Sumario del 10/05/2015
- EUA e imigração: o encontro entre Papa e Raul Castro
- Regina Caeli: a lei do amor está escrita no coração do homem
- Papa manifesta gratidão e afeto a todas as mães
- Mensagem de Francisco a Tawadros, no aniversário do encontro
EUA e imigração: o encontro entre Papa e Raul Castro
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã deste domingo (10/05) o Presidente cubano, Raul Castro, em audiência considerada "estritamente privada".
Tratou-se do primeiro encontro entre o mandatário cubano e o primeiro Papa latino-americano, que foi realizado em um dos escritórios da Sala Paulo VI.
Cordialidade
O encontro durou mais de 50 minutos e, de acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé, foi “muito cordial”. Antes de deixar o Vaticano, o Presidente declarou à imprensa que agradeceu ao Santo Padre pelo papel ativo em favor do melhoramento das relações entre Cuba e Estados Unidos; além disso, falou para o Papa dos sentimentos do povo cubano sobre a expectativa e a preparação da sua visita à Ilha em setembro.
A seguir houve a apresentação da delegação cubana, composta por cerca de 10 pessoas, entre as quais o Vice-Presidente do Conselho dos Ministros, o Ministro do Exterior e o Embaixador junto à Santa Sé.
Imigração
Também foi significativa a troca de presentes. Castro ofereceu ao Papa uma preciosa medalha comemorativa da Catedral de Havana e um quadro de arte contemporânea, que representa uma grande cruz composta de destroços de embarcações, diante da qual há um migrante em oração. O artista cubano Kcho, que estava presente na audiência, explicou a Francisco que se inspirou no seu grande empenho em atrair a atenção mundial para os problemas dos migrantes e refugiados, que começou com sua viagem a Lampedusa.
O Papa doou ao Presidente a sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e uma medalha que representa São Martinho cobrindo um pobre com o seu manto. O Pontífice explicou que esta medalha recorda não somente o compromisso de ajudar e proteger os pobres, mas também de promover ativamente a sua dignidade.
Voltar à Igreja Católica
Castro chegou ao Vaticano procedente da Rússia, onde participou das celebrações pelos 70 anos do fim da II Guerra Mundial e aproveitou de sua passagem pela Europa para saudar e agradecer Francisco por seus esforços diplomáticos. Depois da audiência com o Papa, o Presidente cubano foi recebido pelo Primeiro-Ministro italiano, Matteo Renzi, a quem contou que lê todos os discursos de Francisco e, se continuar assim, ele – que é comunista – poderá voltar à Igreja Católica. Prometeu ainda participar de todas as missas que o Papa celebrar em Cuba.
Ainda não foram comunicados os detalhes da visita. Até o momento, sabe-se somente que será a primeira etapa da viagem que levará o Pontífice aos Estados Unidos, no final de setembro. A visita a Cuba foi confirmada oficialmente no dia 22 de abril.
Em dezembro passado, Castro e o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram o degelo em suas relações diplomáticas – um conflito herdado da Guerra Fria – e surpreenderam em agradecer ao Papa Francisco por seu trabalho de mediação.
A Santa Sé confirmou que nos meses precedentes ao anúncio, o Papa escreveu várias cartas aos dois Presidentes, para convidá-los a "resolver questões humanitárias de interesse comum".
Raul Castro foi o anfitrião do Papa Bento XVI em 27 de março de 2012. Já em 1998, Fidel Castro recebeu na Ilha João Paulo II. Em 2015, Cuba e a Santa Sé celebram os 80 anos do início de suas relações diplomáticas.
(BF)
Regina Caeli: a lei do amor está escrita no coração do homem
Cidade do Vaticano (RV) – “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”: o mandamento de Jesus inspirou as palavras que Francisco pronunciou antes de rezar a oração do Regina Caeli com os fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro.
O Evangelho deste domingo (10/05) nos leva ao Cenáculo, onde Jesus se dirige aos discípulos durante a Última Ceia, acrescentando que “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”.
Essas palavras resumem toda a mensagem de Jesus, explicou o Papa, tudo o que Ele fez: deu a vida por seus amigos que, no momento crucial, o abandonaram, traíram e renegaram. “Isso nos diz que Ele nos ama mesmo que não mereçamos o seu amor: assim Jesus nos ama!”
Deste modo, acrescentou, Jesus nos mostra o caminho para segui-lo, o caminho do amor. "O seu mandamento não é um simples preceito, mas é novo porque Ele por primeiro o realizou, lhe deu carne, e assim a lei do amor está escrita uma vez por todas no coração do homem."
Indicando o caminho do amor, Cristo nos convida a sair de nós mesmos para ir em direção aos outros. “Jesus nos mostrou que o amor de Deus se aplica no amor ao próximo. Todos os dois caminham juntos. As páginas do Evangelho estão repletas deste amor: adultos e crianças, cultos e iletrados, ricos e pobres, justos e pecadores foram acolhidos no coração de Cristo."
Portanto, esta Palavra do Senhor nos ensina a amarmo-nos uns aos outros mesmo que haja divergências, diferenças, pois é justamente ali que se vê o amor cristão - amor que nos leva a realizar pequenos e grandes gestos que Francisco assim explicou:
"Gestos de atenção a um idoso, a uma criança, a um doente, a uma pessoa só e em dificuldade, sem casa, sem trabalho, imigrada, refugiada... Nesses gestos, se manifesta o amor de Cristo”, concluiu.
(BF)
Papa manifesta gratidão e afeto a todas as mães
Cidade do Vaticano (RV) – Neste domingo, Dia das Mães, o Papa enalteceu mais uma vez o valor da maternidade.
Depois da oração do Regina Caeli, Francisco recordou “com gratidão e afeto todas as mães”. E se dirigiu à multidão perguntando se havia mães na Praça. Ao ouvir as respostas, pediu um aplauso a todas elas e fez votos de que a salva de palmas abrace todas as mães - as que vivem conosco fisicamente, mas também espiritualmente – e que recebam a proteção de Nossa Senhora.
Em inúmeras ocasiões em homilias, discursos e catequeses, o Papa falou do elo que une a mãe a seu filho. “São elas que testemunham a beleza da vida”, disse na catequese de janeiro deste ano, citando o Arcebispo Oscar Arnulfo Romero, que dizia que as mães vivem um “martírio materno”.
Para o Pontífice, a mãe dá a sua vida pouco a pouco, no silêncio da vida quotidiana. “Ser mãe não significa somente colocar um filho no mundo, mas é também uma escolha de vida. O que escolhe uma mãe, qual é a escolha de vida de uma mãe? A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande, é bonito.”
Eis o que disse na Audiência Geral de 18 de setembro de 2013: “Quando um filho cresce, torna-se adulto, caminha com as próprias pernas, faz o que quer e, às vezes, pode até sair do caminho. Em todas as situações, a mãe tem sempre a paciência de continuar a acompanhar os filhos. O que a impele é a força do amor; a mãe sabe acompanhar com discrição e ternura o caminho dos filhos e até quando erram procura sempre o modo de os compreender, para estar próxima, para ajudar. Nós — na minha terra — dizemos que a mãe sabe «dar la cara». Que significa? Quer dizer que a mãe sabe «dar a cara» pelos próprios filhos, ou seja, é levada a defendê-los sempre. Penso nas mães que sofrem pelos filhos na prisão, ou em situações difíceis: não se perguntam se são culpados ou não, continuam a amá-los e muitas vezes sofrem humilhações, mas não têm medo, não deixam de se doar.
A mãe sabe também pedir, bater a todas as portas pelos próprios filhos, sem calcular. E penso no modo como as mães sabem bater, também e sobretudo, à porta do Coração de Deus! As mães rezam muito pelos seus filhos, especialmente pelos mais frágeis, por quantos enfrentam maiores necessidades, por aqueles que na vida empreenderam caminhos perigosos ou errados.
Uma semana antes, utilizando uma de suas expressões preferidas, Francisco definiu uma “boa mãe” aquela que ajuda os filhos a sair de si mesmos, a não permanecer comodamente debaixo das asas maternas, como uma ninhada debaixo das asas da galinha.
As mães – recordou na ocasião - são o antídoto mais forte contra o propagar-se do individualismo egoísta. “’Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, ao contrário, ‘dividem-se’, a partir do momento que hospedam um filho para o dar à luz e fazer crescer. São elas, as mães, que mais odeiam a guerra, que mata os seus filhos. Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral.”
(BF)
Mensagem de Francisco a Tawadros, no aniversário do encontro
Cidade do Vaticano (RV) – No segundo aniversário do encontro no Vaticano, o Papa escreveu uma carta a Sua Santidade Tawadros, Papa de Alexandria.
No texto, o Pontífice recordar os elos espirituais, o longo percurso de amizade e “o ecumenismo de sangue” que une as igrejas cristãs. Francisco garante a sua constante oração pela comunidade cristã no Egito e em todo o Oriente Médio, em especial pelos fiéis coptas recentemente martirizados por sua fé. “Mesmo que nossa comunhão ainda seja imperfeita – escreve o Papa – aquilo que temos em comum é maior daquilo que nos divide.”
O Papa recorda ainda que os cristãos de todo o mundo enfrentam neste momento desafios semelhantes, que requerem um trabalho conjunto. E destaca o trabalho “encorajador” da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas ortodoxas orientais, que recentemente publicou um documento sobre o exercício de comunhão na vida da Igreja antiga e suas implicações para a busca da comunhão hoje. E agradece pela disponibilidade de realizar a próxima reunião no Cairo.
Por fim, Francisco manifesta satisfação pela nomeação feita por Tawadros II de um delegado para participar do Sínodo extraordinário dos Bispos dedicado à família.
(BF)
Reflexão para o VI Domingo da Páscoa
Cidade do Vaticano (RV) - A primeira leitura deste domingo nos fala da presença de Pedro e de outros cristãos na casa de Cornélio, um pagão que o convidara para estar com sua família e amigos.
Quando Pedro, ainda um pouco sem jeito começou a evangelizá-los, o Espírito de Deus desceu sobre os pagãos e eles começaram a ter atitudes próprias dos cristãos louvando e bendizendo a Deus.
Pedro percebeu que o dom do Espírito precedeu o batismo e resolveu batizá-los imediatamente.
Esse fato deve servir para nós como uma advertência de que Deus é Pai de todos os homens e não se restringe aos batizados. Ao contrário, o querer ser batizado é responder positivamente ao apelo de Deus. Portanto devemos ter um coração acolhedor que receba todas as pessoas de boa vontade. Não sabemos o que Deus está preparando para eles e nem para nós.
Aliás, o Evangelho de hoje nos conduz a uma atitude muito social. Jesus fala do amor ao outro e o fala se dirigindo não a uma pessoa, mas à Comunidade. É o próprio Cristo que morreu por todos nós, que nos ensinou a rezar o Pai-Nosso e não o Meu-Pai que durante todo o seu discurso se dirige a nós como Comunidade.
Quando nos dirigirmos ao Pai, será ao Pai de Jesus e de todos os cristãos. Ele quer que seus filhos vivam sempre como irmãos.
Mais uma vez o Senhor mostra a liberdade de Deus ao dizer que foi ele quem nos escolheu. E nos escolheu para que fizéssemos o bem e fossemos eternamente felizes.
A segunda leitura, a 1ª Carta de João, encerra essa verdade ao dizer que “não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e nos enviou seu Filho Jesus”.
Queridos irmãos, amemos os nossos irmãos porque é isso que Deus quer. Que o amor esteja acima de qualquer ofensa, agressão. Que o perdão e a caridade sejam os sinais expressivos de que somos filhos do Pai. Em uma comunidade de amor não deveria haver pessoas excluídas e pessoas carentes, mas pessoas que se amam, que se socorrem, que se perdoam, porque estão cheias de Deus, ungidas por Seu Espírito Santo.
(Padre Cesar Augusto dos Santos)
Espaço Interativo: direto da Redação
Cidade do Vaticano (RV) - Domingo, 10 de maio! No ar um novo Espaço Interativo! Neste lugar de encontro semanal com nossos ouvintes, leitores e amigos do Facebook reunimos as informações sobre a interação que mantiveram com a redação do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.
Destacamos o e-mail de nossos ouvintes Maria Aparecida e José Ozias Siqueira que estão sempre sintonizados na RV. Obrigado!
Recebemos a carta de Henrique José Dantas Felinto, de Natal (RN), nosso ouvinte deste a década de 1970! Obrigado!
"Nos faz bem estarmos um pouco diante do Santíssimo, para sentirmos sobre nós o olhar de Jesus". Essa mensagem do Papa Francisco no Twitter foi o post mais compartilhado em nossa fan-page no Facebook. Sobre isso, destacamos alguns comentários de nossos amigos.
Rejane Ely Serafim, de Sapiranga (RS), disse: “Sentir a presença real de Jesus nos leva a uma mudança de verdadeira conversão”.
Raquel Mendes, Itapecerica da Serra (SP), comentou: “Lamento que nem todas as nossas igrejas se abram para esse momento de Adoração tão importante, necessário e de valor inestimável. A favor de menos barulho, mais Adoração”.
Ainda no Facabook, o post mais comentado foi a notícia de que a França obriga a retirada de uma imagem de São João Paulo II porque esta contêm uma cruz.
YouTube
Em nosso canal no YouTube o vídeo mais visto nesta semana foi a íntegra da catequese do Papa: “A beleza do matrimônio cristão” na quarta-feira (06/05), durante a Audiência Geral.
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