Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 19/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: faz bem pensar no momento da nossa despedida

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta terça-feira, o Papa celebrou a Missa na Casa Santa Marta. A homilia foi centralizada no discurso de Jesus antes da Paixão e na despedida de Paulo em Mileto antes de ir a Jerusalém. O Papa se inspirou nas leituras do dia para falar do que significa dizer adeus para um cristão.

Cristãos obrigados a fugir das perseguições

“Jesus se despede, Paulo se despede – disse – e isso nos ajudará a refletir sobre nossas despedidas”. Na nossa vida, observou, “existem tantas despedidas”, pequenas e grandes, e há também “tanto sofrimento e lágrimas”. O Pontífice, então, dirigiu o pensamento aos que são vítimas das perseguições e obrigados a fugir:

“Pensemos hoje naqueles pobres de etnia (ndr) rohingya de Mianmar. No momento de deixar suas terras para fugir das perseguições, não sabiam o que lhes aconteceria. E há meses estão numa embarcação, ali… Chegam a uma cidade, onde lhes dão água e alimentos, e dizem: ‘vão embora daqui’. É uma despedida. Aliás, hoje acontece esta grande despedida existencial. Pensem na despedida dos cristãos e dos iezites (minoria iraquiana, ndr), que acreditam não poder voltar mais para sua terra, porque foram expulsos de casa. Hoje”.

Existem pequenas e grandes despedidas na vida, reiterou o  Papa, como a “despedida da mãe, que saúda, dá o último abraço ao filho que parte para a guerra; e todos os dias se levanta com o medo de que alguém lhe diga: ‘agradecemos muito pela generosidade de seu filho, que deu a vida pela pátria’. E há também a “última despedida – disse – que todos nós devemos fazer, quando o Senhor nos chama para o outro lado. Eu penso nisto”.

O momento do adeus

Essas grandes despedidas da vida, “inclusive a última – reiterou –, não são as despedidas como ‘até logo’, ‘até breve’, que são as despedidas que indicam um regresso imediato ou depois de uma semana: são despedidas que não se sabe quando e como voltarei”. E recordou que o tema do adeus está presente também nas artes e nas músicas:

“Vem-me uma em mente, a dos alpinos, quando o capitão se despedida dos seus soldados: o testamento do capitão. Eu penso na grande despedida, na minha grande despedida, não quando digo, 'até depois', 'até mais tarde', 'até breve', mas 'adeus'? Estes dois textos dizem a palavra 'adeus'. Paulo confia a Deus os seus companheiros e Jesus confia ao Pai os seus discípulos, que permanecem no mundo. ‘Eles não são do mundo, mas cuida deles’. Confiar ao Pai, confiar a Deus: esta é a origem da palavra 'adeus'. Nós dizemos "adeus" somente nas grandes despedidas, sejam as despedidas da vida, seja a última”.

Vai nos fazer bem pensar em nossa despedida deste mundo

“Eu creio - afirmou - que, com estes dois ícones - o de Paulo, que chora, de joelhos na praia, todos ali, e Jesus, triste, porque ia para a Paixão, com os seus discípulos, chorando no seu coração - podemos pensar na nossa despedida. Vai nos fazer bem. Quem será a pessoa que vai fechar os meus olhos?”:

“O que eu deixo? Tanto Paulo quanto Jesus, todos os dois, nestas duas passagens fazem uma espécie de exame de consciência: ‘Eu fiz isso, isso, isso ...’ E eu o que fiz? Mas nos faz bem nos imaginarmos naquele momento. Quando será, não sabemos, mas haverá o momento no qual 'até depois', 'até breve', 'até amanhã', 'até mais' vai se tornar 'adeus'. Estou preparado para confiar a Deus todos os meus entes queridos? Para confiar-me a Deus? Para dizer aquela palavra que é a palavra da entrega do filho ao Pai? "

O Papa concluiu então a sua a homilia aconselhando todos a lerem as leituras de hoje sobre a despedida de Jesus e de Paulo e a “pensar que um dia” também nós deveremos dizer a palavra “adeus”: “A Deus confio a minha alma; a Deus  confio a minha história; a Deus confio os meus entes queridos; a Deus confio tudo”. “Que Jesus morto e ressuscitado – foi a sua invocação final - envie-nos o Espírito Santo, para que aprendamos a palavra, aprendamos a dizê-la, existencialmente, com toda a força: a última palavra, adeus”.(BF-SP)

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Papa abençoa ícone de Nossa Sra do Silêncio

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Cidade do Vaticano (RV) –  “Que a Virgem Maria interceda junto ao Senhor, para que todos aqueles que entram no Palácio Apostólico, possam sempre ter as palavras justas”.

Com estas palavras o Papa Francisco abençoou o ícone de Nossa Senhora do Silêncio, colocada entre os dois elevadores da entrada principal, no Pátio São Damaso, no Vaticano.

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Card. Vegliò: para resolver crise migrantes devemos investir nos países pobres

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Cidade do Vaticano (RV) - A emergência migrantes que estas semanas atinge Europa e Ásia “é um problema sobretudo político ao qual não se pode responder somente com o voluntariado – que faz muito e é, sobretudo, católico –, mas pensando em ações in loco para ajudar os países dos quais provêm estas pessoas em busca de ajuda”. Foi o que afirmou à agência missionária AsiaNews o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Vegliò.

Esta semana o Conselho da União Europeia deu sinal verde à missão naval de combate ao contrabando no Mediterrâneo. O plano – que aguarda a autorização final da Onu – prevê o uso de navios e aviões europeus de patrulhamento a serem enviados ao largo da Líbia, com o objetivo de confiscar as embarcações clandestinas e resgatar migrantes e refugiados.

Estes últimos deverão ser, posteriormente, “distribuídos” nos vários países europeus, segundo um sistema de cotas a ser ainda definido, mas que já suscitou perplexidades – e aparentes marcha à ré – por parte de muitas nações.

O purpurado admite ser “muito difícil” encontrar uma solução a esta crise, mas reconhece ser apreciável notar que, “diferentemente de até algumas semanas atrás, o governo italiano não está mais sozinho e conseguiu, ao menos em parte, chamar a atenção da Europa e da Onu para o problema”.

“É claro que, no momento – ressalta o presidente do dicastério pontifício –, os resultados são muito decepcionantes. As ideias das quais mais se ouve falar são ‘bombardeemos as embarcações’, ‘lancemos ao mar’, mas não é assim que se enfrentam os problemas, que existem e são graves. Ninguém tem uma solução definitiva, mas é preciso, da parte de todos os governos, de um pouco mais de boa vontade.”

Essas “propostas destrutivas”, explica o Cardeal Vegliò, “levam-nos a pensar no que está acontecendo no sudeste asiático, que é inaudito. Cerca de seis mil pessoas à deriva há dias – migrantes bengaleses, rohingya e de outras nacionalidades – porque ninguém os quer, nem Malásia, nem Tailândia, nem Indonésia. Portanto, estão no meio do mar, sem alimento, água, combustível, e aos poucos, todos estão morrendo”.

“A pobreza gera migrantes – prossegue o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes – e as guerras criam refugiados. Um cidadão de qualquer país que seja não deveria ser obrigado a ter que ir embora para poder viver de modo digno, ou para não morrer porque perseguido por razões políticas ou religiosas. Para evitar que se criem essas situações bastaria ajudar essas nações a serem independentes, investindo nessas terras e criando oportunidades de trabalho.” (RL)

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Fórum discute papel da cultura no diálogo entre os povos

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Baku (RV) – O III Fórum Mundial sobre Diálogo Intercultural, promovido pela ONU e pelo Conselho da Europa, está em andamento em Baku, Azerbaijão, com o patrocínio do Presidente azeri, Aliyev. O encontro sobre o tema “Cultura e desenvolvimento sustentável na agenda para o desenvolvimento pós-2015”, discute os objetivos alcançados até agora em matéria de diálogo intercultural e promove a compreensão recíproca entre os povos e as nações. Presente no encontro o Sub-Secretário do Pontifício Conselho para a Cultura,  Mons. Melchor Sanchez de Toca y Alameda, entrevistado pela Rádio Vaticano: 

 “É o terceiro de uma séria de encontros que deu lugar ao assim chamado “Espírito de Baku”, para favorecer o diálogo entre as culturas em uma área que é particularmente delicada. Naturalmente em colaboração com as Nações Unidas e com diversas iniciativas de diálogo internacional. O objeto destes fóruns internacionais é muito próximo à sensibilidade do Pontifício Conselho para a Cultura: a ideia de que a cultura seja um lugar de encontro, uma plataforma de diálogo em que é possível encontrar-se. Se sobre questões dogmáticas, às vezes, é difícil um diálogo sereno, por outro lado no terreno da cultura este encontro é possível. Pensemos às grandes linguagens universais, que são fenômenos culturais, em que os povos podem se entender: assim, a música, o esporte, a ciência e também a beleza são transversais, são linguagens universais, que unem os povos. Mas podem também dividir e ser causa de divisão. E isto o sabemos...”.

RV: Qual é a posição da Santa Sé neste Fórum?

“A delegação da Santa Sé reitera alguns pontos importantes: antes de tudo que as culturas não podem nunca estar isoladas, pois uma coisa é a defesa da identidade nacional, outro é isolar a cultura procurando evitar qualquer contato. Este é um aspecto importante. Em segundo lugar, recordar que no centro de cada cultura e de todo diálogo intercultural existem questionamentos que são profundamente religiosos, pois são perguntas que dizem respeito ao sentido da existência, o sentido do mundo, a origem e o destino do universo, e o questionamento sobre o sofrimento e sobre o mal, que são questões religiosas. Portanto, não é possível separar o diálogo intercultural do diálogo inter-religioso. Em terceiro lugar, é necessário recordar aos governos que o diálogo inter-religioso - que é urgente nestes tempos de atentados à liberdade religiosa em muitos lugares do mundo -, deve ser conduzido pelos fieis e não pelos governos, os quais não devem substituir aos fieis. Mas recordar também aquilo que o Papa Francisco disse muitas vezes, que “matar em nome de Deus é uma blasfêmia”. E isto deve ser denunciado sempre e sobretudo pelas pessoas religiosas. É necessário recordar também, sem hipocrisia, que a liberdade de expressão tem sempre um limite, como reconhecem todos os ordenamentos civis: o direito à liberdade de expressão não concede o direito de dizer qualquer coisa de qualquer pessoa. Portanto, também os sentimentos religiosos das pessoas devem ser tutelados diante dos excessos e da blasfêmia pública e da ridicularização, existente em alguns países”. (JE)

 

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Igreja no Brasil



Intolerância é tema da Semana pela Unidade dos Cristãos

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Brasília (RV) - “Dá-nos um pouco da tua água”: este é o tema da Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs (SOUC), em andamento no Brasil. O lema é inspirado no Evangelho de São João, que retrata o encontro de Jesus com a mulher samaritana.

A finalidade desta Semana, além de refletir sobre o ecumenismo, é debater os diferentes contextos religiosos do país, abordando, principalmente, a intolerância religiosa.

No site do Vaticano, é possível baixar o  subsídio traduzido em português pela Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O foi preparado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas (CCMI).

Celebração nacional

No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos por ocasião da Conversão São Paulo. Já no hemisfério Sul, as Igrejas celebram a Semana de Oração entre Ascenção e Pentecostes, que é um momento simbólico para a unidade da Igreja.

No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) coordena as celebrações da Semana de Oração em diversas regiões do país.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o Presidente da Comissão da CNBB, recém-confirmado no cargo, Dom Francisco Biasin, fala das relações ecumênicas no Brasil:  

(BF/SP)

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Igreja na América Latina



Esperados 250 mil para beatificação de Dom Romero

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Cidade do Vaticano (RV) – Após a sua beatificação, em São Salvador, sábado, 23 de maio, Dom Óscar A. Romero continuará a ter sua festividade litúrgica em 24 de março, dia de seu assassinato em 1980. Havia dúvidas em relação à viabilidade de manter a data devido à sua sobreposição frequente com as celebrações da Semana Santa e da Páscoa. 

São Salvador agora se prepara para receber pelo menos 250 mil pessoas na Praça das Américas e seus arredores, fiéis e devotos do primeiro beato salvadorenho. A cerimônia está programada para as 10h da manhã e atualmente está sendo construído o pequeno templo ao ar livre. 

Nesta segunda-feira (18/05), numa coletiva de imprensa no local da beatificação foram dadas informações adicionais sobre o evento. Os organizadores informaram que: 

A Igreja concederá indulgência plenária aos peregrinos que participarem da beatificação e cumpram com os demais requisitos para esta graça;

O Vice-Postulador Mons. Rafael Urrutia informou que a Igreja salvadorenha está investigando mais de 500 outros possíveis casos de martírio para propô-los para canonização, incluindo o Pe. Rutilio Grande, cuja causa já está em andamento;

A cerimônia será transmitida em cadeia nacional de TV em El Salvador e por 14 emissoras internacionais; 

Estão previstos detalhes comoventes: quando os dons eucarísticos serão levados ao altar, o ofertório incluirá um livro contendo os Acordos de Paz de El Salvador, que puseram fim à guerra civil de 1980 a 1992 no país centro-americano; 

O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, que presidirá a cerimônia, publicou o livro “Beato Oscar Romero”, o que demonstra a grande importância para a Igreja da beatificação de Dom Romero;

Ao longo de todas as avenidas que confluem na Praça das Américas serão instalados telões gigantes para que os fiéis possam acompanhar a cerimônia; 
Espera-se a participação de pelo menos 12 Chefes de Estado, além dos vice-Presidentes de Cuba e Costa Rica. Aguardam-se delegações de Brasil, Colômbia, Chile, Estados Unidos, Itália, México, Nicarágua, Uruguai e membros da Organização dos Estados Americanos (OEA);

O governo assegurou um aparato de segurança com 45 mil pessoas entre grupos de socorro, bombeiros e corpos da polícia; 

No âmbito das atividades programadas, consta uma peregrinação até a Catedral Metropolitana, onde descansam os restos do Arcebispo mártir; 

No dia da beatificação, mais de 1.100 sacerdotes se prepararão para a cerimônia no Seminário San José de La Montaña e também irão até a Praça em procissão. O lugar teve significado especial na vida de Dom Romero porque boa parte de sua formação sacerdotal foi feita ali, onde também conheceu o sacerdote jesuíta Rutilio Grande, que se tornou um dos seus mais próximos amigos;

Pe. Grande também foi assassinado, três anos antes que Romero, em 12 de março de 1977. Muitos asseguram que este crime causou uma importante mudança na vida de Dom Romero. Muitos de seus escritos realizados em décadas anteriores já relatavam sua preocupação com a injustiça social, sobretudo no interior do país. 

(CM)

 

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Tragédia na Colômbia: 61 pessoas perderam a vida na região de Antioquia

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Medellin (RV) – Tragédia na Colômbia: 61 pessoas perderam a vida na região de Antioquia por causa de um deslizamento provocado pelas fortes chuvas dos últimos dias. Impreciso ainda o número dos desaparecidos, seriam centenas. Em andamento as buscas e as identificações das vítimas. O governo declarou estado de calamidade.

É uma corrida contra o tempo no vilarejo andino norte oriental de Salgar, 18 mil habitantes, atingido na noite entre domingo e segunda-feira por um deslizamento de terra. É emergência humanitária: os socorredores estão trabalhando para salvar a vida de um número impreciso de desaparecidos e prestar ajuda aos sobreviventes.

O transbordamento de um rio, após as intensas chuvas do fim de semana, arrastou principalmente as habitações mais pobres com inteiras famílias que dormiam. Entre as dezenas de vítimas estão também menores e são muitas as crianças que ficaram órfãs. Os corpos estão sendo transportados para a identificação no departamento de medicina legal do hospital de Medellin.

O prefeito local fala de grande tragédia, a primeira de tais dimensões na área montanhosa da região de Antioquia cuja economia está ligada à produção de café. Junto com o prefeito foi ao local da tragédia também o presidente colombiano Santos, que declarou estado de calamidade assegurando proximidade à população e compromisso para a reconstrução do que foi destruído. (SP)

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Igreja no Mundo



Iniciadores do Caminho Neocatecumenal homenageados nos EUA

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Washington (RV) - No último fim de semana, a Universidade Católica da América (UCA) conferiu a Francisco Gómez de Argüello Witz (Kiko) e a Maria del Carmen Hernandez Barreda, iniciadores do Caminho Neocatecumenal, o Doutorado honoris causa em Teologia.

Na solenidade de entrega, sábado, 16 de maio, o reitor da Universidade leu uma breve biografia sobre os dois iniciadores do Caminho, destacando sua entrega pelos pobres e afastados.

Quem são

”Kiko” Argüello nasceu em León, Espanha, em 1939. Sendo um artista muito respeitado, por volta dos anos 60, foi viver entre os pobres de Palomeras Altas, subúrbio das periferias de Madri, levando consigo apenas um violão, um crucifixo, uma bíblia e um saco de dormir. Seu caminho até o chão de um barraco de madeira no subúrbio começou na Academia Real de São Fernando, onde em 1959 lhe havia sido concedido o Prêmio Nacional Extraordinário de Pintura. Porém percebeu que a fama não significava nada para ele. Passou por uma conversão e começou estudos catequéticos.  Com o tempo, chegou a crer que Cristo está presente no sofrimento dos mais pobres e deixou seus estudos para viver entre eles.

Carmen Hernández, licenciada em química e teologia, que havia nascido em Olvega, Espanha, já estava vivendo entre os pobres para levar-lhes a palavra de Deus. Argüello se encontrou com Hernández e juntos desenvolveram um estilo de pregação que chegava profundamente aos pobres com os quais estavam vivendo. Formaram uma pequena comunidade cristã, composta de ciganos, analfabetos, vagabundos, prostitutas e desempregados, aos quais levaram à conversão através do descobrimento de que Cristo os amava apesar de seus pecados e de sua forma marginal de vida. Por meio do contato com outras paróquias acolhendo pessoas que viviam em situações difíceis, pouco a pouco começou um caminho de iniciação cristã para adultos em que iam descobrindo as riquezas de seu batismo. Assim nasceu o Caminho Neocatecumenal, conhecido simplesmente como “O Caminho”. 

Motivação

Portanto, “devido à sua dedicação aos pobres, que conduziu tantos à comunhão com Cristo e à fé Católica, a Universidade Católica da América tem a satisfação em outorgar a Francisco José Gómez de Argüello y Wirtz e a Maria Carmen Hernández Barreda o grau de Doutor em Teologia, honoris causa, conferido a cada um deles individualmente”.

Esta decisão tem uma relevância especial como reconhecimento à obra de Kiko e Carmen através do Caminho nos Estados Unidos e no mundo, uma vez que a UCA é a única universidade Pontifícia nos Estados Unidos e funciona sob a direta supervisão da Conferência Episcopal dos Estados Unidos e da Santa Sé.

Encontro com o Papa

Os doutorados honoris causa para Kiko e Carmen foram propostos há alguns anos e foram aprovados recentemente depois do encontro do Papa Francisco com o Caminho Neocatecumenal no último dia 6 de março, quando o Pontífice – ao enviar 250 famílias em missão – definiu o Caminho como “um verdadeiro dom da Providência à Igreja de nossos tempos”.

Presença no mundo

O Caminho Neocatecumenal está difundido hoje em todo o mundo com cerca de um milhão e meio de participantes em 125 nações dos seis continentes com mais de 30.000 comunidades. Kiko e Carmen, com o Padre Mário Pezzi, formam a Equipe Responsável internacionalmente pelo Caminho.

(CM)

 

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Igreja no Egito é contrária à execução de Morsi

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Cairo (RV) - Quatro anos depois da ‘Primavera Árabe’, o primeiro presidente civil democraticamente eleito no Egito, Mohamed Morsi, foi condenado à pena de morte por um tribunal do país. Morsi pode recorrer e a pena capital está ainda sujeita a um parecer final do mufti Shawqi Allam, embora este não seja vinculativo. A decisão definitiva é esperada para 2 de junho.

“A Igreja respeita a independência do poder judiciário, mas considera que a vida é um bem inviolável em todos os casos, e reitera sua postura contrária à pena de morte”: é o parecer de Anba Kyrillos William, bispo copta-católico de Assiut.  

Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional; a Irmandade Muçulmana e o presidente turco também contestaram a sentença do tribunal.

Diplomatas ocidentais, em declarações à Reuters, opinam que executar Morsi seria um suicídio político para as atuais autoridades egípcias, lideradas pelo general Al-Sisi, presidente do país e líder do golpe de Estado que em 2013 derrubou Morsi.

(CM)

 

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Seminário de TV 2015 da SIGNIS abre inscrições

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Bruxelas (RV) – Estão abertas as inscrições para o Seminário de TV 2015 organizado pela SIGNIS-Brasil, a ser realizado em Aparecida de 22 a 25 de agosto de 2015 sob o tema “Conhecer a sua audiência: Chegar às periferias”. O encontro, patrocinado pelo CELAM e SIGNIS América Latina-Caribe, será realizado no Hotel Rainha do Brasil. As inscrições encerram-se em 30 de junho.

Este é o terceiro seminário SIGNIS realizado na América Latina voltado para produtores e responsáveis por canais de TV católicos. O primeiro foi realizado em 2008, em Buenos Aires e o segundo em 2011, na Costa Rica.

O tema do seminário  - “Conhecer a sua audiência: chegar às periferias” - vai se desenvolver em dois painéis. O primeiro será formado por representantes das Redes de TV Aparecida, Canção Nova, Século XXI e Rede Vida para tratar das conquistas e desafios das emissoras das TVs católicas no país. O segundo painel, por sua vez, abordará as experiências e resultados dos estudos de audiências que os diferentes canais de TV católicos tem no continente latino-americano.

Os seminários de TV da SIGNIS oferecem a oportunidade aos produtores e responsáveis pelos canais católicos de apresentar suas emissoras de televisão, suas novas produções e iniciativas multimídia.

O primeiro seminário de produtores de televisão católica da SIGNIS foi organizado na Cidade do Cabo em 2003, com o objetivo de criar uma rede de ajuda mútua, capaz de criar co-produções e desenvolver uma comunidade profissional. Desde então, seminários similares foram realizados em Estrasburgo (2004), Praga (2005), Lyon (2005), Madrid (2006), Bucarest (2007), Buenos Aires (2008), Chiang Mai (2009), Luxemburgo (2010), Costa Rica (2011), La Rochelle (2012), Nairobi (2013) e São Petersburgo (2014).

A programação detalhada do Seminário pode ser consultada no site www.catholictv.tv. (JE-SIGNIS)

 

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Igreja no Paquistão pede maior proteção para as minorias

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Islamabad (RV) - A Comissão nacional de justiça e paz e a Comissão da Igreja Católica para os direitos humanos no Paquistão pediram uma maior proteção para as minorias.

O pedido foi feito após 45 expoentes da minoria xiita ismaelita terem sido assassinados num atentado contra um ônibus em karachi, na semana passada. Uma chacina reivindicada por vários grupos sunitas, entre os quais o chamado Estado Islâmico (EI). Os ismaelitas são cerca de 15 milhões no mundo inteiro: 500 mil vivem no Paquistão.

Numa declaração conjunta que condena o ataque, o arcebispo de karachi, Dom Joseph Coutts, e o director da Comissão nacional de justiça e paz, Pe. Diego Saleh, afirmaram que é inaceitável o assassinato de pessoas inocentes baseado na fé.

“Pedimos aos governos, tanto federal quanto às administrações provinciais, que adotem medidas sérias e eficazes a fim de prevenir tais atrocidades e aumentar a segurança para todas as minorias”, disse Pe. Saleh.

“Devemos, unidos, elevar a voz contra as atrocidades cometidas pelos milicianos no Paquistão. Juntos queremos dar uma mensagem aos militantes que somos todos paquistaneses e que nenhuma força, nenhum líder religioso e nenhum governo pode nos dividir”, disse o diretor nacional de justiça e paz ressaltando que no país foram feitas tentativas de criar uma cisão entre os grupos religiosos.

“Independente da nossa fé e da religião, devemos combater juntos por um Paquistão sem o terror”, disse Mehnaz ur Rehman, ativista em prol dos direitos das mulheres e director da Fundação Aurat.

“Como podemos permitir a estes grupos difundir o ódio e chamar outros grupos de apóstatas e infiéis”?, questionou Rehman, citando os relatórios das agências de segurança que reportam como indivíduos da Universidade internacional islâmica, em Islamabad, caíram em forma de extremismo violento. (RL)

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Formação



Jesuítas: a serviço para a maior glória de Deus

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Cidade do Vaticano (RV) – Nosso espaço dedicado à Vida Consagrada, hoje vamos falar da Companhia de Jesus, a Ordem à qual pertence Francisco – o primeiro papa jesuíta.

Fundada em 1534 por Santo Inácio de Loyola, hoje a Companhia é a maior congregação da Igreja Católica com quase 17 mil membros.

Mas quem escolhe ser jesuíta, escolhe abraçar qual causa? Quem responde de Teresina, no Piauí, é o pregador de retiros Pe. Antônio Baronio.

Clique acima para ouvir.

(BF)

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Saiba como prevenir a anemia

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso espaço de saúde aborda, hoje, o tema da anemia. Dentro dos glóbulos vermelhos existe uma proteína chamada hemoglobina que tem na sua estrutura bioquímica a presença de moléculas de ferro e de cobalto.

Existem vários tipos de anemia, mas a mais comum é a anemia ferropriva, quando há uma carência de ferro no organismo. O ferro é essencial para a produção dos glóbulos vermelhos e seus níveis baixos no sangue comprometem a produção das hemácias. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por deficiência de ferro.

A médica hematologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS) Dra. Lúcia Mariano da Rocha Silla explica o que é a anemia. (MJ/Pastoral da Criança)

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Atualidades



Liga Árabe expressa satisfação pelo Acordo Santa Sé - Estado da Palestina

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Cairo (RV) – O Secretário Geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, expressou satisfação pelo “reconhecimento vaticano do Estado da Palestina”, entidade nacional, cujo nome será explicitamente citado no Acordo Global entre Santa Sé e Palestina a ser assinado em futuro próximo. A declaração foi divulgada na segunda-feira (18/05) pela organização com sede no Cairo.

Elaraby expressou a convicção de que o passo anunciado no dia 13 de maio, contribuirá para favorecer os legítimos direitos do povo palestino, a começar pelo direito de ter um Estado independente “com Jerusalém Leste como capital”. Ele expressou ainda a esperança de que outros Estados e Governos possam em breve seguir o exemplo do Vaticano, reconhecendo a seu tempo o Estado da Palestina.

Como recorda a mídia oficial do Patriarcado Latino de Jerusalém, desde novembro de 2012 - após o voto favorável à Palestina como ”Estado Observador – não membro” – das Nações Unidas – que o Vaticano utiliza a expressão de “Estado da Palestina” em todos os seus documentos oficiais, ou nas diversas comunicações sobre o país, como por exemplo no programa oficial da viagem do Papa Francisco à Terra Santa, em maio de 2014.

O Presidente palestino Mahmoud Abbas esteve duas vezes no Vaticano após a votação nas Nações Unidas e nestas ocasiões foi recebido e oficialmente tratado como “Presidente do Estado da Palestina”. Com este mesmo título ele foi calorosamente recebido no sábado (16/05) pelo Papa Francisco, antes de participar no domingo da canonização das duas santas palestinas, Mariam Baouardy e Marie-Alphonsine Ghattas, na Praça São Pedro. (JE)

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Presidente da Câmara italiana: política saiba ler mensagem do Papa

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Roma (RV) – A Presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, inicia na próxima quinta-feira uma viagem à Argentina, ao Chile e ao Brasil no âmbito do Ano da Itália na América Latina.

 

Rafael Belincanta conversou com a presidente. Ela adiantou que, em Buenos Aires o foco será no direito das mulheres, no Chile, a educação e no Brasil, as conquistas sociais e o marco civil da Internet – que Boldrini considera pioneiro e poderia inspirar uma lei italiana similar.

“Temos o objetivo de ter essa ‘Constituição para a Internet': os princípios e direitos de quem está na Internet. Porque não é verdade que tudo seja livre e gratuito. Quem está na Internet às vezes não sabe que os próprios dados são usados em benefício de quem, depois, fatura sobre eles. Assim como é inaceitável que a violência seja tão difundida em detrimento das pessoas mais vulneráveis”.

Política social

Em Brasília, a presidente manterá um encontro com a ministra do desenvolvimento social no contexto da saída do Brasil do mapa da fome das Nações Unidas. Boldrini quer aprofundar o conhecimento dos programas sociais que permitiram a saída de milhões de brasileiros da miséria como, por exemplo, o bolsa família:

“Acredito que seja um dos programas que tenha tido êxito extraordinário. Milhões de pessoas superaram a fome e a pobreza e este é um tema crucial. Penso que temos muito o que aprender com o bolsa família. O encontro com a ministra que ajudou a desenvolver este projeto vai nos ajudar a entender como ele pode ser adaptado para outras realidades”.

Safari na favela

Ao tomar conhecimento dos novos “Safaris” nas favelas do Rio de Janeiro, nos quais turistas sobem os morros em jeeps para fotografar e invadir a privacidade dos moradores, Boldrini disse que – com o histórico de trabalho pelos direitos humanos – “sabe que esse comportamento é contra-produtivo e prejudicial”.

“Nós vamos visitar projetos nas favelas. Falaremos com quem trabalha, com quem conduz estas atividades, os beneficiários destes projetos para saber dos resultados que alcançaram”, explicou.

Papa Francisco

Na Argentina, Boldrini deverá participar de uma missa de ação de graças pela beatificação de Dom Oscar Romero, no sábado, na basílica que deu ao mundo o Papa Francisco. Ela fala porque o magistério do Papa deve ser aplicado na política.

“Papa Bergoglio está recolocando no centro das atenções de todos os potentes da Terra exigências de justiça social. Ele leva adiante uma batalha contra a corrupção, volta à atenção para a solidariedade e luta contra a ‘globalização da indiferença’. Acredito que, por todos estes motivos, a ação do Papa Francisco seja importante. Espero que a política saiba ler a mensagem que existe nesta sua obra porque estes temas são políticos. É importante que a política saiba redimir-se sobre estes temas e seja capaz de dar mais respostas às necessidades das pessoas”.

(RB)

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Campanha "Não toquem em meu Papa!" defende estátua de JPII

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Paris (RV) - A polêmica envolvendo a remoção da cruz colocada sobre a estátua de São João Paulo II em uma praça da cidadezinha de Ploërmel, na Bretanha, não terminou com a ordem emitida pelo Tribunal Administrativo de Rennes (norte da França). Uma associação lançou uma campanha de coleta de assinaturas para que a imagem seja mantida no local, com a cruz sobre ela.

Cruz fere separação Estado - Igreja

Tudo começou quando o grupo trotskista Federação de Livre Pensamento de Morbihan entrou com uma ação, alegando que a presença da cruz sobre a estátua fere uma lei de 1905 que prevê a separação Estado-Igreja. Segundo a normativa, símbolos religiosos são permitidos somente em locais de culto, cemitérios e museus, sendo proibida sua presença em monumentos ou em qualquer espaço público.

Não obstante o grupo considere o Papa Wojtyla um personagem histórico e político, pediram para eliminar a cruz e o arco que rodeia a estátua, alegando que são símbolos religiosos ostensivos. Os membros do Tribunal aprovaram a supressão da cruz, que se não realizada num espaço de seis meses, toda a imagem deveria ser removida.

A estátua foi construída em 2006 em uma praça de Ploërmel, a pedido do então Prefeito Paul Anselin. A obra em bronze é de autoria do escultor russo Zourab Tsereteli. Sobre ela foi colocado um arco e uma cruz.

Leigos atrasados

O atual Prefeito,  Patrick Le Diffon, declarou ao diário francês Breizh-info, que a cruz é parte do trabalho do escultor e que ele, apelando à lei de propriedade intelectual, se oporia a qualquer alteração, pois considera o arco e a estátua como um conjunto. “Se a cruz não pode ser separada da estátua, todo o monumento terá que ser removido”, alertou.

Tanto o atual como o antigo prefeito são contra a ordem emitida pelo Tribunal: "Temos diante de nossos olhos leigos atrasados! A estátua de João Paulo II é uma homenagem a quem derrotou o comunismo, é um gigante da história. Ao invés de nos atacar, estas pessoas deveriam ser mais tolerantes e abertas. Existem muitas cruzes nos monumentos de guerra por toda a França e ninguém pensa em eliminá-las", observou o ex-Prefeito Pablo Anselin.

Para alguns moradores da cidade, a retirada da cruz apenas alimentaria a cristianofobia vivida na França, onde recentemente foram profanados túmulos em Castres, roubado o Santíssimo em Ars e além de tentativas de atentados contra igrejas em Paris.

Logo após a canonização do "Papa Peregrino" em abril de 2014, o Conselho Municipal decidiu rebatizar a Praça de João Paulo II como Praça de São João Paulo II.

Prefeito húngaro oferece cidade para acolger estátua

Em resposta à medida do Tribunal de Rennes, o Prefeito da cidade húngara de Tata, Jozsef Michl, propôs a Le Diffon que o monumento seja levado para a sua cidade. "Se a França, o país da liberdade não quer a estátua, nós ficaríamos muito contentes em tê-la aqui em nossa cidade", declarou à imprensa francesa. "É indignante que isto possa ocorrer em pleno século XXI", lamentou Jozsef Michl.

Campanha "Não toquem em meu Papa"

Uma associação de cidadãos franceses lançou uma campanha para coleta de assinaturas intitulada "Não toquem em meu Papa!" (Touche pas à mon pape!). O grupo quer formar uma rede para defender este patrimônio. "Se hoje o governo elimina a estátua de um Papa, amanhã o governo vai querer destruir as cruzes!", escrevem em um site. "É nosso dever preservar sua memória. Não somente de nosso passado mas também tem que proteger nosso futuro, em vista de tantas perseguições que existem no planeta contra a religião católica", observam os organizadores da campanha. (JE)

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