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Sumario del 29/05/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: a verdadeira fé faz milagres, não negócios

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Cidade do Vaticano (RV) – A fé autêntica, aberta aos outros e ao perdão, faz milagres. Que Deus nos ajude a não cair em uma religiosidade egoísta e mercantil: é o que disse o Papa na Missa da manhã desta sexta-feira (29/05), na Casa Santa Marta.

 

O Evangelho do dia propõe “três modos de viver” com as imagens da figueira que não dá frutos, dos negociantes no templo e do homem de fé. “A figueira – afirma o Papa – representa a esterilidade, ou seja, uma vida estéril, incapaz de dar qualquer coisa. Uma vida que não frutifica, incapaz de fazer o bem”:

“Vive para si; tranquilo, egoísta, não quer problemas. E Jesus amaldiçoa a figueira, porque é estéril, porque não fez nada para dar frutos. Representa a pessoa que nada faz para ajudar, que vive sempre para ela mesma, para que nada lhe falte. No final, estas pessoas se tornam neuróticas, todas elas! Jesus condena a esterilidade espiritual, o egoísmo espiritual. ‘Eu vivo para mim, que a mim nada falte e os outros que se virem!’”.

Negociadores da religião

O outro modo de viver – destaca o Papa – “é aquele dos exploradores, dos negociantes no templo. Exploram até mesmo o lugar sagrado de Deus para fazer negócios: trocam moedas, vendem os animais para os sacrifícios, têm até um sindicato para defendê-los. Isso não somente era tolerado, mas permitido pelos sacerdotes do templo”. São “aqueles que fazem da religião um negócio”. Na Bíblia – recorda Francisco – está a história dos filhos de um sacerdote que “obrigavam as pessoas a dar ofertas e ganhavam em cima disso, tanto, também dos pobres”. E “Jesus não economiza nas palavras”: “A minha casa será chamada casa de oração. Vocês, ao contrário, fizeram dela um covil de ladrões”:

“O povo peregrinava ao templo para pedir a bênção do Senhor, fazia um sacrifício: e lá, aquelas pessoas eram exploradas! Os sacerdotes não os ensinavam a rezar, não ministravam catequese... Era um covil de ladrões. Paguem, entrem... Realizavam os rituais, vazios, sem piedade. Não sei se nos fará bem pensar se conosco acontece algo do gênero em qualquer lugar. Não sei? Usar as coisas de Deus para o lucro próprio”.

Vida de Fé

O terceiro modo de viver é “a vida de fé”, como Jesus indica: “’Tenham fé em Deus. Se alguém disser a esta montanha: ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar no coração, mas crer que o que diz se realiza, assim lhe acontecerá’. Acontecerá justamente aquilo que nós, com fé, pedirmos:

“É o estilo de vida da fé. ‘Pai, o que devo fazer para isto?’; ‘Mas peça-o ao Senhor, que te ajude a realizar coisas boas, mas com fé. Somente uma condição: quando vocês rezarem pedindo isso, se vocês tiverem algo contra alguém, perdoem. É a única condição, para que também o vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas’. Este é o terceiro estilo de vida. A fé, a fé para ajudar os demais, para se aproximar de Deus. Esta fé faz milagres”.

Meditação final

E, com a seguinte reflexão, o Papa concluiu a sua homilia: “Peçamos hoje ao Senhor… que nos ensine este estilo de vida de fé e que nos ajude a não cair jamais – nós, a cada um de nós, e a Igreja – na esterilidade e no mercantilismo”. (RB)

 

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Papa: renovar o anúncio do Evangelho com sabedoria pastoral

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (29/05), no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. 

Em seu discurso, o Pontífice falou sobre o tema da Plenária, isto é, a relação entre evangelização e catequese. Para Francisco, é preciso ler os sinais dos tempos para anunciar da melhor maneira possível a mensagem de Cristo. A missão é sempre idêntica, ressaltou, mas a linguagem com a qual anunciar o Evangelho requer renovação, com sabedoria pastoral.

“Isto é o que os homens esperam hoje da Igreja: que saiba caminhar com eles oferecendo a companhia do testemunho da fé, que nos torna solidários com todos, em especial com os mais sós e marginalizados. Quantos pobres aguardam o Evangelho que liberta! Quantos homens e mulheres, nas periferias existenciais geradas pela sociedade consumista, aguardam a nossa proximidade e a nossa solidariedade! O Evangelho é o anúncio do amor de Deus que, em Jesus Cristo, nos chama a participar da sua vida. A nova evangelização, portanto, é isto: conscientizar-se do amor misericordioso do Pai para que nos tornemos, também nós, instrumentos de salvação para os nossos irmãos.

Neste contexto, destacou Francisco, a catequese é fundamental. E a pergunta sobre como estamos educando à fé não é retórica, mas essencial. A resposta requer coragem, criatividade e decisão para empreender caminhos às vezes ainda inexplorados.

“A catequese, como componente do processo de evangelização, precisa ir além da simples esfera escolar, para educar os fiéis, desde crianças, a encontrar Cristo, vivo e operante na sua Igreja. O desafio da nova evangelização e da catequese, portanto, se joga justamente neste aspecto fundamental: como encontrar Cristo, qual é o local mais coerente para encontrá-lo e segui-lo.”

O Papa concluiu o seu discurso garantindo a sua solidariedade e o seu apoio nesta tarefa “tão urgente para as comunidades”, confiando os membros do Pontifício Conselho a Nossa Senhora da Misericórdia.

(BF)

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Dom Odilo: proposta para o ministério dos catequistas

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Cidade do Vaticano (RV) – Concluíram-se nesta sexta-feira com a audiência concedida pelo Papa Francisco, os trabalhos da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização que teve início na última quarta-feira, no Vaticano.

Os membros deste Pontifício Conselho foram recebidos no final da manhã desta sexta-feira. Francisco, no seu discurso aos presentes recordou que “o Evangelho é o anúncio do amor de Deus que, em Jesus Cristo, nos chama a participar da sua vida. A nova evangelização, portanto, é isto: conscientizar-se do amor misericordioso do Pai para que nos tornemos, também nós, instrumentos de salvação para os nossos irmãos.

Sobre a Plenária e o Jubileu extraordinário dedicado à misericórdia, Silvonei José conversou com o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, que participou dos trabalhos. (SP)

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Papa encontrou crianças doentes, na Casa Santa Marta, e meditou sobre o sifrimento

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu, na tarde desta sexta-feira (29/5), na Capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano, um grupo de crianças gravemente doentes, acompanhadas pelos pais e alguns voluntários e responsáveis da UNITALSI, um organismo que leva doentes em peregrinação ao Santuário de Lourdes, na França.

O Santo Padre se aproximou, com carinho das crianças, de idade entre os 7 e os 14 anos, mas também de 2 ou 3 anos. Algumas dirigiram sua saudação ao Papa, em nome das demais.

Por sua vez, Francisco aproveitou a ocasião para fazer uma profunda meditação sobre o mistério do sofrimento dos menores, no seio da sociedade, dizendo: “Não há explicação... é um mistério! Imagino a reação de Nossa Senhora, quando puseram em seu colo o corpo morto de seu filho, ensanguentado, maltratado... Sua Mãe o acariciou, apesar de não entender”.

Então, o Pontífice convidou os pais das crianças presentes a não ter medo de pedir, de desafiar o Senhor, perguntando-lhe “por que”? A sentir o olhar de ternura do Pai sobre seus filhos, que também sofreram.

O Papa expressou sua admiração pelos pais, que tiveram a coragem de rejeitar o aborto, que é uma falsa solução do problema do sofrimento; elogiou o “heroísmo” deles em aceitar o sofrimento dos seus filhos e preocupação pelo seu destino e futuro incertos...

Enfim, o Santo Padre prometeu as suas orações a todas as crianças e seus pais, para que o Senhor possa dar-lhes a justa consolação, da qual precisam. E concluiu, encorajando-os, mais uma vez, a dirigir-se ao Senhor, com insistência e confiança.

O encontro com o Papa, na Capela Santa Marta, no Vaticano, terminou, após uma hora, com a oração da Ave Maria e com a sua Bênção Apostólica. Ao se despedir, Francisco se entreteve, mais um pouco, com as  crianças presentes, seus pais e acompanhantes. (MT)

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Papa recebe Primeiro Ministro da Eslovênia: diálogo construtivo entre os dois países

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, na manhã desta sexta-feira, em audiência particular, no Vaticano, o Primeiro Ministro da Eslovênia, Miro Cerar, que, logo a seguir, se entrevistou com o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, acompanhado pelo Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paulo Richard Gallagher. 

Segundo a Sala de Imprensa vaticana, nos cordiais colóquios foram destacadas as boas relações entre a Santa Sé e a Eslovênia e confirmado o desejo de se prosseguir na linha do diálogo construtivo, sobre os temas bilaterais, concernentes às relações entre a Igreja e o Estado; foi feita uma referência especial ao processo de reconciliação nacional, aos valores humanos e religiosos e à mútua colaboração em favor do bem comum da sociedade e dos pobres. (MT)

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Motu proprio do Papa: revisão do Estatuto da Previdência vaticana

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Cidade de Vaticano (RV) – Foi publicada, nesta sexta-feira, no Vaticano, a Carta Apostólica do Papa Francisco, em forma de “Motu Proprio”, sobre a Revisão do Estatuto do Fundo da Previdência Social Vaticana. 

Segundo o Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, “esta revisão diz respeito às mudanças no Estatuto, à luz das novidades realizadas nestes últimos tempos, inerentes às entidades da Administração do Vaticano, à constituição do Conselho para a Economia e da Secretaria para a Economia”.

A Previdência vaticana não muda

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé destaca ainda “que se trata de mudanças apenas no Estatuto e não no Regulamento, em vigor, da Aposentadoria dos funcionários do Vaticano. Logo, as mudanças referem-se à estrutura da Administração e não ao serviço prestado pelos funcionários, em vista da Aposentadoria.

Novidades principais

A primeira novidade, afirma o Padre Lombardi, concerne ao Presidente do Fundo de Aposentadoria Social, que, agora, será nomeado diretamente pelo Papa, por um mandato de cinco anos, renovável por mais um quinquênio. O Santo Padre escolherá um dos três candidatos propostos pelo Conselho para a Economia, o coordenador do Conselho para a Economia. Os candidatos não deverão ser exclusivamente Cardeais ou Eclesiásticos, mas até mesmo leigos. (MT)

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Relatório AIF 2014: maior controle e cooperação

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Cidade do Vaticano (RV) –  A Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano apresentou esta sexta-feira seu Relatório anual para o exercício 2014, sobre as atividades de informação financeira e de vigilância para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro e do financiamento ao terrorismo. A apresentação esteve a cargo do Presidente da AIF, Sr. René Brulhart, e de seu Diretor, Dr. Tommaso Di Ruzza. 

Diminuição das transações suspeitas

A AIF identificou 147 atividades suspeitas em 2014, 55 a menos do que a 2013, revela o Relatório. Quando a Autoridade Financeira detecta um caso suspeito de atividade de lavagem ou de financiamento ao terrorismo, é transmitido um relatório ao Departamento do Promotor de Justiça do Tribunal do Estado do Vaticano. Em 2014 houve sete casos, como explicou o Diretor da AIF, Tommaso Di Ruzza:

“Os potenciais crimes, apresentados por nossa autoridade judiciária, são em grande parte casos de tentativa de fraude ou casos de tentativa fiscal grave”.

Inspeção no IOR

Existe uma tendência para consolidação de mecanismos de sinalização – explicou Di Ruzza –, que também precisou como o pico de 2013 dependeu do trabalho interno dentro do Instituto para as Obras de Religião (IOR), para a revisão e o fechamento dos relatórios e contas. A inspeção, conduzida no primeiro quadrimestre de 2014 – lê-se ainda no Relatório –, não identificou a existência de lacunas essenciais por parte do IOR”:

“Não evidenciou pontos críticos fundamentais ou estruturais, mas ao mesmo tempo, como de norma, pode acontecer neste tipo de inspeção. É claro, o ciclo de inspeção concluiu-se com um plano de ação que nos meses sucessivos será monitorado pelas atividades de vigilância em setores estratégicos para a anti-lavagem de dinheiro, ou seja, avaliação dos riscos, verificação adequada da clientela, transferências internacionais de dinheiro e assim por diante”.

Cooperação internacional

A respeito do plano de atividade internacional, a AIF, na sua qualidade de autoridade de inteligência financeira, “reforçou massivamente a cooperação internacional”, acrescentou o Presidente René Brulhart. Em 2014 foram assinados “Protocolos de intenção com Unidades de Informação Financeira de 13 países, incluindo Austrália, França e Reino Unido, Alemanha, Luxemburgo, Estados Unidos”.

“Uma intensificação de cooperação, quer por impulso da AIF quer por solicitações provenientes de Unidades de Informações Financeiras exteriores”, explicou Di Ruzza, que desejou uma próxima formalização de cooperação e troca de informações com Bankitalia, com o qual, precisou, existe “uma boa capacidade de diálogo e de confiança recíproca”. (JE)

 

 

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Cardeal Leonardo Sandri visitará Comunidades greco-católicas em Paris

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Cidade do Vaticano (RV) – O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, presidirá em Paris, neste sábado (30/5), à celebração Eucarística anual da Associação “Ouvre d’Orient” (“Obra do Oriente”), que faz parte da “Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais” (ROACO).

No sábado, o Cardeal Sandri visitará a sede da “Obra do Oriente” e a exposição dos manuscritos, provenientes de Mosul, realizada na sala dos Arquivos Nacionais, que conta com a colaboração dos Padres Dominicanos.

Na manhã de domingo, o Cardeal Sandri, encontrará, na Catedral de Notre Dame de Paris, a Comunidade Greco-católica Ucraniana, reunida por ocasião da ordenação presbiteral de um sacerdote da Eparquia. O cardeal aproveitará para expressar sua solidariedade pelos sofrimentos da população ucraniana em sua terra.

A seguir, o Cardeal Sandri participará de uma Divina Liturgia na paróquia Greco-católica Romena, ao término da qual concederá a sua bênção aos fiéis presentes.

Por fim, na tarde do próximo domingo (31/5), o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais presidirá à solene concelebração, na Catedral de Notre Dame de Paris, da qual participará, entre outros, o Cardeal-arcebispo de Paris, Dom André Vingt-Trois.

Esta visita à França será uma continuação daquelas, realizadas em novembro de 2011 e de março de 2012, às Comunidades Maronitas e Armênias, cujo objetivo é o de manifestar a solidariedade da Congregação para as Igrejas Orientais aos filhos e filhas das Igrejas católicas do Oriente nos países da diáspora, como também valorizar os elos de mútuo conhecimento e colaboração. (MT)

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Novas Formas de Vida Consagrada se reúnem em Roma

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Roma (RV) - “Abrindo caminhos: estruturas de comunhão e de governo.” Este é o tema do III Encontro Mundial das Novas Formas de Vida Consagrada, que tem início esta sexta-feira (29/05), em Roma. 

Participam do evento, de dois dias de duração, cerca de 30 instituições de 20 nacionalidades, no contexto do Ano da Vida Consagrada.

A finalidade desses Encontros é reunir os institutos e as associações de direito pontifício e diocesano já aprovados ou em via de aprovação, para que aprofundem os aspectos próprios desses novos carismas, mediante um conhecimento institucional, familiar e direto.

Nesta edição do Encontro, se refletirá sobre os elementos de comunhão e de governo das instituições, concentrando-se numa das principais características das novas formas de vida consagrada, que é o chamado específico a congregar numa única instituição realidades diferentes.

O Encontro alterna conferências com trabalhos de grupo e uma mesa-redonda. Da sessão plenária conclusiva, participará o Secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom José Rodríguez Carballo, O.F.M.

O Padre Everton de Souza, da Obra Santa Maria da Luz, explicou à Bianca Fracalvieri o significado destas novas formas de vida consagrada.

(BF)

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Divulgada logomarca da visita do Papa ao Equador

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Quito (RV) – Foi publicada a logomarca oficial da viagem do Papa Francisco ao Equador, a ser realizada em 5 de julho próximo. O Pontífice aparece sorrindo, tendo ao fundo as cores do arco-íris, que refletem a riqueza da tradição cultural do país sul-americano, de seu povo e de sua natureza. O hashtag #YoEsperoAlPapa acompanha a preparação e a visita do Papa ao país.

O site oficial da viagem escreve que a logomarca expressa as boas-vindas do povo equatoriano ao Santo Padre, “evocando o amor pela vida dos equatorianos e que será entregue com gratidão à Sua Santidade em sua chegada”. A visita do Pontífice é aguardada com grande expectativa pelo povo equatoriano. (JE)

 

 

 

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Mulheres do Vaticano organizam Simpósio sobre o seu papel

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Cidade do Vaticano (RV) – A partir de sexta-feira (29/05) até domingo, a Academia de Ciências Sociais do Vaticano recebe o simpósio “A Igreja diante da condição das mulheres hoje”, organizado por mulheres jornalistas do Vaticano.

A intenção é despertar a Igreja na defesa dos direitos das mulheres vítimas de conflito, violência de gênero e tráfico.

As artífices da iniciativa fazem parte de um grupo de mulheres jornalistas responsáveis pelo suplemento mensal do jornal L'Osservatore Romano, "Donne, chiesa, mondo" ("Mulheres, Igreja, Mundo"), dedicado às mulheres na Igreja Católica, criado em 2012 sob o pontificado de Bento XVI.

Em coletiva de imprensa para a apresentação do evento, a  coordenadora do "Donne, chiesa, mondo" ressaltou que as oradoras não vão discutir apenas teoria, mas também a prática. Começamos a ser visíveis”, comemorou a historiadora Lucetta Scaraffia.

O grupo de oradoras convidadas, católicas e não-católicas, vai debater as violações massivas de mulheres, em particular na República Democrática do Congo, sobre a violência de gênero no Ocidente e os maus-tratos sofridos pelas religiosas na África.

Também serão abordadas questões como a identidade feminina e o novo papel da mulher, a filiação biológica, barriga de aluguel e adoção. Sobre o tema da família, questiona-se “como se pode falar de crise sem envolver as mulheres e ouvir o seu ponto de vista”.

A Igreja organizou nos últimos meses várias reuniões sobre o papel das mulheres, mas esta é a primeira organizada exclusivamente por mulheres. Na coletiva ficou claro que o simpósio não tratará de reformas para dar mais poderes às mulheres na Igreja.

(CM)

 

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Igreja no Brasil



As missões populares no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) - As  missões populares, como as demais atividades evangelizadoras da Igreja, têm como objetivo levar Jesus Cristo a todas as pessoas, sem exceção. A missão de evangelizar é missão permanente da Igreja que deve cumprir a sua missão seguindo os passos de Jesus.

No Brasil, está se difundindo as Santas Missões Populares. Essa experiência de caminhada iniciada em 1989, pensada para o envolvimento dos leigos e leigas na missão da Igreja, ganhou força e cresceu em todo o país, espalhando-se por várias nações da América Latina.
 
As Santas Missões Populares ajudam a popularizar a missão. Nesse projeto o povo se sente protagonista. O seu espírito é viver a vida como missão, sempre sonhando com uma Igreja missionária, uma Igreja que sai de si mesma, de suas estruturas em direção às “periferias geográficas e existenciais do mundo”, como disse o Papa Francisco.

Silvonei José conversou com o Bispo de Bacabal (MA), Dom Armando Martín Gutiérrez, sobre a realidade das missões populares no Brasil. (MJ)

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Igreja no Mundo



Israel: manifestação das escolas católicas

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Jerusalém (RV) – Em Israel as escolas cristãs pedem iguais direitos e levantam a voz contra os cortes dos financiamentos, diminuídos em 45% em dez anos. Professores, estudantes e muitos religiosos, entre os quais os bispos, responderam com uma manifestação à proposta do governo de absorver os institutos cristãos – que têm um elevado nível didático e são frequentados por cerca 30 mil estudantes, metade de outras religiões – entre as escolas públicas, enfraquecendo assim a sua identidade, ou de declará-las escolas especiais abrigando-as a aumentar as mensalidades. A Rádio Vaticano ouviu o Padre Abdel Masih Fahim, Diretor do Escritório escolas cristãs de Israel:

R. – De acordo com a lei, cada estudante israelense pode ser educado em qualquer escola ele escolha e o governo deve restituir todas as despesas para a sua educação. O governo nos dá entre 60 e 70% do subsídio para cada estudante, e nós ensinamos 132% daquilo que é pedido, enquanto outras escolas ensinam menos e recebem 100%, ou mais. O governo nos deu duas possibilidades: tornar-se uma escola governamental e obter assim 100% dos financiamentos, mas isso nos leva para uma estrada muito estranha, porque não é a nossa missão fazer com que a nossa escola seja uma imitação de outras escolas, quanto ao ensino. Nós temos uma educação especial, uma educação cristã. Depois propuseram outra solução, mas esta solução – de tornar as nossas escolas, escolas especiais – nos obrigaria cobrar mensalidades escolares mais altas aos pais dos alunos. Nós não ensinamos para ter lucro, mas para prestar um serviço à sociedade. (SP)

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Atualidades



Mais um grupo parte em missão para a Amazônia

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Brasília (RV) - Um grupo de missionários que participa dos cursos de formação no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília (DF), visitou a sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde de quarta-feira (27/05). Entre eles, duas religiosas e um padre irão trabalhar na diocese de São Gabriel da Cachoeira (AM).

Padre Luiz Aparecido, que pertence à Arquidiocese de Botucatu e trabalha atualmente como missionário em Ipameri (GO),  participará do Projeto Missionário Igrejas Irmãs dos regionais Sul 1 e Norte 1 da CNBB. O sacerdote destaca a importância da formação do CCM para a missão. “O curso nos ajuda muito a colocar o pé no chão para onde a gente vai chegar,  conhecer a realidade para poder ver como podemos participar, contribuindo dentro daquela cultura, convivendo com eles, auxiliando no que a gente puder e nos colocando como irmãos dentro da comunidade”, afirma o Padre.

Missão na diocese mais 'índia' do Brasil

A formação teve início no dia 5 de maio e é uma iniciativa do CCM em parceria com a  Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

A Diocese de São Gabriel da Cachoeira, sob responsabilidade de Dom Edson Damian, possui 23 etnias indígenas diferentes e 18 línguas faladas pelos povos locais. Na região, o trabalho missionário de catequese com os indígenas é feito com a inculturação do Evangelho, iniciando a população local à vida cristã.
As outras duas missionárias que partirão para a diocese com maior presença indígena do Brasil pertencem à Congregação das Filhas de Santa Maria da Providência. Irmã Elda Soscia e Irmã Irene Helena Martini atuavam no Rio Grande do Sul e responderam ao chamado do papa Francisco para a evangelização na Amazônia.

“Nós esperamos fazer uma convivência com nossos irmãos indígenas de maneira que possamos dar e receber. Antes de tudo queremos receber porque eles foram bastante injustiçados. Por isso, queremos colocar à escuta para perceber os valores da cultura deles e depois queremos também anunciar o Cristo que é o porquê da nossa vida”, disse Irmã Elda.

Irmã Irene, que está na congregação desde o início da missão da província no Brasil, pretende atender ao apelo de Francisco. “Agora, a pedido do Papa, que insiste tanto para a gente ir ao encontro do mais necessitado, se colocar em missão, a gente quer fazer essa abertura com a Amazônia”, concluiu.
As religiosas irão para o município de Cucuí, às margens do Rio Negro, na fronteira com a Venezuela e com a Colômbia.

Visita à CNBB

Como de costume, os missionários em formação nos cursos do CCM realizam visita à sede da CNBB. Na oportunidade, conhecem a articulação das atividades da Igreja no Brasil promovidas pelo secretariado geral da entidade, além da atuação dos assessores das comissões episcopais. Cerca de 20 missionários brasileiros e estrangeiros dos cinco continentes estiveram na Conferência. Alguns participam do curso de Formação Missionária e outros do Aprimoramento em Língua Portuguesa. 

(CNBB/CM)

 

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Meio Ambiente + Sociedade = Ecologia Humana

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Cidade do Vaticano (RV) - "Pugnabit orbis terrarum contra insanus", já dizia São Boaventura, no século XIII: “Se o homem não respeita o mundo, então o mundo se revoltará contra ele”. 

De acordo com o censo demográfico de 2000, a região amazônica tem 20,3 milhões de moradores. Neste  território onde vivem  povos indígenas, quilombolas, seringueiros, ribeirinhos, posseiros e migrantes do campo e da cidade, a sede de lucro de transnacionais, madeireiras e latifundiários está expulsando progressivamente as populações nativas. 

Hoje, como há décadas, o compromisso da Igreja Católica continua sendo estar ao lado dos povos indígenas pela demarcação e homologação de suas terras e o respeito por suas culturas; as dos afro-descendentes, pelo reconhecimento das terras quilombolas; pela dignidade, igualdade e avanço das mulheres em suas articulações locais, nacionais e internacionais; na legalização das posses dos ribeirinhos; dos atingidos pelas barragens, pela restituição de seus meios de sobrevivência perdidos e a indenização por suas benfeitorias; na luta pela reforma agrária, contra o latifúndio e os grileiros; fortalecer os Movimentos Ecológicos contra a devastação da natureza, pela defesa das águas e dos animais. 

O desafio é propiciar educação, saúde, moradia, transporte, saneamento básico e emprego, num meio ambiente vivo e saudável. Nesta terra, marcada por fortes conflitos agrários e pelo sangue derramado dos mártires, onde a relação do homem com o ambiente inclui fatores econômicos, sociais e psicológicos, onde a ecologia humana transcende a ecologia, a Igreja é aliada dos homens e de seu entorno.

A este respeito, nós ouvimos Leon Souza, 23 anos, estudante de antropologia, membro da Caritas de Minas Gerais.

(CM)

 

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