Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 04/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa exorta Igreja do Congo a ser agente de unidade

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu, nesta segunda-feira (04/05), os bispos do Congo em Visita Ad Limina. Ao recordar a guerra civil que assolou o país durante o final dos anos de 1990, Francisco conclamou os bispos a serem corpo de uma “Igreja com a missão de reconciliar os corações, de reaproximar as comunidades divididas e de construir uma nova fraternidade ancorada no perdão e na solidariedade”.

A tradição católica no país recentemente ganhou – recordou o Papa – um novo local sagrado: na Diocese de Dolisie, em Louvakou, foi inaugurado o Santuário da Divina Misericórdia que já é meta de peregrinação e de encontros espirituais. “Espero vivamente que o Santuário se torne um lugar onde o povo de Deus vá para reafirmar a sua fé, principalmente em ocasião do próximo Jubileu extraordinário da Misericórdia”, escreveu o Papa na mensagem entregue aos bispos.

Religião

O Congo é de maioria cristã, da qual cerca de 55% são católicos. Aproximadamente um terço da população segue as religiões tradicionais locais. Os muçulmanos são menos de 2% da população. Recentemente, três novas dioceses foram criadas no país. “Isso testemunha a vitalidade da Igreja Católica, assim como o zelo apostólico de seus pastores que está no coração da evangelização”, afirmou ainda Francisco.

Poder

Em 2001, as tensões acalmaram-se e, em 2002, foram realizadas eleições presidenciais que abriram o país à economia de mercado e à democracia, apesar do forte clima de incerteza. O presidente eleito foi Sassou-Nguesso, que até hoje se perpetua no poder. (RB)

inizio pagina

Papa no Paraguai: delegação local em visita ao Vaticano

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Dois representantes da Conferência Episcopal do Paraguai chegaram ao Vaticano no último sábado (02/05) onde vão participar de uma série de reuniões sobre a organização da Visita Apostólica do Papa ao Paraguai, entre 10 e 12 de julho.

Comunicação e liturgia

O diretor de Comunicação da Conferência Episcopal do Paraguai, Mariano Rotela, e o irmão Mariosvaldo Florentino, membro da comissão de liturgia, manterão encontros com representantes das mídias e liturgia vaticanas.

Em março, a delegação vaticana responsável pelas viagens do Papa esteve no Paraguai onde passou pelos locais que Francisco irá visitar. Após 27 anos da visita de São João Paulo II, o país guarani voltará a receber um Pontífice. (RB)

 

inizio pagina

Papa ressalta "fé genuína" dos Guardas Suíços

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu esta manhã (04/05), na Sala Clementina, os 32 novos soldados da Guarda Suíça, que prestarão juramento no próximo dia 6.

Todos os anos, presta-se o juramento no dia em que se recorda a morte de 147 soldados em defesa do Papa Clemente VII no Saque de Roma, ocorrido em 1527. 

Francisco definiu a missão da Guarda Suíça como uma “amizade especial”, porque se baseia no amor de Cristo: aquele amor “maior” que Ele viveu e doou aos seus discípulos.

Aos novos recrutas, o Papa falou de Santo Inácio de Loyola, que foi um soldado quando jovem. Nos Exercícios Espirituais, o fundador da Companhia de Jesus fala do “chamado do Rei”, isto é, Cristo, que quer edificar o seu Reino e escolhe os seus colaboradores.

“Cristo é o verdadeiro Rei. Ele mesmo vai à frente, e o seus amigos o seguem. Um soldado de Cristo participa da vida do seu Senhor. Este é também o chamado que cabe a vocês: assumir as preocupações de Cristo, ser seu companheiro. Um Guarda Suíço é uma pessoa que realmente busca seguir o Senhor Jesus e que ama de modo especial a Igreja, é um cristão com uma fé genuína”, disse o Papa.

Francisco deu aos novos recrutas o conselho que sempre dá aos fiéis: manter sempre por perto um Evangelho para lê-lo nos momentos de tranquilidade ou, no caso dos suíços, rezar o Terço durante a “troca da guarda”. Assim, disse ainda o Papa, poderão transmitir aos peregrinos a gentileza e competência que os distingue. Francisco finalizou agradecendo-lhes por tudo que fazem pela Igreja e pelo Sucessor de Pedro. 

(BF)

inizio pagina

Papa: "Dante Alighieri, profeta da esperança"

◊  

 

Cidade do Vaticano (RV) - O presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, participou na manhã desta segunda-feira (04/05), no Palazzo Madama, sede do Senado da República Italiana, da comemoração pelos 750 anos do nascimento de Dante Alighieri, escritor, primeiro e maior poeta da língua italiana, e político.

O Papa Francisco enviou uma saudação ao Cardeal Ravasi e aos participantes do evento, como o presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, o presidente do Senado, Pietro Grasso, e demais autoridades ali presentes, parabenizando-os por esta iniciativa. 

“Uno-me, com esta mensagem, aos que consideram Dante Alighieri um artista de valor universal, que ainda tem muito a dizer e doar, através de suas obras imortais, aos que desejam percorrer o caminho do conhecimento verdadeiro, da descoberta autêntica de si e do mundo, e do sentido profundo e transcendente da existência”, frisa o Papa na nota.

O Santo Padre ressalta que os seus predecessores solenizaram esta cerimônia com documentos importantes em que a figura de Dante Alighieri foi reproposta por causa de sua grandeza e atualidade não somente artística, mas também teológica e cultural.

O Papa Bento XV dedicou ao Sumo Poeta, por ocasião do VI centenário de sua morte, a Encíclica In praeclara summorum, de 30 de abril de 1921. Nela o Papa evidencia “a união íntima de Dante com a Cátedra de Pedro” e convida a uma leitura correta da “Divina Comédia” sobretudo na formação escolar e universitária.

O Beato Paulo VI dedicou ao poeta italiano na conclusão do Concílio Vaticano II, cinquenta anos atrás, a Carta Apostólica Altissimi cantus, onde indica as linhas fundamentais e atuais dessa obra de Dante. “O objetivo da Divina Comédia é sobretudo prático e transformador. Não se proprõe em ser poeticamente bela e moralmente boa, mas capaz de mudar radicalmente o ser humano e a conduzí-lo da desordem para a sabedoria, do pecado para a santidade, da miséria para a felicidade e da contemplação aterrorizante do inferno para a beatífica do paraíso.”

João Paulo II e Bento XVI se referiram ao Sumo Poeta e o citaram várias vezes.

“Em minha primeira Encíclicca Lumen fidei escolhi também entrar nesse patrimônio imenso de imagens, símbolos e valores que formam a Divina Comédia e me baseei nas palavras sugestivas do poeta para descrever a luz da fé, luz a ser redescoberta e recuperada a fim de iluminar toda a existência humana”, sublinha Francisco na mensagem.

“Na vigília do Jubileu Extraordinário da Misericórdia que se abrirá em 8 de dezembro próximo, há cinquenta anos da conclusão do Concílio Vaticano II, desejo que as celebrações dos 750 anos do nascimento de Dante, como as celebrações em preparação do VII centenário de sua morte em 2021, possam fazer com que a figura de Alighieri e sua obra sejam novamente compreendidas e valorizadas, e nos acompanhe em nosso percurso pessoal e comunitário”, destaca ainda o pontífice.

A Divina Comédia pode ser lida como um grande itinerário, ou melhor, como uma verdadeira peregrinação, pessoal e interior, tanto comunitária quanto eclesial, social e histórica. Ela representa o paradigma da autêntica viagem da humanidade para uma nova condição, marcada pela harmonia, paz e felicidade. “Este é o horizonte do autêntico humanismo”, frisa ainda o Papa Francisco.

“Dante é profeta da esperança, anunciador da possibilidade de resgate, libertação e mudança profunda de cada homem e mulher, e de toda a humanidade. Ele nos convida mais uma vez a reencontrar o sentido perdido e ofuscado de nosso percurso humano e a esperar em rever o horizonte luminoso, onde brilha a plenitude da dignidade da pessoa humana”, conclui a mensagem do Papa Francisco. (MJ)

inizio pagina

Papa nomeia Card. Vlk para celebrações dos 600 anos de morte de Jan Hus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco nomeou o arcebispo emérito de Praga – capital tcheca –, Cardeal Miroslav Vlk, seu Enviado especial para as celebrações dos 600 anos da morte de Jan Hus, previstas na cidade de Praga para os dias 5 e 6 de julho próximo.

Em 1999, João Paulo II havia definido o reformador boêmio, condenado no Concílio de Constança a ser queimado na fogueira em 1415, “uma figura memorável”, em particular, por “sua coragem moral diante das adversidades e da morte”.

“Na vigília do Grande Jubileu – dissera Karol Wojtyla em 17 de dezembro de 1999 – sinto o dever de expressar profundo pesar pela morte cruel infligida a Jan Hus e pela consequente ferida, fonte de conflitos e divisões, que foi desse modo aberta nas mentes e nos corações do povo da Boêmia.”

“O esforço que os estudiosos podem fazer para alcançar uma compreensão mais profunda e completa da verdade história é de importância crucial”, ressaltara o Papa polonês. A fé não tem nada a temer do esforço da pesquisa histórica, vez que também a pesquisa, em última análise, está voltada para a verdade que tem em Deus a sua fonte.”

“Uma figura como a de Jan Hus, que foi motivo de contenda no passado – acrescentara –, pode agora tornar-se um sujeito de diálogo, de cotejo e de aprofundamento em comum”, na esperança de que possam ser dados passos decisivos “no caminho da reconciliação e da verdadeira unidade em Cristo”.

O Enviado especial do Papa para as celebrações, o Cardeal Vlk, foi artífice da Comissão ecumênica “Husovká”, constituída com a finalidade de identificar de modo mais preciso o lugar que Jan Hus ocupa entre os reformadores da Igreja. (RL)

inizio pagina

Êxitos do diálogo ecumênico devem ser divulgados, diz Papa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Pontífice recebeu a senhora Antje Jackelén, Arcebispo da Igreja Luterana na Suécia, na manhã desta segunda-feira (04/05), no Vaticano.

Francisco recordou os 50 anos do Decreto sobre o Ecumenismo do Concílio Vaticano II que, de acordo com o Papa, representa ainda hoje o ponto de referência fundamental para o compromisso ecumênico da Igreja Católica. “Com este documento evidencia-se que já não se pode prescindir do ecumenismo”, afirmou Francisco.

Ao afirmar que o Decreto expressa um profundo respeito pelos irmãos e irmãs separados aos quais, na coexistência cotidiana, às vezes arrisca-se de dar-lhes escarça consideração, o Papa fez uma convocação à união:

“Católicos e Luteranos são convidados a procurar e promover a unidade nas dioceses, nas paróquias, nas comunidades no mundo inteiro”, disse Francisco, ao acrescentar: “no caminho para a plena e visível unidade na fé, na vida sacramental e no ministério eclesial ainda há muito trabalho a ser feito; mas podemos ter a certeza de que o Espírito Paráclito será sempre luz e força par ao ecumenismo espiritual e para o diálogo teológico”.

Conquistas

Francisco evidenciou que as conquistas de um consenso da comunhão fraterna alcançadas até agora não podem deixar de ser nominadas, especialmente no que diz respeito à família, matrimônio e sexualidade.

Estes êxitos “não podem ser calados ou ignorados por temor de colocar em dificuldades o consenso ecumênico já obtido. Seria uma lástima se nestas importantes questões se consolidassem novas diferenças confessionais”, advertiu o Papa.

Por fim, o Papa agradeceu à Igreja Luterana da Suécia por acolher tantos imigrantes sul-americanos nos tempos das ditaduras na América do Sul. Francisco também agradeceu a delicadeza da chefe da delegação em citar o pastor Anders Root. “Com ele dividi a cátedra de teologia espiritual e ele me ajudou muito na minha vida espiritual”, concluiu Francisco. (RB)

inizio pagina

Card. Sandri no Iraque: silêncio da comunidade internacional é traição

◊  

Bagdá (RV) – Prossegue no Iraque a visita do Prefeito da Congregação das Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri. Na manhã desta segunda-feira (4/05) ele encontrou a comunidade caldeia no Curdistão iraquiano, norte do país, em particular os refugiados. Durante a Divina Liturgia na Igreja caldeia de Duhoq, , o Cardeal destacou a fildelidade das famílias cristãs em meio às provações e perseguições.

O silêncio da comunidade internacional é traição

“Quando o homem deixa de ser fiel ao Deus da aliança – afirma o purpurado na mensagem – acaba por não ser fiel nem mesmo à sua própria humanidade e a de seus irmãos e irmãs, com os quais, quem sabe, tenha vivido até o dia anterior. Sei que me encontro em meio a pessoas amadas, que mais do que ninguém, sabem o que significa aquilo que eu falei, a partir do momento que experimentaram na própria pele a traição dos outros: daqueles que atacaram e tomaram suas casas e bens, que profanaram os templos onde se ensina a paz, acreditando fazer triunfar uma ideia de violência e de morte, que violentaram e roubaram a juventude das crianças e jovens para suas baixas satisfações. Mas traição – sublinhou – é também o silêncio que durou um longo tempo da comunidade internacional, o abandono das forças nacionais ou regionais que inicialmente haviam oferecido garantias e proteção”.

Colocar-se de joelhos diante da dos pobres

“Mas em todo este drama – foi a ressalva do Cardeal Sandri – não esqueçam de que enquanto o homem mentia e traía, Deus permanecia fiel. Se fez próximo, conforme a imagem de Cristo seu Filho. A vocês se aplica o que Papa Francisco disse há poucos dias a propósito dos pobres, dizendo-me para trazer a vocês sua saudação e bênção: ‘como eu gostaria que aprendêssemos a nos ajoelhar diante dos pobres!’. Nos coloquemos de joelhos diante da vossa experiência e dor, diante dos vossos silêncios e do vosso suportar, diante dos sequestros e de vossos mortos”.

Encontro com Presidente iraquiano

Já ontem, domingo, o Prefeito da Congregação das Igrejas Orientais encontrou o Presidente da República Federal do Iraque, Fuad Masum, ocasião em que apresentou a saudação do Papa Francisco e a oração pela paz e a reconciliação no país, junto à gratidão pelas obras de socorro e proteção aos sofredores e refugiados. A seguir, o Cardeal visitou o Museu Nacional - precioso testemunho que atesta a milenar história do Iraque e o suceder de diversas civilizações que deixaram por herança obras artísticas monumentais.

Na tarde do sábado, o Cardeal ordenou 14 sacerdotes alunos do Pontifício Colégio Urbano, provenientes de nove países asiáticos e africanos. (JE)

inizio pagina

Francisco falará sobre o amor no Retiro Mundial de Sacerdotes

◊  

Roma (RV) –  “Transformados a partir do amor e pelo amor” será o tema da reflexão do Papa Francisco para os participantes do III Retiro Mundial de Sacerdotes - organizado pela Renovação Carismática Católica e pela Fraternidade Católica -, a ser realizado de 10 a 14 de junho, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. O tema do encontro será “Chamados à santidade para a nova evangelização”.

Cinco temas deverão guiar as reflexões dos participantes: ‘Congregados’, Transformados’, 'Reconciliados', ‘Fortalecidos’ e ‘Enviados.....para a nova evangelização”, e que também terão como fio condutor a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.

A reflexão do primeiro dia – baseada no tema do retiro - será proposta pelo Pregador da Casa Pontifícia, Padre Raniero Cantalamessa. Já o Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter Turkson, conduzirá no segundo dia a reflexão ‘Reconciliados com Deus’. Após a Adoração Eucarística, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, presidirá a Santa Missa.

Na parte da tarde, Livio Tacchini, será o responsável pela reflexão ‘O preço da reconciliação’, que será seguida justamente por um momento de reconciliação dirigido pelo Padre Daniel Ange.

No dia 12 de junho, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o Padre Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova, falará sobre a palavra ‘transformados’, na reflexão intitulada ‘Deixa que o amor de Deus te transforme’. Após, a Irmã Briege McKenna e o Padre Kevin Scallon, conduzirão a adoração eucarística e a oração de cura interior.

Na tarde deste mesmo dia, o Papa Francisco falará sobre o tema ‘Transformados a partir do amor e pelo amor’. Após um momento de diálogo com os sacerdotes, o Pontífice celebrará a Eucaristia com o envio missionário dos participantes.

No dia seguinte, o tema será ‘Fortalecidos’, novamente aos cuidados de Frei Raniero Cantalamessa, cuja reflexão se intitula “Fortalecidos para serem mais plenamente discípulos missionários”. Após, o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Beniamino Stella, presidirá à celebração eucarística. Na parte da tarde, por sua vez. Dom Joseph Malagrega vai falar sobre ‘Viver o sacerdócio no poder do Espírito Santo”.

O Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, presidirá a Missa de abertura do encontro, enquanto o Cardeal Vigário da Diocese de Roma, Agostino Vallini, a de encerramento, no dia 14 de junho.

Maiores informações podem ser encontradas nos os sites  www.iccrs.org e  www.catholicfraternity.net

(JE)

inizio pagina

Violência e pobreza motivam migrações, diz Card. Maradiaga

◊  

Santo Antônio (RV) – O Cardeal Arcebispo de Tegucigalpa e Presidente da Caritas Internationalis, Dom Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, visitou o Arcebispo da Diocese de San Antonio, no Texas, Dom Gustavo García Siller, para inteirar-se da situação das centenas de detidos pelas autoridades da imigração estadunidense, principalmente centro-americanos e mexicanos.

Dom Maradiaga aproveitou a ocasião para fortalecer os laços desta cidade texana com seu país, Honduras. De fato, em 1999, a cidade enviou uma ajuda considerável para as vítimas do furacão Mitch, que castigou o país centro-americano. Outrossim, é grande o número de hondurenhos detidos na prisão de Dilley, um dos maiores centros de detenção nos Estados Unidos.

Numa coletiva de imprensa, o Presidente da Caritas referiu-se à difícil situação vivida por seus conterrâneos nas prisões, além de guatemaltecos e salvadorenhos. “As situações de pobreza e violência nestas regiões, motivaram este êxodo massivo de pessoas”, explicou o Cardeal.

No verão passado, a fronteira entre Estados Unidos e México viu crescer de maneira alarmante o número de crianças e jovens que viajavam desacompanhados por adultos. Uma crise humanitária que motivou – entre outras resoluções – o envio por parte do governo do Texas de efetivos da Guarda Nacional até as margens do Rio Bravo (que divide os dois países em uma ampla zona) e lançar uma campanha para frear, ou ao menos diminuir, a migração de menores centro-americanos aos Estados Unidos.

Muitos dos menores capturados pelas forças de segurança estadunidenses permanecem até hoje no Centro de Detenção de Dilley. O Cardeal Maradiaga ficou “muito comovido” ao conversar com alguns deles, custodiados pela Arquidiocese de San Antonio.

O Cardeal levará ao Papa Francisco informações sobre a realidade dos migrantes, sobretudo dos menores, especialmente em vista da visita que o Pontífice realizará ao país norte-americano em setembro próximo. O Papa tem uma preocupação muito grande pelo fenômenos da imigração, observou o Cardeal. (JE)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Jovens do mundo contra violência e escravidão

◊  

Córdoba (RV) - Realizar-se-á em Córdoba, Argentina, nos próximos dias 9 e 10, na Universidade de Villa Maria, o encontro internacional de jovens contra a violência e escravidão.

O evento, que espera a participação do chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Dom Marcelo Sánchez Sorondo, contará com a participação de jovens provenientes da África, Ásia e Europa.

Conscientizar os jovens para transformar a sociedade

Organizado pela Rede Mundial Juvenil e pela Ong “Conexões de redes”, o encontro quer iniciar um processo comunitário de conscientização e ação entre os jovens do mundo contra a escravidão e a violência, formar promotores do desenvolvimento, criar consciência e prevenção no setor para que os jovens tenham os instrumentos cognitivos justos para se tornarem protagonistas das transformações sociais, e envolver num apelo conjunto, os Estados e as organizações da sociedade civil.

Luta contra a prostituição e trabalho infantil 

“Temos de chamar a atenção, como nos pediu o Papa Francisco”, disse Alicia Peressutti, da Ong “Conexões de redes”, recordando como o encontro dos jovens nasceu depois da realização do simpósio contra o tráfico de seres humanos realizado, no Vaticano, em novembro de 2014. Dentre os temas que serão abordados o da mutilação dos genitais femininos na África, o drama da prostituição infantil e a chaga do trabalho infantil que será tratado por algumas Ongs brasileiras. (MJ)

 

 

 

 

 

 

inizio pagina

Primeira Paróquia dedicada a São João Diego fora do México

◊  

Buenos Aires (RV) – A primeira paróquia fora do México dedicada a São Juan Diego – o jovem asteca para quem Nossa Senhora de Guadalupe apareceu em 1531 – foi inaugurada na sexta-feira (1º/5) em Villa Lugano, bairro pobre ao sul de Buenos Aires. A Missa de dedicação da Igreja foi presidida pelo Arcebispo da Cidade do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, e concelebrada pelo Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, Dom Mario Aurelio Poli e pelo Reitor do Santuário de Guadalupe, Dom Enrique Glennie Graue. Após a celebração, a multidão de fieis presentes participou de uma grande festa popular.

“Venho de longe, do lugar onde Juan Diego disse a Virgem para procurar uma pessoa mais digna como mensageiro, pois ele era um simples operário”, afirmou o Cardeal mexicano em sua homilia, em uma liturgia marcada por cantos marianos, muitas lágrimas de alegria e forte devoção.

A criação da Paróquia dedicada a São Juan Diego foi disposta pelo Cardeal Jorge Mario Bergoglio, então Arcebispo de Buenos Aires. A devoção por Juan Diego de Cuauhtlatoatzin - canonizado por João Paulo II em 22 de julho – vem crescendo em todo continente latino-americano. (JE)

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



China protesta por inclusão em rol de países com perseguição religiosa

◊  

Pequim (RV) – A China apresentou um protesto formal esta segunda-feira (4/05) contra a classificação do país  pelos Estados Unidos como “de preocupação especial”, em uma lista que engloba países onde há perseguição religiosa.

O protesto ocorreu após a Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos ter publicado na última quinta-feira em seu informe anual, que a China é “um país de preocupação especial”, uma classificação que inclui ainda Vietnã, Myanmar e a República Popular Democrática da Coreia.

“O informe está repleto de preconceitos políticos e acusações infundadas, algo a que a China se opõe com firmeza”, declarou o Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, no encontró realizado diariamente com os jornalista.

“A China já protestou perante os Estados Unidos, exigindo que deixem de interferir em seus asuntos internos, sob o pretexto da religião”, acrescentou o Porta-voz. Hua reiterou que o governo chinês respeita e protege a total liberdade religiosa de seus cidadãos. (JE)

 

inizio pagina

Cardeal Maung Bo: cristãos cuidem dos pobres e marginalizados

◊  

Bangcoc (RV) - Recolhendo os ensinamentos do Papa Francisco e imitando Jesus, os casais cristãos devem sempre mais “olhar” para os pobres, os doentes, os marginalizados das “periferias do mundo”. Porque “hoje, este é o desafio meu e de vocês. Este é o grande desafio dos casais cristãos. Ver sem observar, escutar sem ouvir, viver sem amar. Enquanto os objetos substituíram a pessoa amada”.

Foi o que ressaltou o arcebispo de Yangun – Mianmar (ex-Birmânia) –, Cardeal Charles Maung Bo, na homilia da missa final do Simpósio sobre a família organizado dias atrás em Bangcoc, na Tailândia, pelo grupo Casais para Cristo (CpC).

Dirigindo-se às famílias participantes do Simpósio, o purpurado asiático chamou a atenção para os perigos de uma vida que não segue “a perspectiva” indicada por Jesus no seio da vida familiar.

Casais para Cristo é um movimento laico católico internacional, que se propõe a relançar e reforçar a família cristã e os valores dos quais ela é portadora. Como o movimento “Encontro de Casais com Cristo”, está presente em várias nações e se ocupa de temas ligados tanto à família quanto à sociedade e a vida humana. O encontro de dias atrás em Bangcoc reuniu mais de 300 pessoas.

Dirigindo-se aos casais presentes, o arcebispo de Yangun recordou a exortação do Papa Francisco que considera “toda família uma pequena igreja, que deve ser testemunha dos valores de Cristo”.

O Pontífice, prosseguiu o Cardeal Bo, “tornou-se a consciência moral” de uma sociedade “que não cuida” daqueles que sofrem, dos marginalizados, das “periferias do mundo”. Por isso, ele exorta cada família a “olhar para Cristo e para os pobres”, a fim de renovar a própria vocação.

No mais, prosseguiu o cardeal birmanês, antes do sacerdócio e da vida consagrada, “Deus criou a família”, e “Ele mesmo reside na ‘família’ da Trindade”. “Eis, portanto, que nos reunindo como ‘Casais para Cristo’ – acrescentou –, temos consciência de sermos nós mesmos os primeiros missionários, os primeiros apóstolos da família.”

A Arquidiocese de Yangun – capital comercial da ex-Birmânia – é formada por quase 100 mil fiéis, numa população de mais de 14 milhões de pessoas; o território é subdividido em 39 paróquias. Mianmar é uma nação multiétnica (mais de 135 etnias e minorias) e multiconfessional: embora não haja uma religião oficial de Estado, quase 80% dos cidadãos professa o Budismo Theravada; os cristãos são 4% (os católicos são 1%), como os muçulmanos, também eles 4%; 1% professa o hinduísmo, e um ulterior 2% pratica diferentes credos ou está ligado à tradição animista. (RL)

inizio pagina

Cardeal Tagle: crescimento econômico seja inclusivo para todos

◊  

Manila (RV) - O crescimento econômico das Filipinas deve ser inclusivo para todos as estratificações sociais: foi o que disse o arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle, em pronunciamento este sábado, dia 2, num Fórum sobre o combate à corrupção, organizado pela Associação dos economistas cristãos do país.

Em particular, em vista das eleições de 2016, o purpurado reiterou a importância de combater a compra e venda de votos em troca de favores pessoais, porque “viola a dignidade da pessoa”.

Em seguida, exortou os líderes econômicos a “dar “prioridade à dignidade humana”, convidando os cristãos “a um crescimento que seja moralmente inclusivo”. Os princípios éticos, acrescentou o arcebispo de Manila, devem levar a ver no outro “um irmão, não um mero cliente ou um mendicante que se agarra à benevolência alheia”.

Daí, o chamado a incluir as faixas mais pobres da população filipina no desenvolvimento do país asiático, buscando inclusive “encontros pessoais” com setores marginalizados da população, porque são formados por “pessoas como todas as outras, com sentimentos, sonhos, temores, mas também com muitas boas qualidades”.

“Não se trata somente de dar algo aos mais necessitados – continuou o Cardeal Tagle –, mas de também aprender algo deles, porque eles têm uma sabedoria que pode fazer com que o país e a economia filipina cresçam.”

Se tais pessoas “não forem ouvidas, não sabemos realmente que tipo de desenvolvimento se verificará”, concluiu o purpurado. Daí, a exortação final a uma economia socialmente inclusiva, que olhe para ao homem como pessoa. (RL)

inizio pagina

Formação



Menores imigrantes na Europa: à margem da lei

◊  

Reggio Calábria (RV) – Neste fim de semana a Marinha e Guarda Costeira italianas salvaram mais de 7 mil imigrantes à deriva no Mar Mediterrâneo. A odisseia dos imigrantes que tentam atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa tem um rosto não muito conhecido: o dos menores de idade. Os colegas Rafael Belincanta e Bianca Fraccalvieri visitaram um abrigo de emergência somente para os menores imigrantes. A realidade que encontraram lá não aparece nas manchetes dos jornais. 

Meninos de 10, 11 anos jogam bola no pátio de uma creche em Reggio Calábria, no sul da Itália, que virou um centro de acolhimento de emergência somente para os menores imigrantes. Algo trivial se eles não fossem sobreviventes dos recentes naufrágios no Mediterrâneo.

Um voluntário italiano confirma que muitos deles foram resgatados da embarcação em que mais de 700 pessoas morreram afogadas por estarem trancadas no porão do barco. O atravessador as teria trancado embaixo para que não ocupassem o lugar de quem pagou mais para poder atravessar o Mediterrâneo ao ar livre.

A maior parte dos recém-desembarcados é da Somália, Etiópia e Eritreia. Países em conflito entre si por questões territoriais e étnicas. Apesar disso, tiveram que dividir o mesmo barco. Mas no abrigo as diferenças se acentuam: alguns episódios de violência entre os menores precisaram ser apartados por voluntários, médicos e policiais.

A grande maioria chegou ao abrigo doente, padeciam de sarna e piolhos. As marcas brancas na pele escura revelam que muitos ainda precisam ser curados para, depois, seguir viagem.

Futuro incerto

Said, da Eritreia, fala um pouco de inglês. Disse que quer chegar a Roma e, da capital italiana, seguir viagem para a Suécia, aonde teria familiares à sua espera.

Abi, também eritreu, por sua vez foi identificado e pediu asilo como refugiado. Em inglês, contou querer ir a Roma onde aguardará o resultado dos documentos. Não conhece ninguém lá, mas tem o sonho de concluir os estudos.

Abi é minoria no abrigo. Quase a totalidade dos menores se negou a ser identificada pela imigração italiana já que tem, assim mesmo, a proteção das leis internacionais até completar 18 anos. Outros querem evitar ser registrados na Itália pois pretendem chegar a outros países da União Europeia.

Despero 

O clima é de tensão. Um ônibus do Ministério da Imigração italiano aguarda do lado de fora: deveria seguir viagem com ao menos 40 menores. Destino: centros de educação sociais na Itália. Muitos não aceitam, não querem a separação ou mistura dos grupos étnicos.

Na noite anterior, um grupo de exatamente 40 menores fugiu do abrigo. Saíram sem rumo. Foram encontrados em uma igreja, famintos. Antes, ainda, outra forma de protesto: fizeram greve de fome para não serem registrados.

Sinto esse medo de serem reconhecidos. Evitam conversar comigo, viram o rosto diante da máquina fotográfica. São mais de 150 menores entre meninos e meninas que, sem documentos, são apenas números. Números de uma suposta rede internacional de tráfico de pessoas que ninguém afirmou existir, mas que se faz perceber pelos 'olheiros' entre os menores.

Ação missionária

A missionária italiana Lina Guzzo estava lá. Para ela, a presença destes ‘olheiros’ que controlam todos os passos dos menores é um sinal claro desta rede.

“Deu a entender que eles têm domínio sobre os pequenos. Uma vez que eles estão fora, eu não sei o que vai acontecer com estes pequenos. Ou eles se tornam como aqueles, opressores, ou eles acabam mortos, desaparecem”, declarou irmã Lina, da Congregação de Scalabrini.

Na linha de frente da acolhida aos imigrantes está a missionária brasileira Maria Helena Aparecida. Com mais de 40 anos de experiência na missão com imigrantes, não hesita ao afirmar que hoje o tráfico de seres humanos é mais rentável que o de drogas e armas. “Se algo não for feito na origem, será uma catástrofe”, disse a religiosa scalabriniana. (Veja o video)

Com o verão às portas e as condições meteorológicas favoráveis, as preocupações aumentam na Itália. Inevitavelmente, novos barcos de imigrantes zarparão da costa do norte da África em direção à Europa. “E nós estaremos aqui, esperando por eles”, afirmou a missionária brasileira. (RB/BF)

inizio pagina

Cebs: uma Igreja assumida pelo laicato e no meio dos pobres

◊  

 

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do nosso quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” concluímos a participação do bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos Cruz Santos, MSC.

Em suas considerações finais o bispo desta Igreja particular do Rio Grande do Norte nos diz como, a seu ver, o Concílio ecumênico Vaticano II foi acolhido e assimilado pela Igreja na América Latina. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima

inizio pagina

Atualidades



Presidente do Iraque aguarda visita do Papa

◊  

 

Bagdá (RV) – Prossegue no Iraque a viagem do Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri. No domingo (03/05), o Cardeal argentino foi recebido pelo Presidente da República iraquiana, Fuad Masum, no palácio presidencial. No encontro, o purpurado manifestou a saudação do Papa Francisco, a sua oração pela paz e a reconciliação do país e seu agradecimento pelo trabalho de proteção das minorias, entre as quais os cristãos.

Por sua vez, o Presidente da República reafirmou a consciência de que os cristãos têm uma presença milenar no país  e são cidadãos a pleno título. Fuad Masum agradeceu a preocupação do Pontífice, que desde o início elevou a sua voz para condenar as violências, e expressou o desejo que Francisco possa visitar o Iraque assim que as condições a permitirem.

Antes de partir para a cidade de Irbil, o Card. Sandri reuniu-se ainda com o Primeiro-Ministro, Abadi. Entre os temas em debate, estiveram o avanço do Estado Islâmico e suas consequências, como a violência, a venda de mulheres e crianças, a perseguição das minorias e o extremismo religioso.

O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais regressará a Roma na terça-feira, 5 de maio.

(BF)

inizio pagina