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Sumario del 08/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: "Diálogo e unidade são obras do Espírito Santo!"

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Cidade do Vaticano (RV) - O Espírito Santo cria “movimento” na Igreja, o que aparentemente é visto como confusão; mas, quando acolhido em oração e com espírito de diálogo, gera sempre unidade entre os cristãos. Foi o que afirmou o Papa em sua homilia da manhã, na Casa Santa Marta, dedicada por Francisco à sua pátria, no dia de Nossa Senhora de Lujan, Padroeira da Argentina.  
 
O Deus desconhecido movimenta as águas da Igreja e todas as vezes que os cristãos, a partir dos Apóstolos, se confrontaram com franqueza e no diálogo, sem fomentar traições e ‘correntes’ internas, sempre compreenderam o que era justo fazer, graças à inspiração do Espírito Santo.

Orientando-se pelos Atos dos Apóstolos, Francisco mencionou as situações de confronto e conflito que a primeira comunidade cristã teve que viver. 

A leitura do dia narra a conclusão do primeiro Concílio de Jerusalém que estabeleceu, depois de alguns atritos, as poucas e simples regras que deviam ser observadas pelos novos convertidos ao Evangelho. 

O problema, recorda Francisco, é que antigamente, havia uma luta interna entre os definidos ‘fechados’ – grupo de cristãos muito ‘presos à lei’, que queriam ‘impor as condições do hebraísmo aos novos cristãos’ – e Paulo de Tarso, o Apóstolo dos pagãos, firmemente contrário a esta constrição:

“Como resolvem o problema? Se reúnem e cada um dá o seu parecer, dá a sua opinião. Discutem, mas como irmãos e não como inimigos. Não fazem correntes para vencer, não vão aos poderes civis para ganhar, não matam para triunfar. Procuram o caminho da oração e do diálogo. Mesmo com opiniões totalmente opostas, dialogam e entram em acordo. É obra do Espírito Santo”. 

A decisão final, destacou Francisco, é tomada na concórdia. E é sobre esta base que foi escrita no final do Concílio a carta a ser enviada aos “irmãos” que “provêm dos pagãos”. O conteúdo nela comunicado é fruto de uma compartilha bem diferente das manobras colocadas em ato pelos intransigentes da tradição:

“Uma Igreja onde jamais existem problemas do gênero me faz pensar que o Espírito não está tão presente. E numa Igreja onde sempre se discute e os irmãos se traem uns aos outros, ali não está o Espírito! O Espírito faz a novidade, cria a sabedoria que Jesus prometeu: ‘Ele vos ensinará!’. Ele move, mas é quem, no final, cria a unidade harmoniosa entre todos”.

A última observação do Papa foi sobre a frase adotada para concluir a carta. Palavras que revelam a alma da concórdia cristã, não um simples ato de boa vontade, mas um fruto do Espírito Santo:

“Isso é o que nos ensina hoje esta Leitura, que nos ensina o primeiro Concílio ecumênico. ‘De fato, pareceu bem ao Espírito Santo, e a nós …: esta é a fórmula, quando o Espírito nos coloca todos de acordo. Agora continuemos a celebração eucarística e peçamos ao Senhor Jesus, que está presente entre nós, que nos envie sempre o Espírito Santo, a nós, a cada um de nós. Que Ele nos envie à Igreja, e que a Igreja saiba ser fiel aos movimentos que o Espírito Santo faz”.

(CM/BF)

 

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Viagem Apostólica do Papa a três países da América Latina

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Cidade do Vaticano (RV) – A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou, nesta sexta-feira, o programa oficial da Viagem Apostólica que o Papa Francisco fará à América Latina, onde visitará o Equador, Bolívia e Paraguai, de 5 a 13 de julho próximo.

O Papa partirá, domingo, dia 5, do aeroporto romano de Fiumicino, às 9h00 locais, com destino a Quito, onde chegará às 15h00 locais. Ali se dará a cerimônia de boas vindas.

Na segunda-feira, dia 6, o Papa partirá, às 9h00 para Guayaquil, onde, às 11h15, celebrará a Santa Missa diante do Santuário da Divina Misericórdia. Às 14h00 almoçará, no Colégio Javier, com a Comunidade dos Jesuítas e com a comitiva papal.

Na parte da tarde, às 17h10, voltará de avião para Quito, onde, às 19h00 fará uma Visita de cortesia ao Presidente da República, no Palácio presidencial “Carondelet”. A seguir, às 20h10, concluirá o dia com uma visita à Catedral de Quito.

Terça-feira, dia 7, o Santo Padre iniciará seu dia encontrando, às 9h00, os Bispos do Equador, no Centro de Congressos do Parque do Bicentenário, onde, a seguir, às 10h30, presidirá a uma celebração Eucarística.

À tarde, às 16h30, encontrará o mundo Escolar e Universitário, na Pontifícia Universidade Católica do Equador. Depois, às 18h00, encontrará a Sociedade Civil, na igreja de São Francisco, e, por fim, fará uma visita particular à “Igreja da Companhia”.

Quarta-feira, dia 8, às 9h30, visitará a Casa de Repouso das Missionárias da Caridade; às 10h30, encontrará o Clero, os Religiosos, Religiosas e Seminaristas, no Santuário Nacional mariano “El Quinche”.

Às 12h00, partirá de avião de Quito para La Paz, na Bolívia, onde chegará às 16h15, hora local; às 18h00, fará uma Visita de Cortesia ao Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, no Palácio do Governo.

Às 19h00, encontrará as Autoridades Civis, na Catedral de La Paz. Às 20h00 partirá de avião para Santa Cruz de la Sierra, onde chegará às 21h15.

Quinta-feira, dia 9, às 10h00, o Papa presidirá a uma celebração Eucarística, na Praça de Cristo Redentor. À tarde, às 16h00, encontrará os Sacerdotes, Religiosos, Religiosas e Seminaristas, na escola Dom Bosco. A seguir, às 17h30, participará do II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, no centro da “Expo Feria”.

Sexta-feira, dia 10, às 9h30, o Santo Padre visitará o Centro de Reeducação Santa Cruz de Parmasola; às 11h00, encontrará os Bispos da Bolívia, na igreja paroquial de Santa Cruz; às 12h45, cerimônia de despedida no aeroporto internacional de Viru Viru.

Às 13h00, o Papa partirá de avião para Assunção, no Paraguai, onde chegará após duas horas de viagem. No aeroporto internacional “Silvio Pettirossi”, da capital paraguaia, se dará a cerimônia de boas vindas.

Na parte da tarde, às 18h00, o Pontífice fará uma Visita de Cortesia ao Presidente da República, no Palácio de Lopez; a seguir, encontrará as Autoridades e o Corpo Diplomático, no jardim do Palácio de Lopez.

Sábado, dia 11, às 8h30, o Santo Padre visitará o Hospital Geral Pediátrico “Niños de Acosta Ñu”. Mais tarde, às 10h30, celebrará uma Santa Missa no Largo do Santuário Mariano de Caacupé.

Na parte da tarde, às 16h30, encontrará os Representantes da Sociedade Civil, no estádio León Condou da escola São José; às 18h15, presidirá à oração das Vésperas com os Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Religiosos, Religiosas, Seminaristas e Movimentos católicos, na Catedral Metropolitana da Assunção.

Domingo, 12 de julho, último dia da sua Viagem Apostólica à América Latina, o Papa visitará, às 8h15, a População do Bañado Norte, na Capela de São João Batista. Às 10h00, celebrará a Eucaristia no campo grande de Ñu Guazú, seguida da oração mariana do Angelus.

Às 13h00, encontrará os Bispos do Paraguai, no Centro Cultural da Nunciatura Apostólica e, a seguir, almoçará com os Bispos e com a Comitiva papal. Às 17h00, concluirá suas atividades com um encontro com os Jovens paraguaios, nas margens do rio “Costanera”.

Por fim, às 19h00, o Santo Padre concluirá sua Viagem Apostólica à América Latina, deixando o Paraguai de avião, que o levará de volta a Roma, onde sua chegada está prevista para as 13h45, hora local. (MT)

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Papa: doping leva a vitória estéril

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco voltou a falar da importância do esporte ao receber nesta sexta-feira (08/05), na Sala Paulo VI, cerca de sete mil membros da Federação Italiana de Tênis.

Em seu discurso, o Papa reiterou que a Igreja reconhece que a prática de esportes incide na formação da pessoa, nas relações e na espiritualidade. “Vocês, atletas, têm uma missão a cumprir: poder ser válidos modelos a imitar para quem os admira. E também os dirigentes, treinadores e agentes esportivos são chamados a testemunhar valores humanos, mestres de uma prática esportiva que seja sempre leal e límpida.”

Falando de modo especial do tênis, Francisco o considera uma modalidade “muito competitiva”, mas a pressão por obter resultados significativos jamais deve levar a procurar atalhos, como acontece no caso do doping. “Como é feia e estéril a vitória que se conquista desrespeitando as regras e enganando os outros!”, disse.

O Pontífice citou o Apóstolo Paulo, que usa o exemplo de um atleta para ilustrar uma característica importante da existência humana: «Não sabeis que aqueles que correm no estádio, correm todos, mas um só ganha o prêmio? Correi, portanto, de maneira a consegui-lo!».

Num certo sentido, notou o Papa, esta é a experiência cotidiana no tênis. Mas São Paulo se refere ao desafio de dar um significado último à própria vida.

“Portanto, gostaria de exortar cada um de vocês a colocar-se em jogo não somente no esporte, mas na vida, em busca do bem, do verdadeiro bem, sem medo, com coragem e entusiasmo. Coloquem seus dons a serviço do encontro entre as pessoas, da amizade e da inclusão.”

De 7 a 17 deste mês, a cidade de Roma hospeda o torneio “Internacional de Tênis”.

(BF)

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Papa: "Que não se repitam na Igreja crimes contra menores"

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Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou, nesta sexta-feira (08/05), o quirógrafo com o qual o Papa Francisco instituiu oficialmente, em 22 de março do ano passado, a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores.

Junto com o documento pontifício foi publicado também o Estatuto da comissão.

“Fatos dolorosos levaram a Igreja a fazer um profundo exame de consciência e junto com o pedido de perdão às vítimas e à sociedade pelo mal causado levaram a promover com firmeza iniciativas de vários gêneros com o objetivo de reparar o dano, fazer justiça e prevenir, com todos os meios possíveis, a repetição de episódios semelhantes no futuro”, ressalta Francisco no quirógrafo.

Os estatutos da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, presidida pelo Cardeal Sean O’Malley, vão ser implementados a título experimental nos próximos três anos.

“É preciso fazer tudo o que for possível para garantir que crimes como os que aconteceram não mais se repitam na Igreja. Aos meus colaboradores peço que me ajudem a responder às exigências dos menores”, escreve o Santo Padre. 

Sublinhando o fato de que assim ele decidiu continuar a obra de seus predecessores, o Papa Francisco ressalta que “o objetivo da comissão é o de promover, junto com a Congregação para a Doutrina da Fé, a responsabilidade das Igrejas particulares na proteção de todos os menores e dos adultos vulneráveis”. 

“A tutela efetiva dos menores (Minorum tutela actuosa) e o compromisso em assegurar o seu desenvolvimento humano e espiritual de acordo com a dignidade da pessoa humana fazem  parte integrante da mensagem do Evangelho que a Igreja e todos os seus membros são chamados a difundir no mundo”, destaca ainda o Papa.

Com a publicação do Estatuto, a comissão entra em seu pleno funcionamento. (MJ)

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Caritas: RV transmitirá ao vivo missa presidida pelo Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma missa celebrada pelo Papa Francisco na próxima terça-feira (12/05), na Basílica de São Pedro, inaugurará a Assembleia Geral da Caritas Internacional. 

A Rádio Vaticano transmitirá esta cerimônia ao vivo, com comentários em português, a partir das 17h25 (12h25 – horário de Brasília).

Até o dia 17 de maio, o tema em debate será “Uma família humana, Cuidando da Criação”. 

“O Papa Francisco pediu-nos para ir às periferias, para ajudar aqueles em necessidade”, disse o Presidente da Caritas Internacional, Cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga. “Durante a Assembleia, as periferias virão a Roma para buscar maneiras de melhorar o nosso serviço aos mais vulneráveis”, afirmou o Cardeal, que abrirá oficialmente o evento no dia 13 de maio, no Domus Mariae.

Durante a Assembleia, o Cardeal Rodríguez Maradiaga deixará a presidência da instituição, após oito anos. Os candidatos a presidente são Arcebispo Youssef Soueif, Presidente da Caritas Chipre, e Cardeal Luis Tagle, Arcebispo de Manila. As eleições para a liderança se realizarão no dia 14.

Entre os palestrantes convidados, estão o Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson; o teólogo Gustavo Gutierrez O.P; o economista Professor Jeffrey Sachs e o Dr. Jacques Diouf.

“A desigualdade, a migração, as alterações climáticas, os conflitos e o escândalo da fome são desafios enfrentados pela Rede Caritas e sua missão de promover o desenvolvimento e a justiça”, disse Michel Roy, Secretário-Geral da Caritas Internacional.

“Após a Assembleia Geral, representantes das Caritas seguirão para a EXPO 2015, em Milão, para o Dia Oficial da Caritas (19 de maio). O evento faz parte da Campanha Mundial “Uma Família Humana, Pão e justiça para todas as pessoas”, que visa acabar com a fome até 2025.

A Caritas Brasileira será representada pela Diretora-Executiva Nacional, Maria Cristina dos Anjos, e pela Vice-Presidente, Anadete Gonçalves Reis.

(BF)

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Cardeal Braz de Aviz apresenta autobiografia em Madri

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Madri (RV) - O Instituto Teológico de Vida Religiosa de Madri (ITVR) e a editora Publicaciones Claretianas organizaram na quarta-feira (06/05), um encontro com o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, que apresentou a sua biografia: "Das periferias do mundo ao Vaticano".

Falando aos membros de cerca de cinquenta ordens religiosas e amigos do Movimento dos Focolares, presentes no encontro, o Cardeal pediu para “crescer em humanidade” e “ser normais”:

“As coisas normais são as que nos servem. Reconhecer que somos pecadores, como disse o Papa Francisco, mas não corruptos. E que, apesar de tudo, Deus nos ama muitíssimo”, destacou.

Dom João alertou ainda que "não há espaço para uma vida dupla, fazer uma coisa e dizer outra. Não porque seja pecado ou um erro, mas porque temos que oferecer constantemente um testemunho claro do que somos”. “Nosso rosto – continuou – tem que dizer se somos felizes ou não; este é um desafio muito interessante”, reconheceu.

Vida cristã

Em seguida, o Cardeal indicou outra chave da vida cristã hoje: "Temos que respeitar profundamente a diversidade. A diversidade é boa. A uniformidade é uma doença”. Neste sentido, lembrou que para o Santo Padre, “o poliedro, e não a esfera, é a melhor figura para falar da diversidade, porque não esconde as diferenças. Não temos que transformar o outro, mas amar o outro na diversidade”, insistiu.

Segundo Dom João, "a autorreferencialidade é uma doença muito pesada, porque queremos transformar os outros em nós. Isso não está correto. É preciso caminhar na direção contrária e ir ao encontro das pessoas. Existe uma observação do Papa muito interessante. Ele disse que se nós não vamos à periferia, Deus não entra em nós. Se nós somos o centro, Deus não pode entrar. Se somos arrogantes, não existe experiência de Deus, só falaríamos de nós mesmos”, assegurou.

Comunidade

Além disso, o Cardeal-prefeito ressaltou que "a reforma que Francisco quer fazer é irreversível”: “Todos juntos temos que realizá-la, porque a Igreja somos todos os cristãos”, recordou. “Temos que viver a experiência juntos. Sozinhos não somos capazes de fazer nada”. “Temos que fazê-la com o irmão, com os demais”. "Nós devemos caminhar juntos", insistiu.

Finalmente, ressaltou que não há lugar para uma Igreja de classes e castas: “Ainda temos uma Igreja dividida em classes”, lamentou. E sobre os leigos disse que “não são proletários do espírito. Não é verdade... São batizados, têm a Cristo dentro de si mesmos, seu dom. A vocação cristã é viver com todos".

(CM-Agência Zenit)

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Papa vai canonizar quatro novas santas

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco vai presidir, na manhã do VII domingo da Páscoa (17/05), na Praça São Pedro, a uma celebração Eucarística de Canonização de quatro novas Santas:Joana Emília de Villeneuve (1811-1854), Maria Cristina da Imaculada Conceição (1856-1906), Maria Afonsina Daniel Gattas (1843-1927), Maria de Jesus Crucificado Baouardy (1846-1878). Eis a biografia de três delas:

Giovanna Emilia de Villeneuve

“É por Deus que vos deixo, quero servir os pobres, porque devemos ir onde a voz dos pobres nos chama”. Assim Emília, em 1836, com 25 anos, despediu-se de seu pai, o Marquês Louis de Villeneuve, para fundar, junto com outras duas jovens, uma nova Congregação consagrada a Imaculada Conceição. Elas passaram a ser chamadas de “irmãs azuis” devido à cor do hábito que vestiam, um sinal da proteção do manto de Maria que a fundadora queria que fosse visível, em uma época em que todas as religiosas vestiam-se de preto.

O amor pelos outros e o impulso pelas atividades sociais ela aprendeu justamente do pai, que dentro de sua indústria que trabalhava com coro, criou uma sociedade de socorro recíproco,  promovendo, entre outros, cursos de alfabetização para os jovens. Mas foi a morte prematura da mãe e da irmã que fez com que ela se aproximasse da Virgem, que logo torna-se sua companheira de viagem. A experiência da morte lhe ensinou que a vida não é a única coisa importante nesta terra, mas “se deve ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus, ouvir a sua Palavra, recolher-se em momentos de oração profunda para aprender a olhar o mundo com os olhos de Jesus”. Com as suas novas irmãs, passa a viver ao lado dos doentes, dos encarcerados e prostitutas, para mostrar-lhes que Deus os ama, até sua morte por cólera em 1853.

Maria de Jesus Crucificado

Mariam vinha de Nazaré e tinha o mesmo nome da Virgem. Após professar os votos no Carmelo de Pau, na França, assumiu o nome de Maria de Jesus Crucificado. “Uma pequena árabe obediente até ao milagre”, a definia sua Madre Superiora, que lhe foi próxima quando os místicos dons dos quais era rica começaram a se manifestar. Humilde e iletrada, Maria incialmente esconde os estigma que lhe sangravam no dia da Paixão de Cristo, acreditando ter contraído lepra. Também não contou sobre as experiências de êxtases e da bilocação, que atribuía à própria incapacidade de permanecer acordada enquanto rezava. Após, quando se viu a compor salmos, algo que o seu analfabetismo lhe impossibilitaria, entendeu: “A quem me assemelho, Senhor? Aos passarinhos implumados em seus ninhos. Se o pai e a mãe não lhes levam a comida, morrem de fome. Assim é a minha alma sem você: não tem sustento, não pode viver”.

Por meio dela, o Senhor quis que fosse construído um Carmelo em Belém, para onde se transfere, e após um em Nazaré. Além do contínuo diálogo com o Espírito Santo, Mariam começou a receber também as visitas do maligno que a perseguia e a obsessionava. Mas quanto mais a atormentava, mais ela se aproximava de Deus. Por fim, disse exausta: “Chama-me para ti!”. A resposta a este pedido veio em 1878, sendo então enterrada no convento carmelita de Belém, onde todas já a chamavam de “kedise”, a “santa”.

Maria Alfonsina Danil Ghattas

Palestina era também Sultaneh, de 15 anos, filha de Danil Ghattas, que com o hábito religioso sobre o Santo Calvário passou a fazer parte das Irmãs de São José da Aparição com o nome de Maria Alfonsina. Mas não era este o seu destino. A Virgem apareceu a ela pela primeira vez no dia da Epifania de 1874 e após novamente no mês a ela consagrado, maio, inspirando-a a fundar uma nova Congregação: as Irmãs do Santíssimo Rosário de Jerusalém, a primeira inteiramente feminina presente na Terra Santa. Era esta a missão da Beata: promover o papel da mulher na sua amada pátria terrena; uma tarefa dificílima também para quem, como ela, tinha uma confiança total na divina Providência.

Iniciou sua missão com novas irmãs, ocupando-se do ensino religioso para vencer o analfabetismo imperante, mas logo a Congregação se difunde, tanto que hoje é considerada como o braço direito do Patriarcado Latino nos países árabes, onde se ocupam de escolas, paróquias e outras instituições diocesanas. Silenciosa e humilde até desaparecer dentro da oração do Santo Rosário, entrega a alma ao Pai enquanto recitava os 15 mistérios, na noite de 25 de março de 1927. (MT)

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Encontro internacional de estudo sobre o esporte

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Cidade do Vaticano (RV) - A seção “Igreja e esporte”, instituída por São João Paulo II no Pontifício Conselho para os Leigos, em 2004, realiza o 4° encontro internacional de estudo sobre o esporte, nos dias 14 e 15 deste mês, em Roma. 

A iniciativa reúne periodicamente especialistas e estudiosos do campo esportivo que analisam e aprofundam vários temas e os desafios para a Igreja e o mundo de hoje na relação entre esporte, educação e fé.

O seminário tem como tema “Treinadores: educadores de pessoas” e contará com a participarão dos responsáveis pela Pastoral do Esporte de várias conferências episcopais, representantes de associações católicas e personalidades de competência e experiência no mundo esportivo, provenientes de vários países do mundo.

Eles debaterão sobre as experiências, análises e desafios concernentes ao papel do treinador como formador e educador dos jovens esportistas no campo amador e profissional. (MJ)

 

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Missa recorda 40 anos da morte do Cardeal Mindszenty

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin presidiu na noite de quinta-feira (07/05), na Igreja romana de Santo Estêvão Redondo, no Célio, uma Missa pelos 40 anos da morte do Cardeal húngaro József Mindszenty. 

Card. Mindszenty, consciência viva de seu povo

“Consciência viva de seu povo” nos anos obscuros do regime comunista na Hungria. Assim o Cardeal Parolin recordou do Servo de Deus József Mindszenty, preso já em 1944 sob o breve governo pró-nazista do país. József Mindszenty foi por quase 30 anos Arcebispo de Esztergom e Primaz da Hungria. Desde o início dizia: “Quero ser um bom Pastor que, se necessário for, dá a vida pelas ovelhas (Esztergon, 7 de outubro de 1945). De fato – observou o Cardeal Parolin – Mindszenty “pode exercer livremente o seu cargo por um período muito breve, por somente três anos. Como Primaz, se sentia investido por uma grande responsabilidade por todo o povo húngaro”:

“Viu o grande perigo do comunismo e procurou fortalecer o seu povo pelo exemplo. O Cardeal, vendo o desespero dos habitantes do país e a crescente pressão por parte do regime, anunciou um programa pastoral para a nova evangelização da Hungria. Encorajou além disto, a oração incessante, baseada nos valores do amor a Deus e pelo próximo, promovendo a devoção mariana, com a convocação de um ano mariano, favorecendo a devoção a Santo Estêvão e aos santos húngaros. Com suas cartas pastorais e homilias pregou contra toda injustiça, pedindo uma vida pública e familiar segundo os princípios morais cristãos”.

Símbolo da Igreja perseguida

“Talvez – afirmou o Cardeal Parolin – no início de seu ministério não tinha ainda a máxima clareza sobre como seriam, num breve tempo, cumpridas as palavras por ele pronunciadas durante a sua posse”. József Mindszenty devia seguir “o Bom Pastor na vida do sofrimento e se tornar literalmente a consciência viva de seu Povo, não somente com as palavras, mas mais ainda com seu silêncio, imposto pelo regime”:

“No dia de Natal de 1948 foi preso e dois meses após, não obstante os protestos do Papa Pio XII, é condenado à prisão sob a acusação de conspiração contra o governo comunista. Durante os anos silenciosos, passados no cárcere, e após, nos anos no exílio, tornou-se um símbolo da Igreja perseguida, da Igreja sofredora, da Igreja dos tantos mártires e confessores da fé, que sofriam sob a ditadura nos países comunistas, em particular na Hungria”.

Da indiferença à compaixão

“A Cortina de Ferro, junto com o Muro de Berlim, que dividiu a Europa em duas partes por decênios – disse o Secretário de Estado – caíram, mas também hoje existem perigos, lá onde está presente o sofrimento e a injustiça”.

E citando as palavras do Papa Francisco, concluiu: “A nossa oração se faz ainda mais intensa e se torna um grito de ajuda ao Pai rico de misericórdia, para que sustente a fé de tantos irmãos e irmãs que vivem na dor, enquanto pedimos para converter os nossos corações para passar da indiferença à compaixão” (homilia 11 de abril de 2015). (JE)

 

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O encontro do Papa com pastores pentecostais

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Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde de ontem, quinta-feira (07/05), o Santo Padre recebeu em audiência privada um grupo de cerca de cem pastores evangélicos pentecostais provenientes de diversas partes do mundo. O grupo era guiado pelo Pastor Giovanni Traettino, cuja comunidade “Igreja Pentecostal da Reconciliação, em Caserta, foi visitada pelo Papa Francisco em 28 de julho de 2014.

O encontro - realizado numa das salas do complexo projetado por Pierluigi Nervi para as audiências papais - foi caracterizado por uma viva cordialidade e espírito de oração pela unidade. Foram os próprios pastores que manifestaram o desejo de encontrar Francisco. O Papa estava acompanhado pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch.

A visita do Papa Francisco ao Pastor em 2014 foi considerada histórica, por ser a primeira vez que um Papa viaja do Vaticano para se encontrar com um pastor protestante.

“Entre as pessoas que perseguiram os pentecostais também houve católicos, disse Bergoglio na ocasião. Eu sou o pastor dos católicos e peço perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo diabo”.

Francisco se reuniu com a comunidade de pentecostais da cidade ao norte de Nápoles e com 350 protestantes vindos de diversas as partes do mundo. Ele pediu que os cristãos se unirem na diversidade:

“O Espírito Santo cria diversidade na Igreja. A diversidade é bela, mas o próprio Espírito Santo também cria unidade, para que a Igreja esteja unida na diversidade: para usar uma palavra bonita, uma diversidade reconciliadora”, observou. (JE)

 

 

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Igreja na América Latina



CELAM prepara sua 35ª Assembleia

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Santo Domingo (RV) – O Conselho Episcopal Latinoamericano (CELAM) realizará sua 35ª Assembleia ordinária de 12 a 15 de maio próximo, em santo Domingo, capital da República Dominicana.

As vinte e duas Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe que fazem parte do Conselho farão um balanço do último quadriênio e irão delinear “à luz do Evangelho e do Magistério do Papa”, as prioridades pastorais para o continente de 2015 a 2019, além de eleger a nova presidência para o próximo quadriênio.

Os delegados de cada país apresentarão um relatório sobre a própria realidade social e eclesial. O Prefeito da Congregação para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet, participará do encontro. (JE)

 

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PF desmantela quadrilha que explorava ouro em reserva indígena

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Boa Vista (RV) – A A organização criminosa, que extraia ilegalmente da reserva dos índios Yanomami em Roraima, na fronteira com a Venezuela, cerca de 160 quilos de ouro e pedras preciosas por mês, foi desmantelada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (07/05).

A quadrilha era formada por empresários, funcionários públicos, joalheiros, mineradores ilegais, pilotos de avião e proprietários de empresas autorizadas a negociar ouro. O rombo das operações ilegais é estimado em R$ 17 milhões mensais, sem contar os prejuízos ambientais e as ameaças à vida dos Yanomamis, uma das etnias mais isoladas da Amazônia.

Ganância

Chamou atenção dos investigadores o montante do prejuízo econômico para a União e a voracidade com que o ecossistema vinha sendo degradado pela atividade extrativista, que polui os rios com mercúrio e outros metais pesados, além da consequente destruição da fauna e da flora da reserva e da cultura Yanomami.

Cerca de 150 policiais federais de várias regiões do país deram cumprimento simultâneo a cerca de 313 medidas judiciais nos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Pará e São Paulo.

Preservação

A próxima encíclica do Papa sobre o homem e a Ecologia deverá, provavelmente, abordar o tema da Amazônia. Enquanto relator final do Documento de Aparecida, em 2007, o então cardeal Bergoglio já destacaria a necessidade de dar atenção especial à região. Tanto que, durante a visita ao Brasil, em 2013, ao encontrar os bispos do país, Francisco recordou:

“Queria convidar todos a refletirem sobre o que Aparecida disse a propósito da Amazônia, incluindo o forte apelo ao respeito e à salvaguarda de toda a criação que Deus confiou ao homem, não para que a explorasse rudemente, mas para que tornasse ela um jardim.”

(RB)

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Igreja no Mundo



Encontro Mundial das Novas Formas de Vida Consagrada

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Roma (RV) - “Abrindo caminhos: estruturas de comunhão e de governo” é o tema que guiará o III Encontro Mundial das Novas Formas de Vida Consagrada, a ser realizado em Roma nos dias 29 e 30 de maio, no âmbito do Ano da Vida Consagrada. São esperados representantes de cerca de trinta instituições, provenientes de 20 países.

O objetivo do encontro é sobretudo reunir os Institutos e as Associações de direito pontifício e diocesano já aprovados como vida consagrada ou que estão em via de aprovação, para que se conheçam mutuamente como novas formas de vida consagrada e possam aprofundar os aspectos inerentes a estes novos carismas, mediante um conhecimento institucional, familiar e direto.

Os participantes desta terceira edição do encontro, vão refletir sobre os elementos de comunhão e de governo das instituições presentes, concentrando-se sobre uma das principais características das Novas Formas de Vida Consagrada, que é o chamado específico para congregar no seio de uma única instituição, diferentes realidades nascidas da inspiração fundacional.

No programa, a apresentação de relatórios e trabalhos de grupo, além de uma mesa redonda dos Institutos de direito pontifício reconhecidos pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Na sessão plenária conclusiva estará presente o Secretário do dicastério vaticano, Arcebispo José Rodríguez Carballo, O.F.M.

A equipe de coordenação é formada por membros do Instituto do Cristo Redentor, missionários e missionárias e pela Fraternidade Missionária Verbum Dei. O encontro será realizado na Casa Enrico De Ossò.

Maiores informações podem ser obtidas escrevendo para encuentronfvc@gmail.com. (JE)

 

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Burundi: Bispos pedem eleições seguras

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Bujumbura (Agência Fides) - “Recomendamos vivamente o caminho das eleições, para que não falte ao país instituições eleitas pelo povo e que gozam de sua confiança”: é o que afirmam os Bispos do Burundi, numa mensagem sobre a situação do país. Há dias, milhares de cidadãos protestam contra a candidatura do atual Presidente Pierre Nkurunziza no pleito previsto em junho, para um terceiro mandato, violando desta maneira a Constituição, que prevê somente dois mandatos presidenciais.

Na mensagem, os Bispos declaram-se preocupados com o clima de tensão no qual vive o país: confrontos entre polícia e manifestantes, com mortos e feridos; escolas e escritórios fechados; população em fuga e pessoas que dormem fora de casa por medo de serem assassinadas; temor recorrente por uma retomada da guerra civil.

Por isso, a mensagem se dirige a quem tem responsabilidades, para que “façam de tudo para garantir que as eleições se realizem em segurança”.

Entre outras coisas, os Bispos pedem que sejam verificadas denúncias de armas distribuídas aos jovens filiados aos partidos e, no caso fossem verdadeiras, que se proceda ao desarmamento sistemático e não seletivo, para fazer de modo que as eleições não se realizem sob a ameaça das armas.

Os Bispos burundineses invocam o caminho do diálogo, que levou ao acordos de Arusha, colocando fim à guerra civil que durou dez anos. “Governar é a grande missão de colocar-se a serviço de todos”, recordam. “Quem quer governar deve aceitar ser pai de toda a nação.”

A mensagem se encerra fazendo apelo aos jovens, para que não se deixem manipular para cometer atos violentos, e aos fiéis, para que rezem incessantemente pelo bem do Burundi. (BF/Agência Fides)

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Patriarca Ecumênico convoca encontro sobre ambiente

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Istambul (RV) – O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, convocou o Encontro de Halki II sobre ambiente e ecologia, a ser realizado de 8 a 10 de junho na Escola Teológica da Ilha de Halki. O tema desta edição será “Teologia, Ecologia e Palavra: um colóquio sobre ambiente, a literatura e as artes”, informam fontes oficiais do Patriarcado Ecumênico.

A Conferência Internacional dedicada ao ambiente se insere na longa tradição de iniciativas e sessões de estudo e aprofundamento,  iniciadas com o Simpósio internacional sobre religião, ciência e ambiente - realizado em 1995 em Patmos, a ilha onde foi escrito o Apocalipse – e dedicadas pelo Patriarcado Ecumênico às questões da salvaguarda da criação, sob impulso do Patriarca Bartolomeu e do Metropolita Ioannis de Pérgamo.

“O objetivo do encontro – explica Bartolomeu em uma mensagem – é o de aprofundar as raízes literárias e filosóficas de nossa preocupação por uma gestão do ambiente equilibrada e sustentável”.

Entre os relatores, estão literatos de renome, como Terry Tempest Williams, e teólogos como o anglicano Timothy Gorringe. “ Seus pronunciamentos – explica o Primus inter pares dos Primazes ortodoxos – ajudarão a reafirmar a necessidade de tutelar o ambiente, valorizando em particular a beleza da criação como dom de Deus e constante fonte de inspiração do gênio artístico. A relação de abertura do encontro - realizado em colaboração com a Southern New Hampshire University -será confiado ao Metropolita Ioannis. (JE)

 


 

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Formação



Como acolher a Nova Encíclica do Papa sobre a Criação?

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Cidade do Vaticano (RV) – A agência de ajudas da Igreja Católica da Inglaterra e Gales (CAFOD), está promovendo em Roma um encontro preparatório para a publicação da Encíclica do Papa Francisco sobre a Criação. A agência é membro da Caritas Internacional. 

Estão participando bispos, padres e muitas organizações engajadas no desenvolvimento e na promoção dos povos nativos, de todo o mundo. Com o objetivo comum de contrastar a pobreza e a injustiça, os congressistas discutem sobre como levar a Encíclica a católicos e não-católicos. Muitos brasileiros estão no encontro, incluindo três bispos: Dom Leonardo Steiner, Secretário-geral da CNBB, Dom Roque Paloschi, Bispo de Roraima, e Dom Guilherme Werlang, Presidente da Comissão Episcopal Caridade Justiça e Paz. 

O Programa Brasileiro participou do congresso nesta quinta-feira, 07/05,  e trouxe o testemunho de Dom Leonardo Steiner, para quem a Encíclica “será um grande impulso para a Igreja brasileira em seu comprometimento com o diálogo e as novas relações com a natureza, que não podem ser ditadas pela economia”.

“O documento ajudará a abrir horizontes e assumir com mais coragem o trabalho dos bispos em questões do meio-ambiente sustentável”.

Na entrevista, Dom Leonardo relata também como foi o seu encontro com o Papa Francisco após a audiência geral na Praça São Pedro quarta-feira, 06. Ouça, clicando acima.

(CM)

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Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso na CNBB

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Cidade do Vaticano (RV) –  E damos prosseguimento ao nosso espaço dedicado a melhor conhecer as diferentes Comissões Episcopais que compõe a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB. No programa de hoje, vamos conhecer o trabalho da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso. 

Desde 1966, a Dimensão Ecumênica começou a fazer parte do Plano de Pastoral de Conjunto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com algumas variantes. Nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil de 1995 surgem as Exigências Intrínsecas da Evangelização: serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão. A Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso é uma das dez Comissões criadas com o novo estatuto  na Assembleia Geral da CNBB de 2003. O objetivo é o de promover o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso na Igreja Católica no Brasil, à luz das orientações do magistério eclesial, em atenção à pluralidade religiosa do país.

Na última Assembleia Geral do Episcopado Brasileiro realizada em abril em Aparecida, Dom Francesco Biasin foi reeleito para a Presidência da Comissão. Conversando com Silvonei José, ele  faz um balanço do trabalho realizado nos últimos quatro anos.

A Comissão tem a tarefa de criar um espírito ecumênico nos seminários, presbitérios e faculdades. Dom Biasin também nos  fala deste trabalho de formação realizado pela Comissão. Para ouvir a reportagem completa, clique acima. (JE/SP)

 

 

 

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Atualidades



Libertação de um sacerdote nigeriano da diocese de Idah

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Nigéria (RV) – O Padre Innocent Umor foi libertado na Nigéria. O sacerdote havia sido sequestrado, na manhã do último dia 4, em sua paróquia de Ikanepo, diocese de Idah, no estado de Kogi, no centro sul da Nigéria.

A notícia foi dada pelo Padre Patrick Tor Alumuku, diretor do departamento de comunicações social da Arquidiocese de Abuja. Padre Innocent foi libertado após dois dias do seu sequestro, mas ainda não se sabe em quais circunstâncias. Sabe-se apenas que os sequestradores tinham entrado em contato com a sede Episcopal de Idah. Seu sequestro teria sido um ato de criminalidade comum e não de matriz terrorista. (MT)

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"Família e desenvolvimento sustentável" em debate na ONU

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Cidade do Vaticano (RV) – O Vaticano levará a “Família e o Desenvolvimento Sustentável” à ONU. Na sede da Organização, em Nova York, o Pontifício Conselho para a Família está organizando um congresso, no dia 14 de março, com este tema. 

O encontro será promovido pela Missão Permanente da Santa Sé na ONU e co-patrocinado pela Aliança das Civilizações e a ocasião foi escolhida em concomitância com o Dia Internacional da Família e na iminência do Encontro Mundial das Famílias de Filadélfia, marcado para setembro próximo. 

Uma nota divulgada pela ONU diz: “Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a família é o núcleo natural e fundamental da sociedade. Uma vez que a família é o alicerce pessoal e social onde todo o desenvolvimento humano tem início, reforçá-la é um componente crucial nas estratégias de desenvolvimento. Famílias fortes fornecem bases estáveis para que as crianças recebam a educação, as experiências, o caráter e os traços relacionais de que precisam para se destacar na vida e contribuir para a construção da sociedade. Famílias sólidas também oferecem a rede de segurança necessária para seus membros doentes, deficientes e idosos”.

“A conferência deve debater as contribuições específicas de uma família forte na promoção do desenvolvimento humano integral”, explicam os anfitriões, Dom Bernardito Auza, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas; o Arcebispo Vincenzo Paglia, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, e Nassir Abdulaziz Al-Nasser, Representante da Aliança das Civilizações na ONU. 

(CM)

 

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Um milhão de crianças sem aulas no Nepal

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Nova York (RV) - O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou que quase 1 milhão de crianças no Nepal não vão ter condições de voltar à escola no dia 15 de maio, data em que os alunos devem retomar o ano letivo.

Segundo o Unicef, isso só será possível se ações urgentes forem tomadas para encontrar novos locais ou reparar os estabelecimentos de ensino danificados pelo terremoto do mês passado.

Matrículas

O Fundo para a Infância informou que quase 24 mil salas de aula foram destruídas ou sofreram danos por causa do tremor de 7,8 graus na escala Richter, em 25 de abril.

Nos distritos mais atingidos, a agência da ONU calcula que 90% das escolas foram destruídas. O Unicef teme que os grandes avanços obtidos no país nos últimos 25 anos em relação às matrículas na escola primária, que passaram de 64% em 1990 para 95% agora, possam ser revertidos.

A taxa de abandono escolar também preocupa a ONU, já que aproximadamente 1,2 milhão de crianças nepalesas com idades entre 5 e 16 anos nunca frequentaram uma sala de aula ou abandonaram os estudos.

O Unicef explica que as crianças que ficam fora da escola por um longo período, mesmo que durante emergências, têm menos chances de voltar a estudar.

Apoio

Já a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que está pronta para apoiar o sistema de saúde nepalês na assistência à população.

A OMS disse que disponibilizou dinheiro para as operações de emergência e tem várias equipes médicas de resposta trabalhando na região. Além disso, a agência tem enviado remédios e outros suprimentos de saúde para tratar milhares de pessoas.

Segundo cálculo da OMS, até a última terça-feira mais de 50 mil pessoas receberam algum tipo de ajuda ou tratamento em hospitais nos 14 distritos mais atingidos no país.

A agência informou que 10 hospitais foram completamente ou parcialmente destruídos pelo terremoto, como ainda mais de 600 clínicas e postos de saúde localizados em pequenos vilarejos no Vale de Katmandu.

(CM-ONU)

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Tráfico Humano: menino é flagrado dentro de mala

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Ceuta (RV) – Um menino de 8 anos foi encontrado espremido dentro de uma mala de viagem nesta quinta-feira (07/05), em um posto de controle no enclave espanhol de Ceuta, na África. Uma mulher de 19 anos foi presa suspeita de tráfico de seres humanos, disseram as autoridades espanholas. Após ser atendido por médicos e liberado, o menino foi encaminhado a um abrigo juvenil. 

Fronteira

Os enclaves espanhóis de Melila e Ceuta fazem fronteira com o Marrocos onde, todos os dias, centenas de pessoas tentam atravessar ilegalmente os muros de separação para chegar ao território europeu.

A posição do Papa

Francisco dedicou ao tema do tráfico de seres humanos o discurso que proferiu ao embaixadores junto à Santa Sé em 2013. Na ocasião, o Papa condenou veementemente a prática. 

"O tráfico das pessoas é um crime contra a humanidade. Devemos unir as forças para libertar as vítimas e deter este crime, cada vez mais agressivo, que ameaça não só as pessoas individualmente e os valores basilares da sociedade mas também a segurança e a justiça internacionais e ainda a economia, o tecido familiar e a própria convivência social".

(RB)

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Missionário evangélico é acusado de escravizar índios no Pará

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Santarém (RV) - O Ministério Público Federal (MPF), seção do Pará, denunciou à Justiça Federal o missionário evangélico Luiz Carlos Ferreira e o castanheiro Manoel Ferreira de Oliveira por submeterem à condição análoga à de escravos um total de 96 índios da etnia Zo'é, no oeste do Pará.

De acordo com as investigações do MPF, os índios eram levados pelo missionário para a região dos Campos Gerais de Óbidos, próximo à Santarém, onde eram convencidos a coletar castanhas em troca de panelas, roupas velhas, redes e outras mercadorias industrializadas.

Em três ocasiões, servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena constataram o emprego dos indígenas como coletores em péssimas condições de trabalho.

“Os indígenas permaneciam acampados em meio ao mato, em barracas de lona e de palha, havendo dentre eles alguns doentes”, relata a denúncia do MPF. “Segundo relatos, no local faltava comida e os índios estavam visivelmente magros, alguns deles doentes. Em fevereiro de 2012, um indígena que lá estava foi deslocado às pressas para atendimento médico apresentando quadro de pneumonia grave”, relata a peça assinada pelo procurador da República Camões Boaventura.

Proselitismo

Luiz Carlos Ferreira é hoje ligado à Igreja Batista de Santarém e tem uma “base missionária” dentro das terras de Manoel Ferreira de Oliveira, de onde faz incursões no território indígena para convencer os índios a irem trabalhar no castanhal. Os dois já são conhecidos da justiça brasileira. Ambos fizeram parte, na década de 1980, da Missão Novas Tribos do Brasil, uma controversa agência missionária com base nos Estados Unidos que tem como objetivo declarado evangelizar os povos indígenas e que foi expulsa da região pela Funai em 1988. A Missão está proibida de voltar ao Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal, que concordou com um pedido feito pelo MPF.

A prática da Missão Novas Tribos foi considerada proselitismo religioso, “expediente de todo condenável, uma vez que viola frontalmente o princípio da autodeterminação dos povos indígenas e o direito à manutenção de suas culturas próprias, que, por sua vez, encontram inequívoco abrigo normativo na Constituição Federal de 1988, na Declaração das Nações Unidas sobre o Direito dos Povos Indígenas e na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho”, afirma o MPF.

Novo flagrante

Com a retirada da Missão da área, a partir da década de 1990 Manoel e Luiz Carlos passaram a atuar em associação para recrutar os indígenas para o trabalho de extração das castanhas. Só em outubro de 2010 a Funai conseguiu flagrar o crime. Nessa ocasião, 96 índios Zo'é foram encontrados trabalhando nos castanhais.

“Cumpre destacar que a etnia Zo´é é considerada um povo de recente contato e possui significativas dificuldades de comunicação com a sociedade envolvente. Dinheiro para os índios Zo´é não passa de indubitável abstração, sendo, portanto, algo totalmente alheio à sua cultura peculiar. A vulnerabilidade dessa etnia é fato inafastável”.

Os dois acusados podem ser condenados nas penas previstas pelo artigo 149 do Código Penal (redução à condição análoga à de escravo) com o agravante previsto no artigo 59 do Estatuto do Índio (crime contra a pessoa, o patrimônio ou os costumes de comunidade indígena). A denúncia será apreciada pela Justiça Federal de Santarém. (MPF/RB)

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