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Sumario del 02/05/2015

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa à Diocese de Isernia: testemunhar a solidariedade e a caridade

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre iniciou sua série de atividades, na manhã deste sábado (02/5), recebendo, no Vaticano, às 10h00 locais, o Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos, e, a seguir, às 11h00, na Sala Paulo VI, cerca de sete mil peregrinos da Diocese italiana de Isernia, que vieram retribuir e agradecer a Visita pastoral que Francisco fez àquela diocese em 5 de julho de 2014.

Em sua saudação aos presentes, o Pontífice disse que “o clima de festa deste encontro no Vaticano, não faz, porém, esquecer os numerosos e graves problemas que ainda afligem a sua terra: o desemprego, a falta de serviços adequados aos anciãos, enfermos, portadores de deficiência. Diante deste cenário preocupante é preciso uma mobilização geral.

Por outro lado, disse o Papa, a Diocese de Isernia necessita de um novo ardor missionário, para ir além desta realidade religiosa estática. Por isso, o Pontífice sugeriu aproveitar bem do “Ano jubilar Celestino”, que a comunidade diocesana está vivendo, como oportunidade para retornar a Cristo, ao seu Evangelho e se reconciliar com Deus e o próximo.

Este Ano jubilar Celestino prepara os fiéis a viver melhor o próximo Ano Santo extraordinário da Misericórdia, um evento de esperança cristã, fundada em Cristo e acompanhada de um esforço caritativo maior para com os mais necessitados. As dificuldades podem ser superadas com a “solidariedade”. E o Papa exortou:

“Por isso, eu os encorajo a ser testemunhas de solidariedade nas suas cidades e nos diversos lugares de trabalho, escola, família e outros... Encarem, sem medo e com esperança, o futuro de vocês e da sua terra... que sua caridade possa envolver mais pessoas e mais realidades sociais e institucionais, para aproximar os sem-teto, os desempregados, os aflitos por antigas e novas pobrezas, para a construção de uma sociedade mais acolhedora, justa, solidária e respeitosa das diversidades”. (MT)

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Papa: povos americanos consolidem sempre mais sua pertença a Cristo e à Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - A vida e o exemplo de Frei Junípero evidenciam três aspectos: seu impulso missionário, sua devoção mariana e seu testemunho de santidade – foi o que destacou o Papa Francisco na homilia da Missa que celebrou este sábado no Pontifício Colégio Norte-Americano, situado próximo do Vaticano.

A visita do Santo Padre ao colégio pontifício insere-se no âmbito da “Jornada de Reflexão”, promovida também pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), dedicada ao Frei Junípero Serra, franciscano, missionário espanhol e apóstolo da Califórnia. Frei Junípero que será canonizado pelo Pontífice em Washington, durante sua viagem apostólica aos EUA, em setembro próximo, por ocasião do VIII Encontro Mundial das Famílias, a realizar-se em Filadélfia.

“Eu te estabeleci como luz das nações, para que sejas portador de salvação até os confins da terra” (At 13,47): o Papa tomou essa passagem da liturgia do dia afirmando que estas palavras do Senhor nos mostram a missionariedade da Igreja, enviada por Jesus que a manda sair para anunciar o Evangelho.

“Isso se dá para os discípulos desde o primeiro momento quando, iniciada a perseguição, saíram de Jerusalém. Isso vale também para a multidão de missionários que levaram o Evangelho ao Novo Mundo e, ao mesmo tempo, defenderam os indígenas contra as arbitrariedades dos colonizadores.”

Entre eles, acrescentou o Papa, encontrava-se também o Frei Junípero; a sua obra de evangelização nos traz à memória os “12 apóstolos franciscanos” que foram os pioneiros da fé cristã no México.

Ele foi protagonista de uma nova primavera evangelizadora naquelas vastas terras às quais, já há duzentos anos, haviam chegado os missionários provenientes da Espanha, da Flórida até a Califórnia.

Após ter evidenciado três aspectos da vida e do exemplo de Frei Junípero – seu impulso missionário, sua devoção mariana e seu testemunho de santidade –, Francisco destacou que o religioso foi, em primeiro lugar, um incansável missionário.

A paixão de anunciar o Evangelho aos povos, ou seja, o ímpeto do coração que quer partilhar com os que se encontram distantes, o dom do encontro com Cristo: o dom que ele mesmo recebera anteriormente e experimentara em sua plenitude de verdade e beleza.

Francisco afirmou que Frei Junípero foi repleto de alegria e do Espírito Santo em difundir a Palavra do Senhor. “Um tal zelo nos provoca: é para nós um grande desafio!”

“Esses discípulos-missionários, que encontraram Jesus, Filho de Deus, que através d’Ele conheceram o Pai misericordioso e, movidos pela graça do Espírito Santo, se lançaram em todas as periferias geográficas, sociais e existenciais, para dar testemunho da caridade, nos desafiam!”

Pergunto-me se hoje – disse o Santo Padre – somos capazes de responder com a mesma generosidade e com a mesma coragem ao chamado de Deus, que nos convida a deixar tudo para adorá-lo, para segui-lo, para encontrá-lo no rosto do pobres, para anunciá-lo àqueles que não conheceram Cristo e, por isso, não se sentiram abraçados por sua misericórdia.

O testemunho de Frei Junípero convida-nos a deixar-nos envolver, em primeira pessoa, na missão continental, que encontra suas raízes na “Evangelii gaudium”, ressaltou.

Em segundo lugar, Frei Junípero confiou seu empenho missionário à Santíssima Virgem Maria. Sabemos que antes de partir para a Califórnia quis consagrar sua vida a Nossa Senhora de Guadalupe, e pedir-lhe, para a missão que estava para iniciar, a graça de abrir o coração dos colonizadores e dos indígenas.

Nesta imploração podemos ainda ver este humilde frade ajoelhado diante da “Mãe do mesmo Deus”, a “Morenita”, que levou seu Filho ao Novo Mundo, ressaltou.

Desde então, prosseguiu o Santo Padre, Nossa Senhora de Guadalupe se tornou, de fato, a Padroeira de todo o continente americano. Não é possível separá-la do coração do povo americano. Efetivamente, Ela constitui a raiz comum deste continente.

“Aliás – observou Francisco –, a missão continental se consagra a Ela que é a primeira e santa discípula-missionária, presença e companhia, fonte de conforto e de esperança. A Ela que está sempre à escuta para proteger seus filhos americanos.”

Em terceiro lugar, destacou o Papa, contemplemos o testemunho de santidade de Frei Junípero – um dos padres fundadores dos EUA, santo da catolicidade e especial protetor dos hispânicos do país –, a fim de que todo o povo americano redescubra a própria dignidade, consolidando sempre mais sua pertença a Cristo e à sua Igreja.

Concluindo, o Papa Francisco pediu que um impetuoso vento de santidade percorra em todas as Américas o próximo Jubileu extraordinário da Misericórdia! E também pediu a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, de Frei Junípero e dos outros santos e santas americanos, a fim de que conduzam-no e guiem-no em suas próximas viagens apostólicas à América do Sul e à América do Norte. E também por essas intenções pediu a todos que continuem rezando por ele. (RL)

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Papa participa de inauguração da nova bandeira da Guarda Suíça

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se na tarde desta sexta-feira, no Vaticano – após a nomeação em 7 de fevereiro passado, do novo Comandante da Guarda Suíça, Cel. Christoph Graf –, a cerimônia de inauguração e bênção da nova Bandeira do Corpo.

Segundo informa o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, às 17h locais o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, celebrou a missa  na Igreja do Campo-santo Teutônico, com a bênção da Bandeira.

Em seguida, no Quartel da Guarda, realizou-se o “Ato militar”, do qual – inesperadamente para a maior parte dos presentes – participou também o Papa Francisco.

Após ter ouvido o discurso do novo Comandante e retomando alguns pontos do mesmo, o Pontífice dirigiu algumas palavras aos presentes, expressando, com muita cordialidade, seus votos pelo serviço do novo Comandante, e com algumas palavras inspiradoras caracterizou o espírito desse serviço: o Comandante deve ser homem de unidade, homem de caridade, de amor e homem de humildade.

Fez votos de que o mesmo exercite o dom da paternidade para com seus guardas e que peça com a oração que o Espírito Santo semeie e faça crescer o amor e a união entre todos os membros da Corpo da Guarda Suíça.

O Papa Francisco concluiu recordando o lema do Corpo: “Mut und Demut”, “Coragem e Humildade”. Comandar evangelicamente significa servir. Ao término do breve discurso, o Santo Padre concedeu a sua bênção ao Comandante, ao Corpo da Guarda Suíça, aos familiares e aos convidados. Ouça clicando acima. (RL)

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Papa visita Colégio Norte-americano, em Roma, em memória do Frei Junipero

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Cidade do Vaticano (RV) – No final da manhã deste sábado (02/5), ao meio-dia, o Papa deixou o Vaticano para visitar o Pontifício Colégio Norte-americano, situado nas imediações do Vaticano, onde celebra uma Santa Missa em memória do Padre Junipero Serra, franciscano, missionário espanhol e apóstolo da Califórnia (EUA).

O evento se realiza no âmbito de uma “Jornada de Reflexão”, promovida e organizada pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Pontifício Colégio Norte-americano, que tem como tema: “Frei Junípero Serra, apóstolo da Califórnia, testemunha de santidade”, que será canonizado por Francisco, em Washington, durante a sua Viagem Apostólica aos EUA, em setembro próximo.

O Pontifício Colégio Norte-americano é um dos institutos de Roma que educam e formam sacerdotes católicos. O colégio hospeda de modo especial sacerdotes e seminaristas estadunidenses, mas estudantes de outras nacionalidades podem ser admitidos em casos excepcionais. 

O colégio foi fundado por Pio IX em 1859, com o nome de "Casa Santa Maria", um ex convento dominicano, e em 1884 recebeu o nome atual. Em 1953, foi construída uma nova sede, na colina romana do Gianicolo, inaugurada por Pio XII em 8 de dezembro de 1952. (MT)

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Cardeal Angelo Sodano celebra exéquias do Cardeal Canestri

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado (02/5), às 8h30, hora local, o Cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício, celebrou, na Basílica Vaticana, as exéquias do Cardeal Giovanni Canestri, arcebispo emérito de Genova, que faleceu, em Roma, no último dia 29 de abril, com a idade de 96 anos. No final da cerimônia, o Santo Padre presidiu ao rito final da “Commendatio e Valedictio”.

Na última quinta-feira (30/4), o Papa Francisco enviou um telegrama aos familiares do Cardeal Canestri, no qual recorda a "sabedoria pastoral e atenção generosa às necessidades dos irmãos", que marcaram a sua vida. 

Com o falecimento do Cardeal Giovanni Canestri, o Colégio Cardinalício fica composto por 222 cardeais, dos quais 102 não-eleitores e 120 eleitores, em um eventual Conclave. (MT)

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Formação



Editorial: Solidariedade: novo início

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Cidade do Vaticano (RV) - O mundo ficou e está estarrecido com as imagens dramáticas do que ocorreu e está ocorrendo no Nepal. Morte, destruição, desespero, tristeza, desânimo, mas também esperança.

Numa terra tão distante, quase parte do nosso imaginário, com suas montanhas que tocam o céu e que raramente se deixam conquistar pelos homens que tentam escalá-las, o drama da impotência do mesmo homem diante da força da natureza nos traz o grande limite que temos. Podemos fazer quase tudo com a nossa tecnologia, como o nosso desenvolvimento tecnológico, mas muito pouco, ou quase nada, contra a força da natureza, que tentamos dominar a todo custo. Ela pode parecer perder certas vezes, mas depois cobra sem piedade.

O terremoto de 7,9 graus na escala Richter que sacudiu o Nepal e terras adjacentes ceifou um número ainda impreciso de vidas, até este momento contam-se mais de 6 mil mortos. O tremor ocorreu de dia e durante uma festividade, quando muitas pessoas estavam em espaços abertos, o que evitou um número muito maior de vítimas. Segundo o UNICEF, são mais de 900 mil as crianças nepalesas que têm necessidade de assistência humanitária.

Enquanto se continua a escavar entre os escombros em busca de verdadeiros milagres – os últimos foram um recém-nascido que sobreviveu por três dias sozinho e um jovem de 27 anos que foi resgatado depois de 82 horas soterrado, o país está de joelhos. Milhares de pessoas ficaram sem casa e vivem em tendas. Falta energia elétrica, as linhas telefônicas são precárias e os alimentos começaram a faltar.

Na Oração do Regina Coeli do último domingo, o Papa Francisco rezou, junto com os fieis reunidos na Praça São Pedro, pelas vítimas desse violento terremoto: “Desejo assegurar a minha proximidade às populações atingidas por um forte terremoto no Nepal e nos países vizinhos. Rezo pelas vítimas, pelos feridos e por todos aqueles que sofrem por causa desta calamidade. Que tenham o apoio da solidariedade fraterna”.  

O mundo nos últimos dias parece que atendeu ao pedido do Papa que enviou uma primeira contribuição de 100 mil dólares para o socorro das populações. Muitas as equipes de socorro provenientes de países vizinhos e distantes chegaram ao Nepal, trazendo esperança e conforto. Esperança de encontrar sobreviventes e conforto na proximidade e nas ajudas humanitárias. Para identificarmos uma tragédia como esta na história do país devemos voltar no tempo, 81 anos atrás, quando outro terremoto matou mais de dez mil pessoas. O Governo de Kathmandu declarou estado de calamidade natural e o Presidente Koirala convidou os cidadãos a permanecerem unidos em meio a este grande desastre.

Segundo os especialistas nesta primeira fase após o desastre existe o problema de fazer as pessoas dormirem fora das próprias casas porque existe um medo terrível, frequentemente existem ataques de pânico e o assim chamado distúrbio pós-traumático, que atinge também nestes casos, sobretudo os menores. Quem perdeu tudo deve, certamente, ser apoiado sob todos os pontos de vista, porém também aqueles que necessitam apoio psicológico, espiritual, numa visão na sua integridade. É o drama vivido também interiormente pelas pessoas, que perderam entes queridos, e uma vida de sacrifícios.

O drama vivido pelas populações do Nepal – principalmente são os pobres a pagarem o maior preço -, deixa evidente a fragilidade do ser humano diante da força da natureza, que como disse certa vez o Papa Francisco – Deus perdoa, a natureza não – que cobra um alto preço toda vez que se faz sentir. O drama vivido nestes dias também é a oportunidade do homem se tornar mais humano, sensível ao desespero do próximo; de se tornar um irmão distante e solidário. Sim, a palavra neste momento é “solidariedade”. Não a solidariedade da boca para fora, mas também, da mão no bolso, e dos joelhos dobrados, da oração. O Nepal inteiro está de joelhos neste momento, e seria realmente um gesto de grande humanidade e partilha, o mundo inteiro se inclinar para o país do topo do mundo e ajudá-lo a se levantar, e olhar com orgulho para as suas belas montanhas que tocam o céu.

Esperamos que a dor da morte, a tristeza de ter perdido tudo, aos poucos se transformem em esperança, através da força, da mão estendida e da proximidade de todos. Citando o pedido do Papa: “que todos tenham o apoio da solidariedade fraterna”. Um gesto de solidariedade pode ser o início de um novo caminho para quem dá e para quem recebe. (Silvonei José)

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Reflexão para o V Domingo da Páscoa

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Cidade do Vaticano (RV) - A liturgia deste domingo se refere ao crescimento da Igreja e, naturalmente, às tensões que se verificam em qualquer relacionamento humano.

A primeira leitura, tirada dos Atos dos Apóstolos, se refere a Paulo, a seu trabalho e à desconfiança que a Comunidade tinha em relação ao antigo perseguidor. A seu favor surge Barnabé que o apresenta aos Apóstolos e salienta suas qualidades de conhecedor da Sagrada Escritura e de ter dito sim ao chamado de Jesus no caminho de Damasco, de ter aderido totalmente ao Senhor e de se ter tornado o grande pregador do Evangelho.

Paulo vive plenamente o encontro com Jesus. Ele precisou e teve o apoio de um de seus companheiros na fé – Barnabé – e também da Comunidade.

O trecho da 1ª Carta de João, a segunda leitura na liturgia deste domingo, revela que Paulo estava totalmente imbuído do Espírito do Senhor, por isso suas ações eram frutos do amor que o Pai havia colocado nele. 

O Evangelho de João nos fala da videira que é Jesus e do Agricultor que é o Pai. Jesus é a videira verdadeira porque só Ele produz os frutos desejados pelo Pai, ou seja, a justiça, a retidão e o amor. O Pai é o agricultor porque cuida de sua videira para que ela dê os bons frutos que Ele deseja. Nesse trabalho de cuidar da videira, o Pai a poda. Ele o faz para que ela dê frutos excelentes e abundantes. A poda é um reforço e não um desejo de ver a videira sofrer. Ela não é castigo, provação e sim graça.

O texto evangélico nos fala em permanecer unido à videira. Ora, somos os ramos e permanecer unidos significa estar plenos de amor, unidos ao Amado. Será essa união que nos possibilitará dar frutos.

O batismo nos inseriu no tronco. Por ele nos tornamos membros da videira, seus ramos. Em nós passou a correr a seiva da graça de Deus, a força do Espírito Santo, a Vida!

Paulo passou de perseguidor a um dos ramos enxertados na videira que é o Corpo Místico de Cristo e que se deixou podar sempre que necessário. Ele se tornou um dos alicerces da Igreja, uma de suas grandes colunas.

A graça recebida não foi em vão!

Cada um tem sua vida, sua vocação, sua história. Vivamos a nossa, conscientes de que a graça nos é dada e de que o importante é nos abrirmos à ação de Deus, e não quem somos.

Lembremo-nos de Paulo, o convertido e de Maria, a cheia de graça, ambos unidos á Videira Verdadeira, Jesus Cristo. (Ouça clicando acima)

Pe. César Augusto dos Santos, S.J.

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A opção preferencial pelos pobres e excluídos no Documento de Aparecida

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, dedicamos a última edição do quadro “O Brasil na Missão Continental” ao tema da “opção preferencial pelos pobres excluídos, no Documento de Aparecida. Hoje retornamos ao tema para concluí-lo.

Vale ressaltar que a centralidade dos pobres no Evangelho e, consequentemente, na missão evangelizadora da Igreja, reporta-nos naturalmente ao tema da opção preferencial pelos pobres.

A esse propósito, vale lembrar também que um dos pontos que, sem dúvida, tem caracterizado o Magistério do Papa Francisco, é sua atenção pelos pobres e excluídos, por aquelas realidades de periferias geográficas e existenciais – como costuma chamar.

O Papa Francisco afirma-nos que o Evangelho sem os pobres é incompleto, lembra-nos que os pobres estão no centro do Evangelho, no coração deste, e que se os pobres são retirados do Evangelho, não é possível entender plenamente a mensagem de Cristo.

Mas voltemos ao tema da “opção preferencial pelos pobres e excluídos no Documento de Aparecida, cuja redação foi presidida pelo então arcebispo de Buenos Aires, o então Cardeal Bergoglio. Na edição passada trouxemos os números 391, 393 e 395. Hoje concluiremos trazendo os números 396, 397 e 398.

396. Comprometemo-nos a trabalhar para que a nossa Igreja Latino-americana e Caribenha continue sendo, com maior afinco, companheira de caminho de nossos irmãos mais pobres, inclusive até o martírio. Hoje queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres feita nas Conferências anteriores. Que sendo preferencial implique que deva atravessar todas nossas estruturas e prioridades pastorais. A Igreja Latino-americana é chamada a ser sacramento de amor, de solidariedade e de justiça entre nossos povos.

397. Nesta época costuma acontecer de defendermos de forma demasiada nossos espaços de privacidade e lazer, e nos deixemos contagiar facilmente pelo consumismo individualista. Por isso, nossa opção pelos pobres corre o risco de ficar em um plano teórico ou meramente emotivo, sem verdadeira incidência em nossos comportamentos e em nossas decisões. É necessária uma atitude permanente que se manifeste em opções e gestos concretos, e evite toda atitude paternalista. É solicitado que dediquemos tempo aos pobres, prestar a eles uma amável atenção, escutá-los com interesse, acompanhá-los nos momentos difíceis, escolhê-los para compartilhar horas, semanas ou anos de nossas vidas e, procurando, a partir deles, a transformação de sua situação. Não podemos esquecer que o próprio Jesus propôs isso com seu modo de agir e com suas palavras: “Quando deres um banquete, convida os pobres, os inválidos, os coxos e os cegos” (Lc 14,13).

398. Só a proximidade que nos faz amigos nos permite apreciar profundamente os valores dos pobres de hoje, seus legítimos desejos e seu modo próprio de viver a fé. A opção pelos pobres deve nos conduzir à amizade com os pobres. Dia a dia os pobres se fazem sujeitos da evangelização e da promoção humana integral: educam seus filhos na fé, vivem uma constante solidariedade entre parentes e vizinhos, procuram constantemente a Deus e dão vida ao peregrinar da Igreja. À luz do Evangelho reconhecemos sua imensa dignidade e seu valor sagrado aos olhos de Cristo, pobre como eles e excluído como eles. Desta experiência cristã compartilharemos com eles a defesa de seus direitos.

Nosso quadro “O Brasil na Missão Continental” por hoje vai ficando por aqui. Semana que vem tem mais, se Deus quiser. Até la! (RL)

Ouça clicando acima.

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Atualidades



Cardeal Ravasi inaugura Pavilhão da Santa Sé na Expo de Milão

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Milão (RV) - A Santa Sé está participando, oficialmente, da Expo de Milão 2015, inaugurada ontem, 1° de maio, com uma vídeo-mensagem do Santo Padre e algumas intervenções de autoridades italianas.

O Pavilhão da Santa Sé é intitulado “Não só de pão” e sua participação no evento, entre os outros 145 países, representa o envolvimento direto da Igreja no tema central: “Nutrir o Planeta. Energia para a vida”.

Na parte da tarde, o Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho da Cultura e Comissário geral da Santa Sé na Exposição, inaugurou o Pavilhão da Santa Sé.

Após recordar as diversas participações da Santa Sé nas Exposições Universais, partindo daquela de Londres, em 1851, e a seguir a de Nova Iorque, em 1964, o Cardeal Ravasi falou, aos microfones da Rádio Vaticano, explicando o motivo da sua participação em eventos como este de Milão:

“A presença da Santa Sé quer ser quase como uma ‘pedra no sapato’ desta grande plateia econômico-comercial. O seu pavilhão, contrariamente dos demais, é o único que não expõe produtos para vender. Ele muito sóbrio e se apresenta com dois lemas: ‘Não só de pão, vive o homem’ e ‘O pão nosso de cada dia nos dai hoje’. Eles recordam que o homem e a mulher devem viver materialmente, mas não apenas, pois no seu interior alimentam alguma coisa que vai bem além dos seus mecanismos biológicos. Logo, precisam do pão material, mas também do pão espiritual. Ao lado do pavilhão da Santa Sé, se encontra o da Caritas Internacional, que aborda o tema da fome no mundo e apresenta projetos eficazes para enfrentá-lo. Enfim, o nosso pavilhão será o único que pedirá, aos visitantes, uma oferta para as obras de Caridade do Papa e para combater a fome no mundo”.

O Pavilhão - organizado pelo Pontifício Conselho da Cultura, pela Conferência Episcopal Italiana e pela Arquidiocese de Milão, - representa um percurso, com base nas diversas linguagens artísticas, desde as mais tradicionais até às mais modernas. O percurso é subdividido em quatro grandes capítulos: “Um jardim a ser salvaguardado”, “Um alimento a ser repartido”, “Uma alimentação que educa” e “Um pão que torna Deus presente no mundo”. (MT) 

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