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Sumario del 27/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa ressalta o noivado contra o matrimônio "express"

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Cidade do Vaticano (RV) – O noivado foi o tema da catequese desta quarta-feira (27/05) do Papa Francisco na Audiência Geral.

Antes de se dirigir à multidão, o Pontífice percorreu a bordo do seu papamóvel toda a Praça S. Pedro para um dos momentos mais aguardados pelos fiéis, quando eles têm a possibilidade de ver Francisco de perto.

Já diante da Basílica, o Papa deu sequência à sua série de catequeses sobre a família, para falar do noivado, que ele definiu como um “belo trabalho sobre o amor”. Trata-se de um tempo de conhecimento recíproco e de partilha de um projeto: de um caminho.

Aos poucos, o homem aprende o que é a mulher, aprendendo esta mulher concreta; e a mulher aprende o que é o homem, aprendendo este homem concreto.

Para Francisco, não se deve desvalorizar a importância desta aprendizagem, pois o noivado não é somente uma felicidade descomprometida ou uma emoção encantada:

“A aliança de amor entre o homem e a mulher para toda a vida não se improvisa, não se faz de um dia para outro, não existe o ‘matrimônio express’: é preciso trabalhar, caminhar. A aliança aprende-se e aperfeiçoa-se. É uma aliança artesanal. Fazer de duas vidas uma só vida é também um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé.”

Quem pretende tudo e já, afirmou o Papa, cede também imediatamente diante da primeira dificuldade ou ocasião. “Não há esperança para a confiança e a fidelidade do dom de si se prevalece o hábito de consumir o amor como uma espécie de ‘integrador’ do bem-estar psicofísico. Isso não é amor!”, advertiu.

“O noivado põe à prova a vontade de guardar algo que nunca deverá ser comprado ou vendido, atraiçoado ou abandonado por mais atraente que possa ser a oferta.” E aconselhou os jovens a lerem uma obra-prima da literatura italiana, “Os noivos”, do escritor Alessandro Manzoni.

O Pontífice prosseguiu ressaltando que o noivado é um percurso de vida que deve amadurecer, como a fruta. É um caminho de amadurecimento no amor até que se torne matrimônio. A propósito, falou dos Cursos de Preparação para o casamento, que muitos casais acreditam ser inúteis, mas depois ficam agradecidos porque, com efeito, encontraram ali a ocasião – muitas vezes única – para refletir sobre sua experiência em termos não banais.

Apesar de ambos se encontrarem há muito tempo ou até conviverem, na verdade não se conhecem. “Por isso, o noivado deve ser reavaliado”, destacou Francisco. E recordou que na Bíblia o casal pode redescobrir momentos fundamentais para a vida de um católico, como a oração e os sacramentos, de modo a preparar a celebração do matrimônio de maneira cristã, e não mundana.

O Papa pediu ainda que os jovens casais não queimem as etapas do percurso, que deve ser de amadurecimento, passo a passo. “O período do noivado pode se tornar realmente um tempo de iniciação à surpresa dos dons espirituais com os quais o Senhor, através da Igreja, enriquece o horizonte da nova família que se dispõe a viver na sua bênção.”

Francisco concluiu pedindo uma “Ave-Maria” por todos os noivos, para que possam entender a beleza deste caminho rumo ao matrimônio. 

(BF)

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Delegação vaticana ultima detalhes da visita do Papa ao Equador

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Quito (RV) – Uma delegação do Vaticano percorreu pela segunda vez, na tarde de terça-feira (26), o Parque Bicentenário, em Quito, local onde o Papa Francisco celebrará uma missa em 7 de julho próximo. Os representantes vaticanos ouviram explicações sobre os planos de segurança e logística por parte das autoridades locais e nacionais.

A delegação vaticana foi acompanhada por autoridades de Quito, por membros da Secretaria Nacional de Comunicação, das Forças Armadas, organizações de socorro, Agência de Trânsito e membros de diferentes ministérios.

Religiosos que acompanharam a visita, explicaram que um dos principais aspectos tratados foi o das condições necessárias para a transmissão televisiva nacional e internacional da missa campal, além de detalhes protocolares e cerimoniais, a cargo do Mestre de Cerimônias Pontifícias, Mons. Guido Marini.

Na qualidade de Porta-voz da Conferência Episcopal do Equadro (CEE), Padre David de la Torre declarou que o encontro foi uma reunião técnica para garantir a qualidade do áudio e da imagem da transmissão. Sem precisar detalhes, disse que foram visitados locais onde poderiam ser instalados telões, microfones, antenas, além de outros equipamentos de comunicação.

A Coordenadora da Empresa Quito Turismo, Luz Elena Coloma, destacou que a prioridade da Missão do Vaticano é definir todos os aspectos logísticos e de segurança durante a visita do Papa. “Querem ver tudo em detalhes, por onde entrará o Santo Padre, por onde caminhará e como tudo se desenvolverá”. Algumas estimativas indicam que 2 milhões de pessoas deverão participar da celebração. (JE)

 

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Card. Kasper: "É o momento da Igreja discurtir estes temas"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Um Estado democrático deve respeitar a vontade popular, isto me parece claro. Se a maioria da população quer estas uniões civis, é um dever do Estado reconhecer tais direitos. Mas não podemos esquecer que mesmo uma legislação similar, mesmo distinguindo entre o matrimônio e as uniões homossexuais, chega a reconhecer a tais uniões, mais ou menos os mesmos direitos das famílias formadas por um homem e uma mulher. Isto tem um impacto enorme na consciência moral das pessoas. Cria uma certa normatividade. E para a Igreja, torna-se ainda mais difícil explicar a diferença”. “Não será fácil”, afirmou num suspiro ao Jornal Corriere della Sera o Cardeal Walter Kasper,  cuja entrevista propomos na íntegra.

CS: E por que não será fácil, Eminência?

“Veja, eu penso que o referendum irlandês seja emblemático da situação na qual nos encontramos, não somente na Europa, mas em todo o Ocidente. Olhar frente a frente a realidade significa reconhecer que a concepção pós-moderna, para a qual tudo é igual, está em contraste com a Doutrina da Igreja. Não podemos aceitar a equiparação com o matrimônio. Mas é uma realidade também o fato de que na Igreja irlandesa, muito fieis tenham votado a favor, e tenho a impressão que nos outros países europeus o clima seja parecido”.

CS: E o que fará a Igreja a este respeito?

“Calou-se muito, sobre estes temas. Agora é o momento de discuti-los”.

CS: No Sínodo de outubro?

“Certamente. Se o próximo Sínodo quer falar da família segundo a concepção cristã, deve dizer alguma coisa, responder a este desafio. Na última vez a questão permaneceu à margem, mas agora torna-se central. Eu não posso imaginar uma mudança fundamental na posição da Igreja. É claro o Gênesis. É claro o Evangelho. Mas as fórmulas tradicionais com as quais procuramos explicar, evidentemente não chegam mais à mente, aos corações das pessoas. Agora não se trata de levantar barreiras. Devemos, antes, encontrar uma nova linguagem para dizer os fundamentos da antropologia, o homem e a mulher, o amor…Uma linguagem que seja compreensível, sobretudo aos jovens”.

CS: No último Sínodo o tema da “acolhida” dos homossexuais foi controvertido, ouve contrastes entre as aberturas europeias e as posições mais fechadas de episcopados como o africano…

“Não, não é que os bispos europeus e os africanos pensem diversamente sobre isto, a posição da Igreja é sempre a mesma. O que diferencia é o contexto, é a sensibilidade da sociedade, diferente na África e na Europa. E na Europa as coisas mudaram”.

CS: Em que sentido?

“Não é mais o tempo em que a posição da Igreja sobre estes temas era mais ou menos apoiada pela comunidade civil. Nos últimos decênios, a Igreja se esforçou em dizer que a sexualidade é uma coisa boa, quisemos evitar uma linguagem negativa que no passado havia prevalecido. Mas agora devemos falar também do que é a sexualidade, da mesma dignidade e junto, da diferença entre homem e mulher na ordem da Criação, da concepção do ser humano…”.

CS: A propósito de linguagem, os documentos da Igreja sobre homossexualidade usam expressões como “inclinações objetivamente desordenadas…”…

“Será necessário prestar atenção para não usar expressões que possam soar ofensivas, sem no entanto dissimular a verdade. Devemos superar a discriminação que tem uma longa tradição na nossa cultura. De resto é o Catecismo a dizer que não devemos discriminar. As pessoas homossexuais devem ser acolhidas, têm um lugar na vida da Igreja, pertencem à Igreja…”.

CS: E os casais homossexuais? A Igreja não pode reconhecer também a eles aquela ideia de “bem possível” do qual se falava a propósito dos divorciados recasados e novas uniões?

“Se existe uma união estável, elementos de bem existem sem dúvida, os devemos reconhecer. Porém, não podemos equiparar, isto não. A família formada por homem e mulher e aberta à procriação é a célula fundamental da sociedade, a fonte da vida para o futuro. Não é um problema intereclesial, diz respeito a todos, devem ser avaliados com a razão e o bom senso, com consequências enormes para a sociedade: pense às adoções, ao bem das crianças, à práticas como a maternidade substitutiva, às mulheres que têm uma criança por nove meses sob o seu coração e talvez sejam exploradas por serem pobres, por qualquer dinheiro. Não é necessário discriminar, mas tampouco ser ingênuos”. (JE/Corriere dela Sera)

 

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Card. Parolin: União gay na Irlanda, derrota para a humanidade

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Cidade do Vaticano (RV) – Não somente uma derrota dos princípios cristãos, mas também uma derrota da humanidade. Assim o Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, definiu o resultado do referendum sobre casamento gay realizado na Irlanda. O Cardeal participou na noite de terça-feira (26) da entrega do Prêmio para a Doutrina Social da Igreja, conferido pela Fundação Centesimus Annus. 

A família, baseada na união entre duas pessoas de sexo diferente, deve ser sempre tutelada. A Igreja defende, no entanto, que se deve levar em consideração o resultado do referendum na Irlanda. Mas, em que perspectiva? Assim explica o Cardeal Parolin:

“Estes resultados me deixaram muito triste.  Certo, como disse o Arcebispo de Dublin (ndr - Diarmuid Martin), a Igreja deve levar em consideração esta realidade, mas deve fazer isto no sentido de que, a meu ver, deve reforçar justamente todo o seu compromisso e fazer um esforço para evangelizar também a nossa cultura. E eu acredito que não seja somente uma derrota dos princípios cristãos, mas um pouco uma derrota da humanidade”.

A República da Irlanda, de forte tradição católica, converteu-se no último final de semana no primeiro país a autorizar, por meio de um referendum, o casamento homossexual. 62,07% do eleitorado disse "sim" à igualdade. O Presidente dos Bispos Italianos, Cardeal Angelo Bagnasco, afirmou que a votação irlandesa é "uma revolução cultural que nos afeta a todos". Interpelado pelo Jornal italiano La Reppublica sobre as uniões homossexuais, o Cardeal expressou, em seu nome, "pleno respeito pela dignidade de todos, qualquer que seja sua orientação (...). posição esta que não nos exime do esforço de distinguir, evitando simplificações que não ajudam". Para Bagnasco, o resultado do referendum questiona a Igreja: "O que temos que corrigir ou melhorar no diálogo com a cultura ocidental?".

Durante a premiação das obras sobre Doutrina Social da Igreja, o Cardeal Pietro Parolin afirmou que a crise atual não é somente econômica e financeira, mas também antropológica. Substancialmente, se criou a idolatria do dinheiro, sem raízes e sem um verdadeiro objetivo humano, golpeando de tal modo a própria economia e reduzindo a pessoa ao consumo e aos descarte. Portanto, é necessário sempre mais ligar economia e desenvolvimento”. (JE)

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Igreja no Brasil



CNBB lança subsídio sobre as desigualdades sociais no Brasil

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Brasília (RV) - Foi publicado o segundo volume do subsídio “Pensando o Brasil”. O texto, aprovado na 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no mês de abril, em Aparecida (SP), trata das desigualdades sociais no país e é uma contribuição para análise e busca de respostas sobre o tema.

À luz do Evangelho, o subsídio aborda situações como a crescente violência na sociedade brasileira e a corrupção considerada endêmica e que aumenta a desigualdade. “Somos sempre convidados a pesquisar e a refletir sobre as relações e as situações concretas vividas pelas filhas e pelos filhos de Deus”, afirma o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.

A publicação, disponível nas Edições CNBB, está dividida em três partes. A primeira fala da desigualdade estruturante da sociedade brasileira. Neste trecho, são apresentados elementos da realidade do país, como o limite das políticas públicas, a concentração econômica e financeira, o mecanismo da dívida pública com a taxa básica de juros, a inclusão de parte da população no mercado de consumo sem reformas estruturais e as Políticas de Direitos Sociais.

A segunda parte do texto é dedicada ao olhar da Igreja sobre a desigualdade social e a última mostra o desejo do episcopado brasileiro de buscar novos caminhos de convivência. “Estamos necessitados de um novo horizonte que priorize a vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns”, considera Dom Leonardo.

“A desigualdade será sempre menor, na medida em que a justiça, novo nome da paz, conduzir os passos de todas as pessoas, especialmente dos que têm a responsabilidade do poder público”, afirma o Bispo.

Pensando o Brasil

A série Pensando o Brasil é um olhar do episcopado brasileiro acerca de temas da realidade do Brasil. No ano passado, a 52ª Assembleia Geral da CNBB aprovou o volume 1 do subsídio, que tratou dos “Desafios diante das eleições 2014”, com indicações para o pleito eleitoral que estava em andamento.

(BF/CNBB)

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CNBB promove peregrinação e simpósio sobre a Família

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Aparecida (RV) - Milhares de famílias são esperadas neste final de semana, dias 30 e 31 de maio, em Aparecida (SP), para a 7ª Peregrinação e o 5º Simpósio Nacional da Família. Com o tema “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva", a programação dos eventos contará com momentos de oração, palestras, testemunhos e missas no Santuário Nacional de Aparecida. A atividade de evangelização é organizada pela Comissão para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).

O Bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Sousa, Presidente da Comissão para a Vida e a Família, recorda que os eventos estão em sintonia com o caminho Sinodal para a Assembleia Ordinária, convocada pelo Papa Francisco.  “As famílias do Brasil são convidadas para esse grande encontro na Casa da Mãe Aparecida. Queremos convidar todos aqueles que amam a família, os agentes da Pastoral Familiar, as dioceses, paróquias e comunidades”, motiva Dom João Bosco.

O Bispo auxiliar de Aparecida (SP), Dom Darci José Nicioli, juntamente com os demais bispos membros da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, participarão da solenidade de abertura do evento, com o casal coordenador nacional, Roque e Verônica Rhoden.

Transmissões ao vivo

A TV Aparecida fará a transmissão ao vivo das palestras do Simpósio, a partir das 9h50 até o meio-dia, do sábado, 30 de maio. No período da manhã, está prevista mesa redonda que abordará os seguintes temas: "Anunciar o Evangelho da família"; "Curar as feridas na família"; "Acolher a vida e educar para o amor", com a presença de especialistas, bispos, padres e casais da Pastoral Familiar.
 
À tarde, a programação contará com testemunhos de casais e animação musical, com show. Entre 16 e 17h30, haverá procissão luminosa e momento de oração. Em seguida, missa, às 18h, na basílica, abrindo oficialmente a Peregrinação Nacional da Família.

Missas da Família

No domingo, 31, a programação continua com missas às 5h30, às 8h (com transmissão ao vivo pela TV Aparecida), 10h e às 12h, sendo presidida pelos bispos da Comissão para a Vida e a Família da CNBB. Dioceses, paróquias e comunidades já começaram a organizar suas caravanas rumo ao Santuário Nacional, para celebrar a vida e a família. 

Informações

No sábado, 30 de maio, o Simpósio terá início às 8h, com recepção e credenciamento dos peregrinos no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, ao lado da praça de alimentação do santuário nacional. Pede-se a colaboração de R$ 5,00 reais por adulto. Crianças não pagam. As contribuições serão destinadas aos custeios da organização do evento. (MJ/CNBB)

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Terremoto no Nepal: Caritas alcançou mais de 100 mil pessoas

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Brasília (RV) - Um mês depois do devastador terremoto que destruiu parte do país, a situação no Nepal ainda é alarmante. Muitas pessoas ainda estão desabrigadas, dormindo em barracas de lona nas ruas da capital Kathmandu e vilas mais distantes.

A empobrecida nação do Himalaia ainda tenta recuperar-se do tremor de magnitude 7,8 que atingiu o país no dia 25 de abril, afetando as vidas de quase um terço da população de 28 milhões de pessoas.

A rede Caritas Internacional está trabalhando para atender às necessidades imediatas de milhares de famílias e, ao mesmo tempo, estabelecer bases para um período mais longo de recuperação.

Na resposta imediata, a rede Caritas trabalha nas áreas de habitação, fornecimento de água, saneamento e higiene, alimentação e saúde. Até a presente data, a Caritas já alcançou 104.975 pessoas, 20.995 famílias, incluindo 2.900 domicílios com abrigo e ajuda alimentar no vale de Kathmandu; 8.800 domicílios receberam lonas e cobertores em Kavre, Okhaldunga, Nuwakot, Rasuwa, além de água potável e kits de saneamento em Ghorka.

Resistência do povo

 “A coisa que mais me impressiona é a resistência do povo. Há tragédia e sofrimento, mas as pessoas não perderam a esperança. Isso me dá muito incentivo e estou certo que o Nepal vai se reerguer”, relata o Pe. Pio Perumana, diretor da Caritas Nepal.

“Nesse momento de sofrimento de tantas famílias, é muito importante a solidariedade de todas as pessoas. Um pouco de cada um de nós torna-se muito e faz diferença na vida das pessoas no Nepal”, afirma Cristina dos Anjos, diretora executiva da Caritas Brasileira.

Segue a Campanha de Solidariedade ao povo nepalês

Até o final de junho de 2015, a rede Caritas pretende apoiar mais de 175 mil pessoas com abrigo, água, higiene e kits em oito dos distritos mais afetados.

No Brasil, segue a Campanha de Solidariedade ao povo nepalês – SOS Nepal. Por meio de doações financeiras da ação, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB e Caritas Brasileira buscam ajudar o país que ainda passando por situações de extrema dificuldade.

Os depósitos podem ser feitos nas seguintes contas, a cargo da Caritas Brasileira:

Banco do Brasil
Agência: 3475-4
Conta Corrente: 31.936-8

Banco Bradesco
Agência: 0606-8
Conta Corrente: 71.000-8

Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Conta Corrente: 3573-5
Operação: 003

(MJ/Caritas Brasileira)

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IAM celebra Jornada Nacional domingo, 31/05

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Brasília (RV) - O Secretariado Nacional da Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM), sediado em Brasília (DF), fez uma intensa mobilização com os grupos de IAM nos estados, dioceses e paróquias do Brasil, para celebração da 3ª Jornada Nacional da Obra. A jornada ocorre neste domingo (31/05) em mais de 30 mil grupos de IAM em funcionamento no Brasil.

O tema da Jornada Nacional da IAM em 2015 é “IAM da América a serviço da missão na Ásia”, continente que é tema das reflexões deste ano é e simbolizado por meio dos lencinhos de cor amarela, usados pelas crianças. 

O lema ''Vocês são meus amigos” (Jo 15,14) é um desdobramento do lema geral da IAM “De todas as crianças e adolescentes do mundo, sempre amigos”. O propósito, segundo o secretário nacional da IAM, Padre André Luiz Negreiros, é sensibilizar as crianças e adolescentes a apoiar projetos missionários. Os donativos das crianças brasileiras irão apoiar os projetos da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária na América. 

A Obra 

Criada na França em 19 de maio de 1843, a Obra da Infância e Adolescência Missionária completou 172 anos de fundação, data que será celebrada nesta 3ª Jornada Nacional. No Brasil a significativa aceitação da metodologia desenvolvida com os grupos de crianças e adolescentes missionários, favoreceu o funcionamento de mais de 30 mil grupos. 

A celebração 

De acordo com Padre André Negreiros, a 3ª Jornada Nacional contará com uma celebração especial nas dioceses e paróquias. “Nesta celebração festiva, crianças e adolescentes farão a consagração, durante a coroação de Nossa Senhora, recebendo o lencinho e o escuto da IAM. Em seguida, haverá a  coleta do "Cofrinho Missionário", com a oferta das crianças”. Para melhor motivar a Jornada, o secretariado nacional da IAM, em Brasília, confeccionou cartaz e roteiro para a celebração. O secretário nacional acredita que a celebração fortalecerá o carisma missionário das crianças e adolescentes e irá estimular a formação de novos grupos. 

Cofrinho missionário 

O desejo de que todas as crianças do mundo possam conhecer Jesus e ter vida digna é o que impulsionou, em 1843, o bispo francês Dom Carlos Augusto de Forbin-Janson, a fundar esta obra missionária. Seu objetivo é que sejam as próprias crianças que, com suas orações e donativos, ajudem outras crianças em todo o mundo. As crianças e adolescentes da Infância e Adolescência Missionária cooperam materialmente com ofertas que são fruto de seus sacrifícios e se destinam para as obras dedicadas às crianças e para a evangelização. Cada mês, as crianças, com alegria, porque são frutos de seus sacrifícios, entregam uma oferta para as crianças necessitadas do mundo.

As crianças e os adolescentes missionários comprometem-se a "Repartir seus bens com os que têm, mesmo à custa de sacrifícios", conforme o 3º Compromisso da IAM. 

Destinação 

O secretário nacional, padre André Negreiro explica que a Obra Pontifícia da Infância e Adolescência Missionária, em âmbito mundial, apoia economicamente centenas de projetos. “São projetos que protegem a vida, tais como centros para crianças órfãs, casas de acolhida para crianças de rua ou assistência de saúde aos recém-nascidos e escolas infantis, estão entre as prioridades”.

Informa ainda que também há projetos que visam a "formação cristã" mediante a construção de salas para o catecismo, edição de publicações religiosas e animação missionária entre as crianças.

O continente que mais recebeu ajuda nas últimas doações foi a África, com 52%, seguido da Ásia, para onde foram destinados 40% dos donativos. A América Latina, onde esta obra pontifícia tem grande popularidade, recebeu também numerosas ajudas, assim como a Oceania.

Padre André ressalta que todo donativo arrecadado no Cofrinho Missionário é destinado, exclusivamente, para as crianças do mundo atendidas pelos projetos da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária. "Todos os anos é publicada uma lista com as ofertas realizadas pelas crianças do Brasil e o destino final dos recursos,” observa. 

O material para 3ª Jornada Nacional da IAM está em disponível no site das Pontifícias Obras Missionárias.

(POM-CM)

 

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Janaúba (MG) e Santo André (SP) têm novos bispos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco transferiu o bispo da Diocese de Caetité (BA), Dom Guerrino Riccardo Brusati, para a Diocese de Janaúba (MG). Com 29 paróquias, a diocese estava vacante desde setembro de 2014.

O novo bispo, Dom Guerrino, é italiano, nascido em 1945 em Novara, onde estudou filosofia e teologia. Foi ordenado em 1973 e enviado ao Brasil em 1982, como sacerdote ‘fidei donum’ na Diocese de Paulo Afonso, na Bahia. Ali permaneceu até 2003, ocupando vários encargos, até seguir para Caetité como bispo.

Santo André

A Diocese de Santo André (SP) também tem novo bispo. O Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral, solicitada por Dom Nelson Westrupp, S.C.I., que completou 75 anos em setembro passado. 

O novo bispo para a cidade do ABC paulista é Dom Pedro Carlos Cipolini, que até agora governava a Diocese de Amparo (SP).

Dom Pedro Cipollini tem 63 anos e nasceu em Caconde (SP). Estudou filosofia e teologia em São Paulo e obteve o doutorado em Roma, na Universidade Pontifícia Gregoriana. 

Foi ordenado em 1978 para a Diocese de Franca e sucessivamente, incardinado na Arquidiocese de Campinas, aonde desempenhou várias funções até 2010, ao ser nomeado Bispo de Amparo. No âmbito da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é o atual Presidente da Comissão para a Doutrina da Fé. 

(CM)

 

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Igreja na América Latina



Igreja continua a defender investigação do assassinato de Romero

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San Salvador (RV) – O Bispo Auxiliar de San Salvador, Dom Gregorio Rosa Chávez, afirmou na terça-feira (26) que a Igreja Católica do país não renunciou à investigação do assassinato do Arcebispo mártir Dom Oscar Arnulfo Romero.  “É necessário realizar o processo de investigação”, defendeu o prelado em um programa na TV nacional.

Dom Rosa Chávez recordou que a Igreja apelou à Corte Interamericana dos Direitos Humanos, que condenou o governo salvadorenho a reabrir a investigação, assim como aplicar ações reparadoras.

Em março de 2010, o então Presidente Mauricio Funes reconheceu a responsabilidade histórica do Estado no assassinato de Romero. Ele afirmou que o prelado “foi vítima da violência ilegal perpetrada por um esquadrão da norte” e pediu perdão pelo assassinato.

Dom Chávez lembrou ainda, que quando do apelo à Corte Interamericana, foi reiterado o desejo de perdão, porém com duas condições: “que se reconheça o que aconteceu e que se faça justiça”. Ainda é aguardada a revogação de uma lei de anistia que impede que sejam julgados os envolvidos no crime. Grupos da sociedade pediram recentemente à Procuradoria Geral da República para que reabrisse a investigação do assassinato de Romero e revogasse a Lei de Anistia.

Um desconhecido disparou contra Dom Romero, enquanto celebrava uma missa em 24 de março de 1980, na Capela do Hospital.

Um informe da Comissão da Verdade das Nações Unidas, criada logo após os acordos da paz, determinou que o autor intelectual do crime foi o Major Roberto d'Aubuisson, fundador do partido de direita Aliança Republicana Nacionalista (ARENA), que governou o país de 1989 – 2009.

Dom Óscar Romero foi beatificado no sábado (23), em San Salvador, numa cerimônia que reuniu mais de duzentas mil pessoas.(JE)

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Igreja no Mundo



Sacerdote é preso na China

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Pequim (RV) – O Padre Liu Honggeng, Vice-Reitor do Santuário e da Paróquia dedicada a Maria, Rainha da China, localizada em Baoding (Província central de Hebei), foi preso pelas autoridades locais, que o custodiavam desde 7 de maio passado para evitar peregrinações em sua igreja. A confirmação da prisão chegou à Agência Asianews por uma fonte católica local, anônima por motivos de segurança.

O sacerdote – explica a fonte - “se preparava para o mês mariano, muito caro aos católicos chineses, e pelos de Baoding em particular. Na Diocese existem cerca de 500 mil fieis, entre Igreja oficial e não-oficial, e todos têm uma grande devoção pela Virgem Maria. Não obstante as problemáticas da perseguição, são mais de 70 os sacerdotes que desenvolvem uma pastoral muito ativa. “É fato corriqueiro que naquela área sejam efetuadas prisões ou detenções preventivas, dado que é uma região onde é muito forte a Igreja não-oficial. Mas não acreditávamos que Padre Liu seria preso novamente”, observou a fonte.

Padre Liu já havia cumprido oito anos de prisão, sem processo, por ter-se recusado a inscrever-se na Associação Patriótica dos Católicos Chineses, em 2006. Autoridades locais justificam a prisão, afirmando sobre a necessidade de se ter “religiões chinesas, sem influência estrangeira”, fato que reforça as alas extremistas da Associação Patriótica. Bento XVI, em sua Carta à Igreja na China, considera a “Igreja Oficial” como “incompatível com a doutrina católica”.

Na mesma diocese, as autoridades demoliram um altar de 8 m x 6m, construído em fevereiro passado por um grupo de católicos locais. Cerca de 40 agentes – escreve a Agência Ucan – conduziram a operação sem advertir com antecedência os fieis e sem os documentos necessários. Duas mulheres, fieis leigas, tentaram impedir a destruição, resultando feridas.

Sempre em Hebri, mas na Diocese de Zhengding, as autoridades libertaram, após 12 dias de prisão, o Bispo Giulio Jia Zhiguo, com uma longa história de prisões. O prelado havia ordenado alguns sacerdotes em abril. (JE)

 

 

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Milão: encontro sobre células paroquiais de evangelização

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Milão (RV) - Tem início nesta quinta-feira (28/05), em Milão, Itália, o 26º seminário internacional sobre o sistema de células paroquiais de evangelização.

Passaram-se 25 anos desde que este encontro teve início como seminário europeu, adquirindo com o tempo um caráter de internacionalidade. Hoje, como naquela época, grandes são o compromisso e a alegria em acolher os cerca de 160 participantes de países como França, Itália, Grã-Bretanha, Irlanda, Suíça, Espanha, Alemanha, Polônia, Canadá, Uganda, República do Congo, Peru e Costa do Marfim.

Em 12 de abril passado, o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, entregou ao presidente e fundador do organismo internacional, Pe. Pigi Perini, o Decreto de reconhecimento e aprovação definitiva. 

Lê-se no documento: “é fundamental para a Igreja fortalecer a identidade missionária dos fiéis leigos e solicitar nos pastores a consciência de sua tarefa de fazer com que a paróquia se torne uma comunidade ardente de fé, onde os membros são agentes da evangelização e a paróquia centro constante de envio missionário”.

As células são formadas por fiéis leigos que desejam partilhar o amor de Deus com todas as pessoas. O pastor que leva adiante esta metodologia de anúncio, descobre que é possível transformar a comunidade de gigante adormecido em paróquia em chamas, ardente de fé e projetada para a evangelização dos que estão distantes. 

Isto pode acontecer em todo lugar do mundo, em toda  paróquia que tenha um pároco interessado em fazer com que os seus paroquianos vivam a realidade do próprio Batismo de maneira autêntica e profunda. (MJ)

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Formação



Sínodo sobre a Família: preparação entra na reta final

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Cidade do Vaticano (RV) – O Instrumento de trabalho (Instrumentum laboris) para o próximo Sínodo dos Bispos estará pronto até julho: é o que garante o Cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Membro do Conselho Ordinário do Sínodo, o Cardeal participou das reuniões dos dias 25 e 26 de maio, em preparação para a XIV Assembleia Geral Ordinária que de 4 a 25 de outubro debaterá o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. 

Em entrevista ao Programa Brasileiro, Dom Odilo explica que o encontro de dois dias foi presidido pelo Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, com 15 Cardeais e vários consultores, sempre com a presença do Papa Francisco. 

(SP/CM)

 

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Concílio: a proposta de Bispos brasileiros para a falta de padres

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso Espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje, da participação do episcopado brasileiro nas sessões conciliares. 

No programa passado, vimos como a questão do subdesenvolvimento, da miséria, da desnutrição e do analfabetismo, junto ao diálogo norte-sul, preocupavam o episcopado brasileiro, estando por isto presente nos debates e reuniões durante o Concílio. Outra área que causava grande preocupação aos prelados, especialmente brasileiros, era a do atendimento pastoral insuficiente ou inexistente em amplas áreas do país, por escassez do clero.

A discussão do esquema Presbyterorum Ordinis, na terceira sessão do Concílio, provocou uma insatisfação geral nos presentes pelo seu tom. Em nome de 112 Bispos brasileiros e de  outras nações, o Arcebispo de Goiânia, Dom Fernando Gomes, assinalou as graves deficiências do esquema:

"O esquema, mesmo em sua nova redação, causou a nós e a muitos outros Padres Conciliares, uma grande desilusão. Julgamos que o texto das proposições constitui uma injúria aos nossos diletíssimos sacerdotes que trabalham conosco na vinha do Senhor. Se o Concílio Vaticano II disse coisas tão belas e sublimes quando tratou dos Bispos e dos Leigos, por que agora, ao tratar dos sacerdotes diz tão pouco e de modo tão imperfeito?”

Ao concluir, Dom Fernando Gomes pediu que o esquema fosse rejeitado e elaborado um novo, a ser discutido e votado na próxima sessão do Concílio.

Neste meio tempo, a discussão a cerca dos ministérios que tocara o tema do restabelecimento do diaconato permanente, evoluiu, na quarta sessão, no sentido de se discutir a possível ordenação de homens casados, por um lado, e o acesso de diáconos casados ao presbiterato, por outro. Ambas as questões tocavam a vinculação entre ministério presbiteral e celibato na tradição latina.

O Bispo de Lins, Dom Pedro Paulo Koop, preparou um texto para sua intervenção onde pedia a ordenação de homens casados, de modo a cumprir o mandato evangélico da evangelização e do pastoreio das comunidades, privadas longamente da presença sacerdotal e da celebração eucarística por escassez de padres. Após preparar seu pronunciamento e entregá-lo, como era de praxe, ao secretariado do Concílio, Dom Pedro distribuiu o documento a muitos outros padres conciliares em busca de apoio ao texto. Foi, no entanto, advertido para que não se pronunciasse oralmente na Sala Conciliar. O texto original em latim, acabou sendo publicado em francês no Jornal Le Mond em 12 de outubro de 1965. A publicação acabou coincidindo com a carta de Paulo VI ao Cardeal Tisserant, retirando a discussão do tema da agenda conciliar, deixando em situação difícil o Bispo de Lins, ainda novo no Episcopado, que foi atacado por alguns colegas e acusado de desonrar o Episcopado brasileiro, colocando-o contra o Santo Padre. Anos mais tarde, sua posição tornou-se majoritária no seio da Conferência Episcopal Brasileira.

Além de Dom Pedro Koop, também o jovem bispo Francisco Austregésilo de Mesquita, da Diocese de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, depositou documento semelhante na Secretaria do Concílio, com data de 10 de outubro de 1965. Enquanto Dom Pedro pedia a ordenação de "viri probati", ele solicitava a de diáconos casados. Seu argumento não partia, inicialmente, da necessidade pastoral das comunidades e fiéis, privados de sacramentos pela falta de padres, mas insistia na distinção entre vocação para o sacerdócio e vocação para o celibato, podendo alguns assumir o carisma do celibato, sem necessariamente se sentirem chamados ao presbiterato. Inversamente, havia zelosos presbíteros que não se sentiam chamados ao celibato. Postulava, portanto, a liberdade de escolha, sem medo de perder ministros por esta razão. Mas num segundo momento, passou a insistir igualmente nas necessidades pastorais de inúmeras regiões do mundo, citando o exemplo da própria Diocese.

 

FONTE: Padres Conciliares Brasileiros no Vaticano II: Participação e Prosopografia. 1959-1965.  José Oscar Beozzo

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Atualidades



Incerteza política em Madagascar afeta população

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Antananarivo (RV) – “A população está desmotivada, pois tem a sensação de retornar ao caos total que caracterizou por anos a vida política da Ilha”. Foi o que afirmou à Agência Fides o Diretor da Rádio Dom Bosco de Madagascar, padre Luca Trengia, depois que o Parlamento de Antananarivo votou uma moção para destituir o Presidente Hery Rajaonarimampianina, eleito em janeiro de 2014.

A destituição do Presidente teve o voto favorável dos deputados ligados aos dois ex-Presidentes, Marc Ravalomanana e Andry Rajoelina, que se desafiaram no período entre 2009 e 2014, depois que o primeiro foi tirado do poder pelo segundo, com um golpe de Estado em 2009. Aos votos favoráveis à destituição uniram-se diversos deputados da maioria presidencial.

“A moção para a destituição do Presidente foi motivada pelo fato de que ele não respeita a Constituição em diversos pontos, além de ainda não ter sido constituída a Alta Corte de Justiça, um organismo que deveria ter entrado em vigor em até um ano após a eleição do Chefe de estado”, afirmou o sacerdote. De qualquer forma, será a Corte Constitucional a aprovar o voto do Parlamento.

“A nível social – prossegue o sacerdote – tem se multiplicado os atos de delinquência, o sentimento de insegurança é generalizado, a ponto que não se pode sair à noite. A população está desconfiada”. Uma realidade denunciada pelos Bispos de Madagascar na Carta Pastoral publicada em 13 de maio, por ocasião da conclusão de sua Assembleia.

“O povo malgaxe desconfia da política de partidos, da vergonha e das promessas vãs dos políticos”, afirmam os bispos, que denunciam “o tráfico ilícito de riquezas naturais e a mudança da lei mineral, a favor de uma minoria. O regime atual adora o deus dinheiro, vendendo para o exterior a nação malgaxe”. Segundo os prelados, diversos malgaxes, não recebendo proteção do Estado e na vã esperança de proteger os próprios direitos, caem vítimas das “redes mafiosas e de grupos satânicos”, enquanto outros, diante do desastre da saúde pública, caem nas mãos de “curandeiros e de seitas”. (JE)

 

 

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Mapa da fome: bolsões de pobreza estão na África e na Ásia

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Roma (RV) - O relatório anual das Nações Unidas sobre a fome no mundo foi apresentado nesta terça-feira (27/05) na sede da FAO, em Roma. Bolsões de fome se concentram na África e na Ásia em contraste com outras regiões que já atingiram a meta de desenvolvimento do milênio em reduzir pela metade o número de famintos nos últimos 25 anos. O Brasil está fora do mapa da fome desde o ano passado. O Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, destaca os programas que se tornaram modelos da política externa brasileira. 

As estimativas indicam que hoje 795 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo. Na última década, contudo, mais de 167 milhões saíram do mapa da fome. No total, em 25 anos, o número de famintos foi reduzido em 216 milhões. A África, todavia, tem hoje de acordo com a FAO, mais de 220 milhões de pessoas famintas, o que representa 23% da população do continente. Enquanto o mundo caminha para erradicar a fome, velhos problemas bloqueiam o progresso africano, afirmou o diretor geral da FAO, José Graziano da Silva.

“Nós temos algumas regiões que, definitivamente, ficaram para trás: o oeste asiático, basicamente os países que estão em conflito e a África central subsaariana, são as regiões que concentram a fome no mundo”.

África flagelada 

De acordo como relatório da fome no mundo deste ano, 72 de 129 países em desenvolvimento atingiram a meta de desenvolvimento do milênio em reduzir pela metade o número de famintos a partir de 1990. Muitos destes países estão, paradoxalmente, no continente africano.

“Na costa atlântica da África, nós temos países como Angola e também Cabo Verde que fizeram progressos notáveis nos últimos anos. Alguns países que foram destruídos pela guerra civil, caso de Angola, que se recuperaram, e que utilizaram os recursos da produção mineral entre elas o petróleo, para promover o desenvolvimento, inclusive o desenvolvimento rural”.

Os países africanos se comprometeram ao assinar o Tratado de Maputo, em 2003, investir 10% do orçamento em desenvolvimento de agricultura o que teria reflexos diretos na luta contra a fome. Todavia, esse percentual não chegou, em média, a sequer a 2%.

“Toda a África tem este potencial, a África hoje precisa de paz em primeiro lugar, mas precisa também de um desenvolvimento mais inclusivo, de um compromisso maior dos governantes com o desenvolvimento interno de seus países”.

Desenvolvimento rural 

Ao recordar que a maior parte da produção na África vem dos pequenos produtores rurais, especialmente mulheres, Graziano destaca uma iniciativa que deu certo no Brasil e que, aos poucos, começa a ser implementada no continente africano por meio de programas da FAO. O programa PAA, Compras de Africanos para a África, tem garantido que parte da produção destes pequenos agricultores seja vendida.

“A aquisição direta do governo por um preço justo diretamente dos agricultores familiares veio propiciar o acesso ao mercado que eles não tinham. Isso hoje tem muito êxito na África e nós estamos preparando para implementar em outros países da Ásia como, por exemplo, o Timor-Leste.

Modelo brasileiro

O Brasil está fora do mapa da fome desde 2014. O País agora se prepara para cumprir uma agenda de desenvolvimento sustentável internacional que prevê, entre outros compromissos, a erradicação completa da fome no mundo até 2050.

“Sem dúvida uma das experiência mais exitosas que nós temos para mostrar ao mundo é o caso brasileiro: pela rapidez com a qual se logrou – praticamente – erradicar a fome e pela amplitude, atingiu todo o País. O Brasil tem hoje um número insignificante (de famintos) para nós, menos de 5% da população, localizado em algumas regiões muito específicas. Isso se deve a um conjunto de políticas ativas promovidas pelo governo antes sob a bandeira do Fome Zero e hoje Brasil sem Miséria. Isso inclui a busca ativa, por exemplo, uma política inovadora de ir atrás das pessoas que precisam, não ficar esperando que elas venham bater na porta do governo”.

Graziano considera “ícones da política externa do Brasil” programas que hoje são adaptados às mais diversas realidades nacionais em várias partes do mundo.

“O programa de merenda escolar que é adotado em praticamente toda a América Latina, baseado na experiência brasileira, outros já implementando compras locais – de preferência na agricultura familiar. E o PAA que é, sem dúvida, o programa mais exitoso de agricultura familiar”. (RB)

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Israel: Escolas cristãs protestam contra políticas discriminatórias

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Jerusalém (RV) – As escolas cristãs de Israel organizaram uma manifestação sem precedentes na manhã desta quarta-feira (27), para denunciar as políticas discriminatórias do governo em relação a elas. Cerca de 700 pessoas, entre professores, pais acompanhados de seus filhos e religiosos, manifestaram-se na praça em frente ao Palácio Lev Ram, sede do Ministério da Educação, levando faixas e distribuindo panfletos explicando as razões do protesto.

“Trata-se de uma manifestação  pacífica e respeitosa, para dizer que queremos ser tratados como os outros, quer do ponto de vista econômico como da liberdade de educação”, declarou à Agência Fides o Diretor do Departamento das Escolas Cristãs,  Padre Abdel Masih Fahim.

Ensino aberto à convivência e contra sectarismo

As escolas cristãs em Israel são frequentadas por 30 mil estudantes, dos quais somente a metade são cristãos. A maior parte delas já funcionava antes da criação do Estado de Israel. Com resultados acadêmicos elevados, estas escolas formam seus alunos segundo os valores cristãos do amor ao próximo, do perdão e da tolerância, alimentado com o seu trabalho cotidiano uma sensibilidade aberta à convivência e contra toda forma de sectarismo. As escolas cristãs – lê-se em um comunicado divulgado por ocasião da manifestação – pertencem à categoria das escolas “reconhecidas mas não-pública”, recebendo um financiamento parcial do Ministério. O restante dos custos é coberto por pagamento de mensalidades.

O corte dos financiamentos das escolas cristãs incide sobre as famílias

Há anos, o Ministério da Educação tenta reduzir o financiamento das escolas cristãs (45% nos últimos anos), o que obrigou os educandários a elevar o valor pago pelas famílias. O corte dos financiamentos pesa sobretudo para famílias da população árabe-israelense, para quem o rendimento médio familiar é abaixo da média nacional.

O Governo quer que escolas cristãs se tornem públicas

Um comitê nomeado pelas Escolas Cristãs em Israel conduziu tratativas com o Ministério por oito meses. A proposta do Governo é de que elas se tornem escolas públicas. Os titulares das escolas (igrejas, mosteiros,…) interpretam este gesto como o fim da empresa educativa cristã baseada nos valores cristãos, e um golpe gravíssimo contra as minorias cristãs na Terra Santa. Com estes fatos, as escolas cristãs interromperam os colóquios.

Ensino padrão acabaria com especificidade da abordagem educativa cristã

“Tenta-se impor também nas escolas elementares cristãs um sistema de ensino padrão já implementado nas escolas judaicas e nas árabe-governativas” - explica à Agência Fides o Padre Abel Masih Fahim – “o que acabaria com a especificidade de sua abordagem educativa. E também os professores seriam penalizados em relação aos colegas de outras escolas, no que tange a seus direitos trabalhistas”.

Na manifestação de Jerusalém tomaram parte também bispos de diversas Igrejas cristãs, entre os quais Dom William Shomali e Dom Giacinto Boulos Marcuzzo, do Patriarcado Latino de Jerusalém. (JE)

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Muçulmanos na Bélgica fazem coleta para restaurar sinagoga

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Arlon (RV) – A comunidade muçulmana de Arlon, sul da Bélgica, recolheu 2.400 euros para contribuir com a manutenção da sinagoga local, construída em 1865, a primeira do país. O templo foi fechado em agosto de 2014, por estar praticamente em ruínas.

O valor – reporta a France Press – foi entregue ao Rabino Jean Claude Jacob na última quarta-feira, pelo Secretário Geral da Associação dos Muçulmanos de Arlon Mohamed Bouezmarni. Eles estavam reunidos em uma mesa redonda com representantes católicos, protestantes e muçulmanos.

“Mesmo que a soma recolhida possa parecer irrisória em relação ao montante necessário para a reforma (400 mil euros) – afirmou Bouezmarni – a iniciativa desencadeou numerosas consequências positivas. Sobretudo, reforçou as ligações recíprocas de fraternidade entre as diferentes religiões e filosofias presentes em Arlon”.

O Rabino Jacob, por sua vez,  confirmou que a mobilização da comunidade islâmica, iniciada em 27 de fevereiro após a oração da Sexta-feira, comoveu também as autoridades locais, o que levou esperança para o início dos trabalhos de restauração.

Digno de nota, é que em Arlon, os muçulmanos não têm uma mesquita e se reúnem em um apartamento. (JE)

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