Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 06/09/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Jesus é o grande "construtor de pontes", disse o Papa no Angelus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Jesus é o grande “construtor de pontes”, que constrói em si mesmo a grande ponte da comunhão plena com o Pai”. No Angelus deste XXIII Domingo do Tempo Comum, o Papa Francisco inspirou-se no episódio da cura do surdo-mudo narrado no Evangelho do dia para falar da comunicação do homem com Deus e com os próprios homens. 

Considerando inicialmente que o milagre é realizado em uma região pagã, o Papa explica que “aquele surdo-mudo que é levado até Jesus torna-se o símbolo do não-crente que realiza um caminho em direção à fé”. “A sua surdez – continuou ele -  expressa a incapacidade de escutar e de compreender não somente as palavras dos homens, mas também a Palavra de Deus. E São Paulo nos recorda que “a fé nasce da escuta da pregação”:

“A primeira coisa que Jesus faz é levar aquele homem para longe da multidão: não quer fazer publicidade do gesto que está por realizar, mas não quer tampouco que a sua palavra seja abafada pelo rumor das vozes e dos mexericos do ambiente. A Palavra de Deus que o Cristo nos transmite tem necessidade de silêncio para ser ouvida como Palavra que cura, que reconcilia e restabelece a comunicação”.

O Papa recorda que na narrativa fala-se dos dois gestos de Jesus: tocar os ouvidos e a língua do surdo-mudo.  “Para iniciar a relação com aquele homem “travado” na comunicação – observa o Pontífice - Jesus procura primeiro restabelecer o contato. Mas o milagre é um dom do alto, que Jesus implora ao Pai; por isto eleva os olhos aos céus e ordena: “Abre-te!”. Os ouvidos do surdo se abrem, se dissolve o nó da sua língua e começa a falar corretamente”:

“O ensinamento que tiramos deste episódio é que Deus não é fechado em si mesmo, mas se abre e se coloca em comunicação com a humanidade. Na sua imensa misericórdia, supera o abismo da infinita diferença entre ele e nós e vem ao nosso encontro. Para realizar esta comunicação com o homem, Deus se faz homem: não lhe basta falar-nos mediante a lei e os profetas, mas se torna presente na pessoa de seu Filho, a Palavra feita carne. Jesus é o grande “construtor de pontes”, que constrói em si mesmo a grande ponte da comunhão plena com o Pai”.

Mas este Evangelho – continuouo Papa -  nos fala também de nós:

“Frequentemente nós somos voltados e fechados em nós mesmos e criamos tantas ilhas inacessíveis e inóspitas. Até mesmo as relações humanas mais elementares às vezes criam realidades incapazes de abertura recíproca: o casal fechado, a família fechada, o grupo fechado, a paróquia fechada, a pátria fechada...isto não é de Deus, é coisa nossa, é o pecado!”.

Também no Batismo, recordou o Papa, existe aquela palavra de Jesus “Effatà! – Abre-te!”, que nos cura “da surdez do egoísmo e da mudez do fechamento e passamos a ser inseridos na grande família da Igreja; podemos ouvir Deus que nos fala e comunicar a sua Palavra àqueles que nunca a ouviram, ou a quem a esqueceu e sepultou sob os espinhos das preocupações e dos enganos do mundo”.

O Santo Padre concluiu pedindo a Virgem Santa, “mulher de escuta e do testemunho jubiloso”, para que nos sustente no compromisso “de professar a nossa fé e de comunicar as maravilhas do Senhor àqueles que encontramos em nosso caminho”.

Após recitar a oração do Angelus e antes de saudar os grupos presentes na Praça, o Papa lançou um apelo em favor dos milhares de refugiados que vem buscar uma esperança na Europa. O Pontífice também pediu a superação da crise entre Venezuela e Colômbia de forma fraterna e solidária.

O Papa recordou ainda que ontem, em Gerona, na Espanha, foram proclamadas Beatas as Irmãs Fidelia Oller, Josefa Monrabal e Facunda Margenat, religiosas do Instituto das Irmãs de São José de Gerona:

“Mortas pela fidelidade a Cristo e à Igreja. Apesar das ameaças e as intimidações, estas mulheres permaneceram com coragem onde estavam para assistir os doentes, confiando em Deus. Que os seus testemunhos heroicos, até o derramamento de sangue, deem força e esperança a todos aqueles que hoje são perseguidos por motivo da fé cristã. E nós sabemos que são tantos!”.

O Santo Padre também recordou que há dois dias foi aberta em Brazzaville, capital da República do Congo, a 11ª edição dos Jogos Africanos, aos quais participam milhares de atletas de todo o continente. “Desejo que esta grande festa do esporte contribua para a paz, a fraternidade e o desenvolvimento de todos os países da África. Saudemos os africanos que estão realizando estes Jogos”. (JE)

inizio pagina

Francisco apela para que casas religiosas acolham os migrantes

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Após recitar a oração do Angelus, o Papa Francisco voltou seu pensamento ao drama dos milhares e milhares de refugiados que fogem das guerras e da fome “e estão a caminho de uma esperança de vida”, lançando um veemente apelo às paróquias, comunidades religiosas, mosteiros e santuários europeus para que os acolham. 

Francisco inicialmente lembrou que “a misericórdia de Deus é reconhecida pelas obras”, como bem testemunhou “a  vida da Beata Madre Teresa de Calcutá”, cujo aniversário de morte foi celebrado no sábado (06). O Evangelho – disse o Santo Padre – nos chama a sermos próximos dos “mais pequenos” e dos abandonados, a quem se deve dar “uma esperança concreta”. “Não basta somente dizer “Coragem, paciência!” – advertiu -, mas “a esperança é combativa, com a tenacidade de quem vai em direção à uma meta segura. Então, lançou um forte apelo:

“Portanto, na proximidade do Jubileu da Misericórdia, dirijo um apelo às paróquias, às comunidades religiosas, aos mosteiros e aos Santuários de toda a Europa para expressarem a concretude do Evangelho e acolher uma família de refugiados. Um gesto concreto em preparação ao Ano Santo. Cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada mosteiro, cada santuário na Europa hospede uma família, começando pela minha diocese de Roma”.

O Papa dirigiu-se então aos “irmãos Bispos da Europa, verdadeiros pastores”, para que acolham e apoiem em suas dioceses seu apelo, recordando que “a Misericórdia é o segundo nome do amor”.

As duas paróquias do Vaticano acolherão duas famílias de refugiados, anunciou o Pontífice. (JE)

inizio pagina

Santo Padre pede superação da crise entre Venezuela e Colômbia

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A situação  tensa entre a Colômbia e a Venezuela também mereceu a atenção do primeiro Pontífice latino-americano, no tradicional encontro dominical na Praça São Pedro. O Papa, em espanhol, lançou um apelo ao entendimento: 

“Nestes dias, os Bispos da Venezuela e da Colômbia reuniram-se para examinar juntos a dolorosa situação que se criou na fronteira entre os dois países. Vejo neste encontro um claro sinal de esperança. Convido a todos, em particular os povos venezuelano e colombiano, a rezar para que, com um espírito de solidariedade e fraternidade, possam superar as atuais dificuldades”.

De fato, a Venezuela vem expulsando colombianos que habitam em seu território, sob o pretexto de combater grupos armados e o contrabando.  Os episcopados dos dois países estiveram reunidos na quinta-feira para trabalhar em favor da paz e em sinal de solidariedade com os dois países.

Neste contexto, repropomos a entrevista da Rádio Vaticano ao Presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Luis Augusto Castro Quiroga:

“Eu penso que mesmo sendo grave e dolorosos o que aconteceu aos colombianos expulsos da Venezuela, o problema do povo venezuelano é mil vezes maior porque é um problema político, social e econômico de intensidade muito forte. Por isto é importantíssimo que possamos ter manifestações de mútua solidariedade, porém também estudar a possibilidade de colaborar pastoralmente naquela região de fronteira onde existem dioceses colombianas e também venezuelanas”.

RV: Na sua opinião, existe o risco de que a atual crise entre Venezuela e Colômbia possa incidir também no processo de paz com as Farc em andamento em Cuba?

“A minha posição é de um enérgico “não” em relacionar o processo de paz de Cuba com isto que aconteceu. São duas coisas diferentes. Se nós começarmos a relacionar uma coisa com a outra, faremos com que isto adquira, num determinado momento, dimensões incontroláveis. Pelo contrário, são duas coisas muito diferentes e devemos respeitar a contribuição da Venezuela ao processo de paz. Não se pode relacionar uma coisa com a outra. Por este motivo eu sou muito enérgico contra aqueles que começam a dizer: “É melhor que a Venezuela não esteja mais na frente do processo de paz”. Isto é uma insensatez”.

RV: Como são acolhidas as palavras da Igreja na Colômbia?

“Certamente, na Colômbia a voz da Igreja é muito ouvida e temos boas relações. Por isto penso que podemos influenciar de alguma maneira em todo este processo”. (JE)

 

inizio pagina

Paz e convivência têm um fundamento religioso, diz Papa ao encontro na Albânia

◊  

Cidade do Vaticano (RV) –  “Viver juntos em paz, recordando que a paz e a convivência têm um fundamento religioso. A oração está sempre na raiz da paz”. O Papa Francisco enviou uma mensagem às 400 personalidades do mundo político, cultural e religioso, reunidas desde a tarde deste domingo (6) até  quarta-feira, em Tirana, capital da Albânia, para reafirmar que a paz não somente é possível, mas uma necessidade para superar os problemas existentes em várias partes do mundo. A mensagem do Pontífice foi lida no início do encontro.

Espírito de Assis

O Santo Padre sublinha no início da mensagem que estes encontros “seguem o sulco traçado por João Paulo II com o primeiro histórico encontro em Assis em outubro de 1986”, e a partir do qual se verifica uma verdadeira peregrinação de homens e mulheres de diversas religiões que a cada anos se encontram em cidades diferentes do mundo. Quanto mais mudam os cenários da história e os povos são chamados a enfrentar as transformações profundas, algumas vezes dramáticas, mais existe a necessidade de que “seguidores das diferentes religiões se encontrem, dialoguem, caminhem juntos e colaborem pela paz, naquele “espírito de Assis” que faz referência ao luminoso testemunho de São Francisco”.

A convivência pacífica após a obscuridade do ateísmo de Estado

O Papa chama a atenção para o fato de que neste ano o encontro é realizado justamente em Tirana, capital de um país que “se tornou símbolo da convivência pacífica entre religiões diferentes, após uma longa história de sofrimento”. Francisco fez menção à viagem realizada em setembro de 2014 ao país, o primeiro europeu por ele visitado, e escolhido não ao acaso, mas para “encorajar o caminho de convivência pacífica após as trágicas perseguições sofridas pelos fieis albaneses no século passado. A longa lista de mártires – disse o Pontífice – fala ainda hoje daquele período obscuro, mas fala também da força da fé que não se deixa curvar pela prepotência do mal. Em nenhum outro país do mundo foi tão forte a decisão de excluir Deus da vida de um povo: mesmo um simples sinal religioso era suficiente para serem punidos com a prisão, quando não com a morte. Tal tristíssimo primado marcou profundamente o povo albanês, até o momento de reencontrar a liberdade, quando os membros das diversas comunidades religiosas, provados pelo comum sofrimento a que foram submetidas, se reencontraram para viver em paz”.

Convivência pacífica, valor a ser cultivado

Neste sentido o Santo Padre agradeceu pela escolha de Tirana como sede do encontro, recordando aos presentes o que havia afirmado em seu discurso às autoridades albanesas em setembro de 2014,  de que “a pacífica convivência entre as diferentes comunidades religiosas, é, de fato, um inestimável bem para a paz e para o desenvolvimento harmonioso de um povo. É um valor que deve ser guardado e incrementado a cada dia, com a educação ao respeito pelas diferenças e pelas específicas identidades abertas ao diálogo e à colaboração pelo bem de todos, com o exercício do conhecimento e da estima de uns pelos outros. É um dom que deve sempre ser pedido ao Senhor na oração”.

A paz é possível

O Pontífice reitera a necessidade de se reafirmar que “a paz é sempre possível” (tema do encontro), especialmente quando em algumas partes do mundo parece prevalecer “as violências, as perseguições e os abusos contra a liberdade religiosa, junto à resignação diante dos conflitos que se arrastam”.

É violência barrar aqueles que buscam um lugar de paz

Afirmando com veemência de que “não devemos nunca nos resignar à guerra!”, o Papa adverte de que não podemos permanecer indiferentes diante de quem sofre pela guerra e pela violência, motivo que o levou à escolha do tema próximo Dia Mundial da Paz “Vence a indiferença e conquista a paz”. E o Papa denuncia outra formas de violência:

“Mas é violência também levantar muros e barreiras para bloquear quem busca um lugar de paz. É violência empurrar para trás quem foge das condições desumanas na esperança de um futuro melhor. É violência descartar crianças e idosos da sociedade e da própria vida! É violência alargar o fosso entre quem desperdiça o supérfluo e quem falta o necessário”.

Redescobrir a vocação universal à paz

“É a fé – afirmou o Papa – que nos impele a confiar em Deus e a não nos resignar-nos às obras do mal”. “E como crentes somos chamados a redescobrir a vocação universal à paz depositada no coração de nossas diversas tradições religiosas e propô-las com coragem aos homens e às mulheres de nosso tempo”. E repetindo o que havia falado aos líderes religiosos reunidos em Tirana em 2014, Francisco reiterou que “a religião autêntica é fonte de paz e não de violência. Ninguém pode usar o nome de Deus para cometer violência! Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio! Discriminar em nome de Deus é desumano”.

Ao concluir, o Papa se une a todos os participantes, nas variedades das tradições religiosas, no esforço de continuar a viver “na comum paixão pelo crescimento da convivência pacífica entre todos os povos da terra”. (JE)

inizio pagina

Nomeações para a Pontifícia Comissão para a América Latina

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -  O Santo Padre nomeou Membros da Pontifícia Comissão para a América Latina os Cardeais Daniel Fernando Sturla Berhouet, Arcebispo de Montevideu (Uruguai); José Luis Lacunza Maestrojuán, Bispo de David (Panamá) e Dom Andrés Stanovnik, Arcebispo de Corrientes (Argentina).

A Pontifícia Comissão para a América Latina (Pontificia Commissio pro America Latina) é um organismo da Cúria Romana, tem por função o estudo dos problemas doutrinais e pastorais relativos à vida e ao desenvolvimento da Igreja na América Latina. De acordo com a Constituição Apostólica Pastor Bonus (arts. 83 e 84), a Comissão tem por dever “assistir, com o conselho e os meios econômicos, as Igrejas particulares da América Latina, e dedicar-se, além disso, ao estudo das questões que se referem à vida e desenvolvimento dessas Igrejas, especialmente para dar ajuda tanto aos Dícastérios da Cúria interessados em razão da sua competência, quanto às Igrejas mesmas na solução de tais questões.”

A Comissão é responsável pela interação entre a Sé Apostólica e os diversos organismos internacionais ou nacionais para a América Latina. Dentre estes organismos, há especial atenção aos seguintes:

•     Conselho Episcopal Latino-Americano

•     Conferências e organismos episcopais nacionais latino-americanos

•     Instituições de ajuda à América Latina

•     Conferência Latino-Americana de Religiosos (CLAR)

•     Instituições católicas internacionais, associações e movimentos que atuam na América Latina

A Comissão está estreitamente vinculada à Congregação para os Bispos e é presidida pelo prefeito desta Congregação, auxiliado por um bispo como vice-presidente. Os conselheiros são bispos da Cúria Romana ou das igrejas particulares da América Latina. Os membros da Comissão são oriundos da Cúria Romana, do Conselho Episcopal Latino-Americano, bispos das regiões da América Latina, ou ainda de instituições eclesiásticas internacionais e nacionais que atuam em benefício das regiões da América Latina.

São membros dessa Comissão, nomeados pelo Papa:

•     Os Secretários dos Dicastérios da Cúria Romana especialmente interessados

•     Dois bispos representantes do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM)

•     Três bispos diocesanos da América Latina

Conforme o Motu Proprio Decessores Nostri, o presidente da Comissão deve informar regularmente o Papa sobre assuntos tratados, sugerir-lhe as iniciativas que considerar necessárias ou as medidas de governo convenientes e oportunas.

 

inizio pagina

Papa supera 23 milhões de seguidores do twitter

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco superou os 23 milhões de seguidores no twitter. A última atualização revela que em 52 dias (a partir de 15 de julho), a conta @pontifex ganhou 1 milhão de novos seguidores.

A conta mais seguida, em espanhol, é a mais popular, com 9.730.003. Após, vem a conta de língua inglesa que superou os 7 milhões de seguidores na manhã deste domingo. Em função disto é possível prever que para este mês de setembro haverá um considerável incremento de novos seguidores em função da viagem do Papa Francisco aos Estados Unidos. (JE)

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Combonianos abrem Capítulo Geral em Roma

◊  

Roma (RV) – “Chamados a viver a alegria do Evangelho no mundo de hoje”. Este será o fio condutor que, a partir deste domingo (06) orientará o 18º Capítulo Geral da Congregação dos Missionários Combonianos. O Padre Enrique Sánchez González, Superior Geral do Instituto fundado por Daniel Comboni, falou aos microfones da Rádio Vaticano sobre este evento realizado no âmbito do Ano da Vida Consagrada e dos preparativos ao próximo Jubileu da Misericórdia:

“Para o nosso Capítulo é um momento muito particular, quer para a vida do Instituto, quer para a missão que levamos em frente nos países em que estamos presentes, em contextos onde a misericórdia , hoje, é um grande desafio, sobretudo em situações de violência, de guerra, de perseguição, onde tantos dos nossos missionários estão presentes. Assim, estes dois fortes momentos da vida da Igreja nos interpelam e nos desafiam. Eu diria mais, estamos procurando refletir e viver este momento da vida do Instituto na escuta de tudo aquilo que o Papa Francisco nestes últimos meses nos está dizendo, provocando-nos, no bom sentido da palavra. Por isto, procuramos dar como tema para o nosso Capítulo, o tonar-se hoje discípulos missionários combonianos chamados a viver a “alegria” do Evangelho”.

RV: Vocês são missionários e portanto homens das periferias do mundo por definição. Com as contínuas exortações para sair em direção ao mundo e sobretudo em direção aos marginalizados da sociedade, o Papa Francisco encoraja todos os cristão à um exame de consciência entre a fé professada e a fé vivida a cada dia. Como os  combonianos vivem este chamado?

“Estamos convencidos de que não é uma questão somente de partir geograficamente, porque se pode ir para o outro lado do mundo e permanecer com o coração fechado e com a mente fechada e não descobrir o Deus que está presente naquelas periferias que nós justamente somos chamados a visitar. Para nós, esta chamada, este convite do Papa é antes de tudo um forte apelo, uma conversão profunda a nível pessoal para – como disse o Papa – colocar no centro de nossa vida o Senhor, fazer uma experiência de encontro com ele para poder identificar, reconhecê-lo no rosto de tantas pessoas que vivem nestas periferias onde ele é crucificado, martirizado, ignorado, descartado. O verdadeiro e único missionário é Deus”.

RV: A vossa Congregação está espalhada em vários continentes, mas a sua alma mais profunda – a do vosso fundador Daniele Comboni – é, de alguma forma, “africana”. Como vocês desenvolvem hoje a vossa missão neste continente, que será visitado pelo Papa Francisco em novembro?

“Para nós combonianos, a África sempre foi, antes de tudo, o berço da nossa espiritualidade, da nossa missão, do nosso apostolado. Nós nascemos na África, para a África e o nosso coração – posso dizê-lo com muita simplicidade e sinceridade – está na África. Mas para os combonianos, a África não é somente o continente ou  a área geográfica: é uma realidade da humanidade. Assim, neste sentido, aquilo que Comboni chamava de “África” – a questão da pobreza, da urgência missionária no seu tempo – para nós combonianos hoje esta realidade a encontramos também em outras partes, como nas pequenas presenças que temos em Macau, Taiwan na China, etc. Existe também a experiência da África aqui na Europa, neste momento, com tudo o que estamos vivendo com tantos irmãos e irmãs que chegam neste continente e vivem em situações realmente desesperadas”.

RV: Que obras realizam os combonianos para apoiar estas pessoas?

“Por exemplo, aqui na Itália várias comunidades estão colaborando com a Caritas ou com outros Institutos para abrir as portas. Na Província de língua alemã estamos presentes em pelo menos três lugares nos quais se está se organizando a acolhida dos migrantes: em Graz, na Áustria, e também na Alemanha, onde colaboramos com os centros de apoio e de acolhida. Em outras Províncias na Espanha, em Portugal, na Inglaterra se faz um serviço de apoio a pessoas que chegam, que não têm documentos. Procuramos acompanhá-las”.

RV: Quais são os sentimentos do Superior Geral dos combonianos no início deste Capítulo Geral?

“No coração trago uma grande confiança, uma grande esperança. Tive a graça, nestes seis anos, de conhecer por dentro, e em profundidade o Instituto e a missão. Com grande satisfação posso dizer que existem realmente exemplos de grande santidade, de grande compromisso, de grande doação missionária, que me fazem acreditar que este Instituto possa ainda dar muito à Igreja. Assim, experimento uma alegria profunda que me faz ver as próxima semanas como uma bênção para o futuro da missão”. (JE)

inizio pagina

Atualidades



Países europeu abrem as fronteiras à refugiados

◊  

Roma (RV) – O fluxo de migrantes em direção à Áustria e à Alemanha é ininterrupto.  Os dois países decidiram abrir as suas portas aos imigrantes. Milhares de pessoas partem da Hungria à pé, de ônibus ou também em trem para chegar a Viena ou Berlim. A solidariedade mostrada por muitos alemães tem chamado a atenção e são amplamente difundidas na mídia. A Alemanha, por outro lado, pede com força a convocação de uma reunião de cúpula europeia para tratar da questão.

O cansaço de 450 refugiados se atenua com o aplauso de muitos alemães que, em Munique da Baviera, os acolheram com balas, sorrisos, brinquedos para as crianças. É a primeira imagem que traz que alívio após tantos dias de angústia e ansiedade. A humanidade e a solidariedade superam as polêmicas e tensões do passado. Quem chega à Alemanha ou na Áustria o faz a bordo dos trens e ônibus colocados à disposição pelo governo húngaro, mas também graças à prontidão de muitos motoristas que deram carona a quem caminhava pelas estradas, deixando Budapest.

São esperados dez mil refugiados na Áustria e a acolhê-los, também o Arcebispo de Viena, cardeal Schönborn, que recebeu palavras de gratidão da população local. Na Alemanha também são aguardados dez mil refugiados, mesmo que a Chanceler Merkel fale ser exagerada a estimativa. Em entrevista concedida no sábado (5), Angela Merkel afirmou que não existe um limite para os pedidos de asilo. “Como país forte e economicamente saudável – afirmou –temos a possibilidade de fazer aquilo que for necessário”. Para a Alemanha, porém, a emergência migratória deve ser tratada numa reunião de cúpula da União Europeia a nível de Chefes de Estado e de governo. Bruxelas exclui esta possibilidade no momento, visto que o Conselho da Europa deverá se reunir em outubro.

Também na Itália continuam os desembarques. Foram 356 migrantes chegados somente no sábado em Catânia, na Sicília, enquanto na Grécia outro dramático achado, o cadáver de um recém-nascido que jazia numa praia. (JE)

 

inizio pagina

Espaço Interativo: os destaques das nossas redes sociais!

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Domingo, 6 de setembro! Estamos no ar com um novo Espaço Interativo!

 

Neste lugar de encontro semanal com nossos ouvintes, leitores e amigos do Facebook reunimos as informações sobre a interação que mantiveram com a redação do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.

Facebook

João Carlos, de Parintins (AM), nos escreveu: “Trabalho na operação de áudio na Rádio Alvorada de Parintins AM 1.380 e OT 4.965 Khz uma emissora Católica da Fundação Evangelii Nuntiandi.  Gostaria, e se fosse possível, que durante a transmissão da audiência geral do Papa Francisco mandassem um alô para nos da Radio Alvorada e para todos da cidade de Parintins”.

O assunto mais comentado, compartilhado e curtido em nossa fanpage foi a visita surpresa que o Papa fez a uma ótica no centro de Roma na quinta-feira. Francisco disse ao responsável: “quero trocar somente as lentes! A armação está boa. Não quero gastar!” E, ao final, falou: "Faça-me pagar aquilo que devo".

Ao concluir a visita surpresa, o Papa voltou ao Vaticano no carro onde estava somente o motorista!

Romério da Silva, de Conselheiro Pena (MG), comentou: “Eis o verdadeiro profeta do século XXI. Para anunciar o evangelho é necessário gestos concretos”.

Juvelino Dalamico, de Caxias do Sul (RS), escreveu: “Muito obrigado a Deus por este grande presente, que é o nosso querido Papa Francisco! Que Deus lhe dê muitos anos de vida e muita luz para guiar o seu rebanho”.

Guilherme Cavalli, de Brasília (DF), disse: “Ato cheio de simbologia - mudar, trocar, evoluir, rever, ver melhor, ver de maneira diferente”.

YouTube

No nosso canal Vaticanbr, o vídeo mais visto foi íntegra da catequese do Papa na Audiência geral da quarta-feira, dia 2/9.

Assista

Obrigado a todos que interagiram nesta semana!

Entre em contato com a redação RV.

 

Rádio Vaticano

Programa Brasileiro

Nunciatura Apostólica

Caixa Postal 070153

Brasília – DF

Cep: 70359-970

 

Rádio Vaticano

Programa Brasileiro

Piazza Pia, 3

Cidade do Vaticano

00120

 

Mande um e-mail para a redação

Curta a nossa fanpage no Facebook.

Inscreva-se em nosso canal YouTube para receber os últimos vídeos do Papa e do Vaticano.

 

inizio pagina