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Sumario del 08/09/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: Deus caminha com todos nós, santos e pecadores

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Cidade do Vaticano (RV) - Deus reconcilia e pacifica caminhando com o seu povo. É o que disse o Papa na missa matutina na Capela da Casa Santa Marta, nesta terça-feira (8/9). Francisco se inspirou na memória do nascimento de Nossa Senhora para destacar que todos somos chamados a ser humildes e próximos aos nossos irmãos, como nos ensinam as Bem-aventuranças e o capítulo 25 do Evangelho de Mateus.

 

“Como Deus reconcilia”, “qual é o estilo de reconciliação de Deus”?  Francisco desenvolveu sua reflexão a partir destas interrogações no dia em que se recorda o nascimento de Maria. A tarefa de Jesus, disse, foi aquela de “reconciliar e pacificar”, Mas, advertiu: para reconciliar, Deus não faz “uma grande assembleia”, não assina “um documento”. Deus, afirmou, “pacifica com uma modalidade especial. Reconcilia e pacifica no caminho”.

“Mas, também no caminho: caminhando. O Senhor não quis pacificar e reconciliar com a vareta mágica: hoje – tuf! – tudo feito! Não. Colocou-Se a caminhar com o seu povo e quando ouvimos este trecho de Mateus: mas, é um pouco chato, não? Isso gerou isso, isso gerou aquilo, isto gerou aquilo... É um elenco: mas é o caminho de Deus. O caminho de Deus entre os homens, bons e maus, porque neste elenco estão santos e criminosos pecadores, também. Há tanto pecado, aqui. Mas Deus não se assusta: caminha. Caminha com o seu povo”.

E neste caminho, acrescentou: “faz crescer a esperança do seu povo, a esperança no Messias”. O nosso, disse o Papa ao recordar um trecho do Deuteronômio, é um “Deus próximo”. Caminha com o seu povo. E, descreveu, “este caminhar com bons e maus nos doa o nosso estilo de vida”.

Deus sonha coisas belas para seu povo

Como, portanto, sendo cristãos, devemos caminhar para pacificar como fez Jesus, questiona o Papa? Colocando em prática o protocolo do amor para com o próximo, é a sua resposta, o capítulo 25 do Evangelho de Mateus:

“O povo sonhava a libertação. O povo de Israel tinha este sonho porque recebeu a promessa de ser libertado, de ser pacificado e reconciliado. José sonha: o sonho de José é como a síntese do sonho de toda esta história do caminho de Deus com o seu povo. Mas não só José tem sonhos: Deus sonha. O nosso Pai, Deus, tem sonhos, e sonha coisas belas para o seu povo, para cada um de nós, porque é Pai e, sendo Pai, pensa e sonha o melhor para os seus filhos”.

Na nossa dimensão, há tudo: a paz e a reconciliação de Deus

Deus é onipotente e grande, disse Francisco, mas nos “ensina a fazer a grande obra da pacificação e da reconciliação no nosso contexto, no caminho, em não perder a esperança com aquela capacidade de sonhar grandes sonhos, grandes horizontes”. Hoje, destacou, na comemoração de uma etapa determinante da história da Salvação, o nascimento de Nossa Senhora, peçamos a graça da unidade, da reconciliação e da paz”:

“Mas sempre em caminho, em proximidade com os outros, como nos ensinam as Bem-aventuranças e Mateus 25, e também com grandes sonhos. E prossigamos a celebração, agora, do memorial do Senhor no nosso contexto: um pequeno pedaço de pão, um pouco de vinho.... Mas nesta pequena dimensão há tudo. Está o sonho de Deus, está o seu amor, está a sua paz, está a sua reconciliação, está Jesus: Ele é tudo isto”. (RB/BF)

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Papa: Processos de nulidade matrimonial mais simples e rápidos

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Cidade do Vaticano (RV) – Foram anunciadas na manhã de terça-feira (08/09) as principais mudanças decididas pelo Papa em relação aos processos de nulidade matrimonial. 

O objetivo do Papa não é favorecer a nulidade dos matrimônios, mas a rapidez dos processos: simplificar, evitando que por causa de atrasos no julgamento, o coração dos fiéis que aguardam o esclarecimento sobre seu estado “não seja longamente oprimido pelas trevas da dúvida”.

As alterações constam nos dois documentos ‘Mitis Iudex Dominus Iesus’ (Senhor Jesus, manso juiz) e ‘Mitis et misericors Iesus’ (Jesus, manso e misericordioso), apresentados na Sala de Imprensa da Sé.

A reforma foi elaborada com base nos seguintes critérios: 

1.    Uma só sentença favorável para a nulidade executiva: não será mais necessária a decisão de dois tribunais. Com a certeza moral do primeiro juiz, o matrimônio será declarado nulo.
2.    Juiz único sob a responsabilidade do Bispo: no exercício pastoral da própria ‘autoridade judicial’, o Bispo deverá assegurar que não haja atenuações ou abrandamentos. 
3.    O próprio Bispo será o juiz: para traduzir na prática o ensinamento do Concílio Vaticano II, de que o Bispo é o juiz em sua Igreja, auspicia-se que ele mesmo ofereça um sinal de conversão nas estruturas eclesiásticas e não delegue à Cúria a função judicial no campo matrimonial. Isto deve valer especialmente nos processos mais breves, em casos de nulidade mais evidentes. 
4.    Processos mais rápidos: nos casos em que a nulidade do matrimônio for sustentada por argumentos particularmente evidentes. 
5.    O apelo à Sé Metropolitana: este ofício da província eclesiástica é um sinal distintivo da sinodalidade na Igreja.
6.    A missão própria das Conferências Episcopais: considerando o afã apostólico de alcançar os fiéis dispersos, elas devem sentir o dever de compartilhar a ‘conversão’ e respeitarem absolutamente o direito dos Bispos de organizar a autoridade judicial na própria Igreja particular. Outro ponto é a gratuidade dos processos, porque “a Igreja, mostrando-se mãe generosa, ligada estritamente à salvação das almas, manifeste o amor gratuito de Cristo, por quem fomos todos salvos”.
7.    O apelo à Sé Apostólica: será mantido o apelo à Rota Romana, no respeito do antigo princípio jurídico de vínculo entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares.
8.    Previsões para as Igrejas Orientais: considerando seu peculiar ordenamento eclesial e disciplinar, foram emanadas separadamente as normas para a reforma dos processos matrimoniais no Código dos Cânones das Igrejas Orientais.

Diante dos jornalistas credenciados, o juiz decano do Tribunal da Rota Romana, Mons. Pio Vito Pinto explicou que os decretos (motu proprio) são resultado do trabalho da comissão especial para a reforma destes processos, nomeada pelo Papa em setembro de 2014.  

Também estavam na coletiva o Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, e o arcebispo jesuíta  Luis Francisco Ladaria, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.

(CM)

 

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No Twitter, Papa reforça pedido de acolhimento dos refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) - No seu tuíte desta terça-feira (8/9) o Papa Francisco reiterou o pedido que fez no Angelus do último domingo, 06 de setembro, quando pediu acolhimento aos refugiados. 

“Que cada paróquia e comunidade religiosa na Europa acolha uma família de refugiados”, diz o texto, seguido de dois hashtags. #Jubileu #refugeeswelcome (bem-vindos refugiados, em inglês).

O apelo do Pontífice foi prontamente atendido não somente pelas dioceses e paróquias em toda a Europa, que logo se mobilizaram, mas também fora do continente e fora do ambiente eclesial. Líderes de governo e presidentes de vários países, inclusive do Brasil, anunciaram a decisão de abrir suas fronteiras.

Situação na Síria

Enquanto isso, o Bispo de Aleppo dos Caldeus e Presidente da Caritas Síria, o jesuíta Dom Antoine Audo, reforça também a necessidade que os cidadãos possam viver em paz no país.

“O apelo do Papa Francisco expressa a sua solicitude para com os que sofrem e é um convite a todos os cristãos a ajudarem com concretude evangélica”. Ao mesmo tempo, “diante das guerras que sacodem o Oriente Médio, o nosso desejo como cristãos e como Igreja é permanecer em nosso país, e fazemos de tudo para manter viva a esperança”.

Em declarações à Agência Fides, Dom Audo fala da realidade no país: “A situação de degradação, o aumento da pobreza, a dificuldade de curar doenças depois de mais de quatro anos de guerras estão nos dilacerando”

Para o Bispo caldeu, “é uma dor ver as famílias partir, e entre elas muitas cristãs. É um sinal de que a guerra não acabará, ou que no final prevalecerá quem quer destruir o país”.

Paradoxo ocidental

Além disso, em relação ao fenômeno dos refugiados e das fugas em massa, o Presidente da Cáritas Síria denuncia a sistemática ocultação das dinâmicas geopolíticas e militares que provocaram essa situação: “Nós fazemos de tudo para defender a paz, enquanto no Ocidente dizem que fazem de tudo em defesa dos direitos humanos, e com este argumento continuam também a alimentar esta guerra infame. Este é o paradoxo terrível em que nos encontramos. E não conseguimos mais nem mesmo entender o que querem realmente”. (BF)

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Vaticano acolherá duas famílias desembarcadas em Lampedusa

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Cidade do Vaticano (RV) – Um dia após o apelo do Papa, o Arcipreste da Basílica de São Pedro, Cardeal Angelo Comastri, anunciou segunda-feira (07/09) que sua paróquia acolherá uma família de cerca de 5 pessoas. O núcleo será alojado em um apartamento nas proximidades do Vaticano e terá assistência médica e sanitária gratuita, a mesma oferecida aos funcionários do Vaticano.

“O esmoleiro pontifício, Dom Konrad Krajewski, entrará em contato com o Cardeal Francesco Montenegro, de Agrigento, (Sicilia, ndr) e com a Caritas de Lampedusa, para identificar as famílias mais carentes dentre as que desembarcaram ultimamente. Elas serão acolhidas de braços abertos no Vaticano”. 

Em entrevista à TV Sat2000, dos bispos italianos, o Cardeal disse que “o apelo do Papa nos emocionou e envolveu imediatamente. Ele sofre intimamente ao ver estas pessoas desenraizadas de seus países, origens e afetos; sente necessidade de fazer alguma coisa e nós queremos responder. Francisco quis que duas famílias fossem alojadas em apartamentos bem perto do Vaticano, como se estivessem sob a sua ‘paternidade’; que recebessem também assistência médica, para não ‘pesarem’ no Estado italiano. E este também é um gesto belo e delicado da parte do Papa”. 

A intenção é oferecer às duas famílias aquilo de que necessitam inicialmente e em seguida, dar-lhes a possibilidade de se integrar no tecido social italiano e terem um futuro em Roma. As duas paróquias, São Pedro e Sant’Ana, assumirão a emergência. Já há ofertas de trabalho para as famílias. O coração do povo é grande. Diante de dramas como este, a generosidade é infinita”, concluiu o cardeal italiano. 

(CM)

 

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Papa: religião autêntica é fonte de paz e não de violência

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Havana (RV) – Na segunda-feira (07/09), em um encontro de líderes religiosos em Havana, o Núncio Apostólico, Dom Giorgio Lingua, leu uma breve mensagem do Papa na qual reafirma que “a religião autêntica é fonte de paz e não de violência”. 

Francisco acrescenta: “Como fiéis, somos todos chamados a recuperar a vocação à paz que existe em todas as nossas crenças (...) e portanto, ninguém pode usar o nome de Deus para atuar violências. Matar em nome de Deus é um sacrilégio e discriminar em nome de Deus é desumano”. 

Harmonia

“A convivência pacífica e frutífera entre pessoas de religiões diferentes – prossegue o Papa Francesco – é desejável além de possível e realizável de modo concreto. É um bem inestimável para a paz e o desenvolvimento harmônico de um povo”.

Do encontro participaram lideres cristãos de diversas confissões e expoentes judeus, budistas e muçulmanos. Como no ano passado, quando se realizou pela primeira vez, os animadores da Comunidade de Santo Egídio, presente em Cuba desde 1992, convidaram todos a recordar e reviver o ‘espírito de Assis’.

Rolando Garrido, responsável da Comunidade, comentou o evento dizendo que se trata de manter sempre viva a necessidade da convivência pacífica entre as diferentes religiões. E completou: “Nesta circunstância especial, queremos agradecer pela próxima visita do Papa ao país, de 19 a 22 de setembro”. 

(CM)

 

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Papa intervém em encontro sobre mudanças climáticas

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Cidade do Vaticano (RV) – Na próxima sexta-feira, 11 de setembro, Papa Francisco deve intervir sobre o tema da crise climática ao receber os participantes do encontro internacional “Justiça Ambiental e Mudanças Climáticas”. Em virtude da Conferência Internacional em Paris, em dezembro, a Igreja Católica se confronta com especialistas, mundo político e empresarial para fazer o ponto da situação e contribuir na construção de uma solução compartilhada. O presidente da Fundação para o Desenvolvimento Sustentável que está promovendo o evento, Edo Ronchi, afirmou que “a crise climática ainda pode ser vencida”. 

As mudanças climáticas influenciam os âmbitos da justiça, da saúde e da paz e, se a rota não for invertida, o êxito será dramático. As populações mais pobres, em relação à alimentação, direitos e sobrevivência, já estão pagando o seu preço. É o que afirma a ciência, é o que enfatiza o Papa na Encíclica Laudato si’ e também serve de base para o encontro em Roma. Serão dois dias de evento que terminará com a audiência no Vaticano.

Padre Augusto Chendi, subsecretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, diz que a Encíclica do Papa será pontual no evento já que “uma das chaves de leitura é justamente essa prioridade que o Santo Padre coloca à dignidade da pessoa humana em relação à dimensão puramente funcional ou econômica. Sabemos que, somente agindo nessa  inversão, a dignidade da pessoa humana, incluindo o bem fundamental da saúde, será protegida e eventualmente promovida”.

Edo Ronchi, em entrevista a Rádio Vaticano, lembrou que “a questão da igualdade na distribuição do esforço necessário para contrastar as mudanças climáticas será o centro das negociações em Paris. Ali deverão ser estabelecidos objetivos coerentes, legalmente vinculados e periodicamente verificados”. E acrescentou: “Não se tem mais tempo! As emissões continuam crescendo mesmo se em 2014 chegaram a se estabilizar. A China não pode esperar 2030 para reduzir as próprias emissões, é muito tarde. É preciso começar antes. Os Estados Unidos não aplicaram o Protocolo de Kyoto na redução dos 7%: naquele período, isto é, de 1990-2012, as emissões foram aumentadas em 10%”.

Algumas medidas-chaves também foram sugeridas por ele para serem adotadas para contrastar o aumento da temperatura em nível planetário: “a proibição de construção de novas centrais de carvão; a eliminação até 2020 dos investimentos em combustíveis fósseis e a introdução de uma taxa de carvão; o fortalecimento de políticas e medidas de reserva energética em todos os setores; o desenvolvimento das fontes renováveis; a intervenção sobre a mobilidade e os transportes, reduzindo o crescimento da demanda de mobilidade veicular privada”.

Alguns especialistas mundiais no assunto já confirmaram presença como o diretor da Earth Institute da Columbia University, Jeffrey Sachs, e o presidente do Instituto de Pesquisa Grantham, Nicholas Stern. O Convênio Internacional está sendo promovido pelos Pontifícios Conselho da Justiça e da Paz e para os Agentes de Saúde. (AC)

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Dispensário Pediátrico Santa Marta reabre esta quarta-feira

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Cidade do Vaticano (RV) – Reabre na quarta-feira (9), após a pausa de verão, o Dispensário Pediátrico Santa Marta, uma ilha de caridade no coração do Vaticano. A estrutura, criada por desejo do Papa Pio XI, funciona há mais de 90 anos sob os cuidados das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, assistindo cerca de 500 crianças, sem distinção de raça ou religião. Mais de 50 voluntários (entre médicos, enfermeiros, leigos, etc) a cada dia se alternam para ajudar as irmãs vicentinas que, inspiradas por seu fundador, “não passam ao lado de ninguém com o rosto indiferente, o coração fechado ou o passo apressado”.

Nós próximos dias serão ativados novos serviços de apoio à maternidade, vacinações e cursos de alimentação. A iniciativa, que significativamente foi denominada “Existe um berço prá ti”, encontra espaço em novos locais, colocados à disposição pelo Governatorato do Estado do Vaticano, inaugurados em maio passado.

Em 14 de dezembro de 2013, o Papa Francisco visitou o Dispensário que se localiza a poucos passos da Casa Santa Marta e, sucessivamente, recebeu na Sala Paulo VI as famílias assistidas junto com os voluntários. Também o Papa Emérito Bento XVI havia visitado o Dispensário em dezembro de 2005. (JE)

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Pastoral de rua é tema de Simpósio em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – A Pastoral de Rua será tema de um Simpósio Internacional em Roma, de 13 a 17 de setembro. O evento é promovido e organizado pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes.

A finalidade do Simpósio é estudar estratégias eficazes para combater a chaga das crianças e mulheres de rua e de suas famílias, drama que requer acelerar os tempos de intervenção seja por parte da Igreja universal, seja por parte das Igrejas locais, e das instituições civis.

O tema será debato à luz dos ensinamentos do Papa Francesco, e em vista de grandes eventos, como o Jubileu da Misericórdia e do Sínodo dos Bispos sobre a família.

O Simpósio terá início no domingo, 13 de setembro, com a saudação do Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Card.Antonio Maria Vegliò.  No decorrer no evento, os conferencistas abordarão realidades como o tráfico de seres humanos de menores e mulheres em vários países do mundo, inspirado na Exortação Apostolica Evangelii Gaudium do Papa Francesco.

Para compartilhar a experiência brasileira, foi convidada a Ir. Maria Cristina Roletti, que na sessão vespertina da segunda-feira falará sobre “Fenômeno das crianças e das mulheres de rua na América Latina”.

Outra participante que conhece bem a realidade brasileira é a Ir. Gabriella Bottani, coordenadora da Rede das consagradas contra o tráfico (Talitha Kum). Ir. Bottani, que morou muitos anos no Brasil, falará sobre a dignidade da mulher.

No encerramento, os participantes serão recebidos em audiência pelo Pontífice, no Vaticano, na próxima quinta-feira (17/09).

(BF)

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Canal de TV estadunidense transmitirá toda a visita do Papa

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Nova York (RV) – O Papa Francisco, 24h por dia: o provedor de TV via cabo Time Warner abrirá nos EUA um canal dedicado exclusivamente à visita do Papa Francisco aos EUA e Cuba. 

O canal 199 transmitirá todos os eventos da visita do Pontífice a partir da missa de 20 de setembro em Havana até a decolagem do aeroporto de Filadélfia, no dia 27. O canal será aberto aos assinantes Time Warner de Nova York e de várias regiões em todo o país, alcançando um total de 15 milhões de famílias estadunidenses. Também será visível na Internet e com o aplicativo TWC News.

Entretanto, em Washington o governo federal prepara a aguardada visita do Papa. Para evitar engarrafamentos, foi pedido aos funcionários municipais que durante os três dias de visita de Francisco à capital – quando encontrará o Presidente Obama e falará ao Congresso – trabalhem em suas casas. 
O Papa estará na cidade de 22 a 24 de setembro.

(CM)

 

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Igreja no Mundo



Itália: pároco de Palermo já hospeda 15 migrantes na igreja

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Palermo (RV) – O apelo do Papa Francisco para abrir as paróquias aos refugiados já é realidade há um ano em Palermo. Dom Sergio Mattaliano, diretor da Cáritas da cidade e pároco da Igreja São João Maria Vianney em Falsomiele, um bairro simples da periferia da cidade, acolheu 15 imigrantes que estão perfeitamente integrados. 

Pouco importa se a igreja é um edifício ainda em construção, e as escadas em cimento porque ainda não foram finalizadas. A casa canônica adjacente funciona, é bem estruturada e dotada de uma grande cozinha. Dom Sergio e os voluntários a transformaram numa casa de acolhimento com quartos e uma área comum onde comer. Os mesmos imigrantes, dos quais o padre se transformou num segundo pai, confirmam que virou “uma grande família”.

Momadí tem 19 anos, sonhava ser jogador de futebol na Costa do Marfim. Ele chegou em junho do ano passada da Líbia, aprendeu o italiano e consegiu o diploma da escola média. Fathima também chegou em 2014. Queria reencontrar o marido que estava em Palermo já há algum tempo e conseguiu. Hoje ela espera um filho que vai nascer em dezembro.

Alpha, no entanto, desembarcou há 2 meses na Sicília. Ele é de Serra Leoa e saiu da Líbia com a filha de 2 anos e meio. Alpha perdeu a mulher durante a travessia, mas Dom Sergio acolheu pai e filha na igreja. Na casa tem uma sala cheia de brinquedos, bonecas e ursinhos. A pequena Prospery se transformou na mascote da paróquia: voluntários e fieis brigam pra tirar o mais bonito sorriso dela, enquanto as crianças do bairro, que frequentam a paróquia, ficam sempre de olho para cuidá-la.

Dom Sergio garante que “aqui muçulmanos e católicos convivem muito bem, num bonito exemplo de integração. Há um ano abrimos as portas para os migrantes. Inclusive naquele tempo o Papa Francisco tinha convidado as paróquias e as comunidades católicas a dar acolhimento; outras comunidades da cidade, como a de São Carlos (foto), também aceitaram o apelo. Assim começou um percurso. Administrá-lo não é simples e, a um certo ponto, foi preciso interrompê-lo. Para acolher os migrantes e consentir que eles fiquem aqui”, explica o pároco, “existe um processo burocrático para seguir. É necessário coordená-lo com a prefeitura e a polícia”.

Para Dom Sergio, trabalhando há muito tempo junto aos voluntários da organização humanitária durante as operações de acolhimento no porto de Palermo por ocasião dos desembarques dos migrantes, “é indispensável uma coordenação entre as instituições e as comunidades católicas, porque nem todas as paróquias dispõem de psicólogos e assistentes sociais – figuras que são necessárias. É um percurso complexo”, finaliza Dom Sergio.

Entre os hóspedes da Paróquia de Falsomiele há quem aprendeu o italiano e quem agora tem um trabalho nos campos, com um salário modesto. Momadí diz que se sente bem ali: “estou feliz com Pe. Sergio, que para mim é como um pai. Aprendi o italiano, vou à escola e tenho um diploma, além de ajudar também os outros hóspedes. Somos uma verdadeira família”. (AC/Ansa)

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Dioceses italianas mobilizam-se para responder apelo do Papa

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Roma (RV) - Fazer todo o possível para responder, sem mais tardar e com eficácia, ao pedido do Papa. As reações de dioceses, instituições e movimentos católicos ao apelo de Francisco a acolher, em cada paróquia, comunidade religiosa, mosteiro ou santuário da Europa, uma família de refugiados, são unânimes.

“A Igreja está pronta a mobilizar-se para o acolhimento”, assegurou o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI) e vice-presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), Cardeal Angelo Bagnasco.

O purpurado recordou que se tratará do tema já no próximo final de semana, quando os presidentes das Conferências episcopais europeias se encontrarão na Terra Santa (de 11 a 16 de Setembro) para a anual assembleia plenária, e, depois, de 21 a 23 de Setembro, no Conselho episcopal permanente da CEI:

“Já dei disposições para que sejam identificados critérios concretos para aplicar e traduzir esse grande convite do Papa”, acrescentou o cardeal, observando que existem 27.133 paróquias na Itália, e que se cada uma acolher uma família de quatro pessoas, mais de 108 mil pessoas terão encontrado guarida.

Para tal, “falarei com os colaboradores e com os párocos para que façam um mapeamento e planifiquem um caminho de concreto”. Trata-se de “continuar e intensificar o empenho e o esforço que todas as dioceses italianas já estão fazendo há tempo”, ressaltou o Cardeal Bagnasco.

As iniciativas na Itália

O apelo do Papa “não ficará sem ser ouvido”, declarou o arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola, assegurando que sua arquidiocese “está pronta para fazer sua parte dando início ao plano de acolhimento anunciado” na quarta-feira, dia 2, e será administrado e permitirá acolher em cada comunidade grupos de cinco ou seis pessoas.

Em Veneza, dias atrás, o Patriarca Francesco Moraglia enviou uma carta aos párocos da arquidiocese sobre a questão migrantes, que foi lida durante a missa dominical. “Cada um de nós, com a sua comunidade, é chamado em causa”, escreve, falando de um fenômeno de proporções que marcam uma época.

“Um efusivo agradecimento pelo que já foi feito, bem como um veemente pedido a aumentar ulteriormente o empenho”, com iniciativas concretas voltadas a suscitar sempre mais uma cultura da solidariedade e do acolhimento no respeito pela pessoa.

O arcebispo de Perugia, Cardeal Gualtiero Bassetti, acolhe e faz seu o apelo do Papa: “Também as famílias que disporem de imóveis desocupados acolham os refugiados”, disse este domingo, recordando já ter feito essa solicitação no passado, em suas homilias.

Portanto, não somente um apelo “às paróquias, congregações religiosas, aos conventos, aos mosteiros, inclusive de clausura”, mas um renovado convite a todas “as famílias de boa vontade”.

Os esforços de norte a sul das dioceses italianas recebem a adesão também da Ação Católica que, numa nota da presidência nacional, convida a “promover reflexões construtivas e ações concretas de acolhimento e fraternidade, que não sejam dominadas pelo medo e pela perplexidade.

Ninguém “pode sentir-se alheio aos episódios destes dias. Consequentemente, cada um de nós tem a obrigação de não deixar prevalecer a indiferença e a superficialidade, mas de empenhar-se na linha de frente, inclusive em seu próprio contexto local, a fim de que a solidariedade e a sabedoria prevaleçam sobre o egoísmo e a impulsividade”. (RL)

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Igrejas europeias mobilizam-se para responder apelo do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - O apelo do Papa Francisco, lançado no Angelus deste domingo, chama em causa toda a Europa: acolher, em todo o Velho Continente, famílias de refugiados, apelo esse dirigido também às duas paróquias do Vaticano – São Pedro e Sant’Ana (prontamente respondido).

Na França, após a declaração (intitulada “S’il vous plaît, que cela ne se répète pas!”) da Conferência episcopal sobre a trágica morte do pequeno Aylan, muitos bispos se pronunciaram – entre eles o arcebispo de Lyon, Cardeal Philippe Barbarin (“Uma família em cada paróquia? Pode ser!”, escreveu num tuíte) – para dar a paróquias e comunidades disposições sobre acolhimento aos refugiados.

O arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, esteve pessoalmente no passagem fronteiriça de Nickelsdorf (próximo do confim com a Hungria) para encontrar os refugiados e os agentes humanitários que os estão assistindo.

Dias atrás, a Conferência Episcopal da Hungria, ao término de sua assembleia plenária, solicitou às instituições caritativas católicas (“em sintonia com o que o Papa Francisco tem insistentemente pedido”) a encontrar as modalidades mais eficazes para dar assistência em colaboração com as entidades públicas, “no respeito pelos direitos específicos desta situação humanitária”.

Por sua vez, o arcebispo presidente do episcopado polonês, Dom Stanisław Gądecki, pediu durante a homilia dominical que cada paróquia se prepare para acolher migrantes perseguidos, “dando-lhes a possibilidade de iniciar uma nova vida”.

E na Bélgica, após um apelo lançado no final de agosto, a Caritas Internacional recebeu duzentas e cinquenta ofertas por parte de proprietários disponibilizando apartamentos aos que pedem asilo; uma vez certificados os requisitos, caberá às autoridades competentes gerir os alojamentos. (RL)

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Misericórdia e perdão norteiam Encontro Ecumênico de Espiritualidade Ortodoxa

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Bose (RV) - "Misericórdia e perdão" é o título da 23ª edição do Simpósio Ecumênico internacional de Espiritualidade Ortodoxa, que terá lugar em Bose, Itália, de 9 a 12 de setembro de 2015. O tema deste ano quer recordar a urgência de uma prática do perdão aliada à busca da justiça, para se encontrar uma ideia de bem comum e uma confiança que se traduza em responsabilidade pelo outro.

Na escuta das Escrituras e da tradição espiritual ortodoxa, o simpósio propõe um itinerário de reflexão sobre a arte do perdão, recolhendo as questões que interrogam a esperança cristã, como por exemplo, "Como anunciar hoje o perdão de Deus? Como curar a memória ferida? Onde encontrar a alegria do perdão entre as igrejas e os homens? Quais são hoje os lugares do perdão cristão? Como conjugar justiça e perdão na sua dimensão pública e histórica?".

Estarão presentes representantes de todas as Igrejas Ortodoxas, da Igreja Católica, da Igreja da Inglaterra e das Igrejas da Reforma, biblistas, patrologistas e teólogos, monges do oriente e do ocidente, filósofos e escritores de todo o mundo.

A Convenção Ecumênica Internacional de Espiritualidade Ortodoxa tornou-se um ponto de referência internacional para o diálogo ecumênico e o estudo da tradição espiritual do Oriente cristão, segundo uma visão ampla de diálogo intercultural e inter-religioso, que inclui a Europa Oriental, a Ucrânia, a Rússia e o Oriente Médio.

Os trabalhos do encontro serão abertos pelo Prior de Bose, Enzo Bianchi, pelo Cardeal Walter Kasper, Presidente Emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Metropolita Kallistos Ware de Diokleia, que abordarão o tema do perdão cristão e da reconciliação entre as Igrejas.

Nas mensagens enviadas ao Simpósio pelos líderes das Igrejas, se recorda como "a misericórdia e a compaixão na relação com os nossos companheiros em humanidade ocupem um lugar central entre as outras virtudes nos ensinamentos do Senhor", como escreve o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla. No apelo evangélico para serem "misericordiosos, como também o vosso pai é misericordioso", "está contido o testemunho da mais alta dignidade do homem chamado a colaborar com Deus", recorda a mensagem enviada pelo Metropolita Hilarion de Volokolamsk, Presidente para as Relações Externas do Patriarcado de Moscou, em nome do Patriarca Kirill, de Moscou. O Papa Francisco, na mensagem enviada através do Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, recorda que "a misericórdia é a grande luz de amor e ternura de Deus que traz consigo o perdão".

Os pronunciamentos dos relatores se darão em diversas sessões, como "A Escritura e os Padres; o Perdão na tradição monástica e na sua dimensão antropológica; os testemunhos de misericórdia nas diversas Igrejas e por fim, Justiça e perdão". Os Delegados das diversas Igrejas presentes assinalam a dimensão ecumênica e a importância do encontro. (JE)

 

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Formação



Claretianos: evangelizar com todos os meios possíveis

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Cidade do Vaticano (RV) - Neste espaço dedicado ao Ano da Vida Consagrada, hoje vamos falar da Congregação Missionária dos Filhos do Coração Imaculado de Maria, cujos membros são conhecidos como claretianos. 

O nome, aliás, vem do fundador: Santo Antônio Maria Claret. Ele nasceu perto de Barcelona, na Espanha, em 1807. Ao ser canonizado em 1950, Pio XII o definiu como o “Santo de todos”, justamente pela vastidão de seu empenho evangelizador. Foi Arcebispo de Santiago de Cuba, catequista, missionário, escritor, formador do clero, pedagogo e confessor. Participou do Concílio Vaticano I. E faleceu 1870.

Cerca de 90 claretianos estão reunidos em Roma para seu 25º  Capítulo Geral. Durante o capítulo, no último final de semana os claretianos elegeram o 13º Superior-Geral da Congregação, o sacerdote indiano Mathew Vattamattam.

Um dos participantes é o superior provincial do Brasil, Pe. Marcos Aurélio Loro. Aos ouvintes do Programa Brasileiro, Pe. Marcos Aurélio apresenta o carisma claretiano e faz um convite aos jovens.

Clique acima para ouvir.

(BF)

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Malária causa mais 500 mil vítimas por ano

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Cidade do Vaticano (RV) - A primeira vacina do mundo contra a malária recebeu recentemente o parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que a considerou segura e eficaz para ser usada em bebês na África, em áreas de risco da doença transmitida por mosquitos.

A vacina Mosquirix pode ser lançada em 2017 e tem como finalidade evitar milhões de casos de malária, que mata milhares de pessoas nos países onde é endêmica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 500 mil pessoas morrem a cada ano vítimas da malária, sobretudo na África, não obstante os esforços realizados para erradicar a doença. Em 2013, foram registrados 198 milhões de casos de malária em todo o mundo.

A epidemiologista clínica Dra. Miriam Sommer de Porto Alegre (RS), que atualmente mora e trabalha em Haia, na Holanda, nos dá algumas informações sobre a malária. (MJ)

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Atualidades



"Guerra e Paz" de Cândido Portinari volta a iluminar sede da ONU

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Nova York (RV) – O famoso painel “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari, será reinaugurado nesta terça-feira (8) no hall da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York. A cerimônia será marcada por um filme-espetáculo dirigido pela Diretora Bia Lessa, que reúne poemas lidos por pessoas de diversas partes do mundo. Em determinados momentos, haverá intervenções como a leitura de pronunciamentos do Papa Francisco e da Presidente Dilma Rousseff, além da interação com o público. A abertura estará a cargo do Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon.

O autor, Cândido Portinari (1903-1962), não pode estar presente na inauguração do mural na sede da ONU, em 6 de setembro de 1956, por ter o visto negado pelos Estados Unidos, visto sua ligação com o Partido Comunista. Depois de quase 60 anos, o painel, formado por duas gigantes pinturas a óleo sobre madeira, será reinaugurada na presença de seu filho, João Cândido.

Menino sírio

"Em palestras, quando me perguntam se o quadro continua atual, mostro fotos do 11 de setembro, da guerra no Iraque e de outros conflitos atuais. Agora, tenho que incluir a foto no menino sírio morto em uma praia turca", declarou João Cândido à BBC Brasil.

Ele ressalta que o painel sobre a guerra feito por seu pai não traz imagens de armas, tanques ou soldados, porque Portinari preferiu se concentrar no sofrimento do povo em meio ao conflito, o mesmo sofrimento que João Cândido vê nas imagens recentes que correram o mundo de refugiados em busca de abrigo na Europa.

Uma nova humanidade

"Vou discursar na ONU sobre a urgência de construirmos uma nova humanidade. Quero que esta oportunidade de falar no palco mais nobre do mundo sirva para conclamar e conscientizar, porque é a nossa própria sobrevivência que está em jogo."

Guerra e Paz voltará a ser exibido na ONU após cinco anos. Neste período foi exposto no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Belo Horizonte e em Paris, tendo sido visto por mais de 360 mil pessoas. João Cândido contou que um dos momentos que mais o emocionou foi em Paris. Ele estava no Museu Grand Palais, onde a obra era exibida, quando foi abordado por uma senhora. "Ela falou: “Olha, vou te dizer uma coisa” - e falou com tanta veemência que achei que fosse me censurar, mas emendou – “Tenho 72 anos, há 52 visito museus e exposições e nunca fiquei tão tocada quanto agora'", recordou ele. "Senti muito orgulho de ser brasileiro – afirmou João Cândido. É muito bom poder mostrar esta obra e receber de volta esta emoção de pessoas de outras nações. Isso nos engrandece e nos dá força para seguir em frente".

Restauração restituiu "Vibração cromática"

No Rio, os dois painéis de 140 metros quadrados e 1 tonelada cada um ainda passaram, durante quatro meses, por sua primeira restauração, que recuperou sua "vibração cromática", segundo João Cândido. O projeto teve um custo de R$ 30 milhões e veio à tona em 2007, quando o filho do pintor soube que a ONU passaria por uma reforma e as obras de arte deveriam ser retiradas. Este fato acabou permitindo que um público maior pudesse contemplar a obra, o que era um sonho há muito acalentado, segundo João Cândido.

Os murais estão na ONU desde dezembro, mas cobertos e à espera da cerimônia de reinauguração, que teve sua data adiada duas vezes pela dificuldade em conseguir recursos de patrocinadores. Os percalços não impediram, no entanto, a confirmação do evento para o dia 8 deste mês, quando Guerra e Paz será descortinado mais uma vez, às vésperas da abertura da 70ª Assembleia Geral do ONU, marcada para o dia 15.

"Assim como no quadro de Portinari, não vamos falar de uma violência de bombas e espingardas, mas do sofrimento trazido pela violência do cotidiano por meio de poemas de autores de diversas partes do mundo, por exemplo", explica Bia Lessa, curadora da cerimônia de reinauguração.

Atualidade da obra

"Poder falar sobre guerra e paz neste momento é muito interessante. A reinauguração do quadro agora tem uma carga simbólica muito grande." Com isso, estará finalmente concluído um projeto que levou oito anos desde sua idealização. Mas os planos do filho de Portinari não terminam por aí. Ele gostaria que Guerra e Paz fosse aberto à visitação. "A missão brasileira está ajudando a viabilizar. Não posso prometer, mas estamos trabalhando muito para isso". (JE/BBC Brasil)

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Magnata copta egípcio quer comprar ilha para acolher refugiados

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Cairo (RV) – O cristão copta e magnata egípcio, Naguib Sawiris, anunciou a intenção de comprar uma ilha deserta no Mediterraneo para transformá-la em local de acolhida dos refugiados que fogem das guerras e das situações devastadores do Oriente Médio e da África. Nos dias passado, segundo referido pela mídia egípcia, o Presidente Executivo da Orsacom Telecom Holding, uma liderança a nível mundial no setor de telecomunicações, revelou em entrevistas concedidas à canais de televisão que a ideia amadureceu após o repetir-se de tragédias ligadas ao êxodo por mar dos migrantes que tentam chegar à Europa vindos da África e Ásia.

A seriedade do propósito foi reiterada nas últimas horas por Sawiris no twitter, quando expressou a intenção de chamar a ilha com o nome de Aylan, em homenagem à criança síria morta na costa turca e que se tornou símbolo de todas as vítimas provocadas pelas viagens nos “barcos da morte”.

Nas suas repetidas declarações aos meios de comunicação, Sawiris também especificou que o pedido de compra de uma ilha deserta será feito aos governos da Grécia ou da Itália. Ele estaria disposto a desembolsar “entre 10 e 100 milhões de dólares, mas o tema mais importante será o investimento em infra-estrutura”.

Segundo o homem de negócios copta, os migrantes poderiam ser acolhidos num primeiro momento em centros temporários, para depois encontrar trabalho na construção de casas, escolas e hospitais. (JE)

 

 

 

 

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Líderes muçulmanos indianos condenam extremismo do EI

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Nova Délhi (RV) - Mais de mil expoentes islâmicos reunidos nos dias passados na Índia, para discutir e encontrar novas estratégias para "tutelar a imagem" de um Islã moderado, condenaram com veemência o extremismo religioso e os violentos ataques perpetrados pelo Estado Islâmico. Na declaração divulgada pelos líderes religiosos e referida pelo "Wall Street Journal", é sublinhado que "o comportamento dos militantes do EI é contrário aos ensinamentos do Islã e desumano" e expressa a  "profunda preocupação pela difusão da propaganda extremista" que corre o risco de ampliar-se sempre mais como uma mancha de óleo".

"Esta é uma mensagem forte", afirmou o líder da comunidade muçulmana de Mumbai, Abdur Rahman Anjaria. "Como comunidade grande e influente do país, rejeitamos com firmeza este tipo de torturas, assassinatos e violências", enfatizou. Os líderes religiosos recordaram que na Índia vivem mais de 170 milhões de muçulmanos, colocando o país em segundo lugar no mundo, após a Indonésia, nesta classificação confessional.

Os muçulmanos representam 14% da população da Índia, com maioria hinduísta. O Islã indiano - afirmaram os líderes religiosos - foi por longos anos considerado moderado e em contraposição à interpretação radical da religião feita por grupos extremistas como a Al Qaeda e o EI. No mês passado, a "Jamia Razviya Manazar-e-Islam", em Uttar Pradesh, lançou um ciclo de lições para enfrentar a propaganda dos fundamentalistas. Os estudantes analisaram trechos originais do Alcorão com aqueles distorcidos publicados por organizações terroristas.

O Ministro do Interior, Rajnath Singh, anunciou a colocação na ilegalidade do Estado Islâmico com base na "lei para a prevenção de atos terroristas". O governo elevou o nível de alerta e aumento os controles. Cerca de 20 jovens indianos aderiram ao EI, enquanto cerca de 30 muçulmanos foram detidos quando partiam para a Síria para unirem-se ao grupo radical. (JE/OR)

 

 

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