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Sumario del 05/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa receberá Raúl Castro, no próximo domingo

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco receberá no próximo domingo (10/05), pela manhã, de maneira estritamente privada, o Presidente de Cuba, Raúl Castro. O encontro se realizará no escritório do pontífice na Sala Paulo VI.

A notícia foi confirmada, na tarde desta terça-feira (05/05), pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

“Como sabemos, o Presidente Raúl Castro agradeceu publicamente ao Papa pelo seu papel desempenhado na reaproximação entre Cuba e Estados Unidos. O Santo Padre irá a Cuba, em setembro próximo, antes de ir aos Estados Unidos”, disse o jesuíta. (MJ)

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7 mil crianças da 'Fábrica da paz' se encontram com o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco receberá, na próxima segunda-feira (11/05), na Sala Paulo VI, no Vaticano, sete mil crianças que irão conversar com o pontífice sobre paz, amor, acolhimento e integração.

Este será o primeiro evento organizado pela ‘Fábrica da paz’,  iniciativa lançada nesta terça-feira (05/05), na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, a fim de mobilizar as instituições, os meios de comunicação, os organismos eclesiais, organizações não governamentais, o mundo do trabalho e da política a construírem agora e no futuro um mundo de paz.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, participou da coletiva de apresentação da ‘Fábrica da paz’ e entrevistado pela nossa emissora disse:

“O Papa é muito feliz de  dialogar com as crianças, de brincar com elas e acolhê-las. O fato de ter uma iniciativa de educação que comece do ensino fundamental para recomeçar a educar para a paz com métodos adequados, fazendo encontrar crianças de condições, etnias e religiões diferentes como as que se encontram nas escolas públicas da Itália e em muitos outros âmbitos da sociedade italiana, é uma ideia importante e esperamos que consiga criar um movimento que seja arraigado na realidade de base que é o ensino fundamental para dar frutos de paz na medida em que as crianças crescem, com a solidariedade das instituições, das associações e de todas as pessoas envolvidas no campo da educação. O Papa fala de um “pacto educacional” entre famílias, escolas e sociedade; fala de uma “aldeia” necessária, como dizem os africanos, para educar a criança, portanto, de uma realidade comunitária muito ampla para educar, e fala de uma cultura do encontro que supere toda diferença e fronteira, até mesmo de tipo confessional, para o bem comum e da sociedade. O Papa pode dar uma contribuição inspiradora muito forte e com profunda sintonia a este projeto. Esperamos que dê bons frutos.”

A Rádio Vaticano entrevistou também a psicóloga Maria Rita Parsi, promotora do evento junto com outras personalidades, sobre a iniciativa que pretende educar para a paz.

“As crianças são o presente e o futuro e a elas devemos dar o testemunho de um mundo que deve ser pacificado, porque se não for assim o Planeta não conseguirá superar os traumas contínuos. Infelizmente, a agonia das guerras, do consumo que se faz do Planeta, e da violência chegaram a um ponto, junto com o mundo virtual que caminha paralelamente com o mundo real, que se não colocamos regras, normas, se não encontramos a maneira de ser tolerantes entre nós, de nos unir, de nos confrontar e dialogar, acredito que não existirá futuro, realmente, para o Planeta. Portanto, não haverá futuro para as crianças, para os futuros adolescentes e os adolescentes que hoje estão entre nós.”

Por que a escolha da palavra fábrica?

“Porque a paz tem de ser construída colocando tijolo por tijolo e os tijolos desta fábrica são as crianças. São o recurso efetivo da mudança, pois as crianças podem fazer uma revolução autêntica do coração.”

Quais aliados vocês têm na construção desta fábrica?

“Passar pelas escolas para formar os formadores. Envolver sobretudo quem educa. Portanto, as famílias, as instituições, ou seja, tudo o que está ligado ao social, à política, ao mundo do esporte e ao mundo espiritual. Nós somos um ponto de referência para essas ações sobre a paz que devem ser ações de profunda mudança cultural. As pessoas devem pensar na paz como devem pensar na água que estão desperdiçando, como devem pensar em se opor à fome que está aumentando. Todas as possiblidades de mudança e transformação passam pelo diálogo e a tolerância, passam pela paz.” (MJ)

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"Entregar-se ao Senhor: caminho para a esperança e a paz"

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Cidade do Vaticano (RV) - Tribulações, entrega e paz. Estas três palavras foram o centro da homilia do Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta terça, 05, na Casa Santa Marta. O Pontífice ressaltou que os cristãos não têm “comportamento masoquista” diante de dificuldades, mas se entregam ao Senhor com confiança e esperança. 

 

São Paulo foi perseguido, mas apesar de mil adversidades, permaneceu sólido na fé, encorajando os irmãos a esperar no Senhor. O Papa se inspirou no trecho dos Atos dos Apóstolos – da leitura do dia – para se concentrar em três pontos: tribulações, entrega e paz. Francisco evidenciou que para entrar no Reino de Deus, é preciso passar por momentos sombrios, difíceis.

Cristãos suportam adversidades com coragem

“Todavia – advertiu – este não é um comportamento masoquista, mas é a ‘luta cristã’ contra o príncipe deste mundo, que tenta nos afastar da ‘Palavra de Jesus, da fé e da esperança’. “Suportar as tribulações” é uma frase que o Apóstolo Paulo usa muito:

“Suportar é ter paciência, é carregar nas costas, é levar o peso das adversidades. A vida dos cristãos também tem momentos assim, mas Jesus nos diz: ‘Tenham coragem nestes momentos. Eu venci, vocês também serão vencedores’. Esta primeira palavra nos ilumina para superarmos os momentos mais difíceis da vida, aqueles momentos que nos fazem sofrer’”.

Depois de dar este conselho, Paulo “organiza aquela Igreja”, “reza sobre os presbíteros, impõe as mãos e os confia ao Senhor”.

Entregar-se ao Senhor nos momentos mais difíceis

A segunda Palavra: “entrega”: “Um cristão – disse – pode levar avante as tribulações e também as perseguições, entregando-se ao Senhor”. Somente Ele, reiterou o Papa, “é capaz de nos dar a força, de nos dar a perseverança na fé, de nos dar a esperança”: 

“Confiar algo ao Senhor, confiar este momento difícil ao Senhor, confiar eu mesmo ao Senhor, confiar ao Senhor os nossos fiéis, nós sacerdotes, bispos, confiar ao Senhor as nossas famílias, os nossos amigos e dizer ao Senhor: ‘Cuida deles, eles são teus”. É uma oração que nem sempre fazemos, a oração de entrega: ‘Senhor, te entrego isto, leva adiante Tu, é uma bela oração cristã. É a atitude de confiança no poder do Senhor, assim como na ternura do Senhor que é Pai”.

Quando esta oração vem do coração, disse o Papa, existe a certeza que é confiada ao Senhor, que é segura: “Ele não decepciona jamais”. As tribulações, refletiu o Papa, nos fazem sofrer, mas “a entrega ao Senhor dá esperança e daqui vem a terceira palavra: a paz”.

A Paz do Senhor reforça a fé

Francisco recordou aquilo que Jesus diz como “despedida” aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Porém, o Pontífice evidenciou, “não uma paz, uma simples tranquilidade”, mas uma paz que “chega ao âmago, uma paz que fortalece, que reforça o que hoje pedimos ao Senhor: a nossa fé e a nossa esperança”:

“Três palavras: tribulações, entrega e paz. Na vida, temos que percorrer caminhos tortuosos, é a lei da vida. Mas nestes momentos, ao entregar-se ao Senhor, Ele nos responde com a paz. Este Senhor que é Pai e nos ama tanto e não desaponta jamais. Continuemos hoje a celebração eucarística com o Senhor, pedindo que reforce a nossa fé e a nossa esperança, pedindo que nos doe a confiança para vencer as tribulações porque Ele venceu o mundo, e nos doe, a todos, a sua paz”. (CM/RB)

 

 

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Divulgado calendário do Jubileu da Misericórdia. Confira

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Cidade do Vaticano (RV) – A programação e o logotipo do Jubileu extraordinário da misericórdia foram apresentados esta manhã (05/05) aos jornalistas, em coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé.

Os detalhes foram expostos pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella – responsável pela organização do evento.

De acordo com o Arcebispo, a ideia do Jubileu nasceu em 29 de agosto do ano, quando Francisco lhe manifestou o desejo de convocá-lo. “Conseguimos manter um segredo pontifício”, declarou satisfeito, pois o anúncio “da surpresa” foi feito somente no dia 14 de março deste ano.

Dom Fisichella recordou que o Jubileu da Misericórdia “não é e não deseja ser o Grande Jubileu do Ano 2000. Qualquer comparação, portanto, não tem sentido, porque cada Ano Santo tem as suas peculiaridades e as próprias finalidades”. Trata-se, sobretudo de um Jubileu temático, que assenta fortemente no conteúdo central da fé e pretende recordar à Igreja a sua missão prioritária de ser sinal e testemunho da misericórdia em todos os aspectos da sua vida pastoral.

O Arcebispo explicou que o Papa deseja que este Jubileu não seja vivido somente em Roma, mas também nas Igrejas locais. Pela primeira vez na história dos Jubileus, é oferecida a possibilidade de abrir a Porta Santa – Porta da Misericórdia – nas próprias dioceses, particularmente na Catedral ou numa igreja especialmente significativa ou num Santuário nomeadamente importante para os peregrinos.

Logotipo

Dom Fisichella apresentou também o logotipo do Jubileu, que representa uma “suma teológica” da misericórdia e do lema que o acompanha. No lema, tirado de Lc 6,36, Misericordiosos como o Pai, propõe-se viver a misericórdia seguindo o exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38). O logotipo é obra do padre jesuíta M. I. Rupnik. A imagem mostra o Filho que carrega aos seus ombros o homem perdido.

“O desenho é feito de tal forma que realça o Bom Pastor que toca profundamente a carne do homem e o faz com tal amor capaz de lhe mudar a vida. Além disso, um detalhe não é esquecido: o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem.”

A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta é uma figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em Cristo. As três ovais concêntricas, de cor progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que tudo perdoa.

Calendário

Dom Fisichella apresentou ainda o calendário das celebrações, que têm início oficialmente em 8 de dezembro deste ano. “Quisemos que o primeiro evento fosse dedicado a todos aqueles que trabalham na peregrinação, de 19 a 21 de janeiro de 2016. É um sinal que pretendemos dar para deixar claro que o Ano Santo é uma verdadeira peregrinação e deve ser vivida como tal. Pediremos aos peregrinos para fazer um percurso a pé, preparando-se assim para atravessar a Porta Santa com o espírito de fé e de devoção.”

No dia 3 de abril haverá uma celebração destinada a todas as pessoas que se revêm na espiritualidade da misericórdia (movimentos, associações, institutos religiosos). Todas as pessoas do voluntariado caritativo, por sua vez, serão convocadas no dia 4 de setembro. A esfera da espiritualidade mariana terá o seu dia em 9 de outubro para celebrar a Mãe da Misericórdia.

Não faltam eventos dedicados especificamente aos adolescentes crismados: 24 de abril. E os jovens do mundo inteiro são convocados em Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude de 26 a 31 julho.

Outro evento será destinado aos diáconos que por vocação e ministério são chamados a presidir à caridade na vida da comunidade cristã. Para eles haverá o Jubileu a 29 de maio. No 160º aniversário da Festa do Sagrado Coração de Jesus, a 3 de junho, celebrar-se-á o Jubileu dos Sacerdotes. Em 25 de setembro será o Jubileu dos catequistas e das catequistas. Em 12 de junho, haverá o encontro dirigido a todos os doentes, às pessoas com deficiência e àqueles que com amor e dedicação cuidam deles. Em 6 de novembro será celebrado o Jubileu dos presos – um evento inédito. Espera-se que não seja realizado somente nas prisões, mas está sendo estudada a possibilidade para que alguns prisioneiros possam ter a oportunidade de celebrar com o Papa Francisco, em São Pedro, o seu próprio Ano Santo.

Outra novidade será o “missionário da misericórdia” – um sacerdote que seja nas paróquias e dioceses a extensão do Papa Francisco. O “missionário” – cujo envio será feito pelo Papa na Quarta-feira de Cinzas – deverá três características: paciente, bom pregador e bom confessor. A modalidade de escolha dos sacerdotes, que poderão ser também bispos eméritos,  ainda está sendo estudada.

Site

O website oficial do Jubileu já foi publicado: www.iubilaeummisericordiae.va, acessível em www.im.va. O website está disponível em sete línguas: italiano, inglês, espanhol, português, francês, alemão e polonês.

No website podem-se encontrar as informações oficiais acerca do calendário dos principais eventos públicos, as indicações para a participação nos eventos com o Santo Padre e todas as outras comunicações oficiais relativas ao Jubileu.

As redes sociais também serão utilizadas para promover o evento, e um aplicativo especial está sendo estudado. Haverá também subsídios divididos em cinco livros, com textos pertinentes à misericórdia.

Segurança

Na próxima semana, haverá a primeira reunião bilateral entre representantes da Santa Sé e autoridades italianas. Na pauta, entre outros temas, a questão da segurança.

“Acreditamos que o tema da Misericórdia com a qual o Papa Francisco colocou a Igreja no caminho jubilar possa ser um momento de verdadeira graça para todos os cristãos e um despertar para continuar no percurso da nova evangelização e conversão pastoral que o Papa nos indicou”, finalizou Dom Rino Fisichella. 

(BF)

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Cardeal Nichols condena com veemência violências contra Yazidis

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Cidade do Vaticano (RV) - Os yazidis são pessoas que “amam a paz”, por isso, as violências perpetradas contra eles tornam-se ainda mais odiosas. Foi o que afirmou o arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, Cardeal Vincent Gerard Nichols, comentando o bárbaro assassinato de mais de cem prisioneiros yazidis, estes dias, por mãos de milicianos do autodenominado Estado islâmico (Ei), no distrito de Tal Afar, próximo de Mosul, norte do Iraque.

Segundo reporta o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, as palavras do purpurado deixam transparecer uma particular comoção, ligada também à missão humanitária que ele mesmo realizou mês passado no Curdistão iraquiano.

“Sinto-me profundamente chocado com o assassinato brutal dessas pessoas que amam a paz. Os yazidis que encontrei na recente visita a Irbil me impressionaram com a tranquila dignidade deles”, disse o Cardeal Nichols, acrescentando estar certo de que todas as pessoas honestas de qualquer credo não poderão deixar de condenar esses assassinatos”, e convidando à oração pelas vítimas e em favor da paz na região.

Já de há muito no Iraque, junto com os cristãos, a minoria yazidi encontra-se na mira do fundamentalismo. A Onu estima que no ano passado cinco mil yazidis foram mortos no País do Golfo e que outros cinco a sete mil foram capturados e vendidos como escravos. (RL)

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A contribuição suiça ao Sínodo das Famílias

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Berna (RV) – Cerca de seis mil fieis responderam ao convite da Conferência Episcopal Suiça (CES) para contribuir com seus posicionamentos para a elaboração do questionário preparatório do próximo Sínodo Ordinário sobre a Família, a ser realizado em outubro próximo. O êxito da consulta confirma as respostas dadas à precedente sondagem online realizada em 2013 pelo Instituto de Sociologia Pastoral de San Gallo, em preparação ao Sínodo Extraordinário realizado em 2014.

Consenso sobre ensinamentos da Igreja sobre matrimônio e família

Se por um lado as respostas revelaram um amplo consenso e apreçamento dos fieis pelos ensinamentos da Igreja sobre matrimônio e família, por outro mostraram-se muito difusas quanto à compreensão para casos concretos de fracasso dos matrimônios e fragmentação das famílias. Neste ponto, aparece o desejo de que a Igreja encontre novas soluções para estes casos. Somente uma pequena minoria mostrou-se absolutamente contrária a qualquer modificação da atual doutrina católica nesta matéria.

Consciência das dificuldades e pedido de novas soluções

Em particular, segundo a maior parte das pessoas que participaram da consulta, a exclusão absoluta dos divorciados recasados dos sacramentos deveria ser revista em favor de uma aplicação mais flexível desta disposição e que leve em consideração casos particulares. Em relação aos casais homossexuais, mesmo se a maioria rejeita a equiparação das uniões entre pessoas do mesmo sexo ao matrimônio, muitos são favoráveis à concessão de uma bênção a estes casais, para que possam ter seu espaço na Igreja. Também comum entre as pessoas consultadas, é a consciência de que o matrimônio sacramental está se tornando sempre mais uma escolha minoritária, o que levou a um pedido de um maior empenho da Igreja na preparação e no acompanhamento dos casais que se casam na Igreja e de um maior apoio às famílias.

O participantes da consulta

A sondagem – coordenada pelo Secretariado da Comissão Pastoral da CES - foi realizada entre janeiro e março do corrente. Participaram agentes de pastoral, catequistas e fieis comprometidos nas paróquias e nas comunidades, além de associações eclesiais. Os dados, após analisados e sintetizados, foram compilados num relatório e enviados ao Vaticano. (JE)

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Expo 2015: Pavilhão Santa Sé já recebeu 8 mil visitantes

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Milão (RV) – Nos primeiros dias de funcionamento da Expo Milão 2015 já foram 8 mil os visitantes que entraram no pavilhão da Santa Sé, metade italianos e metade estrangeiros. Algumas pessoas o consideram o mais bonito da Exposição.

Os responsáveis da Expo Milão 2015 assinalam o forte impacto do versículo bíblico “Não só de pão”, o ambiente acolhedor dentro da estrutura do Vaticano e a série de imagens e vídeos que são apresentados, criados por um grupo de jovens milaneses. O conjunto todo atrai os jovens e quer ser um encontro entre os povos.

O pavilhão da Santa Sé se destaca também porque no contexto de inovações tecnológicas sobre os alimentos e cultivo da terra ajuda o visitante a entrar em si mesmo e a refletir sobre a dimensão mais profunda do alimento, ou seja, a partilha, a comunhão e a fraternidade. (SP)

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Site mostra como o Vaticano distribui a 'caridade do Papa'

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Pontifício Conselho Cor Unum – departamento do Vaticano que coordena as iniciativas humanitárias da Igreja Católica –, publicou na Internet os três filmes que estão sendo exibidos no pavilhão da Santa Sé na Expo-Milão 2015. Os vídeos mostram a resposta da Igreja às pobrezas espirituais e materiais do homem, os ‘rostos da fome’ dos quais falou o Papa em sua mensagem para a abertura da Expo 2015 e também as feridas da Criação. 

Os três vídeos podem ser baixados diretamente no novo site (em italiano) do Cor Unum que, durante a Expo, será dedicado principalmente ao evento e, depois, se tornará o site oficial do Pontifício Conselho. 

Perspectivas diversas

Rodados em Burkina Fasso, Equador e Curdistão iraquiano, os vídeos ilustram as obras de caridade da Igreja realizadas pelas entidades católicas para combater a fome, a sede e as destruições e mostram o empenho na promoção integral da pessoa, na partilha e salvaguarda do planeta. Em Burquina Fasso foram filmados poços de água que dão vida às regiões desérticas de uma área próxima de Uagadugu; no Equador, o tema foi o Banco Alimentar Diakonia, construído em Guayaquil para distribuir alimentos à população mais pobre. Já no Curdistão, é mostrada a distribuição de abrigos e alimentos, assim como a oferta de assistência psicossocial e espiritual nos campos de Arbil e Ankawa, aonde são acolhidos e assistidos os refugiados cristãos e yazidis que fugiram do auto-proclamado Estado Islâmico.  

(CM)

 

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Igreja no Brasil



Dois líderes indígenas são assassinados em uma semana

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Brasília (RV) – Movimentos ligados à defesa dos índios denunciaram que, somente na última semana, duas lideranças indígenas foram assassinadas no Brasil.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionária (CIMI), Eusébio Ka’apor foi morto a tiros no dia 26/04 na floresta amazônica no Maranhão, enquanto Adenilson da Silva Nascimento, da etnia Tupinambá, morreu em uma emboscada próximo a uma rodovia no sul da Bahia, na última sexta-feira.

O CIMI disse que Eusébio era conhecido por lutar pela preservação das terras ancestrais dos Ka’apor contra a ação desenfreada dos madeireiros. O território dos Ka’apor está localizado no Alto Turiaçu e tem sofrido inúmeras e consecutivas invasões por madeireiros ilegais nos últimos anos, denuncia a ONG inglesa Survival International, que condenou a morte de Eusébio.

O outro crime aconteceu em Olivença, ao sul de Salvador, na terra indígena dos Tupinambás. O líder Nascimento, conhecido como “Pinduca”, foi alvejado na beira de uma estrada por homens armados enquanto voltava de uma pescaria com a mulher e seus filhos.  Dezenas de índios protestaram nesta segunda-feira ao fechar a rodovia que liga Ilhéus a Uma. (RB)
 

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Teve início o processo de beatificação de Dom Hélder

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Recife (RV) - O processo para a beatificação e canonização de Dom Hélder Câmara iniciou, oficialmente, no último domingo, 3, com uma missa presidida pelo Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Fernando Saburido, na Catedral do Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda.

A celebração marcou a abertura da fase diocesana do processo para a beatificação e canonização de Dom Helder e decretou a formação do tribunal que será responsável pela causa. Composto por cinco membros, o grupo está encarregado de analisar os textos publicados pelo bispo e escutar as pessoas que tiveram contato com ele.

Concluída a fase de investigação, o Papa poderá conceder a Dom Hélder o título de Venerável Servo do Senhor. Para que um venerável se torne beato, é necessário que tenha havido um milagre por sua intercessão. Caso haja um milagre após ser proclamado beato, ele poderá ser canonizado.

“Temos consciência de que é um processo lento, mas não temos pressa. Queremos que as pessoas possam refletir a mensagem de Dom Hélder, suas ideias que são muito atuais. Espero que essa fase diocesana dure no máximo um ano, que dê tudo certo, e que possamos colaborar com a Igreja com essa apresentação de alguém que viveu realmente toda uma vida doada à construção do reino de Deus”, declarou Dom Fernando Saburido.

Em 2014 o episcopado iniciou o processo solicitando a beatificação de Dom Hélder e, em fevereiro deste ano, recebeu a autorização da Santa Sé para o pedido, oficializado com a celebração pela Arquidiocese de Olinda e Recife.

“Dom Hélder era um homem de uma personalidade impressionante. Era uma pessoa baixinha, franzina, mas que quando falava crescia, envolvia as pessoas. Ele sofreu muito diante da repressão, passando maus momentos de perseguição por enfrentar autoridades da época”, disse dom Saburido.

Dom Hélder Câmara

Foi dom Hélder Câmara que teve a iniciativa e levou adiante a ideia de constituir uma entidade que congregasse oficialmente os bispos da Igreja Católica no Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Ele nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza (CE), em uma família de doze irmãos. Após entrar muito jovem no seminário, foi ordenado sacerdote aos 22 anos. Conhecido por “dom da paz”, o bispo recebeu diversos prêmios pelo trabalho desenvolvido em defesa dos direitos humanos e por quatro vezes foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.

Dom Saburdio lembra que dom Hélder era conhecido no mundo todo por se “confundir” com os miseráveis, “estava sempre próximo às pessoas, defendendo a causa dos injustiçados. Ele era alguém que sabia construir um mundo novo, mais fraterno”.

Conhecido também por sua clara opção pelos pobres, Dom Hélder Câmara faleceu em 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, na casa em que residia em Recife, como arcebispo emérito de Olinda e Recife. (SP-CNBB)

 

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Igreja no Mundo



Bispos vietnamitas deploram novas regras sobre fé e religião

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Hanói (RV) – Os projetos de lei do governo vietnamita sobre “Fé e religião” violam “o direito à liberdade de religião”, vão contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição da República Socialista do Vietnã, o que demonstra que o objetivo do Governo é “interferir profundamente com os assuntos religiosos”, dando continuidade a uma política que favorece a corrupção e permite abusos das autoridades locais.

Esta é a resposta de alguns bispos vietnamitas ao pedido do governo para que a Igreja local se pronunciasse sobre as novas regras propostas pelo Comitê para os Assuntos Religiosos. O breve tempo concedido para a resposta foi considerado como uma “manobra”, fazendo parecer que as coisas são feitas de “maneira democrática”.

No documento da Diocese de Kontum, assinado pelo Bispo Hoang Duc Oanh e pelo Emérito Tran Thanh Chung, é destacada a violação da Declaração da ONU e da Constituição, e se reitera que os projetos de lei “vão contra a democratização do país”.

O Vigário Geral da Diocese de Bac Ninh, Dom Joseph Nguyen Duc Hieu, recorda por sua vez que a Constituição vietnamita afirma o direito à liberdade religiosa e ‘reconhece, respeita, protege e garante’ o direito dos cidadãos em atuar no campo político, econômico, cultural e social.

“Os atuais projetos de lei – denuncia o prelado – são contra o direito à liberdade de religião e de fé” e “apresentam muitas lacunas e limitações sobre o direito” à liberdade religiosa. Com o novo projeto – afirma -  “todas as organizações religiosas e suas personalidades,  ao invés de gozar dos direitos legítimos, são obrigadas a pedi-los para poder exercê-los quando quiserem organizar cerimônias, formação, coordenação, etc”.

“Estes – conclui o prelado – são os nossos comentários sinceros e sugestões. Desejamos que a lei sobre fé e a religião seja um documento legal para o progresso, para a felicidade das pessoas, e a maior de todas as felicidades é a liberdade de praticar o próprio credo religioso e viver a própria vida espiritual. Somente assim a sociedade é capaz de se desenvolver em modo constante e belo”. (JE)

 

 

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Nepal: Igreja ajuda vítimas em áreas remotas

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Kathmandu (RV) – “A situação permanece grave mas o apoio internacional está chegando e as pessoas estão encontrando um pouco de conforto. Foi criado um Comitê de coordenação de todas as realidades e ONGs envolvidas. A Caritas está ajudando as pessoas atingidas pelo sisma de 25 de abril em sete distritos. Estamos privilegiando as famílias e os povoados atingidos nas áreas remotas, onde as ajudas tardam a chegar”. Foi o que declarou à Agência Fides o pró-Vigário Apostólico do Nepal, Padre Silas Bogati.

O sacerdote contou à Fides que “o importante é mostrar unidade entre todos os sujeitos envolvidos na solidariedade e coordenar da melhor forma as obras de socorro. Hoje os nepaleses estão um pouco mais aliviados ao ver como a ajuda esteja chegando de todas as partes do mundo. A mobilização da comunidade internacional é comovente. Após a fase dos socorros, iniciará a da reconstrução. Como Igreja Católica estamos plenamente inseridos nesta obra de proximidade e caridade e levamos às pessoas um anúncio de esperança: a vida não acabou, a esperança vive!”.

A Caritas está ajudando milhares de habitantes dos vilarejos próximos ao epicentro do sisma, em Gordkha e Sindhupalanchowk e em outros distritos periféricos, como Nuwakot, Lamjung, Rasuwa, Dhadhing e Okheldhuga. Graças à solidariedade mostrada pelas Caritas presentes em muitos países do mundo, dezenas de caminhões e mercadorias aerotransportadas estão a caminho do Nepal. (JE)

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Turquia poderá ter maior estátua dedicada a Maria

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Esmirna (RV) – O candidato pela região de Esmirna  do Partido turco para a Justiça e o Desenvolvimento (AKP), Cemil Seboy, prometeu, que se eleito nas eleições de 7 de junho próximo, vai lutar pela construção da maior estátua do mundo dedicada a Virgem Maria, no Distrito de Selcuk. A ideia do aspirante a deputado foi inspirada na gigantesca estátua do Cristo Redentor, que do Corcovado, domina a Baía da Guanabara

Em declarações à imprensa local, o candidato apresentou a ideia como uma tentativa de aumentar o interesse turístico pela região, onde já existem as ruínas de Éfeso e também a Meriem Ana Evi, conhecida como “Casa de Maria”, descoberta em 1891 com base nas revelações da mística Katharina Emmerick.

Nos projetos expostos pelo candidato nos encontros com seus potenciais eleitores – e em particular com os comerciantes, interessados em incrementar o turismo na área – figura também a construção de um teleférico que levaria os turistas até o alto da colina onde deverá ser construída a estátua da Virgem Maria – caso o candidato for eleito. (JE)

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Justiça e Paz: migrantes, prioridade da Igreja no Vietnã

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Hanói (RV) - O fenômeno da migração interna e externa adquire uma relevância cada vez maior no Vietnã. Em sua assembleia anual, realizada na metade de abril em Ho Chi Minh City (ex-Saigon), os bispos abordaram a questão abrindo um mesa de discussão e debates.

A Igreja local está buscando “respostas” aos desafios que aumentam cada vez mais. Através do presidente da Comissão Justiça e Paz, os líderes católicos esclarecem que tal fenômeno constitui desafio para “os mais altos cargos do Estado” e, em particular, “os organismos prepostos em defesa dos viajantes”, e para aqueles que lutam contra o tráfico de vidas humanas. Porque mesmo sendo “um fenômeno recente”, hoje diz respeito a milhares de cidadãos, homens e mulheres, muitas vezes vítimas de violências e abusos.

Na assembleia, o responsável pela Comissão Episcopal para os Migrantes, Dom Joseph Nguyên Chi Linh, ilustrou o problema apresentado pelos deslocados internos e por aqueles que decidem emigrar para o exterior em busca de trabalho.

A migração no Vietnã, explicou o prelado, é um fenômeno recente: a primeira, grande migração é de 1954, com a fuga para o Sul de um milhão de vietnamitas após os acordos de Genebra que dividiram o país em dois blocos.

Em seguida, outros fenômenos se verificaram em abril de 1975, com o fim da guerra e a retomada do poder por parte do Norte. Daí, a fuga dos clandestinos, com números que variam de um a cinco milhões, segundo as fontes.

E ainda, os numerosos migrantes internos – do campo para as grandes cidades – e os expatriados das últimas décadas – primeiro no ex-bloco soviético, hoje, na Malásia, Taiwan e nos Países do Golfo como Catar e Arábia Saudita – por questões econômicas ou em busca de trabalho.

Em entrevista à Rádio Free Asia (Rfa), o bispo da Diocese de Vinh e presidente da Comissão Justiça e Paz da Igreja no Vietnã, Dom Paul Nguyên Thai Hop, disse que foi para responder a esses desafios que nasceu o que hoje chamamos de “Pastoral para os Migrantes”.

Dom Paul explicou que “é nosso dever” e missão das comunidades presentes no território “acolher migrantes” e favorecer “as condições propícias para a integração deles”. A pastoral da Igreja dedica “grande atenção aos migrantes”, acrescentou, e “considera esse empenho como um dever”. Afinal de contas, como alguns ressaltam, também Jesus “era um migrante”, observou. (RL)

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Formação



Beneditinos: oração e trabalho a serviço da Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) – Nosso espaço dedicado à Vida Consagrada entra hoje numa nova fase: vamos falar das grandes congregações e institutos que reúnem no mundo mais de um milhão de consagrados.

E começaremos com os beneditinos, que constituem uma das estruturas mais antigas da Igreja, com cerca de 1500 anos.

O fundador da Ordem, S. Bento nasceu em 480 e morreu em 540, no século VI e escreveu a famosa regra “ora et labora”, que rege a vida dos mosteiros. Os beneditinos, porém, estão estruturados de maneira diferente de outras congregações. Não há um geral, não há um provincial, e cada mosteiro alcança a sua autonomia com um superior local. Em 1893, o Papa Leão XIII organizou a ordem de modo que se assemelhasse às ordens modernas.

Hoje, a Ordem de S. Bento é composta por 11 congregações diferentes. Há um abade primaz que representa os beneditinos junto à Santa Sé, mas que não tem qualquer autoridade sobre o monge individual.

Mas quem escolhe ser beneditino, escolhe abraçar qual carisma? Quem nos responde é Dom Hugo Cavalcante, Vigário Judicial do Tribunal Interdiocesano de Uberaba – MG (clique acima para ouvir).

Na próxima edição, falaremos dos desafios que os beneditinos enfrentam hoje e como a Ordem está estruturada no Brasil.

(BF)

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A importância da doação de sangue

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Cidade do Vaticano (RV) - A Pastoral da Saúde promoveu, no mês passado, a campanha nacional de doação de sangue intitulada “Abril solidário” que teve como tema “Solidariedade tá na veia!” a fim de capacitar e orientar o povo brasileiro na busca de doadores e incentivar o ato de doar sangue. 

A doação de sangue é ainda hoje um problema de interesse mundial, pois não há uma substância que possa, em sua totalidade, substituir o tecido sanguíneo.

Silvonei José conversou com o Bispo de Piracicaba (SP), Dom Fernando Mason, sobre a importância da doação de sangue. (MJ/CNBB)

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Nossa Senhora de Nazaré acolhe Dom Vicente Zico no céu!

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Rio de Janeiro (RV) - Estou comovido com a notícia da Páscoa de meu querido amigo e antecessor na Sé Arquiepiscopal de Santa Maria de Belém, do Grão Pará, Sua Excelência Reverendíssima, Dom Vicente Joaquim Zico, CM. Mais do que uma relação protocolar, realmente nos tornamos irmãos e amigos.

         Convivi, dentro da mesma residência, com Dom Vicente desde a minha nomeação para Belém! Um grande amigo e fraterna presença! Agora que ele volta ao Pai carregado de tantas boas obras, deixa saudades, pois sempre foi um belo exemplo de pastor! Sua voz continuará ressoando vigorosa nos corações que o ouviram falar apaixonadamente sobre Cristo, a Igreja e Nossa Senhora de Nazaré. Que receba a recompensa de uma vida doada a Deus e ao Seu Povo. Repouse em paz, bravo e santo homem de Deus!

         Os dons que Dom Vicente Zico recebeu de Deus serviram como canal de graça para tantas pessoas no decorrer de sua vida. Ele foi um autêntico servidor do Evangelho de Jesus Cristo. Chegou em Belém, nomeado que foi em 05 de dezembro de 1980, para ser Arcebispo Coadjutor de Dom Alberto Ramos. Cumpriu este ofício até 1990, quando se tornou Arcebispo Metropolitano, até a minha chegada em 2004, para sucedê-lo.

         Fez de seu ministério uma pregação constante do discipulado de Maria que leva Jesus: “Com Maria, Mãe de Jesus”!

         Quando Dom Vicente comemorou seus 80 anos de vida, como seu sucessor eu tive ocasião de dizer: “Ele é uma pessoa insubstituível, tem todo um carisma especial que sempre é levado adiante na sua missão”. Dom Vicente foi o 8º Arcebispo desta Arquidiocese, e toda esta programação, em que celebramos juntos o dia de São João Maria Vianey, é muito importante para comemorar também a figura respeitável do sacerdote. Antes de tudo, Dom Vicente foi um grande pai para os seus sacerdotes. Lembro-me bem de Dom Carlos Verzelletti, nosso Bispo Auxiliar naquele tempo, e agora Bispo de Castanhal, dizer com propriedade: ‘aprendi a ser bispo com ele’.

         Eu, de certa maneira, herdei os frutos do trabalho episcopal de Dom Vicente, o seu zelo, a sua dedicação, a sua simplicidade, a sua jovialidade, a sua alegria de pregar a Palavra de Deus e o seu testemunho de bom pastor que conheceu as suas ovelhas e as chamou pelo nome. A sua devoção especial por Nossa Senhora de Nazaré e as suas pregações empolgantes, em que exalava na sua voz grave aquilo que ele vivia genuinamente, emocionava a todos. Ele, simplesmente, antes de tudo foi um sacerdote, um religioso, que viveu a fidelidade do Evangelho com muita simplicidade e grande devotamento.

         Sorridente, sempre pronto para ouvir e para acolher, convivemos como irmãos. Não houve uma rusga entre nós, sequer um desentendimento. Dom Vicente sempre presente em todos os momentos da vida da Arquidiocese. Ele era o porto seguro que estávamos caminhando pastoralmente no caminho de Cristo, na busca da unidade.

         Dom Vicente percorreu os caminhos da santidade. Eu tive a graça de convidá-lo para pregar o retiro de todas as cinco turmas do clero aqui do Rio de Janeiro. D. Vicente Joaquim Zico partilhou, naquele momento de retiro, as suas experiências de participante do carisma de São Vicente de Paulo e da sua longa vida a serviço da Igreja. Foi pelo testemunho de sua vida, que pude presenciar durante nossa convivência em Belém do Pará, o quanto ele era alegre, o quanto era santo, o seu extremo zelo por tudo da Igreja.  Dele eu guardo esta figura de santidade, esta alegria em ser santo.

         Agradecemos ao Senhor pela sua vida e vocação, pelo seu “sim” e serviço à Igreja como homem de Deus, testemunhando, com alegria, a sua fé!

         Rezemos pelo seu descanso junto de Deus!

Orani João Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro

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Atualidades



Presença de cruz obriga remoção de estátua de João Paulo II na França

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Paris (RV) – O Tribunal Administrativo de Rennes, França, acolheu o recurso apresentado pela Federação Nacional do Livre Pensamento, ordenando a remoção da estátua de São João Paulo II do centro de Ploërmel, pequena cidade da Bretanha. A municipalidade tem seis meses para retirar o monumento.

“A estátua é circundada por um arco sobre o qual está uma cruz, símbolo da religião cristã, e que pela sua disposição e dimensões, tem um caráter ostentatório”, justifica a decisão do Tribunal. Portanto, “deve ser removido de sua posição atual”, ordena a sentença. O que tornou a estátua “ilícita”, portanto,  foi a presença do crucifixo sobre ela.

Os membros da Federação Nacional de Livre Pensamento exultaram com a decisão. A este propósito, nos meses passados a mesma federação fez remover em Savoia, uma estátua da Virgem Maria, por violar a Lei de 1905 sobre a separação entre Estado e Igreja. (JE)

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Cristãos se preparam para canonização de duas religiosas palestinas

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Jerusalém (RV) – Uma coletiva de imprensa vai apresentar neste dia 6 de maio as iniciativas litúrgicas e pastorais em preparação à canonização das duas Beatas palestinas, Irmã Marie Alphonsine Ghattas e a carmelita Mariam Bawardi, a ser realizada no próximo dia 17 de maio, no Vaticano. O encontro a ser realizado no Christian Media Center de Jerusalém, é convocado pela Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa

Em preparação à Missa de canonização presidida pelo Papa Francisco, todas as paróquias e conventos católicos da Terra Santa estarão abertos, já no sábado dia 9, para a celebração de missas, momentos de adoração e vigílias de oração.

Após a canonização, será desenvolvido um intenso programa litúrgico, segundo divulgado pela mídia oficial do Patriarcado Latino de Jerusalém. Estão previstas missas de ação de graças em diversas cidades e vilarejos da Terra Santa, desde Ramallah, no dia 30 de maio, até Haifa, no Mosteiro de São Elias, em 17 de outubro. (JE)

 

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Santo Sudário: encontro internacional de estudiosos

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Turim (RV) – Cerca de 300 estudiosos e especialistas provenientes de todas as partes do mundo se reuniram no último sábado, 02, em Turim, norte da Itália, para o encontro anual do Centro internacional do Santo Sudário com as realidades relacionadas e que colaboram com o mesmo Centro. Objetivo do mesmo foi avaliar alguns temas da pesquisa sobre o Santo Sudário que necessitam de ulteriores estudos.

As intervenções abordaram a pesquisa histórica, a formação da imagem no Santo Sudário e sua coloração, pesquisas de medicina legal e análise do pólen encontrado no tecido. O Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia, louvou e incentivou o trabalho dos pesquisadores.

Para Gian Maria Zaccone, Diretor científico do Museu do Santo Sudário e Vice-diretor do Centro internacional sobre o Sagrado Tecido, demasiadas vezes a pesquisa histórica que demonstrar ou não que o Santo Sudário pertenceu às peças funerárias de Jesus, quando se deveria privilegiar a pesquisa direta sobre o objeto.

Para Rainer Riesner, professor do “Novo Testamento” no Instituto de Teologia Evangélica na Faculdade de Ciências humanistas e teológicas de Dortmund, poderia subsistir a possibilidade de uma presença de componentes da família de Jesus em Edessa, cidade da atual Turquia, por muitos considerada a primeira etapa do longo itinerário do Santo Sudário ao longo dos séculos.

Flávia Manservigi, da Universidade de Bolonha, fez uma palestra sobre o flagelo, os instrumentos de tortura cujos numerosos sinais são bem visíveis na imagem do lençol, destacando, em particular, a identificação de alguns objetos catalogados nos Museus Vaticano como sendo utilizados nas flagelações dos primeiros séculos. (SP)

 

 

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