Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 26/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: "São as mulheres que transmitem a fé"

◊  

 

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira, 26, o Papa celebrou a missa matutina na Casa Santa Marta com um pequeno grupo de fiéis. Em sua homilia, o Papa se inspirou nas leituras do dia.

A Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 

Paulo recorda a Timóteo que a sua fé provém do Espírito Santo, ‘por meio de sua mãe e de sua avó’. “São as mães, a avós – afirma o Papa – que transmitem a fé, e acrescenta: “Uma coisa é transmitir a fé e outra é ensinar as coisas da fé. A fé é um dom, não se pode estudar. Estudam-se as coisas da fé, sim, para entendê-la melhor, mas você nunca chegará à fé com o estudo. Ela é um dom do Espírito Santo, é um presente que vai além de qualquer preparação”. E é um presente que passa através do “lindo trabalho das mães e das avós, o belo trabalho destas mulheres” nas famílias. “Pode ser também que uma doméstica, uma tia, transmitam a fé”: 

Jesus veio através de uma mulher

“Vem-me à mente esta questão: por que são principalmente as mulheres a transmitir a fé? Simplesmente porque quem nos trouxe Jesus foi uma mulher: foi o caminho escolhido por Jesus. Ele quis ter uma mãe: o dom da fé também passa pelas mulheres, como Jesus passou por Maria”.

“E devemos pensar hoje – sublinha o Papa – se as mulheres têm a consciência do dever de transmitir a fé”. Paulo convida Timóteo a custodiar a fé,  evitando “os vazios mexericos pagãos, as fofocas mundanas”. “Todos nós – alerta – recebemos o dom da fé. Devemos custodiá-lo para que ele pelo menos não se dilua, para que continue a ser forte com o poder do Espírito Santo”. E a fé é custodiada quando reacende este dom de Deus. 

A fé 'água de rosas'

“Se nós não temos esse cuidado, a cada dia, de reavivar este presente de Deus que é a fé, a fé se enfraquece, se dilui, acaba por ser uma cultura: ‘Sim, mas, sim, sim, eu sou um cristão, sim...’, uma cultura, somente. Ou a gnose, um conhecimento: ‘Sim, eu conheço bem todas as coisas da fé, eu conheço bem o catecismo’. Mas como você vive a sua fé? E esta é a importância de reavivar a cada dia este dom, este presente: de torná-lo vivo”.

Contrastam “esta fé viva” - diz São Paulo - duas coisas: “o espírito de timidez e a vergonha”:

“Deus não nos deu um espírito de timidez. O espírito de timidez vai contra o dom da fé, não deixa que cresça que vá para frente, que seja grande. E a vergonha é aquele pecado: ‘Sim, eu tenho fé, mas eu a cubro, que não se veja muito... '. É um pouco daqui, um pouco de lá: é a fé, como dizem os nossos antepassados, água de rosas. Porque eu tenho vergonha de vivê-la fortemente. Não. Esta não é a fé: nem timidez, nem vergonha. Mas o que é? É um espírito de força, de caridade e de prudência. Esta é a fé”.

Fé inegociável

O espírito de prudência - explica o Papa Francisco - é “saber que nós não podemos fazer tudo que queremos”, significa buscar “as estradas, o caminho, as maneiras” para levar avante a fé, mas com prudência.

“Peçamos ao Senhor a graça - conclui o Papa – de ter uma fé sincera, uma fé que não é negociável, segundo as oportunidades que surgem. Uma fé que a cada dia procuro reavivá-la, ou pelo menos peço ao Espírito Santo que a revive e assim dê um grande fruto”. (CM-SP)

 

inizio pagina

Fevereiro, tempo de rezar pelos reclusos e casais separados

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Apostolado da Oração recorda as intenções de oração propostas pelo Pontífice para o mês de fevereiro.
No próximo mês, rezaremos pela dignidade dos reclusos: “Para que os reclusos, especialmente os jovens, tenham a possibilidade de reconstruir a sua vida com dignidade”.

A intenção relativa à Evangelização é uma prece pelos casais separados:
“Para que os casais que se separaram encontrem acolhimento e apoio na comunidade cristã”.

Quem são

O Apostolado da Oração (AO) é um caminho espiritual que a Igreja propõe a todos os cristãos para os ajudar a ser amigos e apóstolos de Jesus Ressuscitado na vida diária. É também uma rede mundial de oração ao serviço dos desafios da humanidade e da missão da Igreja, expressos nas intenções mensais de oração do Papa. 

Origem 

O Apostolado da Oração teve origem numa casa de estudo da Companhia de Jesus, em Vals, na França, na festa de São Francisco Xavier, no ano de 1844. Naquela ocasião, o Padre Espiritual do Colégio – Pe. Francisco Xavier Gautrelet – fez uma conferência aos estudantes, em que explicou como podiam eficazmente satisfazer o desejo de colaborar com os que trabalhavam nos vários campos de apostolado para a salvação dos homens. Podiam fazê-lo, sem interromper o seu trabalho principal, que era o estudo, oferecendo com fim apostólico as suas orações, os seus sacrifícios e trabalhos.

As ideias propostas pelo Pe. Gautrelet, que constituem o fundamento do Apostolado da Oração, foram recebidas com entusiasmo pelos estudantes e divulgadas primeiro nas terras vizinhas do colégio e depois em toda a França.

Para difundir estas ideias, o próprio P. Gautrelet propôs uma pequena organização com o nome precisamente de «Apostolado da Oração», que teve a aprovação do Bispo de Le Puy e, em 1849, alcançou as primeiras indulgências do Papa Pio IX.

Hoje, a rede mundial de oração conta com mais de 40 milhões de pessoas, presentes em 86 países.

(CM)

inizio pagina

Cardeal Filoni: Igreja vietnamita dinâmica e a serviço do país

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, retornou esta segunda-feira ao Vaticano após sua visita pastoral de seis dias ao Vietnã. Tendo encontrado várias realidades do país asiático, o purpurado nos fala – em entrevista à Rádio Vaticano – sobre a repercussão de sua visita por parte da Igreja vietnamita:

Cardeal Fernando Filoni:- “A Igreja local não somente me acolheu muito bem, mas superou também todas as minhas expectativas. Por parte dos bispos, obviamente, houve um encontro fraterno muito, muito bonito com os sacerdotes, com as religiosas, com os seminaristas. Ali temos uma Igreja verdadeiramente rica de vocações – tanto masculinas quanto femininas – e os sacerdotes, que, me parece, trabalham bem, estão bem e são engajados em muitas atividades, algumas das quais tive a oportunidade de visitar em várias dioceses. Além disso, por parte dos fiéis: diria que o afeto dos nossos fiéis do Vietnã é, de certo modo, como um tsunami. Em primeiro lugar, têm uma extraordinária consciência cristã, uma piedade invejável e, ademais, um grande afeto que naturalmente manifestaram de forma intensa. De certo modo, isso é típico da personalidade destes nossos fiéis, que sentem muito a proximidade e o amor pelos sacerdotes, os bispos, obviamente, neste caso, pelo prefeito da Congregação e, sobretudo, há um grande afeto que várias vezes me externaram e expressaram pelo Papa. Portanto, uma Igreja extremamente viva, engajada, que no dia a dia consegue corresponder às expectativas, inclusive sociais e humanas do país. Reconheço que o Vietnã foi para mim uma redescoberta, apesar de ter tido modo de conhecer e de ler a respeito. Gostaria também de expressar meu apreço por aquilo que foi feito e que está sendo feito.”

RV: Houve uma repercussão, reações sobre os colóquios que o senhor teve com as autoridades máximas do governo vietnamita?

Cardeal Fernando Filoni:- “Todos os jornais locais – tanto os de língua vietnamita quanto os de língua inglesa – noticiaram o encontro em primeira página, inclusive com fotos, o apreço pela colaboração que existe, pelo bom entendimento entre a Igreja Católica, a Santa Sé e naturalmente as autoridades locais. Pessoalmente, tive a oportunidade de perceber isso também nos encontros mantidos: além do convite do mais alto nível do Departamento dos assuntos religiosos do governo, fui convidado também pelo premier e pelo secretário do Comitê do Partido Comunista de Hanói. Em minha partida o vice-presidente do Departamento dos assuntos religiosos veio me cumprimentar no aeroporto. Portanto, em todos os níveis, percebi muita atenção e satisfação da parte deles, porque se mostravam muito contentes com os encontros que mantivemos, como o representante vaticano não-residente, Dom Leopoldo Girelli, pôde ver; bem como o presidente da Conferência episcopal que me acompanhou e também os outros bispos presentes nestes encontros. Portanto, a nível de mídia, além da imprensa escrita – disseram-me –, também a televisão noticiou esses encontros várias vezes.”

RV: A visita do senhor deu-se após a recente viagem do Papa Francisco à Ásia (Sri Lanka e Filipinas): quais perspectivas se abrem para o anúncio do Evangelho no continente asiático?

Cardeal Fernando Filoni:- “O Papa tem a peito a evangelização do continente asiático, como tem a peito – como já dissera o Papa João Paulo II, hoje santo – que este milênio seja dedicado à evangelização da Ásia, com um empenho que seja adequado a este grande continente. A visita do Papa tanto ao Sri Lanka quanto às Filipinas representa uma atenção extraordinária que o Papa Francisco tem por este continente. Portanto, esperamos e fazemos votos, e são os próprios cristãos vietnamitas que o expressam – quantas vezes me disseram no Vietnã: “Diga ao Papa que venha nos visitar. Que não somente sobrevoe o Vietnã, mas que desça vindo até nós”. Isso é muito bonito porque evidentemente sentem que o Papa traz consigo um impulso missionário que, creio, ainda pode encontrar amplo espaço neste continente.” (RL)

inizio pagina

Após encontrar o Papa, Jolie visita minorias no Iraque

◊  

 

Cidade do Vaticano (RV) – O encontro com Francisco no início deste mês parece ter incentivado a atriz e diretora estadunidense Angelina Jolie – enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur – a voltar ao Iraque onde visitou, no domingo (25/01), dois campos de refugiados. Jolie, afirma o site da agência da ONU, assim como o Papa, disse que é preciso muito mais ajuda internacional. "Estamos sendo testados aqui como Comunidade internacional e, até agora, apesar de todas os esforços e boas intenções a Comunidade internacional está falhando", declarou Jolie após a visita a um dos campos de refugiados na região de Dohuk.

Atualmente, o Iraque registra mais de 3,3 milhões de pessoas deslocadas, grande parte expulsa de seus territórios originais e violentada pelos insurgentes do autoproclamado estado islâmico. “Nada pode te preparar para as terríveis histórias destes sobreviventes de sequestros, abusos e exploração e ver como eles não tem acesso à urgente ajuda da qual precisam e merecem”, disse ainda Angelina Jolie.

Preocupação com as minorias

Não por coincidência, no mesmo dia em que Jolie foi recebida pelo Papa, uma delegação da minoria iazidi também estava no Vaticano para encontrar Francisco. Ao recordar a carta de Natal que enviou aos cristãos do Oriente Médio, o Papa também expressou sua preocupação pelas demais minorias que foram forçadas a deixar suas casas. “Não posso esquecer dos outros grupos religiosos e étnicos que também sofrem perseguição e as consequências destes conflitos”, disse Francisco.

No tradicional discurso de início de ano aos embaixadores no Vaticano, o Papa fez um apelo austero à Comunidade internacional: “Um Oriente Médio sem cristãos seria um Oriente Médio desfigurado e mutilado!”, disse ao exortar a comunidade internacional a não ficar indiferente a esta situação: “Espero que os líderes religiosos, políticos e intelectuais, especialmente muçulmanos, condenem toda interpretação fundamentalista e extremista da religião que tenda a justificar tais atos de violência”, concluiu Francisco.  (RB)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Plenária dos Bispos colombianos aborda realidade da Família

◊  

Bogotá (RV) - “A vocação e a missão da família na Igreja peregrina na Colômbia”: este será o tema da 98ª Assembleia Plenária dos Bispos colombianos, que vai se realizar entre os dias 3 e 7 de fevereiro, na Arquidiocese de Medellín. O tema prepara para o 14º Sínodo Geral ordinário sobre a Família, programado para outubro e dedicado à “Vocação e missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

“Durante os trabalhos – explica Padre Juan Álvaro Zapati, coordenador do Centro pastoral para a comunhão eclesial – os Bispos devem identificar os desafios da família e definir as linhas pastorais, e reunir uma contribuição a ser levada ao Vaticano, no Sínodo. O método de trabalho será a escuta da realidade, o discernimento da Palavra de Deus e o planejamento pastoral”.

Na agenda, constam conferências, grupos de trabalho e seminários. Haverá ainda um painel com testemunhos de casais de cônjuges, noivos, separados recasados e um casal de fato. Um espaço será dedicado a laboratórios para temas específicos, tais como o projeto educativo familiar, o acompanhamento antes e depois do casamento, o problema das violências domésticas e questões jurídicas. (SP)

inizio pagina

Peru: bispos denunciam corrupção e violência crescentes

◊  

Lima (Agência Fides) – “Como Pastores, observamos com grande preocupação que a violência está aumentando... A crescente superlotação dos penitenciários replica e encoraja a violência. A isto, soma-se a corrupção e a carência de segurança”: começa com esta abordagem angustiada sobre a realidade peruana a nota dos Bispos intitulada “Reflexões pastorais diante da insegurança e da construção da paz em nosso país”, publicada na conclusão da 105ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal peruana.

Análise

Os Bispos prosseguem com a análise: “Nas últimas eleições, um número significativo de candidatos eram ligados ao tráfico de drogas e à corrupção; alguns foram eleitos; a violência cotidiana em vários lugares do país “envolve adolescentes e os jovens desde a mais tenra idade”; são costumeiras as violências contra as mulheres, o desprezo pela dignidade da vida humana, a falta de respeito pelas comunidades indígenas, o uso irracional dos recursos naturais, a exploração infantil e o tráfico de pessoas. Esta realidade mostra sinais inequívocos de “grave deterioração moral de nossa vida social”, concluem os Bispos, enquanto “a grande maioria do país quer construir a paz e pede a seus governantes uma ação decisiva contra a corrupção, o tráfico de drogas e a violência de todos os dias”.

Construir, não destruir

Assim sendo, reiteram que “a paz é a boa notícia do Evangelho. Trabalhar pela paz significa lutar contra a corrupção em todas as suas formas” e que “todos somos chamados a construir a paz nos vários âmbitos de nossa vida”. Depois de recordar que “educar à paz é um processo pedagógico”. Os Bispos pedem expressamente a todas as instituições sociais que multipliquem os esforços “para tornar este valor um eixo transversal do planejamento para os próximos cinco anos”. “As novas gerações, de modo especial os jovens, são os atores fundamentais na construção da paz”, prossegue a nota. Na criação de uma cultura de paz, um papel especial é desempenhado pela mídia; por isso, os Bispos frisam: “Não a uma comunicação que evidencia a violência cotidiana e corrompe o coração e a dignidade! Sim à bondade, à solidariedade e à busca da paz que estão na vida cotidiana de muitos cidadãos!”.

O papel do poder público

Exortando as autoridades a desempenhar um “papel ativo e eficaz sobretudo contra a criminalidade e suas redes”, a Conferência Episcopal dá eco às palavras do Papa Francisco sobre a necessidade de “reabilitar a política” e convida “os verdadeiros cristãos e todos os homens de boa vontade a se empenharem politicamente por uma reforma urgente do Estado e uma participação ética dos cidadãos. O Peru merece uma paz sustentável e duradoura, baseada na dignidade da pessoa humana e na prática transparente do serviço público”.

(CM-Fides)

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Senegal: “Não à violência em nome de Deus"

◊  

Dacar (RV) - “Condenamos fortemente a violência assassina do terrorismo e do fanatismo que, sob a fachada da religião, ataca a vida humana em nome de Deus. Isto é inaceitável e incoerente porque a vida é um dom de Deus que deve ser respeitado e protegido”: é que, escrevem os Bispos do Senegal, num comunicado divulgado na última semana, em relação ao massacre perpetrado recentemente em Paris.

Depois de pedir a misericórdia de Deus para as vítimas, os bispos senegaleses estigmatizam as caricaturas de “Maomé”, distinguindo entre liberdade de expressão e ofensa aos sentimentos religiosos de milhões de pessoas. “Condenamos com veemência esta liberdade que pretende ser falsamente absoluta, ilimitada, ofendendo e desrespeitando o outro na sua dignidade de homem, em suas escolhas, em sua fé e suas convicções religiosas”, afirmam os bispos senegaleses.

“A religião é uma fibra muito sensível. Não brinquemos com o fogo! Por esta razão, sem nunca entrar na lógica da vingança e da violência, denunciamos o caráter abusivo dessas publicações”. Os bispos também sublinham que “estas caricaturas não podem e não devem, de forma alguma, serem tratadas como ações dos cristãos contra o Islã, como as reações violentas que ocorreram no Níger podem fazer pensar”.

No Níger, nos dias 16 e 17 de janeiro, várias igrejas e comunidades religiosas sofreram grandes danos por causa de manifestantes que protestavam contra as publicações do jornal francês. Na verdade, afirmam os Bispos, a ideologia de quem publica essas caricaturas “é muitas vezes dirigida contra a religião cristã, especialmente contra os católicos”.

“Fazemos este apelo para preservar o nosso querido Senegal dos demônios da divisão, do ódio e da violência, como sempre fizeram os líderes religiosos cristãos e muçulmanos”, conclui o comunicado, que convida a todos a não cederem “à pressão de influências externas que podem pôr em causa os fundamentos de nossa sociedade e prejudicar o nosso futuro”. (SP)

inizio pagina

Paquistão: consagração de uma nova igreja

◊  

 

Punjab (RV) - A comunidade católica no Paquistão alegra-se pela consagração de uma nova igreja dedicada a Santa Teresa Benedita da Cruz em  Pansara , na Diocese de Faisalabad, no Punjab, Paquistão. É o que refere à agência Fides, Padre Emanuel Parvez, Pároco de Pansara, cidade a vinte e cinco quilômetros de Faisalabad acrescentando que a celebração de consagração foi presidida pelo Bispo de Faisalabad, Dom Joseph Arshad, em 17 de janeiro.

A ajuda da igreja italiana

Há cerca de três anos Padre Parvez tinha adquirido um terreno de quatro hectares para acolher cento e quatro famílias pobres e sem-teto na maioria trabalhadores em olarias na área do Punjab.

Graças à ajuda da Conferencia episcopal italiana foi construído no terreno alguns módulos para habitação de outras duzentas famílias, na maioria cristã.

O esforço da comunidade local

 “Era necessário uma igreja naquela área”, explica o pároco à agência Fides. Graças também a Organização de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” foi também construída uma igreja dedicada a Santa Tereza Benedita da Cruz – Edith Stein.

Dom Arshad vê com alegria a consagração dessa igreja elogiando o esforço da comunidade local:

Os fieis estão “muito orgulhosos e felizes pela nova igreja” destacou o bispo, acrescentando “a importância da formação espiritual da comunidade”.

Sustentar as famílias pobres com trabalho digno e livre

Os planos da comunidade de Pansara não termina ai: numa segunda fase, “se deseja se aproximar ainda mais dessas famílias que vivem uma vida de escravidão e miséria”, disse Padre Emanuel.

De fato, essas famílias têm grandes dívidas contraídas com os empregadores, dívidas que devem ser pagas com um trabalho massacrante e um salário mínimo. Enfim disse o pároco à agência Fides, “queremos fornecer a eles os instrumentos e a possibilidade de trabalhar e ganhar o próprio pão com dignidade e liberdade”. Ajudando-os a criar uma empresa agrícola e permitindo-lhes dar instrução aos seus filhos. (JES)

inizio pagina

Sri Lanka: celebrada a primeira festa de São José Vaz

◊  

Colombo (RV) - A festa do primeiro santo do Sri Lanka, canonizado duas semanas atrás pelo Papa Francisco, foi celebrada no último sábado, 24 de janeiro, em Kurunegala, noroeste do país asiático, onde durante muitos anos São José Vaz viveu a sua missão. A paróquia de Galgamuwa conserva ainda os traços de sua presença.

A Diocese de Kurunegala convocou para este 2015 um “Ano da criança”. Por isso, na primeira missa em honra ao novo santo participaram mais de seis mil crianças: todas frequentam as noventa e oito escolas dominicais de catecismo.

Presidida pelo arcebispo de Colombo, Cardeal Malcom Ranjith, a missa foi concelebrada pelo bispo da diocese, Dom Harold Anthony, e por dezenas de sacerdotes, que distribuíram mais de quatro mil comunhões.

Por isso, “José Vaz deixou a sua família, a sua nação (a Índia) e veio estar conosco como um apóstolo, após ter conhecido todos os sofrimentos e os problemas dos quais a nossa Igreja Católica sofria. Ele caminhou por todas as praias do Sri Lanka, entrando em muitas aldeias e vilarejos e ajudou todos os católicos a conservarem a sua fé”, disse o Cardeal Ranjith.

“Depois, o Pe. Vaz teve que enfrentar muitas dificuldades e sofrimentos. Mas não abandonou a sua missão, mantendo-se agarrado a Jesus e seguindo adiante”, prosseguiu o purpurado. “Morreu aos 63 anos servindo a Deus de um modo especial. Mas ele, em sua adolescência, jamais teria pensado que viria ao Sri Lanka e realizaria um tal serviço para Deus e para os católicos”.

Por tudo isso, continuou o cardeal cingalês, “todas vocês, crianças, devem rezar e amar mais Jesus, pedindo a bênção de Deus para ser outro José Vaz... outro santo em nosso país. Vocês poderão conseguir!”

Rita da Silva, mãe de duas crianças, presente na cerimônia, comentou: “Nós, católicos cingaleses, temos uma grande responsabilidade de difundir a figura deste primeiro santo e de seguir a sua vida. Desse modo poderemos ensinar e guiar nossos filhos no caminho traçado por São José Vaz”.

Também participou da missa o novo ministro para os assuntos cristãos, John Amaratunga, junto a vários ex-parlamentares. (RL)

inizio pagina

Cristãos mortos e igrejas atacadas em protestos nos Egito

◊  

Cairo (RV) – Os confrontos ocorridos no Egito no último domingo (25/01), 4° aniversário da queda do regime de Hosni Mubarak, provocaram diversas vítimas, entre as quais três cristãos coptas, além de igrejas atacadas. O balanço oficial divulgado pela mídia egípcia fala de 18 mortos e mais de 50 feridos.

“Na maior parte – confirma o Bispo Copta Católico de Gizé, Dom Anba Antonios Aziz Mina – os confrontos ocorreram entre a polícia e grupos ligados à Irmandade Muçulmana, que ainda aposta na imagem de um Egito desestabilizado”.

Uma bala perdida matou Mina Rafaat, um menino de 10 anos, de uma família cristã copta. No Cairo, a Igreja de São Rafael Arcanjo, no Distrito de Maadi, foi atacada com armas de fogo. Em Beni Suef, as forças de segurança bloquearam as ruas nas proximidades de diversas igrejas para prevenir eventuais ataques de grupos islâmicos. (JE)

inizio pagina

Sacerdotes celebram sem paramentos após igrejas incendiadas no Níger

◊  

Niamey (RV) – Cadeiras alugadas e mesas como altar compuseram o cenário das celebrações realizadas em algumas igrejas católicas e protestantes no último domingo (25/01), no Níger, após as destruições ocorridas durante os protestos dos dias 16 e 17 contra as charges retratando o Profeta Maomé. Os sacerdotes celebraram a eucaristia dominical sem os paramentos, queimados durante os incêndios, e organizando-se com a ajuda dos fiéis.

Uma Missa foi concelebrada pelos Arcebispos Laurent Lompo e Michel Cartatéguy, Emérito, que encorajaram os fiéis a alimentar a esperança, para que não se verifiquem outras violências e atos de vandalismo

Danos ultrapassam dois milhões de euros

Na última semana, reporta o site www.eglisecatholiqueauniger.org, as comunidades paroquiais limparam as igrejas (ou o que sobrou delas), constatando os diversos danos provocados pelos ataques: paredes danificadas, telhados destruídos, mobílias e bancos queimados. Estimativas consideram que os prejuízos ultrapassam os 2 milhões de euros. Para reconstruir as paróquias e remediar os danos, alguns fiéis decidiram doar parte de seus salários, enquanto outros fornecerão materiais ou mão-de-obra. Para o Arcebispo de Niamey, deverá ser reconstruído não somente o que foi destruído materialmente, mas também a fraternidade e o diálogo entre as religiões. Dom Lompo e Dom Cartatéguy visitarão todas as paróquias de Niamey, para levar uma mensagem de paz e de perdão.

Imagem queimada de Maria vira símbolo

Na última quinta-feira, todos os sacerdotes da Arquidiocese encontraram-se para uma cerimônia simbólica diante de uma imagem de Nossa Senhora, danificada pelas chamas na Paróquia de Santo Agostinho. Trata-se de um dos raros objetos de piedade não consumidos pelos incêndios, que após recuperado, foi levado a Dom Cartatéguy, que definiu-o como “o símbolo de todas as estátuas das igrejas queimadas”. O prelado pediu a todo o clero para oferecer a Maria o sofrimento mas também a esperança da comunidade cristã duramente provada, convidando os paroquianos para depositar diante da estátua de Maria as cinzas de todas as Igrejas queimadas.

Reforçar amizade e fraternidade com os muçulmanos

O prelado apelou também aos perdão e à benevolência para com os muçulmanos e exortou a não se considerar vãos os esforços para alimentar o diálogo com os muçulmanos. “O que aconteceu não é fruto do diálogo – afirmou Cartatéguy – aquilo que aconteceu deve nos comprometer a reforçar as nossas ligações de amizade e de fraternidade com os muçulmanos”. (JE)

inizio pagina

Formação



A mensagem do Papa aos jovens brasileiros

◊  

 

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou na última semana uma carta aos participantes do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ) que se realizou em Manaus. Dirigindo-se à secretária nacional da Pastoral da Juventude (PJ), Aline Ogliari, e ao membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ, Alberto Chamorro, o Santo Padre fez uma reflexão sobre a iluminação bíblica do encontro "Mestre, onde moras? Vinde e vede!" (Jo 1, 38-39) e exorta os participantes para que "nunca percam a esperança e a utopia". "Vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor", afirma no texto.

É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro, escreveu o Papa. Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro.

Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.

Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?

E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade. 

Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano.

Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.

Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago.

Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria. 

Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.

Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!

Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.
Com minha benção apostólica.

+Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.

inizio pagina

Missão Continental é tempo novo na Igreja

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro de hoje "O Brasil na Missão Continental" traz a participação de mais um de nossos pastores. Trata-se do Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, conosco nestes dias trazendo-nos um pouco da realidade eclesial desta Igreja particular do Rio Grande do Norte.

Ao fazer-nos suas considerações iniciais sobre a experiência deste projeto de animação missionária que se propõe a colocar toda a Igreja na América Latina e Caribe em estado permanente de missão, Dom Jaime nos fala da Missão Continental como um tempo novo na Igreja, de retomada de sua natureza e caminho missionário, no contexto de uma conversão pastoral à qual Aparecida nos chama, partindo de uma prática sócio-evangelizadora mais missionária, sendo uma Igreja em saída, como nos exorta o Papa Francisco. Vamos ouvir: 

inizio pagina

Atualidades



Mauritânia: 4% da população é escrava

◊  

Nouakchott (RV) – Na Mauritânia, quando uma criança nasce de uma mãe escrava, também ela é destinada a ter a mesma sorte, levando este estigma por toda a vida. Na maior parte dos casos, trata-se de famílias de pastores e agricultores que vivem em regiões rurais, e de domésticos nas áreas urbanas. É o que denuncia a organização SOS Escravos pela tutela dos direitos humanos, que tem como objetivo fundamental a erradicação deste fenômeno, não obstante tenha sido oficialmente abolido no país em 1985, mas que permanece impune. A organização civil é formada por ex-escravos e escravas.

A prática da escravidão e a sua impunidade estão novamente no centro dos debates no país, depois que o conhecido líder ativista, ex-escravo e atual Presidente da organização, Biram Ould Dah Ould Abeid, foi condenado em 15 de janeiro a dois anos de prisão acusado de ter organizado uma manifestação anti-escravagista. Em 2013, as Nações Unidas o haviam premiado pela “luta não violenta contra a escravidão”, mas bastou um corpo-a-corpo com a polícia para ser acusado de “resistência à autoridade”.

A Global Slavery Index - ONG que luta contra a escravidão a nível mundial – colocou a Mauritânia em primeiro lugar entre os países escravagistas, com 155 mil escravos, ou seja, 4% da população. A educação e provimento de recursos são caminhos primordiais para romper o círculo vicioso da escravidão no país africano, afirma a organização.

Biram goza de amplo apoio na sociedade da Mauritânia, tendo obtido o segundo lugar nas últimas eleições presidenciais realizadas em 2014. (JE)


 


 

inizio pagina

Para Zefirelli, o Bem é o antídoto para todos os males

◊  

Assis (RV) – “Consegui encontrar pessoalmente o segredo para dar paz às minhas ansiedades e às minhas dores: o Bem, que é o motor de todas as virtudes e conforto para os males do mundo. Perguntemo-nos todos se aquilo que nos falta não é a solução mágica de servir o bem, fazer o bem e amar o bem”. Em entrevista à Revista italiana dos franciscanos “San Francesco di Assisi”, Franco Zefirelli, 91 anos, fala das dificuldades e das amarguras da vida cotidiana e das esperanças em conseguir superá-las. A entrevista pode ser acessada também pelo site sanfrancesco.org.

Na entrevista, o Diretor de Irmão Sol e Irmão Lua fala da Itália de hoje, da crise, dos desafios da juventude, do estado da cultura e da figura de São Francisco, por quem sente estreita ligação: “Francisco – sublinha o mestre da sétima arte – é a alma gêmea de cada um de nós, e diferentemente de todos os outros santos que são pilares de nossa fé, não o sentimos como uma alma superior e frequentemente  inatingível, que deve se aceitar por uma disciplina da alma antes que pelo convencimento dos nossos corações. Nas noites que seguem os dias desesperados, peçamos a Francisco conselho e orientação para superar a nossa dor”.

Aos jovens inquietos, incomodados, Zefirelli pede para terem dentro de si um coração e um espírito forte. “Se és forte, escolherás os caminhos e as curvas da vida que te levarão à solução dos problemas. Se isto não acontece, é necessário se interrogar se temos no coração uma verdadeira, ardente, fortíssima e confiança no percurso espiritual da oração. Não existe na vida de cada um de nós uma ameaça do mal que não possa ser vencida. Queiram sempre bem a todos e tudo, firmemente: o amor que saberão suscitar será a onda para vencer todas as batalhas”.

“As palavras de Franco Zefirelli – comentou o Diretor da revista, Padre Enzo Fortunato – penetram na carne e vão direto ao coração, aquecendo-o. E mexem com a consciência”. Para o sacerdote franciscano, “a entrevista de Zefirelli é uma espécie de testamento-apelo. Para ele é uma questão de fé: fé em Deus, fé – como confiança – em si mesmo, fé na capacidade salvífica de fazer o bem. Parece aqui uma retomada daquele lema franciscano ‘Enquanto tivermos tempo façamos o bem’, que é o motor de todas as nossas iniciativas de solidariedade para com as mulheres e os homens de boa-vontade”.  (JE)

inizio pagina