Cidade do Vaticano (RV) - “Quem vive a missão da Caritas não é um simples agente, mas uma testemunha de Cristo. Uma pessoa que busca Cristo e se deixa buscar por Ele”. Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na tarde desta terça-feira na Basílica de São Pedro, na abertura da 20ª Assembleia Geral da Caritas Internacional. 

Atendo-se à liturgia do dia, o Santo Padre destacou a conversão do carcereiro da prisão de Paulo e Silas, em Filipos, narrada nos Atos dos Apóstolos, que após lavar as feridas de Paulo e Silas, e receber o Batismo junto com seus familiares, acolhe os dois em sua casa, “prepara a mesa e oferece a eles de comer, cheio de alegria”.

“O Evangelho, anunciado e crido – disse o Papa –, leva a lavar os pés e as feridas dos sofredores e a preparar para eles a mesa. Simplicidade dos gestos, onde o acolhimento da Palavra e do sacramento do Batismo se acompanha ao acolhimento do irmão, como se tratasse de um único gesto.”

“Podemos ver neste gesto todo o chamado da Caritas. A Caritas se tornou uma grande Confederação, reconhecida amplamente no mundo também por suas ações. A Caritas é uma realidade da Igreja em muitíssimas partes do mundo, e deve encontrar ainda mais difusão também nas inúmeras paróquias e comunidades, para renovar o que aconteceu nos primeiros tempos da Igreja.”

“A raiz de todo o vosso serviço está propriamente no acolhimento, simples e obediente, de Deus e do próximo. E este acolhimento se realiza em vós pessoalmente, para irdes depois ao mundo e ali servirdes em nome de Cristo que encontrastes e que encontrais em cada irmão e irmã aos quais vos fazeis próximos”, enfatizou o Pontífice dirigindo-se diretamente aos membros da Caritas.

“A Caritas de cada Igreja particular, mesmo a menor, é a mesma”, acrescentou Francisco observando que “não há Caritas grandes e Caritas pequenas, todas são iguais”.

“Peçamos ao Senhor a graça de entender a verdadeira dimensão da Caritas; a graça de não ceder ao engano de crer que um centralismo bem organizado seja o caminho; a graça de entender que a Caritas está sempre na periferia, em cada Igreja particular; e a graça de crer que a ‘Caritas – Centro’ é somente auxílio, serviço e experiência de comunhão, mas não é chefe de todas”, disse ainda.

“Quem vive a missão da Caritas não é um simples agente, mas uma testemunha de Cristo. Uma pessoa que busca Cristo e se deixa buscar por Ele; uma pessoa que ama com o espírito de Cristo, o espírito da gratuidade, do dom.”

Francisco advertiu que todas as nossas estratégias e planejamentos permanecem vazios se não carregamos em nós este amor. “Não o nosso amor, mas o seu”, observou. “Ou melhor ainda, o nosso purificado e reforçado pelo seu”.

Referindo-se à campanha “Uma família humana, alimento para todos”, promovida estes meses pela Caritas, o Papa frisou que “muitas pessoas esperam também hoje comer de maneira suficiente”. O planeta tem alimento para todos, mas parece que falta vontade de compartilhar com todos”, observou ainda.

Francisco disse que é preciso “fazer o que podemos para que todos tenham de comer, mas também recordar aos poderosos da terra que Deus os julgará um dia, e manifestar-se-á se realmente tentaram prover o alimento para Ele em cada pessoa e se trabalharam para que o meio ambiente não fosse destruído, mas pudesse produzir este alimento”. Dito isso, Francisco lembrou mais uma vez os cristãos perseguidos, fazendo um novo apelo em favor deles:

“E pensando na mesa da Eucaristia, não podemos nos esquecer dos nossos irmãos cristãos que foram privados com a violência seja do alimento para o corpo, seja daquele para a alma: foram expulsos de suas casas e de suas igrejas, às vezes destruídas. Renovo o apelo a não esquecer essas pessoas e essas intoleráveis injustiças.”

Fazendo votos de bom êxito para os trabalhos destes dias, o Papa confiou à Virgem Maria esta 20ª Assembleia Geral da Caritas Internacional e lembrou que esta quarta-feira, 13 de maio, celebramos Nossa Senhora de Fátima. “Com um apoio assim tão grande, não tenhamos medo de continuar a nossa missão”, exortou. (RL)

Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta terça-feira, 12 de maio, às 17h30 locais, o Papa Francisco presidirá a Santa Missa na Basílica Vaticana por ocasião da abertura de 20ª Assembléia Geral da Caritas Internationalis, que será realizada sobre o tema “Uma família humana: cuidando da Criação”. No centro dos trabalhos do organismo estará a questão das alterações climáticas e as suas consequências, em especial sobre as populações mais pobres do planeta. A Rádio Vaticano conversou com Michel Roy, secretário-geral da Caritas Internationalis: 

R. - A questão das alterações climáticas é uma questão que, gradualmente, ao longo das décadas, tornou-se mais importante, e nós vemos isso muito claramente na Caritas Internationalis: a multiplicação das catástrofes naturais no planeta é coisa real, que se pode verificar constantemente. Os tufões, inundações, secas ... tudo isso têm-se multiplicado, gerando empobrecimento das comunidades, vítimas diretas, também migrações devido a essa mudança climática. Então, chegamos a um ponto onde não só nós, mas todos nós devemos fazer alguma coisa para diminuir esta mudança do clima. Este ano de 2015 é um ano muito especial: as Nações Unidas vão adotar em setembro, na assembleia geral, os objetivos de desenvolvimento sustentável que levem em conta as alterações climáticas de uma forma que nunca tinha sido feito antes. Do final de novembro até dezembro, em Paris, será realizado o encontro sobre as alterações climáticas, que é um momento muito importante: a última chance para tomar as decisões necessárias para garantir que esta mudança pare e que nós não vamos além, porque caso contrário, a mudança será irreversível. Vemos que quando o clima muda, há um impacto sobre a criação e especialmente sobre os mais pobres. Esta mudança afeta uma área tropical que vai das Filipinas até a América Central – se pode ver isso em um mapa - e as populações que vivem nesses países são pobres e não são a causa desta mudança: nós, que vivemos no Norte somos a origem desta mudança. É uma questão de "justiça climática" e devemos fazer de modo que as pessoas vítimas estejam no centro da nossa atenção. Esta reflexão nos levou a escolher esse slogan “Uma família humana: cuidando da criação”.

P. - O que o Papa Francisco ensina sobre este assunto? O que ensina também à Caritas, sobre a proteção da Criação, sobre o compromisso dos cristãos?

R. - Ele disse tantas coisas e estamos aguardando a Encíclica sobre a ecologia humana, que deverá ser publicada no final de junho começo de julho. Eu acho que ele chama a atenção sobre a necessidade de mudar os estilos de vida, os modos de vida. Tenho certeza de que será um forte apelo a todos para que nos empenhemos coletivamente mas também individualmente para fazer com que a mudança climática não seja tão forte.

A Rádio Vaticano transmite a celebração Eucarística com comentários em português a partir das 17h25, hora local. (SP)

Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se na manhã desta terça-feira (12/05), na Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de imprensa de apresentação da Assembleia da Caritas Internacional, que tem início oficialmente na quarta-feira, dia 13. 

Estavam presentes na coletiva o Presidente da Confederação, Card. Oscar Andrés Rodrigues Maradiaga, e o Secretário-Geral, Michel Roy. Mas quem chamou a atenção da mídia foi o teólogo dominicano Gustavo Gutierrez, considerado um dos fundadores da Teologia da Libertação. O sacerdote peruano será um dos conferencistas da Assembleia, quando falará da relação entre caridade e justiça.

Teologia da Libertação

Respondendo às inúmeras perguntas dos jornalistas, Pe. Gutierrez recordou que a Teologia da Libertação nunca foi condenada pela Santa Sé, mas passou por várias fases, inclusive “críticas”, de diálogo. “O que é importante agora é o momento atual, de ir às periferias, a opção preferencial pelos pobres. E isso está claro no pontificado do Papa Francisco. O importante é reabilitar o Evangelho”.

“A reflexão teológica deve estar ligada à vida cotidiana das pessoas. Não se trata de metafísica religiosa. Nunca li na Bíblia algum trecho que diz ‘ide e fazei Teologia’, mas sim ‘ide e fazei discípulos’. A Teologia é uma hermenêutica da esperança, dá a visão para quem está comprometido na ação.”

Carta de amor

Questionado se escreveria tudo o que escreveu da mesma maneira, o teólogo de 86 anos respondeu que é a mesma coisa perguntar para uma pessoa casada há anos se escreveria uma carta de amor exatamente igual ao do início do relacionamento. “Não é possível, mas o meu amor a Deus, à Igreja e ao povo permanece o mesmo.”

Dom Hélder Câmara

Pe. Gutierrez citou várias vezes o Documento de Aparecida e falou sobre a beatificação de Dom Oscar Arnulfo Romero e o início da causa de Dom Hélder Câmara, afirmando que os “mártires latino-americanos” contribuíram para ampliar o sentido do martírio, em que se luta não somente pela fé, mas também em prol do povo.

Por sua vez, o Cardeal hondurenho Maradiaga falou dos oito anos em que esteve à frente da Caritas (a Assembleia deverá eleger o novo Presidente na quinta-feira). “Foi para mim um enriquecimento enorme. Faço votos de que sigam avante, com a prioridade de educar o cristão à compartilha dos bens da Terra.”

A Assembleia da Caritas se concluirá no domingo, 17 de maio, com uma declaração final. Em breve, a Confederação terá em breve seu membro de número 165, com o ingresso da Caritas do Sudão do Sul.

(BF)

Cidade do Vaticano (Ansa) – Amanhã, dia 13 de maio, dia em que se recorda a primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima, uma estátua de Fátima acompanhará o Papa e os fiéis durante a Audiência Geral.

A Ong italiana Unitalsi atendeu ao desejo do Pontífice em ter a presença de Nossa Senhora de Fátima no aniversário de 98 anos da primeira aparição. A Ong informa que a estátua vem de Fátima, onde foi abençoada.

“Com grande satisfação atendemos ao pedido do Papa – declara Padre Gianni Toni, assistente eclesial da Ong – e estaremos com ele levando mais de cem portadores de necessidades especiais para celebrar esta importante recorrência. Estamos orgulhosos que, justamente no dia dedicado a Nossa Senhora de Fátima, a nossa estátua servirá de elo entre o Santuário Mariano e a Praça São Pedro, em uma oração de paz e esperança”. (RB)

Havana (RV) – Na sede da Chancelaria cubana, realizou-se na tarde de segunda-feira (11/05), o primeiro encontro de trabalho entre representantes da Santa Sé, a Igreja Católica em Cuba e autoridades deste país, como parte dos preparativos para a visita pastoral que o Papa Francisco realizará em Cuba em setembro próximo. 

O encontro foi presidido na parte cubana pelo Vice-Ministro de Relações Exteriores, Marcelino Medina, e do Vaticano, pelo Dr. Alberto Gasbarri, Responsável da organização das viagens papais. A Igreja Católica em Cuba foi representada pelo Cardeal Jaime Ortega Alamino, Arcebispo de Havana, Dom Dionisio García Ibañez, Arcebispo de Santiago de Cuba e Presidente da Conferência Episcopal, e outros. 

Datas extra-oficiais

Após a reunião, a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC) publicou na página do Episcopado na Internet que o Papa Francisco visitará Cuba entre 19 e 22 de setembro, no contexto da viagem em que irá depois aos Estados Unidos. O Pontífice deve visitar o Santuário do Cobre, onde se venera a padroeira da ilha, e as cidades de Havana, Holguín e Santiago de Cuba, no leste do país.  

As datas foram confirmadas um dia depois que o Presidente cubano, Raúl Castro, se reuniu no Vaticano com o Papa e lhe agradeceu pessoalmente por sua mediação no processo de restauração das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, anunciado em 17 de dezembro. 

Padroeira de Cuba

Nossa Senhora da Caridade do Cobre é conhecida carinhosamente em Cuba como La Cachita e sua veneração começou em 1612 quando três nativos encontraram no mar, depois de uma tempestade, uma pequena estátua de madeira com a imagem esculpida de uma mãe com um menino no colo. Trazia um manto, cujo tecido não estava molhado, e no pedestal da imagem a frase “Eu sou a Virgem da Caridade”.  

A Arquidiocese de Miami está programando uma peregrinação de 18 a 22 de setembro, coincidindo com a visita de Francisco – anunciou a porta-voz. 
“Irei a todas as missas que o Papa celebrar em Cuba”, garantiu Raúl Castro após o encontro com Francisco domingo (10/05) no Vaticano. 

Após deixar Santiago, o Papa irá a Washington, D.C., onde encontrará o Presidente Barack Obama e fará um discurso no Congresso. Ainda nesta viagem, o Pontífice falará na sede das Nações Unidas, em Nova York, e visitará Filadélfia, para participar do Encontro Mundial das Famílias. 

(CM)
 

Sarajevo (RV) – Um coral de 1650 vozes animará a Missa a ser celebrada pelo Papa Francisco no dia 6 de junho no Estádio Olímpico “Kosevo”, de Sarajevo. Este número, no entanto, deverá crescer, visto a quantidade de corais que continuam a manifestar o desejo de inscreverem-se para serem incluídos na maior missa já celebrada na Bósnia-Herzegóvina.

Segundo Dom Mark Stanušić - que dirigirá o coral – “não existe honra maior para os corais do que cantar na missa celebrada pelo Pontífice”. O repertório – explicou ele - foi “selecionado com muito cuidado”, de modo que todos os corais litúrgicos possam segui-lo. “É composto por todos os tipos de música sacra, do canto gregoriano à polifonia, de cantos populares à música sacra de órgão”, acrescentou.

Além do órgão, o grande coral será acompanhado também pela Banda militar das Forças Armadas do país. Cantores da Catedral, de três seminários, religiosas de Sarajevo e membros do Coro do Teatro nacional da capital deverão formar o núcleo central do coral. A eles se somarão os corais das Dioceses de Mostar-Duvno e de Banja Luka, assim como dos croatas de Zagabria, Đakovo-Osijek e Split-Makarska. Importante, também, será a presença do coral ecumênico masculino da Catedral de Belgrado. (JE)

Cidade do Vaticano (RV) - A contribuição da diplomacia na manutenção da paz a partir das áreas atualmente mais problemáticas, como o Mediterrâneo. Este foi o tema tratado na apresentação do 10º Master do curso de Relações Internacionais da Universidade Lumsa, em Roma. O papel desempenhado pela diplomacia da Santa Sé ao lado dos Estados, tem como objetivo primário a paz, a qual, como repete o Papa Francisco, “sem diálogo, respeito pelos direitos humanos e caridade não existe futuro”. Entre os conferencistas estava presente o Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, Cardeal Dominique Mamberti, por anos responsável pelas Relações com os Estados da Santa Sé. Ele falou aos microfones da Rádio Vaticano.

“A diplomacia vaticana tem uma longa história a serviço da paz e isto, conforme o mandato de Cristo: “Bem aventurados os promotores de paz”. Mas encontrou, ao longo dos séculos, diversas formas de atuação e hoje vemos que, atualmente,  a contribuição é reconhecida e evidente com o Papa Francisco”.

RV: Antes de tudo, o ser humano é o mais importante para a diplomacia vaticana, mais do que a política e os seus equilíbrios...

“Sim, absolutamente, a defesa da dignidade da pessoa humana é justamente um eixo, para não dizer o eixo central da diplomacia vaticana, e naturalmente, a busca e a construção do bem comum”.

RV: Pode-se considerar como um fracasso da diplomacia as hipóteses europeias de uma ação militar na Líbia?

“A diplomacia deve explorar todos os modos para fazer respeitar a dignidade da pessoa, naturalmente no respeito pelo direito internacional e com o objetivo superior sempre de manter a paz. De fato, muitas vezes, o Santo Padre disse: com a guerra não se vai a lugar algum”.

RV: A abertura dos Estados Unidos a Cuba. Poderíamos dizer que este seja o último objetivo e sucesso alcançado, também por parte da diplomacia vaticana. Que perspectivas se abrem a partir de agora?

“Os representantes diplomáticos da Santa Sé sempre estiveram presentes e penso sim que tenha sido construída uma relação de confiança ao longo dos anos. Mas penso, e todos destacaram isto, que o empenho pessoal do Santo Padre tenha sido muito importante e devem ser gratos a ele”.

RV: O Papa fala seguidamente de uma terceira guerra mundial em pedaços. Quais são os ‘fronts’ que mais preocupam a diplomacia vaticana?

“O Oriente Médio é para nós uma chaga aberta, em particular pela situação dos cristãos e pelos riscos que esta situação representa à estabilidade não somente da região, mas para todo o mundo”.

RV: O senhor falou que a tutela da liberdade religiosa, junto com a educação e a caridade, são as linhas guias da diplomacia vaticana. Diante do avanço do extremismo islâmico, que não respeita em nada a liberdade religiosa, existe ainda espaço para o diálogo em uma ação diplomática?

“É um pouco abstrato falar “um diálogo com o Islã”. O que é necessário fazer é um diálogo com os expoentes do Islã, os fieis do Islã, e certamente também, quando isto for possível, desenvolver ações comuns com eles, em particular em favor da paz, do desenvolvimento, da educação”. (JE)

Cidade do Vaticano (RV) – Um guia do Vaticano em língua árabe será apresentado na quarta-feira (20/05) no Instituto Patrístico Agostinianum de Roma. Publicado pela Livraria Editora Vaticana (LEV),  a obra “O Vaticano, seus significados e monumentos” é assinada pelo Núncio Apostólico Arcebispo Edmond Farhat.

A publicação é voltada aos milhares de turistas de língua árabe que diariamente visitam os diversos ambientes da Cidade do Vaticano. Além de retratar as belezas artísticas e monumentais da Basílica de São Pedro, dos Museus Vaticanos, jardins e catacumbas, é repassada a história do local e descritos os diversos dicastérios e organismos do Estado do Vaticano, para explicar ao público a sua história, a sua evolução e o seu significado.

Após a saudação do Diretor da LEV, Padre Giuseppe Costa, tomarão a palavra o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, o Embaixador do Líbano junto à Santa Sé, Georges El-Khoury, o Embaixador da República Árabe do Egito junto à Santa Sé, Wafaa Bassim, e Onorato Bucci, ex-professor de Direito Oriental na Pontifícia Universidade Lateranense e na Universidade de Estudos de Molise. (JE)

Aparecida (RV) - Neste dia 12 de maio, a imagem fac-símile de Nossa Senhora Aparecida será entronizada no Santuário de Fátima, em Portugal. O ato faz parte das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem da Mãe Aparecida no rio Paraíba do Sul, que será celebrado em 2017. As comemorações se realizam em conjunto com o Santuário de Fátima, que também em 2017 comemora o centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorzinhos. 

A comitiva de Aparecida é formada por cerca de 400 pessoas entre bispos, padres e devotos de Nossa Senhora Aparecida. O Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, e o bispo auxiliar da Arquidiocese, Dom Darci José Nicioli também integram a delegação.

O cardeal português José Saraiva Martins, prefeito-emérito da Congregação para as Causas dos Santos, entrevistado pelo nosso colega Alberto Goroni, fala sobre estas duas invocações de Maria. 

Programação:

Dia 12 de maio:

16h – Coletiva de imprensa

18h30 – Abertura oficial da Peregrinação na Capela das Aparições

- Entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

21h30 – Benção das velas

- Oração do Terço

- Procissão

Dia 13

10h – Santa Missa da Festa de Nossa Senhora de Fátima

12h30 – Bênção dos doentes

Imagem de Nossa Senhora de Fátima em Aparecida

No dia 17 de maio de 2014, a imagem de Nossa Senhora de Fátima chegou ao Santuário Nacional, levada em procissão luminosa desde a Basílica Velha. O Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, presidiu a Celebração Eucarística de entronização da imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Concelebraram o Bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci Nicioli; o Bispo de Leiria Fátima, Dom Antônio Augusto dos Santos Marto; o Reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Manoel Pedrosa Cabecinhas e o então Reitor do Santuário Nacional, Padre Domingos Sávio da Silva.

Após a celebração, foi rezado um terço em coligação via Satélite com a Praça do Santuário de Fátima, com a participação da comitiva vinda de Portugal, os cantores Sérgio Reis, Joana, Fafá de Belém e a apresentadora Ana Maria Braga.

No domingo, dia 18, o Bispo de Leiria – Fátima, Dom Antônio Augusto dos Santos Marto, presidiu a celebração Eucarística no Santuário Nacional. Ao final da missa, todos acompanharam o andor de Nossa Senhora de Fátima até o Monumento a ela dedicado, no Jardim Norte, onde a imagem permanece para a veneração dos fiéis. Foi realizado o rito de bênção da Imagem e do monumento. (SP-A12)

La Paz (RV) – A visita do Papa Francisco à Bolívia, em julho, vai precisar da ajuda de 30 mil voluntários locais em diferentes tarefas, desde a organização à assistência de saúde: a informação é do encarregado da Comunicação da Conferência Episcopal de Bolivia (CEB), José Rivera.

Segundo cálculos da Igreja boliviana, serão necessários 10 mil voluntários nas cidades de El Alto e La Paz, aonde chegará o Pontífice procedente do Equador, e outros 20 mil na cidade de Santa Cruz, na qual terá lugar a maior parte da programação do Papa – indicou o porta-voz da CEB, completando que a missa terá uma participação maciça de fiéis.

Atividades

As atividades que os voluntários vão desempenhar se dividem nas áreas de logística e organização, segurança, apoio, saúde e comunicação.

Rivera explicou que os voluntários poderão se registrar seja na pastoral juvenil das cidades em que o Papa irá, seja através da página que a CEB criou para centralizar as informações sobre a visita.

O Pontífice estará na Bolívia de 8 a 10 de julho, no contexto da viagem latino-americana que também o levará ao Equador e Paraguai.

Segundo a agenda adiantada pela Santa Sé, Francisco chegará ao país procedente do Equador à cidade de El Alto, situada a 4.000 metros sobre o nível do mar, e permanecerá algumas horas na vizinha La Paz antes de se deslocar para Santa Cruz de la Sierra.

(CM)

Santo Domingo (RV) – Tem início esta terça-feira (12/05) em Santo Domingo, capital da República Dominicana, a 35ª Assembleia Geral Ordinária  do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). Na pauta do encontro, o relatório da gestão e a renovação da presidência. A missa inaugural será presidida às 18 horas de hoje pelo Arcebispo de Santo Domingo, Cardeal Nicolás de Jesús López Rodríguez.

O encontro – que reúne os presidentes e delegados das 22 Conferências Episcopais da América Latina e Caribe, num total de 56 membros com voz e voto -  é realizado a cada dois anos, sempre em um país diferente. Além dos membros da Assembleia, o Prefeito da Congregação para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet, participará como convidado especial.

Relatório de gestão e renovação de cargos diretivos

Um informe de Gestão sobre o Plano Global e dos 76 Programas do quatriênio que termina, assim como a renovação dos cargos diretivos do CELAM estão na pauta do encontro. Os participantes vão analisar ainda os atuais desafios da Igreja no continente latino-americano e traçar as linhas mestras para o Plano Global do CELAM para o quadriênio 2015-2019. Os delegados das Conferências Episcopais, por sua vez, apresentarão um informe sobre a realidade social e eclesial de seus países.

Composição atual da presidência

A atual presidência do CELAM está assim composta: Presidente, Dom Carlos Aguiar Retes, Arcebispo de Tlalnepantla, México; Primeiro Vicepresidente, Cardeal Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá, Colombia; Segundo Vice-presidente, Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo de Campo Grande, Brasil; Secretário Geral, Dom Santiago Silva Retamales, Bispo Auxiliar de Valparaíso, Chile e Presidente do Comitê Econômico, Dom Carlos María Collazzi SDB, Bispo de Mercedes, Uruguai.

Convidados especiais

Além do convidado especial, Cardeal Marc Ouellet, tomará parte do encontro o Núncio Apostólico na República Dominicana, Dom Okolo Jude Thaddeus. A Conferência Episcopal dos Estados Unidos estará representada por Dom Octavio Cisneros, Arcebispo de Brooklyn e pelo Padre Juan J. Molina OSST, Diretor do Comitê Igreja na América Latina. Da Alemanha participarão Dom Bernd Klaschka, Diretor Geral do Adveniat e Dom Pirmin Spiegel, Diretor Geral de Misereor. Do Brasil estará presente o Diretor de Porticulos, Juan Esteban Belderrain. A Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR) estará representada pela irmã María Altagracia Ortiz Mena, SS.CC, Vice-presidente da entidade, residente na República Dominicana. (JE/Aica)

Cidade do Vaticano (RV) - Foram mais de oito anos de missão em Moçambique até que, em 2013, pouco após ser eleito, o Papa Francisco nomeou Dom Luiz Fernando Lisboa como bispo da diocese de Pemba, no norte do país africano.

Dom Luiz participa da visita Ad Limina junto com os demais bispos moçambicanos. Após sete anos, eles voltam ao Vaticano para apresentar ao Papa os principais desafios da Igreja. Em entrevista à RV, Dom Luiz falou de sua experiência justamente na região onde estão os maiores investimentos brasileiros em Moçambique, da realidade das periferias existenciais e da paz ameaçada pela falta de diálogo entre governo e oposição. 

“Até que ponto estes megaprojetos beneficiam os moçambicanos, o povo moçambicano? Ou eles tem uma capa de benefícios, vai ajudar o povo moçambicano etc, mas o que vai acontecer é beneficiar os grupos externos, as grandes empresas multinacionais e “alguns” moçambicanos. Nós temos muita preocupação que esses megaprojetos sejam uma nova colonização”.

Imagem conhecida

O norte é a nova mina de ouro de Moçambique: carvão, gás e petróleo, pedras preciosas. Uma corrida pela riqueza que tem um lado obscuro, que o bispo denuncia: as minas.

“Quem de nós brasileiros não se lembra da Serra Pelada, das minas. Aqui em Moçambique temos este problema. Do dia para a noite surge um garimpo de pedras semi-preciosas. Nas áreas de pedras preciosas o povo não chega nem perto. Há seguranças armados, grades. Então, as pessoas que estão ali arriscam a vida, perdem a saúde, morrem soterradas. Constrói-se quase que uma cidade em torno da mina, onde predomina o alcoolismo, as drogas, a prostituição. São todos problemas que nos desafiam. Desafiam a Igreja. Essa é uma periferia que tem me tirado a paz porque ainda não temos como dar uma resposta”.

Paz ameaçada

Para agravar a situação, a instabilidade do governo que ameaça a paz conquistada a tão duras penas.

“Infelizmente, alguns líderes insistem em serem donos da verdade e  isso dificulta o diálogo. Quando as partes não aprendem a ceder, então dificulta o diálogo. A insistência da igreja é nisso. É preciso sentar, cada um, e ceder para que haja a paz porque 99% por cento do povo moçambicano quer a paz. Ninguém mais suporta a guerra”.

A entrevista completa com Dom Luiz vai ao ar nesta quinta-feira, no programa Em Romaria. (RB)

Manila (RV) - Centenas de cristãos e muçulmanos manifestaram nesta segunda-feira, 11, em Manila, Filipinas, para pedir a imediata ratificação do Basic Bangsamoro Law (Bbl), o acordo assinado um ano atrás entre o governo filipino e os independentistas do “Moro Islamic Liberation Front” (Milf) para a paz em Mindanao. Após a morte em 25 de janeiro de 43 policiais em um confronto a fogo com as milícias do Milf e do Biff (Bangsamoro Islamic Freedom Fighters) em Mamasapano, na Província de Maguindanao, aumentaram nos últimos meses as pressões para modificar o texto da lei de ratificação que deveria pôr fim ao sangrento conflito armado entre Manila e os independentistas muçulmanos. Uma modificação – refere a agência Ucan – que enfraqueceria as concessões feitas pelo Executivo e às quais são contrários os que propõem a paz, entre os quais a Igreja Católica.

O card. Quevedo: o Bbl base para uma paz duradoura em Mindanao

Cancelar algumas cláusulas do acordo significaria tornar a região autônoma Moro “menos autônoma”, advertiu em uma entrevista à agência Ucan o Cardeal Orlando Quevedo, Presidente do grupo inter-religioso “Amigos da paz”, segundo qual o reconhecimento desta autonomia “é uma ótima base para uma paz justa e duradoura na região”.

Nesta mesma linha diversas organizações da sociedade civil de Mindanao que pedem para que o Congresso não se deixe condicionar pelos eventos do último mês de janeiro e pelas pressões contrárias de uma parte da opinião pública. O voto final do Congresso é aguardado para esta quinta-feira, 14 de maio. (SP)

Paksè (RV) – “Estamos muito felizes pelo reconhecimento do martírio do Padre Mario Borzaga, jovem missionário dos Oblatos de Maria Imaculada, e do catequista laosiano Paul. Esperamos com grande expectativa o bom êxito também da segunda causa de beatificação, ainda aberta, que diz respeito a outros 15 mártires, entre missionários e leigos laosianos”. Foi o que afirmou o Vigário Apostólico de Paksé (sul do Laos) e responsável pelo  Escritório dos Mártires da Conferência Episcopal do Laos e Cambodja (CELAC), Dom Louis-Marie Ling Mangkhanekhoun.

O vigário soube da notícia do reconhecimento por parte da Santa Sé do martírio de Borzaga e Paul, quando participava, com outros três bispos laosianos, da Assembleia da Conferência Episcopal realizada na capital cambojana, Phnom Penh, o que provocou “alegria, satisfação e esperança”. “Partilhamos no encontro esta bela notícia para a nossa Igreja”, contou Dom Ling.

“Todos os 17 mártires pertencem ao Vicariato de Luang Prabang. Queremos celebrá-los todos juntos. Não sabemos ainda como, onde e quando poderemos celebrar a Santa Missa de beatificação. Será um evento de grande testemunho cristã que envolverá toda a Igreja no Laos. Desejamos fazer a celebração no Laos. Seria muito significativo para o pequeno rebanho da nossa Igreja. E acredito que  teremos esta possibilidade, também de acordo com as autoridades civis”.

O prelado refere como a Igreja local, mesmo vivendo em condições difíceis, continua no seu trabalho pastoral. O reconhecimento do martírio, observou, “é um dom de Deus para nossa pequena Igreja laosiana”. (JE)

Argel (RV) – O Presidente da Frente Livre Salafita da Argélia, Abdel Fattah Zarawi, defende que todas as igrejas cristãs presentes no território argelino sejam fechadas e transformadas em mesquita. A medida seria em resposta aos “episódios de islamofobia” que, na sua opinião, estariam se espalhando em muito países europeu, a começar pela França.

Segundo fontes argelinas, reportadas pela Agência Fides,  a campanha ‘anti-igrejas’ foi lançada nas redes sociais e em blogs ligados a grupos salafitas. O grupo também defende que as Basílicas de Nossa Senhora da África, em Argel, e de Santo Agostinho, em Annaba sejam fechadas, pois são “resíduos da época colonial da qual o país deve ser libertado”. (JE)

Colombo (RV) - A Arquidiocese de Colombo, no Sri Lanka, deseja estender seu amor cristão ao povo do Nepal, que muito vem sofrendo com os abalos sísmicos que há mais de duas semanas têm sacudido o país asiático. “Queremos fazer todo o possível para aliviar os sofrimentos dos nepaleses.”

Com essa mensagem, o bispo auxiliar de Colombo, Dom Emmanuel Fernando, convidou os fiéis da arquidiocese a arrecadarem fundos a serem enviados ao sobreviventes do Nepal. As doações serão destinadas ao Centro Arquidiocesano para o Desenvolvimento Humano, que depois enviará ao vicariato apostólico do Nepal.

Dom Fernando lançou a coleta de fundos através dos “Catholic Messenger” e “Ganartha Pradeepaya”, diários oficiais da arquidiocese, respectivamente, em língua inglesa e cingalesa).

Também a Conferência dos Superiores Religiosos Maiores no Sri Lanka estão arrecadando doações em dinheiro em todo o país, cujo montante será enviado à Caritas Nepal. Escolas e institutos católicos, conventos e paróquias estão participando da iniciativa, que se estenderá até o próximo dia 30 deste mês. (RL)

Cidade do Vaticano (RV) – No espaço dedicado à Vida Consagrada, voltamos a falar de uma das congregações mais antigas da Igreja: a Ordem fundada por S. Bento.

Na edição anterior, Dom Hugo Cavalcante, Vigário Judicial do Tribunal Interdiocesano de Uberaba – MG, explicou que os beneditinos estão estruturados em 11 congregações diferentes, sem um geral ou provincial, pois cada mosteiro tem a sua autonomia.

São cerca de 1500 anos de história, enfrentado e superando desafios. Hoje, para Dom Hugo, o principal deles é dar respostas ao mundo atual sem perder a essência, diante da queda do número de vocações.

Ouça clicando acima.

(BF)

Cidade do Vaticano (RV) - Prevenir a dengue é algo que começa em casa e cada um pode e deve fazer a sua parte. 

Não deixar água parada, retirar das áreas livres recipientes que possam acumular água, cuidar da coleta do lixo e tampar a caixa d'água são medidas eficazes e possíveis para impedir o avanço da dengue. Cada um pode ajudar a conscientizar sua vizinhança e comunidade sobre como colaborar nas medidas de prevenção.

Desde o início deste ano, a dengue avançou com força por todo o Brasil: o número de casos cresceu 240% até meados de abril passado, em relação ao mesmo período em 2014. O país registrou mais de 224 mil casos de dengue este ano.

O Dr. Ronaldo Trevisan, médico, veterinário da equipe de coordenação do controle da dengue na Secretaria de Estado da Saúde do Paraná nos explica o que é a dengue. (MJ/Pastoral da Criança)

Katmandu (RV) – Três semanas após o terremoto de magnitude 7,8 graus que assolou o Nepal, nesta terça-feira (12/05) um novo tremor de magnitude 7,3 foi registrado no leste do país, às 12h50 locais. As principais agências de notícias relatam até agora cinquenta e quatro mortos e mais de mil feridos.

Milhares de pessoas permanecem nas ruas de Katmandu. Alguns edifícios que haviam resistido ao primeiro terremoto terminaram por ruir. As ruas de acesso ao centro da capital foram tomadas por pessoas que procuravam abrigar-se em espaços abertos.

Já foram sentidas novas réplicas do terremoto principal desta terça-feira, de magnitudes entre 5 e 6,3 graus, todas entre o norte e  nordeste de Katmandu. O aeroporto internacional de Katmandu voltou a ser fechado. O terremoto também foi sentido na Índia e em Bangladesh. (RB com agências)

Aleppo (RV) - “Estamos cotidianamente sob as bombas. Creio que muitos cristãos fugirão de Aleppo e buscarão abrigo na área costeira, mas o farão somente quando escolas e universidades fecharem, depois dos exames finais. É um paradoxo, mas no desastre em que vivemos, escolas e universidades dos bairros centrais de Aleppo ficaram abertas, e quem pôde, não renunciou a frequentar as aulas e fazer exames, mostrando que ainda acredita que o estudo seja importante para o futuro. E tudo isso, enquanto se vive numa cidade que parece não ter futuro”. Assim, o jesuíta sírio Antoine Audo, Bispo caldeu de Aleppo, relata os sentimentos vividos pelas famílias cristãs na cidade mártir.

Milícias reforçam posições

Nos últimos dias, segundo notícias publicadas por agências internacionais, na região de Aleppo, as milícias jihadistas teriam reforçado suas posições, intimando dois mil soldados do exército do governo, que estavam isolados na área do aeroporto militar, a se renderem. “Na realidade”, informa Dom Audo “há mais de três anos, para sair de Aleppo não usamos os aeroportos, que se encontram em áreas de conflito. A impressão é que exista uma forte propaganda e guerra psicológica contra o governo, planejada também em nível internacional, com o uso pilotado da informação. Falam de um ataque contra Aleppo em breve, dizem que a cidade vai acabar. Talvez estão preparando algo”.

Notícias instrumentalizadas

Também as notícias sobre os cristãos, segundo o Bispo caldeu de Aleppo, são quase sempre usadas de forma instrumental: “três semanas atrás”, sublinha Dom Audo “grupos armados antigovernamentais realizaram duros ataques contra bairros nos quais se encontram Catedrais cristãs, e também no bairro de Sulaymaniyah, onde residem muitos cristãos. Talvez a intenção era impressionar a opinião pública internacional e justificar reações militares. Desde o início, fizeram de tudo para apresentar este conflito como um confronto religioso entre cristãos e muçulmanos, ou entre xiitas e sunitas. Certo, os cristãos são o grupo mais inerme, não têm armas e têm medo, mas certos slogans e chaves de leitura pilotadas servem somente para esconder as razões reais e as dinâmicas verdadeiras desta guerra. Alguns querem dividir toda a área em pequenas entidades sectárias, como tentaram no Iraque, também, para colocar uns contra os outros e continuar a dominar tudo”. (SP)