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Sumario del 18/09/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa ao povo cubano: “Vou como missionário da misericórdia”

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma mensagem ao povo cubano, a dois dias de sua chegada à ilha caribenha. O vídeo de pouco mais de 4 minutos foi exibido pela TV estatal cubana que, pela primeira vez, na quinta-feira (18/9), reproduziu uma mensagem de um Pontífice.

 

“Jesus os têm ao coração”, afirmou o Papa ao dizer que tinha uma mensagem muito simples, porém importante e necessária. “Vou visita-los para compartilhar a fé e a esperança, para que nos fortaleçamos mutuamente no caminho de Jesus”.

Francisco agradeceu às orações com as quais o povo cubano tem se preparado para a Viagem Apostólica, dizendo que chega como “missionário da misericórdia e da ternura de Deus”. Aqui, o Papa faz um convite para que todos sejam missionários “deste amor infinito de Deus”.

Por fim, o Pontífice disse que será somente mais um peregrino no Santuário de Nossa Senhora do Cobre, “como um filho que deseja chegar à casa da Mãe”. E à Padroeira de Cuba confiou esta sua 10ª Viagem Apostólica assim como todo o povo cubano. (RB)

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Francisco conversa com jovens em programa de TV nos EUA

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Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde de quinta-feira (17/09), o Papa gravou uma participação em um programa de TV organizado pelo “Scholas occurrentes”. Francisco conversou em videoconferência com dez jovens de Cuba e Estados Unidos a respeito da viagem que fará aos dois países entre 19 e 28 de setembro. 

Os dois grupos de estudantes – de Nova York e Havana – dialogaram entre si e com o Papa, falando de suas expectativas e esperanças, e Francisco respondeu a algumas perguntas, de temas variados.

O encontro será transmitido pela rede estadunidense CNN sexta-feira (18/09) às 20h de Nova York.

“Scholas occurrentes” é uma iniciativa nascida na Argentina e difundida em campo internacional para favorecer o diálogo entre jovens de diversos países, culturas e religiões, na perspectiva da “cultura do encontro” promovida pelo Papa Francisco.

Neste sentido, lançou a plataforma de diálogo entre os jovens do mundo utilizando novas tecnologias de comunicação. A iniciativa foi realizada graças à colaboração do UNICEF (Fundo da ONU para a Infância), da CNN (rede de TV estadunidense), do Centro Televisivo Vaticano (CTV) e da Rádio Vaticano. 

(CM)

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Papa: conhecimento científico deve ser compartilhado

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (18/09) os participantes do Simpósio promovido pelo Observatório Astronômico Vaticano – última audiência antes de partir para sua 10ª viagem internacional neste sábado (19/09). O Simpósio, realizado de 14 a 18 de setembro, foi convocado para celebrar os 80 anos de atividades do instituto em Castel Gandolfo. 

Em seu discurso, o Papa ressaltou a ligação do Observatório com a Companhia de Jesus, cuja gestão foi confiada pelo Papa Pio XI. Já Santo Inácio de Loyola, recordou, admirava a vastidão do universo como algo maior do que um problema científico a resolver. O Santo contava que sua consolação maior era olhar o céu e as estrelas porque isso lhe fazia sentir um grandíssimo desejo de servir o Senhor.

Quanto ao Simpósio, entre os temas em debate Francisco deu destaque ao diálogo inter-religioso. “Hoje, mais urgente do que nunca, a pesquisa científica sobre o universo pode oferecer uma perspectiva única, compartilhada por fiéis e não fiéis, que ajude a alcançar uma melhor compreensão religiosa da criação.” Nesse sentido, o Papa citou as Escolas de Astrofísica que o Observatório organizou nos últimos 30 anos como uma “preciosa oportunidade” em que jovens astrônomos de todo o mundo dialogam e colaboram na busca da verdade.

O Pontífice falou ainda da importância de que os cientistas compartilham o dom do conhecimento científico com as pessoas, “dando grátis aquilo que grátis foi recebido”.

Francisco concluiu seu discurso encorajando os membros do Observatório a continuarem o caminho da exploração do universo. “Sim, todos estamos em viagem rumo à casa comum do céu, onde poderemos ler com admiração o mistério do universo.”

Ainda esta sexta, o Papa nomeou como novo Diretor do Observatório o sacerdote estadunidense Guy Joseph Consolmagno, S.I.. O jesuíta já era Membro da instituição e é Presidente do Vatican Observatory Foundation. Pe. Consolmagno sucede ao jesuíta argentino José Gabriel Funes.

(BF)

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Papa: o rosto mais bonito é de quem tem o estilo do Bom Samaritano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma vídeomensagem ao encontro ”A vida consagrada na Praça”, uma iniciativa organizada pela Conferência dos Superiores Maiores dos Religiosos e das Religiosas e realizada nestes dias 18 e 19 em Budapest, Hungria, por ocasião do Ano da Vida Consagrada. O slogan da Jornada, que conta com a participação de cerca de cem comunidades religiosas, é ”Nós estamos bem contigo”.

Na mensagem, o Santo Padre afirma que ”nas diversas formas de vida consagrada, pensa às ansiedades e expectativas das pessoas. Penso em vocês empenhados nos contextos em que estão inseridos, com as suas dificuldades e os seus sinais de esperança”. O Papa encoraja os participantes do encontro de Vida Consagrada a ”se alegrarem com quem se alegra e a chorar com quem chora; a pedir a Deus um coração capaz de compaixão, de se inclinar sobre as feridas do corpo e do espírito e levar a tantas pessoas a consolação de Deus”.

O Papa diz que ”o rosto mais bonito de um país e de uma cidade é aqueles dos discípulos do Senhor – bispos, sacerdotes, religiosos, fieis leigos – que vivem com simplicidade, no cotidiano, o estilo do Bom Samaritano, e se fazem próximos à carne e às chagas dos irmãos, nos quais reconhecem a carne e as chagas de Jesus”.

Esta caridade plena de misericórdia – observa Francisco, ”vem do coração de Cristo, e a alcançamos na oração, especialmente na adoração, e aproximando-nos com fé à Eucaristia e à Penitência. Que Maria nos ajude sempre a sermos sempre mais homens e mulheres de oração”.

Ao concluir, o Santo Padre exortou-os a prosseguirem em sua missão, ”dando testemunho de uma vida humilde e desapegada dos interesses do mundo. Este testemunho alegre e límpido da nossa consagração – enfatizou – é exemplo e motivação para aqueles que o Senhor chama a servi-lo. Que os fieis leigos, sobretudo os jovens, possam perceber em vós o perfume de Cristo, o perfume do Evangelho”.

Em duas das principais praças da capital da Hungria é possível participar de momentos de oração, liturgias, concertos, iniciativas culturais e programas para as famílias. Num certo sentido, as Praças 15 de março e dos Franciscanos se transformaram em verdadeiros mosteiros e conventos à céu aberto, espaço onde os religiosos podem se encontrar com os cidadãos húngaros. (JE)

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Dom Auza: visita do Papa Francisco à Onu deixará marcas profundas

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Cidade do Vaticano (RV) - “Uma viagem histórica que deixará marcas profundas”: assim se expressa o observador permanente da Santa Sé na Onu, Dom Bernardito Auza, sobre a visita do Papa na próxima sexta-feira, dia 25, à sede das Nações Unidas.

Esta semana foi inaugurada a 70ª Assembleia Geral da ONU, que até os primeiros dias de outubro estabelecerá o programa dos trabalhos dos próximos 15 anos. Francisco, quarto Papa na Onu, será o primeiro Pontífice a fazer um pronunciamento no contexto da programação da agenda das Nações Unidas.

Para nos falar sobre o assunto a Rádio Vaticano entrevistou o próprio Dom Bernardito. Eis o que nos disse o arcebispo:

Dom Bernardito Auza:- “A visita do Papa é histórica. Será feita com a participação de muitos chefes de Estado e de governo e ministros provenientes do mundo inteiro, que vieram para o Encontro de cúpula para o desenvolvimento sustentável pós-2015, durante o qual será adotado o documento contendo 17 Objetivos de desenvolvimento sustentável. Será a primeira vez que as delegações oficiais dos 193 membros da Onu e dos observadores permanentes, capitaneadas pelas máximas autoridades nacionais, estarão sentadas na sala da Assembleia Geral para ouvir o Papa Francisco.”

RV: Como a Assembleia das Nações Unidas se preparou para este evento?

Dom Bernardito Auza:- “Para permitir a visita pontifícia a Assembleia Geral teve que mudar o horário de abertura do Encontro de cúpula, transferindo-o das 9 para as 11h.  Muitas outras coisas administrativas e logísticas foram mudadas pela Assembleia Geral e por toda a Onu para facilitar a visita fortemente auspiciada pelo secretário geral Ban Ki-moon. Podemos dizer que nesse sentido todo o programa geral foi redesenhado em função da visita do Santo Padre. Houve grandes e intensos preparativos para esta visita do Papa. É uma visita complicada, por assim dizer, dada a presença de um alto número de chefes de Estado e de governo e somos gratos à Assembleia Geral por essa disponibilidade a organizar a visita do Santo Padre.”

RV: A visita do Papa se insere entre dois Sínodos sobre a família. Várias vezes Francisco reiterou a centralidade dessa célula fundamental da sociedade...

Dom Bernardito Auza:- “De fato, a Igreja católica e algumas outras religiões explicitamente consideram a família o coração da sociedade. Além disso, sempre insistimos que a família é também um protagonista, um agente do desenvolvimento, sobretudo do desenvolvimento integral: ou seja, não somente material mas também do desenvolvimento humano, do amadurecimento humano. E esse aspecto foi retomado especialmente nestes três últimos anos de debates sobre a agenda pós-2015, a agenda para o desenvolvimento. Porém, também as Nações Unidas reconhecem a família como agente principal do desenvolvimento.”

RV: Porém, a Onu é muito dividida sobre a definição da família...

Dom Bernardito Auza:- “Vimos isso inclusive no voto para aquela resolução apresentada ao Conselho para os direitos humanos. Vê-se, ainda, que essa divisão é muito presente. Há um forte grupo em que a União Europeia desempenha um papel de primeiro plano que refuta o termo ‘família’ porque, afirmam, se refere somente à família tradicional, formada por um esposo e uma esposa, com os filhos. E insistem sobre o termo ‘todos os tipos de famílias’ ou ‘todas as formas de famílias’ para compreender todos os tipos de união, as uniões entre pessoas do mesmo gênero. Portanto, digamos que os países que pensam como nós têm uma grande expectativa de que o Papa Francisco reitere a centralidade da família e o seu significado.”

RV: Os pobres e os sofredores estão no coração do Papa. Que espaço essas realidades têm ordinariamente no debate nas Nações Unidas?

Dom Bernardito Auza:- “É um tema predominante, sobretudo nestes últimos oito meses, em que se trabalhou sobre esse grande documento para o desenvolvimento sustentável. Há um consenso universal sobre a prioridade a ser dada no combate à pobreza. Nesse sentido, os pronunciamentos na Assembleia dos países pobres foram ouvidos. E isso foi importante não somente porque se apresentou uma realidade, mas para insistir, propor e buscar nivelar a pobreza. Este é um ano de grandes conferências: a conferência sobre o financiamento para o desenvolvimento que se realizou na Etiópia, depois temos esse Encontro de cúpula sobre o desenvolvimento e, depois ainda, em dezembro, sobre as mudanças climáticas. São todos temas que giram em torno da questão da pobreza e das ajudas que podem chegar dos países mais desenvolvidos e tecnicamente evoluídos.”

RV: Olhando também para a Conferência que se realizará em dezembro em Paris, entre os desafios lançados pelo Papa encontram-se o de uma economia que não prevaleça sobre o homem e, em sua última encíclica, a ‘Laudato si’, o respeito pela Criação. Qual foi a repercussão que essas palavras do Papa tiveram na Onu?

Dom Bernardito Auza:- “A encíclica ‘Laudato si’ teve uma repercussão muito forte aqui na Onu. Desde o secretário geral até as muitas delegações, sobretudo em vista da Conferência de Paris – marcada para dezembro próximo –, todos evidenciaram fortemente o cerne desse documento, que mais do que sobre as mudanças climáticas, é um documento sobre a justiça social. Por exemplo, um grande facilitador dessas negociações na Onu abriu os últimos pronunciamentos da negociação utilizando a ‘Laudato si’, convidando todos, católicos e não-cristãos, a ler o documento, dizendo: ‘tudo aquilo que tratamos aqui se encontra na ‘Laudato si’’. Portanto, nesse sentido o efeito é grande.”

RV: Pessoalmente, quais são seus votos para essa viagem do Papa?

Dom Bernardito Auza:- “Seguramente, que deixe pegadas profundas no seio da Onu sobre as grandes questões de hoje, sobretudo na questão da segurança internacional. Basta pensar na Síria, no Iraque, todas essas pessoas em movimento através dos desertos, os mares perigosos... Esse é o cerne da questão. A expectativa da Assembleia é também de que deixe marcas profundas sobre a questão das relações entre pobreza, justiça social e ambiente, coração da ‘Laudato si‘." (RL)

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Ban Ki-moon destaca os valores comuns partilhados com Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – Em vista da visita que o Papa Francisco fará à sede das Nações Unidas em Nova York na sexta-feira, 25 de setembro, o Secretário Geral Ban Ki-moon, divulgou uma mensagem publicada pelo L’Osservatore Romano, cuja íntegra reproduzimos a seguir:

“A visita do Papa Francisco às Nações Unidas chega num momento de desafio e de esperança. Enquanto o mundo se esforça para enfrentar conflitos, pobreza e mudanças climáticas, a voz do Papa é importante a favor de uma ação urgente para proteger as pessoas e o nosso planeta.

Tive o grande privilégio de me encontrar já diversas vezes com Sua Santidade, homem de grande humildade e humanidade. Quando no ano passado, em maio, nos encontramos no Vaticano, o Papa convidou os chefes executivos das Nações Unidas a «promover juntos uma verdadeira mobilização ética mundial que, para além de qualquer diferença de credo e de opinião política, difunda e aplique um ideal comum de fraternidade e solidariedade, especialmente em relação aos mais pobres e aos excluídos».

A cooperação internacional em prol das pessoas mais vulneráveis do mundo é fundamental para a missão das Nações Unidas, como se apresenta na nossa Carta, cuja entrada em vigor vai completar setenta anos no próximo mês.

Enquanto as Nações Unidas trabalham com os parceiros para responder às numerosas emergências do nosso mundo, procuramos também construir estabilidade a longo prazo. É por esta razão que nos sentimos honrados pelo fato de que Sua Santidade nos visitará no dia em que será adotada a Agenda para o desenvolvimento sustentável de 2030.

O Papa Francisco exortou as pessoas, em todos os lugares, a comprometer-se para a realização dos novos objetivos de desenvolvimento sustentável «com generosidade e coragem». Como eu já disse ao Papa, para isso será necessário desafiar todas as formas de injustiças.

Depois da adoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável, a atenção passará para a iminente conferência sobre as mudanças climáticas de dezembro em Paris, onde todos os governos do mundo se reunirão para procurar adotar um tratado novo, universal e significativo sobre o clima. Estou plenamente de acordo com o Papa Francisco quando, na sua recente Encíclica, afirma que a mudança climática, além das outras dimensões, é uma questão moral e um dos principais desafios que a humanidade deve enfrentar. Sua Santidade citou justamente o sólido consenso científico que indica como resultado sobretudo da atividade humana o significativo aquecimento do sistema climático, com a maioria do aquecimento global ocorrido nos últimos dez anos.

O Papa Francisco e eu concordamos plenamente acerca da necessidade urgente de agir e sobre a exigência fundamental de apoiar os membros mais pobres e mais vulneráveis da nossa família humana diante de uma crise da qual precisamente os pobres são os menos responsáveis, mas os primeiros que sofrem por causa disso. Outros grupos confessionais fizeram eco a esta visão, inclusive recentemente numa assembleia de estudiosos eminentes e líderes religiosos islâmicos.

A mensagem do Papa Francisco vai muito além dos 1,2 bilhões de católicos no mundo. Na primeira página da sua recente Encíclica, o Papa diz: «À vista da deterioração global do ambiente, quero dirigir-me a cada pessoa que habita neste planeta».

A Igreja católica e as Nações Unidas têm muitos valores e objetivos comuns, não último o de pôr fim à pobreza, promover a inclusão social e proteger o meio ambiente.

Refletindo sobre as muitas realizações da Organização, estamos todos bem cientes das graves ameaças persistentes no nosso mundo.

O conflito na Síria e o impacto mais amplo da violência extremista na região constituem uma colossal tragédia humana que exige uma ação internacional. O Papa é firme defensor de uma resposta humana ao drama dos refugiados em busca de uma vida melhor, drama que está a sobressair com um grande número de chegadas à Europa. Estou profundamente grato pelos seus reiterados apelos à compaixão.

Este mês vou convocar um encontro especial sobre a crise dos refugiados para promover uma abordagem sistemática que não inclua só os países de destino, mas também de trânsito e, aspecto de máxima importância, de origem. Devemos enfrentar as causas que impelem muitos a fugir: os conflitos violentos, as falências da governança, as duras repressões e as graves violações dos direitos humanos, inclusive a perseguição religiosa. É também essencial enfrentar a crueldade dos traficantes de seres humanos e pôr fim aos seus perigosos crimes.

O Papa Francisco demonstrou a importância do compromisso dos líderes religiosos nestas urgentes questões globais. Conto com ele e com os outros líderes religiosos para contrastar as forças da divisão e do ódio com o diálogo e a compreensão. Juntos podemos realizar a nossa visão de um mundo pacífico no qual todas as pessoas vivam com segurança e dignidade.

Ban Ki-moon

 

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Dom Becciu: Papa pedirá fim do embargo a Cuba

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Cidade do Vaticano (RV) – “O Papa dedicará algumas palavras em favor da revogação do embargo e continuará a encorajá-los”, antecipou o Substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, entrevistado pelo canal dos bispos italianos TV2000,  ao falar sobre a viagem apostólica do Papa Francisco a Cuba e aos Estados Unidos. A este respeito, “já existe a determinação do Presidente Barack Obama e se aguarda a votação do Congresso, que se espera seja positiva”, explica. 

O Arcebispo Giovanni Becciu recorda que “por cinquenta anos, os cubanos sofreram devido ao embargo. Não é possível continuar com isto. A Santa Sé sempre se pronunciou contra o embargo, quer em Cuba como em outros países, porque quem sofre é o povo, são os pobres e não tanto os outros. Por isto, seria realmente hora de se levantar esta proibição e dificuldades para o povo cubano, que sofreu muito por causa destas limitações”.

Para o Substituto da Secretaria de Estado, “a visita do Papa Francisco consolidará ainda mais este novo clima que se criou entre o governo cubano e a Igreja”; clima que levou também à mediação do Vaticano para o degelo e a reabertura das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba. “O Papa encantou Obama e Castro”, assegurou.

“São eles, os representantes do povo cubano e americano  – continuou Dom Becciu – que pediram ao Pontífice para ser o garante deste desejo de falarem-se, dialogar, encontrarem-se. O Pontífice comprometeu-se com a sua palavra, o seu carisma, conquistando os dois Chefes de Estado. Eles pediram expressamente que o Papa os ajudasse e nisto o Papa não se recusou”.

Dom Becciu revelou ainda que as assinaturas nos dois documentos para o acordo diplomático entre EUA e Cuba “foi colocada concretamente aqui, na Secretaria de Estado Vaticana, diante do Cardeal Pietro Parolin, quase como garante da palavra que haviam empenhado”. (JE/Adnkronos)

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A resenha da imprensa cubana na expectativa da chegada do Papa Francisco

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Havana (RV) – A resenha da imprensa cubana na expectativa da chegada do Papa Francisco. 

A mídia oficial

A primeira notícia de todos os meios de comunicação de governo é a vídeomensagem do Papa ao país, transmitido às 20h30 de ontem, quinta-feira, pelas várias redes da TV estatal cubana. Fala sobre a mensagem, em primeiro plano, o Granma, órgão oficial do Partido Comunista Cubano. Depois destaca que tudo está pronto para acolher o Pontífice. O jornal está dando amplo espaço nestes dias à viagem papal. Um longo artigo sobre a restauração da Catedral de Santiago de Cuba.

Trabajadores (trabalhadores), órgão oficial dos trabalhadores cubanos, traz a manchete “Bem-vindo Papa Francisco”. Fala sobre o ótimo estado das relações diplomáticas entre Cuba e a Santa Sé, relações ininterruptas há mais de 80 anos, destaca. “Vamos ouvir as suas palavras com atenção e respeito” - escreve. E pensando nas reformas que se pedem a Cuba, acrescenta: se pode avaliar um modelo econômico, mas as conquistas sociais devem ser defendidas.

Juventud Rebelde, jornal da juventude cubana (oficial), contextualiza a visita enquadrando-a nas mudanças que estão ocorrendo em Cuba. O jornal as interpreta assim: “trata-se da actualização de uma mensagem como está fazendo a Igreja. “Nós estamos tanto em um momento de mudanças, como em uma mudança de época”.

A Agência Cubana de Notícias relata um comunicado do governo que dá a certas categorias de trabalhadores a possibilidade de participar nos eventos do Papa, sem ter descontos no salário.

A TV cubana "Cubavision" aparesenta amplamente a entrevista com o cardeal Ortega que convida a ver no Papa uma pessoa simples e próxima das pessoas, um amigo do povo cubano.
Radio Havana Cuba fala dos valores espirituais promovidos pelo Papa, que exorta a não ser apegados aos bens materiais. Em seguida, comenta: o maior revolucionário é aquele que serve a coletividade.
 

Mídia católica

Os meios de comunicação católicos estão começando a ter seu próprio espaço. Ainda muito pequeno. Não foram legalizados. Mas o governo "concede-lhes” a permissão para publicar em uma situação onde a informação é exclusiva do Estado. Uma das revistas católicas mais importante é “Palabra Nueva”, da Arquidiocese de Havana. No site, a página inicial é dedicada à visita do Papa Francisco. Descreve-se Havana em fervorosa espera: uma espera que não pode ser vazia, porque a verdadeira fé exorta os cristãos a serem missionários, saírem da sacristia para ser fermento de evangelização na sociedade, como diz Francisco. (SP)

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A agenda da Rádio Vaticano com o Papa em Cuba e nos EUA

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Cidade do Vaticano (RV) – A redação do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano prepara uma programação especial para a 10ª Viagem Apostólica do Papa Francisco, de 19 a 28 de setembro. 

Já a partir de sábado, dia 19, daremos início às nossas transmissões extraordinárias das atividades do Papa em Cuba, com a chegada a Havana.

Ao todo, serão mais de 20 transmissões ao vivo que poderão ser acompanhadas via VaticanPlayer com tradução simultânea em língua portuguesa.

No Brasil, confira a programação das redes católicas de comunicação que retransmitem a Rádio Vaticano para acompanhar os eventos por meio do rádio ou televisão.

Abaixo publicamos todos os eventos que terão transmissão ao vivo. O horário é o de Brasília.

 

Sábado, 19 setembro – Havana

16h50 – Cerimônia de boas-vindas a Cuba – Aeroporto José Marti

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Domingo, 20 setembro – Havana

09h20 – Praça da Revolução – Santa Missa

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18h10 – Catedral – Vésperas e saudação aos jovens

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Segunda-feira, 21 setembro (Holguín)

11h - Praça da Revolução Calixto Garcia – Santa Missa

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Terça-feira, 22 setembro (Santiago de Cuba)

08h50 – Santuário da Virgem da Caridade do Cobre – Santa Missa

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11h45 – Catedral N.S. da Assunção – Encontro com as famílias

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Quarta-feira, 23 de Setembro (Washington)

10h05 – Casa Branca – Cerimônia Boas-vindas

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12h20 – Catedral – Encontro com os Bispos dos EUA

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17h15 – Santuário Nac. Imaculada Conceição – Santa Missa e Canonização do Beato P. Junípero Serra

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Quinta-feira 24 setembro (Washington e Nova Iorque)

10h10 – Visita ao Congresso EUA

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12h10 – Paróquia de S. Patrick – Encontro com os sem-teto

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19h35 – Catedral de S. Patrick – Vésperas com o Clero

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Sexta-feira, 25 setembro (Nova Iorque)

09h20 – Visita à Sede das Nações Unidas

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12h20 – Memorial Ground Zero – Encontro Ecumênico e Inter-religioso

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16h50 – Escola N.S. Rainha dos Anjos – Encontro com crianças e famílias migrantes

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18h50 – Madison Square Garden – Santa Missa

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Sábado, 26 setembro (Filadélfia)

11h15 – Catedral dos Santos Pedro e Paulo em Filadélfia – Missa com os bispos, clero e religiosos.

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17h15 – National Historical Park – Encontro pela liberdade religiosa

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20h20 – B. Franklin Parkway – Festa das Famílias

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Domingo 27, setembro (Filadélfia)

10h05 – Capela do Seminário S. Carlo Borromeo – Encontro com os bispos

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11h50 – Visita aos detentos – Instituto de Correção Curran-Fromhold de Filadélfia

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16h50 – Santa Missa

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20h50 – Aeroporto Internacional de Filadélfia – Despedida – Saudação ao Comitê organizador, voluntários e benfeitores.

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Abu Mazen telefona ao Papa

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Ramallah (RV) – O Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Abu Mazen (Mahmoud Abbas), telefonou ao Papa Francisco na quinta-feira (18) para expressar sua preocupação com a escalada de violência na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, informou a Agência palestina Wafa. 

A Sala de Imprensa da Santa Sé confirmou o telefonema, não acrescentado, porém, detalhes do teor da conversa.

Segundo referido pela Agência Wafa, o Pontífice mostrou-se “preocupado pela situação em Jerusalém”, afirmando que “falará da condição dos lugares santos durante a visita que fará aos Estados Unidos”. Ademais – sempre segundo a Wafa – o Pontífice expressou preocupação pelo “aumento da intolerância e do extremismo” e por um possível conflito de natureza religiosa.

O Papa Francisco reiterou na ocasião seu empenho em favor da paz, definindo Abbas como "um homem que trabalha pela paz. A sua mão - teria dito o Papa ao líder palestino - está sempre estendida para a paz e se esforça sempre em promovê-la".

Abu Mazen também relatou a Francisco a “trágica” situação vivida pelas famílias cristãs após a retomada da construção do muro no Vale de Cremisan, próximo a Belém. O Presidente da Autoridade Nacional Palestina agradeceu ainda ao Pontífice pelo apoio recebido do Vaticano na ONU ao reconhecer o Estado da Palestina, assim como pela recente beatificação de duas religiosas palestinas. (JE/Agências)

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Papa coloca ambulatório móvel a serviço de refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) – “Um moderno ambulatório móvel, doado há alguns anos ao Papa e até hoje reservado somente para os eventos por ele presididos, foi colocado à disposição algumas vezes durante a semana, para assistir os refugiados nos centros de acolhida, também não regulares, situados na periferia de Roma”. Foi o que informou a Esmolaria Apostólica Pontifícia, especificando que “os voluntários, que são médicos, enfermeiros e guardas suíços, são funcionários do Vaticano, da Universidade de  Roma “Tor Vergata” e membros da ONG do Instituto de Medicina solidária”.

O braço da caridade do Pontífice também informou que em 2014 foram colocados à disposição do Centro Astalli para os Refugiados em Roma, administrado pelos jesuítas, cerca de 50 mil euros, para auxiliar no pagamento das taxas para a concessão do primeiro Visto de Permanência para os refugiados.

A Esmolaria Apostólica recorda que há muitos anos os Papas contribuem para o pagamento de taxas para os Vistos de Permanência, “neste contexto de caridade cristã pelas pessoas que fogem da guerra e da fome”. (JE)

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Igreja no Brasil



Assembleia: missionários do Cimi em defesa dos povos indígenas

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Luziânia (RV) – Está em andamento na cidade de Luziânia (GO) a 21ª Assembleia Geral do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que teve início na terça-feira, 15.

A partir do tema “Estados Plurinacionais e Autodeterminação dos Povos Indígenas”, os 160 missionários, missionárias, assessores e lideranças indígenas de todo o país discutem, até o final dessa semana, estratégias em defesa da vida dos povos e dos direitos da Mãe Terra.

Permeada por uma conjuntura de ofensiva contra os direitos e a existência dos povos indígenas, a Assembleia do Cimi “é uma oportunidade para que um conjunto maior de missionários e missionárias reflita como a organização deve atuar diante de situações envolvendo a desconstrução de direitos pelo Congresso, falta de demarcações, ações judiciais, assassinatos, ataques”, explica o Secretário-Executivo do Cimi, Cléber Buzatto.

Alguns indícios podem ser apontados, conforme Buzatto. O Cimi entende que o Estado brasileiro precisa incorporar a noção de plurinacionalidade e, nesse sentido, reconhecer a autodeterminação dos povos indígenas.

“Os constantes episódios de violência demonstram que se trata de genocídio. Não aceitamos intimidações e seguimos ao lado dos povos indígenas. Nada a temer, é hora de renovar a esperança”, afirma Buzatto.

Painéis e debates

Durante os dias da Assembleia, haverá painéis sobre a construção dos estados plurinacionais na América Latina, pluralismo jurídico, além de discussões envolvendo colonialidade, decolonialidade e autodeterminação.

A Igreja frente aos desafios dos povos indígenas e da Mãe Terra terá a colaboração do assessor teológico do Cimi Paulo Suess e do presidente do Cimi, Dom Erwin Kräutler.

Bispo do Xingu, Dom Erwin deixará a presidência do Cimi nesta 21ª Assembleia, depois de cumprir oito anos de mandato. Conforme o estatuto da organização, não é permitida mais que uma reeleição .Dom Roque foi eleito o novo Presidente da entidade.

(Cimi/BF)

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Signis Brasil promove Encontro de Articulação e Formação

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São Paulo (RV) - De 2 a 4 de outubro, Signis Brasil promove um evento de Articulação e Formação, em São Paulo, com os associados e representantes de comunicação de impressos (jornais e revistas), rádios, TVs, cinema e portais.

“A finalidade do evento será refletir e compartilhar alegrias e esperanças, na busca de melhor atuação no campo da evangelização e da cultura, no contexto em que vivemos em constante mudanças, com momentos de reflexão e trabalhos em grupos, plenárias com o objetivo de todos conhecerem os trabalhos dos setores, conforme organização de Signis Brasil”, lê-se na convocação do encontro.

Na abertura, sexta-feira, 2, os grupos já apresentarão síntese do que foi realizado de projetos conjuntos neste tempo.

O tema central do evento “Como falar com as pessoas hoje”, terá a assessoria de dois especialistas na área de comunicação, mercado e tendências; Sílvio Sato, doutor em Ciência da Comunicação pela ECA-USP e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing,  e José Paulo Hernandes, do Instituto de Pesquisa GALUP, pesquisador na área de mercado e observador da comunicação da Igreja.

Os grupos de trabalhos se realizarão na parte da tarde por segmentos: impressos, rádios, cinema, TVs e web / portais, onde refletirão seus projetos em andamentos e desafios neste tempo de mudança e apresentarão a toda a assembleia. Para as emissoras de rádios o tema central será a migração do AM para FM com a presença do Engenheiro Eduardo Cappia, já conhecido no meio católico.

Para a Presidente de Signis Brasil, Ir. Helena Corazza, a importância e objetivo deste segundo encontro de Articulação e Formação com mídias católicas é “favorecer um tempo de reflexão e formação aos associados, ajudando-os no encontro e busca de caminhos conjuntos, solidificando o trabalho de parceria já existente em Signis Brasil, que é criar comunhão e trabalhar pela  comunicação e cultura de paz. Os projetos conjuntos já são uma marca de comunhão da comunicação entre nós”.

 “Nossa disposição é buscar caminhos e escutar. Por isso, estamos convidando pessoas de fora da Igreja para que nos ajudem a ver de outra forma para crescermos na descoberta de “Como falar com as pessoas hoje”. É o apelo do papa Francisco e da realidade atual de grandes mudanças”, continua Ir. Helena.

Para mais informações, acesse o site de Signis Brasil.

(BF)

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Igreja na América Latina



Colômbia e Venezuela: o perdão para resolver a crise entre os países

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Caracas (RV) – O núncio apostólico em Caracas, Dom Aldo Giordano, ao se referir sobre a crise entre Colômbia e Venezuela, afirmou que é um povo de irmãos e que “a paz e a reconciliação são sempre possíveis. As pessoas não merecem a violência, e sempre para escrever novas páginas da história é preciso o perdão”. Dom Giordano, segundo comunicado da agência Fides, fez a declaração durante um fórum sobre a Encíclica Laudato si’ do Papa Francisco. O evento foi organizado pelo Centro pela Formação Política ‘Aristide Calvani’, em Caracas, na última terça-feira (15).

Entre os relatores, também estava o presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez. O arcebispo de Cumanà enalteceu a importância de promover o diálogo entre Colômbia e Venezuela em todos os níveis. Insistiu, também, sobre o fato de que toda a Igreja venezuelana está muito preocupada com a situação da fronteira já que “os governos não fizeram o seu melhor para resolver a crise”. (AC)

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Igreja no Mundo



Cardeal O'Malley viaja a Cuba para encontrar Francisco

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Nova York (RV) –  O Cardeal Arcebispo de Boston, Sean O'Malley, viajou esta sexta-feira (18) para Cuba com um grupo de peregrinos de Boston. “Rezem por nós e pelo Santo Padre neste histórico e jubiloso momento”, afirmou o Cardeal ao embarcar no Aeroporto Logan.

O Cardeal O'Malley já esteve várias vezes na ilha, “a conhece bem, fala bem o espanhol e entende os dois países”, afirmou o porta-voz da Arquidiocese, Terry Donolan. “O Cardeal tem uma vasta experiência de trabalho com imigrantes em todo o mundo. E se preocupa muito com Cuba e pelo trabalho da Igreja naquele país”, observou.

Segundo escreveu há alguns meses o ‘Crux’, blog vaticano do Boston Globe, o degelo diplomático entre Cuba e Estados Unidos teria tido as suas raízes precisamente em Boston, onde um grupo católico especializado em mediação de crises, com base em Cambridge, teria sugerido ao Cardeal O’Malley para falar com o Papa sobre Cuba.

Timothy Phillips, membro da organização “Beyond Conflict” – que participou de inúmeras iniciativas de paz na Irlanda, África do Sul e em numerosos países da América Latina – abordou o Cardeal em 2014 para averiguar sobre a disponibilidade do Papa Francisco em intervir pessoalmente nos esforços de normalização das relações.

O grupo sugeriu ao Cardeal para que “o Papa levantasse a questão no encontro que teria com Obama no Vaticano”, contou Phillips. “O’Malley foi receptivo e no final, também o Papa o foi”. (JE/Ansa)

 

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Formação



Fala o único bispo brasileiro de diocese nos EUA

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Cidade do Vaticano (RV) - Dom Edgar Moreira da Cunha, natural de Riachão do Jacuípe, Bahia, desde setembro de 2014  é o bispo da Diocese de Fall River, em Massachusetts. É o único bispo brasileiro a fazer parte da Conferência Episcopal dos Estados Unidos. Dom Edgar estudou na Universidade Católica Fátima dos Salvados, é vocacionista e foi ordenado sacerdote em New Jersey em 27 de março de 1982 e nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Newark em 2003. 

Ele nos apresenta a sua Diocese, fala de sua participação no Encontro Mundial das Famílias e dos brasileiros imigrantes em Massachusetts, estado vizinho da Pensylvania, onde se realiza o evento.

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A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço dedicado a melhor conhecer as diferentes Comissões Episcopais que compõe a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vamos tratar no programa de hoje, da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. 

A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB foi criada por decisão da 49ª Assembleia Geral dos Bispos, em maio de 2011, a partir do Setor Juventude, anteriormente vinculado à Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato. Dentro da estruturação desta nova Comissão, foi criada uma Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional, composta por 10 representantes das variadas expressões juvenis do país. A coordenação apresenta o seguinte formato: quatro representantes das pastorais, dois representantes dos movimentos, dois das novas comunidades e dois das congregações religiosas que trabalham com juventude.

A Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional tem como objetivo integrar as diferentes expressões que trabalham com a evangelização dos jovens, sejam elas as pastorais, movimentos, congregações ou novas comunidades, para que cada vez mais a Igreja conte com o protagonismo juvenil. O trabalho evangelizador dessa equipe representa um importante espaço de diversidade e, sobretudo, de unidade.

Dom Vilsom Basso, Bispo de Caxias e Presidente da Comissão para a Juventude nos explica em que consiste esta comissão:

"A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude foi criada pela Assembleia da CNBB no ano de 2011, em vista do grande trabalho e dos grandes desafios que se apresentavam na Igreja do Brasil, pelo crescimento das Pastorais da Juventude, o trabalho que era feito com as Congregações religiosas que trabalham com juventude, o trabalho com os movimentos e as novas comunidades que são compostas por muitos jovens também. E em vista da Jornada Mundial da Juventude, que via a chegada da Cruz Peregrina, os Bote Fé e depois o evento da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Diante de todos estes desafios, em Assembleia Geral foi decidida a criação da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, para coordenar, para liderar todo este trabalho de evangelização com os jovens na Igreja Católica do Brasil".

As dimensões e as diferentes realidades do Brasil representam apenas uma parte dos desafios enfrentados no trabalho de evangelização da juventude nos dias de hoje, que já nasce inserida na era digital. Sobre estes desafios nos fala Dom Wilson:

"Eu acredito que o próprio país já é um grande desafios, porque nós não temos, por dizer, uma juventude, temos juventudes, temos jovens que no Nordeste tem sua realidade, necessidades, no Norte, no Centro-Oeste, no Sul. Portanto, o próprio tamanho do país, de tamanho continental, que se a gente coloca em cima da Europa praticamente cobre toda ela, já é um primeiro grande desafio para o trabalho com os jovens no Brasil: a distância, a diversidade. E hoje, esta nova realidade em que vivemos. Nós vivemos hoje com a juventude que nasceu já dentro da era da internet e isto traz uma juventude com um novo rosto, com novas exigências e também com novas possibilidades. Então hoje, este desafio da Igreja em encontrar uma linguagem para os jovens, encontrar uma maneira de estar próximo a eles, e um caminho para evangelizá-los, acredita seja um dos grandes desafios apresentados à Comissão Episcopal e à própria Igreja no Brasil".

O Presidente da Comissão Episcopal para a Pastoral da Juventude explica ainda como se articula o trabalho da Comissão para enfrentar estes desafios:

"Para nós, a caminhada de muitos anos que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tem oficialmente desde 81, 1981 que ela criou o setor Juventude da CNBB, colocando alí um sacerdote como Assessor nacional e tendo um Bispo responsável. Isto foi dando toda uma estruturação ao trabalho com a juventude no Brasil. Isto em 81, aí passaram por aí vários assessores, como Hilário Dick, como Jorge Boran ou Padre Florisbaldo, que veio a falecer, Carmem, muitos que passaram. E chega 2011, quando é criada esta Comissão. Por isto, a partir de 2011 surgem novos elementos, especialmente com a organização da Jornada Mundial da Juventude, que trouxe grandes desafios, mas trouxe grandes ensinamentos. E a Comissão episcopal para a Juventude, no final de 2012, antes do acontecimento da Jornada Mundial, em reunião depois com os bispos referenciais, diz ser importante colher os ensinamentos, o aprendizado, os frutos da Jornada Mundial da Juventude e dizer, depois dela, por onde deveremos caminhar e aí junto com os bispos referenciais dos dezoito Regionais da Igreja no Brasil, foi pensado um encontro nacional, que aconteceu em dezembro de 2013, depois da Jornada Mundial, e neste encontro se reuniram 400 pessoas de todo o Brasil, representantes de todas as forças juvenis e dioceses do país e neste encontro de cinco dias em Brasília, que foi chamado Encontro de Revitalização da Pastoral Juvenil, dali saíram três pontos fundamentais para o trabalho com os jovens no Brasil: que é a questão da missão, a formação de assessores e o setor diocesano, que procura gerar unidade e trabalho conjunto entre todas as forças juvenis de e nosso país. E a partir dali, nós montamos um projeto nacional pro trabalho com a juventude no país, que hoje nós chamamos de Rota 300, casando ele com o Projeto de Aparecida, celebrando os 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida".

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Atualidades



Família refugiada síria já reside dentro do Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – A família síria acolhida pela paróquia de Sant’Ana já foi instalada dentro do Vaticano: é o que anuncia em comunicado a Esmolaria Pontifícia. 

A família é composta por pai, mãe e dois filhos e são cristãos de rito greco-melquita católico, do Patriarcado de Antioquia. Eles saíram de Damasco, capital da Síria, fugindo da guerra e chegaram à Itália justamente no Domingo em que Francisco, ao final da oração do Angelus, fez o apelo dirigido a paróquias, comunidades religiosas, mosteiros e santuários para que acolham os refugiados. 

Todos os quatro membros da família foram hospedados num apartamento do Vaticano, nas proximidades da Basílica de São Pedro.

De acordo com o comunicado, foi dada entrada ao procedimento de pedido de proteção internacional. Com base na lei, nos primeiros seis meses da apresentação do pedido de asilo, os solicitantes não podem trabalhar. Neste período, eles serão assistidos e acompanhados pela comunidade paroquial de Sant’Ana.

A Esmolaria informa ainda que, até que se conheça a decisão italiana de reconhecer ou não o status de refugiados, não é possível fornecer outras informações que dizem respeito a esta família síria. “Portanto, precisamente para tutelá-los neste caminho de reconhecimento, é oportuno que também os meios de comunicação respeitem a vontade deles de não serem identificados e entrevistados”, lê-se ainda no comunicado.

Quanto ao acolhimento da segunda família por parte da outra paróquia vaticana, a de São Pedro, a Esmolaria afirma que não pode oferecer informações até a conclusão dos procedimentos necessários.

Tradição

O comunicado acrescenta que há anos os Pontífices, através da Esmolaria Pontifícia, contribuem para o pagamento das taxas para a obtenção do primeiro visto para os refugiados. Esta ajuda é feita por meio do Centro Astalli de Roma, gerida pelos jesuítas. Em 2014, foram doados 50 mil euros para este fim. Além disso, a Esmolaria, sempre em nome do Papa, ajuda cotidianamente inúmeras pessoas e famílias de refugiados acolhidos em Roma.

(BF)

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Fr. Hartmann: Terra Santa deve ser 'sonho' de todo católico

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Cidade do Vaticano (RV) – “Visitar a Terra Santa deve ser o sonho de cada católico” – afirma o comissário da Terra Santa, Frei Jorge Egídio Hartmann, que há 6 anos acompanha grupos de peregrinos àquela região. Frei Jorge, que foi responsável do Programa Brasileiro da RV durante 3 anos, até 2002, visitou a nossa redação e falou de sua experiência. 

(CM)

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