testemunho comum é muito necessário quando há desconfiança, insegurança, perseguições e sofrimento em meio a tantas pessoas no mundo de hoje”, refletiu o Papa.

Segundo o Pontífice, “este testemunho comum pode ser sustentado e encorajado pelo progresso no diálogo teológico entre as Igrejas”. Citando alguns progressos obtidos neste caminho, completou reafirmando seu desejo de que esta visita a Roma contribua para reforçar as relações ecumênicas entre luteranos e católicos na Finlândia, muito positivas há anos. “Que o Senhor nos envie o Espírito de verdade e nos guie rumo a uma maior caridade e unidade”, terminou.

(CM)

 

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Papa aos policiais: o amor de Deus vence ameaças à humanidade

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã (22/01), na Sala Clementina, dirigentes, agentes e funcionários da Inspetoria de Segurança Pública junto ao Vaticano para o tradicional encontro no início do ano, que em 2015 marca também os seus 70 anos de atividade.

O novo ano teve início há pouco, disse o Papa, e muitas são as expectativas e esperanças. Todavia, constatou, “no horizonte vemos sombras e perigos que preocupam a humanidade. Como cristãos, somos chamados a não desanimar e desencorajar, pois nossa esperança está fundamentada no amor de Deus”.

À luz desta esperança, prosseguiu Francisco, o trabalho da Inspetoria assume um significado especial, pois tem a tarefa de proteger e vigiar locais de grande importância para a fé e a vida de milhões de peregrinos. O Papa fez votos de que cada turista possa sentir-se socorrido e protegido pelo trabalho dos agentes. “Prestaremos conta ao Senhor da responsabilidade a nós confiada, do bem ou do mal que fizemos ao nosso próximo”, recordou o Pontífice, que concluiu:

“Confiemos a Maria toda preocupação e esperança, para que em todas as circunstâncias da vida possamos amar, vibrar e viver na fé do Filho de Deus que se fez homem por nós.”  (BF)

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Apesar de abstêmio, o Pontífice é 'sommelier de honra'

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Cidade do Vaticano (RV) - Papa Francisco, 'sommelier de honra’, mas abstêmio. O título lhe foi atribuído quarta-feira, 21/01, durante a Audiência Geral na Sala Paulo VI por um grupo de sommeliers, produtores, enólogos, viticultores e outros representantes da produção vinícola italiana. “A iniciativa nasceu porque ouvi o Papa falar, várias vezes, sobre o vinho, ligando-o à simbologia cristã, mas também referindo-se a algo de positivo, chamando-o "como um bom vinho". Aí comecei a cultivar o sonho de encontrá-lo”, afirma Franco Ricci, Presidente da Fundação Italiana Sommelier e idealizador da visita.

Vinhos de presente

Além da visita, o grupo presenteou o Pontífice com um "taste-vin", o pequeno recipiente de prata usado para a degustação dos vinhos, e uma caixa de vinho tinto de Bibenda, do tipo 'Romanzo', tradicionalmente doado aos sommeliers ‘de honra’. 

Outros produtores deram de presente a Bergoglio uma garrafa de 'Otello Nerodi' decorada com o brasão símbolo do Estado do Vaticano e o nome do Papa, tudo em amarelo e branco, cores da bandeira Vaticana.    

O detalhe é que o Papa, na realidade, é abstêmio. No Rio de Janeiro, dirigindo-se aos moradores de uma favela, em julho de 2013, foi claro: “Queria entrar em suas casas para um café, e não para um ‘golinho’!”.

(CM)

 

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Papa abençoa revistas católicas : “contágio de bondade”

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Assis (RV) – O Papa recebeu, nos dias passados, no Vaticano, o custódio do Convento de São Francisco de Assis, Padre Mauro Gambetti junto com o Padre Enzo Fortunado, diretor da revista Franciscana  e também o diretor da revista Mensageiro de Santo Antônio, padre Fabio Scarsato. Na ocasião, Francisco concedeu uma bênção aos leitores de ambas as revistas “que não se esquecem que Deus é bom e que a bondade é contagiosa, não uma doença contagiosa, mas uma coisa boa que contagia. O mundo hoje precisa desse contágio de bondade”. (RB)

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Comissão do IOR terá seis cardeais

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco modificou com um “rescriptum” o Estatuto do Instituto para as Obras de Religião (IOR), aumentando respectivamente de cinco para seis o número de membros da Comissão Cardinalícia de Vigilância e do Conselho de Superintendência. 

O  ‘Rescriptum ex audentia Ss.mi’ que modificou o Estatuto do IOR entrou em vigor em 10 de janeiro e será publicado na Acta Apostolicae, informa o comunicado do IOR. Além disso, o Presidente da Comissão Cardinalícia de Vigilância, Cardeal Santos Abril y Castello, formalizou a nomeação de um Secretário Geral não-votante, destinado ao Conselho de Superintendência. (JE)

 

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Abdullah II elogia posição do Papa sobre liberdade de expressão

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Amã (RV) – O Rei da Jordânia Abdullah II considerou positivas e fez como suas as considerações do Papa Francisco sobre a liberdade de expressão e o respeito pela fé e símbolos religiosos, expressas durante a recente viagem à Ásia. Ao encontrar a Tribo beduína Beni Sakhr, o monarca fez claras referências às palavras do Santo Padre de que a liberdade de expressão é um direito e até mesmo um dever, ao mesmo tempo que tem seus limites, não podendo chegar ao ponto de ofender as convicções religiosas dos outros. O fato foi confirmado pelo Vigário Patriarcal de Jerusalém, Maroun Lahham.

O monarca jordaniano reiterou ainda que os extremistas não representam o autêntico Islã e que a reputação dos muçulmanos deve ser tutelada e defendida. Abdullah II explicou sua participação na Marcha de Paris contra o terrorismo, como uma “intenção de mostrar a própria solidariedade a um país amigo, onde vivem mais de 6 milhões de muçulmanos”.

No encontro com os chefes beduínos, o monarca do Reino Hashemita lançou um alarme sobre o crescimento da islamofobia na Europa, insistindo sobre a necessidade de proteger a imagem de moderação e de tolerância do autêntico Islã e de envolver toda a comunidade muçulmana na condenação dos grupos extremistas e terroristas que instrumentalizam o Alcorão. (JE)

 

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Papa lamenta interpretações equivocadas sobre a família

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Cidade do Vaticano (RV) – O substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, Dom Angelo Becciu, em entrevista ao jornal italiano Avvenire, revela que o Papa sentiu-se surpreso e triste diante das repercussões de sua declaração sobre a paternidade responsável durante a coletiva de imprensa no voo de volta a Roma, após a visita às Filipinas.

O Arcebispo Becciu, um dos mais próximos colaboradores do Papa - e que estava presente no encontro com os jornalistas - disse que Francisco sentiu-se surpreso ao ler os jornais do dia seguinte nos quais “as suas palavras, voluntariamente expressas com a linguagem de todos os dias, não tivessem sido plenamente contextualizadas”, disse Becciu. Francisco teria ainda expresso sua tristeza “pela desorientação” causada especialmente às famílias numerosas.

“Ao ler as manchetes dos jornais, o Papa, com quem eu falei ontem, sorriu e ficou um pouco surpreso com o fato de que suas palavras – propositalmente simples – não tivessem sido completamente contextualizadas de acordo com um trecho claríssimo da Encíclica Humanae Vitae sobre a paternidade responsável”, afirmou Becciu diante da interpretação dos jornais para as palavras do Papa que dominou as manchetes: “para ser bons católicos não é necessário fazer filhos como coelhos”.

Pensamento claro

Uma vez que o raciocínio do Papa era claro, mas a leitura fornecida pelos jornais, isolando uma só frase, nem tão clara assim, Dom Becciu esclarece: “A frase do Papa deve ser interpretada no sentido de que o ato de procriação no homem não pode seguir a lógica do instinto animal, mas deve ser fruto de um ato responsável com raízes no amor e na doação recíproca de si mesmo. Infelizmente, com muita frequência, a cultura contemporânea tende a diminuir a autêntica beleza e o valor do amor conjugal, com todas as consequências negativas que disso derivam”.

Portanto, Dom Becciu oferece uma interpretação correta sobre a paternidade responsável à luz da Humanae Vitae: “aquela que nasce do ensinamento do Beato Paulo VI e da tradição milenar da Igreja reiterada na Casti Connubii (encíclica publicada por Pio XI, em 1930). Ou seja: que, sem jamais dividir o caráter unitivo e procriativo do ato sexual, este deve se inserir sempre na lógica do amor na medida que a pessoa como um todo (física, moral e espiritual) abre-se ao mistério da doação de si mesma no vínculo do matrimônio.

Número ideal

Dom Becciu ressalta ainda que não existe um número “ideal” de filhos por casal, negando que o Papa teria expresso um conceito taxativo de “três filhos por casal”.  “O número três refere-se unicamente à quantidade mínima indicada pela sociologia e demografia para assegurar a estabilidade da população. De nenhuma maneira o Papa quis indicar que representasse o número ‘justo’ de filhos para cada matrimônio. Cada casal cristão, à luz da graça, é chamado a discernir de acordo com uma série de parâmetros humanos e divinos aquele que seria o número de filhos que deve ter”, arrematou o arcebispo.

Desorientação

Diante da desorientação provocada nas famílias numerosas à frente das versões fornecidas pelos jornais, Dom Becciu disse que o Papa ficou “realmente triste” com a inexatidão. “Francisco não queria absolutamente renegar a beleza e o valor das famílias numerosas”, declarou o substituto da Secretaria de Estado, lembrando que na Audiência Geral após o retorno da Viagem Apostólica, Francisco disse que “a vida é sempre um bem e que ter tantos filhos é um dom de Deus para o qual devemos agradecer”. (RB)

 

 

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Dom Paglia: grande contribuição dos leigos para Sínodo sobre a família

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Cidade do Vaticano (RV) - “Reler, juntos, o Sínodo extraordinário sobre a família.” Com este tema foram abertos nesta quinta feira, em Roma, os trabalhos do Simpósio internacional – promovido pelo Pontifício Conselho para a Família e pela Secretaria do Sínodo dos Bispos – do qual participam mais de 80 grupos e movimentos pela família e pela vida, provenientes de 30 países.

Os trabalhos, que prosseguirão até o próximo sábado, foram abertos pelo secretário do Sínodo, Cardeal Lorenzo Baldisseri, e pelo presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, o arcebispo explica as razões deste Simpósio:

Dom Vincenzo Paglia:- “É a primeira vez que muitos movimentos familiares se encontram juntos para debater em torno do tema da família, que não é somente a razão da existência deles, porque, apesar da variedade, no final, aquilo que une todos é o tema da família no mundo. O valor a mais é que isso se dá neste momento histórico que é qualificador no que diz respeito à família, tanto para o Sínodo que a Igreja está realizando, quanto para a situação no mundo. É impressionante a atenção da mídia sobre este tema e sobre este evento do Sínodo.”

RV: Em sua exposição introdutória o senhor disse que é preciso uma profecia a mais...

Dom Vincenzo Paglia:- “Sim, com certeza, mesmo porque a profecia da família num mundo onde o individualismo impera, onde as desigualdades sociais provocam uma violência incrível no seio das famílias e também fora – basta pensar nas crianças, nos anciãos, nos subúrbios onde as famílias se encontram desagregadas –, neste mundo individualista e de conflito, a Igreja deve redescobrir a responsabilidade de anunciar a família como uma boa nova, como uma coisa apetecível, como algo atraente, vez que os jovens preferem adiá-la, preferem não se amarrar, preferem permanecer na própria casa ou, pior ainda, preferem estar sozinhos.”

RV: Qual a contribuição que vocês esperam dos leigos, inclusive em vista do Sínodo?

Dom Vincenzo Paglia:- “Esperamos uma contribuição particularmente qualificada, porque os movimentos laigos nascidos após o Concílio ressaltaram a importância da família e dedicam a vida deles a isso: são homens, mulheres, famílias que estão vivendo uma aventura extraordinária. Eu me pergunto: quem melhor do que as famílias pode falar sobre as famílias? Quem melhor do que pessoas comprometidas em ajudar as famílias que sofrem, a apoiar os jovens casais, pode falar melhor sobre esses temas? Creio que isso seja parte integrante do Sínodo.” (RL)

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Dom Scicluna presidirá Colégio para exame de apelos sobre delitos mais graves

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Cidade do Vaticano (RV) - Foram nomeados os membros do Colégio especial que, em novembro, passado o Papa Francisco instituiu no seio da Congregação para a Doutrina da Fé a fim de assegurar um mais rápido exame dos apelos relacionados aos delitos reservados à competência do dicastério vaticano. Trata-se dos delitos contra a fé e dos delitos mais graves cometidos na celebração dos sacramentos ou contra a moral, entre os quais o abuso de menores por parte de um membro do clero.

O bispo auxiliar de Malta, Dom  Charles J. Scicluna, foi nomeado presidente do Colégio. Os membros são os seguintes:

O Prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski; o Legado Pontifício para as Basílicas de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos, em Assis, e presidente emérito da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica e da Autoridade de Informação Financeira, Cardeal Atilio Nicora; o presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Cardeal Francesco Coccopalmerio; o presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, Cardeal Giuseppe Versaldi; o arcebispo emérito de Rosário, Dom José Luis Mollaghan; e o secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Dom Juan Ignacio Arrieta Ochoa de Chinchetru.

Os Membros suplentes são: o presidente emérito do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Cardeal Julián Herranz; e o presidente do Departamento de Trabalho da Sé Apostólica e da Comissão Disciplinar da Cúria Romana, Dom Giorgio Corbellini. (RL)

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Igreja no Brasil



Francisco envia carta aos participantes do XI ENPJ

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou, dia 21/01, uma carta aos participantes do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ). Dirigindo-se à secretária nacional da Pastoral da Juventude (PJ), Aline Ogliari, e ao membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ, Alberto Chamorro, o bispo de Roma faz uma reflexão sobre a iluminação bíblica do encontro "Mestre, onde moras? Vinde e vede!" (Jo 1, 38-39) e exorta os participantes para que "nunca percam a esperança e a utopia". "Vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor", afirma no texto.

Carta 

Mestre onde moras? Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)

Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas.

É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro.
Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro.

Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.

Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?

E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade. 

Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano.

Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.

Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago.

Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria. 

Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.

Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!

Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.
Com minha benção apostólica.

+ Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.

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Abertas inscrições para o Mutirão Brasileiro de Comunicação

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Vitória (RV) - Considerado um dos maiores eventos de comunicação eclesial e pastoral do Brasil, o Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) terá sua 9ª edição na cidade de Vitória (ES). O evento está marcado para o período de 15 a 19 de julho, e abordará como tema central “A Ética nas comunicações”. O encontro contará com programação extensa, oferecendo palestras com especialistas e estudiosos da comunicação, debates, grupos de trabalho, apresentação de modelos de comunicação, além de atividades culturais.

A conferência de abertura, no dia 15, receberá o sacerdote salesiano e escritor, padre Gildásio Mendes, doutor em Comunicação pela Wayne State University, em Michigan. Ele apresentará a temática sobre a “Ética nas comunicações”. Ainda, para o evento, estão confirmadas presenças de pesquisadores renomados da comunicação, que participarão dos debates e mesas. No domingo, 19, haverá City Tour livre pelos principais pontos turísticos da cidade.

Grupos de Trabalhos

A novidade das últimas edições do Muticom são os Grupos de Trabalhos, espaços reservados para apresentação de experiências, estudos de caso e pesquisa de comunicação eclesial e pastoral. O 9º Muticom contará com oito GT´s, organizados em diferentes temáticas. Os Grupos de Trabalhos serão realizados nos dias 16 e 17.

GT1 - Análise de materiais impressos

GT2 - Análise de sites e redes sociais

GT3 - O comportamento do indivíduo nas Redes Sociais

GT4 - A música religiosa como forma de comunicação

GT5 - O mercado da fé

GT6 - Trânsito religioso

GT7 - O padre e os desafios da comunicação

GT8 - Educomunicação

Participe do Muticom

Dioceses, paróquias e comunidades já começaram a organizar grupos com destino à Vitória para o Muticom. A Pastoral da Comunicação (Pascom) do regional Sul 2 da CNBB levará mais de 50 participantes. Os interessados devem entrar em contato para informações sobre valores, pelo e-mail: jornalismo@centralcultura.com.br. Para participar do 9º Muticom é necessário fazer inscrição pelo site. Na página está disponível informações sobre o encontro; a programação completa; perfil dos palestrantes convidados; sugestões para locais de hospedagem; além de informações sobre o estado que recebe o encontro. (SP-CNBB)

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Igreja na América Latina



Igreja argentina pede "investigação honesta" no Caso Nisman

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Buenos Aires (RV) – “Sentimos a necessidade de convidar as autoridades e todos os líderes políticos a realizarem com honestidade todo o esforço possível para se chegar à verdade, única base da justiça”. É o que afirma um comunicado do Comitê Executivo da Conferência Episcopal argentina sobre a morte do Procurador Alberto Nisman, assassinado em seu apartamento com um tiro de pistola na cabeça, em 19 de janeiro. Naquele dia Nisman deveria apresentar ao Parlamento documentos que comprovariam a ligação da Presidente Cristina Kirchner com o atentado contra a Associação judaica Amia, em 1994.

Impunidade fere a democracia

O Comitê Executivo expressou confiança de que as instituições da República possam “superar a sombra da impunidade que fere a saúde da democracia”, recordando que os atuais desafios devem ser enfrentados “baseados na moral e valores profundos” que são os fundamentos da convivência, pois “a falta de verdade, desperta uma profunda desconfiança e acaba por danificar o tecido social”. Não obstante a alta tensão no país com as diversas manifestações contra a Presidente, a Igreja pede calma e apela à unidade nacional. 

Os documentos que o Procurador Nisman apresentaria no Parlamento argentino acusavam a Presidente Kirchner de ter negociado um acordo secreto para garantir a impunidade de alguns cidadãos iranianos acusados de ter relações com o atentado. (JE)

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Santuário de Guadalupe atraiu multidões em 2014

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Cidade do México (RV) – O Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, recebeu por volta de 2,2 mil peregrinações em 2014. As números foram divulgadas recentemente pelo Boletim Guadalupano - órgão informativo da Basílica mexicana -, que também registrou as visitas que realizaram mais de 8 milhões de fiéis somente durante as celebrações do 483º aniversário das aparições marianas, em dezembro.

De acordo com o informativo guadalupano, entre as romarias mais numerosas estão as que foram realizadas durante o ano pelas dioceses mexicanas, destacando-se a da Diocese de Querétaro na qual participaram por volta de 80 mil fiéis; depois as de Toluca e Atlacomulco, com 40 mil peregrinos; seguindo as Dioceses de Celaya e Tenancingo, com 30 mil; e as jurisdições eclesiais do México, Cuernavaca, Tulancingo, Tlalnepantla e Nezahualcoyotl, cada uma com média de 20 mil peregrinos.

Presença internacional

Registraram-se, igualmente, romarias de paróquias, movimentos católicos, comunidades, escolas e de institutos governamentais oriundas de vários pontos do México; além de grupos procedentes de outros países, como Estados Unidos, Colômbia e Brasil, que durante o ano chegaram ao Santuário para venerar o quadro milagroso da Guadalupana.

Mas as cifras são ainda maiores, o Santuário Guadalupano recebeu ao longo do ano passado centenas de peregrinações não registradas que se incorporaram às atividades litúrgicas ordinárias durante as celebrações eucarísticas das 6h às 20h. O informe também faz referência às peregrinações mais chamativas, entre elas as que realizaram os mariachis, os baloeiros, os motociclistas, e a procedente de Iztapalapa com as imensas coberturas de flores, entre outras.

Guadalupe referência

Além disso, durante o “Dozavario” - quando por 12 dias se prepararam os festejos guadalupanos em dezembro -, foram celebradas 276 Eucarísticas. Durante aquele período foram distribuídas por volta de 160 mil comunhões, e centenas de peregrinos se aproximaram do Sacramento da Reconciliação. A Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe é um dos Santuários Marianos mais visitados no mundo, junto com o de Aparecida, Lourdes e Fátima. Está situado no monte de Tepeyac, na capital mexicana, e anualmente acolhe – segundo fontes locais - por volta de 14 milhões de peregrinos. O recinto é formado por uma Basílica, a Capela do Cerrito, a Capela del Pocito, a Capela dos Índios, a Paróquia de Capuchinas e o museu da Basílica. (SP-Gaudium Press)

 

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Igreja no Mundo



Líbano: "também a pobreza desestabiliza o Oriente Médio"

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Beirute (RV) – Também a pobreza e a privação “estão desestabilizando” o Oriente Médio, porque “não pode haver paz onde há subdesenvolvimento”. Com estas palavras, o Patriarca maronita Bechara Boutros Rai chamou a atenção para fatores fundamentais, e muitas vezes esquecidos, dos conflitos que desestabilizam a região médio-oriental, onde as facções jihadistas conquistam espaço inclusive em virtude dos recursos financeiros com os quais conseguem financiar novos combatentes alistados nas próprias fileiras.

As considerações do Patriarca, relançadas pela mídia local, foram pronunciadas à margem da visita realizada por ele no último domingo, 18/01, a Jabal Mohsen, subúrbio de Trípoli onde em 10 de janeiro passado dois atentados suicidas provocaram a morte de nove pessoas e o ferimento de outras 30. Com a sua visita, o Patriarca quis oferecer pessoalmente os seus pêsames a Assad Assi, chefe do Conselho Muçulmano alawita, e às famílias das vítimas, de confissão alawita, por ele elogiadas também por terem evitado estimular os conflitos sectários depois do atentado. (SP)

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Formação



Ano Internacional da Luz: o desafio do desenvolvimento sustentável

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Cidade do Vaticano (RV) – A sede da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, em Paris, acolheu esta semana cientistas de todo o mundo para a inauguração do Ano Internacional da Luz, convocado pela ONU.

Ao proclamar este Ano, as Nações Unidas reconhecem a importância da conscientização mundial sobre como as tecnologias baseadas na luz promovem o desenvolvimento sustentável e fornecem soluções para os desafios mundiais nas áreas de energia, educação, agricultura, comunicação e saúde.

Na inauguração, o Vaticano estava representado pelo Pontifício Conselho da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, que falou sobre os modos como a luz influencia a cultura humana e nossa percepção do universo. Mas não só. Participaram também oito membros da Pontifícia Academia das Ciências. Entre eles, o físico brasileiro Vanderlei Bagnato, da USP. Nesta entrevista ao Programa Brasileiro, ele explica o conceito de luz e sua evolução no decorrer da história. Clique acima para ouvir.

(BF)

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Dom Orani: Convertei-vos e Crede no Evangelho

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Rio de Janeiro (RV) - Estes domingos do Tempo Comum que sucedem o Tempo de Natal nos conduzem aos inícios da pregação de Jesus: o chamado à conversão, o anúncio do Reino, o chamado dos primeiros discípulos e os primeiros sinais diante da missão que se inicia com a vida pública do Mestre. Podemos sentir o mesmo neste Terceiro Domingo do Tempo Comum.

O início da atividade apostólica de Jesus, para São Marcos, é um convite à conversão (Mc 1, 14-20). Diz Jesus: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1, 15). Acabou-se o tempo das promessas e da espera: O Messias chegou e está começando o seu ministério! A sua presença é a plenitude dos tempos, tornando-os veículos da misericórdia de Deus e da história da salvação.

Mas, há algo surpreendente nesse alegre anúncio de Jesus: logo após afirmar que o Reino chegou, o Senhor intima o povo: "Convertei-vos e crede no Evangelho"!  O Reino será Boa-Notícia para quem abrir-se à surpresa inquietante do Deus que Jesus anuncia. Acolher a novidade, a Boa-nova, o Evangelho, acolher esse Deus que chega exige que saiamos de nós mesmos, como os ninivitas que, escutando o apelo de Jonas, converteram-se! Mais tarde, Jesus irá criticar duramente o seu povo: "Os habitantes de Nínive se levantarão no Julgamento, juntamente com esta geração, e a condenarão, porque eles se converteram pela pregação de Jonas. Mas aqui está alguém que é mais do que Jonas"! (Mt 12,41).

Como é importante a Palavra deste Domingo! Cheios de nós, adormecidos e satisfeitos com nossos pensamentos, com nossa lógica cômoda, jamais poderemos acolher o Reino em nós e experimentar sua alegria e sua paz! Portanto, a primeira palavra do Senhor no Evangelho é "convertei-vos!" Não é possível domar Jesus, não é possível um cristianismo sob medida! Não é por acaso que o Evangelho de hoje começa falando da prisão de João Batista, aquele santo profeta que preparou a vinda do Reino.

O Reino sofre violência; violência do mundo, violência do nosso coração envelhecido pelo pecado, da nossa razão fechada para a luz do Cristo. Por isso mesmo, logo após apresentar o apelo de Jesus, São Marcos nos fala da vocação dos quatro primeiros discípulos. Certamente, esse chamado é compreendido de modo muito particular, como se referindo à vocação sacerdotal, que faz dos chamados “pescadores de homens”. Mas, esse chamamento indica, também, a vocação de todo cristão: seguir Jesus no caminho da vida. Nesse sentido, a lição é clara: seguir Jesus exige deixar tudo, deixar-se e colocar a vida em relação com o Senhor! Somente assim poderemos acolher o Reino.

Para acolher Jesus, a condição primeira é a conversão, a mudança profunda de vida que exige, sobretudo, a luta contra o pecado e, consequentemente, a rejeição de tudo aquilo que o pode desviar do amor e da Lei de Deus. Uma conversão parecida à que Deus exigiu à cidade de Nínive, por meio da pregação de Jonas, e que os seus habitantes praticaram, abandonando “o seu mau caminho” (Jn 3, 10). Mas, a fuga do pecado é apenas a primeira fase da conversão anunciada por Jesus, que exige também um segundo momento, que é destacado no Evangelho: “Acreditai na Boa-Nova”. O cristão tem que aderir positivamente ao Evangelho com uma fé vivificada pelo amor, que não se fica apenas na sua aceitação teórica, mas procura evidenciá-lo com a vida prática. É necessário e urgente, pois, deixar de lado a mentalidade terrena que faz com que o homem viva e atue apenas com vistas à felicidade e aos interesses temporais. “A aparência (a figura) deste mundo passa”, adverte São Paulo (1 Cor 7, 31).

Convertamo-nos! Levemos a sério que o modo de pensar e sentir de Deus não é o nosso! Tenhamos a coragem de nos deixar por Cristo. São Jerônimo, comentando a atitude dos quatro primeiros discípulos chamados pelo Senhor, afirma: "A verdadeira fé não conhece hesitação: imediatamente ouve, imediatamente crê, imediatamente segue..." Seja assim a nossa fé no Senhor, seja assim nossa adesão ao nosso Salvador! Então, seremos felizes de verdade, por que perceberemos que o que Cristo nos trouxe é uma Boa Notícia, a melhor de todas: Deus nos ama, caminha conosco e, no seu bendito Filho, nos convida à amizade íntima com Ele nesta vida e por toda eternidade! Amém.

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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Atualidades



Líderes religiosos presentes no Fórum Econômico Mundial

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Berna (RV) - Na cerimônia de abertura do Fórum Econômico Mundial em Davos, na noite desta quarta-feira (21/01), realizou-se a entrega do prêmio de cristal a três artistas, “cuja contribuição melhora a realidade do mundo”: o arquiteto Shigeru Ban, o tenor Andrea Bocelli e a cantora do Benin Angelique Kidjo. Presentes nesta semana da “economia mundial” também 13 “líderes de comunidades religiosas”, entre os quais o Arcebispo católico de Dublin Dom Diarmuid Martin, o Secretário geral do Conselho Mundial das Igrejas, Olav Tveit e o Presidente da Conferência dos Rabinos europeus Pinchas Goldsmith.

Às vésperas da abertura do Fórum, Winnie Byanyima, Diretor da Oxfam, Ong que combate a pobreza, disse que espera um “debate sério e direto em Davos” no contexto em que “80 bilionários possuem uma riqueza igual a das 3,5 bilhões de pessoas mais pobres do planeta”.

Participação

“O novo contexto global” é o título do Fórum deste ano, que conta com 2,5 mil participantes, sendo 17% deles mulheres, de 100 Países, 40 chefes de Estado e de governo, entre os quais a Presidente Dilma, o Primeiro-ministro chinês Li Keqiang, o Secretário estadunidense, John Kerry, e o Presidente ucraniano Poroschenko. Os empresários são o grupo mais importante (1,5 mil): a África é representada por 124 deles, a Europa por mais de mil, 800 da América do Norte e 110 da América do Sul, e a Ásia com 430.

Acessibilidade

A programação do Fórum contará ainda com mais 100 eventos ao vivo pela web sobre quatro eixos centrais: crescimento e estabilidade, crise e cooperação, sociedade e segurança, inovação e indústria.  (SP)

 

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AIS: atenção da Europa ao fundamentalismo religioso

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Lisboa (RV) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), organização ligada ao Vaticano, diz que a Europa tem de olhar com mais atenção para o problema do fundamentalismo religioso em países como a Nigéria, o Iraque e o Paquistão. Em entrevista à Agência ECCLESIA, Catarina Martins, Presidente do conselho de administração destaca que “a Europa está muito isolada sobre si própria e tudo o que passa para lá do seu angulo visual fica esquecido”. “Não se percebe porquê, como é que o mundo consegue ficar fechado a tantos atentados e a tantas vidas humanas que têm sido perdidas nestes últimos anos em certos países”, frisa a responsável.

De dois em dois anos, a AIS publica um relatório sobre a liberdade religiosa no mundo. O último documento, lançado em novembro de 2014, analisou a Constituição e a realidade de 196 países no mundo e conclui que 81 dessas nações, ou seja, 41% são locais onde a liberdade religiosa “é perseguida ou está em declínio”.

Pacificação da Europa

Para Catarina Martins, é vital que “o mundo ocidental olhe para estes países com outros olhos”, até porque na resolução desses problemas “pode estar” também a chave para a pacificação da própria Europa, já que muitos dos atritos têm chegado ao Velho Continente, através dos fluxos migratórios. Esta semana a Igreja Católica está a promover a oração para a unidade entre os cristãos.

A Fundação AIS quer aproveitar esta iniciativa para promover o combate à “indiferença” e a oração “pela paz no mundo, na sequência do que tem acontecido não só em França mas também na Nigéria, no Paquistão, na Síria e no Iraque”. “É uma forma que nós temos como católicos, praticantes, de mostrar que estamos unidos em oração por estes povos que estão neste momento a sofrer”, conclui Catarina Martins. (SP-Ecclesia)

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