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Sumario del 15/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

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Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Comunidades tristes e medrosas não são cristãs"

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Cidade do Vaticano (RV) - “Medo e alegria” são as duas palavras da liturgia desta sexta-feira (15/05). Elas foram o centro da homilia do Papa na missa presidida na Casa Santa Marta.

“O medo – disse – é uma atitude que nos faz mal; nos enfraquece, nos limita e até nos paralisa. Quem tem medo não faz nada, não sabe o que fazer. Concentra-se em si mesmo para que não lhe aconteça nada de mal; o medo leva a um 'egocentrismo egoísta', que paralisa. O cristão medroso é aquele que não entendeu a mensagem de Jesus”:

“E por isso, Jesus diz a Paulo: ‘Não tenha medo, continue a falar’. O medo não é cristão; é um comportamento de quem tem a alma aprisionada, presa, sem liberdade de olhar para a frente, de criar, de fazer o bem... E diz sempre: ‘Não, aqui há este perigo, aqui outro... e assim por diante... E isto é um vício. O medo faz mal”. 

“Não ter medo é pedir a graça da coragem, da coragem do Espírito Santo que nos envia”: 

“Existem comunidades medrosas, que apostam sempre no certeiro: ‘Não, não vamos fazer isso... isso não, não pode...’. É como se na porta de entrada estivesse escrito ‘proibido’: tudo é proibido, por medo. E quando se entra numa comunidade assim, se sente o marasmo, porque é uma comunidade doente. O medo faz adoecer a comunidade e a falta de coragem também”. 

“O medo – explicou ainda o Papa – deve ser distinguido do ‘temor de Deus’, que é santo, é o temor da adoração diante do Senhor. O temor de Deus é uma virtude: não é limitativo, não enfraquece, não paralisa: faz ir adiante para cumprir a missão dada pelo Senhor”.

A outra palavra da liturgia é ‘alegria’. “Ninguém pode tirá-la de vocês”, diz Jesus. “E nos momentos mais tristes, nos momentos de dor” – ressaltou Francisco – “a alegria se torna paz. Ao contrário, um divertimento no momento da dor se torna sombrio, escurece. 

Um cristão sem alegria não é cristão; um cristão que continuamente vive na tristeza não é cristão. E um cristão que no momento da provação, das doenças ou das dificuldades, perde a paz... é porque lhe falta algo”. 

“A alegria cristã, que não é um simples divertimento, não é uma alegria passageira; a alegria cristã é um dom, um dom do Espírito Santo. É ter o coração sempre alegre porque o Senhor venceu, o Senhor reina, está à direita do Pai; Ele olhou para mim e me enviou; me deu a sua graça e me fez filho do Pai... É esta a alegria cristã. Um cristão vive na alegria”.

“Uma comunidade sem alegria – acrescentou o Papa – também é uma comunidade doente: pode até ser uma comunidade ‘divertida’, mas é ‘doente de mundanidade’, porque não tem a alegria de Jesus Cristo. Assim, quando a Igreja é medrosa e não recebe a alegria do Espírito Santo, a Igreja adoece, as comunidades adoecem e os fiéis adoecem”. 

O Papa concluiu a homilia com a prece: “Elevai-nos Senhor, ao Cristo, sentado à direita do Pai; elevai o nosso espírito. Despojai-nos de todo o medo e dai-nos a alegria e a paz”. 

(CM)

 

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Papa destaca papel profético de bispos em meio à guerra civil

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu na manha desta sexta-feira (15/05), os bispos da República Centro-Africana em visita Ad Limina e reconheceu a situação “difícil e dolorosa” pela qual o país tem passado desde 2012.

 

“É quando a raiva e a violência se desencadeiam que somos chamados – e encontramos a força necessária para isso na cruz e no batismo – a responder com o perdão e com o amor”, disse Francisco à delegação composta por nove bispos da República Centro-Africana. O Papa também afirmou sua proximidade a todas as vítimas e refugiados no país.

Há cerca de três anos o país caiu em uma guerra civil de matrizes políticas, religiosas e territoriais. A República Centro-Africana hoje é governada interinamente pela primeira presidente mulher da história. Contudo, isso não foi suficiente para estabilizar o cenário político e religioso. Diversos atos de violência com fundo religioso ainda são perpetrados entre a população, apesar dos bispos negarem que se trate de “uma guerra inter-religiosa”.

Papel profético

Neste processo de transição institucional em curso, o Papa advertiu aos bispos que eles “têm um papel profético insubstituível em reiterar e testemunhar os valores da justiça, da verdade, da honestidade que está na base de todo a renovação, em promover o diálogo e a coexistência pacífica entre as diferentes religiões e etnias, favorecendo assim a reconciliação e a coesão social, chave para o futuro”.

O Pontífice recordou ainda que a Igreja não deve “misturar-se em querelas políticas” mas que, todavia, deve incentivar o papel dos leigos cristãos nos assuntos políticos.  

Solução de Paz

Em dezembro de 2013 o Conselho de Segurança da ONU aprovou um intervenção militar sob a liderança francesa. Em abril de 2014, aprovou a criação da missão de Paz Minusca, que chegou ao país com 10 mil homens em setembro e, desde então, está em andamento.

A República Centro-Africana tem mais de 6 milhões de habitantes, dos quais cerca de 50% são cristãos. Destes, aproximadamente 36% são católicos. Ocupa um dos últimos lugares na lista do desenvolvimento humano (185º) e registra altos níveis de pessoas soropositivas. 

São João Paulo II foi o único Pontífice a visitar o país, em 1985.

(Sedoc/RB)

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Novas santas palestinas: esperança para uma terra que sofre

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Cidade do Vaticano (RV) - Uma delegação de mais de duas mil pessoas da Terra Santa participará, no próximo domingo (17/05), na Praça São Pedro, da missa de canonização das beatas palestinas irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas e irmã Maria de Jesus Crucificado Baouardy. O grupo é guiado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal. 

As duas religiosas serão proclamadas santas pelo Papa Francisco junto com as beatas Giovanna Emilia De Villeneuve e Maria Cristina da Imaculada Conceição. Estarão presentes na Praça São Pedro o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e uma delegação israelense. 

O Diretor do Centro Católico de Estudos e Mídia de Amã, Jordânia, Pe. Rifat  Bader, apresentou as duas novas santas na coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (15/05), na Aula João Paulo II da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Numa região em que “somos circundados por guerra e morte”, Deus nos manda “duas mulheres santas para nos guiar” e o Papa Francisco, no Ano da Vida Consagrada e no mês de maio, dedicado a Maria, nos propõe essas duas figuras femininas que “nos convidam a rezar para que Deus torne as mentes, as almas e os corações mais mansos”, disse o sacerdote.
 
Irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas fundou a Congregação das Irmãs do Rosário de Jerusalém. Nasceu em 1843 e morreu 1927. Irmã Maria de Jesus Crucificado Baouardy, monja da Ordem dos Carmelitas Descalços, nasceu em 1846 e faleceu em 1878.

Pe. Bader frisou que elas são duas santas árabes. Por suas intercessões foram curados um engenheiro na Galileia e um menino siciliano, que no próximo domingo estarão presentes na Praça São Pedro. 

Na próxima segunda-feira (18/05), Dom Twal presidirá a missa de ação de graças na Basílica de Santa Maria Maior, em árabe. 
Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, a cerimônia de canonização será transmitida via satélite a várias localidades do Estado da Palestina, onde os cristãos formam 2% da sociedade.

“Jesus Cristo veio a essa terra e nela os apóstolos viveram com Jesus. Portanto, é normal ter novos santos. É realmente uma bênção de Deus para todos os homens da Terra Santa. Para a Palestina é um ato de encorajamento do Santo Padre para com essa terra que sofre, numa região sempre em conflito. Esperamos que essa canonização possa ser um incentivo de fé para os cristãos e um sinal de esperança para todos os cidadãos”, disse Pe. Bader na entrevista à nossa emissora, referindo-se ao significado da canonização das duas religiosas. 

São originárias da Terra Santa, mas como podemos defini-las?

“São irmãs, consagradas, mas também cidadãs de uma terra que historicamente se chama Palestina. Agora, Terra Santa significa também dois povos. Nós árabes, palestinos e jordanianos reconhecemos essas duas santas como fruto da civilização árabe-cristã que está aqui há muitos anos. É realmente uma esperança para os palestinos porque eles sofrem muito. Esta esperança, também com a presença na Praça São Pedro do Presidente Mahmoud Abbas, será mais um incentivo para os palestinos a fim de que possam ter o seu Estado independente. Esta não é uma festa política, mas uma festa espiritual, de fé para os cristãos primeiramente, mas também para todos os cidadãos da região para que tenham sempre aquela humildade e simplicidade das duas santas, sem o uso da força e armas.”

Maria Alfonsina é fundadora da Congregação das Irmãs do Rosário de Jerusalém que é a única congregação autóctone da Terra Santa, ainda hoje fortemente presente. Quem era e que ensinamento deixou?

“Maria Alfonsina, seguindo o desejo da Virgem Maria, fundou essa congregação. É uma presença realmente grande agora, sobretudo no campo educacional, com muitas escolas na Jordânia, Palestina, Israel e Líbano. É uma missão educacional para muçulmanos e cristãos porque a sua escola é aberta a todos os cidadãos, sem discriminação. Este é também um exemplo de diálogo que mostra que estamos sempre abertos para oferecer um serviço educacional, positivo para as nossas sociedades árabes.”

Essa congregação trabalha com as mulheres árabes. Do ponto de vista da promoção da mulher que exemplo deu?

“Nos tempos em que viveu a religiosa, a mulher era colocada à margem da sociedade. Falamos de uma coragem realmente extraordinária. Enfim, descobriu-se que a Virgem Maria pediu a ela para fundar essa congregação.”

Agora, vamos falar sobre a Irmã Maria de Jesus Crucificado, carmelita descalça. Que exemplo ela deixou?

“Era uma mulher analfabeta que entendeu que a força de Deus passa pela humildade e simplicidade evangélica. Podemos falar sobre essa religiosa como exemplo das pessoas que sofrem por causa do extremismo: um jovem queria fazer com que ela mudasse de religião. Ela recusou e esse rapaz tentou matá-la, mas a Virgem Maria sempre a salvou. Este é um exemplo do sofrimento que temos em relação a religião no Oriente Médio. Sofremos por causa do fundamentalismo, mas esperamos que as religiões sejam sempre um sinal de reconciliação e paz. A religião não deve nunca ser usada para a violência: é um exemplo de simplicidade, humildade e paz.”

No dia de oração pela paz no Oriente Médio realizado em junho passado, no Vaticano, junto com o Papa Francisco estavam o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, o presidente palestino, Abbas, e o ex-presidente israelense Shimon Peres. Que exemplo pode nascer para o diálogo neste momento?

“Não somente na Terra Santa entre palestinos e israelenses, mas para todas as outras nações do Oriente Médio, precisamos de reconciliação e oração. Essas duas santas nos dão realmente essa coragem”.

A missa de canonização, com comentários em português, será transmitida pela Rádio Vaticano a partir das 4h55, horário de Brasília. (MJ)

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Trem das crianças voltará ao Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – Em 30 de maio próximo o “Trem das Crianças” estará novamente no Vaticano. Organizada anualmente pelo “Pátio dos Gentios”, a iniciativa é dirigida às crianças desfavorecidas por diversas situações. Neste ano, o trem colocado à disposição pela terceira vez pelas Ferrovias do Estado italiano chegará ao Vaticano trazendo a bordo os filhos e filhas de detentos e detentas de Roma, Civitavecchia, Latina, Bari e Trani.

O “Voo” - tema escolhido para a edição 2015 do “Pátio das Crianças” – tem a intenção de oferecer aos menores que vivem com suas mães uma cotidianidade marcada pela prisão e o afastamento dos outros irmãos, e àqueles que vivem a separação da sua mãe detida, um dia para “sair fora” e fugir com a fantasia a dura realidade a que estão submetidos.

O trem chegará à Estação do Vaticano por volta das 10h40. Os pequenos e seus acompanhantes irão até a Sala Paulo VI onde, ao meio-dia, acolherão o Papa Francisco com “águias coloridas”, mantendo-se assim, coerentes com o tema. O Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, cujo dicastério é responsável pelo ‘Pátio dos Gentios’, escreve que “o ‘Voo’ é o símbolo das possíveis passagens entre o interior da prisão, onde vivem as mães e o exterior, onde estão os filhos”.

Em 31 de maio de 2014, o Papa Francisco havia encontrado namesma iniciativa cerca de 500 crianças de 9 e 10 anos provenientes de escolas das periferias de Roma e Nápoles. (JE)

 

 

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Presidente da Romênia é recebido no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira (15/05) no Palácio Apostólico, o Presidente da Romênia Klaus Werner Iohannis, que sucessivamente encontrou o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin e o Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

No decorrer dos cordiais colóquios – realizados por ocasião do 25º aniversário de restabelecimento das relações diplomáticas entre Santa Sé e a Romênia, ocorrido em 15 de maio de 1990 -, tratou-se das relações bilaterais, caracterizadas por uma profícua colaboração, assim como das relações entre as autoridades governamentais com as comunidades católicas locais, e da boa convivência entre as minorias no país. Durante as conversações foram abordados ainda temas relativos a diversas regiões do mundo. (JE)

 

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ONU: Conferência sobre família e desenvolvimento sustentável

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Nova York (RV) - Realizou-se nesta quinta-feira (14/05), na sede das Nações Unidas, em Nova York, a conferência sobre o tema “Família e  desenvolvimento sustentável”, organizada pela Missão Permanente da Santa Sé na ONU, pelo Pontifício Conselho para a Família e pela Aliança de Civilizações das Nações Unidas.

O encontro foi realizado por ocasião do Dia Internacional da Família, celebrado nesta sexta-feira (15/05). Em sua saudação aos presentes, o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, recordou as palavras do Papa Francisco sobre a família como “elemento essencial do desenvolvimento humano e social sustentável”, durante o encontro, um ano atrás, no Vaticano, que contou com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e outros líderes mundiais.

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, proferiu um discurso no qual destacou o conceito antropológico de família, sublinhando que os objetivos de desenvolvimento do milênio passam por ela. 

“A família é o lugar antropológico por excelência que deve ser tutelado a fim de atingir tais objetivos. A Doutrina Social da Igreja sobre a família, se baseia no reconhecimento da dignidade inalienável da pessoa humana, desde a concepção até a morte natural. Essa dignidade nos chama a uma vida de solidariedade que supera a solidão e o individualismo, vividos sem o respeito pela subsidiariedade, base autêntica da liberdade das escolhas individuais e comunitárias”.

O prelado insistiu sobre a dignidade humana para por fim à pobreza e combater as desigualdades. Ele disse ainda que deve ser garantido a cada pessoa uma vida sadia e o acesso à educação, com a inclusão de mulheres e crianças. Falou sobre a prosperidade numa economia forte, inclusiva e transformadora. Disse que o Planeta deve ser protegido por esta e pelas próximas gerações e que é necessário promover sociedades pacíficas, seguras, e instituições fortes.  Enfim, destacou uma parceria feita de solidariedade global para o desenvolvimento sustentável.

“A história nos ensina que as sociedades que conseguiram proteger a estabilidade e a fecundidade das famílias souberam tutelar os seus membros da pobreza que oprime mais de um bilhão de pessoas no mundo”, recordou Dom Paglia. “As sociedades centralizadas na família abriram caminhos para a criação de escolas, universidades e centros de saúde que hoje são ainda acessíveis a todos. Em relação ao ocidente, o arcebispo recordou que “a família natural é o lugar onde o outro não pode ser ignorado”.

Dom Paglia saudou a  Aliança de Civilizações das Nações Unidas e sublinhou o seu trabalho precioso “para eliminar as incompreensões entre sociedades islâmicas e ocidentais, e favorecer o melhoramento substancial e duradouro de suas relações recíprocas”. (MJ)

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Acordo entre Santa Sé e Palestina ajuda cristãos do Oriente Médio

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Cidade do Vaticano (RV) - “O acordo global” entre a Santa Sé e o “Estado da Palestina”, cujo alcance foi anunciado esta quarta-feira, completa um itinerário iniciado em 1994, quando foram oficializadas as relações do Vaticano com a OLP (Organização para a Libertação da Palestina, ndr).

O acordo, que será ratificado num futuro próximo – explicou o subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri, que guiou a delegação vaticana –, “tem a finalidade de favorecer a vida e a atividade da Igreja Católica e o seu reconhecimento a nível jurídico, inclusive por um seu eficaz serviço à sociedade”.

Ao mesmo tempo, ele expressa o auspício por uma solução da questão palestina e do conflito entre israelenses e palestinos no âmbito da Two-State Solution” (Solução dois Estados).

O prelado recordou que, apesar do clamor suscitado pelo uso do termo “Estado da Palestina”, para a Santa Sé o mesmo não é uma novidade.

“Em 29 de novembro de 2012 – declarou – foi adotada pela Assembleia Geral da Onu a resolução que reconhece a Palestina como Estado observador não membro das Nações Unidas, e no mesmo dia a Santa Sé, que tem também o status de observador junto à Onu, publicou uma declaração.”

Já no Anuário Pontifício do ano passado, no elenco do corpo diplomático, o título “representação da OLP” foi substituído por “representante do Estado da Palestina”.

A primeira reação do governo israelense foi negativa. Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores afirmou que o acordo “não ajuda no processo de paz” e “distancia a liderança palestina do retorno às relações bilaterais”.

A agência missionária AsiaNews pediu um comentário ao professor Bernard Sabella, católico, representante do Fatah para Jerusalém e secretário executivo do serviço aos refugiados palestinos do Conselho das Igrejas do Oriente Médio.

Para nós, palestinos, é um momento de alegria, que esperamos se reflita e tenha implicações em nível político e religioso de toda a região do Oriente Médio.

Apreciamos muito o papel do Vaticano numa ótica de paz e de reconciliação, e seu trabalho incessante para manter os cristãos, e não somente os palestinos, na região, no signo de uma relação aberta e amistosa com os outros atores presentes. O passo dado pelo Vaticano é uma mensagem simples e clara, não uma questão diplomática.

O alcance do acordo entre Vaticano e Estado palestino é o desdobramento natural da posição que o Vaticano sempre teve sobre a necessidade de reconhecer o Estado palestino de um lado, e, do outro, do direito dos palestinos a ter um Estado. Como o Vaticano sempre disse, não pode haver paz se Israel e Palestina não alcançarem um acordo que garanta um Estado aos palestinos.

O Vaticano também observou com atenção o desenvolvimento das relações na região e na Europa, com a Suécia que recentemente reconheceu o Estado palestino e a França que está seriamente considerando a oportunidade do reconhecimento propriamente dito, que vá além do voto que houve de uma moção não vinculadora.

O reconhecimento da Palestina é também uma mensagem a Israel, mensagem que expressa a impossibilidade de poder haver um futuro de paz e reconciliação sem a solução dos dois Estados.

A mensagem que nos dá, dois dias antes da canonização das irmãs palestinas, é que os cristãos são parte integrante da sociedade como essas duas religiosas. Elas, que serviram não somente à comunidade local, mas a toda a sociedade em circunstâncias difíceis. Um exemplo que deve ser seguido não somente pelos palestinos, cristãos e não cristãos, mas por todos os árabes cristãos.

Essas duas santas nos dizem que nós, cristãos, somos parte da sociedade, este modelo de santidade é um convite a praticar a fé no seio da sociedade.

Além disso, o reconhecimento do Estado palestino e a canonização das duas irmãs é também uma mensagem não somente para os cristãos da região, mas também para os árabes e para os muçulmanos. Quer expressar que a Igreja é por todos, pela aplicação dos direitos de todos e a favor da justiça, a fim de que todos possam viver em paz e harmonia.

A presença de uma delegação palestina na celebração, formada por cristãos, bem como pelo presidente palestino Abu Mazen e muçulmanos, é um sinal da aceitação de que o Oriente Médio precisa de todos seus cidadãos para construir um futuro distante de conflitos, violências, guerras e perseguições. Um mundo aberto a todos, uma mensagem muito forte, nós amamos todos no Oriente Médio e celebramos as duas santas palestinas, cujo amor pelo povo deve ser guia futuro para todos. (RL)

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Documentos inéditos dos Estados Pontifícios entregues ao Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – Após quinhentos anos, um pedaço inédito da história de Roma e dos Estados Pontifícios do início da Idade Moderna veio à luz, após uma pesquisa realizada na Biblioteca Central de Roma. De fato, mais de 1.300 documentos e editos vaticanos relativos ao período entre 1544 e 1656, estavam arquivados no local, informou o L’Osservatore Romano.

O trabalho de resgate histórico foi realizado por Manuela Grillo, funcionária da Biblioteca na Universidade La Sapienza, de Roma. A coleção dos editos pontifícios é acompanhada pela primeira vez por um trabalho de inventário, catalogação e fichário analítico. Os êxitos do estudo foram compilados em um volume de mais de 600 páginas, impressos em exemplar único e encadernado, tendo sido entregue  ao Papa Francisco no dia 6 de maio. (JE) 

 

 

 

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Cerca de 2 mil pobres convidados do Papa assistem a concerto

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Cidade do Vaticano (RV) – Por volta de 2 mil pobres e indigentes participaram de uma tarde "musical" nesta quinta-feira, (14/05), no Vaticano. Eles assistiram ao concerto em apoio às obras de caridade do Papa, intitulado “Com os pobres, pelos pobres”, promovido pelos Pontifícios Conselhos da Cultura e para a Promoção da Nova Evangelização. Participaram ainda na a realização do evento, representantes das Associações de Caridade e Voluntariado, entre as quais a Soberana Ordem de Malta, a Comunidade Santo Egídio e o Centro Astalli para os Refugiados.

Os pobres foram os grandes protagonistas desta homenagem que o Papa Francisco quis lhes oferecer. De fato, os primeiros lugares da Sala Paulo VI foram reservados a eles, às famílias, aos idosos e jovens de paróquias periféricas de Roma, que vivem em situação de maior carência material e espiritual.

Orquestra

A Orquestra Filarmônica de Salerno e o Coral diocesano de Roma propuseram peças da obra musical da “Divina Comédia”, para celebrar 750 anos do nascimento de Dante Alighieri, e músicas dedicadas ao Tempo pascal, à esperança e à alegria. No grande concerto, muitos dos pobres presentes estavam vestidos com uma camiseta, que trazia a escrita: “Somos uma das famílias que reza por você”, que entregaram ao Santo Padre, como gesto de agradecimento.

Benfeitores

Em um breve encontro, na última quarta-feira (13/05), com os organizadores do concerto, o Papa agradeceu a inciativa. Todas as ofertas doadas durante a ocasião foram destinadas diretamente à Esmolaria Pontifícia, encarregada das obras de caridade do Papa. 

Aos patrocinadores e organizadores do Concerto, o Pontífice recordou: “A música tem a capacidade de unir as almas e de nos unir ao Senhor. Mesmo a música triste, os ‘adágios’ lamentosos, nos ajudam nos momentos de dificuldade. Obrigado a todos porque em meio ao materialismo que nos circunda, um pouco de espírito cristão nos fará bem e trará alegria. De fato, esta iniciativa serve para semear alegria: uma semente que permanecerá na alma de todos”.  (RB)

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Igreja no Mundo



Card. Maradiaga: futuro da Caritas Internacional "passa pela Ásia"

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Roma (RV) - “O mandato do Senhor é o de levar o Evangelho ao mundo inteiro, e 60% da população mundial vive na Ásia. A propensão do Santo Padre Francisco pela Ásia responde a este dado de fato. E, como bem disse na Evangelii gaudium, não para fazer proselitismo, mas para partilhar aquilo que temos.”

Foi o que disse à agência missionária AsiaNews o arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, que por oito anos presidiu à Caritas Internacional. A organização caritativa elegeu esta quinta-feira seu novo presidente, o cardeal filipino Luiz Antonio Tagle.

Durante o duplo mandato do Cardeal Maradiaga, a Caritas Internacional cresceu sob todos os aspectos: “dos países que se tornaram membros da federação, à aplicação dos programas, até a resposta coletiva diante das emergências humanitárias ocorridas nestes anos”.

Reunida estes dias em Roma em sua 20ª Assembleia Geral, a Caritas “votou a entrada do Sudão do Sul na federação, tornando-se efetivamente um novo País membro. Penso também no reconhecimento legal, por parte da Santa Sé, da Caritas como organismo com personalidade jurídica”, disse o cardeal hondurenho.

Do ponto de vista dos programas, ressaltou ainda, “quase todos foram totalmente implementados, como, por exemplo, as grandes companhas de combate à fome. Mas a coisa realmente bonita é ver o grande espírito de colaboração entre as várias organizações”.

“Não houve uma emergência que não tenha tido uma resposta imediata de todas as Caritas, e houve emergências gravíssimas: Haiti, Japão, Chile, as inundações no Paquistão. Além disso, há a crise dos refugiados no Oriente Médio, que nunca acaba”, observou.

Nesse campo o purpurado centro-americano louva a “Caritas Irã, Caritas Líbano e Caritas Síria, na linha de frente desde o início e no centro dos conflitos e, no entanto, continua, sem cessar, ajudando e servindo à população”.

Trata-se de um empenho que a Caritas Internacional quis reconhecer visitando, no ano passado, alguns campos de refugiados e organizando, pela primeira vez, um encontro em Amã, capital da Jordânia, “propriamente para fazer-se próxima dos muitos refugiados da Síria, Iraque e Oriente Médio” em geral.

Voltando a falar sobre a Ásia, o Cardeal Maradiaga explicou que a atenção do Santo Padre para com o Continente se traduz, do ponto de vista prático, “numa Caritas que é viva e tem muitos membros provenientes da Ásia, engajados na linha de frente e no mundo inteiro”.

“Muitas vezes, quando há uma crise, todos correm para ajudar, para depois esquecer diante da primeira nova emergência. O que está ocorrendo no Nepal, numa situação que nos preocupa enormemente, recorda-nos um dos nossos compromissos primários: trabalhar sempre para que o sofrimento não seja esquecido”, concluiu. (RL)

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Bangui: Libertados 350 meninos-soldados

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Bangui (RV) – “Mais de 350 adolescentes, incluindo alguns com menos de 12 anos, foram libertados por grupos armados na República Centro Africana após um acordo intermediado pela UNICEF e assinado por líderes dos grupos, voltado a libertar todas as crianças recrutadas em suas fileiras”. É o que revela um comunicado do organismo da ONU para a Infância.

A mensagem destaca que “estamos diante da maior libertação de crianças pelos grupos armados na República Centro Africana desde o eclodir das violências em 2012”.

Na quinta-feira (14/05), próximo à cidade de Bambari, foram realizadas três cerimônias para a libertação das crianças-soldados. “A UNICEF garantirá a eles apoio psicológico e a reunificação com as famílias e os apoiará na sua reinserção nas comunidades”, lê-se no comunicado. (JE)

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Beweb, o portal dos bens eclesiásticos italianos

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Roma (RV) – 3.800.000 bens histórico-artísticos, mais de 65 mil bens arquitetônicos e 5 mil títulos bibliográficos, além de fontes de arquivo e o anuário de quase 1.500 institutos culturais eclesiásticos (arquivos, bibliotecas, museus). É o que oferece o portal  Beweb da Conferência Episcopal Italiana (CEI) , com mais de 4 milhões de itens provenientes dos inventários das dioceses italianas.

A apresentação do site foi feita por Gabriele Weston, da Universidade de Pávia, referencial científico para projetos de arquivos e bibliotecas da CEI, durante o XXIII Dia Nacional dos Bens Eclesiásticos, realizado em Roma nos dias passados sob o tema: Bens culturais eclesiásticos e comunicação. Um humanismo digital possível?”.

Segundo Weston, foram cerca de “2.300 os funcionários, que após terem recebido uma formação adequada, dedicaram-se à construção dos conteúdos do portal.  “Os ‘files de autoridade’ (authority file) – explicou o especialista – permitem ao usuário que interrogue o sistema digitando o nome de uma pessoa, de uma família ou de uma instituição, para ter as descrições relativas a todos os bens ligados àquele nome, independentemente do âmbito a que pertença o bem”. As entidades eclesiásticas representadas no portal, como paróquias, dioceses e regiões, são cerca de 20 mil. (JE)

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Índia: agressão contra igrejas cristãs

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Madhya Pradesh (RV) – Na noite da última terça-feira, 12, fundamentalistas hindus atacaram três igrejas em Indore, a maior cidade de Madhya Pradesh. Os extremistas lançaram pedras, destruíram cruzes, perpetraram atos de vandalismo de todos os gêneros e tentaram atear fogo a um dos lugares de culto, mas a polícia interveio antes que pudessem queimar o templo. Falando à agência AsiaNews, Sajan George, Presidente do Global Council of Indian Chistians (Gcic), condena “com firmeza” os ataques.

O gesto contra a inauguração de um orfanto administrado por missionários

As agressões ocorreram poucas horas antes que Sonia Gandhi, Presidente do Congress (primeiro partido da oposição), inaugurasse um orfanato administrado por missionários. O principal suspeito por esses episódios é o Sanskritik Jagran Manch, organizador local da direita hindu, que tinha ameaçado com “ação direta” se Gandhi  “realmente” inaugurasse a estrutura. O orfanato está localizado em um lugar que antes era de propriedade de uma organização privada. O edifício passou à administração do distrito que depois o confiou aos missionários. Padre Ramesh Chandekar, sacerdote anglicano da igreja de São Paulo, refere que os agressores danificaram o crucifixo e destruíram objetos sagrados e o microfone. 

Ataques a outras duas igrejas protestantes

Os grupos tentaram em seguida atear fogo a uma segunda igreja protestante, lançando tecidos com fogo para dentro da estrutura. Imediatamente alertada, a polícia agiu para apagar o fogo antes que se propagasse. Na terceira igreja, também essa protestante, os extremistas quebraram painéis de vidro e janelas com pedras. 

Ataques à liberdade religiosa no Madhya Pradesh

Segundo Sajan George, os ataques contra as igrejas “refletem a espiral descendente na qual está precipitando a liberdade religiosa da pequena comunidade cristã no Madhya Pradesh, guiada pelos nacionalistas hindus de Bharatiya Janata Party”. Recordando o Relatório 2015 sobre a liberdade religiosa na Índia, apresentado no último dia 1º de maio pela Comissão estadunidense para a liberdade religiosa no mundo, o presidente do Gcic afirma: “Os líderes do Bharatiya Janata Party devem controlar seus setores mais extremistas e agir com rapidez para detê-los, usando o Código Penal indiano como fundamento e chamando a atenção de outros grupos radicais, que sem nenhuma provocação agridem a minoria cristã”. (SP)

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Igreja no Senegal lança rádio online

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Dakar (RV) –  Chama-se “Rádio da Misericórdia” a emissora online lançada pela Igreja Católica do Senegal. Voltada à evangelização, a grade de programação propõe momentos de oração, homilias, testemunhos, além de música religiosa e reflexões.

Criada pelo Escritório para Informação e Comunicação da Arquidiocese de Dakar, com o apoio técnico de um grupo de jovens engenheiros católicos do país, “a Rádio nasce no contexto da nova evangelização em que a comunidade cristã do Senegal tem uma grande necessidade de comunicar”, lê-se no site.

Valores evangélicos e compromisso das comunidades cristãs

“A emissora – explica o Escritório de Comunicação – assume como missão a promoção dos valores evangélicos e o compromisso das comunidades cristãs. No futuro, está previsto a transmissão também de programas relativos a temas sociais como a educação, a agricultura, a economia e o Desenvolvimento sustentável”.

A Rádio online da Arquidiocese vem se somar à Rádio Esperança, patrocinada pela Arquidiocese de Dakar e pela Associação dos Empreendedores e Dirigentes das empresas católicas do país, e no ar desde outubro de 2014. (JE)
 

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Turim: pequena Jornada Mundial da Juventude com o Papa

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Turim (RV - De 19 a 22 de junho próximo será realizada em Turim uma pequena Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que reunirá milhares de jovens salesianos em torno do Santo Sudário, Dom Bosco, e do Papa Francisco. Trata-se do "Acontecimento dos Oratórios e dos Jovens". A iniciativa terá lugar como parte das celebrações pelo Bicentenário de Nascimento de São João Bosco, no âmbito da exposição extraordinária do Santo Sudário, e por ocasião da visita que o Santo Padre realizara à cidade italiana.

O evento é organizado pela Diocese de Turim, a partir da pastoral juvenil salesiana, e tem por objetivo animar o redescobrimento da paixão educativa pelos jovens, aquela que tanto motivou a Dom Bosco, e se dirige de maneira especial aos jovens e adolescentes dos oratórios salesianos, das paróquias, associações, movimentos e grupos.

No total serão três dias nos quais milhares de jovens, procedentes em sua maioria da Europa, celebrarão "O Maior Amor", lema que a Diocese de Turim escolheu para as comemorações deste ano de 2015, que tem como protagonista os jovens.

Tal como ocorre com as atividades que se desenvolvem durante uma JMJ, o "Acontecimento dos Oratórios" terá início no dia 19 de junho com a celebração Eucarística de abertura que será presidida às 18h pelo Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia no Santuário da Consolata. Na ocasião será acolhida a Cruz da JMJ junto com o Ícone dos jovens e às 20h começará a procissão com a imagem da Consolata, concluindo com um encontro cultural na Praça São Carlos.

No dia 20 de junho está prevista a peregrinação "O Maior Amor", que compreende a visita ao Santo Sudário, aos lugares de Dom Bosco e a visita aos Santos da caridade. Neste dia às 21h se celebrará a grande vigília de oração na expectativa da chegada do Papa Francisco que será presidida por Dom Nosiglia junto com os Bispos da região italiana do Piemonte. Às 23h os jovens poderão aproximar-se do Sacramento da Reconciliação e participar da Adoração Eucarística Noturna.

No dia 21, os jovens partirão desde cedo para a Praça Vitorio Vêneto para participar, às 10h45, da celebração Eucarística que será presidida pelo Papa Francisco. Na parte da tarde, após a visita do Santo Padre a Valdocco, o Pontífice se encontrará com os animadores dos Oratórios Salesianos e às 18h, após uma jornada de oração, os jovens se encontrarão novamente na Praça Vitorio Vêneto para se despedir do Sumo Pontífice.

O evento será encerrado no dia 22 com a visita que os jovens dos Oratórios Estivos realizarão ao Santo Sudário e a despedida que eles oferecerão ao Papa Francisco de caminhar até o aeroporto de Caselle, de Turim.

Em agosto, de 11 a 16, os jovens também se encontrarão em Turim em torno da celebração do Bicentenário de Dom Bosco. Nesta data será realizado o Encontro Internacional do Movimento Juvenil Salesiano. (SP-Gaudium Press)

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Lisboa: aplicativo informa sobre a missa mais próxima

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Lisboa (RV) – O Patriarcado de Lisboa apresentou quinta-feira (14/05) a aplicação móvel ‘Missas em Lisboa’, que divulga os horários das celebrações eucarísticas das 285 paróquias da Diocese, propostas de cânticos para as missas de domingo e a localização dos templos.

Para Dom Manuel Clemente, a aplicação gratuita para smartphones de sistema Android ou iOS, apresentada no contexto do Dia Mundial das Comunicações Sociais que se assinala domingo (17/05), é uma forma de “chegar a mais gente”.

De acordo com o diretor do Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa, Padre Nuno do Rosário Fernandes, a aplicação móvel vai potenciar a funcionalidade “mais procurada” na página da internet da Diocese.

Pesquisa dos horários das Missas, divulgação das notícias disponíveis na página da internet do Patriarcado de Lisboa, sugestão de cânticos para as Eucaristias dominicais e contatos da paróquias são as informações disponíveis na aplicação.

Filipe Teixeira, do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa, explica que a aplicação informa automaticamente sobre o horário das missas na área onde o usuário se encontra.

A aplicação ‘Missas em Lisboa’ está já disponível para os utilizadores do sistema Android e brevemente estará para as ferramentas em iOS.

(CM-Ecclesia)

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Na cidade de São Francisco, encontro discute as religiões

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Assis (RV) – O diálogo inter-religioso vai estar em debate a partir da próxima segunda-feira (18/5), no Sagrado Convento de Assis. Os trabalhos deste “III Encontro inter-religioso para a Integração” serão guiados pelo Custódio do Sagrado Convento de Assis, Padre Mauro Gambetti, e pelo Diretor da Revista São Francisco, Padre Enzo Fortunato.

Participarão do encontro expoentes de diversas confissões religiosas presentes na Itália, que se confrontarão sobre a importância do conhecimento das várias religiões nas escolas e na educação. No segundo dia (19/5), o encontro prosseguirá com uma conferência sobre o tema “À mesa com as religiões: práticas, direitos e pontos de encontro para superar as discriminações”. (RB)

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Formação



Igreja enfrenta desafios na aplicação do Decreto Ad gentes

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Cidade do Vaticano (RV) - O Decreto concilar Ad gentes completa cinquenta anos de sua promulgação.

Ele foi promulgado em 7 de dezembro de 1965, no encerramento do Concílio Vaticano II, e propõe seguir os caminhos da partilha profunda e da inculturação com os povos (gentes), destinatários do anúncio do Evangelho e ao mesmo tempo encoraja a coordenação entre missionários e organizações humanitárias laicas que trabalham nos países onde a Igreja realiza a sua missão.

Nós conversamos com o Missionário da Consolata Pe. Giuseppe Frizzi da Diocese de Bérgamo, Itália, que vive há anos em Moçambique.

Ele participou recentemente na Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma, do encontro internacional sobre o Decreto Ad gentes intitulado “O caminho da missão”. (MJ)

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REPAM é apresentada na Assembleia da Caritas em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) - A Rede Eclesial Pan-amazônica, (REPAM) reúne Bispos sacerdotes, missionários e missionárias de congregações que trabalham na Floresta Amazônica, representantes de algumas Caritas nacionais e leigos pertencentes a várias estruturas da Igreja. A Pan-amazônia reúne Brasil, cuja área representa cerca de 60% da floresta amazônica, Peru, com aproximadamente 13% seguido da Colômbia, com cerca de 10% e Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, que juntos detêm cerca de 17% da floresta.

A Rede foi criada oficialmente em Brasília, em setembro de 2014, e apresentada de modo formal no Vaticano em março de 2015, ocasião em que foi escolhido como Presidente o Cardeal Cláudio Hummes.

Nesta sexta-feira (15/05), em Roma, será a vez da REPAM ser divulgada junto à Caritas, que está reunida em Plenária. O Secretário-executivo da Rede, o equatoriano Mauricio Lopez, vai levar aos delegados presentes na Assembleia sexta-feira (15/05) a ideia e a atuação da iniciativa. Ele conversou conosco. Eis o que disse:

“Esta é uma assembleia importante porque reúne as Caritas de 164 países, com múltiplos temas de interesse, como a campanha ‘Uma só família humana, alimento para todos’, que foi um esforço significativo nos últimos anos, mas neste evento está sendo dado destaque também ao cuidado da Criação, como o compromisso com as futuras gerações, que está em sintonia com a Encíclica que está chegando...”.

“Neste sentido, vamos realizar uma reunião de trabalho, que não será no grande plenário, mas somente para aqueles que têm maior interesse no tema. Esperamos a presença de 50 a 70 pessoas, e nossa ideia é divulgar o esforço regional da Repam a outras regiões do mundo, como a Ásia-Pacífico, África, que estão vivendo também fortes situações de expansão na frente agrícola da madeira e do extrativismo, com resultados similares. Queremos despertar uma reflexão, não para indicar como responder, mas ajudar a pensar: um exercício mais conjunto, para responder aos desafios desta magnitude.

Assim, nossa intenção será compartir com outras regiões do planeta e nossa esperança é que, discernindo juntos, quem sabe, no futuro, pensar em movimentos articulados de redes com suas particularidades específicas que trabalhando juntas, possam impostar uma ação comum em defesa do meio ambiente, e talvez que os países chamados ‘do norte do planeta’, industrializados e desenvolvidos, possam escutar este tipo de experiência: que seja uma ocasião para terem consciência de que tudo o que está acontecendo nas regiões do Sul, da Pan-amazônia e outros lugares sensíveis tem relação com o modelo de consumo, como estilo de vida que adotamos; tem a ver com a conversão interna e externa a fim de viver princípios com uma dinâmica mais austera.

O Papa Francisco nos recorda sempre: uma vida digna que permita que outros tenham uma vida igualmente digna, que reconheça os mais vulneráveis e excluídos, que sempre sofrem com mais força os impactos, e ainda os mais vulneráveis ainda, que são as próximas gerações, que hoje não têm a possibilidade de dizer sua palavra”. 

Para ouvi-lo clique acima.

(CM)

 

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Atualidades



Mais de 100 mil pessoas escapam do Burundi

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Genebra (RV) – Diante da instabilidade política após a tentativa de golpe militar no Burundi para destituir o presidente Jean-Pierre Nkurunziza, cuja intenção era concorrer a um terceiro mandato consecutivo, milhares de pessoas já começam a abandonar o país africano da região dos Grandes Lagos.

De acordo com a Agência da ONU para os refugiados, o Acnur, mais de 105 mil pessoas já fugiram do Burundi em direção à Tanzânia, à República Democrática do Congo (RDC) e à República Ruandesa.

A vizinha Tanzânia recebeu mais de 70 mil refugiados, Ruanda mais de 26 mil e quase 10 mil chegaram à província de Kivu do Sul, na RDC. Autoridades tanzanianas disseram que mais de 50 mil burundineses estão vivendo de maneira precária às margens do Lago Tanganyika. Talvez mais do que 50 mil, reiterou o porta-voz do Acnur, Karin de Gruijl, na manhã desta sexta-feira (15/05), em Genebra. (Acnur/RB)

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Patrimônio da humanidade ameaçado por extremistas islâmicos

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Damasco (RV) – O Observatório sírio para os direitos humanos denuncia que o sítio arqueológico de Palmyra, declarado patrimônio da humanidade, corre o risco de ser tomado e destruído pelos extremistas do auto-proclamado Estado Islâmico (EI).

A cidade encontra-se a 240 km ao sul de Damasco e, de acordo com a rede Al Arabiya, os fundamentalistas estariam a cerca de 2km da porta de entrada principal de Palmyra.

Jóia do deserto

Palmyra é uma relíquia do I século, uma obra-prima da arquitetura e urbanística romanas, com sua famosa rua principal delimitada por monumentais colunas e o templo de Baal, um dos mais importantes monumentos culturais de toda a região. O sítio foi inscrito na lista dos patrimônios da humanidade em 1980 e, desde 2013, está também entre aqueles"em situação de risco".

Os milicianos do EI já destruíram importantes sítios arqueológicos no Iraque, como aquele de Nimrud – cuja datação remonta há mais de 3 mil anos – e também o sítio assírio de Hatra, cidade patrimônio da Unesco.

Os ataques foram perpetrados com machados e foices, além de disparos de metralhadoras, contra relíquias do II e III séculos antes de Cristo. Em outros lamentáveis episódios, os terroristas também destruíram estátuas conservadas em Mosul e incendiaram livros da antiga biblioteca, também na cidade de Mosul, onde está o comando central do auto-proclamado Califado.

Nações Unidas

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, expressou em nota a sua preocupação pelo local estar em risco, assim como pelo medo provocado na população com a presença dos jihadistas. Bokova pede o imediato fim do conflito. 

(RB)

 

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Liberdade de consciência é central na relação com o Islã

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St Moritz (RV) – Acompanhar o processo do Islã na Europa para que seja capaz de fazer próprios os valores fundamentais que alicerçam as civilizações europeias, a partir do respeito pela liberdade de consciência que é uma “questão central”. Este é o grande desafio e a missão que a Igreja Católica europeia quer assumir. Padre Andrea Pacini, especialista no diálogo com o Islã e coordenador deste setor pelo Conselho das Conferências Episcopais Europeias, traçou um quadro do encontro sobre o encontro “Islã e radicalização”, realizado na Suiça de 13 a 15 de maio, e que reuniu 35 bispos delegados episcopais europeus.

Islã na Europa, entre fechamentos e diálogo

“Existem dentro do Islã europeu ao menos duas grandes tendências, explica Padre Pacini. Uma tendência é a do tipo neo-tradicional e tem maiores dificuldades em abrir-se a uma relação de integração no contexto europeu, sem ser no entanto violenta com ele. Outra tendência, também importante, mesmo se menos organizada, mas que começa a expressar-se, está convencida da necessidade de uma abertura a um diálogo que leve a uma integração, dentro do Islã, dos valores fundamentais como a liberdade de consciência e de forma mais geral, a recuperação de uma dimensão de liberdade na esfera religiosa pessoal e comunitária. A grande questão é ver como estas duas tendências irão evoluir”.

Igreja deve acompanhar processo de integração

“Como Igreja Católica – afirmou o expert da CCEE – estamos convencidos de não poder pensar e agir obviamente no lugar dos muçulmanos. Aquilo que é e será o Islã é tarefa deles. A nossa tarefa é acompanhar de maneira ativa e eficaz este debate de integração, tornando-nos disponíveis à escuta, ao diálogo, à interação, em uma atitude de proximidade que, ao mesmo tempo propõe aqueles valores fundamentais que permitem viver em maneira pacífica e frutuosa a convivência, e entre estes a liberdade de consciência é certamente a questão central”.

Comunidade religiosa segura de si não temo ao outro

Um ponto sobre o qual muito se insistiu na Suiça foi sobre a importância da formação religiosa “para educar as nossas respectivas comunidade de fieis para uma relação que não tenha temor do outro. Uma comunidade religiosa que é serenamente consciente de si mesma, não tem necessidade de ver no outro um inimigo para ser um inimigo”.

Nem todos muçulmanos partilham leitura radical do Islã

Sobre o medo do Islã, Padre Pacini observou que “não podemos negar que fenômenos de radicalismo violento estejam ocorrendo dentro do Islã. O que está acontecendo nos países do Norte da África e às vezes na Europa, é uma preocupação justificada. Ao mesmo tempo é necessário também se ter consciência do fato de que na Europa já vivem, há muitos decênios, cerca de 20 milhões de muçulmanos (cerca de 2 milhões na Itália) e o fato de que não surjam tensões particularmente graves. Isto demonstra que nem todos partilham uma similar leitura radical e que é possível construir itinerários de vivência partilhada”. (JE)

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Morre aos 89 anos B.B King, o ícone do Blues

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Cidade do Vaticano (RV) –  Também a edição desta sexta-feira (15/05) do L’Osservatore Romano presta homenagem a B.B. King, “ícone do Blues” falecido aos 89 anos em Las Vegas. O jornal da Santa Sé presta homenagem ao “músico que, com a guitarra por ele batizada ‘Lucille’ – fiel companheira de quarenta anos de música – levou em todo o mundo o Blues, tonando-se dele embaixador e ícone”.

Nascido no Mississipi, King, já aos 12 anos, trabalhou nos imensos campos de algodão do Estado.

The Thrill Is Gone, When loves comes to town e How blue can you get, são alguns dos sucessos de sua longa e intensa carreira. “Mais de sessenta discos – sublinha o cotidiano da Santa Sé – entre álbuns de estúdio e ao vivo, concertos em todas as partes do mundo e colaboração com dezenas de músicos, entre os quais Eric Clapton, os U2, entre outros”. (JE-OR)

 

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Liderança islâmica rechaça apelo terrorista

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Cairo (RV) – “Não respondam ao apelo de Abu Bakr al-Baghdadi para unir-se à sua organização”. Esta é a exortação lançada pela máxima autoridade islâmica Dar al-Iftaa – que emite as fatwas no Egito – em relação de uma mensagem áudio difundida nesta quinta-feira (14/05) e atribuída ao auto-denominado líder do auto-proclamado Estado Islâmico (EI).

Na mensagem Baghdadi, que fontes ocidentais haviam afirmado ter sido gravemente ferido em ataques da Coalizão internacional, pede que “todos os muçulmanos de todos os lugares emigrem no Estado islâmico ou a combater onde quer que se encontrem”.

A Dar Al-Iftaa declarou “legalmente nulo o anúncio do califado da parte de qualquer que seja o movimento ou organização”. Em uma nota, a autoridade islâmica egípcia explica que “quem agride os países, toma posse destes, mata as pessoas e depreda os bens materiais merece a mais dura punição, pois tudo isso é uma forma de devastação programada para detrimento da sociedade”.

Francisco e o diálogo inter-religioso

Na exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa diz: "Frente a episódios de fundamentalismo violento que nos preocupam, o afeto pelos verdadeiros crentes do Islã deve levar-nos a evitar odiosas generalizações, porque o verdadeiro Islã e uma interpretação adequada do Alcorão opõem-se a toda a violência", cit. 253.

(RB)

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Bispos irlandeses: apelo contra a perseguição dos cristãos

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Dublin (RV) – “A atual perseguição dos cristãos e de outras minorias religiosas no Oriente Médio é um caso sem precedentes, um fenômeno bárbaro e chocante que requer uma intervenção urgente”. Este foi o premente apelo do presidente do Conselho “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal da Irlanda, Dom John McAreavey, lançado, em Dublin, durante o encontro do Comitê conjunto para os Assuntos e o Comércio Exterior.

Em seu discurso intitulado “A atual perseguição dos cristãos”, o Bispo irlandês recordou dados dramáticos: “A cada hora, 11 cristãos são assassinados por causa da sua fé, ou seja, 273 por dia, e, a cada ano, pelo menos 100 mil cristãos. Outros são torturados, encarcerados, exilados, ameaçados, marginalizados, atacados e discriminados.

Opressão

Atualmente, segundo Dom John, o cristianismo é a religião mais oprimida no mundo e os seus fiéis são perseguidos em cerca de 110 países. Além disso hoje, 80% de todos os atos discriminatórios perpetrados no planeta, são contra os cristãos. E, para piorar a situação, - acrescentou o prelado - há o avanço do auto-proclamado Estado Islâmico (EI) acelera um brutal genocídio contra cristãos e minorias religiosas, sobretudo no Oriente Médio, berço do cristianismo e da civilização.

Assim sendo, nasce o apelo do Bispo irlandês para que o governo de Dublin lance “uma ação urgente, coordenada e determinada, junto com a Comunidade internacional, para resolver esta dramática situação, que representa uma ameaça para toda a humanidade e para o patrimônio religioso e cultural das futuras gerações”.

A perseguição religiosa, concluiu o prelado, “coloca em risco a paz e a estabilidade de todo o planeta e, por isso, requer um esforço claro e globalizado, que possa resolver as causas originárias do conflito. Para isso, “ocorre oferecer ajudas diretas às comunidade religiosas minoritárias, porque elas tem o direito de reconstruir suas igrejas, escolas, hospitais e casas, para continuarem a contribuir para o patrimônio educativo, econômico e cultural dos seus países”. (MT)

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