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Sumario del 22/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: deixemo-nos olhar por Jesus para seguir seu caminho

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Cidade do Vaticano (RV) - Qual é hoje o olhar de Jesus sobre mim? O Papa desenvolveu sua homilia matutina desta sexta-feira (22/05), na Casa Santa Marta, comentando o diálogo entre Jesus e Pedro, narrado pelo Evangelho do dia.

Jesus ressuscitado prepara de comer para os seus discípulos e, depois da refeição, tem início um intenso diálogo entre Jesus e Pedro. Neste episódio, Francisco disse captar três olhares diferentes do Senhor sobre o Apóstolo: o olhar da eleição, do arrependimento e, por fim, da missão

O entusiasmo

No início do Evangelho de João, o irmão André vai até seu irmão e lhe diz: “Encontramos o Messias!”, há um olhar de entusiasmo. Jesus fixa o seu olhar sobre ele diz: “Tu és Simão, o filho de João. Chamar-te-ás Cefas”: “É o primeiro olhar, da missão”. Há, portanto, o “primeiro olhar: a vocação e um primeiro anúncio da missão”. “E como está a alma de Pedro neste primeiro olhar? – perguntou o Pontífice - Entusiasta. A primeira etapa de partir com o Senhor”.

O arrependimento

A seguir, o Papa dirigiu seu olhar para a noite dramática da Quinta-feira Santa, quando Pedro renega Jesus três vezes: “Perdeu tudo. Perdeu o seu amor” e quando o Senhor cruza o seu olhar, chora.

“O Evangelho de Lucas diz: ‘E Pedro chorou amargamente’. Aquele entusiasmo de seguir Jesus se tornou choro, porque ele pecou: ele renegou Jesus. Aquele olhar muda o coração de Pedro, mais do que antes. A primeira mudança é a troca de nome e também de vocação. Este segundo olhar é um olhar que transforma o coração e é uma mudança de conversão ao amor”.

Depois, acrescentou Francisco, há o olhar do encontro depois da Ressurreição. “Sabemos que Jesus encontrou Pedro, diz o Evangelho, mas – observou o Papa – não sabemos o que foi dito”.

O terceiro olhar, a missão

O olhar do Evangelho de hoje, afirmou, “é um terceiro olhar: o olhar é a confirmação da missão, mas também o olhar no qual Jesus” pede confirmação sobre o amor de Pedro. E bem 3 vezes o Senhor pede a Pedro a “manifestação do seu amor” e exorta-o a apascentar suas ovelhas. Na terceira pergunta Pedro “ficou triste, quase chora”:

“Entristecido porque pela terceira vez lhe perguntava ‘Você me ama?’”. E ele diz: ‘Mas, Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que eu te amo’. Jesus respondeu-lhe: ‘Apascenta as minhas ovelhas’. Este é o terceiro olhar, o olhar da missão. O primeiro, o olhar da eleição, com o entusiasmo de seguir Jesus; o segundo, o olhar de arrependimento no momento daquele pecado tão grave de ter negado Jesus; o terceiro olhar é o olhar da missão: ‘Apascenta as minhas ovelhas’; 'Cuide das minhas ovelhas'; ‘Apascenta as minhas ovelhas’.

Deixemo-nos olhar por Jesus

Mas, disse o Papa, “não termina aí”. “Jesus vai mais além e diz a Pedro: “Você faz tudo isso por amor, e depois? Você vai ser coroado rei? Não”. Jesus diz a Pedro que também ele deverá segui-lo no caminho da Cruz:

“Também nós podemos pensar: qual é hoje o olhar de Jesus sobre mim? Como Jesus olha para mim? Com uma chamada? Com um perdão? Com uma missão? Mas, no caminho que Ele fez todos nós estamos sob o olhar de Jesus. Ele sempre olha para nós com amor. Ele nos pede algo, nos perdoa algo e nos dá uma missão. Agora Jesus está sobre o altar. Cada um de nós pense: 'Senhor, Tu estás aqui, entre nós. Fixa o Teu olhar em mim e me diga o que devo fazer; como devo chorar os meus erros, os meus pecados; com qual coragem devo continuar no caminho que Tu fizeste por primeiro”.

Neste dia, concluiu o Papa Francisco, nos fará bem reler este diálogo com o Senhor e pensar “no olhar de Jesus sobre mim”. (BF-SP)

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Padre encontrará seu velho amigo Padre Paquito no Equador

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Quito (RV) – O Papa Francisco vai encontrar-se, em Guayaquil, Equador, com seu velho amigo, Padre Paquito, jesuíta de mais de 90 anos.

O Presidente do Episcopado equatoriano (CEE), Dom Fausto Trávez, afirmou, em coletiva de imprensa, que Jorge Mario Bergoglio e o Padre Paquito se conhecem desde quando o atual Papa era Provincial dos Jesuítas na Argentina.

Padre Francisco Cortes, mais conhecido como “Padre Paquito”, foi, por muitos anos, diretor espiritual do Colégio Javier, que o Pontífice visitará dia 6 de julho próximo, quando da sua Viagem Apostólico ao Equadro.

Padre Paquito conhece Bergoglio desde 1980, quando o então Provincial dos Jesuítas ali estivera por duas vezes naquela década.

O idoso sacerdote espanhol, que comemorará seus 91 anos, em 10 de julho próximo, ao lado do atual Papa, chegou ao Colégio Jesuíta de Guayaquil há mais de 50 anos.

No início de 1980, em Guayaquil, havia uma simples Casa de Jesuítas, de apenas doze quartos, onde Jorge Mario Bergoglio passou três dias. Como Provincial da Companhia de Jesus, escolheu aquele lugar como Casa de Formação dos jovens jesuítas, entre os outros colégios do Equador.

Em sua segunda visita ao atual Colégio Javier, Bergoglio levou consigo dois primeiros jovens argentinos. Padre Paquito se encontrou com Bergoglio, pela terceira vez, quando estes dois jovens jesuítas receberam a ordenação sacerdotal, alguns anos mais tarde, em Buenos Aires.

Durante a sua permanência em terras argentinas, o atual Pontífice sempre esteve ao lado do Padre Paquito, vigilava pelo sem bem estar, e, no dia da sua partida para Guayaqui, o então Professor Bergoglio faltou a duas lições para acompanhar seu amigo ao aeroporto, com o carro do colégio.

Satisfeito, Padre Paquito, que havia formado numerosos jovens estudantes, no Colégio Javier, regressa a Guayaquil, recordando, com emoção, do velho amigo Bergoglio, que o define como ”homem sensível e amável”.

Durante sua Viagem ao Equador, de 5 a 8 de julho próximo, o Santo Padre Papa celebrará Missa em Guayaquil, onde, como dissemos, almoçará, no Colégio Javier, com a Comunidade dos Jesuítas e com o Padre Paquito.

No Equador, o Papa ainda vai fazer uma Visita de cortesia ao Presidente da República, em Quito, e visitará a Catedral; encontrará os Bispos do Equador, os estudantes escolares e universitários, a Sociedade Civil; visitará o Asilo das Missionárias da Caridade e, por fim, encontrará o Clero, os Religiosos, Religiosas e Seminaristas do Equador. (MT)

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Hino que acompanhará a visita do Papa à Bolívia: "Com Francisco"

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La Paz (RV) – A Conferência Episcopal da Bolívia (CEB) informa que o “hino” que acompanhará a Viagem Apostólica do Santo Padre ao país, de 8 a 10 de julho próximo, é intitulado “Com Francisco”, de autoria do cantor, Carlos Soria.

O hino e texto foram escolhidos entre outras 60 propostas, consideradas uma enorme riqueza, por sua variedade de ritmos, melodias e letras, que expressam a grande importância da visita do Papa para o mundo artístico.

O texto do hino diz, entre outras coisas: “Vens trazer um novo vento, que acaricia nosso ser, unificando hoje a Bolívia e confirmando-a na fé. - “Vales, planícies e planaltos se rendam hoje a Jesus. Tua chegada nos convida a ser um só coração”. O estribilho refere-se ao tema escolhido pelos Bispos para a Visita do Papa: “Com Francisco anunciamos a alegria do Evangelho”.

A Visita de Francisco à Bolívia insere-se no âmbito de uma Viagem Pastoral que fará à América do Sul, onde, de 5 a 13 de julho próximo, visitará o Equador, a Bolívia e o Paraguai.

O Bispo de Roma chegará à cidade de El Alto, dia 8 de julho, quarta-feira, situada a 4 mil metros do nível do mar; a seguir, irá para a capital, La Paz, onde permanecerá durante seus dois dias de viagem ao país.

As principais atividades do Papa, durante a sua visita à Bolívia, são: a celebração Eucarística, na Praça Cristo Redentor, em La Paz; encontro com os Sacerdotes, Religiosos, Religiosas e Seminaristas; participação no II Encontro Mundial dos Movimentos Populares; visita ao Centro de Reeducação Santa Cruz ou Penitenciária de Parmasola. A vista se concluirá com o encontro com os Bispos da Bolívia. (MT)

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Papa: Que o Espírito Santo fortaleça os cristãos perseguidos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco lançou um Tweet esta sexta-feira na sua conta @Pontifex. A mensagem “Senhor, mandai o Espírito Santo para dar consolação e fortaleza aos cristãos perseguidos” é acompanhada pelo hashtag  ‘#free2pray’, isto é “Livres para rezar”, lema da  campanha lançada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), para fazer da Vigília de Pentecostes na noite deste sábado, “um grande gesto de oração a Deus e de proximidade” com os irmãos e as irmãs “perseguidos pela sua fé em Cristo”. Calcula-se que ao menos 150 milhões de cristãos em todo o mundo sofrem violências ou discriminações. A iniciativa da Vigília envolve todas as Dioceses da Itália, mas está se difundindo em todo o mundo.

Na Audiência Geral da última quarta-feira, o Papa Francisco convidou a recordar a todos que são “exilados ou mortos pelo simples fato de serem cristãos. São mártires!” – afirmou – desejando que este momento de oração “faça crescer a consciência de que a liberdade religiosa é um direito humano inalienável, aumente a sensibilização sobre o drama dos cristãos perseguidos em nosso tempo e que se coloque um fim a este crime inaceitável”.

A Vigília de Pentecostes proposta pelos bispos italianos, mas realizada também em diversas partes do mundo, precede a Missa de Pentecostes a ser presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro no próximo domingo (24/05), a partir das 9h55min, hora local. A cerimônia será transmitida, com comentários em português, a partir das 4h55min, horário de Brasília.

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Dom Vincenzo Paglia: Romero, defensor dos pobres

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Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, postulador da causa de beatificação de Dom Oscar Arnulfo Romero, fez uma reflexão sobre o arcebispo salvadorenho intitulada “Defensor dos pobres”. 

A cerimônia de beatificação de Dom Romero será presidida neste sábado (23/05), pelo enviado do Papa Francisco, o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, em San Salvador, capital salvadorenha.

Segundo Dom Paglia, o exemplo de Dom Romero causou uma admiração extraordinária na Igreja Católica e a sua morte e o seu testemunho tocaram muitos cristãos de outras confissões. As Nações Unidas, proclamaram 24 de março, dia em que foi assassinado, dia internacional para o direito à verdade sobre as graves violações dos direitos humanos e a dignidade das vítimas.

O mundo mudou muito depois de 1980, quando Romero foi assassinado para calar a sua voz. “Hoje, a sua voz ressoa ainda mais forte. A sua beatificação sob o pontificado do primeiro papa latino-americano dá ao testemunho de Romero uma força particular. A afirmação do Papa Francisco: ‘Como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres’, une fortemente Romero ao hoje da Igreja e à sua missão. Romero escolheu o povo e o povo escolheu Romero. Ele sentia o cheiro das ovelhas e elas escutavam a sua voz e o seguiam”, destaca o prelado italiano na nota.
 
“Romero era um homem de Deus, um homem de oração, um homem de obediência e amor pelas pessoas. “Rezava muito e era severo consigo mesmo, ligado a uma espiritualidade antiga formada de sacrifícios, penitências e privações. Na oração encontrava repouso, paz e força. Poucos dias antes de ser assassinado escreveu: ‘Temo os riscos aos quais estou exposto. Custa-me aceitar uma morte violenta que nestas circunstâncias é muito possível. As circunstâncias desconhecidas serão vividas com a graça de Deus. Ele sustentou os mártires e, se for necessário, o sentirei muito perto ao oferecer-lhe o último suspiro’. Era indiscutível a sua fidelidade ao magistério, em particular o das últimas décadas depois do Concílio, do qual se tornou um divulgador em El Salvador”.
 
Poucos meses antes de morrer, Romero visitou Roma e escreveu: ‘Esta manhã fui novamente à Basílica de São Pedro e junto aos altares, que amo muito, de São Pedro e seus sucessores atuais deste século, pedi insistentemente o dom da fidelidade à minha fé cristã e a coragem, se fosse necessária, de morrer como morreram todos esses mártires ou de viver consagrando a minha vida como  consagraram esses modernos sucessores de Pedro’. 

Sobre o tema do martírio refletiu também em relação aos muitos sacerdotes, religiosos, catequistas e fiéis mortos pela violência que envolveu o seu país, somente porque falavam de Evangelho, paz e justiça. 

Romero acreditava em sua função de bispo. “Ele se sentia responsável pelo povo oprimido. Carregou sobre si o sangue, a dor e a violência que o povo sofria denunciando as causas em sua pregação dominical ouvida por toda a nação através do rádio. Era um bispo defensor dos pobres segundo a antiga tradição dos Padres da Igreja”, sublinha ainda Dom Paglia. 

O clima de perseguição era palpável no país. Depois de dois anos de episcopado na Arquidiocese de San Salvador, Romero contava trinta sacerdotes desaparecidos, entre mortos, expulsos ou levados para outro lugar para escapar da morte, e centenas de catequistas mortos e fiéis desaparecidos. 

“Os mandantes de seu assassinato com a sua morte queriam fazer calar a Igreja do Concílio Vaticano II. Por isso ele foi morto no altar. A sua morte foi perpetrada por ódio à fé porque, como mostra o estudo realizado no processo de beatificação, ela foi causada não por motivos somente políticos, mas por ódio a uma fé que, permeada de caridade, não se calava diante da opressão do povo. Romero nos recorda que não se pode separar a Eucaristia dos pobres e o Papa Francisco não se cansa de mostrar isso com palavras e gestos”, conclui o arcebispo italiano. (MJ)
 

 

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Cardeal Peter Turkson: Romero, pregador e mestre

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Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, fez uma reflexão sobre Dom Oscar Arnulfo Romero, intitulada “Autorretrato de um pastor”.

Nela o purpurado destaca que quando Jesus no Novo Testamento fala sobre o Bom Pastor, fala de si mesmo, e  Dom Romero em sua homilia proferida em 16 de abril de 1978, na Igreja de El Rosario, retoma esse autorretrato de Jesus e inconscientemente desenha o seu. 

Esta homilia, proferida no Domingo do Bom Pastor, faz conhecer o prelado salvadorenho de dentro do seu ministério. “Toda homenagem feita a mim, disse ele, é uma homenagem a Cristo, o Bom Pastor”. 

“Existem duas imagens complementares que descrevem como no tempo de Jesus, um pastor guiava o seu rebanho. Em algumas circunstâncias caminhava diante das ovelhas que o seguiam. Nesse contexto a ênfase é colocada no encontrar o caminho ou no abrir uma novo caminho. Em outras situações o pastor caminhava atrás do rebanho, de onde podia ver qual era a ovelha mais fraca ou doente, ou que se perdia ou distanciava. Para Romero dentre os perdidos estavam os ricos, os poderosos, os violentos, aqueles que não concordavam com ele”, sublinha o Cardeal Turkson.

“Os bispos não governam como déspotas. Pelo menos não é assim que deveriam agir. O bispo deve ser o servidor mais humilde da comunidade, porque Jesus disse aos seus discípulos, os primeiros bispos: quem quiser ser o maior entre vocês seja o último, e o chefe seja o servo. O mandamento que seguimos é o do serviço. A nossa maneira de viver e o nosso mundo são de serviço”, acrescentou Romero na homilia do domingo seguinte, em 23 de abril de 1978. 

“Portanto, que guie estando na frente ou atrás do rebanho, um bispo prolonga agora a pessoa do bom pastor, segundo as palavras de Paulo VI”, sublinha ainda o purpurado ganense.

“Ao contrário dos ladrões e bandidos que segundo as palavras de Jesus sobem pelo outro lado, Dom Romero disse sobre si mesmo e os outros bispos: “Aqueles entre nós que têm a honra de ser pastores, não seriam pastores se não tivessem sido chamados a entrar pela porta. O verdadeiro bispo e pastor, o autêntico e único Papa, é aquele que passou pela porta, a porta que é Cristo”.

Quando Romero foi ordenado bispo foram estas as palavras proféticas pronunciadas por quem presidiu a celebração: “Na Igreja que lhe foi confiada seja custódio fiel e dispensador dos mistérios de Cristo. Colocado pelo Pai como chefe de sua família, siga sempre o exemplo do Bom Pastor que conhece as suas ovelhas, por elas é conhecido e por elas não hesitou em dar a vida. E assim aconteceu”. (MJ)

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Card. Koch: Que a nova visão trazida pela Nostra Aetate possa dar frutos cotidianos

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Washington (RV) – Concluiu-se esta sexta-feira (22/5) na Catholic University of America, em Washington, um simpósio dedicado à “Nostra Aetate”, por ocasião do 50º aniversário da Declaração conciliar sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs. Em particular, tratou-se sobre as relações com os judeus e muçulmanos. Do evento participaram, entre outros, o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis-Tauran, o Arcebispo de Nova York, Timonthy Dolan e o Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, que falou aos microfones da Rádio Vaticano:

“O tema do simpósio nos fez meditar sobre quais efeitos teve a ‘Nostra Aetate” nos últimos 50 anos. Naturalmente, foi importante recordar qual era o conteúdo desta Declaração, que reconheceu novamente as profundas ligações existentes entre as religiões hebraica e a Igreja Católica, que temos uma herança comum que devemos aprofundar. Obviamente foi reiterada a condenação de toda forma de antissemitismo. Após, eu assumi o compromisso pessoal de demonstrar como todos os Papas que reinaram após o Concílio Vaticano – Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco – tenham sido absolutamente fundados na “Nostra Aetate” e como tenham aprofundado e apoiado a profunda convicção da estreita ligação entre judaísmo e cristianismo. João Paulo II expressou este conceito com palavras muito bonitas: a relação entre a Igreja Católica e o Judaísmo não é uma relação exterior, mas interior e na realidade faz parte da identidade da Igreja Católica. E é bonito observar como todos os Papas seguiram e aprofundaram esta linha. O grande desafio está no fato de que a “Nostra Aetate” influencia cada vez mais a vida cotidiana da Igreja, e portanto, que esta nova visão da proximidade entre judeus e católicos possa dar frutos na vida cotidiana”.

RV: Foi tratado do diálogo religioso entre cristãos e judeus. Também as questões políticas são estreitamente entrelaçadas. Recentemente, líderes judeus expressaram preocupação pelo reconhecimento vaticano do Estado da Palestina....

“Na Cúria, no entanto, fazemos uma clara diferenciação: a nossa Comissão é competente para as relações religiosas e teológicas com o hebraísmo, enquanto todas as relações diplomáticas e políticas são de competência da Secretaria de Estado. Por isto, me concentrei nos aspectos teológicos. Em relação à sua pergunta, fiquei um pouco surpreso com esta reação. O Papa Francisco, de fato, havia convidado os dois Presidentes, de Israel e da Palestina, para vir a Roma, em Pentecostes do ano passado, para rezar pela paz, portanto, na realidade, um claro reconhecimento daquilo que a Santa Sé sempre buscou, e isto é, que uma solução dos problemas do Oriente Médio pode fundar-se somente na constituição de dois Estados”.

RV: Quais são os seus auspícios, quando olha o futuro deste diálogo? Pensa que seja previsível num futuro próximo um diálogo entre cristãos, muçulmanos e hebreus, as três religiões abraâmicas?

“Até agora sempre tivemos colóquios bilaterais, isto é, entre a Igreja Católica e os judeus, entre a Igreja Católica e os muçulmanos.... Talvez seja ainda cedo para um “triálogo” entre judeus, muçulmanos e cristãos, pois justamente para nós cristãos as diferenças são muito evidentes. O Islã é uma religião nascida após o cristianismo mas que ao mesmo tempo se entende como complemento do cristianismo, enquanto, pelo contrário, o judaísmo é a “mãe”, o fundamento sobre o qual se apoia o cristianismo, sobre o qual nos apoiamos. Por isto, não se podem colocar estes dois diálogos no mesmo plano. É verdade que hoje nos agrada falar de um “ecumenismo abraâmico”, e é também justo, pois todas as três religiões fazem referência a Abraão. Mas, por outro lado, é verdade também que temos uma interpretação diversa – cristã, muçulmana, hebraica – de Abraão, e isto deve entrar no diálogo”. (JE)

 

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Conferência sobre mulheres e desenvolvimento sustentável

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Cidade do Vaticano (RV) - Teve início nesta sexta-feira (22/05), em Roma, a II Conferência internacional sobre mulheres, promovida pelo Pontifício Conselho da Justiça e Paz junto com a União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC) e a Aliança Mundial das Mulheres pela Vida e a Família (WWALF).

O encontro, que se concluirá no próximo domingo (24/05), tem como tema “Mulheres rumo à Agenda de Desenvolvimento Pós-2015: quais desafios para os objetivos do desenvolvimento sustentável?”. A conferência conta com mais de cem participantes provenientes de todo o mundo.

São dezessete os novos Objetivos do Milênio que serão renovados, em setembro próximo, pelas Nações Unidas, objetivos onde as mulheres têm um papel importante, não obstante os desafios, como por exemplo, das escravidões modernas.

“A mulher está teoricamente presente nesses objetivos de maneira absolutamente deformada, porque se considera somente um aspecto que não envolve a sua vida verdadeira. Por exemplo: o primeiro objetivo é exterminar a pobreza. Obviamente é um objetivo importante, mas temos de considerar a prática da barriga de aluguel que se baseia na exploração da pobreza das mulheres e que é uma nova forma de escravidão”, disse a presidente da Aliança Mundial das Mulheres pela Vida e a Família, Olimpia Tarzia.

“O papel da mulher se torna cada vez mais importante para a paz no mundo também entre as religiões”, foi o que disse Rita Moussalem do Centro para o diálogo inter-religioso do Movimento dos Focolares.

Segundo ela, “a mulher tem um papel importante dentro do diálogo inter-religioso, caminho para a paz. Primeiramente, porque a mulher educa gerações e pode educar naturalmente para a abertura ao outro. Depois, por causa de sua capacidade profunda de escuta, é capaz de conter e abrir caminhos na relação com os outros. A mulher é capaz de amar e sofrer, gerar e perdoar. São elementos importantes para todo diálogo, sobretudo, para o diálogo inter-religioso”.

Segundo Moussalem, a situação da mulher hoje é melhor que no passado. “Em certos países, até mesmo do Oriente Médio como a Jordânia e o Líbano, a mulher tem um papel importante. Um pouco menos onde existem ideologias que esmagam não somente a mulher, mas a pessoa. Onde o ambiente é normal a mulher está fazendo progressos e esses progressos devem ser feitos não somente no âmbito de outras religiões, mas também no próprio cristianismo. É um caminho que está sendo percorrido porque a mulher é autora da vida. É um caminho que devagar dará muitos frutos”, concluiu. (MJ)

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Igreja no Brasil



Celebração da intercessora das "Causas Impossíveis", em Santa Rita do Sapucaí

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Santa Rita do Sapucaí (RV) - A Igreja celebra, nesta sexta-feira (22/5), a festa de Santa Rita de Cássia. Por sua vez, a pequena cidade de Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas, tem um Santuário dedicado a esta santa, conhecida como intercessora das “Causas Impossíveis”.

No dia da padroeira da cidade, o Santuário é visitado por cerca de 40 mil fiéis. Os festejos contam com uma programação especial, que se inicia com uma Missa solene, no Santuário de Santa Rita, celebrada pelo Arcebispo de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado.

Por sua vez, o bispo emérito de Coari (AM), Dom Joércio Gonçalves Pereira, também preside, na parte da tarde, uma celebração Eucarística, seguida de uma procissão luminosa com a imagem de Santa Rita pelas ruas da cidade.

No próximo dia 26, após as festividades da padroeira, será celebrada uma Missa de ação de graças, pelos organizadores e os que participaram de todas as celebrações. Santa Rita, além de ser invocada como santa das Causas Impossíveis, também é exemplo de vida e fidelidade a Cristo. (MT/A12)

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Igreja no Mundo



Bispos indianos: “Ficaremos felizes com a canonização de Madre Teresa”

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Nova Déli (RV) - “Madre Teresa de Calcutá é um símbolo universal da misericórdia e compaixão. Os Bispos indianos ficariam felizes e gratos ao Santo Padre e esperam sinceramente que a canonização de Madre Teresa de Calcutá possa se realizar durante o Ano Jubilar da Misericórdia”: foi o que disse à Agência Fides Pe. Stephen Alathara, Vice-secretário geral e Porta-voz da Conferência Episcopal Indiana.

Madre Teresa, que o Papa João Paulo II beatificou em 19 de outubro de 2003 poderia ser canonizada em setembro de 2016, disse nos dias passados o Porta-voz da Igreja siro-malabarense, Paul Thelakat. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, confirmou a possibilidade de um processo que está em andamento, referindo que a data oficial ainda não foi marcada.

“Madre Teresa deu a sua vida mostrando misericórdia e compaixão para com os pobres e excluídos. A sua canonização seria um forte incentivo e apoio para a missão da Igreja na Índia. Os bispos estão animados e esperam que o evento se realize em 2016”, disse Pe. Alathara.

A obra de Madre Teresa foi recentemente criticada e deslegitimada por grupos radicais hinduístas. “Trata-se somente de grupos extremistas. A maior parte dos cidadãos indianos, de todas as religiões, valoriza e ama a figura de Madre Teresa”, comenta o sacerdote. “A sua obra continua inspirando os cristãos no contexto indiano”.

Madre Teresa, albanesa de nascimento, recebeu a cidadania indiana em 1948. Ela fundou a Congregação das Missionárias da Caridade e trabalhou para o bem-estar dos pobres e oprimidos. Faleceu em 5 de setembro de 1997. (SP)

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Formação



Missionário nas Arábias: determinação e visão

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Dubai (RV) - Amigas e amigos da Rádio Vaticano recebam uma saudação de esperança das Arábias.

As realizações dependem sempre de dois elementos importantes: ter uma visão na linha do horizonte e a determinação de caminhar no seu rumo com o intuito de chegar o mais perto possível.

O sucesso de Dubai dependeu muito de seu xeque Rashid, da dinastia Maktum e seus sucessores que souberam combinar visão e determinação.

 Contudo, nada poderia ter sido conquistado se não fosse pelo espírito gregário dos vilarejos, reconhecidos como trabalhadores incansáveis.  Sem recursos em terras desérticas, resolveram buscar soluções para sua sobrevivência.  Por isso aumentou-se a frota de navios para comercializar e, muitas vezes, até contrabandear. Sendo o porto de pouco calado, pediram dinheiro emprestado para dragá-lo. Convidaram estrangeiros para se estabelecerem com seus negócios no Emirado, prometendo-lhes que não pagariam impostos e que não haveria convulsões sociais.

Como era de se esperar, os estrangeiros caíram nas graças do xeque Rashid da vila de Dubai que já se havia transformado em cidade.

Com a presença de pessoas de outros países e a visita de comerciantes, Rachid foi informado das maravilhas do mundo moderno. Soube que havia arranha-céus em Nova York e o trem subterrâneo de Londres. Ouvia as informações com atenção. A nova situação revelou um grande abismo entre Dubai e o resto do mundo. Rachid decidiu que isso mudaria.

A  cidade de Dubai já não se constituía numa população isolada entre a areia e o mar. Alimentou o sonho de que o nome da cidade de Dubai deveria ser conhecido, em todo o planeta. Queria sentar para  um jantar em Nova York e comentar os acontecimentos de Dubai. Sua ambição era ver dois ingleses, tomando cerveja e falando sobre Dubai. Enfim, propôs a si mesmo que faria com que a cidade estivesse na boca dos fazendeiros na China, dos banqueiros da Suíça, dos generais da Rússia. 

Contudo, para que todos pudessem conhecer Dubai, ela não podia ser uma cidade pequena e pobre.  Alimentou o desejo de transformá-la na mais luxuosa cidade da terra como não haveria outra. Seria a Cidade do Ouro.

O xeque Rashid era um homem carismático, exagerado e ambicioso sem muito tempo para dialogar sobre projetos.  Pôs em seus planos de transformar Dubai no centro financeiro do mundo, do edifício mais alto do planeta, do hotel mais alto e caro da terra, do maior porto artificial do mundo, da imitação das construções emblemáticas de Nova York.  A arquitetura aqui deveria explorar a unicidade e a beleza. Para ser diferente deveria trazer para o deserto o que seria inimaginável: uma cancha de esqui, o maior jardim de flores do mundo, outro jardim com milhares de borboletas, uma selva amazônica, ilhas artificiais e vai por aí afora.

A megalomania de Rashid, porém, foi um eclipse para o bom senso. O sentido de comunidade, acolhida e simplicidade das pessoas do deserto foram perdidos para sempre.  À visão e determinação faltou-lhe sabedoria.

Amigos e amigas,

“Todo mestre da lei, bem esclarecido quanto ao Reino dos céus, é semelhante a um pai de família que sabe tirar do seu tesouro coisas novas e coisas velhas”. MT 13:52

Missionário Olmes Milani CS

Das Arábias para a Rádio Vaticano.

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Reflexos do Concílio na vida eclesial da Diocese de São Luiz de Cáceres

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” de hoje inicia a participação do bispo de São Luiz de Cáceres, Dom Antônio Emídio Vilar, SDB, que vai estar conosco estes dias também neste quadro do nosso espaço de formação e aprofundamento.

Recordamos que estamos no ano em que se comemoram os 50 anos da conclusão do maior evento da Igreja Católica nos últimos séculos, cujos trabalhos foram oficialmente encerrados em 8 de dezembro de 1965.

Inicialmente, Dom Vilar nos fala sobre como se tem vivido este cinquentenário em sua diocese e sobre os reflexos do Concílio na vida eclesial desta Igreja particular do Mato Grosso. (RL)

Ouça clicando acima.

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A experiência missionária na Diocese de São Luiz de Cáceres

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continua dando voz aos bispos, à frente de nossas Igrejas particulares espalhadas no vasto território brasileiro.

Na edição de hoje iniciamos a participação de mais um de nossos pastores: trata-se do bispo da Diocese de São Luiz de Cáceres, Dom Antônio Emídio Vilar, SDB, desde outubro de 2008 à frente desta circunscrição eclesiástica do Estado do Mato Grosso.

Nesta edição Dom Vilar nos traz a experiência missionária na realidade eclesial de sua diocese, “cujo plano pastoral, depois da Conferência de Aparecida, tem sido focado nas missões e todo o Mato Grosso, em suas dioceses, tem assumido também, como Regional, as santas missões populares como expressão máxima deste empenho das dioceses e, depois, de agora para frente, a missão permanente”, nos destaca o bispo de São Luiz de Cáceres. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima.

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Ecumenismo e diálogo inter-religioso no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço dedicado a melhor conhecer as diferentes Comissões Episcopais que compõe a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, vamos continuar a tratar no programa de hoje da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso.

A Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, tem como missão criar um espírito ecumênico nos seminários, presbitérios e faculdades. Entrevistado por Silvonei  José, o Presidente da Comissão, Dom Francesco Biasin, traça um panorama do diálogo ecumênico no Brasil.

Dom Biasin também fala dos progressos nos diálogo inter-religioso, destacando o patrimônio comum entre as diferentes religiões e um ponto em comum entre as três religiões monoteístas, Abraão:

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Família, uma escola

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Belo Horizonte (RV) - As crises no atual contexto da sociedade demandam qualificados investimentos em educação. A escola formal é muito importante, pode transformar processos, mas deve ser permanentemente repensada.  Essa atitude reflexiva é necessária justamente para que a dimensão “formal” da escola, seu componente constitutivo, não se torne, no lugar de um processo libertador e alicerce de um novo humanismo, um caminho para a produção de polarizações e radicalismos, que tanto pesam sobre a sociedade. Preocupante também é a quantidade de diplomados sem capacidade para liderar e impulsionar processos, mesmo os mais simples. Trata-se de uma carência que atrasa a superação das muitas crises.

O tratamento inadequado da realidade educacional no país penaliza os estudantes e os processos de ensino. Se a educação é prioridade, torna-se inaceitável a imposição de sacrifícios às instituições educativas e aos seus destinatários: os alunos.  Esses sacrifícios comprometem a formação pessoal e profissional. Por isso, espera-se lucidez política e governamental para que problemas criados por outros não imponham dificuldades aos que são esperança do futuro. No conjunto de instituições educativas, deve-se considerar a família, a primeira escola. Indicações oportunas, que precisam ser refletidas, estão na mensagem do Papa Francisco para o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado pela Igreja Católica, no mundo inteiro, neste mês de maio. A mensagem sublinha que a família há de ser compreendida sempre como um ambiente privilegiado do encontro na gratuidade e no amor. Por isso mesmo, é uma escola.

Encontro e gratuidade têm que ser aprendidos, vivenciados e exercitados. Essa capacitação, de caráter espiritual, é indispensável para que a sociedade enfrente suas muitas dificuldades e encontre saídas. Não se pode limitar a compreensão da crise econômica, por exemplo, considerando que sua superação passa apenas por números e taxas. A falta de qualidade humanística, em todas as etapas da história, é o nascedouro de desastres. Trata-se de base para os descompassos,  fonte de prejuízos na sociedade. Investir na formação humanística, que começa no contexto familiar, eis uma saída no processo exigente para prevenir e superar crises.

Por isso, a Igreja coloca a reflexão sobre a família no centro de suas prioridades. Será realizado em outubro deste ano, em Roma, a partir de convocação do Papa Francisco, o Sínodo dos Bispos que aprofundará essa reflexão. A Igreja é consciente do caráter determinante da família na sua missão e na sua constituição. Esta consciência sobre a importância do contexto familiar precisa ser cada vez mais partilhada por todas as instituições da sociedade, particularmente as governamentais.

A aprendizagem singular e insubstituível da comunicação na escola da família abrange a vivência de dinâmicas que qualificam para que se conviva com a diferença. Isso é exigência fundamental na vida contemporânea. É na família que se aprende a língua materna, uma força que desperta a capacidade de percepção e incita o sentido de viver e de fazer algo de bom e belo.  A experiência de se constituir vínculos no contexto familiar é determinante na formação da competência para gerar respostas.  É na família que se inicia também a configuração de uma indispensável espiritualidade, sem a qual não se dá conta de viver adequadamente.

Comprometida a instituição familiar, e consequentemente os processos de comunicação, muitos serão os prejuízos. Basta listar e analisar situações em que atores inadequadamente interagem, manifestam incompetência para uma comunicação capaz de gerar o que é bom e belo. A estrutura básica de cada pessoa - que inclui a capacidade para interagir -, para ser edificada, depende da família, lugar singular do abraço, do apoio, dos olhares comunicativos, do silêncio, do rir e chorar juntos numa experiência de amor entre pessoas.  A família precisa estar mais na pauta cotidiana de instituições e de governos para que a sociedade não sofra grandes perdas e sacrifícios.  O tratamento adequado dessa tão importante instituição é inadiável. Todos devem reconhecê-la como importantíssima escola.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo  

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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Atualidades



Sacerdote jesuíta sequestrado na Síria

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Damasco (RV) – Mais um sacerdote jesuíta foi sequestrado na Síria. Trata-se do Padre Jacques Mourad, Prior do Mosteiro de Mar Elias. Segundo fontes locais, ele foi levado do Mosteiro por quatro homens armados, ao meio-dia de quinta-feira (21/05). Há doze anos ele era responsável pela Paróquia sírio-católica de Quaryatayn. A notícia foi confirmada pela Arquidiocese sírio-católica de Homs.

Segundo as primeiras reconstruções, os sequestradores chegaram em motos ao Mosteiro, obrigando o religioso a entrar em seu automóvel, levando-o para  local ignorado. “Ainda não temos nenhuma novidade, sabemos apenas que foi levado por quatro homens, seguramente pertencentes a um grupo jihadista”, afirmou à Ajuda à Igreja que Sofre, o sacerdote Nawras Sammour, Diretor do Serviço dos Jesuítas para os Refugiados no Oriente Médio.

Nos últimos dias, Padre Jacques havia acolhido numerosos refugiados vindos de Palmira, cidade conquistada pelo Estado Islâmico, após intensos combates com o exército regular sírio. “Sempre ajudou os sírios e acolheu numerosos muçulmanos no Mosteiro de São Elias”, observou padre Sammour.

O desaparecimento do religioso é interpretado por muitos como um sinal da vontade do EI de conquistar a cidades de Homs, um temor manifestado pelo próprio Padre Jacques, poucos dias antes de ser sequestrado.

O sequestro do sacerdote, soma-se ao do Padre Paolo Dall’Oglio, desaparecido em Raqqa em 29 de julho de 2013, e ao dos dois Bispos de Aleppo, Youhanna Ibrahim e Bulos Yazigi, de quem nunca mais se teve notícias. Recorda-se também o assassinato do Padre François Mourad, em Ghassanieh, em 23 de junho de 2013 e Padre Frans Vem Der Lugt, em Homs, em 7 de abril de 2014.

“Nós sacerdotes temos consciência dos riscos que corremos, mas não podemos fazer outra coisa senão permanecer ao lado dos sírios, quer cristãos como muçulmanos. Em muitos casos, somos o único ponto de referência”, declarou o jesuíta Nawras Sammour. (JE)

 

 

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Sábado tem a final da Clericus Cup

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Cidade do Vaticano (RV) -  A partida final da 9ª edição da Clericus Cup será no próximo sábado, às 11 horas, entre o Pontifício Collegio Urbano e o Mater Ecclesiae. O torneio, que reúne sacerdotes e seminaristas de todo o mundo é promovido pelo Centro Esportivo Italiano, com o patrocínio do Departamento Nacional do tempo livre, turismo e esporte da Conferência Episcopal Italiana (CEI), do Pontifício Conselho para os Leigos e pelo Pontifício Conselho para a Cultura.

Também no campo do Pontifício Oratório de São Pedro (Via de Santa Maria Mediatrice, 24), mas às 9 horas, a Pontifícia Universidade Gregoriana e a Sedes Sapientiae disputarão o terceiro lugar do campeonato.

É a segunda final consecutiva para os branco-amarelos do Collegio Urbano. O Mater Ecclesiae, por sua vez, que reconquistar o campeonato, vencido na última vez em 2008.

Os Reitores dos dois Seminários estarão presentes na partida final. Em 2014, Mons. Vincenzo Viva  já havia festejado a vitória do Collegio Urbano. Já o Reitor do Mater Ecclesiae, Padre Oscar Turrion, não estará na tribuna, mas no campo disputando a partida.

O Papa Francisco é o ‘capitão simbólico’ de todas as equipes que disputaram o torneio e inspirou o lema impresso em todas as camisetas: “Joguemos no ataque a partida do Evangelho”. A Copa começou a ser disputada no dia 7 de março, reunindo 380 jogadores, padres e seminaristas, de 67 países dos cinco continentes, agrupados em 16 times. (JE-Adnkronos)

 

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