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Sumario del 21/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: que o espírito de guerra não se insinue entre os cristãos

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Cidade do Vaticano (RV) – Os cristãos de hoje são chamados a pedir a graça da unidade e a lutar para que entre eles não se insinue o “espírito de divisão, de guerra e de ciúmes”. Esta foi a reflexão que o Papa fez na Missa celebrada esta manhã (21/05) na Casa Santa Marta.

Francisco se imergiu na atmosfera do Cenáculo e na densidade das palavras que Cristo pronunciou e confiou aos Apóstolos antes de entregar-se à Paixão, propostas pela liturgia.

Jesus manifesta “a grande oração” de que a Igreja seja unida, que os cristãos “sejam uma só coisa”, como Jesus o é com o seu Pai. Mas Cristo manifesta também “a grande tentação”, que não cedam ao outro “pai”, ao da “mentira” e da “divisão”.

O preço da unidade

É consolador, observou Francisco, ouvir Jesus dizer ao Pai que não quer rezar somente pelos seus discípulos, mas também por aqueles que acreditarão n'Ele “mediante a sua palavra”. Uma frase ouvida tantas vezes, para a qual o Pontífice pediu uma atenção suplementar:

“Talvez nós não sejamos suficientemente atentos a essas palavras: Jesus rezou por mim! Isso é propriamente fonte de confiança: Ele reza por mim, rezou por mim... Eu imagino – mas é uma figura – como está Jesus diante do Pai, no Céu. É assim: reza por nós, reza por mim. E o que vê o Pai? As chagas, o preço. O preço que pagou por nós. Jesus rezou por mim com as suas chagas, com o seu coração ferido e continuará a fazê-lo.

As faces da divisão

Jesus reza “pela unidade do seu povo, pela Igreja”. Mas Jesus “sabe - afirma Francisco - que o espírito do mundo” é “um espírito de divisão, de guerra, de invejas, ciúmes, também nas famílias, nas famílias religiosas, também nas dioceses, também na Igreja toda: é a grande tentação”. E isso leva, disse, a fofocas, a etiquetar a rotular as pessoas. Todas atitudes, indica o Papa, que esta oração pede para banir:

“Devemos ser um, uma só coisa, como Jesus e o Pai são uma só coisa. Este é precisamente o desafio de todos nós cristãos: não dar lugar à divisão entre nós, não deixar que o espírito da divisão, o pai da mentira entre em nós. Procurar sempre a unidade. Cada um é como é, mas procura viver em unidade. Jesus perdoou você? Perdoa todos. Jesus reza para que nós sejamos um, uma só coisa. E a Igreja tem grande necessidade desta oração de unidade”.

Unidade é graça não “cola”

Não existe, brinca Francisco, uma igreja mantida unida pela “cola”, porque a unidade que pede Jesus “é uma graça de Deus” e “uma luta” sobre a terra. “Devemos dar espaço ao Espírito - conclui Francisco – para que nos transforme, como o Pai está no Filho, em uma só coisa”:

“E outro conselho que Jesus deu nestes dias de despedida é permanecer n’Ele: ‘Permanecei em mim’ '. Ele pede esta graça, que todos nós permaneçamos n'Ele. E aqui nos indica por que, e diz claramente: ‘Pai, eu quero que aqueles que me destes, também eles estejam comigo onde eu estou’. Isto é, que eles permaneçam lá, comigo. O permanecer em Jesus, neste mundo, termina no permanecer com Ele “para que contemplem a minha glória’”. (BF-SP)

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Sair de si rumo ao próximo: a missão da polícia segundo o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu na manhã desta quinta-feira (21/05) cerca de 600 familiares de policiais feridos ou mortos em serviço.

Em seu discurso, Francisco definiu a profissão policial como uma “missão autêntica”, que comporta o acolhimento e a aplicação de atitudes e valores de relevância especial para a vida civil, como a disciplina, a disponibilidade ao sacrifício, o combate à criminalidade organizada e ao terrorismo.

“Quem assume a seriedade e o empenho do próprio trabalho e o coloca à disposição da comunidade, especialmente de quem está em perigo ou se encontra em situações de grave dificuldade, ‘sai’ rumo ao próximo e o serve. Agindo deste modo, realiza a própria vida, inclusive na eventualidade de perdê-la, como fez Jesus morrendo na cruz.”

Somente contemplando o Crucificado, acrescentou, podemos encontrar a força do perdão, conscientes de que cada sacrifício encontrará Nele resgate e redenção.

De modo especial, o Papa louvou  a contribuição decisiva que a polícia italiana tem dado nos últimos anos em administrar o impacto do fluxo de imigrantes que chegam à Itália, em busca de refúgio de guerras e perseguições. “Vocês estão ‘na linha de frente’ seja no acolhimento inicial dos migrantes, seja na obra de combate dos traficantes sem escrúpulos”, disse Francisco.

“Queridos irmãos e irmãs, sejam corajosos em seu trabalho e continuem a servir o Estado e todo cidadão e pessoa em perigo. Ao defender os fracos e a legalidade, encontrarão o sentido mais verdadeiro de seu serviço e serão um exemplo para o país”, encorajou por fim o Pontífice. 

(BF)

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Francisco: "Convivência pacífica e justiça na Argentina"

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Buenos Aires (RV) – O Papa Francisco enviou quarta-feira (20/05) uma mensagem de saudação à Presidente argentina, Cristina Fernández Kirchner, pelo aniversário da Revolução de Maio, evento histórico que em 25 de maio de 1810 marcou o início do processo que culminou com a declaração de independência da Argentina, em 1816.

Na carta, que chegou à Presidência por meio da Nunciatura Apostólica em Buenos Aires, Francisco também afirma rezar pela sorte de seu país natal:

“No dia em que a Argentina celebra a Festa Nacional, manifesto à Vossa Excelência minhas saudações, que acompanho com orações ao Senhor para que outorgue a todos os argentinos abundantes graças e lhes doe uma pacífica convivência e uma crescente prosperidade na justiça e na solidariedade”, escreveu o Pontífice. 

Kirchner se encontrará pela quinta e presumivelmente última vez como Chefe de Estado com o Papa Francisco no próximo dia 7 de junho.

A mandatária argentina será recebida por Francisco em um encontro de carácter protocolar, que terá lugar a um mês do início oficial da campanha para as eleições primárias que determinarão os candidatos para as presidenciais de outubro. 

O Papa Francisco já manifestou várias vezes a sua preocupação com a atualidade em seu país e a sua intenção de se manter neutro entre as diferentes forças políticas argentinas. 

A última visita oficial da Presidente foi em 20 de setembro de 2014, quando ambos almoçaram juntos na residência papal, na Casa Santa Marta. 

Fernández Kirchner deixará o cargo em 10 de dezembro próximo, como estabelece a Constituição argentina, ao completar o seu segundo mandato consecutivo.  

(CM)

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As Mulheres e a agenda para o desenvolvimento pós-2015

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Cidade do Vaticano (RV) – "Mulheres rumo à agenda para o desenvolvimento pós-2015: quais desafios dos objetivos de desenvolvimento sustentável?”, será o tema da II Conferência Internacional sobre as mulheres, organizada pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, juntamente com a União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC) e a Aliança Mundial das Mulheres pela Vida e a Família (WWALF). O evento, que terá início esta sexta-feira (22/05) em Roma e se estenderá até domingo no ‘The Church Village’, foi apresentado esta manhã na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo Cardeal Peter Turkson, Presidente do dicastério Vaticano, e por Olimpia Tarzia e Maria Giovanna Ruggeri, Presidentes das duas associações femininas promotoras do encontro.

Este será um ano crucial para a comunidade internacional, pois em setembro será aprovada pela Assembleia da ONU a Agenda para o desenvolvimento sustentável pós-2015, que renovará os Objetivos do Milênio para os próximos 15 anos. Serão dezessete novos objetivos que terão relevantes implicações para as mulheres, sublinhou o Cardeal Turkson:

"Embora, sem dúvida, tenham sido realizados progressos significativos em favor da causa das mulheres em muitos países, especialmente nas áreas de educação, da representação política e da participação econômica, ainda resta muito a ser feito".

Serão mais de cem os participantes da Conferência, de todos os continentes, mais mulheres do que homens, vindos de contextos culturais e sociais diferentes, para debater questões femininas atuais. Se falará, entre outros, de modernidade e de teoria de ‘gênero’, da substituição da maternidade, de educação e de direitos, de aliança com o homem, de diálogo inter-religioso, de antigas e novas formas de escravidão, de pobreza, de violência e de feminicídio.

Além de traçar um panorama das problemáticas mais urgentes para as mulheres e ser um espaço de denúncia, a conferência quer ir mais além, como explica o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz:

"Tem também como objetivo, e ousaria dizer, sobretudo oferecer uma contribuição que possa ser útil, nomeadamente no âmbito das negociações em andamento para a nova agenda do desenvolvimento pós-2015".

Daqui a importância de que as mulheres católicas façam ouvir a sua voz no seio da comunidade internacional, exortou o purpurado. Mas não é fácil fazer-se ouvir, lamentou Olimpia Tarzia, em nome da Aliança Mundial das Mulheres – não somente católicas – pela Vida e a Família, presente em 50 países:

“São temas fundamentais, não somente para nós mulheres, mas para a Igreja e para toda a sociedade, como a defesa da vida desde a concepção até a morte natural, como primeiro direito humano e a defesa da família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, como sujeito social, civil, jurídico, educacional e econômico e único, verdadeiro baluarte do patrimônio social: questões as quais não encontramos nenhum vestígio nos 17 objetivos que a ONU propõe para o novo milênio”.

No mesmo sentido, Maria Giovanna Ruggeri, pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas– fundada em 1910 e hoje com 5 milhões de inscritas – evidencia os desafios:

“Nós queremos trabalhar com tantos homens e mulheres de boa vontade para percorrer os caminhos de solidariedade e de fraternidade, para aprender a perceber os rostos, sobretudo dos mais pobres, em quem, como fieis, poder ver a face do Senhor”. (JE)

 

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Card. Sandri: vi cristãos sofridos no Iraque, mas cheios de fé

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Cidade do Vaticano (RV) - A condição dos cristãos nas áreas de conflito no Oriente Médio é sempre grave, em meio a uma situação de grandes dificuldades para as minorias, quer no Iraque, quer na Síria.

Fontes locais na Síria anunciam que o autodenominado Estado Islâmico (EI) impôs o toque de recolher em Palmira, cidade sede de um antigo sítio arqueológico patrimônio da Unesco, sob controle dos milicianos do EI, que já controlam 50% do país. No Iraque, onde a situação é cada vez mais complicada, registra-se a queda de Ramadi.

Sobre a situação dos cristãos no País do Golfo, a Rádio Vaticano entrevistou o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, que esteve recentemente em missão no Iraque:

Cardeal Leonardo Sandri:- “Foi para mim uma viagem realmente muito significativa, porque pude me aproximar da realidade da Igreja Católica no Iraque e da realidade de muitos cristãos e, sobretudo, de alguns bispos das outras Igrejas que vivem e que atuam ali, e pude levar uma palavra de proximidade e de encorajamento. Apesar de tudo aquilo que está acontecendo, não se pode deixar a esperança morrer: é preciso mantê-la sempre viva.”

RV: O senhor encontrou também muitos refugiados...

Cardeal Leonardo Sandri:- “Visitei muitas casas com refugiados e pude não somente levar uma palavra de conforto, mas, sobretudo, aprender deles, ver como eles – apesar de tantos sofrimentos – conservam a serenidade e a paz: vivem em condições precárias e em condições muito elementares, mas cheios de fé e de esperança. Ver certos católicos, cristãos, sírio-católicos deslocados de Qaraqosh de Mosul que vivem com suas famílias, com dignidade, com pobreza, com austeridade, é verdadeiramente um exemplo para todos nós.”

RV: O que essas pessoas pediam ao senhor como primeira coisa?

Cardeal Leonardo Sandri:- “A vida delas era uma palavra, um pedido de ajuda, de solidariedade por parte do mundo inteiro e, em particular, do mundo católico.” (RL)

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As iniciativas ecumências do Coral da Capela Sistina

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Cidade do Vaticano (RV) – Desde 2012, a Capela Musical Pontifícia Sistina desenvolve um projeto de encontro ecumênico por meio da música. Já foram feitas parcerias com os Corais de Westminster Abbey – na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, em 2012 -, o ThomanerChor de Lipsia, em 2013 e o Coro do Patriarcado Ortodoxo de Moscou, em 2014. Neste ano, será a vez do Coral Anglicano do New College de Oxford a enriquecer a liturgia na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.

Antes disto, os dois Corais darão um Concerto na Capela Sistina no sábado, 27 de junho, às 18 horas, para os Superiores da Cúria Romana e para os Responsáveis pelas Embaixadas junto à Santa Sé. No repertório, músicas de Tallis, Palestrina, Gibbons, Purcell e Parry.

No dia 29, por sua vez, os dois corais cantarão a Celebração Eucarística pela Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro. A direção para estes dois eventos será dividida entre o Maestro do Coral do New College de Oxford, Robert Quinney, e o Maestro da Capela Musical Pontifícia Sistina, Massimo Palombella.

Já em 28 de maio, a Capela Musical Pontifica Sistina irá à Oxford para ensaiar com o Coral do News College. Já no dia 30 de maio, às 17 horas, em Londres, o coral vaticano irá se unir ao Coral da Abadia de Westminster – a convite do organista e Maestro de coro, James O'Donnell – para cantar o Ofício anglicano do Choral Evensong para o ‘First Evening of Trinity Sunday’. No dia seguinte, na Abadia de Westminster, às 18 horas, o Coral Sistina dará um concerto de música escrita para as celebrações papais, que celebra o grande compositor da Capela Sistina, Giovanni Pierluigi da Palestrina

O sério e honesto debate cultural leva necessariamente à busca das fontes comuns. Tal processo constitui uma sólida plataforma onde se pode realizar o diálogo ecumênico no respeito pela diversidade e juntos na concreta apropriação de instâncias de identidade que pertencem a ambas as tradições. Assim, cantar juntos o patrimônio comum para maior glória de Deus é o sinal tangível de uma vontade de caminhar juntos buscando antecipar na história a desejada unidade. (JE)

 

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Igreja na América Latina



Mensagem do CELAM louva criação da REPAM

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Santo Domingo (RV) - Durante a 35ª Assembleia Geral do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), realizada de 12 a 15 de maio, em Santo Domingo, República Dominicana, foi divulgada a mensagem final, assinada pelo Arcebispo de Bogotá e novo Presidente do Celam, Cardeal Rubén Salazar Gómez. 

O texto é dirigido aos bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados (as), leigos (as) da América Latina e Caribe. Entre os assuntos abordados na mensagem, está a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), criada “para responder de maneira eficaz e orgânica aos desafios da Amazônia”. Leia, na íntegra, a mensagem: 

Santo Domingo (República Dominicana), 12 a 15 de maio de 2015

Reunidos para celebrar a XXXV Assembleia Geral Ordinária do Conselho Episcopal Latino-americano CELAM, na cidade de Santo Domingo, nos dias 12 a 15 de maio de 2015, enviamos-lhes nossa saudação com a alegria que brota da Palavra da Vida que se manifestou a nós (Cf. 1Jo 1, 1).

A comemoração dos 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, dos 60 anos de existência do CELAM, a próxima beatificação de Dom Oscar Arnulfo Romero e dos três presbíteros missionários que deram sua vida como mártires na América Latina: Michele Tomaszek, Zbigneo Strzalkowski y Alessandro Dordi; assim como a expectativa da próxima visita do Papa Francisco ao nosso continente, constituem o contexto propício para assumir, com gratidão e esperança, os novos desafios que se apresentam às nossas Igrejas Particulares.

A experiência fraterna vivida durante esses dias nos permitiu, como discípulos-pastores, compartilhar a mesma fé e o mesmo sentimento, no firme compromisso de anunciar a Jesus Cristo vivo e misericordioso. Assim o apresenta a nossa caminhada eclesial dos últimos quatro anos e assim o testemunhamos com a disponibilidade para servir em comunhão.

Nosso coração acolheu a Palavra de Deus, e celebramos a Eucaristia, como fontes que animam toda nossa reflexão pastoral sobre a realidade e nos permitem discernir e agir em sintonia com o Plano de Deus. Recebemos essa Palavra numa nova tradução do CELAM: o Novo Testamento da “Bíblia da Igreja na América” (BIA).

Ela ressoou com força e audácia, para recordarmos a urgência de animar a cultura do encontro, que evidencie a presença encarnada de Deus que é Mistério de comunhão (cf. Evangelii Gaudium 220). Essa mesma Palavra nos consola e nos faz dizer-lhes que não estão sozinhos, que caminhamos como pastores com vocês, compartilhando suas alegrias e tristezas.

Agradecemos o serviço da presidência e equipe de direção do quadriênio 2011-2015, e, com o mesmo espírito, elegemos alguns dos nossos irmãos bispos para que, com generosidade e intrepidez, assumam a tarefa de dirigir o CELAM, anunciando o Evangelho e vivendo em comunhão eclesial, durante os próximos quatro anos, 2015-2019.

Nestes dias, sentindo a fé e a oração solidária de nossas irmãs e irmãos latino-americanos e caribenhos, identificamos os grandes desafios que interpelam nosso peregrinar e os propusemos como tarefa do CELAM no novo período que se inicia. Em particular, continuaremos apoiando, com renovado esforço, a Missão Continental, e continuaremos convidando todas as Igrejas Particulares a viver uma autêntica “conversão missionária” (cf. EG 30). À luz do Concílio Vaticano II, de Aparecida e do Magistério do primeiro Papa latino-americano, queremos ser, cada vez mais, uma Igreja que, como Povo de Deus, seja missionária, misericordiosa e samaritana (cf. EG 114). Uma Igreja chamada a ser um “hospital de campanha” que acolhe e serve a todos os que a sociedade descarta e rejeita (cf. EG 195). Uma “Igreja em saída”, centrada em Cristo e descentralizada, para ir ao encontro das periferias.

Uma Igreja fiel à sua missão que colabora com as pessoas de boa vontade na construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Expressando de forma concreta esta colaboração, acolhemos e respaldamos com esperança a criação da Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), para responder de maneira eficaz e orgânica aos desafios da Amazônia, “fonte de vida no coração da Igreja”. Isso nos anima a “criar consciência nas Américas sobre a importância da Amazônia para toda a humanidade” (DAp 475) e a assumir juntos a responsabilidade pela missão eclesial nessa região.

Convidamos a todos para fortalecer nosso sentido de pertença ao CELAM e a valorizar ainda mais sua identidade e missão. Reconhecemos nele um verdadeiro dom de Deus e um patrimônio eclesial. A melhor maneira de agradecer por esses 60 anos de caminho é acolher o serviço de comunhão que ele promove, o magistério que oferece e as experiências pastorais que impulsiona.

Mantenhamo-nos na fecunda experiência missionária que foi suscitada pela V Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho de Aparecida. Renovemos nosso empenho para levar os outros ao encontro com Jesus Cristo e acompanhemos esses processos discipulares portadores de esperança para a sociedade.

Em cada um de nossos países, a Virgem Maria acompanha e sustenta os discípulos missionários de Jesus. A Nossa Senhora de Altagracia, mãe do povo dominicano, entregamos com gratidão a vida da Igreja que nos acolheu nesses dias com tanta generosidade, e a ela confiamos também o futuro de nossas comunidades para que sejam, à semelhança dela, bem-aventuradas porque creram (cf. Lc 1, 45).
Santo Domingo, 15 de maio de 2015.

Cardeal Rubén Salazar Gómez
Arcebispo de Bogotá, Colômbia
Presidente

(CM-CNBB)

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Arcebispo de Assunção pede país limpo aos políticos do Paraguai

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Assunção (RV) - “Colocar um freio na corrupção, no abuso de poder e na violência no país.” Foi o convite feito pelo arcebispo de Assunção, Dom Edmundo Ponziano Valenzuela Mellid, aos expoentes políticos do Paraguai a fim de criar um clima de pacificação social em vista da próxima visita do Papa Francisco.

Reiterando quanto afirmado recentemente pela Conferência episcopal acerca dos desafios que o país deve enfrentar, Dom Valenzuela Mellid evocou com veemência o empenho contra todo e qualquer comportamento que favoreça à corrupção, ao furto e à violência.

“Paremos. A Igreja quer um país limpo – disse –, um Paraguai feito de famílias, onde as pessoas são respeitadas e tuteladas; a vida e as famílias devem ser reconhecidas como tais garantindo-lhes todo direito.”

O prelado não usa meios termos ao ressaltar que “a Igreja quer um desenvolvimento global para todas as pessoas e rejeita firmemente toda e qualquer forma de corrupção. Toda a população, cristã e não cristã, é concorde em denunciar os episódios de injustiça, violência, roubos e agressões.” Infelizmente, todos esses fenômenos existem”, observa.

“Por isso, devemos difundir uma atitude de proximidade às famílias, para a proteção, promoção e segurança delas. Somente então poderemos dizer que estamos trabalhando em prol do bem comum.”

O arcebispo de Assunção reitera ter chegado o momento de acabar com todo e qualquer abuso. Também a Conferência episcopal é chamada a alimentar um clima de confiança recíproca no país, assegurando a unidade de todos os paraguaios.

Há também sinais positivos: “estão sendo lançadas as bases para a realização de um país limpo”, disse ainda o prelado. Nessa ótica, seria positiva também a promoção, o quanto antes, “de uma consulta nacional” em que os valores da moral e da pessoa sejam colocados no centro do necessário diálogo entre as instituições.

“Todos devem ser responsáveis na tarefa de combater a difusão de falsos valores, diante da corrupção galopante e de suas consequências”, conclui o arcebispo. (RL)

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Igreja no Mundo



O 'dever moral' de acolher os rohingyas. Malásia dá abrigo

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Manilha (RV) – Poucas horas depois que o governo ofereceu a disponibilidade para acolher os milhares de ‘boat-people’ que foram rechaçados nas últimas semanas por países do sudeste asiático, a Conferência Episcopal filipina declarou que é um “dever moral” proteger estas pessoas de todo risco.

Em comunicado, o Arcebispo de Lingayen-Dagupan e Presidente da Conferência Episcopal, Dom Socrates Villegas, pediu abertura para acolher os refugiados que estão à deriva em mar aberto.

Legalidade e moralidade

“É verdade que as Filipinas e outros países não têm o compromisso legal de garantir asilo a refugiados ou fugitivos, mas existe a obrigação moral de protegê-los dos perigos de que fogem”.

Reconhecendo que os recursos do países não permitiriam assistência ilimitada, Dom Villegas louvou o seu governo pela disponibilidade e solicitou os outros países da área (principalmente os muçulmanos) a seguirem o seu exemplo “em nome da comum humanidade e do mesmo Pai que reconhecemos”.

Decisão da Malásia

Entretanto, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, ordenou quinta-feira (21/05) que a Marinha e o serviço de Guarda Costeira do país recuperem todos os imigrantes ilegais bengaleses e rohingyas que estão à deriva em seus mares territoriais.

“Ordenei à Marinha Real da Malásia e à Agência Malaia de Segurança Marítima que realizem operações para buscar e resgatar as embarcações de rohingyas. Temos que evitar mais mortes", escreveu o Chefe de governo no Facebook.

Essa decisão acontece depois que Indonésia e Malásia concordaram quarta-feira (20/05) em acolher temporariamente todos os bengaleses e rohingyas que se encontram à deriva em embarcações na região, se a comunidade internacional se comprometer a alocá-los em outros países ou repatriá-los no prazo de um ano.

A Tailândia, outro país envolvido na crise gerada pela imigração ilegal no Sudeste Asiático desde que lançou uma operação contra os grupos de traficantes de pessoas, também participou da reunião de ontem, mas não firmou nenhum compromisso.

Em alto mar

Calcula-se que entre 6 e 8 mil imigrantes ilegais se encontram à deriva em embarcações na região, segundo dados das agências da ONU.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), cerca de 25 mil pessoas zarparam em embarcações de Bangladesh e Mianmar, durante o primeiro trimestre de 2015, o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado.

Desde o dia 10 de maio, em torno de 3 mil bengaleses e birmaneses, grande parte deles da etnia rohingya, desembarcaram na Indonésia e na Malásia.

A primeira reação de Indonésia, Malásia e Tailândia foi evitar o desembarque dessas pessoas em seu território e várias embarcações foram escoltadas para águas internacionais, algumas sob a mira de canhões, segundo relatos de imigrantes.

Os rohingyas são uma minoria muçulmana sem cidadania reconhecida em Mianmar e Bangladesh, seus países de residência.

(CM-Agências)

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Bispos salesianos se reúnem em Turim

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Turim (RV) – Os Bispos salesianos de todo o mundo se reúnem a partir desta quinta-feira (21/05), em Turim, no âmbito das celebrações pelo Bicentenário de nascimento de Dom Bosco.

O ápice das comemorações será em 16 de agosto, dia em que nasceu o fundador da família salesiana.

Do encontro dos Bispos, participa Dom Décio Zandonade, emérito da Diocese de Colaltina (ES). Em entrevista ao Programa Brasileiro, ele fala da programação do evento e do principal desafio na evangelização dos jovens brasileiros:

 

(BF)

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Iêmen: igreja Católica atingida por bombardeio

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Aden (RV) - A igreja da Imaculada Conceição de Aden, no Iêmen, atingida no último dia 11 de maio por um bombardeio das forças áreas da Arábia Saudita contra as posições dos rebeldes Houthi, sofreu graves danos, mas não foi completamente destruída. É o que referem fontes locais contatadas pela agência Fides. A igreja foi ocupada pelos rebeldes Houthi no início de maio. O interior do templo foi destruído e o bombardeio saudita de 11 de maio danificaram gravemente o teto e as paredes.

A igreja da Imaculada em Aden recuperada como lugar de culto

Construída em 1960, a igreja da Imaculada Conceição representa um dos três edifícios de culto a disposição dos católicos que vivem no Iêmen, em grande parte trabalhadores imigrantes provenientes da Índia. As três igrejas estão localizadas em bairros diferentes de Aden. A igreja da Imaculada fora utilizada de 1973 a 2011 como sede dos escritórios do Ministério da Cultura, para depois ser restaurada e recuperada como lugar de culto.

No país um só sacerdote católico e 20 religiosas de Madre Teresa

​No país da península arábica atingido pela guerra – destaca a agência Fides – permaneceu somente um dos quatro sacerdotes católicos indianos do serviço pastoral da comunidade católica local. Dois deles tiveram que deixar o país também sob indicação da Embaixada indiana. O quatro sacerdote se encontrava fora do país no momento da explosão do conflito, e está agora em Djibuti na expectativa de poder retornar. Por sua vez, permaneceram no Iêmen as 20 religiosas de Madre Teresa, que divididas em quatro comunidade prestam assistência a grupos de idosos, deficientes e enfermos. (SP)

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A JMJ Cracóvia 2016 abre espaço à mídia

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Cracóvia (RV) – Falta pouco mais de um ano para a Jornada Mundial da Juventude 2016, programada para se realizar em Cracóvia, de 26 a 31 de julho de 2016, mas o interesse da mídia já é muito grande. Neste sentido,  o Cardeal Stanislaw Dziwisz, Arcebispo Metropolita de Cracóvia e o Presidente da Agência  Católica de Informações Pololenas (Kai), Marcin Przeciszewski, assinaram uma carta de intenções sobre a colaboração recíproca no serviço de cobertura midiática, não somente da JMJ, mas também da fase preparatória.

Mostrar ao mundo a alegria dos jovens ao partilhar a fé

“As Jornadas Mundiais da Juventude oferecem a possibilidade de acentuar a presença da Igreja na mídia, para mostrar ao mundo como os jovens se alegram na própria fé”, lê-se na carta. O Coordenador Geral do Comitê Organizador da JMJ, Mons. Damian Muskus, afirma por sua vez que “desejamos conduzir o compromisso e o envolvimento das mídias leigas para o aprofundamento da consciência da Jornada, deste incrível encontro dos jovens que se reúnem com o Papa para experimentarem juntos a ele a alegria de partilhar a fé”.

Despertar na mídia um sentido de responsabilidade

“A experiência desta JMJ para os jovens de todo o mundo – explica Mons. Muskus – depende em grande parte de como será formulada a mensagem, quer no campo informativo, quer nas atividades de caráter pastoral e formativo”. “De fato, “todos vivemos em uma realidade marcada pela mídia e quem sabe a JMJ contribuirá a despertar nos jornalistas o sentido de responsabilidade que se espera deles”.

Um evento sem precedentes na Polônia

O Presidente da Kai, por sua vez, afirma que “nos organizaremos para obter um serviço de imprensa infalível a nível mundial, fornecendo estruturas adequadas nos diversos locais em que estará presente o Santo Padre e onde se reunirão os jovens”. “Defendemos que a JMJ é uma ocasião extraordinária para a Igreja na Polônia, mas também para todos os poloneses – continua – pois é um evento sem precedentes para o país”.

Primeira JMJ após a canonização de João Paulo II

Centralizada no lema “Bem-aventurados os misericordiosos, pois encontrarão misericórdia” (Mt 5,7), a JMJ de Cracóvia será precedida pelas “Jornadas Diocesanas”, que se realizarão de 20 a 25 de julho em diversos lugares da Polônia. O Papa Francisco é esperado de 28 a 30 de julho. A próxima JMJ será a primeira a ser celebrada, a nível mundial, após a canonização do Papa João Paulo II, idealizador da iniciativa em 1985. (JE)

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Alemanha: Declaração conjunta entre líderes religiosos sobre imigração

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Berlim (RV) - Em vista da “semana intercultural 2015”, prevista para o final do próximo mês de setembro, foi publicada uma “Declaração conjunta” assinada pelo Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Reinhard Marx, pelo Presidente do Conselho da Igreja evangélica na Alemanha, o Bispo Heinrich Bedford-Strohm, e pelo Presidente da Conferência dos Bispos ortodoxos na Alemanha, o Metropolita Augoustinos.

Para esta 40ª Semana intercultural, os representantes das Igrejas destacam o caminho realizado nas últimas quatro décadas pela Alemanha, que se tornou um país de imigração, revelando, porém, como parte da população apresente problemas com a diversidade social e cultural crescente. “Nos últimos meses, tivemos que assinalar como há ainda claras e disfarçadas formas de racismo, hoje na Alemanha”, lê-se no documento, enquanto é importante que se desenvolvam os contatos e os intercâmbios porque “cada encontro diminui o medo do desconhecido e facilita a mútua estima”.

Oposição da Igreja a toda forma de exclusão

A oposição a toda forma de exclusão é fundamental para as Igrejas: “A participação social permite a plena igualdade e é combustível para a integração”. Para os três líderes, trata-se de temas fundamentais e “após 40 anos, a semana intercultural e seus objetivos são mais do que atuais”.

Diante da dramática situação no Mar Mediterrâneo, o Cardeal Marx, o Bispo evangélico Bedford-Strohm e o Metropolita ortodoxo Augoustinos veem o surgir de um grande desafio para a sociedade alemã: “Não podemos permitir, continuando só olhando as pessoas que fogem dos problemas existenciais, da guerra, das violências e perseguições, que sejam expostas ao perigo de morrer afogadas – destacam os prelados – e é preciso encontrar outros caminhos de acesso à Europa, para que o Mediterrâneo não se torne o lugar onde o ocidente cristão deixe de existir”.

No documento se evidencia a necessidade de ampliar os esforços com um “novo programa de admissão e acolhida dos refugiados e das pessoas que pedem asilo, provenientes da Síria, do Iraque ou do Afeganistão”, facilitando o reencontro das famílias na Alemanha, onde vivem muitas comunidades vindas destes Países.

Olhar crítico

Um olhar profundamente crítico tem as Igrejas em relação do regulamento de Dublin sobre a acolhida dos refugiados nas fronteiras da União Europeia: servem “ideias novas, para dar a devida proteção na Europa, em lugar de empurrar as pessoas para frente e para traz”, escreveram os três líderes religiosos. A 40ª Semana intercultural alemã será aberta pelo Presidente federal Joachim Gauctzk no próximo dia 27 de setembro em Mainz. (SP)

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EL destroi fachada de igreja em Mosul

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Mosul (RV) – Os militantes do autoproclamado Estado Islâmico demoliram a fachada  externa de uma das mais antigas igrejas da cidade iraquiana de Mosul, adornada com uma grande cruz em relevo. A informação é do site de notícias iraquiano ‘Ankawa’, que publicou as fotos divulgadas pelos próprios jihadistas que mostram as várias etapas da destruição.

O templo dos cristãos sírio-ortodoxos – localizado no lado ocidental da cidade - é dedicado a Virgem Maria. Com o auxílio de pedaços de ferro, os milicianos extremistas destruíram toda a fachada, na qual estava uma cruz em relevo, entalhada por ocasião de uma restauração.

Desde que assumiu o controle de Mosul em junho do ano passado, o Estado Islâmico confiscou e destruiu grande parte do patrimônio artístico e religioso da cidade,  obrigando a população cristã e outras minorias étnico-religiosas a fugirem do local. (JE)

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Formação



Nova economia e mudanças climáticas: é posssível conciliar?

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Roma (RV) – “Há muitos anos, os homens e a Igreja entenderam que devem ser os custódios da Criação... mas os economistas e industriais demoraram um pouco mais!” – foi a consideração inicial feita na abertura do simpósio “Nova Economia e Mudanças Climáticas”, realizado na manhã de quarta-feira (20/05) na Universidade da Santa Cruz, em Roma.

Promovido pela Embaixada da Holanda junto à Santa Sé e pela própria Universidade, o encontro reuniu ainda dois cardeais: Donald Wuerl, Arcebispo de Washington, e Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. Também participaram da mesa o Presidente da multinacional Unilever, Paul Polman, e a ministra de negócios da Holanda, Liliane Ploumen. Cada um expôs o seu ponto de vista sobre o tema, em perspectiva da publicação, prevista para junho, da próxima Encíclica do Papa sobre a ecologia humana. 

Para o Cardeal Turkson, cujo Conselho participou da redação do documento, “o mundo da política e da economia e a Igreja devem caminhar juntos em busca do desenvolvimento sustentável do planeta. É preciso uma conversão ecológica integral e segundo o Papa, somos todos responsáveis por isso”. 

“Nossas vidas têm que ser sustentáveis e não serem apenas negócios e lucros. Tutelar o meio ambiente significa assegurar uma vida digna para todos, inclusive os pobres”. 

“Agir juntos” é a mesma fórmula apontada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, que em mensagem dirigida ao encontro, afirma que este é o imperativo ético urgente, diante do aquecimento global do planeta. 

A mensagem do Cardeal Parolin foi lida no Simpósio por Monsenhor Osvaldo Neves Almeida, oficial brasileiro há 23 anos na Secretaria de Estado. Ele falou ao Programa Brasileiro. Ouça aqui:

  
 

(CM)

 

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O Espírito Santo que veio em Pentecostes continua na Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, nesta edição concluímos a participação do arcebispo de Passo Fundo, Dom Antônio Carlos Altieri, SDB, com quem contamos estes dias neste espaço de formação e aprofundamento.

Na edição anterior, o arcebispo desta Igreja particular do Rio Grande do Sul nos evidenciou que o início de uma Conferência Episcopal, que foi a primeira do mundo, a criação da CNBB – fundada por Dom Hélder Câmara em 1951 -, antecedendo o Concílio, nos fez um pouco mais abertos, mais preparados e mais ágeis para nossa participação no Vaticano II e para a difusão das riquezas que ele trouxe. “Tivemos o privilégio de estarmos com o coração, o terreno mais adubado, mais preparado para essa semente linda que o Espírito Santo colocou”, enfatizou.

Prosseguindo, na edição de hoje Dom Altieri nos traz suas considerações finais evidenciando a ação do Espírito Santo, que conduz a Igreja: “O Espírito Santo que continua Pentecostes, que continua na Igreja com o Vaticano II, com os documentos que surgem, e com a figura do Papa, cada um deles, todos deram uma resposta que o Espírito Santo suscitou para aquele momento”. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima.

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Atualidades



Pesquisa aponta: Derrotar a fome não é utopia

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Milão (RV) – “Derrotar a fome no mundo é um objetivo alcançável. Devemos cumpri-lo e podemos fazê-lo”: disse o Cardeal hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, Presidente em fins de mandato da Caritas Internacional, apresentando uma pesquisa sobre a segurança alimentar aos 174 membros das Caritas nacionais reunidos na Expo de Milão para o Caritas Day. 

Dom Maradiaga entregou o estudo a seu sucessor, o recém-eleito Cardeal Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila, que se disse “contente que na Expo a nossa fé esteja representada pela motivação de servir a humanidade”. 

Segundo a pesquisa, embora ainda existam no mundo 805 milhões de pessoas sem alimento suficiente, nos últimos anos este número caiu em 40 milhões, o que confirma uma tendência que dura já há 20 anos. Isso demonstra que combater a fome no mundo não é utopia e o melhor modo para obter o resultado é ajudar os pequenos agricultores a se adaptarem às mudanças climáticas, uma das principais causas da desnutrição. 

A pesquisa envolveu 99 Caritas nacionais no mundo, que representam 83% da população global. 

As primeiras três causas da insegurança alimentar são a carência de recursos dos pequenos agricultores, a baixa produtividade agrícola e o impacto das mudanças climáticas. O estudo aponta que a medida mais importante para reduzir a fome, a desnutrição e a insegurança alimentar é melhorar a agricultura, ajudando diretamente os pequenos produtores. 

(CM)

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