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Sumario del 11/09/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: cuidado para não serem hipócritas, também o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - Para ser misericordioso com os outros, devemos ter a coragem de nos acusar. Foi o que afirmou o Papa Francisco na missa da manhã desta sexta-feira (11/9), na Casa Santa Marta. O Pontífice ressaltou que devemos aprender a não julgar os outros, caso contrário, nos tornamos hipócritas. Um risco, advertiu, do qual todos devem se cuidar, “também o Papa”. 

“A generosidade do perdão, generosidade da misericórdia”. O Papa Francisco enfatizou que, nestes dias, a Liturgia nos fez refletir sobre o estilo cristão revestido de sentimentos de ternura, bondade, mansidão e exortou-nos a nos ajudar mutuamente.

Ter a coragem de acusar a si mesmo

O Senhor, - prosseguiu -, nos fala da “recompensa”: “Não julguem os outros para vocês não serem julgados. Não condem e não serão condenados”.

“Mas, nós podemos dizer: ‘Mas, isso é bonito hein?’. E cada um de vocês pode dizer: ‘Mas, Padre, é bonito, mas como se faz, como se começa isso? E qual é o primeiro passo para ir por este caminho?’. O primeiro passo o vemos hoje, seja na primeira leitura, seja no Evangelho. O primeiro passo é acusar-se a si mesmo. A coragem de acusar-se a si mesmo, antes de acusar os outros. E Paulo louva o Senhor porque o escolheu e dá graças porque “confiou em mim colocando-me ao seu serviço, porque eu era “um blasfemo, perseguidor e um violento. Foi misericórdia”.

Cuidar-se para não ser hipócrita, partindo do Papa

São Paulo, - acrescentou -, “nos ensina a nos acusarmos. E o Senhor, com a imagem do cisco no olho do irmão, e da trave que está no nosso olho, nos ensina o mesmo”. É preciso primeiro remover a trave do próprio olho, acusar-se. “Primeiro passo - reiterou Francisco – acusar-se a si mesmo” e não se sentir “o juiz para remover o cisco dos olhos dos outros”:

“E Jesus utiliza a palavra que usa apenas com aqueles que têm duas caras, duas almas: 'hipócrita'. Hipócrita. O homem e a mulher que não aprendem a se acusar a si mesmos se tornam hipócritas. Todos, hein? Todos. A partir do Papa: todos. Se um de nós não tem a capacidade de acusar-se a si mesmo não é cristão, não faz parte desta obra tão bonita de reconciliação, de pacificação, da ternura, da bondade, do perdão, da generosidade, da misericórdia que nos trouxe Jesus Cristo”.

Paremos em tempo quando falamos dos outros

O primeiro passo, portanto, reiterou é esse: pedir “ao Senhor a graça da conversão” e “quando ocorre-me de pensar nos defeitos dos outros, parar":

“Quando me vem a vontade de dizer aos outros os defeitos dos outros, parar. E eu? E ter a coragem que teve Paulo: ‘Eu era um blasfemo, perseguidor, um violento’... Mas quantas coisas podemos dizer de nós mesmos? Poupemos os comentários sobre os outros e façamos comentários sobre nós mesmos. E este é o primeiro passo no caminho da magnanimidade. Porque aquele que sabe olhar somente o cisco no olho do outro, acaba na mesquinhez: um coração mesquinho, cheio de coisas pequenas, cheio de fofocas”.

Pedimos ao Senhor a graça, disse ainda o Papa, “para seguir o conselho de Jesus: ser generosos no perdão, ser generosos na misericórdia”. Para canonizar “uma pessoa - concluiu - existe todo um processo, há necessidade do milagre, e, depois a Igreja”, a proclama santa. “Mas - observou - se se encontrasse uma pessoa que nunca, nunca, nunca falou mal do outro”, poderia sim ser canonizada imediatamente”. (SP)

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Papa aos Claretianos: abrir fronteiras e portas

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (11/09), na Sala do Consistório, no Vaticano, os 120 participantes do XXV Capítulo Geral dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, conhecidos como Claretianos.

Liderando o grupo, estava o recém-eleito Superior Geral, Pe. Matew Vattamattam, que dirigiu ao Pontífice algumas palavras. Em seguida, o Papa improvisou um discurso, entregando-lhes em mãos o que havia preparado. O tema do encontro dos religiosos, realizado em Roma, foi “Testemunhas e mensageiros da alegria do Evangelho”.

Em seu discurso espontâneo, o pontífice disse que “os Claretianos estão pra todo lado”. No campo da Teologia se destaca o ex Superior Geral que é um teólogo da vida consagrada. “No Direito Canônico vocês estão entre os melhores canonistas aqui em Roma. Um trabalho silencioso, santo, de um homem que passou toda a sua vida na Congregação religiosa e no arquivo, e nos deu exemplo de vida e missionariedade”, disse o Papa.

O Santo Padre destacou três palavras em sua mensagem: “adorar, caminhar e acompanhar”.

“Adorar. Nós no mundo da eficiência, perdemos o sentido da adoração, incluindo na oração. Rezamos, adoramos ao Senhor, pedimos e agradecemos. Porém, adorar é estar diante do único Deus, daquele que é único que não tem preço, que não se negocia e não se muda. Tudo o que está fora Dele é uma imitação de papelão: é um ídolo. Adorar. Nesta etapa é preciso fazer um esforço para crescer nesta maneira de oração: a adoração! Adorem, adorem a Deus. É uma carência da Igreja neste momento por falta de pedagogia. Este sentido de adoração vemos no Primeiro Mandamento da Bíblia. ‘Não terás outros deuses diante de mim’. Somente adorar com a alma prostrada.”

“Deus não pode adorar si mesmo. Deus quis caminhar. Não quis ficar quieto. Desde o início caminhou com o seu povo”, disse o Papa acrescentando:

“Caminhar é abrir fronteiras, sair, abrir as portas e buscar caminhos. Caminhar. Não ficar sentados, não se instalar, no mal sentido da palavra. É verdade que é preciso organizar as coisas. Existem trabalhos que exigem estar tranquilos, porém caminhar e buscar com a alma, o coração e a cabeça. Ir às fronteiras, às  fronteiras de todo tipo, incluindo a de pensamento. Os seus intelectuais devem ir às fronteiras, abrir caminhos, buscar. Portanto, não ficar quieto, porque quem está quieto não se mexe, se corrompe, como a água estagnada. A água do rio que escorre não se corrompe. Caminhar como Deus caminhou, que se fez companheiro de viagem. Vemos na Bíblia como o Senhor acompanhou o seu povo, tomando sobre si os pecados, perdoando. Acompanhar quer dizer caminhar. Caminhar com este desejo de chegar um dia a contemplá-Lo e não, como infelizmente acontece, como pessoa que vem garantir a sua própria vida num instituto ou que fica quieto para que não lhe falte nada. Caminhar, caminhar.”

“Portanto, não caminhar sozinhos. É até chato”, frisou Francisco. “Acompanhar o povo. Deus caminhou, acompanhando. É bonito lembrar a passagem dos Discípulos de Emaús quando Jesus se faz de tonto com eles. Ele se colocou ali, os acompanhou. Acompanhou todo um processo”, disse o Papa. 

“Acompanhar os momentos de alegria, acompanhar a felicidade dos matrimônios, das famílias. Acompanhar os momentos difíceis, os momentos da cruz, os momentos do pecado. Jesus não tinha medo dos pecadores: os procurava. Acompanhar as pessoas e os desejos que o Senhor semeia no coração, e deixá-los crescer bem.” (MJ)

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Justiça ambiental também requer mudança individual, diz Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao receber na manhã desta sexta-feira (11/9), os participantes no encontro da Fundação para o desenvolvimento sustentável sobre justiça ambiental e mudanças climáticas, em curso em Roma, o Papa reiterou que diante destes desafios o homem é chamado a responder também de maneira individual a partir de uma mudança de comportamentos ultrapassados. Francisco recordou ainda que aqueles que mais sofrem as graves implicações sociais das mudanças climáticas são os mais pobres.

 

“Por isso, a questão do clima é uma questão de justiça; e também de solidariedade, que da justiça não pode ser jamais separada. Está em jogo a dignidade de cada um de nós, como povo, como comunidade, como homens e mulheres”, advertiu o Pontífice.

Mudança de paradigma individual

Ao repropor algumas reflexões da encíclica Laudato si, o Papa destacou que a ciência e a tecnologia dão à humanidade “poderes sem precedentes”. Aqui Francisco exprime sua convicção de que é um “dever de todos”  que estas ferramentas sejam utilizadas pelo bem da humanidade de das gerações futuras.

“Cada um é chamado a responder pessoalmente, na medida que lhe compete com base no papel que tem na família, no mundo do trabalho, da economia e da pesquisa, na sociedade civil e nas instituições”.

Justiça ambietal

Ao destacar que os participantes do encontro provêm de realidades distintas, Francisco exortou-os a promover um diálogo participativo, inclusivo e integral que represente as partes frequentemente relegadas à margem dos processos institucionais.

“Faço a todos um convite urgente para que nas mesas nas quais se busca uma solução para resolver esta única e complexa crise socioambiental, escute-se também a voz dos mais pobres, Países e seres humanos: este também é um dever da justiça ambiental”.

Por fim, o Papa, citando a conferência mundial do Clima de Paris, em novembro, exortou os presentes para que este diálogo possa se “transformar em uma autêntica aliança que leve a acordos ambientais globais realmente significativos e eficazes”. (RB)

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Crise dos refugiados na pauta da audiência o presidente da Sérvia

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Cidade do Vaticano – O Papa Francisco iniciou sua série de audiências, na manhã desta sexta-feira (11/9) recebendo no Vaticano o Presidente da República Sérvia, Tomislav Nicolic, acompanhado de uma comitiva presidencial.

De acordo com o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante os colóquios cordiais foram ressaltadas as boas relações entre a Santa Sé a República da Sérvia; abordados temas de comum interesse, concernentes às relações entre a comunidade eclesial e a civil, com particular referência ao diálogo ecumênico e à contribuição da Igreja Católica para o bem comum da sociedade sérvia.

Durante as conversações destacou-se ainda o caminho empreendido pela Sérvia rumo à plena integração na União Europeia, como também algumas situações de caráter regional e internacional, entre as quais a condição dos refugiados sírios e iraquianos, reafirmando-se a importância de privilegiar uma solução compartilhada para a crise em andamento.

Ao final da visita, o Presidente sérvio foi recebido também pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, que estava acompanhado pelo Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

(MT)

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CCEE na Terra Santa: Papa, momento forte de oração e solidariedade

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem ao presidente e demais membros do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) por ocasião da plenária desse organismo em andamento, pela primeira vez, na Terra Santa. O encontro teve início nesta sexta-feira (11/09) e prossegue até a próxima quarta-feira, 16.

“Rezo para que esse tempo passado juntos, em que vocês estão refletindo sobre a vida da Igreja em seus países, seja sobretudo um momento forte de oração e solidariedade. Que esse repouso no Senhor possa renová-los na santidade de vida e no zelo apostólico daqueles que lhes foram confiados”, frisa o pontífice na nota enviada ao Presidente do CCEE, Cardeal Péter ErdÅ‘, Arcebispo de Budapeste.

O Papa espera que esse encontro possa reavivar o frescor do Evangelho do qual “nascem caminhos novos, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes e palavras cheias de significado renovado para o mundo atual”. 

Francisco pede aos membros do CCEE para que rezem pelo Sínodo Ordinário dos Bispos sobre a Família que se realizará em outubro próximo, no Vaticano, a fim de que a Igreja possa dar uma resposta urgente e generosa às necessidades da família. (MJ)

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Igreja no Brasil



Lucrar com detentos é imoral, denuncia Pastoral Carcerária

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São Paulo (RV) - A Pastoral Carcerária divulgou uma nota para manifestar sua total contrariedade à privatização e a diversas formas de terceirização do sistema carcerário brasileiro.

A nota é fruto do Encontro Nacional sobre Encarceramento em Massa e Privatização do Sistema Prisional, que se realizou em Goiânia (GO) nos dias 29 e 30 de agosto.

Para a Pastoral, a privatização representa a expansão das cadeias e o atendimento dos interesses de alguns grupos econômicos e políticos. A nota denuncia os “oportunistas” que querem lucrar com a precariedade das unidades prisionais do país, definidas como “uma engrenagem de morte” que atenta contra a promoção da dignidade humana e a construção de uma sociedade pautada pela justiça social. “As prisões brasileiras são produtoras de violências, maus-tratos e torturas”, lê-se no texto.

A Pastoral considera “absurda” a delegação da função punitiva do Estado. “A punição não é atividade econômica e nem seria admissível que o fosse”, alerta a nota, pois significaria mercantilizar a pessoa presa, transformando-a em uma commodity. “Auferir lucros a partir da tragédia alheia é um verdadeiro descalabro que o Estado e a sociedade brasileira não podem aceitar”, defende a Pastoral.

O documento cita dados e indicadores de experiências feitas neste campo em Minas Gerais. Trata-se do Estado que mais apostou na privatização e que foi também onde mais cresceu o número de presos. A população carcerária aumentou mais 620% entre os anos de 2005 e 2012, muito acima da média nacional, que foi de 74% no mesmo período.

“A Pastoral Carcerária reafirma sua posição de lutar contra toda e qualquer forma de expansão do sistema penal, seja qual for a sua forma de gestão. Neste sentido, na luta por um mundo sem cárceres, não há como apoiar, gerir ou administrar penas e presídios, uma vez que isso significa fortalecer o mesmo sistema que a Pastoral combate. (...) O que colocamos em pauta é uma profunda política de desencarceramento e de redução dos males desumanizadores das prisões.”

O documento é assinado pelo Bispo Referencial da Pastoral Carcerária Nacional, Dom Otacílio Luziano da Silva, pelo Coordenador Nacional, Padre Valdir João Silveira e pelo Vice- Coordenador, Padre Gianfranco Graziola. (BF)

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Igreja no Mundo



Cardeal Schönborn: acompanhar famílias feridas

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Cidade do Vaticano (RV) - Com o caminho sinodal sobre a família, o Papa Francisco quis, “em primeiro lugar, encorajar-nos a olhar para a beleza e a importância vital do matrimônio e da família com o olhar do Bom Pastor que se faz próximo de cada um de nós”.

É uma das passagens da longa entrevista do arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, ao diretor de “La Civiltà Cattolica”, Pe. Antonio Spadaro, e publicada no último número da prestigiosa revista dos jesuítas com o título “Matrimônio e conversão pastoral”.

O purpurado ressalta que no tocante à realidade familiar não se deve ter “um olhar crítico que evidencia toda e qualquer falha, mas um olhar benévolo que vê quanta boa vontade e quanto esforço existem, mesmo em meio a muitos sofrimentos”.

Isso porque, “apesar de todas as crises, de todas as ideologias que é preciso denunciar e chamar claramente pelo nome, não obstante tudo isso, o matrimônio e a família permanecem a célula fundamental da vida humana e da sociedade”, pondera o cardeal austríaco.

Sem medo, acompanhar as famílias feridas

“O desafio que o Papa Francisco nos lança é crer que, dotados dessa coragem que nos vem da simples proximidade, da realidade cotidiana das pessoas, não nos distanciamos da doutrina”, afirma o arcebispo. “Não corremos o risco de diluir a sua riqueza caminhando com as pessoas, porque nós mesmos somos chamados a caminhar na fé.”

E observa que muitas vezes teólogos e pastores se esquecem que “a vida humana se realiza nas condições colocadas por uma sociedade”, “num quadro histórico”. “No fundo, nos é pedido um ato de fé: aproximar-nos, como Jesus, da multidão sem ter medo de ser tocado por ela”, frisa.

Mesmo de famílias “irregulares” podemos aprender algo

Em relação a famílias em situações irregulares, o Cardeal Schönborn ressalta que existem “caminhos de cura, de aprofundamento, caminhos em que a lei é vivida passo a passo”.

O Papa Francisco, reitera o purpurado, pede a todos os pastores que acompanhem as pessoas “que se encontram em situações matrimoniais irregulares”.

Muitos “esperam soluções gerais, enquanto a atitude do Bom Pastor é, sobretudo, acompanhar as pessoas que vivem um divórcio e um novo matrimônio em suas situações pessoais”, destaca.

“Em primeiro lugar, é preciso observar, antes de julgar”, ressalta. Ademais, “é preciso sempre ver também o que há de positivo, até mesmo nas situações mais difíceis”. “Sei que escandalizo alguém dizendo isso, mas se pode sempre aprender algo das pessoas que, objetivamente, vivem em situações irregulares. O Papa Francisco quer educar-nos a isso”, afirma o purpurado.

Não a “matrimônio entre pessoas do mesmo sexo”, mas respeitar homossexuais

Por fim, o arcebispo de Viena responde sobre as pessoas com orientação homossexual. Para o Cardeal Schönborn, “se pode e se deve respeitar a decisão de criar uma união com uma pessoa do mesmo sexo”, mas “se nos é pedido, se se exige que a Igreja diga que isso é um matrimônio, então devemos dizer: non possumus”.

Isso “não é uma discriminação das pessoas: distinguir não significa discriminar. Isso não impede, absolutamente, de ter um grande respeito, uma amizade, ou uma colaboração com casais que vivem esse tipo de união, e sobretudo não desprezá-los”, pondera o arcebispo de Viena, Cardeal Schönborn. (RL)

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Beatificação do primeiro mártir da Igreja na África do Sul

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Tshitanini – O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, vai presidir, em nome do Papa, no próximo dia 13, no Santuário de Tshitanini, à cerimônia de Beatificação do primeiro mártir da Igreja na África do Sul: Tshimangadzo Samuel Benedict Daswa Bakali.

Líder leigo, pai de família, catequista, professor, homem de oração e caritativo, Samuel Benedict foi fiel testemunha do Evangelho, a ponto de dar a sua vida por Jesus. Seu próprio nome tradicional, Tshimangadzo, significa maravilha, milagre. De fato, Samuel foi um verdadeiro milagre da graça divina. O Espírito Santo havia transformado este jovem sul-africano  em um autêntico herói do Evangelho.

Dados biográficos

Samuel Benedict Daswa nasceu no dia 16 de junho de 1946 na tribo Lemba, localizada na diocese do Tzaneen. Durante sua infância foi pastor de ovelhas. Depois da morte do seu pai, em um acidente, se transferiu para Johannesburgo, onde teve seu primeiro contato com a Igreja Católica, por intermédio de um amigo.

Foi batizado no dia 21 de abril de 1963, aos 16 anos de idade, com o nome de Benedict. Mais tarde, obteve o título de professor. Em 1976, formou um time de futebol chamado “The Mbahe Elevem Computers, como instrumento para educar e evangelizar. Entretanto, seu time começou a ter várias derrotas. Por isso, alguns membros procuraram um feiticeiro para tentar melhorar a sua situação, o que levou Benedict a se retirar da equipe.

Assim, foi escolhido como diretor de uma escola e sempre ajudou os mais necessitados. Era muito conhecido e apreciado por sua vida de oração, generosidade e bondade, características demonstradas em sua família, composta de sua esposa e oito filhos.

Martírio

Em 1990, devido uma série de fortes temporais em sua aldeia, a maioria dos habitantes pensou que tais fenômenos aconteciam por causa da bruxaria. Então, o conselho de idosos decidiu consultar um curandeiro e pediu a colaboração de todos para pagar a consulta. Benedict disse que os relâmpagos eram um fenômeno natural e que sua fé católica lhe impedia pagar um bruxo, ocasionando a ira de muitos na aldeia.

Em 2 de fevereiro de 1990, o automóvel, no qual Benedict viajava, foi detido em uma emboscada. Ele conseguiu fugir a pé e se escondeu em uma casa. Diante da ameaça de morte à mulher que o escondia, Benedict se entregou aos seus assassinos e rezou: “Pai, recebei o meu espírito”. Assim, ele foi esfaqueado: racharam seu crânio com golpes e jogaram água fervendo em seu corpo, para comprovar que efetivamente tinha morrido. Daswa foi brutalmente assassinado no dia 02 de fevereiro de 1990. Agora, será beatificado como mártir da fé. (MT)

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Cardeal Filoni nos 25 anos da Diocese de Rajshahi: há muito trabalho a fazer

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Rajshahi (RV) - O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, se encontra em Bangladesh, por ocasião do 25º aniversário de criação da Diocese de Rajshahi.

“É  consolador saber que depois de vinte e cinco anos, a sua Igreja local está crescendo não apenas numericamente, mas também no serviço a Deus e à comunidade, não obstante as tensões e várias dificuldades. Somos como fermento em meio a milhões de habitantes não cristãos; consequentemente, há muito trabalho a fazer”, disse o purpurado nesta sexta-feira (11/09), na homilia da missa para o Jubileu de Prata da Diocese de Rajshahi.

Segundo a Agência Fides, inspirando-se no trecho evangélico de Lucas 19,1-10 que fala sobre o encontro de Jesus com Zaqueu, o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos destacou: “Esta história parece ser um paradigma da história de sua diocese, que embora pequena, cresceu seguindo Jesus na proclamação da Palavra de Deus durante os últimos anos. De uma pequena semente, cresceu uma grande realidade eclesial. Tentem acender constantemente o seu amor por Deus e pelo próximo, a fim de que possam se tornar pequenas centelhas de luz dentro da sociedade e conduzir os outros para o justo caminho”.

O cardeal recordou que 25 anos atrás a diocese contava apenas 8 paróquias, conduzidas por 10 sacerdotes diocesanos e 9 missionários, enquanto hoje as paróquias são 19 e os sacerdotes diocesanos 36. “Depois de vinte e cinco anos, vocês são hoje chamados a transmitir o que receberam: a fé em Cristo e o amor por sua Igreja. Justamente como Zaqueu recebeu Jesus em sua casa e decidiu mudar a sua vida com a sua firme vontade de ajudar os outros e viver na justiça e na verdade, assim a sua Igreja local, depois de acolher Jesus, possa compartir a sua alegria de testemunhar uma autêntica vida cristã”. 

O Cardeal Filoni expressou então a sua satisfação de viver pessoalmente junto com a comunidade eclesial de Rajshahi esta circunstância solene, levando a saudação e a bênção do Santo Padre, encorajamento para toda a Igreja em Bangladesh em todas as suas componentes.

O Prefeito do dicastério missionário concluiu sua homilia invocando a intercessão de Maria: “Seja sua mestra e companheira de viagem no caminho para o 50º aniversário de sua Igreja”. (MJ/CM)

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Formação



Arcebispo de Taranto destina mosteiro à acolhida de migrantes

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa chama, os bispos respondem: o apelo lançado pelo Pontífice no Angelus de domingo (06/10) surtiu efeito. 

Trazemos hoje o exemplo de um bispo bem conhecido pelos brasileiros: Dom Filippo Santoro, que esteve à frente da Diocese de Petrópolis durante 11 anos antes de retornar a seu país natal. Aqui, é arcebispo de Taranto, no sul do país, localidade costeira que, não obstante a difícil realidade de desemprego e pobreza, é meta para o desembarque de migrantes. A diocese, a partir da iniciativa de 3 irmãs carmelitas, vai destinar o antigo mosteiro aonde elas residem à acolhida destas pessoas. São 25 quartos, e as obras já começaram. Para ouvi-lo, clique acima.

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Metodologia do processo educacional dos surdos

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos a nossa conversa com a religiosa italiana Ir. Silvana Ferri da ‘Pequena Missão para Surdos’ que mora há 40 anos no Brasil. Ela se encontra em Cascavel (PR).

O objetivo da ‘Pequena Missão para Surdos’ é a promoção humana e social e a evangelização das pessoas surdas. A Instituição, fundada em Bolonha, em 1849, pelo Servo de Deus Giuseppe Gualandi, está presente na Itália, Brasil, Filipinas e República Democrática do Congo.

Ir. Silvana nos fala sobre a metodologia usada no processo educacional dos surdos. (MJ)

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Atualidades



Pe. Spadaro: família, desafio decisivo para os dias de hoje

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Cidade do Vaticano (RV) - Realiza-se este sábado, 12 de setembro, às 18h locais, na sede de “La Civiltà Cattolica”, em Roma, a mesa-redonda com o tema “Família: vocações e desafios”. Entre os numerosos relatores encontra-se o presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vicenzo Paglia. A mesa-redonda será moderada pelo diretor da renomada revista jesuíta, Pe. Antonio Spadaro, que, em entrevista à Rádio Vaticano, detém-se sobre o significado e as expectativas para essa iniciativa:

Pe. Antonio Spadaro:- “A família é, de certo modo, o espelho da vida: um grande autor cristão, Chesterton, escreveu que “a família é bonita porque não é harmoniosa”, é sadia porque contém discrepâncias e diversidades. Isso significa que é muito rica e que constitui uma vocação para o ser humano, mas também um grande desafio. Então, queremos abordar esse tema da família, na proximidade do Sínodo, com grande abertura: convidamos um psicanalista como Massimo Recalcati; uma socióloga como Chiara Giaccardi; um teólogo como Pierangelo Sequeri para discutir, juntos, sobre o que é a família e sobre como ela é decisiva e preciosa nos tempos de hoje.”

RV: O encontro dá-se após a recente publicação de um livro, “Família, hospital de campanha”, um volume que reúne as contribuições de “La Civiltà Cattolica” sobre a família. O que esse texto oferece aos leitores?

Pe. Antonio Spadaro:- “Nosso volume serve como matéria para caminhar juntos como o significado da palavra “Sínodo”. As reflexões que propomos têm em comum uma visão, uma visão da teologia que é expressão de uma Igreja, como diz o Papa Francisco, “hospital de campanha”: ou seja, que vive a sua missão de salvação e de cura do mundo. Trazemos alguns artigos já publicados na revista e, outros, ao invés, são novos, escritos ad hoc para este volume, propriamente porque queremos discutir, abrir, continuar abrindo o debate; onde discutir não significa colocar  em discussão, mas abrir um espaço livre de aprofundamento, para entender melhor. De resto, o Evangelho não se muda, mas nos perguntamos: “Já descobrimos tudo?”.”

RV: Numa entrevista ao senhor concedida, o Cardeal Georges Cottier ressaltou que a misericórdia, no centro do Ano Jubilar a ser celebrado por iniciativa do Papa Francisco, terá certamente um papel de protagonista no Sínodo de outubro. O que pensa a esse respeito?

Pe. Antonio Spadaro:- “A misericórdia é a palavra-chave do pontificado do Papa Francisco: discutir e debater sobre o tema da família e do matrimônio significa abordar, certamente, esse grande tema da misericórdia, entender qual é, hoje, a missão da Igreja. Portanto, para além de tudo isso, de todas as polêmicas que foram criadas entre conservadores e progressistas, entre seguidores da doutrina e “adaptadores” da doutrina – são polêmicas inúteis e, aliás, danosas –, diria, ao invés, que a misericórdia se torna a palavra do Evangelho sobre a situação humana, sobre a qual é necessário um discernimento pastoral, vivido com prudência, sabedoria, mas também audácia.”

RV: A seu ver, também a reforma sobre a nulidade matrimonial pode ser inscrita no sulco da misericórdia? Muitos ficaram impressionados com o fato de a entrada em vigor ser propriamente 8 de dezembro, isto é, o dia de início do Jubileu...

Pe. Antonio Spadaro:- “A ligação a esse ponto é evidente, e essa reforma é uma reforma pastoral. Um dos pontos mais interessantes que notamos é a responsabilidade dada ao bispo como pastor. O Papa ressalta que não há uma mudança de normas, como se essas fossem somente coisas externas, mas aos pastores se pede que sejam responsáveis em primeira pessoa, que deem uma palavra sobre o seu rebanho. Essa reforma tão importante dá uma luz sobre qual deve ser a atitude da Igreja em relação a pessoas que vivem dificuldades muito sérias.” (RL)

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Sínodo não é só comunhão de divorciados, indissolubilidade e homossexuais

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da viagem do Papa a Cuba e Estados Unidos, a atenção dos ‘vaticanistas’ novamente vai se voltar para os debates do Sínodo dos Bispos. Neste ano, o Sínodo, intuição do Concílio Vaticano II, completará 50 anos de criação. A assembleia de padres sinodais é, por vocação, um quadro consultivo ao qual o Papa recorre para saber como melhor orientar a Igreja.

Diante dos embates difundidos na imprensa leiga durante a assembleia extraordinária do ano passado, é preciso esclarecer que o Sínodo não é um parlamento, não existem partidos. As decisões não são executivas. O que norteia os debates dos padres sinodais é a colegialidade, afinal, a palavra “sínodo” na sua raiz quer dizer “caminhar juntos”.

É claro que não se pode negar que os pontos de vista dos padres sinodais nem sempre convergem, contudo a ação é guiada pelo Espírito Santo. Na tentativa de  evitar polarizações inócuas, a secretaria do Sínodo informa que será dada prioridade para as discussões dos “círculos menores”. Estas reuniões concentrarão os padres sinodais de acordo com o idioma. Falando a mesma língua, a Santa Sé espera que as “diferenças” sejam colocadas de lado pelo bem maior da Igreja e de seus fiéis.

No próximo mês de outubro dar-se-ão, ao longo de três semanas, as discussões do 14º Sínodo Ordinário cujo tema é: “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Francisco voltará, por assim dizer, ainda mais seguro de suas convicções sobre que caminho seguir após participar dos encontros com as famílias latino-americanas, em Cuba, e do mundo inteiro, na Filadélfia.

O Sínodo é livre para decidir se publicará ou não um documento final. Tradicionalmente, as reflexões do Pontífice eram publicadas em uma Exortação pós-sinodal. Contudo, Francisco, ao final da assembleia extraordinária, teceu suas considerações após duas semanas de escuta. O discurso do Papa não foi um documento em nível doutrinal, todavia, serviu de argumento base para grande parte da imprensa.

A maioria dos veículos da mídia leiga deu destaque, de modo particular, para três questões: a indissolubilidade do sacramento do matrimônio; a possibilidade de casais de segunda união participarem da Comunhão eucarística e o acolhimento dos fiéis homossexuais e sua participação plena na vida da comunidade.

Assuntos que convidam ao discernimento não somente dos padres sinodais e do Papa, mas de todo o povo de Deus. O instrumento de trabalho para o próximo Sínodo, que pode ser baixado na íntegra em português, contém as proposições que os padres sinodais recolheram em cada paróquia e sobre as quais refletiram durante muito tempo. Está dividido em três partes: A escuta dos desafios sobre a família; o discernimento da vocação familiar e a missão da família hoje.

Nesta visão macro estão contemplados os pormenores das três questões já acima citadas, ainda que em sua forma não definitiva. O esboço da primeira reitera que Deus consagra o amor dos esposos e, portanto, consagra também a indissolubilidade. Sobre a possibilidade de que os divorciados e recasados acedam aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, as reflexões sugerem uma definição que passa por um caminho penitencial “sob a responsabilidade do bispo diocesano”.

Por fim, os padres sinodais são uníssonos ao recordar que a Igreja ensina que “não existe fundamento algum para equiparar ou estabelecer analogias, mesmo remotas, entre uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o matrimônio e família”. Todavia, os mesmos acordaram que independentemente da orientação sexual, a pessoa deve ser respeitada na sua dignidade e recebida com sensibilidade e delicadeza, tanto na sociedade como na Igreja.

Ler e reler, refletir e discernir estes três temas é importante. Mas não é somente isso que está em jogo. O Magistério do Papa Francisco nos indica que aquilo que realmente está em xeque é a capacidade da família – como base da Igreja e do cristianismo – em ser exemplo de amor que vence o individualismo e fonte de esperança para as gerações futuras. (RB)

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ONU aprova hasteamento de bandeira da Santa Sé e da Palestina

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Cidade do Vaticano (RV) – Pela primeira vez na história a bandeira da Santa Sé, junto com a do Estado da Palestina, será hasteada diante da sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. 

Com 119 votos a favor, 8 contrários e 45 abstenções, a Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira (10/9) uma resolução que permite o hasteamento das bandeiras de Estados observadores não-membros das Nações Unidas.

Somente os 193 Estados membros da ONU tinham o direito de ter suas bandeiras enfileiradas na entrada do prédio. A resolução, cujo título é "Fortalecendo o sistema das Nações Unidas", foi copatrocinada por 20 países, entre eles, Egito, Jordânia e Líbano.

A resolução justifica a participação dos Estados observadores não-membros que mantêm Missões Permanentes nas sessões ocorridas na sede da ONU e trabalham na Assembleia Geral.

O documento diz que as bandeiras desses Estados devem ser hasteadas na sede da ONU e também nos escritórios das Nações Unidas, seguidas das bandeiras dos Estados membros e da própria organização.

Além disso, pede ainda que o secretário-geral adote as medidas necessárias para implementar a decisão já durante a 70ª sessão da Assembleia Geral, no final deste mês.

Em novembro de 2012, o Estado da Palestina foi aceito como Estado observador não-membro das Nações Unidas. A decisão foi aprovada por 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções.

Papa no Palácio de Vidro

O Papa Francisco visitará a Assembleia Geral da ONU no dia 25 de setembro, onde abrirá o encontro de líderes mundiais que lançará um pacote de metas de desenvolvimento para acabar com a fome e com a pobreza nos próximos 15 anos.

Mais de 100 chefes de estado e governo são aguardados para o encontro, que precederá o início da 70ª Assembleia Geral da ONU. Para a manhã do dia 25, estão previstos ainda discursos dos presidentes dos Estados Unidos, Rússia, China e Irã.

Estado observador

De acordo com o site da Missão Permanente da Santa Sé junto à ONU, a "Santa Sé tem, por escolha própria, o status de Observador Permanente junto à ONU ao invés de Estado-membro. Isso se deve, antes de tudo, ao desejo da Santa Sé em manter neutralidade absoluta diante de problemáticas políticas específicas". A Santa Sé é Observador Permanente junto às Nações Unidas desde 6 de abril de 1964. (Rádio Onu/RB)

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Ingrid Betancourt sobre migrantes: "linha indicada do Papa é aquela justa"

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Pesaro (RV) – Sobre o tema do acolhimento aos migrantes, “a linha indicada do Papa Francisco é aquela justa e é importante que a Igreja se abra”. A declaração foi feita por Ingrid Betancourt, a militante colombiana em defesa dos direitos humanos, que na manhã desta sexta-feira (11) visitou o centro de acolhimento para os migrantes na comunidade de poucos mais de 500 habitantes chamada Novilara, na cidade de Pesaro, região central da Itália.

Aos jornalistas, Ingrid disse que “estar aqui é uma grande oportunidade de confronto. Aquilo que vocês estão fazendo em Pesaro é um exemplo nacional e europeu”. Perante a emergência que está assolando toda a Europa, prosseguiu ela, “se reage em dois modos: há quem é solidário e quem, ao contrário, procura especular, inclusive politicamente, sobre a emergência humanitária, mostrando o lado obscuro do gênero humano”.

Ingrid é de acordo com a posição da Igreja e também com aquela da Alemanha, França e Itália, “que estão fazendo a sua parte”. Lembrou ainda que, “quem foge da guerra, da fome e do terrorismo não é um nosso inimigo, mas um ser humano”.

A militante também insistiu “sobre a dignidade de todos os indivíduos”. A mulher que, em 2002 foi raptada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para ser libertada 6 anos depois, ficou um tempo com alguns dos 31 refugiados hospedados na estrutura: uma pequena comunidade em relação aos 502 migrantes atualmente abrigados nos 21 centros de acolhimento de Pesaro. (AC/AGI)

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