Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 04/09/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: morder a língua antes de falar mal dos outros

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou suas atividades esta sexta-feira (4/9) celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. 

Em sua homilia, ele comentou as leituras do dia, quando São Paulo mostra a identidade de Jesus, que é o primogênito de Deus – e é o próprio Deus – e o Pai o enviou para “reconciliar e pacificar” a humanidade depois do pecado. “A paz é obra de Jesus” – disse o Papa – daquele seu “rebaixar-se para obedecer até a morte e morte de Cruz. “E quando nós falamos de paz ou de reconciliação, pequenas pazes, pequenas reconciliações, devemos pensar na grande paz e na grande reconciliação” que “Jesus fez”. “Sem Ele, a paz não é possível. Sem Ele, a reconciliação não é possível”. “A nossa tarefa – destacou Francisco – em meio às “notícias de guerras, de ódio, inclusive nas famílias – é ser “homens e mulheres de paz, homens e mulheres de reconciliação”:

“E nos fará bem nos perguntar: ‘Eu semeio paz? Por exemplo, com a minha língua, semeio paz ou semeio intriga?’. Quantas vezes ouvimos dizer de uma pessoa: ‘Mas tem uma língua de serpente!’, porque sempre faz o que o serpente fez com Adão e Eva, destruiu a paz. E isto é um mal, esta é uma doença na nossa Igreja: semear a divisão, semear o ódio, não semear a paz. Mas esta é uma pergunta que nos fará bem fazê-la todos os dias: ‘Hoje eu semeei paz ou semeei intriga?’. ‘Mas, às vezes, é preciso dizer as coisas porque aquele ou aquela…’: o que se semeia com esta atitude?”.

Os cristãos, portanto, são chamados a serem como Jesus, que “veio até nós para pacificar, para reconciliar”:

“Se uma pessoa, durante a sua vida, não faz outra coisa que reconciliar e pacificar ela pode ser canonizada: aquela pessoa é santa. Mas devemos crescer nisto, devemos nos converter: jamais uma palavra que seja para dividir, jamais, jamais uma palavra que provoque guerra, pequenas guerras, jamais mexericos.  Eu penso: o que são as fofocas? Eh, nada, dizer uma palavrinha contra outra pessoa ou contar uma história: ‘Aquela pessoa fez…’. Não! Fofocar é terrorismo, porque quem fofoca é como um terrorista que joga a bomba e vai embora, destrói: destrói com a língua, não promove a paz. Mas é esperto, eh? Não é um terrorista suicida, não, não, ele se protege bem”.

O Papa Francisco, então, repetiu uma pequena exortação:

“Todas as vezes que me vier à boca a vontade de semear discórdia e divisão e falar mal do outro... Morder a língua! Eu garanto, eh? Se fizerem este exercício de morder a língua ao invés de semear discórdia, no início a língua vai inchar, ficar ferida, porque o diabo nos ajuda nisso, pois é o seu trabalho: dividir”.

E então, o Pontífice fez uma oração final: “Senhor, tu que deste a tua vida, dá-me a graça de pacificar, de reconciliar. Tu derramastes o teu sangue, mas que eu não me importe de a minha língua inchar um pouco se mordê-la antes de falar mal dos outros”. (BF)

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Papa no twitter: guerra é predadora de vidas e almas

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre lançou um tuíte nesta sexta-feira (4) na sua conta no @Pontifex. A mensagem diz o seguinte: “A guerra é a mãe de todas as pobrezas, uma grande predadora de vidas e almas”. 

Papa Francisco volta a gritar ao mundo a origem principal dos dramas dos quais é expectador, a partir da emergência migratória que está marcando a Europa há meses. Foi necessária a imagem terrível da criança síria morta na praia, vítima fatal da fuga da guerra, para suscitar a reação política da Europa: a foto servirá para interromper a guerra que continua há 4 anos e que força a população a fugir?

Em entrevista à Rádio Vaticano, o núncio apostólico de Damasco, Dom Mario Zenari, lança um apelo a todos os sírios pela sua pátria, que “é a mãe comum”, superando as divergências com a ajuda da comunidade internacional para salvar a ‘mãe’ Síria. E analisa a imagem que tocou profundamente o mundo inteiro:

Dom Mario Zenari – “Esta imagem acordou todo mundo, eu diria, e sobretudo a Europa. Uma imagem trágica que faz refletir porque, essa criança, infelizmente, não será a última. Inclusive hoje, certamente, algumas crianças estão morrendo ou estão feridas. Segundo as estatísticas, são 10 mil as crianças e os adolescentes que até agora foram mortos nesse conflito que fez, ao total, 250 mil vítimas. Dessa forma, eu diria, também pelas imagens trágicas dos imigrantes que chegam à Europa, são milhares os jovens que se agregam aos 4 milhões de refugiados nos países vizinhos, de 8 milhões de exilados internos. São realmente imagens e cifras que nos fazem refletir. Mas tem uma outra consideração a ser feita. As câmeras de vídeo na Europa apresentam uma parte do drama desses milhares de jovens que procuram chegar à sua meta, ao país que sonharam na Europa. É somente uma parte do drama. É necessário também ver o que provoca a partida desses jovens: provoca um vazio, um vazio que faz mal. Uma nação sem jovens é uma nação sem futuro. Entende-se bem as suas motivações: esse jovens não veem futuro no país deles, são obrigados a partir, mas olhemos também o vazio que deixam aqui na Síria.”

Rádio Vaticano – Aqueles que vêm bater na porta da Europa o fazem, segundo o senhor diz, porque não veem o futuro mas também porque alguém levou a guerra na terra deles e, essa guerra, é aquela que o Papa faz referência no tuíte de hoje: queremos insistir que é aquela a origem de tudo?

Dom Mario – “Essa é a chave. O Papa repete sempre: parar com a guerra. É o que também disse aquele menino de 12 anos que as televisões transmitiram e, justamente, disse: ‘Nós ficamos de boa vontade na Síria desde que nos ajudem a terminar com a guerra’. Uma outra consideração: muitos sírios sofrem, muitos sírios morrem, eu diria, mas inclusive a Síria no seu complexo está sofrendo e está morrendo. Morre de fome em alguns lugares, de sede em outros, morre do coração vendo os seus filhos morrer, que se afogam no mar, outros asfixiados num caminhão, outros presos em arame farpado, outros que vagam nos trilhos... Está morrendo vendo as suas joias arqueológicas explodirem no ar. Gostaria, então, neste momento crítico pelo qual a comunidade internacional ou a diplomacia está procurando duplicar, multiplicar os esforços para chegar a uma solução, lançar um apelo a todos os sírios, sobretudo às partes em causa. A Síria é a pátria, é a mãe comum. Então, na cama dessa ‘mãe que morre’, superem as vossas divergências com a assistência da comunidade internacional, deem uma mão agora para salvar a ‘mãe’. Sentar-se à mesa das negociações para salvar a Síria, porque não tem outra solução!” (AC)

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Papa surpreende romanos e turistas no centro da cidade

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Cidade do Vaticano (RV) – Repercutiu na mídia e nas redes sociais a visita que Francisco fez na tarde desta quinta-feira (03/09) a uma ótica no centro de Roma, a dois passos da famosa “Piazza del Popolo”, para trocar os seus óculos. O Papa tem hipermetropia e presbiopia. 

Assim que chegou de carro, acompanhado somente pelo motorista, imediatamente uma multidão se formou do lado de fora da loja. Francisco foi acolhido pelo proprietário, Alessandro Spiezia, ao qual teria dito: “Não quero uma nova armação, só é preciso refazer as lentes”. Depois teria acrescentado: "Alessandro, faça-me pagar o que é devido".

Após cerca de 40 minutos, o Pontífice deixou a ótica e regressou ao Vaticano. Minutos depois, fotos e vídeos da visita-surpresa já circulavam pela internet.

(BF)

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"O teólogo é do povo", afirma Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco gravou uma mensagem em vídeo aos participantes do Congresso Internacional de Teologia em Buenos Aires, que se encerrou na quinta-feira (03/09), no centenário da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Argentina e nos 50 anos do Concílio Vaticano II. 

O teólogo é do povo

Na gravação, o Pontífice recorda que o teólogo é principalmente filho do seu povo, que “encontra as pessoas, as histórias”, conhece “a tradição”. O teólogo é também “um fiel”, que “tem experiência de Jesus Cristo, e descobriu que sem Ele não pode viver”. É ainda um profeta porque, refletindo “a tradição que recebeu da Igreja”, “mantém viva a consciência do passado”, criando o convite ao futuro, em que Jesus derrota a autorreferencialidade e a falta de esperança.

Neste contexto, é fundamental a tradição da Igreja, definida como “rio vivo” que remonta às origens e se projeta em direção ao futuro, que “irriga” terras diferentes, e “alimenta” várias áreas geográficas do mundo.

Relativismo e dignidade da pessoa 

A tarefa do teólogo – acrescentou o Papa – é “discernir”, “refletir” sobre o que significa ser um cristão de hoje. Porque o cristão de hoje na Argentina não é o mesmo de 100 anos atrás, e não o é do mesmo modo “na Índia, no Canadá, em Roma”. Falando dos desafios que seu país enfrenta, Francisco identificou o multiculturalismo, o relativismo e a globalização que, às vezes, “minimizam” a dignidade da pessoa, “tornando-a uma mercadoria de troca”.

Doutrina e pastoral

Portanto, prosseguiu o Pontífice, o estudo da Teologia adquire um valor de primária importância”, ressaltando que não pode existir o conceito de mera doutrina “separada da pastoral” e citando os padres da Igreja, como “Irineu, Agostinho, Basílio, Ambrósio”, que foram grandes teólogos porque eram grandes pastores.

O Papa então voltou a reiterar a necessidade do encontro, com as famílias, os pobres, os aflitos, as periferias, vias para uma “melhor compreensão da fé”. As “perguntas do nosso povo – concluiu -, sua angústia, seus sonhos, suas lutas e suas preocupações têm um valor hermenêutico", que não se pode ignorar.

(BF)

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Migrantes hispânicos pedirão apoio do Papa por nova lei migratória

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Nova York (RV) - Os imigrantes que se reunirão com o Papa Francisco em Nova York, pedirão a ele para pressionar os Estados Unidos a colocar fim nas deportações e aprovar a reforma migratória em favor da legalização de milhares de imigrantes ilegais que vivem no país. É o que a associação Centro Comunitário Garífuna da Igreja Evangélica do Bronx pretende apresentar ao Pontífice no encontro que terá em 25 de setembro, com 150 imigrantes da Escola Our Lady Queens of Angels, no Harlem hispânico de Nova York.

A entidade, criada há um ano, oferece ajuda aos imigrantes provenientes da América Central,  acolhendo desde crianças desacompanhadas até mães que fugiram da violência da região com seus filhos, explicou  à  Associated Press, a hondurenha Gregoria Flores, uma das coordenadoras do centro. Ela disse que o grupo pedirá a Francisco, que ao pronunciar-se no Congresso dos Estados Unidos - que visitará em Washington - peça uma "lei executiva que permita às mulheres imigrantes de permanecerem no país e aquelas que estão há mais de 15 anos no país que possam obter o status migratório para poderem unir-se à seus familiares".

Segundo a organização, existem muitos casos de mães que migraram para os Estados Unidos com seus filhos e agora correm o risco de serem deportadas. Gregoria Flores mencionou o caso da hondurenha Ivette Suazo, que fugiu da violência em Honduras  há cerca de um ano com seus filhos e agora está aguardando o "sim" da Imigração, para obter o visto de residência nos Estados Unidos.

Suazo recorda os dias em que foi obrigada a caminhar em meio ao calor e ao cansaço até alcançar a fronteira, assim como os três dias em que esteve presa no centro de detenção do Texas. Agora vive em um apartamento com uma irmã no Harlem. Suazo e seus filhos figuram entre os 150 imigrantes escolhidos para encontrar o Papa, acontecimento que aguarda "com grande alegria". "Será uma bênção", afirmou. (JE) 

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Visita do Papa aos EUA: trabalhar de casa para evitar caos no trânsito

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Washington (RV) – Os Estados Unidos não veem a hora de receber o Papa Francisco que estará em Washington de 22 a 24 de setembro. A visita do Santo Padre, porém, pode refletir diretamente em questões práticas locais. Os habitantes, e sobretudo quem trabalha em Washington, temem o caos que inevitavelmente deve paralisar a cidade com um aumento significativo do tráfego, fechamento de estradas, desvios, trens e ônibus lotados, mais o tempo de espera nas paradas e estações.
 
Os escritórios públicos federais, então, permanecerão abertos, mas com horários reduzidos. Segundo informações do Washington Post, à maioria dos servidores foi aconselhado de considerar a visita do Papa como os três dias de neve que no inverno interrompem os transportes. Por esse motivo foi pedido aos funcionários públicos federais de trabalharem de casa.
 
Ao longo dos três dias em Washington, Papa Francisco deve visitar alguns pontos turísticos, se reunir com o Presidente Barack Obama na Casa Branca e fazer um pronunciamento no Congresso. (AC/AGI)

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Encontro Mundial dos Jovens consagrados em setembro, no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 4 mil jovens consagrados provenientes de diversos países do mundo – entre os quais Irã, Filipinas, Costa do Marfim e Zimbabwe – participarão em Roma, de 15 a 19 de setembro, do Encontro Mundial dos Jovens Consagrados e Consagradas que terá por tema “Despertem o mundo – Evangelho Profecia Esperança”. A iniciativa é da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no âmbito do Ano da Vida Consagrada.

A finalidade do encontro é viver uma experiência de formação através de um aprofundamento bíblico, teológico-carismático e eclesiológico dos elementos fundamentais da Vida consagrada; oferecer um espaço de partilha da própria realidade, dos anseios e das expectativa formativas e celebrar e testemunhar a beleza da própria vocação.

A cada manhã os jovens se encontrarão na Sala Paulo VI, no Vaticano, para ouvir e refletir temas como  vocação, vida fraterna e missão. Na parte da tarde se reunirão em diversas partes de Roma para momentos de diálogo e partilha e à noite poderão percorrer parte dos itinerários propostos, como o “Caminho do anúncio” (noite missionária no centro de Roma), o “Caminho do encontro”  (itinerário com algumas organizações sócio-eclesiais) e o “Caminho da beleza”, com visitas guiadas aos Museus Vaticanos e à Capela Sistina.

Serão três os eventos abertos à participação de todos: a Vigília de oração na Praça São Pedro, presidida pelo Secretário do dicastério, Arcebispo José Rodríguez Carballo, OFM, no dia 15 de setembro, às 20h30; a celebração eucarística na Basílica de São Pedro, presidida pelo Prefeito da Congregação, Cardeal João Braz de Aviz, no dia 19 de setembro, às 11h30 e uma noite com música e testemunhos na Praça São Pedro no dia 18 de setembro, às 20h30 (A Rádio Vaticano vai transmitir os três eventos com comentários em português)

No dia 19, terá lugar a grande celebração da Memória dos Santos e dos Mártires da Vida Consagrada, oração incessante que partirá da Igreja Santa Maria in Aracoeli, atravessará o Cárcere Mamertino e os Fóruns Imperiais, para então chegar no Coliseu. (JE)

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Peregrinação das 'Células de evangelização' ao Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - Membros de células de evangelização de todo mundo serão recebidos em audiência sábado (05/09) pelo Papa, no Vaticano. Dentre eles, está um grupo de 85 fiéis da Paróquia Espírito Santo, de São José dos Campos (SP). Liderado pelo Padre Luis Fernando Soares, eles trazem na bagagem a experiência de 10 anos nesse sistema inovador de evangelização, além de uma revista especial contando toda esta história com versões em português, inglês e italiano.

Revista narra a história

A revista, que será entregue como presente ao Sumo Pontífice, traz os detalhes deste projeto de evangelização no Brasil. Durante meses, a equipe da Pastoral da Comunicação da paróquia (PASCOM PES de CRISTO), mergulhou nas histórias e testemunhos de pessoas que participam das células e traçou uma linha do tempo contando a trajetória do sistema de evangelização em pequenos grupos no Brasil e no exterior. A edição tem 56 páginas e 6.500 exemplares.  

Padre Luis Fernando, que foi o pioneiro na implantação das células paroquiais no Brasil, conversou conosco. Ouça a entrevista.  


Reconhecimento oficial


O decreto de reconhecimento definitivo das “Células Paroquiais de Evangelização” foi entregue nas mãos de seu idealizador, Dom PiGi Perini, em 15 de abril deste ano, pelo Cardeal Stanislaw Rylko, na Sede do Pontifício Conselho para os Leigos, no Vaticano. O decreto relata: “É fundamental para a Igreja revigorar a identidade missionária dos fiéis leigos e exortar aos pastores a ter consciência do dever de fazer da paróquia uma comunidade ardente de fé, onde os membros são ´agentes de evangelização’ e a paróquia ´centro constante de envio missionário´”.

(CM)

 

 

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Igreja no Brasil



Lideranças religiosas assinam Declaração Fé no Clima

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Rio de Janeiro (RV) - Lideranças de 12 comunidades religiosas assinaram no Rio de Janeiro, a Declaração Fé no Clima, na qual manifestaram posicionamento de consenso sobre as mudanças climáticas. O documento pretende ser uma contribuição informal do segmento religioso brasileiro à 21ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá a partir de 30 de novembro, em Paris.

Documento será enviado ao Governo e ao Papa

A declaração será encaminhada à Presidente Dilma Rousseff e aos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Foi sugerido também, na ocasião, que a declaração seja enviada ao Papa Francisco, como um desdobramento da reflexão proposta na encíclica papal Laudato Si – Sobre o Cuidado da Casa Comum, além das entidades de meio ambiente dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro.

Os líderes religiosos participaram do Encontro Internacional Fé no Clima, promovido pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser), em parceria com a organização Gestão de Interesse Público (GIP). O ponto central da declaração é que as mudanças climáticas não podem ser um tema apropriado no campo político e econômico, mas devem evidenciar a preocupação com as questões ambiental, de justiça e igualdade social e que isso não seja esquecido nas negociações entre os países.

Comunidades e juventude

A Declaração Fé no Clima mostra a existência de sinergia também em relação à importância da confluência entre o conhecimento tradicional e o conhecimento científico e das comunidades tradicionais na defesa da natureza. O documento destaca o papel da juventude como propagadora da ideia de proteção do planeta. As lideranças religiosas sustentaram que o governo brasileiro precisa ser mais ambicioso no que se refere à redução das emissões de gases de efeito estufa, compatível com a necessidade de limitar o aumento da temperatura global a 2 graus Celsius até 2100.

As lideranças assumiram o compromisso de levar para suas comunidades o debate sobre as mudanças climáticas, em linguagem de fácil acesso para todos, que permita refletir sobre como a humanidade pode  transformar os modos de vida, de forma a promover a sensibilização e mobilização efetiva sobre o tema. Reiteraram, também, a interdependência entre todos os seres do planeta, colocando o ser humano como mais um ente importante da criação e não o dominador sobre as demais criaturas. 

(Agência Brasil)

 

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Na presença do Card. Koch, São Paulo celebrou 50 anos da Nostra Aetate

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São Paulo (RV) - A Arquidiocese de São Paulo e a Confederação Israelita do Brasil (Conib) celebraram os 50 anos da publicação da Declaração Nostra Aetate, promulgada pelo Papa Paulo VI em 1965 e que aproximou judeus e católicos após 2.000 anos.

Uma cerimônia realizada no Teatro Tuca da PUC-SP reuniu cerca de 250 pessoas na noite de quarta-feira (02/09). Estiveram presentes, entre outros, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Comissão para as Relações com o Judaísmo, Cardeal Kurt Koch, o Cardeal Arcebispo de São Paulo Odilo Scherer, o Rabino Michel Schlesinger, o Presidente da Conib, Fernando Lottenberg, o Secretário de Estado Floriano Pesaro - representando o governador Geraldo Alckmin, além de outras autoridades políticas e religiosas e dirigentes comunitários.

O Cardeal Kurt Koch, pronunciando-se em português, disse estar feliz com a comemoração, pois “a Nostra Aetate marcou uma importante mudança de orientação na relação entre judeus e católicos”.

Ele observou que o texto da Declaração foi aprovado no Concílio Vaticano II por 2.221 votos contra 88, e que as práticas recomendadas foram confirmadas por todos os Papas pós-Concílio. “A Nostra Aetate – disse ele - não perdeu a atualidade, ela continua servindo como bússola na reconciliação. Como declarou o Papa Francisco, diante da atual onda de antissemitismo: ‘não se pode ser cristão e antissemita’”.

O Cardeal lembrou que a Nostra Aetate não começou no Concílio; ela começou a surgir e a se configurar em acontecimentos anteriores. Em agosto de 1947, 65 judeus e cristãos se reuniram na Suíça com o objetivo de erradicar o antissemitismo. Alguns dos pontos lá discutidos foram encampados pela declaração, na qual, “pela primeira vez na história, um Concílio se pronunciou de forma tão explícita sobre a relação com os judeus e o judaísmo”.

Ainda que a Declaração não se refira apenas aos judeus, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos considera que a relação entre católicos e judeus é especial, “que não temos com nenhuma outra religião, pois não se pode compreender a Igreja sem o judaísmo”.

Referindo-se à visão paulina de herança espiritual comum entre judeus e cristãos, o Cardeal Koch afirmou que “somos ramos diferentes e interdependentes de uma mesma árvore. O Velho Testamento faz parte do legado da Igreja. Considerar que o Novo Testamento ultrapassou o Velho é uma visão perigosa, que nunca foi parte da doutrina oficial da Igreja”.

Sobre este tema, ele citou o Papa Bento XVI, que afirmou que “as duas leituras devem dialogar, ambas são possíveis e orgânicas, com suas respectivas visões de fé. Mas uma não pode ser integrada à outra”. Ao concluir, o Cardeal suíço afirmou que “judeus e cristãos mantiveram sua crença e, por isso, permanecem indissoluvelmente ligados”.

O Presidente da Conib, Fernando Lottenberg, afirmou por sua vezque a presença do Cardeal Koch no Brasil é “um expressivo reconhecimento do trabalho de aproximação que judeus e católicos vêm desenvolvendo no país, ao longo das últimas décadas”. “Em nossos dias – disse ele - o extremismo religioso, supostamente em nome de Deus, procura tomar a cena e ocupar espaço em diversas regiões do globo. Festejar essa Declaração significa, por um lado rechaçar toda forma de fanatismo e, por outro, reafirmar o compromisso da comunidade judaica brasileira com o pluralismo”.

“Neste contexto – continuou -  as conquistas obtidas por judeus e católicos, nas últimas décadas, devem servir de evidência sobre a capacidade que possui o homem de superar conflitos do passado e construir pontes de coexistência. É dever, dos homens e das mulheres de bem, defender com firmeza seus ideais e convicções. E é também por isso que estamos aqui esta noite. As conquistas dos últimos 50 anos são evidência da capacidade do homem para a reconciliação.”

O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, lembrou o papel fundamental desempenhado pelo Papa João XXIII que convocou o Concílio Vaticano II e pediu novas atitudes para com os judeus. Dom Odilo avaliou que o desenvolvimento do diálogo foi e tem sido particular na cidade, com muitas manifestações públicas ao longo dos últimos 50 anos e, hoje, uma firme disposição para continuar avançando.

Michel Schlesinger, Rabino da Congregação Israelita Paulista e representante da Conib para o diálogo inter-religioso, afirmou que, “no cenário de hoje, a Nostra Aetate não é uma opção, mas uma obrigação”.  “João XXIII – afirmou ele - foi um visionário, pois transformou 2.000 anos de desconfiança e perseguições em50 anos de respeito, diálogo e compreensão”.

Ele lembrou que os judeus também escreveram um documento que delineou as relações com os cristãos, destacando os pontos de convergência. Foi assinado por 220 rabinos e publicado em Nova York, no ano 2000, com o nome de “Dabru Emet” (“Digam a Verdade”, ou também “Conversem com Verdade”).

Monsenhor Thomas Grizza, representando o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D'Aniello, disse que a tarefa do Concílio Vaticano II não foi completada: “Os documentos são apenas o ponto de partida; a vida dos povos e da Igreja deve ser impregnada por seus ensinamentos”. (JE/LZ)

 

 

 

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Igreja na América Latina



Igreja inaugura nova casa de acolhida no Haiti

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Porto Príncipe (RV) - Uma nova estrutura de acolhida, situada na área de Croix de Bousquet, periferia de Porto Príncipe, foi inaugurada nos dias passados pela Comunidade Papa João Paulo XXIII, destinada, principalmente, a acolher famílias mais pobres, na maior parte formada por mães sozinhas com seus filhos.

"A presença dos nossos missionários no Haiti - contou à Ag. Fides Matteo Vignato, responsável da comunidade pela  região caribenha - iniciou pouco depois do terremoto de 2010. Inicialmente fomos acolhidos e apoiados pelos Padres scalabriniamos. Mais tarde, graças à ajuda de tantos benfeitores, conseguimos adquirir um terreno e construir esta casa, que já tornou-se o centro de uma rede de atividades de acolhida e de apoio à população local".

A atividade da Comunidade é voltada, particularmente, às mulheres abandonadas com filhos. "Com elas - prosseguiu Vignato - desenvolvemos atividades de reforço escolar e simples laboratórios de cozinha, hortas, desenho. Às crianças garantimos também a frequência escolar, ajudando as famílias no pagamento da matrícula e de todos os materiais necessários".

A cerimônia inaugural do centro contou com a presença do responsável geral da Comunidade Papa João XXIII, Giovanni Ramonda, além de representantes das comunidades religiosas e das entidades com as quais a organização colabora, e cerca de 200 pessoas, a maior parte delas, famílias haitianas que já são beneficiadas pelo trabalho da comunidade. (JE)

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Igreja no Mundo



Bispos no Canadá: Papa Francisco interpela a Igreja no país

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Ottawa (RV) - “Uma Igreja em busca de justiça – Papa Francisco interpela a Igreja no Canadá”: assim se intitula o documento publicado pela Comissão Episcopal da Justiça e da Paz canadense, no qual se recorda que “desde o momento de sua eleição a Bispo de Roma, o Santo Padre conferiu ao ensinamento social católico uma precisão e uma urgência que o tornaram um dos pontos-chave de seu Pontificado”.

Colocar o Magistério do Papa na realidade cotidiana

O documento episcopal aborda temas candentes como “a dignidade humana, as leis trabalhistas, a guerra e a paz, a exclusão e o isolamento” social, evidenciando “o interesse e chamado do Papa a lutar pela justiça”.

Oferecendo também “reflexões específicas para o contexto canadense”, os prelados buscam criar uma relação entre “o Magistério do Papa Francisco e alguns problemas de justiça social presentes no país”, entre os quais:

As comunidades autóctones, a eutanásia, o acolhimento de refugiados, os trabalhadores estrangeiros temporários, o desemprego juvenil, a venda de armas e as missões de paz, as indústrias minerárias canadenses no exterior, as ajudas internacionais, a pobreza, a tutela do ambiente e a noção de bem comum.

Doutrina social da Igreja deriva do Evangelho

Ao mesmo tempo, os prelados canadenses convidam os fiéis a “ouvirem a voz do Papa Francisco e a colocar em correlação seus ensinamentos com o mundo em que vivem, ou seja, acerca do trabalho, na paróquia, na comunidade, pensando, sobretudo, nas pessoas que se encontram em situações de maiores dificuldades”.

De fato, para o Pontífice “a doutrina social da Igreja, que se ocupa dos pobres e de todos aqueles que sofrem, bem como da injustiça econômica, da guerra e da paz, deriva diretamente do Evangelho proclamado por Cristo” e, consequentemente, “insiste constantemente e com veemência sobre a justiça e a misericórdia, no âmbito da fidelidade a Cristo”.

Contrastar a globalização da indiferença

Por fim, a Igreja no Canadá ressalta que o Papa sabe dar um rosto aos pobres, graças a seus gestos e a suas visitas pastorais: “Indicando pessoas reais e situações precisas, o Santo Padre ressalta a urgência do momento atual e pede uma resposta enérgica e apaixonada para contrastar a globalização da indiferença”, concluem os bispos do canadenses. (RL)

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Formação



Bispos de Portugal chegam ao Vaticano para visita Ad Limina

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Lisboa (RV) - Os bispos portugueses vão se reunir com o Papa na próxima segunda-feira (7/9), no âmbito da tradicional visita "Ad limina", que inclui ainda encontros com responsáveis de congregações e Conselhos Pontifícios, informou a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

A visita "Ad limina" é realizada por todas as Conferências Episcopais ao Papa e ao Vaticano, de cinco em cinco anos. Os bispos apresentam ao Pontífice um relatório sobre o estado de suas dioceses e da Igreja no seu país. Segundo a CEP, o Papa vai receber os bispos em dois grupos. A primeira audiência está agendada entre às 9h30 e às 11h com os prelados das províncias eclesiásticas de Lisboa e Évora, e o bispo das Forças Armadas e de Segurança.

Segue-se a audiência com o segundo grupo de bispos portugueses, da Província Eclesiástica de Braga, culminando num encontro geral, às 12h30, no qual o Papa vai discursar perante os 38 bispos diocesanos, auxiliares, um coadjutor e eméritos. Na quarta-feira, os bispos estão de novo com Francisco, na audiência geral.

A visita termina no dia 12, com a missa de encerramento. Além dos vários encontros, os Bispos vão celebrar nas quatro basílicas papais de Roma, de São Pedro, São Paulo, São João de Latrão e Santa Maria Maior.

Os bispos preveem ainda uma missa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, uma reunião com a Caritas Internacional e uma recepção e encontro na Embaixada de Portugal no Vaticano. 

Segundo adianta o porta-voz da CEP, Padre Manuel Barbosa, espera-se que Francisco "dê orientações para a vida da Igreja em Portugal". A visita a Portugal em 2017, por ocasião do centenário dos acontecimentos de Fátima, "é um aspecto que, certamente, vai ser falado", acrescenta.  

Em declarações à agência Ecclesia, Padre Manuel acrescentou que o episcopado português encara esta viagem como uma oportunidade para repensar as linhas de orientação que quer seguir nos próximos anos.

(Ecclesia/CM)

 

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Atualidades



Centros para imigrantes devem ser “plenamente operativos” até final de 2015

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Kobane (RV) – Criação imediata, sobretudo na Itália e na Grécia, de centros para imigrantes e exilados, além da assunção de responsabilidades por parte de todos os países da União Europeia. É a solicitação da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande, em carta enviada às autoridades europeias. As portas de alguns países, no entanto, começam a se abrir, sobretudo por causa da comoção mundial suscitada pela foto do pequeno menino sírio morto na praia de Bodrum.
 
Na cidade de Kobane, de onde fugiram em família, foram levados de volta a mãe e os dois filhos, de 3 e 5 anos, para enterrá-los, depois de terem morrido no mar turco. Uma tragédia que destruiu a vida do pai, Abdullah Kurdi, enquanto o mundo inteiro parece ter acordado para o drama. Kurdi tentou salvar os filhos Aylan e Galip, mas eles escorregaram das suas mãos, mesmo com os coletes salva-vidas.
 
A foto do pequeno Aylan na praia comoveu os europeus e o resto do mundo, enquanto ainda se pergunta se foi justo ou não tê-la publicado. Em meio à perturbação de todos e à mobilização de muitos, a reação dos ingleses é a que mais se enaltece, já envolvidos em doações e coletas em favor dos imigrantes. O premiê David Cameron, inclusive, já anunciou que o seu país está pronto para acolher milhares de refugiados provenientes da Síria, além dos 50 mil já recebidos. Trata-se de outros 4 mil, cifra, porém, a ser confirmada.
 
Cabeça e coração, explica Cameron, estarão por trás de cada escolha inglesa perante aquele que vem sendo definido como “o maior desafio” para a Europa. Outras 30 mil pessoas poderão chegar na Polônia e, para isso, o país já está preparando um plano de emergência.
 
O Velho Continente está “enfrentando o maior fluxo de refugiados dos últimos decênios”, explica o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, que solicita um programa de recolocação de massa para cerca de 200 mil refugiados. Para Guterres, servem medidas urgentes e corajosas e “uma estratégia comum, fundada na responsabilidade, solidariedade e confiança”. Todos os países da EU devem participar, sobretudo para ajudar a Grécia, a Itália e a Hungria – esse país que bateu o novo recorde de desembarques em 24 horas: 3.313 entre imigrantes e refugiados, mil a mais em respeito ao dia precedente.
 
Os centros para os imigrantes e exilados deverão ser “plenamente operativos” até o final de 2015, escrevem Merkel e Hollande na carta enviada aos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão. Os dois líderes europeus se dizem determinados a defender Schengen, o tratado que “garante a livre circulação” dentro da União Europeia e “permite aos Estados Membros enfrentar os desafios que se encontram”.
 
O êxodo da Síria e do Norte da África em direção à Europa é uma emergência enorme, uma crise real que se prolongará por ao menos 20 anos. Os desembarques na Itália prosseguem, das costas calabresa àquela siciliana, tratando-se de centenas de pessoas, entre elas, como sempre, muitas crianças. Inclusive nesta sexta-feira (4) se fala de tragédias no mar. Segundo a Organização Internacional das Migrações, ao menos 30 pessoas estariam perdidas na Líbia, depois de um bote afundar que deveria trazê-las para a Europa. (AC)

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Pe. Ayuso: tutelar minorias religiosas e empenhar-se no diálogo

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Atenas (RV) - Promover os direitos de cidadania dos cristãos no Oriente Médio e acabar com as perseguições: foi o apelo lançado esta quinta-feira pelo secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Pe. Miguel Ángel Ayuso Guixot, em pronunciamento em Atenas, na Grécia, no Encontro inter-religioso dedicado ao tema “Apoiar os direitos à cidadania e a coexistência pacífica”.

O encontro é promovido pelo Patriarcado ecumênico de Constantinopla e pelo Kaiciid, o Centro para o diálogo inter-religioso e intercultural Rei Abdullah ibn Abdul Aziz al Sa’ud (Arábia Saudita), com o apoio do Ministério das Relações Exteriores grego.

“Estamos aqui para apoiar todos aqueles que sofrem por causa da situação atual no Oriente Médio e para buscar facilitar a paz e a reconciliação mediante o diálogo”, disse Pe. Ayuso em seu pronunciamento.

“As condições críticas dos cristãos no Iraque, Síria e em outras partes da região em que se verificam violências e conflitos políticos – acrescentou – estão colocando em situação de risco as comunidades cristãs há tempo estabelecidas na zona” e agora obrigadas a deslocar-se.

Perseguição aos cristãos é atroz, desumana e inexplicável

Daí, a evocação do secretário do dicastério vaticano às inúmeras ocasiões em que o “Papa Francisco quis dar voz às atrozes, desumanas e inexplicáveis perseguições àqueles que, sobretudo entre os cristãos, em muitas partes do mundo, são vítimas de fanatismo e intolerância, muitas vezes diante dos olhos e no silêncio do mundo inteiro”.

Tutelar as minorias religiosas e empenhar-se no diálogo

O prelado recordou os sete objetivos do encontro: “o status quo sobre a segurança, a cidadania, a tutela das minorias religiosas, o fim do ódio e violências, o respeito por todos, prescindindo da identidade religiosa, o compromisso ao diálogo, e ao apoio aos direitos de cidadania dos cristãos no Oriente Médio”.

Por isso, o expoente vaticano exortou todas as partes em causa “a agir e a contribuir para a promoção da cidadania e da verdadeira convivência para todos”.

Comunidade internacional não fique muda diante de tais crimes inaceitáveis

Em seguida, citando a carta enviada em 6 de agosto pelo Papa Francisco ao bispo auxiliar do Patriarcado Latino de Jerusalém e vigário patriarcal para a Jordânia, Dom Maroun Lahham, o secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso fez votos de que “a opinião pública mundial possa ser sempre mais atenta, sensível e partícipe diante das perseguições contra os cristãos e minorias religiosas”.

Pe. Ayuso pediu, ainda, que “a comunidade internacional não esteja muda e inerte diante de tais inaceitáveis crimes, que constitui uma preocupante deriva dos direitos humanos mais essenciais e impede a riqueza da convivência entre os povos, culturas e credos”.

Convivência pacífica, bem inestimável para a paz e o desenvolvimento

Daí, a exortação conclusiva de Pe. Ayuso à “convivência pacífica entre as diferentes comunidades religiosas”, porque ela, como disse o Papa Bergoglio em Tirana (Albânia) em setembro de 2014, “é um bem inestimável para a paz e para o desenvolvimento harmonioso de um povo, um valor que deve ser tutelado e incrementado todos os dias, com a educação ao respeito às diferenças e às específicas identidades abertas ao diálogo e à colaboração para o bem de todos”.

Inaugurado oficialmente em 26 de novembro de 2012, o Kaiciid foi fundado pela Arábia Saudita, Espanha e Áustria com a Santa Sé no papel de organismo observador e fundador.

O Cento tem como objetivo facilitar, reforçar e encorajar o diálogo entre os seguidores das diferentes religiões e culturas do mundo, de modo a melhorar a cooperação, o respeito pelas diversidades, a justiça e a paz. (RL)

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Asteróide recebe o nome de Romero, em homenagem ao Arcebispo salvadorenho

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Washington (RV) - Na cerimônia de beatificação do Arcebispo Dom Oscar Romero, em 23 de maio passado, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, declarou que "o Beato Romero é outra estrela luminosa que se acende no firmamento espiritual americano". A declaração, na época uma metáfora, acabou tornando-se uma realidade. De fato, um planeta menor, ou asteróide, recebeu o nome do bispo e mártir salvadorenho.

A nomeação do corpo celeste - antes conhecido como “13703 (1998 OR13)” em função do ano de seu descobrimento - como Romero foi anunciada sem alarde no final de agosto pelo Comitê de Nomenclatura de Corpos Pequenos da União Astronômica Internacional, em uma publicação chamada Minor Planet Circulars, com data de 29 de agosto. Uma página no site da Jet Propulsion Laboratory da Nasa confirma que 13703 Romero foi nomeado como Monsenhor Romero.

A descoberta do asteróide Romero é atribuída a Eric Walter Elst, astrônomo belga, no Observatório La Silla, no Chile, em 26 de julho de 1998. A distância atual do asteróide Romero da Terra é de 3.457 unidades astronômicas (UA), o que corresponde, aproximadamente a 517.159.837 quilômetros. (Um raio de luz levaria 28.75 minutos viajando à terra desde o asteróide Romero).

O cientista planetário e astrônomo do Observatório Vaticano, Pe. Guy Consolmagno SJ, afirmou que a notícia é "fascinante", porém descartou qualquer implicação na nomeação do asteróide. (JE)

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Arquidiocese do Rio celebra 50 anos da Nostra Aetate

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Cidade do Vaticano (RV) - A Arquidiocese do Rio de Janeiro e a Federação Israelita (Fierj) celebram os 50 anos da publicação da Declaração Nostra Aetate, aprovada pelo Concílio Vaticano II e promulgada pelo Papa Paulo VI em 28 de outubro de 1965, em Roma. Da comemoração, participa o cardeal suíço Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Comissão para as Relações Religiosas com os Judeus.

O Cardeal Kurt Koch encontra-se no Rio após visita a São Paulo e Aparecida, para uma série de encontros com as comunidades judaicas e com as denominações cristãs.

Na sexta-feira, dia 4, o cardeal Koch realiza conferência no auditório do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, às 9h30. Nesta ocasião, atenderá a imprensa. Nesse dia, participa também de um momento de oração com denominações cristãs, às 17h, na Catedral Anglicana. No sábado, dia 5, reúne-se com os seminaristas, no Seminário São José,  às 12h.

(CM)

 

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