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Sumario del 25/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção"

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Cidade do Vaticano (RV) - É preciso fazer de modo que se você possui riquezas, essas sirvam ao “bem comum”. Uma abundância de bens vivida egoisticamente tira a “esperança” e é a origem “de todos os tipos de corrupção”, grande ou pequena. Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da missa desta manhã de segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. 

O camelo e o buraco da agulha, ou seja, como o “entusiasmo” por Cristo possa se transformar em poucos instantes em “tristeza e fechamento em si mesmo”. A cena que o Papa Francisco comenta na homilia é uma das mais famosas do Evangelho. O jovem rico encontra Jesus, pede para segui-lo, lhe assegura viver plenamente os mandamentos, mas, depois, muda completamente de humor e atitude quando o Mestre lhe fala do último passo a ser dado, a “única coisa” que falta: vender os bens dar-lhes aos pobres e depois segui-lo. De repente, “a alegria e a esperança” no jovem rico desaparecem, porque ele, àquela sua riqueza, não quer renunciar:

“O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção, em todos os lugares: corrupção pessoal, corrupção nos negócios, também a pequena corrupção comercial, daqueles que tiram 50 gramas do peso correto, a corrupção política, a corrupção na educação ... Por que ? Porque aqueles que vivem apegados ao próprio poder, às próprias riquezas, acreditam viver no paraíso. Estão fechados, não têm horizonte, não têm esperança. No fim deverão deixar tudo”.

“Há um mistério na posse das riquezas”, observa Francisco. “As riquezas têm a capacidade de seduzir, de nos levar a uma sedução e nos fazer acreditar que estamos em um paraíso terrestre”. Em vez disso, afirma o Papa, este paraíso terrestre é um lugar sem “horizonte”, semelhante ao bairro que Francisco recorda ter visto na década de setenta, habitado por pessoas ricas que haviam fechado os confins para se defenderem dos ladrões:

“Viver sem horizonte é uma vida estéril, viver sem esperança é uma vida triste. O apego às riquezas nos dá tristeza e nos torna estéreis. Digo ‘apego’, não digo ‘administrar bem as riquezas’, pois as riquezas são para o bem comum, para todos. Se o Senhor dá a riqueza a uma pessoa é para que ela possa usá-la para o bem de todos, não para si mesmo, não para que se feche em seu coração tornando-se corrupta e triste.”

“As riquezas sem generosidade”, ressalta o Papa Francisco, “nos fazem crer que somos poderosos, como Deus. No final, elas nos tiram o melhor, ou seja, a esperança”. Jesus indica no Evangelho qual é a maneira justa para viver uma abundância de bens: 

“A primeira Bem-aventurança: Bem-aventurados os pobres em espírito, ou seja, despojar-se do apego e fazer com que as riquezas que o Senhor lhe deu sejam para o bem comum. É a única maneira. Abrir a mão, abrir o coração e abrir o horizonte. Se você tem a mão fechada, tem o coração fechado como aquele homem que fazia banquetes e usava roupas luxuosas, você não tem horizontes, não vê os outros que precisam e vai terminar como aquele homem: distante de Deus.” (SP/MJ)

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Trabalho, leitura e sem televisão: a rotina de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Uma entrevista sobre o significado de “ser Papa”: ao jornal argentino “La Voz del Pueblo”, Francisco falou de sua relação com as pessoas, do seu amor pelos pobres, de como transcorre os seus dias, de suas esperanças e preocupações. 

O Pontífice recebeu na Casa Santa Marta o jornalista Juan Berretta, que lhe perguntou porque sempre repete a frase “rezem por mim”. “Porque eu preciso. Preciso que a oração do povo me ajude. É uma necessidade interior.”

Jorge Mario Bergoglio reiterou que jamais pensou em ser eleito para a Cátedra de Pedro e, brincando, lembrou que no último Conclave seu nome estava em 46º lugar nas apostas dos bookmakers ingleses. Ao mesmo tempo, destacou, “a vida de um religioso, de um jesuíta, muda de acordo com a necessidade”.

Comer uma pizza

O Papa então confessou as coisas de que mais sente falta em relação aos anos transcorridos na Argentina: “Sair pela rua, caminhar. Ou ir a uma pizzaria comer uma pizza”. “Mas é possível pedi-la e comer no Vaticano”, observou o jornalista. “Sim, mas não é a mesma coisa. O belo é estar ali. Sempre gostei de caminhar. A cidade me encanta”. Outro dia, revelou que entrou no carro e esqueceu de fechar o vidro. “Eu estava ao lado do motorista e as pessoas não deixavam o carro passar, porque perceberam que o Papa estava ali. “É verdade, tenho fama de indisciplinado, não sigo muito o protocolo, é frio, mas quando há algo oficial, cumpro-o totalmente.”

Estar com as pessoas me faz bem

À pergunta sobre sua relação com o povo, Francisco declarou que é como se as pessoas compreendessem o que ele tem a dizer. “Estar com as pessoas me faz bem e eu, psicologicamente, não posso viver sem elas.”

Durmo tranquilo, levanto-me às 4h

O jornalista de “La Voz del Pueblo” perguntou ao Papa se consegue dormir não obstante as tensões ligadas a seu ministério. “Tenho um sono tão profundo – respondeu – que deito e durmo. “Durmo seis horas, normalmente às 21h vou para o quarto e leio quase até às 22h. Quando começa a lacrimejar um olho, apago a luz e durmo até às 4h, quando acordo sozinho, é o meu relógio biológico”. Porém, acrescentou, “preciso da sesta”, depois do almoço. Tenho que dormir de 40 minutos a uma hora, tiro os sapatos e vou para cama”. E sente as consequências no dia em que não pode fazê-la. O Papa disse que neste período está lendo “São Silvano do Monte Atos, um grande mestre espiritual”. Francisco disse ainda que lê somente um jornal italiano, pela manhã, e não vê televisão há 25 anos. "É um voto que fiz a Nossa Senhora do Carmo em 15 de julho de 1990."

Lágrimas

Como caráter, Francisco disse que, de maneira geral, “não sente medo”. Sobre o risco de atentados, afirmou “estar nas mãos de Deus”, mas contou que tem medo da dor física. Diante de situações de injustiça, às vezes chora interiormente, sobretudo quando diz respeito a cristãos perseguidos, crianças ou aos encarcerados, mas não gosta de chorar em público. “Em duas ocasiões tive que me conter. É preciso ir avante.”

Pressões não faltam

Quanto às pressões relacionadas ao seu ministério, afirmou que o mais cansativo é o ritmo de trabalho neste período. “É a síndrome do final de ano escolar, que acaba em junho”, ao qual se acrescentam “mil coisas e problemas”. Constatou, “que existem problemas que te armam com o que diz ou não diz… os meios de comunicação às vezes pegam uma palavra e depois a descontextualizam”. A proposito da Argentina, destacou que não acompanha mais a evolução política de sua nação que, com um pouco de amargura, definiu “um país de tantas possibilidades e tantas oportunidades perdidas”.

O Papa dos pobres?

O jornalista questionou se Francisco está feliz com a definição de “o Papa dos pobres”. E respondeu: “A pobreza está no centro do Evangelho. Jesus veio para pregar aos pobres, se tirarem a pobreza do Evangelho não se entende nada”. E identificou os piores males do mundo de hoje: “a pobreza, a corrupção, o tráfico de pessoas”. Desarraigar a pobreza pode ser considerada uma utopia, afirmou, mas as utopias “nos levam avante”. Por fim, à pergunta sobre como gostaria de ser lembrado, Francisco respondeu com simplicidade: “Como uma pessoa que se empenhou em fazer o bem, não tenho outra pretensão”.

(BF)

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Papa: São Filipe Néri é modelo luminoso da missão permanente da Igreja no mundo

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Cidade do Vaticano (RV) - Tem início às 19h locais desta segunda-feira, 25 de maio,  com a celebração eucarística na Igreja de “Santa Maria in Vallicella”, centro de Roma, o Ano Jubilar pelo V Centenário de nascimento de São Filipe Néri (1515 – 2015).

“O estado permanente de missão da Igreja requer de vocês, filhos espirituais de São Filipe Néri, que não se satisfaçam com uma vida medíocre, pelo contrário, na escola de seu fundador, vocês são chamados a serem homens de oração e de testemunho para atrair as pessoas a Cristo”: é o que diz o Papa Francisco na mensagem enviada para a ocasião, endereçada ao Procurador Geral da Confederação do Oratório de São Filipe Néri, Pe. Mario Alberto Avilés, C.O.

O seu percurso existencial foi profundamente marcado pela relação com a pessoa de Jesus e o empenho a orientar a Cristo as almas confiadas a seus cuidados pastorais, frisa o Pontífice.

Ressaltando ter São Filipe recebido o apelativo de “Apóstolo de Roma”, o Santo Padre destaca que graças também ao seu apostolado, o empenho pela salvação das almas voltava a ser uma prioridade na ação da Igreja; “se compreendia novamente que os Pastores devem estar com o povo para guiá-lo e apoiá-lo na fé”.

“Filipe foi guia de muitos, anunciando o evangelho e dispensando os Sacramentos. Em particular, dedicou-se com grande paixão ao ministério da Confissão, até a tarde de seu último dia terreno”, observa o Papa.

Francisco recorda que São Filipe Néri foi um apaixonado anunciador da Palavra de Deus. Descrevendo-o como um “autêntico pai e mestre das almas”, afirma que “sua paternidade espiritual transparece em todo seu agir, caracterizado pela confiança nas pessoas”, pelo espírito de festa e alegria, pela convicção de que a graça não suprime a natureza, mas a robustece e a aperfeiçoa.

São Filipe Néri continua sendo um luminoso modelo da missão permanente da Igreja no mundo. A perspectiva de sua abordagem ao próximo, para testemunhar a todos o amor e a misericórdia do Senhor, “pode constituir um válido exemplo para bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos”, acrescenta o Santo Padre.

“Sua profunda convicção era de que o caminho da santidade se fundamenta na graça de um encontro – o encontro com o Senhor – acessível a toda e qualquer pessoa, em todo e qualquer estado ou condição, que o acolha com o estupor das crianças”, frisa o Papa.

Francisco conclui confiando os filhos espirituais de São Filipe Néri à companhia de Maria “no caminho de uma adesão a Cristo sempre mais forte e no empenho por um zelo sempre mais verdadeiro no testemunho e pregação do Evangelho”. (RL)

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IOR fecha 2014 com lucro de 69 milhões de euros

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Cidade do Vaticano (RV) - O Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como o Banco do Vaticano, divulgou nesta segunda-feira (25/05) seu balanço anual relativo a 2014 e informou que fechou o ano com um lucro líquido de 69,3 milhões de euros, quantia bem superior aos 2,86 milhões de euros de 2013.

O resultado corresponde à "negociação de títulos e à diminuição dos custos operacionais de natureza extraordinária", de acordo com o Relatório. Dos 69,3 milhões de euros de lucro líquido, 14,3 milhões de euros serão destinados à reserva de capital, enquanto 55 milhões de euros serão concedidos à Santa Sé.

Nos últimos dois anos e meio, a pedido do Papa Francisco, a transparência foi uma das prioridades dos novos responsáveis pelo IOR. Por isso, o site da instituição se compromete a divulgar os balanços.

Além disso, o IOR continua fechando contas de clientes cujos interesses entram em conflito com seus objetivos. A instituição explicou que no dia 31 de dezembro de 2014 contava com 15.181 clientes, menos que os 17.419 de 2013. No fim de 2014, ainda faltava fechar 274 contas, das quais 148 serão encerradas antes do final de maio, ainda de acordo com o Relatório.

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Cardeal Koch inicia na Sérvia visita oficial ao país balcânico

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Cidade do Vaticano (RV) - O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, encontra-se na Sérvia, desta segunda até a próxima sexta-feira, dia 29, em visita oficial.

Do ponto de vista ecumênico – reporta a agência Sir –, o momento principal será a visita ao patriarca servo-ortodoxo Irinej, na quinta-feira, dia 28. O cardeal suíço participará também do Simpósio internacional ecumênico “Una, santa, comum e apostólica Igreja de Cristo”, que se realizará na sala magna da Faculdade de Teologia Ortodoxa da Universidade de Belgrado.

O evento, promovido pela Arquidiocese de Belgrado e dedicado ao teólogo Yves Congar, terá a participação de teólogos ortodoxos e católicos da Sérvia, Croácia, Bósnia-Herzegóvina e Eslovênia, que, juntos, refletirão sobre vários aspectos relacionados ao diálogo ecumênico e ao perfil eclesial.

“Poder realizar este simpósio foi um gesto relevante de boa vontade por parte da Faculdade de Teologia Ortodoxa”, ressaltou o arcebispo de Belgrado, Dom Stanislav Hocevar. O prelado destacou também “o grande empenho dos metropolitanos sérvios na Comissão mista internacional para o diálogo entre católicos e ortodoxos”.

“Nesse contexto, a visita do Cardeal Koch confirmará as boas relações que já temos com a Igreja servo-ortodoxa.” Além das máximas autoridades, o purpurado encontrará os bispos católicos da Sérvia e visitará a Diocese de Subotica. (RL)

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Igreja no Mundo



Alemão é o novo Superior-Geral dos dehonianos

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Roma (RV) - Os Sacerdotes do Coração de Jesus (dehonianos) elegeram nesta segunda-feira (25/05) o Padre Heiner Wilmer como décimo Superior-Geral da Congregação, durante o Capítulo Geral em andamento em Roma.

O Padre Heiner Wilmer, de 54 anos, é natural da Alemanha, onde era superior provincial desde 2007, e sucede ao português Padre José Ornelas Carvalho, que conclui o segundo mandato de seis anos.

O novo Superior-Geral entrou para a Congregação em 1982 e foi ordenado sacerdote em 1987, trabalhando depois em setores ligados à formação e ação social, nomeadamente um projeto de formação para as mulheres reclusas, em Vechta (Alemanha) e uma experiência de evangelização nos bairros da cidade de Caracas (Venezuela).

Depois de ter estudado Filosofia, na Universidade Gregoriana, em Roma, o novo Superior-Geral fez o Doutorado em Teologia Fundamental, na Universidade de Freiburg, com uma tese sobre o tema “O Misticismo entre a ação e o pensamento. O núcleo do misticismo na filosofia de Maurice Blondel”.

O Padre Heiner Wilmer foi eleito décimo Superior-Geral pelos 78 dehonianos que participam no XXIII Capítulo Geral, em andamento em Roma desde o dia 17 de maio e com fim previsto para o dia 6 de junho.

(BF/Agência Ecclesia)

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Celebrou-se neste domingo o Dia de Oração pela Igreja na China

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Cidade do Vaticano (RV) – Celebrou-se ontem, domingo, 24, o Dia de Oração pela Igreja na China, instituído por Bento XVI em 2007. Perguntado pelos jornalistas sobre as palavras do Presidente chinês, Xi Jinping, que recentemente declarara que as religiões na China devem ser independentes de influências estrangeiras e leais às autoridades, o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin afirmou que “ser um bom católico, em comunhão com o Papa não vai contra a lealdade do cidadão”. “Creio e espero – afirmou o cardeal à agência Ansa - que as declarações” do presidente chinês “não queiram impedir o diálogo com um fechamento em relação à Santa Sé”. Em uma entrevista a emissora italiana TV2000, o Secretário de Estado do Vaticano acrescentou que, por outro lado, nas relações com países como a República Popular da China e o Vietnã “os tempos não devem ser apressados”, que “a paciência alcança tudo, consegue tudo”.

Mas sobre o significado para os católicos chineses do Dia de Oração, a Rádio Vaticano conversou com o Padre Antonio Sergianni missionário do PIME em Taiwan e China durante 24 anos e há 10 anos trabalha na Propaganda Fide, seção chinesa:

R. - O Papa Bento XVI, no final de sua Carta à Igreja Católica na China em 2007, pediu um dia de oração pela Igreja na China para todos os católicos do mundo. Relendo a carta, você pode perceber algumas ideias importantes. Dirige-se a todos os católicos do mundo e pede para rezar por aquela Igreja. À Igreja na China, aos católicos chineses, o Papa Bento pede para renovar a comunhão de fé em Jesus Cristo e a fidelidade ao Papa e, em seguida, também pede: “a unidade entre vocês, seja profunda e visível”. Isso é muito importante. O Papa insiste sobre a unidade da Igreja Católica na China. Ele convida a rezar por todos, reis e imperadores, como o Apóstolo Paulo, mas, sobretudo a rezar pelos inimigos. Há também uma oração de agradecimento por aquilo que o Senhor tem feito na história da Igreja na China. Isto é muito importante, porque não é apenas uma oração de súplica diante dos problemas, mas também um reconhecimento das maravilhas que o Senhor fez na China. Na carta fala sobre como a Igreja sempre manteve a sucessão apostólica, teve muitos mártires e muita fidelidade. “Tudo é obra do Senhor, por isso devemos agradecer”. Em seguida, dirige-se ao mundo inteiro, os católicos do mundo, convidando-os a rezar em um sinal de fraterna solidariedade fraterna, de comunhão, de participação, fazendo-nos sentir mais próximos dos católicos chineses. (SP)

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Núncio: o Papa reza pela paz, segurança e prosperidade do Nepal

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Katmandu (RV) - “O Papa Francisco e todo o Vaticano amam profundamente o Nepal, o Santo Padre fez-se próximo dos nepaleses desde os primeiros dias do terremoto.” Foi o que afirmou o núncio apostólico no Nepal, Dom Salvatore Pennacchio, presidindo a uma solene concelebração eucarística e uma bênção especial para o país asiático.

O representante Vaticano fez votos de segurança, paz e prosperidade a uma nação em luto pelo dramático terremoto que sacudiu o país há exatamente um mês, 25 de abril, e que apresenta um pesado balanço de mais de 8.600 mortos e 22 mil feridos.

A celebração, realizada na catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Lalitpur, próximo da capital Katmandu, lotada para a ocasião, teve a participação de católicos, não católicos e diplomatas estrangeiros.

Dirigindo-se aos presentes, Dom Pennacchio exortou-os a se unirem à oração e a abençoar todo o país” a fim de que a “paz, segurança e prosperidade” possam voltar. Em seguida, o prelado pediu que se unam à guia de Jesus e que rezem pelo país, colocando-se à disposição dos necessitados segundo a capacidade de cada um.

O núncio recordou o trabalho das organizações locais e internacionais católicas, das Igrejas e dos vários grupos presentes no país em tempos difíceis. Por fim, lançou um apelo a todos os líderes religiosos e aos vários grupos a fim de que se unam à oração do Papa Francisco, e para que trabalhem “unidos” em prol da retomada da nação.

Centenas de pessoas participaram da celebração, entusiastas de poderem ouvir a homilia do representante do Pontífice. Acolhendo Dom Pennacchio, o vigário apostólico, Dom Paul Simick, ressaltou ser “um privilégio” acolher “a mensagem do Papa Francisco”.

No contexto da visita, o representante vaticano teve uma breve conversação com o Primeiro-ministro Shushil Koirala, expressando-lhe apoio e solidariedade ao governo e aos cidadãos. (RL)

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Arcebispo irlandês: Igreja precisa de uma 'nova linguagem'

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Dublin (RV) – “O que aconteceu não foi somente o êxito de uma campanha pelo ‘sim’ ou pelo ‘não’, mas atesta um fenômeno muito mais profundo, uma revolução cultural”: é o parecer do Arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, ex-diplomático do Vaticano que conhece bem os mecanismos internacionais e que, nomeado para governar a diocese irlandesa, enfrentou o problema da pedofilia de seu clero e daqueles que a queriam cobrir. 

Comentando o resultado do referendo, que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Dom Martin disse que “o sim dos eleitores irlandeses ao casamento homossexual é um exemplo da revolução social que o país atravessa há algum tempo e à qual a Igreja Católica deve reagir”.

O arcebispo Martin admitiu que chegou o momento de a hierarquia católica iniciar um processo “de profundo debate e revisão da realidade”. Para ele, os responsáveis católicos devem encontrar uma nova linguagem para propagar mais eficazmente a mensagem da Igreja, sobretudo entre os mais jovens, cujo voto foi decisivo para a vitória do ‘sim’.

Durante a campanha, a Igreja católica, apoiada por movimentos antiaborto e alguns senadores e deputados da ala conservadora, defendeu que o casamento homossexual atenta contra os valores da família tradicional e vai modificar os processos de adoção, incidindo negativamente nos direitos dos menores. 

A República da Irlanda promulgou em 2010 uma lei de relações civis que, pela primeira vez, reconhecia legalmente os casais de pessoas do mesmo sexo, mas não as classificava como casadas, nem lhes conferia proteção constitucional, como passa a ocorrer com a vitória do 'sim'.

(CM)

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Malaui: Centro de assistência e acompanhamento para crianças pobres

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Dedza (RV) - O Malauí é uma faixa de terra no leste da África habitada por cerca de 15 milhões de pessoas onde faltam comida, água, estruturas médicas e onde a Aids se propaga entre grandes e pequenos. Dentre as muitas instituições humanitárias que trabalham para levar ajuda a esta população martirizada, há um grupo de voluntários “SOS Infância Negada” que nasceu em 2004 e desde 2008 está envolvido em projetos de desenvolvimento no país africano, especialmente na Diocese de Dedza.

Pe. Alfonso Raimo, Presidente da associação, disse à Agência Fides como decidiram intervir no Malauí. “O que chamou a nossa atenção foi a condição deplorável das crianças no que é considerado um dos países mais pobres do mundo. Decidimos criar o ‘Projeto Maláui’ que em Dedza tendia a enfrentar uma emergência de saúde e educação. A situação do pequeno país africano é dramática, a percentagem de crianças afetada pela transmissão da AIDS por transmissão vertical e dos órfãos devido ao vírus é aterrorizante”, acrescenta Padre Raimo.

“O projeto - continua o sacerdote - foi concebido como colaboração da Comissão Diocesana para a Saúde da Diocese de Dedza, e prestou apoio a diversas iniciativas em favor das crianças pobres e doentes atendidas nos centros médicos diocesanos”. Por causa da rápida propagação do vírus, muitos pais morrem deixando as crianças sozinhas, sem ninguém para cuidar delas, e cuja existência frágil deve lidar também com a falta de alimentos, água potável, com malária, cólera e outras doenças endêmicas.

A Diocese de Dedza garante assistência médica através de alguns centros de saúde espalhados num vasto território. Estruturas estreitas, recursos limitados e material obsoleto tornam vãos os esforços da pequena equipe”, disse Pe. Raimo. “Para o ano em andamento temos um projeto que inclui a construção do ‘Povoado do Sol’ que hospedará e curará as crianças mais carentes de 2 aos 5/6 anos. Foi pensado como um centro de assistência e acompanhamento diurno, com a possibilidade de residência que oferece às crianças particularmente necessitadas, assistência médica, nutrição e estímulos educacionais, sem extirpá-las de seus contextos de origem”. “É necessário agir rapidamente, porque as emergências são muitas e as inundações devastadoras que atingem periodicamente essa área continuam fazendo muitas vítimas, especialmente entre as crianças”, concluiu o sacerdote. (SP-Fides)

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Declaração ecumênica na Inglaterra: 'não' às perseguições

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Londres (RV) – Os Presidentes das Igrejas unidas da Inglaterra, organismo ecumênico que reúne católicos, ortodoxos, anglicanos, luteranos, pentecostais e outras denominações, assinaram uma declaração conjunta contra a perseguição dos cristãos no mundo. 

O documento, intitulado “Os mártires cristãos contemporâneos”, expressa “profunda dor diante do alarmante incremento de violências e mortes contra cristãos em muitas partes do mundo”, como “Iraque, Irã, Egito, Índia, Paquistão e Indonésia”. 

Liberdade religiosa é um direito fundamental

O apelo se dirige a “todas as pessoas de boa vontade, a promoverem o respeito e a santidade da vida e o crescimento de todo ser humano”. As Igrejas unidas da Inglaterra reiteram o direito de “poder praticar livremente a própria fé e a própria crença”, exortando à “coexistência pacífica das diferentes comunidades em todas as partes do mundo”. 

A morte de Dom Romero não seja vã

Enfim, recordando Dom Oscar Romero, arcebispo de São Salvador morto em ódio à fé em 1980 e beatificado sábado, 23 de maio, os signatários auspiciam que “a sua morte, assim como a de outros mártires cristãos, não tenha sido em vão, e que a paz de Deus reine no coração dos homens”. 

A declaração conjunta foi assinada também pelo Arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Nichols, pelo Arcebispo de Cantuária, Dr. Justin Welby, e pelo Arcebispo de Thyateira e Grã-Bretanha, o ortodoxo Gregório. 

(CM)

 

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Formação



A atuação dos jovens nas comemorações dos 300 anos de Aparecida

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Cidade do Vaticano (RV) – O novo referencial para a Pastoral da Juventude, Dom Vilson Basso, bispo de Caxias, no Maranhão, afirma que há muitos anos a Igreja no Brasil tem demonstrado a sua opção “afetiva e efetiva” pelos jovens.

Neste especial, Dom Basso fala também sobre a participação da juventude na Rota 300, o projeto para comemorar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 2017 e a Jornada Mundial da Juventude em 2016, na Polônia. 

Dom Vilson foi eleito na última Assembleia Geral da CNBB como novo referencial para a Pastoral da Juventude. Ao receber o novo encargo, ele fez um apelo:

“Convocamos toda a juventude do Brasil a estar conosco para que possamos continuar levando missão, vida e esperança a todos os recantos de nosso país”.

Aos 50 e poucos anos, Dom Vilson traz na bagagem mais de 35 anos de trabalho junto às PJ’s. Gaúcho e atualmente servindo no Nordeste, garante que Igreja tem os jovens no centro das atenções.

“A Igreja do Brasil, a CNBB, ama a juventude, afetiva e efetivamente. Continuaremos a cuidar e a apoiar esta causa. Que Deus possa colocar no coração de cada jovem deste país a esperança que a Igreja confia nos jovens e quer que seja esta seja jovem, tanto nela mesma como na sociedade”.

Dom Vilson explicou como vai funcionar o Projeto Rota 300, voltado para as celebrações da juventude durante o aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, com especial atenção para o Meio Ambiente.

“Haverá a peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida pelas dioceses, organizado por cada uma delas. Junto com Nossa Senhora vai também missão e formação, além do trabalho de Ecologia. Queremos lutar para recuperar os rios do nosso país, para que sejam limpos e levem vida. Maria foi encontrada nas águas do Paraíba, e nós queremos que os rios de nosso país sejam abençoados pela Mãe Aparecida, e tenham, nesse cuidado, as mãos bonitas da nossa juventude”.

Um Projeto prático mas que, de acordo com o referencial para a juventude, na base, traz a espiritualidade de Nossa Senhora.

“Nós queremos trabalhar a missão, o compromisso dos jovens com a Ecologia, com a vida e, tudo isso, alimentado pela espiritualidade. Inspirados  no ‘sim’, no ‘Ecce Venio’, no ‘Eis-me aqui, Senhor’, de Maria, a Mãe de Jesus”.

Dom Basso também volta o olhar para a próxima Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, no ano que vem. Ele reafirma a importância do encontro dos jovens com o Pontífice para solidificar a fé, mas vai além:

“O objetivo maior é reforçar essa intimidade com Cristo, esta experiência com Ele. Para, então, voltar com mais ânimo para continuar o trabalho de evangelização e de missão da juventude em nosso país”. (RB)

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Quando os leigos descobrem sua vocação missionária, nos surpreendem

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, a edição de hoje do quadro “O Brasil na Missão Continental” continua trazendo um pouco da experiência deste projeto de animação missionária na vida eclesial da Diocese de São Luiz de Cáceres. Para tal, temos contado com a participação do bispo desta Igreja particular do Mato Grosso, Dom Antônio Emídio Vilar, SDB.

Atendo-se ao tema da formação dos leigos, Dom Vilar aponta os desafios e nos diz como se tem trabalhado esta formação em sua diocese. A propósito de desafios, destaca, incialmente, o fato de tratar-se de uma circunscrição eclesiástica de 136 mil quilômetros quadrados, território equivalente ao dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas e Sergipe juntos, evidenciando – num território tão vasto – a dificuldade de locomoção.

Diz-nos que a formação dos leigos se dá por setores e também na área da liturgia, catequese e juventude, que constituem prioridades. Dá-se também através das paróquias: “para aprofundar a sua fé e também ajudar a ser mais discípulos missionários, a fim de que não só conservem sua fé, mas a propaguem”, destaca.

“Quando os leigos descobrem a sua vocação” – afirma –, “nos surpreendem positivamente”. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima.

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Atualidades



Congresso Mundial de Meteorologia

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Genebra (RV) - Teve início nesta segunda-feira (25/05), em Genebra, Suíça, o Congresso Mundial de Meteorologia.

Especialistas de todo o mundo estarão reunidos até 12 de junho próximo, debatendo questões que vão ter como foco "como fortalecer os serviços climáticos".

Necessidades

O objetivo é saber como atender as necessidades de uma população global em crescimento e, ao mesmo tempo, lidar com a mudança e a variação do clima, com as condições climáticas extremas e seus impactos socioeconômicos.

Os representantes dos 191 países-membros da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), vão decidir estratégias, políticas, prioridades e orçamento na conferência que se realiza a cada quatro anos.

O secretário-geral da organização, Michel Jarraud, disse que para criar uma resiliência em relação ao clima, promover o desenvolvimento sustentável e ajudar a humanidade a lidar com a mudança climática é necessário maior investimento e cooperação internacionais.

Desastres Climáticos

Jarraud afirmou que até agora, em 2015, como ocorreu em anos anteriores, desastres relacionados ao clima já destruíram ou prejudicaram milhões de vidas".

Ele citou como exemplo, o ciclone Pam que reverteu o crescimento econômico da ilha de Vanuatu, mesmo com toda a preparação e alertas que conseguiram manter os registros de mortes muito baixos.

Jarraud disse ainda que o sudeste do Brasil e o estado norte-americano da Califórnia sofreram com uma forte seca. Enchentes recordes causaram estragos no Chile e em Malaui, na África.
O chefe da OMM declarou que "a lista de eventos climáticos extremos é longa e há provas científicas de que, pelo menos alguns deles não teriam ocorrido se não fosse pela interferência humana".
Geleiras

Jarraud afirmou que "a extensão das geleiras no Ártico, registrada em fevereiro, foi a menor já captada pelas imagens de satélite. Além disso, pela primeira vez, a concentração mensal de dióxido de carbono na atmosfera ultrapassou a marca das 400 partes por milhão, em março.

Tudo isso, segundo o representante da agência da ONU, vai levar o planeta a um futuro mais quente por muitas gerações.

O Congresso vai discutir a contribuição estratégica da OMM para a nova agenda de Desenvolvimento Sustentável pós-2015 e para o Quadro de Redução para o Risco de Desastres, de Sendai.

O plano estratégico e de orçamento que será adotado no encontro vai guiar e apoiar as atividades da agência da ONU para o período entre 2016 e 2019. (MJ/Rádio ONU)

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Nepal: Programa de rádio para apoiar crianças traumatizadas pelo terremoto

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Kathmandu (RV) – Os efeitos do catastrófico terremoto que devastou o Nepal no último dia 25 de maio continuam a se manifestar no terror de muitas crianças sobreviventes. Na frente do hospital de Dhading, em Dhadingbesi, o Unicef ergueu duas tendas de campo nas quais acolhe os muitos feridos que continuam procurando ajudas. Dentre as iniciativas, o Fundo anunciou o programa radiofônico Bhandai Sundai, no qual pais preocupados com os contínuos ataques de pânico de seus filhos, expõem seus problemas e ouvem especialistas.

A edição vespertina, concentrada no apoio psicossocial aos menores atingidos pelo terremoto, é conduzida por psicólogos e especialistas que, se dirigindo aos pais que ligam para a redação, oferecem sugestões e conselhos sobre como ocupar as crianças em jogos ou atividades coletivas.

O programa de rádio foi recebido com entusiasmo também pelos nepaleses de outras regiões do país felizmente não atingidas pelo tremor. Atores, atletas, personalidades nepalesas e personagens públicas pedem para participar do programa e levar otimismo às milhares de crianças vítimas do terremoto. (SP)

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Unicef: proteger as crianças do conflito no Iêmen

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Nova York (RV) - O diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anthony Lake, publicou uma nota nesta segunda-feira (25/05), sobre a situação das crianças, vítimas do conflito no Iêmen.

“Mais duas crianças morreram e seis ficaram feridas no conflito”, frisa Lake, “sublinhando a necessidade urgente de agir para proteger as crianças e por fim às hostilidades que estão devastando suas vidas e seu futuro”.  

Desde a escalada do conflito, em março passado, mais de 135 crianças morreram e 260 ficaram feridas. Um terço dessas mortes ocorreram na cidade costeira de A'den, onde a violência aumentou novamente nos últimos dias.

“Cada um desses mortos representa uma tragédia pessoal e uma triste recordação dos rumos que o conflito no Iêmem está tomando. É também a prova clara da natureza da violência que toma de mira os grupos vulneráveis como as crianças”, sublinha o diretor-geral do Unicef.

As últimas vítimas do conflito pertencem à comunidade de Muhamasheen, grupo que sofreu décadas de discriminações e ostracismo no Iêmen. 

“As crianças não deveriam continuar pagando o preço da violência no Iêmen. Todas as partes envolvidas no conflito são obrigadas ao senso do direito humanitário internacional de proteger as crianças em perigo. Como mínimo, deveria haver uma trégua para fazer com que as ajudas para salvar vidas cheguem aos feridos, doentes, vulneráveis e todos aqueles que são atingidos pela violência. Somente o fim completo das hostilidades pode proteger as crianças do Iêmen. Eles são o futuro desse país”, concluiu Lake. (MJ)

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