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Sumario del 29/01/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa modifica rito da imposição do Pálio

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Cidade do Vaticano (RV) – Em uma carta com a data de 12 de janeiro de 2015 que foi enviada a todas as Nunciaturas Apostólicas, o Mestre das Cerimônias Pontifícias, Mons. Guido Marini, informa sobre a decisão do Papa Francisco de modificar a modalidade de entrega do pálio aos novos arcebispos metropolitas. A faixa de lã branca será entregue, e não mais colocada pelo Santo Padre, como reza a tradição, em 29 de junho, na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. A imposição do Pálio aos novos arcebispos será realizada nas respectivas dioceses de origem pela mão dos Núncios Apostólicos locais. Entrevistado pela Rádio Vaticano, Mons. Marini fala do significado desta decisão do Papa:

“Recentemente o Santo Padre – após ter refletido – decidiu realizar uma pequena modificação no tradicional rito de imposição do pálio aos arcebispos metropolitas nomeados durante o ano. A modificação é a seguinte: o pálio, geralmente, era imposto pelo Santo Padre aos novos metropolitas por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. A partir do próximo 29 de junho, por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, os Arcebispos – como de costume – estarão presentes em Roma, concelebrarão com o Santo Padre, participarão do rito da bênção dos pálios, mas não haverá a imposição: simplesmente receberão o pálio do Santo Padre em forma mais simples e privada. A imposição será efetuada depois, nas dioceses a que pertencem, ou seja, em um segundo momento, na presença da Igreja local e em particular dos bispos das dioceses sufragâneas acompanhados pelos seus fieis”.

RV: Qual o significado desta alteração?

“O significado desta alteração é o de colocar em maior evidência a relação dos bispos metropolitas – os novos nomeados – com a sua Igreja local e assim dar também a possibilidade a mais fieis de estarem presentes neste rito tão significativo para eles, e também particularmente aos bispos das dioceses sufragâneas, que deste modo, poderão participar do momento da imposição. Neste sentido, mantém-se todo o significado da celebração do 29 de junho, que sublinha a relação de comunhão e também de comunhão hierárquica entre o Santo Padre e os novos arcebispos; ao mesmo tempo, a isto se acrescenta – com um gesto significativo – esta ligação com a Igreja local”.

O Bispo de Pelotas, Dom Jacinto Bergaman, explica que o pálio é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta: quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecilia, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são ofertados ao Papa no dia 21 de janeiro, Solenidade de Santa Inês.

Após confeccionados são abençoados pelo Santo Padre e guardados numa arca junto ao tumulo do Apostólo São Pedro e entregues pelo próprio Papa, no dia 29 de junho de cada ano, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, aos Arcebispos nomeados após a celebraçao do ano anterior.

O uso do pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Metropolitas a partir do século VI, tradição que perdura até os nossos dias.

Cada Província Eclesiástica é formada por algumas dioceses e uma arquidiocese. À frente dela está o Metropolita, que é o Arcebispo da diocese-sede. As palavras “arqui” e “arce”, colocadas junto às palavras diocese e bispo, vêm da língua grega, e significam “a primeira”, “o primeiro”. Assim, a Arquidiocese e o Arcebispo são “a primeira” e “o primeiro”, não em linha de importância, mas para serem aquela e aquele que devem estar a serviço e promoção da comunhão.

Após ser nomeado, o Metropolita deve pedir ao Bispo de Roma, o Papa, o pálio, símbolo de seu “poder” (o serviço e promoção da comunhão) na própria Província Eclesiástica e de sua comunhão com a Sé Apostólica. Uma vez recebido, usa-o unicamente dentro das funções litúrgicas, sobre os paramentos pontificais, dentro da Província a que preside, e unicamente nela. (JE)

 

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Papa: Elites eclesiais não seguem a via de Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) - Não seguem a nova via aberta por Jesus aqueles que privatizam a fé fechando-se em “elites” que desprezam os outros: é o que afirmou o Papa durante a homilia da manhã desta quinta-feira, (29/01), na Casa Santa Marta. Comentando a Carta aos Hebreus, o Papa disse que Jesus é “a via nova e vivente” que devemos seguir “conforme a Sua vontade”. Porque existem formas errôneas de vida cristã. Jesus “dá os critérios para não seguir os modelos equivocados. E um destes modelos errados é privatizar a salvação”:

“É verdade, Jesus salvou a todos nós, mas não de forma genérica, não? Todos, mas cada um individualmente, nome e sobrenome. E esta é a salvação pessoal. Realmente estou salvo, o Senhor me olhou, deu a vida por mim, abriu esta porta, esta nova via para mim, e cada um de nós pode dizer: ‘para mim’. Mas existe o perigo de esquecer que Ele nos salvou individualmente sim, mas como parte de um povo. Em um povo. O Senhor sempre salva no povo. Do momento que chama Abraão, promete a ele de criar um povo. E o Senhor nos salva em um povo. Por isso o autor desta Carta nos diz: ‘Prestemos atenção uns aos outros’. Não existe uma salvação somente para mim. Se eu entendo a salvação assim, erro; pego a estrada errada. A privatização da salvação é uma estrada errada”.

São três os critérios para não privatizar a salvação: “a fé em Jesus que nos purifica”, a esperança que “nos faz enxergar as promessas e seguir adiante” e “a caridade: prestemos atenção uns aos outros, para estimular-nos reciprocamente na caridade e nas boas obras”:

“E quando eu estou numa paróquia, numa comunidade – qualquer que seja – eu estou ali e posso privatizar a salvação e estar ali somente socialmente. Mas para não privatizá-la, devo perguntar a mim mesmo se eu falo, comunico a fé; falo, comunico a esperança; falo, faço e comunico a caridade. Se numa comunidade não se fala, não se encoraja um ao outro, nessas três virtudes, os membros daquela comunidade privatizaram a fé. Cada um busca a sua própria salvação, não a salvação de todos, a salvação do povo. E Jesus salvou cada um, mas num povo, numa Igreja”.

O autor da Carta aos Hebreus – prosseguiu o Papa – dá um conselho “prático” muito importante: “não desertemos as nossas reuniões, como alguns têm o hábito de fazer”. Isso acontece “quando nós estamos numa reunião – na paróquia, no grupo – e julgamos os outros”, “há uma espécie de desprezo pelos outros. E esta não é a porta, o caminho novo e vivente que o Senhor abriu, inaugurou”:

“Desprezam os outros; abandonam a comunidade inteira; desertam o povo de Deus; privatizaram a salvação: a salvação é para mim e para meu grupinho, mas não para todo o povo de Deus. E este é um erro muito grande. É o que chamamos – e que vemos – ‘as elites eclesiais’. Quando no povo de Deus se criam esses grupinhos, pensam ser bons cristãos, talvez tenham até boa vontade, mas são grupinhos que privatizaram a salvação”.

“Deus – destacou o Papa – nos salva num povo, não nas elites que nós produzimos com as nossas filosofias e o nosso modo de entender a fé. E essas não são as graças de Deus. Pensemos: eu tenho a tendência de privatizar a salvação para mim, para o meu grupinho, para a minha elite ou não deserto todo o povo de Deus, não me afasto do Seu povo e sempre estou em comunidade, em família, com a linguagem da fé, da esperança e a linguagem das obras de caridade?”. E concluiu: “Que o Senhor nos dê a graça de sentir-nos sempre povo de Deus, salvos pessoalmente. Isso é verdade: Ele nos salva com nome e sobrenome, mas salvos num povo, não no grupinho que eu crio para mim”. (RB/BF)                

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Carmelita pregará Exercícios Espirituais da Quaresma à Cúria

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Cidade do Vaticano (RV) –  “Servidores e profetas do Deus vivo” é o tema dos Exercícios Espirituais da Quaresma programados de 22 a 27 de fevereiro na Casa Divino Mestre, em Ariccia, dos quais tomará parte o Papa Francisco e membros da Cúria.  O Carmelita Bruno Secondin será o responsável pelas meditações que apresentarão uma leitura pastoral do Profeta Elias.

Os Exercícios terão início às 18 horas do domingo  com a Adoração Eucarística e a recitação das Vésperas.  Os dias sucessivos terão início com as Laudes, às 7h30min, seguidas por uma primeira meditação às 9h30min e após a concelebração eucarística. A segunda meditação terá início às 16 horas, seguida pela Adoração Eucarística e a oração das Vésperas. Na sexta-feira, último dia, está prevista uma celebração eucarísticas às 7h30min, seguida pela conclusão do encontro às 9h30min.

A primeira reflexão, no domingo 22,  terá por tema “Sair da própria ‘casa’”. Nos dias sucessivos, o carmelita Bruno Secondin apresentará os temas “Caminhos de autenticidade” (as raízes da fé e a coragem de dizer não à ambiguidade); “Caminhos de liberdade” (dos ídolos vãos à piedade verdadeira); “Deixar-se surpreender por Deus” (o encontro com um Deus que está em todos os lugares e o reconhecimento do pobre que nos evangeliza) e “Justiça e intercessão” (testemunhos de justiça e solidariedade). O tema do dia conclusivo será “Recolher o manto de Elias” (para tornar-se profetas de fraternidade).

Durante o período do retiro de Quaresma estão suspensas todas as audiências privadas e especiais, incluindo a Audiência Geral da quarta-feira. (JE)

 

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Papa recebe parlamentares latino-americanos na Itália

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quinta-feira, (29/01) em que o Parlamento italiano inicia a votação para a escolha do novo Presidente da República, o Papa recebeu uma delegação de parlamentares ítalo-latino-americanos que foram eleitos na América do Sul.

Entre eles, a deputada do parlamento italiano, a ítalo-brasileira Renata Bueno. A deputada lembrou que Bergoglio também tem origens ítalo-argentinas e que ao encontrar o Papa pediu que ele interviesse pela segurança das mulheres latino-americanas.

“Pedi que ele nos ajudasse, principalmente, na questão da violência contra a mulher na América do Sul, e na questão da pobreza. Ele disse conhecer bem a realidade e que tínhamos que ser muito fortes para poder superar esses desafios”. 

(RB)

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Arcebispo de Belo Horizonte encontra o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa recebeu, na quinta-feira (29/01), o Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Durante o encontro, informa uma nota da Arquidiocese de Belo Horizonte, Francisco foi convidado a participar, em 2017, das celebrações dos 250 anos do Santuário Nossa Senhora da Piedade, Padroeira do Estado de Minas Gerais.

Dom Walmor disse ainda que o Papa se encantou ao ouvir e conhecer a história do Santuário da Padroeira de Minas. Durante a audiência, o Arcebispo agradeceu ao Santo Padre pelo trabalho que vem realizando na liderança da Igreja Católica. Transmitiu ao Papa a saudação e a admiração de toda a Arquidiocese de Belo Horizonte.

Outros temas tratados durante a reunião incluíram o novo caminho missionário da Igreja no mundo, no Brasil e em Minas Gerais.  Dom Walmor e o Papa Francisco também conversaram sobre a situação social, econômica e política do Brasil. “Foi um encontro emocionante que alegrou meu coração. A conversa com o Papa Francisco aumentou ainda mais a minha alegria de ser o primeiro servidor da amada Arquidiocese de Belo Horizonte”, afirmou o Arcebispo.

Além do encontro com o Papa Francisco, dom Walmor participou, durante esta semana, de reunião da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano. O Arcebispo integra a Congregação desde agosto de 2009. (ABH/RB)

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8 de fevereiro: primeiro Dia de oração contra o tráfico humano

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Cidade do Vaticano (RV) - No próximo dia 8 de fevereiro será celebrado o primeiro Dia Internacional de oração e reflexão sobre o Tráfico de seres humanos –tema várias vezes tocado pelo Papa Francisco desde o início do seu pontificado.

A iniciativa é promovida pelas Uniões internacionais de superiores gerais dos institutos religiosos masculinos e femininos (Uisg e Usg), com o apoio de vários organismos da Cúria Romana. Será celebrada no dia em que Igreja recorda a Santa Josefina Bakhita – escrava sudanesa que se tornou religiosa canossiana e foi canonizada no ano 2000.

Na próxima terça-feira, no Vaticano, terá lugar uma coletiva de imprensa de apresentação do Dia, que terá como tema “Acenda uma luz contra o tráfico”. Participam da coletiva os presidentes e prefeitos dos dicastérios patrocinadores da iniciativa: Card. João Braz de Aviz (Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica), Card. Antonio Maria Vegliò (Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes) e Peter Kodwo Appiah Turkson (Pontifício Conselho da Justiça e da Paz). Também estará presente, entre outras irmãs, a coordenadora da rede internacional de religiosas contra o tráfico Thalita Kum, Ir. Gabriella Bottani, que trabalhou no Brasil.

O tráfico de seres humanos “é uma das piores escravidões do século XXI “ e “diz respeito a todo o mundo”, lê-se no comunicado dos religiosos. Citando dados da Organização Internacional do Trabalho e do Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (Unodc), os religiosos lembram que cerca de 21 milhões de pessoas são vítimas do tráfico para diversos fins: exploração sexual, trabalho forçado, tráfico de órgãos, mendicância, servidão doméstica, matrimônio forçado e adoção ilegal. Cerca de 60% das vítimas são mulheres e menores.

O Dia mundial contra o Tráfico de 2015 insere-se ainda significativamente dentro do Ano dedicado à Vida Consagrada e será, portanto, de estímulo para todas as religiosas e os religiosos espalhados pelo mundo para lerem os “sinais dos tempos e a repensarem em termos proféticos o presente e o futuro da própria vida consagrada”.

(BF)

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Depois dos chuveiros, é a vez da "Barbearia do Papa"

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois dos chuveiros, chegou a vez do barbeiro. A partir de 16 de fevereiro, os moradores de rua que circulam pelo Vaticano poderão usufruir, além dos chuveiros montados embaixo das colunatas de Bernini, de um serviço de corte de barba e cabelo. A “Barbearia do Papa”, como está sendo chamada, é a mais recente iniciativa em favor dos pobres, concretizada pela Esmolaria Pontifícia, guiada pelo Arcebispo polonês,  Konrad Krajewski.

 “A primeira coisa que nós queremos – explicou Dom Krajewski à Agência ANSA – é dar dignidade à pessoa. A pessoa que não tem a possibilidade de lavar-se é uma pessoa socialmente rejeitada e todos nós sabemos que um sem-teto não pode apresentar-se em um local público como num bar ou num restaurante para pedir algo, pois lhe é negado”.

Ao falar da nova iniciativa, o responsável pelo braço caritativo do Papa explicou que  “somente tomar banho e lavar as roupas não basta. É necessário também dar um jeito nos cabelos e na barba, também para prevenir doenças. É um outro serviço que dificilmente um sem-teto poderia encontrar em uma ‘barbearia normal’, pois poderia levantar o temor aos clientes de propagar alguma doença, como por exemplo, a sarna”

Considerando que muitos dos sem-teto usam o serviço de transporte público de Roma, a “Barbearia do Papa” pretende assim, desenvolver um serviço “para o bem de toda a cidade”.

Duas semanas é o tempo estimado para organizar o espaço, junto à instalação de três novas duchas. Foram muitos os voluntários interessados em doar os instrumentos necessários para aparelhar a barbearia, como tesouras, escovas, barbeadores, espelho e, obviamente, uma confortável poltrona. Para a "mão-de-obra", muitos barbeiros e cabeleireiros, entusiasmados com a ideia, ofereceram-se como voluntários. Dois pertencem à UNITALSI, enquanto outros frequentam o último ano da Escola de Barbeiros de Roma. O corte de cabelo e barba será feito nas segundas-feiras, dia em que as barbearias estão fechadas e os barbeiros estão livres do compromisso com sua clientela habitual. (Ansa/JE)

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Confira as transmissões da Rádio Vaticano em fevereiro

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Cidade do Vaticano (RV) –  A Rádio Vaticano transmitirá, com comentários em português, as celebrações presididas pelo Papa Francisco no mês de fevereiro. Confira o horário das transmissões (hora de Brasília):

Segunda-feira, 2 de fevereiro

Das 14h25 às 16h – Festa da Apresentação do Senhor, Missa celebrada na Basílica Vaticana, com os membros dos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em cuja data se celebra o XIX Dia Mundial da Vida Consagrada.

Sábado, 14 de fevereiro

Das 7h55 às 9h30 – Consistório Ordinário Público para a criação de 20 novos cardeais e para algumas Causas de Canonização.

Domingo, 15 de fevereiro

Das 6h55 às 8h30 – O Papa concelebrará na Basílica de São Pedro, a Missa com os novos purpurados.

Quarta-feira, 18 de fevereiro

Das 13h20 às 16h10 – Quarta-feira de Cinzas e início da Quaresma, o Pontífice presidirá a Statio e a procissão penitencial saíndo da Basílica de Santo Anselmo até a Basílica de Santa Sabina, onde celebrará a Missa com a bênção e imposição das Cinzas. (RL/JE)

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Igreja no Brasil



Morre, aos 78 anos, Dom José Martins da Silva

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São Gotardo (RV) - Faleceu na manhã desta quinta-feira (29/01) na cidade de São Gotardo (MG), aos 78 anos, o Arcebispo Emérito de Porto Velho (RO),  Dom José Martins da Silva. O corpo foi velado na Paróquia de Santa Rosa, em Santa Rosa (MG) e no início da tarde transladado para Tiros, interior de Minas Gerais, cidade natal de Dom José. Às 19h serão celebradas as Exéquias, seguidas pelo sepultamento.

Em comunicado, a Diocese de Luz (MG), onde Dom José Martins exerceu função de Administrador Diocesano, manifestou pesar pelo falecimento do bispo. “Amigo de todo clero, conselheiro sereno Dom José deixará a lembrança de um homem simples e de uma fé inabalável. Amigo e “Anjo da guarda” de nossa Diocese. A ele, nossa eterna gratidão. Rogamos ao Pai Celestial, que acolha este nosso irmão na morada eterna”.

Dom José nasceu em 14 de junho de 1936. Aos 19 anos, realizou a profissão religiosa na Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora (SDN). Foi nomeado bispo em 3 de janeiro de 1978 por João Paulo I, assumindo como primeiro bispo-prelado de Ji-Paraná (RO), onde permaneceu até 1982. Escolheu por lema “Na força do Senhor” (Virtude Dei). Durante quinze anos foi Arcebispo de Porto Velho, até sua renúncia em 1997.

Em sua trajetória episcopal, Dom José Martins da Silva foi atuante em trabalhos sociais da Igreja e na atividade missionária. Foi membro da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de Presidente do DEMIS da Conferência Episcopal Latino Americana (1987-1991). (CNBB/JE)

 

 

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CNBB pede ao Estado esforços para combater trabalho escravo

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Brasília (RV) – A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou em 28 de janeiro nota por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data foi criada em 2004 e presta homenagem a quatro auditores do Ministério do Trabalho e Emprego assassinados quando investigavam a suspeita de uso de mão de obra escrava em fazendas de feijão em Unaí (MG). 

Na nota, o Bispo de Ipameri (GO) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, Dom Guilherme Werlang, recorda que “a exploração do ser humano, através do trabalho escravo, é um grave desrespeito à pessoa humana, especialmente ao direito de trabalhar em condições dignas, recebendo um salário justo”.

Dom Guilherme diz que a Igreja insiste no “compromisso do Estado brasileiro de continuar adotando medidas firmes que inibam a prática do trabalho escravo”.

A íntegra do texto

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, neste Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, dirige uma palavra a todos os que se empenham em eliminar este crime.

Em 2014, a Campanha da Fraternidade teve como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, com o objetivo de identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vistas ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.

A exploração do ser humano, através do trabalho escravo, é um grave desrespeito à pessoa humana, especialmente ao direito de trabalhar em condições dignas, recebendo um salário justo. O trabalho é dimensão constitutiva do ser humano e não oportunidade para a violação da sua dignidade.

A sociedade tem a tarefa de conduzir-se por uma economia que preze a dignidade humana, acima de tudo.  Isto implica, entre outras coisas, em eliminar a prática do trabalho escravo em qualquer faixa etária, nas diferentes relações de trabalho, seja na agropecuária, na construção civil, na indústria têxtil, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros e em serviços domésticos. Os migrantes e imigrantes estão mais expostos à essa exploração, devido à sua situação de vulnerabilidade e a necessidade de trabalhar para prover seu próprio sustento e o de sua família.

Urge reafirmar, de forma inequívoca, o inalienável valor da vida e da dignidade humana que transcende qualquer finalidade econômica. Preocupa-nos a tramitação, no Congresso Nacional, de tratativas visando revisar a definição legal do trabalho escravo, sob pretexto de regulamentar a Emenda Constitucional 81/2014 (confisco da propriedade flagrada com trabalho escravo), bem como os ataques recentes à Lista Suja, um instrumento valioso no combate ao trabalho escravo. Não se pode, em hipótese alguma, retroceder na política nacional de combate ao trabalho escravo, iniciada há 20 anos.

Insistimos no compromisso do Estado brasileiro de continuar adotando medidas firmes que inibam a prática do trabalho escravo. Neste aniversário da trágica chacina de Unaí (MG), que ceifou a vida de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, reitera-se o apelo a que se esmere na proteção e defesa dos que lutam pelo fim do trabalho escravo. A garantia da reinserção, na sociedade, das pessoas libertadas, também requer atenção e adoção de políticas facilitadoras deste processo. 

Lembramos a todos as palavras do Papa Francisco, por ocasião do Dia Mundial da Paz - 2015: “Lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo, o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)”.

Jesus Cristo, que habitou o coração de Santa Bakhita, a escrava que testemunhou a esperança, nos anime a proclamar que a vida e a dignidade de todas as pessoas passam pelo trabalho digno e sua justa valorização.

Brasília, 28 de janeiro de 2015
Dom Guilherme Werlang, Bispo de Ipameri (GO), Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.

Eventos

A Comissão Pastoral de Terra (CPT) também está organizando diversos eventos para alertar sobre a importância do combate ao trabalho escravo no Brasil. Nesta quarta-feira, 28, foi apresentado em São Paulo o relatório sobre tráfico de pessoas e trabalho escravo no estado, elaborado pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em parceria com os dois Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) no estado e com o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região.

(CM-CNBB)

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Intereclesial 2018 já tem sede: Londrina

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Londrina (RV) - A cidade localizada no norte do Paraná será sede, em 2018, do 14º Intereclesial de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). A preparação já começou inclusive com encontros da Ampliada Nacional que tem a missão de dinamizar a caminhada das CEBs no Brasil. A reunião do último final de semana, dia 23 a 25 de janeiro, definiu que o tema para o 14º Intereclesial será: “CEBs e os desafios no mundo urbano”, e o lema: “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7). 

A Carta final da Ampliada das CEBs.

“Comunidade é força se lutarmos todos juntos, contra esse tal sistema que aflige todo mundo”(canto Trem das CEBs).
Nestas terras vermelhas do Paraná, na cidade de Londrina, fomos acolhidos e acolhidas com muito calor e amizade para o encontro da Ampliada Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Contamos com a presença de representantes dos 18 regionais da CNBB, assessores e assessoras e dos bispos Dom Giovane Pereira de Melo, Bispo de Tocantinópolis e Referencial das CEBs, Dom Manoel João Francisco, Bispo de Cornélio Procópio e representante do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs) e Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina.

Embalados pela mística libertadora, fomos convidados a fortalecer a unidade na diversidade de dons e serviços. Buscamos nos situar e fincar o pé na realidade local. Diante da complexidade do mundo urbano as Comunidades Eclesiais de Base, tem a missão de aprofundar a reflexão sobre as contradições da modernidade e apresentar caminhos de superação. Assim, o Deus da Vida nos convida a sermos fermento na massa, sinal de esperança e alimentar a espiritualidade de que um “outro mundo é possível”.

No segundo dia contamos coma presença de Dom Orlando Brandes, que presidiu a Celebração Eucarística. A partir das grandes regiões, debatemos sobre o papel da Ampliada Nacional que consiste em, fundamentalmente, dinamizar a caminhada das CEBs no Brasil. Com relação aos Intereclesiais, eles são momentos privilegiados de celebração e de troca de experiências. Para o 14º Intereclesial, definimos como tema “CEBs e os desafios no mundo urbano”, tendo como lema “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7). Para ampliar o debate contaremos com um texto-base, a ser elaborado. Foi-nos oportunizado conhecer os possíveis locais para a realização do 14º Intereclesial.

Destacamos o lançamento do livro “CEBs: Raízes e frutos ontem e hoje”, escrito por muitas mãos e organizado por Benedito Ferraro e Nelito Dornelas. O livro é resultado de reflexões pós 13º Intereclesial e é fundamental que todos os animadores e animadoras se apropriem dessas reflexões.

Aprofundamos os eixos temáticos que conduzirão o próximo Intereclesial. Colhemos sugestões para a elaboração do cartaz do 14º, onde os artistas populares serão convidados a colaborar nesta tarefa.

No intuito de manter a memória das CEBs, retomamos o Projeto “Memória e Caminhada” que é uma parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB), para arquivar e possibilitar pesquisa sobre a caminhada das CEBs no Brasil.

O encontro possibilitou o esclarecimento de dúvidas referente ao Abaixo Assinado pela Reforma Política. Reafirmamos nosso compromisso e empenho na coleta de assinaturas.

Empenhamo-nos nas questões práticas e encaminhamentos para a próxima ampliada.

Encerramos, com a celebração da Eucaristia e fomos enviados em missão para os nossos Regionais. Animados pela fé em Deus Libertador, e contando com a presença protetora de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Paraná, acreditamos na vitória das flores e no bom perfume da primavera que espalhamos neste País!

(CM-CNBB)

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Igreja no Mundo



Coreia do Norte: permissão para encontro inter-religioso

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Pyongyang (RV) - A Conferência Coreana das Religiões para a Paz (Kcrp) obteve permissão das autoridades comunistas da Coreia do Norte para organizar em Pyongyang um encontro inter-religioso para rezar pela paz. O evento – refere a agência AsiaNews – será na segunda metade deste ano, quando a península vai comemorar os 70 anos da libertação da ocupação japonesa. A Conferência reúne representantes das sete maiores religiões sul-coreanas e promove encontros de tipo ecumênico e inter-religioso em todo o mundo.

Os eventos entre agosto e Setembro

Kim Kwang-jun, pastor anglicano e Secretário-geral do grupo, confirma: “Nós terminamos os colóquios preliminares com a Conferência das religiões de Chosun, o grupo do governo que representa as cinco religiões presentes na Coreia do Norte. Os eventos previstos se realizarão entre agosto e setembro próximos. Entre os lugares levados em consideração estão Pyongyang e o Monte Kumgang, mas é provável que, no final, serão realizados na capital do Norte”.

O programa também inclui um musical

Além da oração inter-religiosa pela paz, está planejado um musical na sede do Partido dos trabalhadores do Distrito de Cheorwon. O programa já recebeu a permissão do Ministério de Assuntos Religiosos e do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte; falta apenas a do Ministério do Interior. No entanto, o reverendo Kim diz que está "confiante" de que esta permissão "não irá demorar a chegar".

Encontro sobre o Islã e Ásia oriental

A Conferência tem ainda na sua programação, neste dia 29 de Janeiro, um encontro com alguns estudiosos muçulmanos provenientes do Irã. Reunidos no Memorial para a História e a Cultura do budismo coreano de Seul, vão falar sobre o Islã e Ásia oriental. De acordo com Kim, "o evento foi organizado para combater os mal-entendidos cada vez maiores em relação à religião islâmica". (SP)

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Egito: Patriarcado copta autorizado a construir igrejas

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Cairo (RV) - Um terreno de 30 hectares a disposição do Patriarcado copta para construir estruturas e escritórios ligados à Catedral cairota de São Marcos, e outras três pequenas áreas a serem alocadas para a construção de três novas igrejas (duas coptas Ortodoxas e uma copta evangélica) em três diversos bairros do Cairo: estas as disposições ratificadas recentemente pelo Ministério egípcio para a construção, os serviços e as comunidades urbanas, e comunicadas pelo mesmo responsável pelo departamento, o Ministro Mostafa Madbouly.

Em declarações divulgadas pelo ministro e recebidas pela Agência Fides, Madbouly destaca que as concessões vêm ao encontro das reais necessidades pastorais, devidamente documentadas pelas diversas comunidades eclesiais, e foram concedidas em total conformidade com a legislação que rege atualmente a construção de edifícios de culto.

Projeto de projeto para a construção de novas igrejas
No final de outubro do ano passado, representantes das principais Igrejas e comunidades cristãs do Egito tinham enviado ao governo um projeto de lei sobre a construção de igrejas, concebido com a intenção de delinear os procedimentos legais simplificados e claros, para evitar todo de arbitrariedade nos pedidos de construções de estruturas de culto. (SP)

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Níger: Bispos reafirmam amizade com a comunidade muçulmana

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Niamey (RV) - “Queremos renovar a nossa amizade e fraternidade a toda a comunidade muçulmana de nosso país”, escrevem os bispos do Níger numa mensagem à comunidade muçulmana, depois da violência anticristã que atingiu fortemente a Igreja nos últimos dias. Ressaltando que falar em “profunda comunhão com as nossas comunidades atingidas pelos acontecimentos inesperados e trágicos sofridos sem compreender as razões”, os bispos agradecem todos os muçulmanos “pelos gestos e atos de solidariedade” mostrados durante os ataques contra a comunidade cristã.

“Estamos unidos na dor que vocês partilham conosco. Os nossos locais de culto e a maior parte de nossas infraestruturas foram demolidas, mas a nossa fé está intacta”, escrevem os Bispos. “É com essa fé e com a de vocês que construiremos novamente o que os nossos inimigos comuns deliberadamente quiseram destruir”. A Igreja Católica no Níger suspendeu até nova ordem todas as suas atividades: “As atividades da Igreja Católica não têm outro objetivo a não ser servir os povos e serão retomadas gradualmente, onde é possível, dependendo de cada situação”, ressaltam os bispos. (SP)

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Formação



A formação permanente no plano pastoral para as paróquias

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição passada do nosso quadro "O Brasil na Missão Continental" o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, trouxe-nos suas considerações iniciais acerca desta tarefa evangelizadora oriunda da Conferência de Aparecida que, como sabemos, não é um projeto missionário propriamente dito, mas um projeto de animação missionária.

Nela, Dom Jaime falou da Missão Continental como um tempo novo na Igreja, de retomada de sua natureza e caminho missionário, no contexto de uma conversão pastoral à qual Aparecida nos chama. Ao fazê-lo, ressaltou o contexto sócio-eclesial da Igreja no Brasil a partir de Aparecida voltado para esta nova configuração de uma prática eclesial: uma Igreja em estado permanente de missão.

Na edição de hoje o Arcebispo de Natal continua suas considerações introduzindo o tema da formação dos leigos no contexto da formação permanente para os fiéis nas paróquias. Nesse sentido, cita a campanha "Um catecismo em cada lar", a reedição do Catecismo da Igreja Católica (CIC) pelas edições da CNBB, e enfatiza que é preciso que as pessoas tenham uma orientação para uma vivência mais segura da fé. Nesse sentido, reitera o papel sócio-transformador da Igreja: de uma Igreja mais atuante, mais presença, mais solidária e mais misericordiosa. Vamos ouvir: (RL) 

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Atualidades



Sicília: scalabrinianas brasileiras prestam assistência aos migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) – Os constantes apelos do Papa Francisco a favor dos migrantes continuam a surtir efeito. As irmãs missionárias de São Carlos Borromeu (scalabrinianas) estão desde o último sábado em Siracusa, na ilha italiana da Sicília, para trabalhar na acolhida e assistência aos migrantes. Por enquanto, duas missionárias já chegaram: a irmã albanesa Gjerline Preçi e a brasileira Teresinha Santin. Integrará a missão outra brasileira: Ivanir Filipi, que virá diretamente do Brasil.

A Sicília é a porta de entrada da Europa para milhares de migrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo em busca de melhores condições de vida. A Ilha não é a meta principal, muitos africanos e asiáticos esperam reencontrar parentes em outros países europeus. Todavia, sem condições econômicas e sem obter os documentos necessários, muitos acabam ficando na Sicília, submetidos a trabalhos em plantações em regime de semiescravidão.

A Igreja local já realiza um amplo trabalho pastoral de acolhimento e assistência. E as scalabrianas querem dar a sua contribuição, como nos explica diretamente de Siracusa a Ir. Teresinha Santin. Original do Rio Grande do Sul, Ir. Teresinha estava em Brasília antes de empreender esta missão.

Ouça clicando acima.  

(BF)

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