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Sumario del 14/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa destaca importância dos treinadores na formação dos jovens

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Cidade do Vaticano (RV) – Eduquem os jovens para os valores autênticos do esporte, não para a rivalidade muito inflamada e à agressividade. Esta foi a exortação do Papa Francisco aos participantes do Seminário Internacional de estudos realizado em Roma sobre o tema “Treinadores: Educadores de pessoas”. E evento é organizado pela seção ‘Igreja e Esporte’ do Pontifício Conselho para os Leigos. 

Treinador e a educação dos jovens

“A presença de um bom treinador-educador – afirma o Papa Francisco – revela-se providencial, sobretudo nos anos da adolescência e da primeira juventude, quando a personalidade está em pleno desenvolvimento e existe a busca de modelos de referência e de identificação”, quando “é mais real o perigo de perder-se atrás de maus exemplos e na busca de falsas felicidades”. “Nesta delicada fase da vida – sublinha a mensagem – é grande a responsabilidade de um treinador, que frequentemente tem o privilégio de passar muitas horas por semana com os jovens e de ter grande influência sobre eles com seu comportamento e a sua personalidade. A influência de um educador, sobretudo para os jovens, depende mais daquilo do que ele é como pessoa e de como vive do que daquilo que ele diz”.

Relativizar as derrotas e os sucessos

Assim – observa o Papa Francisco – é muito importante “que um treinador seja exemplo de integridade, de coerência, de um justo juízo, de imparcialidade, mas também da alegria de viver, de paciência, de capacidade e estima e de benevolência para com todos, especialmente para com os mais desfavorecidos”. E é “importante que seja um exemplo de fé”, pois a fé “nos ajuda a elevar o olhar para Deus, para não absolutizar algumas de nossas atividades, incluída a esportiva, quer amadora ou profissional, e ter assim o justo desapego e a sabedoria para relativizar quer as derrotas que os sucessos”. A fé, além disto, “nos dá aquele olhar de bondade sobre os outros que nos faz superar a tentação da rivalidade muito inflamada e da agressividade, nos faz compreender a dignidade de cada pessoa, mesmo daquelas menos dotadas ou desfavorecidas”.

Não permitir que o esporte se desnature por tantos interesses

“O treinador – destaca o Papa – pode dar uma contribuição muito preciosa para criar um clima de solidariedade e de inclusão em relação aos jovens marginalizados e em risco de deriva social”, e “se tem equilíbrio humano e espiritual, saberá também preservar os valores autênticos do esporte e a sua natureza fundamental de brincadeira e de atividade socializante, impedindo que isto se desnature sob a pressão de tantos interesses, sobretudo econômicos, hoje cada vez mais intrusivos”.

Treinadores, autênticos testemunhos da vida e da fé vivida

“O treinador, como todo bom formador - lê-se ainda na mensagem – deve receber uma sólida formação. É necessário formar os formadores”. Para isto, deve-se “investir os recursos necessários para a formação profissional, humana e espiritual dos treinadores”. “Como seria bonito – conclui a mensagem do Papa – se em todos os esportes e em todos os níveis, das grandes competições internacionais até os torneios dos oratórios paroquiais, os jovens encontrassem em seus treinadores autênticos testemunhos de vida e de fé vivida”. (JE)

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Papa nos 70 anos da Pax Christi: Servir a Deus nas comunidades

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Cidade do Vaticano (RV) – Que o vosso encontro seja “uma ocasião para abrir o coração a Deus” e servi-lo nas comunidades onde vocês atuam, para que “a vida social seja um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos”. É o que escreve o Papa Francisco na mensagem assinada pelo Cardeal Pietro Parolin, dirigida aos 150 delegados de 30 nações, membros da Paz Christi Internacional, reunidos em Belém desde quarta-feira (13/05) até o próximo domingo, para celebrar os 70 anos de fundação do Movimento. Entre eles, está o coordenador da Pax Christi Itália, Padre Renato Sacco, que na entrevista a nossa emissora, falou da missão e do estilo que nestes anos caracterizaram a ação do Movimento em todo o mundo:

“Penso em todo o trabalho pelos direitos humanos, sobretudo na América Central e na América do Sul. Hoje temos aqui conosco também alguns membros que vem de El Salvador. Se pensarmos à ditadura argentina, e também em breve teremos a beatificação de Dom Romero, Marianela Garcia.... então, todo um trabalho de anos sobre os direitos humanos. Junto a isto, um trabalho de compromisso contra a guerra e não esqueçamos, não muitos anos atrás, o Prêmio Nobel para a campanha contra as minas anti-pessoais, que foi recebido em Oslo pela representante da ‘Pax Christi Italia’. Junto a isto, todo  um trabalho – por exemplo – sobre objeção de consciência. Neste caso, penso sobretudo à Itália, quando ainda não existia a lei e os objetores iam para a prisão. Portanto, um trabalho que podemos sintetizar assim: os direitos humanos, os direitos dos povos e das pessoas, um “não” à guerra e junto uma oração para continuar um caminho, certamente em subida, da paz. Há setenta anos e também hoje”.

RV: Olhando, por outro lado, para o hoje e o amanhã, em que caminho de paz vocês se encontram e tratam deste encontro em Belém?

“Justamente concluímos hoje uma pequena e breve mesa redonda com vozes que chegam de várias partes do mundo – de Uganda ao Oriente Médio, à Itália, aos Estados Unidos, à Nova Zelândia – e, se podemos resumir, por um lado hoje o grande desafio é ainda o dos direitos humanos, mas ainda maior – nos recordava o amigo dos Estados Unidos -, é uma educação para a paz e para a não-violência, contra os armamentos em uma sociedade sempre mais militarizada atualmente – e sobre isto nos recorda também o Papa Francisco, continuamente. E portanto, hoje, 70 anos após a II Guerra Mundial, o tema das armas, das bombas, dos drones, dos sistemas para matar é ainda um grande desafio, junto – nos recordavam sobretudo aqueles vindos do sul do mundo – ao grande problema ambiental. Um desafio novo, se queremos também na esteira daquilo que nos recordará o Papa Francisco com a Encíclica. Estes dois desafios seguramente são importantes em uma luz que é específica da Pax Christi, que é a não-violência”.

RV: Concretamente, a Pax Christi diante de um planeta que conta centenas de conflitos, grandes e pequenos, como se movimenta? Qual é a sua mensagem?

“Fazer da não-violência não uma passividade, ou dizer: os não-violentos são aqueles na janela, que olham ou que movimentam as margaridas diante deste mundo assim sofredor. Não. A não-violência é assumir compromisso, coragem, martírio também – recordamos hoje quantas zonas onde as pessoas são mortas. Portanto, é expor-se em primeira pessoa, nunca aceitando a lógica da guerra, da violência ou da destruição do ambiente. Não sabemos como avaliar, mas é certo que nos tocou muito e também nos  feito sofrer, o fato de que justamente o atual Secretário internacional da Pax Christi, Enriquez – originário de Salvador, mas vive em Bruxelas, onde está a Secretaria da Pax Christi – ter sido impedido nestes dias de vir a Belém por ser ‘persona non grata’. Isto nos diz que talvez, quando se trabalha com firmeza, com não-violência, talvez se vá perturbar quem está no poder e nos faz pensar quantos outros sofrimentos as pessoas do lugar vivem e quantas vezes são privadas em seus direitos”. (JE)

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Card. Parolin visita hospital pediátrico da Santa Sé

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Cidade do Vaticano (RV) – “Deem sempre grande atenção aos mais pobres e façam sentir que cada um de vocês têm um suplemento de amor, porque são parte de um hospital que foi e continuará a ser uma obra de caridade”: foi a recomendação do Secretário de Estado do Vaticano, Card. Pietro Parolin, aos médicos e agentes de saúde do hospital pediátrico Bambino Gesù de Roma, de propriedade da Santa Sé. O Instituto está completando 30 anos e o cardeal participou de um congresso de caráter científico nesta ocasião. 
 
“Gostaríamos que a Fundação – disse, por sua vez, Mariella Enoc, Presidente do hospital – além de curar cada vez mais crianças, e crianças pobres, assumisse um compromisso a mais na coleta de verbas. Pesquisa significa curar melhor, mas devemos também colocar os frutos desta pesquisa à disposição dos outros. Neste sentido – prosseguiu – não somos um hospital fechado, mas aberto, em que as pessoas podem vir, mas também nós possamos ir a seu encontro”.
 
Em conversa com os jornalistas, Enoc defendeu que a Fundação “deve trabalhar mais em rede”. Trabalham no Hospital, um dos mais renomados da Europa, quase 2.600 médicos, pesquisadores, enfermeiros, técnicos e funcionários. São oferecidas mais de 1.400.000 consultas por ano.

(CM)

 

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Cardeal Tauran: diálogo com muçulmanos é necessário mais do que nunca

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Cidade do Vaticano (RV) - O diálogo com os muçulmanos é necessário mais do que nunca: foi o que afirmou o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, falando esta quarta-feira aos bispos e delegados das Conferências episcopais para as relações com os muçulmanos na Europa, reunidos em St. Moritz, na Suíça.

O diálogo é necessário – disse o purpurado – “em primeiro lugar, porque a maioria dos muçulmanos não se reconhece” nos “atos bárbaros” dos terroristas; ademais, “porque prosseguir o diálogo, inclusive num contexto de perseguição, pode tornar-se um sinal de esperança”.

Nos últimos anos alguns fenômenos contribuíram para criar uma imagem negativa do Islã como “a chegada de muitos muçulmanos ao continente através da imigração clandestina; o surgimento de jihadistas nascidos na Europa, que logo se tornam ‘soldados de Alá’, e o uso da religião muçulmana feito por alguns para justificar tais práticas resultam que hoje, na Europa, o Islã suscita medo (muitas vezes, dizer ‘religião’ soa como dizer ‘violência’)“.

Mas nesse contexto em que muitos percebem somente sombras, o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso vê alguma luz, como “a convicção que se afirma sempre mais na Europa da necessidade de aplicar os critérios da hermenêutica aos textos corânicos; um aiatolá de Teerã que disse, em novembro passado, que fé e razão não são incompatíveis”.

Para o Cardeal Tauran é claro que os primeiros atores interpelados para a erradicação de uma certa islamofobia crescente na Europa são, em primeiro lugar, as comunidades muçulmanas do continente.

“Devem tratar a questão dos extremistas e terroristas que buscam uma justificação religiosa para suas ações. Em todo caso, a pergunta vem espontânea: como ser um muçulmano e tornar-se um europeu?”

Também o arcebispo de Bordeaux, sudoeste da França, Cardeal Jean-Pierre Ricard, disse que “somente o caminho do diálogo, do conhecimento, da colaboração e da estima recíproca, preparara realisticamente o futuro”.

“O drama da expulsão dos cristãos em áreas que passaram sob o controle do Estado Islâmico tocou muitos membros de nossas comunidades cristãs. A afirmação de um Islã, conquistador e guerreiro, por parte dos líderes deste Estado, inquietou as consciências.” Daí, o aumento da islamofobia na Europa.

Para responder a essas questões, a solução proposta pelo Cardeal Ricard é “analisar com realismo a nossa situação hoje” e “novamente expressar com força nossas convicções”.

“Somente o caminho do diálogo, do conhecimento, da colaboração e da estima recíproca prepara realisticamente para o futuro, bem o sabemos”, ressaltou o purpurado. “Este é, quer um desafio para nossas sociedades, quer um chamado da parte do Senhor”, concluiu. (RL)

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Card. Turkson: Solidariedade por um desenvolvimento sustentável

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Cidade do Vaticano (RV) – A comunidade internacional deve empenhar-se pelo desenvolvimento sustentável. Foi o que afirmou o Cardeal Peter Turkson ao pronunciar-se na manhã desta quinta-feira (14/05) na Assembleia Geral da Caritas Internationalis, em andamento em Roma. O Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz alertou para o risco de um “enfatuamento” pelo PIB, exortando os países mais ricos a promover uma economia inclusiva em favor dos mais necessitados. O purpurado reiterou ainda a necessidade de se tratar seriamente o urgente desafio das mudanças climáticas que pesam, sobretudo, às populações mais pobres. A Igreja – sublinhou o Cardeal Turkson – é “especialista em humanidade” e por isto não se cansa de chamar para um compromisso com “a justiça e a caridade”. 

Comprometer-se por um verdadeiro desenvolvimento sustentável

O Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz evidenciou o paradoxo de um mundo que produz mais alimento do que seria necessário para os seus 7,3 bilhões de habitantes, e mesmo assim vê 800 milhões de pessoas passarem fome, mais de 10% da população do planeta. Por isto – observou -  é necessário que finalmente a comunidade internacional “faça como seu o conceito de desenvolvimento sustentável”, também considerando quanto as mudanças climáticas e os desastres a elas relacionados atingem, sobretudo, as populações “já prostradas pela pobreza”.

A necessidade de solidariedade

Já é tempo – exortou o Cardeal Turkson – de “abandonar” um “irracional enfatuamento pelo PIB” e a acumulação de recursos, para passar a trabalhar “juntos por um desenvolvimento sustentável, em um sistema que conjugue a prosperidade econômica à inclusão social e à proteção” do ambiente natural. Retomando as palavras do Papa Francisco, o purpurado africano advertiu que “sem uma conversão moral e uma mudança dos corações, as leis e as políticas” serão ineficazes. “Sem um fundamento ético – continuou – a humanidade será privada da coragem, da substância moral” para levar em frente propostas políticas justas. Sem dominar o individualismo e o egoísmo, disse ainda, não poderá existir um desenvolvimento sustentável”. O progresso para a sustentabilidade – afirmou – “requer, de fato, uma fundamental abertura à relação”, “à justiça, à responsabilidade, á solidariedade”. Os “cidadãos das nações mais ricas – foi ainda sua exortação – devem estar lado a lado com os pobres, quer nos próprios países, que no exterior”.

Proteger o ambiente para as gerações futuras

O Cardeal Turkson também dedicou uma parte importante de seu pronunciamento à proteção do ambiente, sublinhando que as nações ricas que se beneficiaram dos combustíveis fósseis são “moralmente obrigadas a encontrar e promover soluções para enfrentar o desafio das mudanças climáticas”. Mais ainda, “são obrigados a reduzir suas emissões de dióxido de carbono” e a comprometerem-se pelas futuras gerações e para proteger os “países pobres dos desastres provocados ou exacerbados pelos excessos da industrialização”.

Cultivar novos valores, ter a coragem de escolhas audazes

O Cardeal Turkson concluiu seu pronunciamento reiterando a importância de fazer prevalecer a solidariedade sobre a cobiça para tornar a Terra um planeta acolhedor para todas as gerações. Para isto – observou -  temos a necessidade de cultivar um novo paradigma de valores e virtudes, incluindo a conservação do ambiente, a compaixão pelos excluídos, a coragem de assumir escolhas audazes e o compromisso em trabalhar juntos pelo objetivo partilhado do bem global comum”. (JE)

 

 

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Encíclica de Francisco focada na ecologia humana e na Criação

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao participar da Assembleia da Caritas Internacional que se realiza em Roma, o Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter Turkson, falou aos microfones da Rádio Vaticano sobre a iminente publicação da Encíclica do Papa Francisco sobre Ecologia humana e natural:

“Acredito que o Papa permanecerá fiel ao seu projeto original, isto é, o de fazer alguma coisa sobre ecologia humana e natural. Portanto, acredito que estes dois pontos sempre estarão presentes na Encíclica: preocupação pela salvaguarda da Criação e a salvaguarda por uma ecologia e uma antropologia sã. As duas caminham juntas. Não se pode descuidar da salvaguarda da Criação e depois pretender cuidar da vida humana, o seu bem-estar, a saúde....As duas coisas caminham sempre juntas”.

RV: Na sua opinião, porque as pessoas estão tão sensibilizadas em relação ao tema da próxima Encíclica?

“É uma experiência que fizemos no dicastério....existe sempre um grupo de críticos....Para esta Encíclica o tema é a salvaguarda da Criação e já existia no Pontificado de Paulo VI, e João Paulo II promoveu este chamado à conversão ecológica que já existia naqueles anos. O que fez o Papa Francisco foi amplificar este assunto e este tema, visto que temos agora tantíssimas provas do efeito deste tratamento abusivo do ambiente. Se a Bíblia utiliza o paradigma do “jardim” para a Terra, isto nos convida a conservar a sua beleza, mas também a sua delicadeza e a possibilidade de destruir este jardim, convertendo-o em um deserto”.

RV: Em outras palavras, o resgate do homem e o resgate da natureza andam necessariamente juntos…

“Se não existe a casa onde viver, se não existe um bonito lugar que se pode chamar de casa, como consigo viver com este corpo? A vida do homem e o ambiente desta vida estão ligados: se o ambiente é destruído, a própria pessoa é destruída”. (JE-Sedoc)

 

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Igreja no Brasil



Catedral Cristo Rei: paredes e pilastras em construção

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Belo Horizonte (RV) - Os trabalhos de edificação da Catedral Cristo Rei alcançam um marco importante quinta-feira (14/05), quando começam a serem erguidas as paredes e pilares do templo, projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer. A primeira parede a ser edificada será a da Acolhida Solidária Dom Luciano Mendes de Almeida, um espaço destinado ao amparo aos mais pobres em suas muitas necessidades. A Acolhida Solidária da Arquidiocese de Belo Horizonte funcionará como uma grande central, promovendo a aproximação entre as pessoas que precisam de ajuda e as muitas obras sociais desenvolvidas pela Igreja. 

Para a construção das paredes e pilares da Catedral Cristo Rei, já está no canteiro de obras uma grua (espécie de guindaste) de 33 metros de altura, que chama a atenção de quem passa em frente ao terreno, na Av. Cristiano Machado, 11910, bairro Juliana, Vetor Norte de Belo Horizonte. A grua será utilizada para a movimentação de materiais utilizados na construção (concreto, fôrmas, escoramentos, entre outros). Ela está posicionada próximo ao chamado setor B do canteiro de obras, onde futuramente estará o altar externo da Catedral Cristo Rei. Os trabalhos vão se concentrar neste setor durante este ano.  

A metodologia de construção da Catedral prevê que, inicialmente, serão construídos os três pavimentos dedicados aos muitos serviços desenvolvidos pela Igreja, como os ambientes destinados às pastorais sociais e à própria Acolhida Solidária Dom Luciano Mendes de Almeida. Acima dos três pavimentos, estará a Praça das Famílias, espaço para grandes celebrações. 

Na sequência, após a edificação dos pavimentos, será erguida, no centro da Praça das Famílias, a nave da Catedral (espaço litúrgico onde são celebradas Missas) e os pórticos, as estruturas mais altas da edificação, com até 100 metros de altura. Essa fase demandará a presença de outra grua no terreno, ainda maior, com tamanho equivalente a um prédio de 40 andares.  

O avanço das obras

O sonho de se construir a Catedral Cristo Rei nasceu com a Arquidiocese de Belo Horizonte, há quase 100 anos. O primeiro arcebispo, Dom Antônio dos Santos Cabral, chegou a iniciar a sua construção, mas desafios e dificuldades da época adiaram, por anos, esse sonho. O projeto foi retomado pelo arcebispo Dom Walmor em 2005. O Arcebispo procurou o arquiteto Oscar Niemeyer e solicitou uma concepção arquitetônica, que foi apresentada em 2006. Os anos seguintes foram de reflexão e amadurecimento dessa concepção, até que, em 2010, foi definido o projeto do complexo arquitetônico da Catedral Cristo Rei. 

Em 2011, a Arquidiocese de Belo Horizonte iniciou a campanha para a construção. Dom Walmor abençoou a pedra fundamental e, no terreno da Catedral, foi erguida a Cruz de Cristo Rei. 

Os trabalhos de construção começaram em 2013, com a terraplanagem e contenções. Um grande volume de terra foi remanejado, o equivalente a 3000 caminhões. Em 2014, teve início a etapa de fundações. Mais de 600 estacas, de até 22 metros de profundidade, foram instaladas no terreno. Posteriormente, essas estacas foram interligadas, formando a infraestrutura responsável por sustentar todo o peso da Catedral Cristo Rei. Agora começa a edificação da superestrutura, o conjunto arquitetônico da Catedral Cristo Rei.   

(Arquidiocese-CM)

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Falece aos 84 anos Dom Geraldo Majela de Castro

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Montes Claros (RV) -  Faleceu na manhã desta quinta-feira (14/05), aos 84 anos, o Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Montes Claros (MG), Dom Geraldo Majela de Castro. Ele estava internado há dois anos e nove meses na Santa Casa da cidade, acometido por uma doença conhecida por Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).  A morte foi por falência múltipla de órgãos.

Natural de Montes Claros, Dom Geraldo nasceu em 24 de junho de 1930. O religioso da Ordem Premonstratense (OPraem), fez sua profissão religiosa em 8 de janeiro de 1950. Foi ordenado sacerdote em 1953 e nomeado bispo, no dia 23 de junho de 1982, escolhendo por lema “Ite et Vos”.

Dom Geraldo foi Bispo coadjutor de 1982 a 1988 e, Bispo de Montes Claros, de 1988 a 2001. Em 2001, foi nomeado como primeiro Arcebispo de Montes Claros, com posse no dia 29 de junho de 2001, na Catedral Nossa Senhora Aparecida. No dia 07 de fevereiro de 2007, Dom Geraldo renunciou ao cargo, por motivo de idade, conforme previsto pelo Código de Direito Canônico.

Os horários do velório e sepultamento podem ser encontrados no site da  Arquidiocese de Montes Claros. (JE-CNBB)

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Igreja na América Latina



Bolívia: detentos preparam visita do Papa à prisão de Palmasola

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Santa Cruz (RV).- Os presos da penitenciária de Palmasola, na cidade boliviana de Santa Cruz, começaram a preparar as instalações e a elaborar os presentes que entregarão ao Papa Francisco, na visita programada a este cárcere no dia 10 de julho.

Um quadro talhado na madeira que representa a Última Ceia de Jesus e uma rede tecida à mão com as cores da bandeira do Vaticano, branco e amarelo, são os dons que os detentos estão preparando, de acordo com o jornal El Deber.

Além dos presentes, os prisioneiros estão pagando de seu próprio bolso algumas reformas para acolher o Pontífice.

Superlotação

O cárcere abriga 5.300 detentos e é considerado um dos mais conflitivos do país. A superlotação e as facções internas são os principais males endêmicos do sistema carcerário boliviano – uma saturação à qual contribui também a lentidão da Justiça, que provoca uma grande porcentagem de detentos sem uma sentença definitiva.

Na semana passada, de forma inédita, 250 casos foram julgados, como parte de um plano para descongestionar a administração judicial.

Em agosto de 2013, Palmosola foi palco de um amotinamento em que morreram 35 pessoas, entre elas um bebê de 18 meses.

Francisco visitará Bolívia de 8 a 10 de julho procedente do Equador e, depois, seguirá para o Paraguai.

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Conselho Episcopal Latino-americano tem novo Presidente

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Santo Domingo (RV) – O cardeal colombiano Rubén Salazar Gómez foi eleito Presidente do Conselho Episcopal Latino-americano, CELAM. A escolha foi feita durante a Assembleia Geral Ordinária do CELAM, em andamento na República Dominicana. Dom Salazar Gómez presidirá o Conselho de 2015-2019, substituindo Dom Carlos Aguiar Retes, arcebispo de Tlalneplanta, México. 

Ordenado sacerdote em maio de 1967, Rubén Salazar Gómez, nascido em 1942, foi nomeado bispo em 1992. 10 anos mais tarde, em novembro de 2012, o Papa Bento XVI o fez cardeal. 

Foi também Presidente da Conferência Episcopal Colombiana entre 2008 e 2011, sendo reeleito para o período 2012-2014. É filósofo e teólogo; fala alemão, latim, inglês e espanhol.

Trata-se do quarto colombiano a presidir o Conselho. O primeiro a ocupar este cargo, entre 1979 e 1983, foi o Cardeal Alfonso López Trujillo. Para o período 1987-1991 foi eleito Dom Darío Castrillón Hoyos. Mais tarde, de 1999 a 2003, foi a vez do atual Arcebispo de Cartagena de Indias, Dom Jorge Enrique Jiménez.

O Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis foi o Presidente de 2007 a 2011. 

O Conselho Episcopal Latino-Americano é um organismo da Igreja Católica fundado em 1955 pelo Papa Pio XII a pedido dos bispos da América Latina e do Caribe. Atua no contato, comunhão, formação, pesquisa e reflexão junto às 22 Conferências Episcopais desde o México até o Chile, passando pelo Caribe.

A sede do CELAM está localizada na cidade de Santa Fé de Bogotá, na Colômbia.

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Igreja no Mundo



Card. Tagle é o novo Presidente da Caritas Internationalis

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal  Luis Antonio Tagle é o novo Presidente da Caritas internationalis. Eleito no final da tarde desta quinta-feira (14/05) durante a 20ª Assembleia Geral da Caritas Internacional, o Arcebispo de Manila substitui ao Cardeal hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, que deixa a presidência após dois mandatos quadrienais.

No Tweet da Caritas, que deu a notícia da eleição em primeira mão, estava escrito: “Cardeal Tagle: Jesus falou dentro de nossos corações e no nome de muitas pessoas pobres ao redor do mundo. Eu aceito a eleição” #CaritasGA15. (JE)

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Segurança alimentar e ebola: os desafios da Caritas Africana

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Roma (RV) - “O amor de Cristo nos exorta: juntos a serviço dos pobres”. Este foi o tema da 8° Conferência Regional da “Caritas Africana”, que se realizou em Roma de 10 a 12 de maio, antes da 20° Assembleia Geral da Caritas Internacional, inaugurada pelo Papa Francisco com a Missa celebrada na terça-feira, 12 de maio, na Basílica de S. Pedro.

Do encontro participaram 100 delegados provenientes de vários países africanos. No seu discurso de abertura, o Presidente da Caritas Africana, Dom Francisco João Silota, Bispo de Chimoio (Moçambique), destacou os desafios que as entidades devem enfrentar: refugiados, assassinatos de cristãos, xenofobia, ebola e fome.

A rede da Caritas na África atua em 17.000 paróquias de 46 países. Segundo os dados apresentados por Jacques Dinan, Diretor-Executivo da instituição, a área de maior ação diz respeito à segurança alimentar, à agricultura e à nutrição, seguida pela saúde (de modo especial concernente ao HIV/AIDS) e pelo desenvolvimento rural e das mulheres. As emergências e os socorros às vítimas de desastres estão em quinto lugar nas atividades.

No final da Conferência, foi nomeada a Comissão Regional da Caritas Africana, formada por representantes provenientes de Gana, Uganda, Congo Brazzaville, Madagascar e Lesoto.

(BF/Fides)

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Sínodo e EMF na pauta dos bispos estadunidenses

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St. Louis (RV) – De 10 a 12 de junho, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos (Usccb) se reúne em St. Louis em sua sessão de primavera. Na pauta, estarão o XIV Sínodo ordinário dos Bispos sobre a Família e os preparativos do Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia, do qual participará o Papa Francisco, em setembro próximo.

Em destaque o Sínodo e o Encontro Mundial das Famílias 

O Presidente da Usccb, Dom Jospeh Kurtz, fará um resumo dos resultados das consultas realizadas em todas as dioceses sobre os ‘Lineamenta’, o documento preparatório da Assembleia Sinodal enviado às Igrejas no mundo. Os bispos também vão ouvir palestras de três casais sobre matrimônio, família e transmissão do Evangelho aos jovens. Dom Salvatore Cordileone, presidente da Vice-comissão episcopal para a promoção da defesa do matrimônio, atualizará os bispos sobre as iniciativas do Episcopado em vista da sentença da Corte Suprema sobre a redefinição legal do matrimônio.  

A Encíclica sobre a ecologia também na pauta do encontro

A nova Encíclica do Papa Francisco sobre a ecologia, a reforma do sistema da imigração (pedida pelos bispos estadunidenses há tempos), as diretivas da pastoral para o triênio 2017-2010; a apresentação de novos recursos digitais e a atualização do documento “A formação das consciências por uma cidadania fiel”, sobre a responsabilidade política dos católicos serão outras questões na mesa dos trabalhos da sessão. 

(CM)

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Formação



A ação da Caritas na Amazônia e no Semiárido brasileiro

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Cidade do Vaticano (RV) –  Definir prioridades, mas não só: a 20ª Assembleia da Caritas Internacional, em andamento em Roma até o próximo sábado, é também uma oportunidade para celebrar a campanha mundial “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”.

De acordo com a Diretora-Executiva Nacional, Maria Cristina dos Anjos, esta campanha ultrapassou as expectativas, a ponto de ser esta a proposta das Caritas Brasileira e Latino-americanas nesta Assembleia: criar campanhas que unifiquem a Confederação.

Nesta entrevista concedida ao Programa Brasileiro, Maria Cristina fala dos trabalhos da Assembleia e da ação da Caritas na Amazônia e no Semiárido brasileiro.

Clique acima para ouvir.

(BF)

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A piedade popular na realidade eclesial da Arquidiocese de Passo Fundo

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, temos trazido estes dias neste espaço semanal um pouco da realidade eclesial da Arquidiocese de Passo Fundo, à luz da Missão Continental oriunda da Conferência de Aparecida, cujo projeto de animação missionária não se propõe como uma pastoral ao lado de outras, mas – vale a pena recordar – um espírito que perpassa todas as pastorais.

Para tal, temos contado com a enriquecedora participação de Dom Antônio Carlos Altieri, SDB, há três anos à frente desta Igreja particular do Rio Grande do Sul.

Na edição de hoje voltamos nossa atenção para um dos temas pertinentes da Conferência de Aparecida, a piedade popular, que – como sabemos – caracteriza de modo particular a fé dos nossos povos latino-americanos.

Abordando o tema em questão pela primeira vez neste quadro com um bispo desta parte do sul do Brasil, quisemos saber de Dom Altieri como é vivida a piedade popular, particularmente, na realidade eclesial de sua arquidiocese e, em geral, no Rio Grande do Sul. Vamos ouvir! (RL)

Ouça clicando acima.

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Comunicar - comunicação

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Porto Alegre (RV) - Francisco de Sales é o patrono das comunicações sociais. No dia em que celebramos sua memória, o Papa publica uma mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O tema escolhido para a mensagem deste ano é: "Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor". Trata-se de um tema de grande relevância para a atualidade. Afinal, a família é o primeiro lugar onde aprendemos a nos comunicar. É a partir do ambiente familiar que aprendemos a construir contatos com o mundo.

A comunicação é dimensão constitutiva do ser humano; ela é vital ao próprio ser humano, enquanto ser em relação. Essa observação é para nós importante, pois a comunicação não é simplesmente questão de aparelhos, máquinas, técnicas ou tecnologia. A comunicação é essencialmente questão de relações humanas; é encontro interpessoal!

Para demonstrar esse dado fundamental, a mensagem do Papa parte da cena bíblica que descreve a visita de Maria à sua prima Isabel. Destaca a exultação do encontro entre elas, inclusive de João Batista ainda no seio materno.

O encontro entre Maria e Isabel pressupõe acolhida, sorriso, abraço, cordialidade, receptividade, doação, sair de si, abertura, partilha, solidariedade. São atitudes profundamente humanas! São gestos e atitudes que comunicam. Assim, somos recordados de que comunicação tem a ver com proximidade, gestos, palavras, contato, olhares... Comunicamos quando também acolhemos o que está sendo comunicado: "podemos dar porque recebemos". Essa reciprocidade é o "paradigma de toda comunicação".

Comunicação não é simples transmissão de informações. Comunicação é essencialmente proximidade, contato corporal. É o que podemos verificar na relação materna: a mãe, através do cheiro, do contato, do olhar, da ternura, cultiva uma profunda relação com o fruto de suas entranhas. Esse cultivo determina inclusive todo o desenvolvimento psicológico da criança. O futuro da criança é também determinado pela qualidade das relações desenvolvidas no cotidiano entre ela e os pais!

Há também um outro nível de comunicação que acontece, por exemplo, na liturgia. A maior expressão de comunicação na celebração litúrgica é a comunidade reunida em nome do Crucificado-Ressuscitado - "Ele está no meio de nós"! - para celebrar o mistério da redenção humana. A comunidade de fé reunida para a liturgia é também anúncio do reino já presente, no aqui e agora.

Urge redescobrir aspectos fundamentais da comunicação latentes na celebração litúrgica. Não se trata aqui de destacar o que se diz e o quanto se diz, o instrumental usado, mas de resgatar a dimensão do encontro não só entre os membros da assembleia, mas sobretudo e fundamentalmente o encontro da assembleia com seu Senhor. Por isso, os gestos que compõem a ação litúrgica trazem a marca do Crucificado-Ressuscitado. O que vemos, ouvimos, dizemos, cheiramos, tocamos, abraçamos, comemos, o silêncio que fazemos, a intimidade que cultivamos através da prece, os passos dados para e no interior do templo, o retorno para nossos lares, tudo está marcado por dignidade particular.

Assim como o cuidado dispensado pela mãe ao filho não é algo mecânico, da mesma forma a boa comunicação da e na ação litúrgica não é resultado da aplicação de "técnicas" mais ou menos boas. Ela é expressão da experiência fundante do encontro com o Senhor, que faz novas todas as coisas e relacionamentos.

Em meio a críticas, desafios, limitações, mas também possibilidades que se apresentam, seja à instituição família, seja à ação litúrgica, "não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro" (Papa Francisco). Sejamos bons comunicadores!

 

+ Dom Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre

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