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Sumario del 28/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Pais ausentes deixam graves lacunas nos filhos"

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quarta-feira,( 28/01), o Papa Francisco encontrou-se com os fiéis na Sala Paulo VI na Audiência Geral que concede semanalmente. Retomando o caminho da catequese sobre a família, o tema abordado nesta ocasião foi ‘o pai’. A passagem bíblica lida – em várias línguas – no início do encontro, do Evangelho de João, 14,18 (Não vos deixarei órfãos), foi a base da reflexão de Francisco. 

Pai, ontem e hoje

O Pontífice começou analisando que “esta palavra - pai - possui um sentido universal e é muito cara aos cristãos, pois Jesus nos ensinou a chamar assim a Deus e a usava para manifestar a sua relação especial com Ele”. 

Hoje, porém, sobretudo na cultura ocidental, o conceito de pai parece estar em crise; a figura do pai está simbolicamente ausente. No início, isso foi visto como uma libertação do ‘pai-patrão’, autoritário e censor da felicidade dos filhos. Antigamente, lembrou o Papa, era comum um certo autoritarismo; muitos pais tratavam seus filhos como escravos e não respeitavam sua autonomia, exigências pessoais; não os ajudavam a crescer em liberdade.

“Com o tempo, isso foi mudando de um extremo para o outro”, prosseguiu Francisco. O problema hoje não é mais a presença invasiva dos pais, mas a sua ausência: estão ‘foragidos’, concentrados em si mesmos. Deixam sós os filhos pequenos, na sensação de orfandade. O Papa revelou que “quando era Arcebispo de Buenos Aires sentia isso nas crianças e jovens e perguntava a seus pais se tinham tempo para os filhos, se tinham coragem e amor suficientes para brincar ou conversar com eles”.

As consequências

“A ausência do pai é muito nociva às crianças e aos jovens, produz lacunas e feridas que podem ser muito graves; e sem perspectivas e valores, eles ficam vazios e propensos a buscarem ídolos que preencham os seus corações”. 

“Mas também quando estão em casa, muitas vezes não se comportam como pais, não cumprem o seu papel educativo, não dão a seus filhos, com seu exemplo, os princípios, valores e regras de vida de que precisam”. 

Pais 'deslocados'

Em certos casos – disse ainda – os pais não sabem bem que lugar ocupam na família e, na dúvida, se abstêm ou optam por uma relação ‘de igual para igual’ com os filhos. “É verdade que se deve ser companheiros dos filhos, mas sem se esquecer que se é pai, né?”.

“Sua ausência deixa os jovens sem estradas seguras, sem mestres nos quais confiar. Ficam órfãos de ideais que lhes aqueçam os corações, órfãos de valores e de esperanças que os amparem no dia a dia. São preenchidos de ídolos, mas lhes é roubado o coração, são levados a sonhar divertimentos e prazeres, mas não lhes dá a chance de trabalhar, são iludidos com o deus-dinheiro e privados das verdadeiras riquezas”. 

Por isso, mais do que nunca, Francisco lembrou a promessa de Jesus: "Não vos deixarei órfãos". Somente através de Cristo a paternidade pode realizar todas as suas potencialidades segundo o plano de Deus, nosso Pai. 

E terminando, esclareceu que desta vez, abordou exclusivamente as problemáticas derivadas da ausência da figura paterna; sendo um pouco ‘negativo’. Mas prometeu que na próxima quarta-feira, será analisada a beleza de ser pai e da luminosidade desta condição. "Da escurdião de hoje, passarei à luz"

No final do encontro, Francisco saudou os grupos presentes, inclusive os fiéis e pastores de Brasília, e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

(CM)

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Papa ressalta exemplo "luminoso" de Chiara Lubich

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa destacou o “exemplo luminoso de vida” de Chiara Lubich, no dia em que a Igreja Católica iniciou oficialmente o processo de beatificação e canonização da fundadora do Movimento dos Focolares.

A mensagem assinada pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin e lida na terça-feira (27/01), numa cerimônia que reuniu focolarinos na Catedral de Frascati (perto de Roma), Francisco faz votos de que a “herança espiritual” de Chiara Lubich “suscite em todos os que a acompanharam uma atitude renovada de fidelidade a Cristo e de serviço generoso em prol da unidade da Igreja”.

O Papa exorta ainda os responsáveis pelo processo que “deem a conhecer ao Povo de Deus a vida e a obra de quem, acolhendo o convite de Deus, acendeu uma luz nova pela Igreja”.

A cerimônia de abertura do processo de beatificação foi presidida pelo Bispo local, Dom Raffaele Martinelli. Diante de centenas de membros do movimento, de vários cardeais (entre os quais o brasileiro João Braz de Aviz), bispos, representantes de organismos eclesiais e também de familiares de Chiara Lubich (1920 - 2008), a atual presidente dos Focolares, Maria Voce, começou por expressar a sua “alegria, emoção e surpresa pela mensagem do Papa”.

A responsável garantiu “o empenho do movimento em continuar a difundir esta luz nova que o Papa indicou como dom de Chiara à Igreja e a toda a humanidade”.

Maria Voce disse ainda esperar que este processo de beatificação, independentemente do seu desfecho, contribua para que “através do exemplo de Chiara Lubich, a humanidade possa conhecer novos cenários de paz e de fraternidade universal”.

A diocese de Frascati é o território onde está localizado o Centro Internacional do Movimento dos Focolares, próximo de onde Chiara Lubich viveu grande parte de sua vida e onde morreu.

(BF/Ecclesia)

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Papa abrirá celebrações do V Centenário de nascimento de Santa Teresa d'Ávila

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco abrirá em 28 de março, com uma Oração Mundial pela Paz, as celebrações dos 500 anos de nascimento de Santa Teresa de Jesus, que se prolongarão ao longo de todo o ano de 2015. O Santo Padre havia anunciado o início das celebrações dedicada à Santa - beatificada em 1614, canonizada em 1622 e proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI em 1970 -, em carta enviada ao Bispo de Ávila, Dom Jesús Garcia Burrillo, quando proclamou o Ano Jubilar Teresiano.

“Ao aproximar-se o V centenário de seu nascimento – disse Bergoglio na mensagem, definindo Santa Teresa como a “Santa caminhante” – dirijo o meu olhar àquela cidade para dar graças a Deus pelo dom desta grande mulher e encorajar os fieis da amada Diocese de Ávila e todos os espanhóis a conhecer a história desta insígne fundadora, como também a ler os seus livros, que junto com as suas filhas nos numerosos conventos carmelitas espalhados no mundo, continuam a nos dizer quem é, como foi Madre Teresa e o que ela pode ensinar a nós homens e mulheres de hoje”. “É tempo de caminhar”, disse o Papa na carta, sintetizando a mensagem de Teresa com o convite para serem, nas suas pegadas, peregrinos na estrada da alegria, da oração, da fraternidade e do tempo vivido como graça.

Teresa foi proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI, em 1970,  junto com Santa Catarina de Sena, tornando-se assim a primeira mulher na história da Igreja a receber este título. Naquela ocasião, o Pontífice fez uma ligação entre a figura de Santa Teresa de Ávila e o grande esforço pelas reformas e pela renovação da oração litúrgica, o que ocorreu com o Concílio Vaticano II.

Bento XVI, na Audiência Geral de 2 de fevereiro de 2011, no ciclo dedicado às grandes figuras da Igreja, recordou aos peregrinos e fieis seus traços mais marcantes: “Em primeiro lugar, Santa Teresa propõe as virudes evangélicas como base de toda a vida cristã e humana. Em particular, o desapego dos bens ou pobreza evangélica, e isto diz respeito a todos nós: o amor de uns pelos outros como elemento essencial da vida comunitária e social; a humildade como amor à verdade; a determinação como fruto da audácia cristã; a esperança teologal, que descreve como sede de água viva. Sem esquecer as virtudes humanas: afabilidade, veracidade, modestia, cortesia, alegria, cultura”.

Na Audiência Geral da quarta-feira, em 11 de março próximo, o Papa Francisco receberá no Vaticano a relíquia “bastão do peregrino”, de Santa Teresa, apresentada no contexto de uma mostra intitulada “Caminho da Luz”, segundo um comunicado do Vigário Geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, Padre Emilio Josè Martinez.

As diversas iniciativas a serem realizadas durante o V Centenário - Encontro Europeu de Jovens, congressos, exposições, concertos, entre tantas outras - envolvem de fato pessoas dos cinco continentes, desejosas de testemunhar a figura, o espírito inquieto e o temperamento ativo da mística tão cara à Igreja e ao Magistério dos Pontífices. (JE)

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Filme sobre Pio XII e os judeus terá pré-estreia no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – O filme sobre Pio XII e os judeus, 'Shades of Truth', da diretora Liana Marabini, terá pré-estreia no Vaticano no dia 2 de março, aniversário de nascimento e da eleição a Pontífice de Eugenio Pacelli. Em maio, o filme será apresentado no Festival de Cinema de Cannes e em setembro na Philadelphia, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias.

“A película – refere o L’Osservatore Romano – foi realizada com testemunhos inéditos de alguns judeus salvos por Pacelli, cujo processo de beatificação está em andamento e tem por objetivo mostrar a inconsistência da lenda obscura sobre o silêncio de Pio XII diante da tragédia da Shoa”. “Foi o Schindler do Vaticano”, afirmou a Diretora, recordando que Pio XII salvou mais de 800 mil judeus”. (JE)

 

 

 

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Atividades financeiras da Santa Sé com maior controle

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Cidade do Vaticano (RV) – Entrou em vigor em 13 de janeiro o Regulamento N. 1, instrumento com o qual a Autoridade de Informação Financeira (AIF) do Vaticano passa a utilizar o procedimento de “vigilância prudencial” nas atividades econômicas e bancárias dos diversos organismos da Santa Sé como o IOR, APSA, Governatorato, entre outros.

Este Regulamento oficial “em matéria de vigilância prudencial das entidades que desenvolvem profissionalmente uma atividade de natureza financeira”,  enumera com precisão todos os parâmetros de “honrabilidade”, “boa governança”, “controles internos”, “resquisitos de responsabilidade”, “padrões e coeficientes de gestão de risco”, medidas para “promover uma ética de alto nível e critérios profissionais para prevenir abusos no setor financeiro”, além de estabelecer também as sanções.

São  100 páginas de normas, além de outras 46 anexas – publicadas no site da AIF e assinadas em 23 de dezembro passado pelo Presidente René Bruelhart e pelo então Vice-Diretor Tommaso Di Ruzza (nomeado Diretor em 21 de janeiro) – dirigidas aos manager que trabalham com operações e transações também com interlocutores externos.

A introdução da função da “vigilância prudencial” era um dos pedidos feitos ao Vaticano em matéria anti-reciclagem e de transparência financeira, pelo Comitê Moneyval do Conselho da Europa, respondido com um Moto Proprio do Papa Francisco em 8 de agosto de 2013 e com a Lei atuativa n.18, adotada exatamente dois meses após pela Pontifícia Comissão do Estado da Cidade do Vaticano, reforçando assim os poderes da AIF em linha com os padrões em vigor a nível internacional.

Com as novas normas, a Autoridade de Informação Financeira poderá  avaliar e aprovar os “modelos de atividade” desenvolvidos pelas instituições submetidas ao seu controle,  passando a dispor dos justos instrumentos na luta contra a reciclagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Em breve, a AIF deverá publicar o relatório relativo ao exercício 2014. (JE)

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Igreja no Mundo



Dia da Vida Consagrada: mensagem dos bispos italianos

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Roma (RV) - “Os religiosos mostram que a verdade do poder é o serviço, a verdade da posse é a custódia e a doação, a verdade do prazer é a gratuidade do amor. A verdade da morte é a Ressurreição.” É o que afirmam os bispos italianos na Mensagem para o Dia da Vida Consagrada, que será celebrado na próxima segunda-feira, 2 de fevereiro.

Consagrados expressam alegria

No texto, os bispos ressaltam que o povo pede às pessoas consagradas “olhos que saibam escrutar a história olhando para além das aparências muitas vezes contraditórias da vida, que deixem transparecer proximidade e novas possibilidades, que iluminem com ternura e paz. É isso que distingue quem coloca a própria vida nas mãos de Deus: um olhar aberto, livre, confortador, que não exclui ninguém, abraça e une” – reporta a agência Sir.

A mensagem prossegue dizendo: “É verdade o que escreve o Papa Francisco em sua Carta a todos os consagrados: Onde quer que haja consagrados, aí está a alegria! Isso acontece porque eles reconhecem em si mesmos, e em todos os lugares e momentos da vida, a obra de um Deus que nos salva com alegria. O cansaço e a decepção são experiências comuns em cada um de nós: benditos aqueles que nos ajudam a não curvar-nos em nós mesmos e a não fechar-nos em escolhas cômodas e de curto alcance”.

Consagrados deem respostas adequadas aos desafios de hoje

“Alegremo-nos, portanto, com a presença das consagradas e dos consagrados em nossas comunidades. Façamos festa com eles, agradecendo por uma história rica de fé e de humanidade exemplares e pela paixão que mostram hoje no seguir Cristo pobre, casto, obediente” – prossegue a Mensagem do Conselho episcopal permanente.

“Os bispos italianos depositam grande confiança em vocês, irmãs e irmãos caríssimos, sobretudo pela contribuição que podem dar para renovar o impulso e o frescor da nossa vida cristã, de modo a elaborar juntos formas novas de viver o Evangelho e respostas adequadas aos desafios atuais.”

Consagrados ajudem a Igreja a desenhar o novo humanismo cristão

Após recordar a exortação do Papa aos consagrados (“Despertai o mundo”), criando “outros lugares onde se viva a lógica evangélica da doação”, o texto ressalta que “as pessoas consagradas se unem ao amor absoluto de Deus por todo homem a fim de que ninguém se perca”.

Em seguida, é evidenciada também a “feliz coincidência”, este ano, com a celebração do V Congresso eclesial nacional italiano, em Florença, de 9 a 13 de novembro próximo, com o tema “Em Jesus Cristo o novo humanismo”.

“A obra de tantas pessoas consagradas – ressaltam os bispos – seja cada vez mais o sinal do abraço de Deus ao homem e ajude nossa Igreja a desenhar o novo humanismo na concretude e na perspicácia do amor.” (RL)

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Patriarcas debatem situação no Oriente Médio

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Beirute (RV) – Patriarcas e líderes cristãos do Oriente Médio realizaram nesta terça-feira (27/01), na sede do Patriarcado libanês em Bkerke, um encontro para debater a situação dos cristãos no Oriente Médio e pedir à comunidade árabe e internacional para não apoiar o terrorismo e auxiliar os refugiados a retornarem para sua pátria. Foi pedido também – refere a Agência Asianews – uma solução para a crise israelense-palestina.

Apoio aos refugiados

O objetivo da reunião – segundo o Patriarca Bechara Boutros Rai – era conhecer mais de perto a situação dos refugiados cristãos e dos fieis que decidiram permanecer em seus países, não obstante a guerra e as dificuldades. “É urgente ajudá-los a garantir um trabalho, acesso à escola e a um alojamento”, para que possam permanecer em seus países e preservar assim a sua tradição e missão cristã”, observou.

Outro objetivo do encontro foi pedir “às comunidades árabe e internacional” para que apoiem os refugiados no retorno à pátria e na reconstrução de suas casas. O que pode ser feito “colocando fim à guerra na Síria e no Iraque com meios pacíficos, mediante negociações políticas e um diálogo sério entre as partes, neutralizando as organizações terroristas”. Isto será possível somente se a comunidade árabe e internacional deixar de apoiar financeiramente e militarmente os terroristas, fechando suas fronteiras à circulação de mercenários. “Os acordos políticos e econômicos não justificam tais terríveis agressões contra a humanidade”, reitera o Cardeal Maronita.

Conflito palestino-israelense

Os líderes religiosos destacam ainda a necessidade de trabalhar para resolver a crise israelense-palestina, baseada na fórmula “dois povos, dois Estados”, permitindo o retorno dos refugiados às suas casas. “É evidente – afirmou o Patriarca Raí – que os conflitos de Israel com os palestinos e com os árabes “é uma das origens das desgraças vividas no Oriente Médio”.

Libertação de pessoas sequestradas

Um maior esforço dos governos e organizações não-governamentais em favor dos refugiados e da libertação de todas as pessoas sequestradas ou detidas, quer civis como militares ou religiosos, entre os quais o Bispo greco-ortodoxo de Aleppo, Boulos Yazigi, e o siríaco-ortodoxo, Youhanna Ibrahim, nas mãos de grupos fundamentalistas na Síria há quase dois anos.

Participantes

Participaram do encontro o Patriarca Greco-ortodoxo Youhanna Yazigi; o Patriarca Sírio-ortodoxo Mar Aghnatios Afram II; o Patriarca Greco-católico Gregorio III Laham; o Patriarca Sírio-católico Mar Aghnatios Youssef III Younane; o representante do Catholicos Armênio de Cilícia, Joseph Arnaout; o Bispo Caldeu no Líbano, Dom Michel Kassargi; o Presidente do Conselho Superior da Comunidade Evangélica no Líbano e Síria, Pastor Sélim Sahyoun; o Núncio Apostólico Gabriele Caccia, além de diversos representantes de organismos caritativos católicos, ortodoxos e protestantes. (JE)

 

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Indonésia: intelectuais católicos reforçam presença da Igreja no país

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Jacarta (RV) - A Comissão para o apostolado dos leigos da Conferência Episcopal da Indonésia criou um movimento que reúne intelectuais e estudiosos católicos a fim de promover a espiritualidade e o valor da presença cristã no país asiático.

Criar laço entre estudiosos e intelectuais católicos

Semana passada os bispos organizaram um encontro do qual participaram cerca de 60 expoentes da cultura, da ciência e do ensino. O objetivo da iniciativa é criar um laço entre as centenas de estudiosos e intelectuais católicos, que até então agiram de forma individual, mas jamais puderam contar com o apoio e a força dada no estar reunidos numa “associação”.

Espiritualidade e cooperação entre intelectuais católicos

O secretário geral da Conferência Episcopal Indonésia, Pe. Guido Suprapto, confirma que se trata do primeiro encontro de um movimento nascido recentemente com o objetivo de reforçar a espiritualidade e a cooperação entre intelectuais católicos. Um lugar que deverá ser também ponto de encontro e de troca de ideias para entender o papel dos estudiosos na sociedade e os avanços no âmbito profissional.

O evento que reuniu intelectuais e estudiosos teve a participação também do arcebispo de Jacarta, Dom Ignatius Suharyo, que presidiu à missa de abertura e se pronunciou no simpósio com uma reflexão pessoal.

O prelado explicou aos participantes a mudança histórica presente na missão de Jesus, o qual transformou a figura de Deus fazendo-a passar de onipotente para misericordioso.

Em seu pronunciamento o arcebispo de Jacarta contou sua experiência de professor e educador, marcada por três valores fundamentais: inspiração, meditação e transformação social.

Reino de Deus, atenção aos pobres e marginalizados

Em nosso mundo, acrescentou o prelado, o Reino de Deus é a transformação de uma realidade social que saiba ouvir e prestar atenção aos pobres e marginalizados. Um dos exemplos citados por Dom Ignatius foi o de Muhammad Yunus, pioneiro do microcrédito em Bangladesh e no mundo.

Na Indonésia, nação muçulmana mais populosa do mundo, os católicos são uma pequena minoria composta por cerca de sete milhões de pessoas, o que corresponde a cerca de 3% da população.

Na Arquidiocese de Jacarta os fiéis são 3,6% da população. Eles são uma parte ativa na sociedade e contribuem para o desenvolvimento da nação e nas obras de ajudas durante as emergências, como se deu por ocasião das devastadoras enchentes de janeiro de 2013. (RL)

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Formação



Os bispos signatários do Pacto das Catacumbas

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Cidade do Vaticano (RV) –  O Concílio Vaticano II, inaugurou um novo capítulo na história da Igreja. Inspirados nestas transformações, um grupo de bispos firmou em 16 de novembro de 1965, nas Catacumbas de Domitila, em Roma, o documento conhecido como o Pacto das Catacumbas. Nele, os prelados se comprometem a viver a sua vocação num espírito de pobreza, segundo os ensinamentos de Jesus nos Evangelhos.

O documento foi assinado inicialmente por 42 Bispos de todo o mundo, incluindo 5 brasileiros. Posteriormente, o Pacto foi assumido por cerca de 500 dos 2.500 bispos do Concílio.

No total, as 42 assinaturas reuniam bispos de 25 países: 8 da África, 1 da América do Norte, 9 da América Latina e Caribe,  12 da Ásia, 8 da Europa e 1 do Oriente Médio. Quem nos fala sobre a representatividade dos signatários do documento, é o Conselheiro Geral da Congregação do Verbo Divino, Padre Arlindo Dias.

O espírito de pobreza e despojamento presente nos enunciados do Pacto, poderia sugerir, num primeiro momento, o respaldo somente de bispos ligados a países do “Terceiro Mundo” ou "em desenvolvimento". No entanto, entre os signatários, estavam também 8 bispos europeus, o mesmo número da África. (clique acima para ouvir)

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Atualidades



Instituto Bossey: há quase 70 anos no caminho do ecumenismo

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Cidade do Vaticano (RV) - A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano de 2015 propôs como tema a passagem bíblica do encontro de Jesus com a samaritana: “Dá-me de beber”. No Hemisfério Sul, a Semana é celebrada entre as festividades da Ascensão e Pentecostes, ou seja, 17 e 24 de maio. E no Hemisfério Norte, encerrou-se com a celebração das Vésperas, presididas pelo Papa, na Basílica de São Paulo, domingo, 25 de janeiro.

O Instituto Bossey

Na zona rural à beira do lago de Genebra, na Suíça, encontra-se o Castelo de Bossey, construído no século XVIII, um centro internacional de encontro, diálogo e formação do Conselho Mundial de Igrejas. Fundado em 1946, o Instituto reúne pessoas de diversas Igrejas, culturas e origens para aprendizagem ecumênica, estudo acadêmico e intercâmbio pessoal.

A cada ano, o Instituto Ecumênico recebe estudantes e pesquisadores de todo o mundo, por períodos de estudo acadêmico residencial, especializados em teologia ecumênica, missiologia e ética social. O corpo docente também provém de diversas tradições teológicas, culturais e religiosas.

Entrevista

Um dos estudantes do curso deste ano é o Padre Nelito Dornelas, assessor da CNBB e especialista em temas ecumênicos. Ele passou pela RV e nos conta um pouco mais sobre o Instituto, seu papel e a atualidade do caminho ecumênico.

(CM-SP)

 

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Arqueólogos comprovam presença cristã na Arábia medieval

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Beirute (RV) – Uma recente descoberta feita por um grupo de arqueólogos franco-sauditas revela a presença de uma comunidade cristã viva e atuante no deserto saudita no século V. Os pesquisadores, guiados pelo Professor Frédéric Imbert, da Universidade de Aix-Marseille, descobriram centenas de cruzes esculpidas em rochas, além de nomes cristãos e bíblicos, muito provavelmente de mártires mortos durante as perseguições do quinto século.

A descoberta nas paredes de rocha de Jabal Kawkab  (“a montanha da estrela”), no Emirado de Najran, sul da Arábia Saudita, foi apresentada pelo Professor Imbert em uma conferência na Universidade Americana de Beirute, informou a Agência Orient-Le Jour.  A região é conhecida por Bir Hima ou Abar Hima, um nome que “lembra uma zona de poços conhecidos desde a antiguidade”. Para o arqueólogo, é provável que caravanas que viajavam do Iêmen a Najran se abastecessem de água no local. Segundo Imbert, as cruzes e as inscrições são considerados como “o mais antigo livro dos Árabes”, escrito “nas pedras do deserto”, uma “página da história dos Árabes e do cristianismo”.

“As cruzes – afirmou o arqueólogo – não são as únicas conhecidas na Arábia do Sul e do Leste, mas, sem dúvida, são as mais antigas em um contexto que remonta o ano 470 da nossa era”. Junto com as cruzes, estão inseridos diversos textos. O conjunto das inscrições se estende por mais de um quilômetro, com uma série de nomes, em uma forma que poderia ser definida como uma língua aramaica local. Elas representam “uma língua pré-islâmica” – explica o professor – ou mais precisamente, uma língua “nabateo-árabe”. As inscrições foram feitas no período do Reino himairita de Shurihbil Yakkuf, que governou a Arábia do Sul de 470 a 475. Durante o seu domínio tiveram início as perseguições contra os cristãos.  De fato, entre os nomes inscritos entre as cruzes estão os nomes de Marta e Rabi, ambos inscritos na lista dos martírios de Najran, no assim chamado “Livro dos Himairiti”.

O cristianismo propagou-se na Arábia a partir do IV século, mas foi “no VI que difundiu-se na região do Golfo, nas regiões costeiras do Iêmen e de Najran”. A difusão do cristianismo ocorreu graças aos missionários persas do Império Sassânida e aos missionários siríacos (que não aceitavam o Concílio de Calcedônia). Dois bispos consagrados em 485 e 519, pertenciam á comunidade siríaca, talvez provenientes do Iraque. (JE)

 

 

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