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Sumario del 01/12/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

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Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Aquecimento climático põe o mundo à beira do suicídio"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco está de volta ao Vaticano. O avião que o trouxe “à casa” aterrissou na tarde de segunda-feira (30/11) por volta das 18h30 no aeroporto de Ciampino e, como de costume, Francisco se dirigiu diretamente à Basílica de Santa Maria Maior para agradecer ‘Maria salus populi romani’ pela proteção oferecida durante a viagem ao Quênia, Uganda e República Centro-africana. 

A bordo do avião Francisco concedeu a tradicional entrevista aos jornalistas que o acompanhavam e afirmou que “o aquecimento climático põe o mundo à beira do suicídio” e que a comunidade internacional reunida na Conferência do Clima de Paris (COP21) deve alcançar um acordo “agora ou nunca”.

“Não estou seguro do resultado da COP21, mas o que posso dizer é que agora ou nunca se deve atuar diante das mudanças climáticas”, declarou. “Desde a conferência de Quioto, em 1991, pouco foi cumprido e a cada ano, os problemas são mais graves, enquanto tudo parece indicar, empregando uma palavra forte, que estamos à beira do suicídio”, prosseguiu o Pontífice.

“A quase totalidade daqueles que estão em Paris querem fazer algo. Tenho confiança de que o farão, têm boa vontade e rezo por eles”, disse ainda. 

Outra pergunta feita no voo foi a respeito da oposição da Igreja católica em relação ao uso de preservativo no combate à Aids. Às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a doença (celebrado em 01/12), o Papa admitiu que a questão “é moralmente complicada para a Igreja”. “O  preservativo “é um dos métodos que pode prevenir o alastramento do vírus e, consequentemente, da doença, mas... quando as pessoas estão morrendo de sede e de fome (...), a sua questão parece demasiado limitada”, rebateu o Papa ao jornalista que o questionou sobre o tema. “O problema é maior”, insistiu, enumerando a desnutrição, o trabalho escravo, a falta de água potável e o tráfico de armas.
 
Além disso, “a África é continente que foi mártir da exploração” pelos países ricos que cobiçam os seus recursos naturais e tentam impor valores ocidentais, em vez de se concentrar no desenvolvimento. 

Questionado sobre o fundamentalismo religioso e a atuação dos líderes políticos, o Papa criticou “a rede de interesses que se esconde atrás dos conflitos bélicos”, em sua opinião provocados pelo “dinheiro e o poder”. Disse ainda que “não se pode rechaçar uma religião porque tem grupos fundamentalistas: “Também os cristãos devem pedir perdão por fatos do passado”. Neste sentido recordou Catarina de Médici e a matança promovida em Paris no século XVI, conhecida como “o massacre de São Bartolomeu” e completou: “O saque de Roma não foi feito pelos muçulmanos!”.

Por fim, a respeito do processo em andamento no Vaticano, o Papa admitiu que se cometeu um erro ao confiar no Padre Vallejo Balda e em Francesca Chaouqui, que no início do mês foram detidos por furto e divulgação de notícias e documentos confidenciais.  

O Papa referiu, no entanto, que todo este caso não foi uma surpresa para ele: “Não me tirou o sono, porque foi divulgado o trabalho que se começou a fazer com a Comissão de Cardeais – o C9 – justamente para encontrar casos de corrupção e coisas que não vão bem”.  

Francisco recordou que as denúncias sobre a “sujeira” na Igreja remontam ao fim do pontificado de João Paulo II, quando o então Cardeal Joseph Ratzinger tomou “a liberdade de dizer as coisas”. “Desde esse tempo, anda no ar a ideia de que há corrupção no Vaticano”, acrescentou.

Em relação ao julgamento, ele admitiu que gostaria que acabasse antes do início do Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro), e recusou a ideia de que a acusação aos dois jornalistas envolvidos seja um ataque da Santa Sé à liberdade de imprensa.

“O fundamental é ser realmente profissional; que as notícias não sejam manipuladas. Isto é importante, porque denunciar injustiças e corrupção é um belo trabalho”, disse.

(CM)

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Pe Lombardi: para o Papa, o Ano da Misericórdia começou na África

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma viagem memorável que levou coragem e esperança ao continente africano. Um dia após o retorno do Papa Francisco ao Vaticano, a Rádio Vaticano pediu ao seu Diretor, Padre Federico Lombardi, para fazer um balanço da visita Do Pontífice ao Quênia, Uganda e República Centro Africana.

RV: Pela primeira vez o Papa Francisco visitou a África. Na realidade, pela primeira vez Jorge Mario Bergoglio visitou a África. Quando se olha para as imagens da visita, percebe-se como o Santo Padre estivava à vontade em todas as situações. Quais as suas impressões, ao acompanhar a visita?

“É verdade, o Papa estava perfeitamente à vontade e eu diria que os africanos também estavam perfeitamente à vontade ao encontrar e receber o Papa. Havia o desejo muito grande de ambas as partes que se encontrarem. O Papa fala sempre do encontro. Foi um belo encontro entre o Papa e a África! Naturalmente a África, para todos nós e para a realidade do mundo de hoje, é um pouco uma periferia do ponto de vista do poder no mundo de hoje, e portanto o Papa considerava de modo todo particular ir à África e também em um país como a República Centro Africana, que está entre os mais conflituosos da África de hoje, para demonstrar a sua atenção a todo este continente e ao países que sofrem por diversos aspectos da pobreza, da doença, da marginalização, das dificuldades em encontrar o seu caminho para o futuro, na plena dignidade da pessoa”.

RV: Nos três países visitados, o Papa seguidamente deixava de lado o texto preparado e falava de improviso, até o ponto de dialogar com os presentes, sobretudo os jovens. A resposta das pessoas foi excepcional....

“Sim, isto já havíamos entendido desde o início do pontificado que este é o seu modo de comunicar. Ele ama muito este modo espontâneo, este modo dialógico, este modo envolvente, fazendo também responder e falar às pessoas presentes, de modo tal que elas sintam que são parte ativa de um processo de diálogo e de compromisso. Isto já havia acontecido também na Ásia. Eu havia ficado muito tocado pelo fato de que precisamente na primeira viagem à Ásia, em que o Papa estava, portanto, em uma cultura extremamente diferente e com dificuldades no uso da língua dos presentes, e portanto com a necessidade de um tradutor, porém este modo de comunicar havia funcionado perfeitamente. Portanto, se vê que o carisma de comunicação espontânea, de gesto e de expressão total que o Papa tem, consegue superar também as diferenças linguísticas. Isto, se funcionou na Ásia, funcionou também, e perfeitamente, na África, onde, evidentemente, víamos também na disponibilidade dos jovens, no seu entusiasmo em serem envolvidos. As ocasiões clássicas em que o Papa prefere o caminho do diálogo são nos encontros com os jovens e também nos encontros com o clero e os religiosos, ou seja, quando se encontra diante de um público com o qual se sente mais espontaneamente levado a estar em diálogo”.

RV: Havia uma grande expectativa pela abertura da Porta Santa da Catedral de Bangui. Este gesto permanecerá entre as pedras militares do Pontificado do Papa Francisco....

“É verdade. Aqui eu acredito que todos fizemos uma reflexão e nos perguntamos que significado poderia ter esta abertura antecipada em relação àquela anunciada há tanto tempo, em 8 de dezembro, que é a oficial abertura do Ano da Misericórdia no mundo inteiro. E portanto, havíamos pensado um pouco: eis que é uma exceção pelas pessoas particularmente em dificuldade, que depois têm tanta dificuldade em deslocarem-se ou em participarem de tantos eventos mundiais, portanto um ato de atenção local. Mas depois o Papa, antes da abertura da Porta Santa disse: “Esta é a capital espiritual do mundo, nesta tarde”, portanto ele mesmo deu a este gesto um significado bem mais amplo do que simplesmente local, mas realmente universal. Em certo sentido, acredito que devemos dizer: o Ano da Misericórdia, para quem acompanhou esta viagem, entendemos muito bem que para o Papa estava sendo aberto alí. Assim, o Papa que vai às periferias, que diz que a atenção deve estar na periferia da Igreja, nos pobres, nas pessoas que sofrem e assim por diante, quis abrir o Ano da Misericórdia em uma situação “de periferia”, para dar-lhe realmente o seu significado de amor de Deus que se manifesta também com uma atenção privilegiada pelos pobres e por quem sofre. Isto não tira em nada a importância da cerimônia do 8 de dezembro e das aberturas em todas as partes do mundo, que estão evidentemente na perspectiva deste Ano da Misericórdia que é universal, que está difundida em todo o mundo, por que? Porque a misericórdia de Deus pode ser encontrada em todos os lugares. Porém, no início, a primeira maneira com que o Papa quis dar este anúncio, foi ali. E gostaria de acrescentar uma outra coisa. Após a abertura da Porta e o início da Vigília, o Papa confessou cinco jovens. Esta era uma Vigília difícil, porque na noite em Bangui, com todos os problemas que existem, não é que fosse muito fácil para os jovens ir até lá e participar! Portanto, para quem olhava de fora, parecia uma Vigília às vezes também não de grandes massas... Porém, mais tarde, de manhã, eu falava com o bispo e com outros sacerdotes e estavam todos entusiasmados e muito contentes porque diziam que as confissões dos jovens foram numerosíssimas, durante toda a Vigília e de noite, depois que o Papa havia começado. Isto quer dizer que entenderam perfeitamente de que coisa se trata. Portanto, o Ano da Misericórdia é ir encontrar a Misericórdia de Deus também por meio do Sacramento da Confissão, e isto os centro-africanos, os jovens, entenderam muito bem. Me parece que existe uma mensagem que devemos receber também nós. O Papa não somente abriu simbolicamente uma porta, mas também celebrou o Sacramento da Reconciliação. Deveríamos aprender dos centro-africanos o que é o Jubileu, pensando em todas as discussões que estamos fazendo também aqui em Roma, do ponto de vista logístico, econômico, de segurança, etc, e dizer: Ah, entendemos: é a Misericórdia de Deus que se manifesta e devemos ir recebê-la nos Sacramentos e espiritualmente”.

RV: Permaneçamos neste ponto. Antes da viagem não faltou quem desaconselhasse o Papa a ir até a República Centro Africana por motivos de segurança. Com a visita, Francisco deu um grande testemunho de coragem que dará também esperança, coragem à população centro-africana, certo?

“Certíssimo. Acredito que todos aqueles que se manifestaram, a partir da Presidente de transição, expressaram a sua gratidão ao Papa por ter ido “mesmo assim”, mesmo sabendo muito bem que houve tantíssimas tentativas, mesmo muito fortes, para demovê-lo de ir até lá, por parte de forças autorizadas do mundo de hoje. E o Papa foi mesmo assim, demonstrando uma total determinação, não deixando-se nunca colocar na incerteza sobre isto, e esta foi a mensagem – uma parte essencial da mensagem – que o Papa levou: “Eu vou, vou e quero ir até vocês justamente porque estão em dificuldades, e estou convosco para encorajar-vos a encontrar o caminho para o futuro”. Este aspecto, portanto, também de coragem em relação à temática da segurança, é um aspecto evidente desta presença na República Centro Africana. Me permito de fazer presente de que nisto, o Papa Francisco colocou-se em continuidade com uma tradição também de seus predecessores, porque quem tem um pouco de memória, recorda bem que também em diversos casos os seus predecessores tiveram que decidir ir, mesmo em situações difíceis, demonstrando uma notável coragem e resistindo às pressões contrárias. A última viagem de Bento XVI, que ainda está bastante próxima no tempo, aquela ao Líbano – para quem se recorda – realizou-se em uma situação de Oriente Médio pegando fogo, de atentados e conflitos no norte do Líbano. Portanto, era também uma situação em que a decisão do Papa de ir era apreciada como um grande ato de coragem e uma grande mensagem de paz. E quem tem uma memória ainda melhor e se lembra de João Paulo II, sabe que também João Paulo II não tinha necessidade que lhe ensinassem sobre a coragem, e também ele viajou em situações muito difíceis. Quem conhece, se recorda bem de Sarajevo, por exemplo. Havia sido encontrado explosivo sob uma ponte. Não se entendeu bem se era uma encenação ou se era para ser um verdadeiro atentado, porém, de fato, existiu. Assim, também a viagem a Sarajevo, para quem estava lá, se recorda que era bastante problemática do ponto de vista de segurança. E quem tem uma memória ainda mais longeva, me fala da Nicarágua de 1983, em que havia uma situação muito evidente de extrema tensão interna e externa no país, e que de fato se manifestou muito também durante a viagem; e quando foi ao Peru, no tempo que que agia o Sendero Luminoso, houve também atentados pelo país. Portanto, o fato de que os Papas viagem, viagem para onde existe necessidade, onde existe expectativa, onde existe também um certo risco, mas justamente porque a mensagem leva consigo a necessidade de um compromisso, de uma coragem, de outra forma a mensagem..... não se vai para fazer turismo, se vai porque existe a necessidade e isto também tem um preço”.

RV: Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Também este foi um tema fortemente presente na viagem do Papa Francisco, em particular em Uganda...

“Sim. Uganda é um país que tem muito a ver com a Aids. O primeiro caso documentado de Aids foi registrado em Uganda em 1982; depois a difusão da epidemia foi muito grande e houve mais tarde um grande empenho por parte, quer das autoridades locais, quer também da Igreja em Uganda, em combater a epidemia, também com notáveis resultados, devemos dizer – por sorte! – de contenção e de redução na propagação da epidemia. O tema estava evidentemente presente. Ouvimos a jovem no testemunho do Encontro dos Jovens e o que significa viver com a Aids. Um testemunho realmente muito impressionante. O Papa também encontrou os responsáveis por estas atividades, por exemplo, pelas crianças doentes de Aids do “projeto Dream”; falou do problema da Aids na visita também à Casa de Caridade de Nalukolongo. Portanto, estava bem consciente disto. Na coletiva de imprensa da viagem de volta houve esta pergunta sobre isto e que alguém interpretou mal, como se o Papa tivesse subestimado a questão. O Papa quis, pelo contrário, inseri-la em um contexto muito mais amplo e geral de todas as responsabilidades que a humanidade e os povos tem em criar justiça, desenvolvimento e, evidentemente, também em enfrentar aquelas que são as condições de pobreza e de falta de saúde existentes. Considerou que a pergunta, dirigida especificamente somente sobre o uso do profilático, fosse muito restritiva e portanto, levasse a equivocar a problemática. Mas nós podemos dizer e é bom recordar – como disse bem – neste Dia Mundial de Luta contra a Aids a nível mundial, que a Igreja está  na linha de frente, em Uganda em particular, mas também em outros países da África, com uma quantidade de iniciativas que é muito ampla: combater a Aids quer dizer naturalmente realizar uma atividade de prevenção e todos os especialistas sabem que na atividade de prevenção, o fato de reduzir as atividades de relações sexuais promíscuas ou múltiplas e irresponsáveis, é o aspecto principal e mais eficaz: “abstinência” e “be faithfull” são as primeiras palavras importantes para se combater eficazmente a Aids e é exatamente todo este aspecto educativo que a igreja faz neste sentido, que é de primordial importância. Depois tem todo o aspecto da cura, porque uma coisa é dizer: “Bem, use a camisinha e não pegas Aids”... Mas depois, quando todos estes a têm, e são muitos, quem cuida deles? Existe toda a atividade de curar com o uso dos fármacos antirretrovirais, de acompanhar realmente os doentes e estar próximo a eles; ocupar-se das mães e das crianças, das mães que ficaram viúvas.... É todo um campo em que a presença da Igreja – em Uganda em particular, mas depois por tudo – é extremamente importante. Portanto creio que seja justo recordar o compromisso da Igreja neste campo e entender que não é necessário ter uma visão muito restrita de um problema, sobre o qual depois o Papa também manifestou a atenção a uma avaliação específica de casos que podem existir, quando falou da problemática do quinto e do sexto Mandamento. A atenção ao problema em si e o compromisso da Igreja na África no campo da Aids é vastíssimo, é enorme, mas – como dizia, gostaria de retornar a isto – o aspecto educativo do convite à insistência sobre o comportamento responsável na vida matrimonial e na vida de casal e no evitar o uso irresponsável ilimitado da sexualidade é absolutamente o ponto importante, também para a prevenção. Entre outros, recordando este dia, hoje é também para os africanos em particular o dia da Festa da Beata Anuarite Nengapeta: uma irmã que foi morta em 1964 justamente por ter resistido aos pedidos de relações sexuais dos líderes rebeldes do Congo. Portanto, é uma mártir da fidelidade à castidade, do seu compromisso, e muitos na África a consideram como a protetora do compromisso dos cristãos e da Igreja na luta contra a Aids. Uma pessoa que viveu para o serviço e que morreu precisamente pela fidelidade ao seu compromisso neste campo, que é tão dramático também pela problemática da Aids”.

RV: Para finalizar, buscando ligar as visitas nos três países - Quênia, Uganda, República centro Africana – qual é, na sua opinião, a mensagem mais forte que Francisco deixou para a Igreja, mas obviamente para todo o continente africano e não somente para os três países visitados?

“Eu serei muito sintético em responder a esta pergunta. O que nos tocou a todos, girando pela África, é a juventude. A grande maioria de todos aqueles que estavam presentes, também ao aclamar o Papa, mesmo ao longo dos caminhos em particular, eram crianças ou jovens. A grande maioria da população é muito jovem e portanto entendemos porque também os demógrafos dizem que no giro de relativamente poucos decênios, a população da África terá se desenvolvido em milhares de pessoas e será portanto um continente com uma importância enorme na população mundial. O Papa está presente, a Igreja está presente; está presente para estas crianças; está presente para estes jovens, está presente pelo futuro deste povo, está presente pela cordialidade. A Igreja existe e acompanha e é um sinal de referência, de esperança, de confiança por um futuro melhor de um continente que tem um desenvolvimento incrível: queiramos ou não, bem ou mal, é isto que se deverá ver, o que se deverá construir na responsabilidade.... Vendo os episcopados que se encontravam com o Papa, eu ficava tocado pelo fato de que alguns dos mais anciãos são os bispos missionários europeus, enquanto a grande maioria, a quase totalidade dos mais jovens são bispos africanos, do lugar. Portanto a Igreja cresceu na África, fixou raízes, está presente, é também responsável pelo desenvolvimento destes povos. A Igreja é africana com os africanos e acompanha este continente nos seus problemas e nas suas esperanças. A República Centro Africana foi num certo sentido a situação mais dramática que se viveu, motivo pelo qual o Papa se empenhou mais em levar a esperança e orientações positivas em relação ao futuro. Outros países já são – digamos – um pouco mais avançados, um pouco mais organizados, como o Quênia e Uganda, mas a Igreja existe para todos! Caminha com todos e é uma Igreja africana, com um Papa universal, que se sente africano com os africanos e que conseguiu de fato dialogar e ser ouvido como um pai de todos os cristãos e de todos os homens de boa vontade que se encontravam ali. Todos! Para concluir com uma imagem que me tocou muito: o Papa que passava com o papamóvel junto com o Imame foi uma mensagem muito forte. O Papa que encontrou e reencontrou a plataforma para o diálogo inter-religioso, formada pelo Arcebispo, pelo Presidente das Comunidades Evangélicas e pelo Imame, é uma mensagem fortíssima. Eis, portanto, o futuro da África. A Igreja dá a sua contribuição, e não pensa, certamente, em fazê-lo sozinha. O faz com os outros, para o diálogo, para a paz, com a ajuda de todas as pessoas de boa vontade e em particular dos fieis”. (JE)

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Card. Filoni após viagem à África: a fé dos pobres protegeu o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, acompanhou o Papa Francisco em sua visita ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana. Falando aos participantes da assembleia plenária do dicastério missionário, reunidos esta terça-feira na Pontifícia Universidade Urbaniana em seu segundo dia de trabalhos, o purpurado fez um breve balanço da visita do Papa à África.

“Com relação à segurança, falo a partir da minha experiência: é verdade que havia os capacetes azuis (forças de manutenção da paz da ONU, ndr), as gendarmarias locais, as forças de segurança. Mas quem realmente protegeu a viagem do Papa, e não teria permitido que nenhum perigo tomasse pé, foi o entusiasmo e o afeto do povo que circundou o Papa desde o momento da aterrissagem até o da partida”, avaliou o Cardeal Filoni.

Falando espontaneamente, ou seja, sem texto, o cardeal repercorreu as três etapas da primeira viagem do Papa Francisco à África, detendo-se, em particular, nos dias transcorridos na República Centro-Africana.

“Aterrissamos no aeroporto, disse o prefeito de Propaganda Fide, “mas antes de aterrissar já víamos em torno da periferia de Bangui a destruição das casas queimadas. Dezenas de milhares de refugiados corriam em direção à pista, porque todo o aeroporto está circundado de campos de refugiados, e havia somente os capacetes azuis garantindo que a pista estivesse livre. Todos diziam que a etapa da República Centro-Africana era difícil, aliás, tinham-no desaconselhado”, observou o cardeal, “mas a determinação do Papa teve razão diante das preocupações humanas e políticas”.

A visita papal era protegida por uma “cintura” de gente paupérrima, que corria continuamente em torno do papamóvel, jamais deixou o Papa sozinho, e assim o defendeu também de todo e qualquer perigo, acrescentou.

Para o purpurado, a abertura da Porta Santa em Bangui foi um gesto “profeticamente importante, inclusive do ponto de vista eclesiológico, num país que esteve e ainda se encontra devastado por violências inauditas”, no coração de um Continente “que sofre devido a tantas guerras, guerrilhas, corrupções e roubalheiras, mas que é também jovem de fé e de entusiasmo”.

Naquela situação complexa, “em que problemas e coisas bonitas se entrelaçam”, Bangui “tornou-se por um dia a capital espiritual do mundo”, repetiu o Cardeal Filoni retomando a imagem usada pelo Papa.

Segundo o prefeito do dicastério missionário, a visita apostólica à África, embora empenhativa, confortou e encorajou o Sucessor de Pedro no exercício de sua missão: “O Papa repete sempre que a oração dos pobres é a que mais o sustenta em seu ministério”, recordou.

“Também na África dizia: rezem por mim, para que eu possa ser um bom pastor e um bom bispo, e assim possa realizar o meu ministério pastoral, como quer o Senhor”, ressaltou o Cardeal Filoni. (RL)

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Papa sobre o uso de preservativo: “o problema é maior”

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Cidade do Vaticano (RV) – Dentre as perguntas feitas pelos jornalistas ao Papa durante o voo de volta da República Centro-Africana, àquela lançada pela jornalista Jurgen Baez, da filial sul-africana da agência de notícias alemã DPA, entra no contexto do Dia Internacional de Combate à aids, celebrado neste 1º de dezembro.

A seguir, publicamos a íntegra da pergunta e da resposta do Pontífice.

Jurgen Baez: Santidade, a aids está devastando a África. Os antirretrovirais aumentam a expectativa de vida. Mas a epidemia continua. Somente em Uganda, no ano passado foram registrados mais de 135 mil novos casos. No Quênia, a situação é ainda pior. A aids é a principal causa de morte entre jovens africanos. Santidade, o senhor encontrou crianças soropositivas e escutou um testemunho comovente em Uganda.

Contudo, o senhor não falou muito sobre esta questão. Nós sabemos que a prevenção é fundamental. Sabemos também que o preservatico não é o único meio para erradicar a epidemia. Sabemos que é, todavia, uma parte importante da resposta. Não é talvez hora de mudar a posição da Igreja sobre este propósito? De permitir o uso do preservativo a fim de prevenir novos contágios?

Papa Francisco: A pergunta me parece muito redutiva e parcial. Sim, é um dos métodos; a moral da Igreja se encontra – penso – neste ponto, diante de uma perplexidade: é o quinto ou é o sexto mandamento? Defender a vida, ou que a relação sexual seja aberta à vida? Mas este não é o problema. O problema é maior. Esta pergunta me faz pensar naquela que fizeram a Jesus, uma vez: “Mestre, é lícito curar no sábado?”.  É obrigatório curar! Esta pergunta, se é lícito curar...

Mas a desnutrição, a exploração das pessoas, o trabalho escravo, a falta de água potável: estes são os problemas. Não nos perguntemos se podemos usar este ou aquele esparadrapo para uma pequena ferida. A grande ferida é a injustiça social, a injustiça do ambiente, a injustiça da exploração e da subnutrição. É isto. Não gostaria de descer às reflexões casuísticas, quando as pessoas morrem por falta de água e de fome, de casa. Quando todos estarão curados ou quando não existirão mais estas trágicas doenças causadas pelo homem, seja por injustiça social, seja para fazer mais dinheiro – pense ao tráfico de armas! – quando não existirão mais estes problemas, creio que se poderá fazer uma pergunta: “É lícito curar no sábado?”. Por que se continua a fabricar e traficar armas? As guerras são a maior causa de mortalidade... Eu diria de não pensar se é lícito ou ilícito curar no sábado. Eu direi à humanidade: faça justiça, e quando todos estivermos curados, quando não existirão mais injustiças neste mundo, poderemos falar do sábado. (RB)

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Papa reza para que todos experimentem a misericórdia de Deus

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Cidade do Vaticano (RV) - Neste mês de dezembro, o Papa Francisco dedica suas orações à esperança das famílias e à experiência da misericórdia de Deus.

Em sua intenção geral, o Pontífice reza para que possamos experimentar a misericórdia de Deus: “Para que todos experimentem a misericórdia de Deus, que nunca Se cansa de perdoar”.

Em sua intenção para a evangelização, Papa Francisco pede orações pelo Natal, esperança para as famílias: “Para que as famílias, de modo particular as que sofrem, encontrem no nascimento de Jesus um sinal de esperança segura”.

O Pontífice confia mensalmente suas intenções ao Apostolado da Oração, uma rede mundial de oração, que é seguida por milhões de pessoas. (SP)

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Santa Sé na COP21 pede controle transparente dos compromissos

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Paris (RV) – O Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, falou segunda-feira (30/11) em nome do Papa, na XXI Conferência dos Estados sobre o Clima, em curso em Paris.  

Diante de 195 Chefes de Estado ou seus representantes, o discurso do cardeal começou por lembrar os objetivos que o Pontífice aponta como prioritários para a Conferência: aliviar os impactos das mudanças climáticas, combater a pobreza e elevar a dignidade do ser humano. “Seria trágico se os interesses particulares prevalecessem sobre o bem comum e conseguissem manipular a informação”.

Um acordo global e transformador, segundo Francisco, deve se ancorar em três pilares: 

O primeiro é uma orientação ética clara. São as pessoas mais vulneráveis a sofrer as consequências das alterações do clima, sem ser as responsáveis por elas. Por isso, vale lembrar que somos uma só família humana e assim sendo, o Acordo deverá ser marcado pela solidariedade global e pela responsabilidade comum e diferenciada de cada um, segundo suas capacidades e condições.

O segundo pilar aponta que governos, autoridades, o mundo empresarial, a comunidade científica e a sociedade civil precisam começar a praticar uma economia com baixo conteúdo de carvão, apostando no desenvolvimento humano integral. Nesta perspectiva, os países mais ricos devem dar o bom exemplo, ajudando os mais pobres a desenvolver energias renováveis, a cuidar das florestas, bem administrar o transporte e os resíduos, atuar programas sustentáveis e diversificados de segurança alimentar, combate ao desperdício de alimentos, e outros.
 
O terceiro alicerce se refere à visão de futuro. A COP-21 é apenas uma etapa. O Acordo final precisa prever mecanismos de controle dos compromissos assumidos, transparentes, eficazes e dinâmicos, pede o Papa. E enfim, é necessário aplicar, nos campos da educação e da formação, modelos de produção e consumo sustentáveis, assimilando um novo estilo de vida e “longos processos de regeneração” (Laudato si’, n. 202).   

(CM)

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Cardeal Tempesta participa de encontro em Roma

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Roma (RV) - “Aqueles que não conhecem Cristo estão aumentando em número. Entre 7 bilhões, os católicos são 1 bilhão e 254 milhões, 17,7% da população mundial. Além disso, o número de batizados normalmente aumenta em muitas partes dos territórios missionários. O maior aumento é registado na África. Em 2005, eram 153 milhões e em 2013 206 milhões,  34% de aumento, enquanto na América + 10,5%, na Ásia + 17,4%. “São alguns dados citados pelo Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (CEP), no seu relatório de abertura da XIX Assembleia Plenária da Congregação, que teve início nesta segunda-feira(30) e se conclui na próxima quinta-feira, dia 03 de dezembro, no Auditório João Paulo II da Pontifícia Universidade Urbaniana. Os trabalhos da Assembleia desta  segunda foram presididos pelo Cardeal Giovanni Battista Re, enquanto o Cardeal Filoni estava acompanhando o Santo Padre na sua visita pastoral à África. O relatório do Cardeal Prefeito foi lido pelo Secretário da Congregação Missionária. Dom Savio Hon Tai-Fai.

 

Participa dos trabalhos o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que na tarde desta segunda-feira conduziu os trabalhos da Assembleia. Dom Orani conversou com a Rádio Vaticano. (SP)

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Santa Sé inaugura Sala de Imprensa e Centro de Acolhida para Jubileu

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi inaugurada terça-feira (01/12), às 12h, a nova Sala de Imprensa da Santa Sé para o Ano Santo da Misericórdia e o Centro de Acolhida aos peregrinos. Ambos se encontram na Via da Conciliazione n.7, entre a Rádio Vaticano e a Basílica de São Pedro. 

A abertura foi feita pelo Arcebispo Giovanni Angelo Becciu, Substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, que após uma breve oração, abençoou as salas. Estavam também presentes o Arcebispo Rino Fisichella, Presidente do Conselho para a Nova Evangelização, e o Dr. Angelo Scelzo, vice-diretor da Sala de Imprensa, que conversou conosco.   

“A nova Sala de Imprensa será utilizada durante todo o período do Jubileu, principalmente por ocasião dos grandes eventos. O número de jornalistas vai variar porque, obviamente, estará ativa a Sala de Imprensa habitual, e este será um serviço adjunto de credenciamentos e de acolhimento dos jornalistas que virão a Roma para os diferentes eventos. Há cerca de cinquenta postos de trabalho, além de cabines com telefone, para o uso de rádios e TVs. Ou seja, é um centro de imprensa equipado para as exigências do Ano Santo”.

“Os ‘briefings’ normais continuarão a se realizar na Sala de Imprensa, mas em algumas ocasiões, poderá funcionar também a nova Sala. Todavia, as duas estruturas funcionarão sempre em conexão. Haverá uma coordenação contínua para assegurar a ambas as estruturas a máxima informação possível”.

“Já o Centro de Acolhida oferecerá todo tipo de informação disponível para os eventos e as notícias relacionadas ao evento; sobre todo o andamento do Ano Santo e o ciclo de informações que podem interessar, seja do ponto de vista dos conteúdos espirituais, mas contamos também com a colaboração do Centro de Imprensa que a Itália está construindo”.

“O serviço será oferecido por voluntários, mas também por pessoas que já haviam sido empregadas em eventos como canonizações e outros grandes eventos e que já tem especialização afirmada neste serviço. Haverá certamente voluntários brasileiros, portugueses; nós tentamos falar todas as línguas do mundo, esperando atender à universalidade deste evento. Queremos responder da melhor forma possível. Os voluntários brasileiros serão bem-vindos”.

O Centro de Acolhida estará aberto de 7h30 às 18h30 de segunda-feira a domingo, durante todo o Ano Santo extraordinário. 

(CM)

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Jubileu: Mostra sobre João Paulo II inaugurada no Fiumicino

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Roma (RV) –  Foi inaugurada esta terça-feira, 1°, no Aeroporto Leonardo da Vinci, em Roma, a exposição de esculturas e telas da artista polonesa Anna Gulak intitulada “Em caminho com João Paulo II, rumo ao Jubileu Extraordinário da Misericórdia”. Presente na inauguração o Vigário Geral para Roma do Papa Francisco, Cardeal Agostino Vallini.

“Neste momento histórico em que muitos veem a escuridão, temos necessidade desta centelha das origens que leva à plenitude da fé”, afirmou o Cardeal. “Esta Mostra quer representar a passagem de São João Paulo II em meio às pessoas que viajam, uma metáfora do mundo moderno onde os ritmos frenéticos da sociedade cruzam com um Papa peregrino que ainda tem uma mensagem a dizer, uma mensagem de fé da qual nestes tempos existe realmente uma grande necessidade”.

A Mostra, realizada pela Adr em parceria com a Obra Romana de Peregrinações (ORP) e com o patrocínio do Pontifício Conselho da Cultura e do Vicariato de Roma, já havia sido exposta em 2011 no Vaticano. Dela fazem parte 6 pinturas de grandes dimensões montados sobre um totens prismáticos, além de um grande busto em resina do Pontífice polonês.

As obras, que reproduzem diversas expressões do rosto de João Paulo II, são acompanhadas pelas mais belas citações ao longo do pontificado de Wojtyla e permanecerão expostas no setor de Embarques do Terminal 1, do Aeroporto Internacional Fiumicino.

Ao final da cerimônia de inauguração da Mostra, o Cardeal Vallini, junto com o Vice-Presidente da Obra Romana de Peregrinações, Dom Liberio Andreatta, abençoaram os novos locais de acolhida da ORP. (JE/Ansa)

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Encontro sobre o Concílio Vaticano II à luz de arquivo histórico

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Cidade do Vaticano (RV) – A maioria que aprovou os documentos do Concílio Vaticano II era realmente um bloco monolítico ou entre eles havia diversas opiniões? Qual o papel das “redes de opiniões” na formação de uma orientação conciliar e na atualização da teologia dos padres conciliares? O Papa Roncalli pensava em um evento de poucos meses. Mas, quais eram as expectativas dos participantes quanto à duração do Concílio? Estas e outras perguntas serão respondidas no Simpósio internacional  “O Concílio Vaticano II e os seus protagonistas à luz dos arquivos”, que terá lugar no Vaticano de 9 a 11 de dezembro. O encontro foi apresentado na manhã desta terça-feira, 1° de dezembro, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo Presidente do Pontifício Comitê das Ciências Históricas, Bernard Ardura, e pelo Diretor do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Concílio Vaticano II, Philippe Chenaux, e que teve como moderador o Padre Federico Lombardi.

O encontro realizar-se-á na esteira daquele realizado em 2012, que havia investigado arquivos diocesanos, religiosos, universitários e mesmo privados, que conservam documentos pertencentes ao Concílio. Este próximo encontro, por sua vez, pretende “ilustrar as figuras dos bispos particularmente significativas e reconstruir as redes de opinião constituídas antes e durante o Concílio e que tiveram um papel não indiferente na formação das convicções de muitos padres conciliares”, explicou Bernard Ardura. Vai-se indagar sobre “diversidades e divergências” – acrescentou -  já que “a unanimidade fortemente desejada por Paulo VI para a provação dos documentos conciliares deixou na sombra as opiniões de uma minoria bem organizada, com alguns protagonistas destas correntes, entre os quais, por exemplo, Mons. Lefebvre”.

Philippe Chenaux, por sua vez, considerou que “dentro desta maioria de mais de 80%, havia divisões e que não seria correto apresentá-la como um bloco monolítico”.

No Simpósio será possível ouvir os ecos dos debates acalorados sobre a hermenêutica do Concílio, se em continuidade ou descontinuidade com a tradição e a história da Igreja, ou mesmo sobre o papel da mídia. “Mas naturalmente – explicou Ardura – após 50 anos algumas paixões se aplacaram um pouco, estamos em uma fase em que me parece ser possível a compreensão do Concílio. Mas – recordou – não devemos nos surpreender porque Concílios como o de Trento, por exemplo, tiveram necessidade de um século para dar todos os frutos”.

O encontro de estudos será subdividido em três sessões, além do encontro de introdução e um de conclusão. Participarão, entre outros, representantes das Igrejas Ortodoxas russa e ucraniana, além da Comunhão Anglicana, e está prevista uma mensagem do Rabino Chefe de Roma, Riccardo di Segni. (JE)

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Igreja no Brasil



Igreja mobiliza-se na luta contra a Aids

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Brasília (RV) - Para fortalecer o combate a Aids, a Igreja no Brasil se une às organizações da sociedade civil, neste dia 1º de dezembro, para a luta contra a doença. A Pastoral da Aids sai às ruas para informar, orientar e esclarecer a população sobre a epidemia de HIV. Para este ano, um material foi disponibilizado a todos os agentes da Pastoral que atuam no território nacional. A data é marcada por ações e intervenções na população em geral, garantindo um olhar atencioso, principalmente, às populações mais vulneráveis e desassistidas.

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é um grande evento político, que cria espaços de diálogo e debate com os programas de Aids nas três esferas políticas para discutir os rumos da resposta brasileira. Nesse dia busca-se reivindicar melhorias e políticas que detenham o HIV e melhorem a qualidade de vida das pessoas que convivem com a Aids. Para reforçar os trabalhos, panfletos de orientação, spots para rádios e vídeos veiculados na TV irão compor a campanha deste ano.

A Igreja tem um grande alcance com as ações entre a população. Os meios de comunicação católicos, assim como sacerdotes, religiosas e religiosos e bispos garantem apoio às iniciativas e reforçam de forma significativa a campanha. O planejamento prevê inúmeras ações organizadas nos municípios e paróquias onde os agentes pastorais atuam. A expectativa é que se alcance o maior número possível de pessoas levando informação e orientação sobre a Aids e sobre o teste HIV.

A Pastoral da Aids está envolvida há vários anos na luta para informar e orientar a população sobre a necessidade de fazer o teste para HIV. A Igreja assume este serviço e, sem preconceitos, acolhe, acompanha e defende os direitos daqueles que foram infectados pela Aids.

O HIV é um vírus que se espalha por meio de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico. Sem o tratamento antirretroviral, o vírus afeta e destrói essas células e torna o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças.

Atualmente, não existe uma cura efetiva e segura, mas os cientistas trabalham intensamente em busca de resultados. Enquanto isso não acontece, com cuidados médicos apropriados, o portador do vírus HIV pode ter a doença controlada.

Segundo dados da Unaids, em 2014, havia 734 mil pessoas vivendo com HIV no Brasil, o que representa cerca de 0,4% a 0,7% da população. Estima-se que só no ano passado ocorreram 44 mil infecções pelo HIV. Neste período, o número de mortos relacionados à Aids chegou a 16 mil.

A maioria dos óbitos atualmente são de pessoas que descobrem tardiamente a infecção. Esse fator agrava o quadro de saúde, dificulta o tratamento com os antirretrovirais e onera o sistema de saúde com internações longas o que, consequentemente, aumenta os custos com o tratamento das doenças oportunistas – aquelas que se aproveitam da baixa imunidade para se alojarem no organismo.

Mas, mesmo com os avanços, alguns obstáculos são enfrentados no trabalho pastoral. O Assessor da Pastoral, Frei Luiz Carlos Lunardi, conta que a metodologia do trabalho é feita em rede, em parceria e de forma complementar aos programas de Aids e com a rede de saúde. Para ele, crescer nesta direção hoje é um grande desafio. Somado a essa realidade está a dificuldade de chegar-se às áreas mais desassistidas e mais vulneráveis, já que é cada vez mais difícil a sustentabilidade das ações.

Atrelado a tudo isso está o preconceito, que é um grande dilema da epidemia da doença. “Há muito preconceito ainda em todas as esferas sociais. Hoje ainda se pode dizer ‘Aids não mata o que mata é o preconceito’”, afirma o frei. Apesar de todo o avanço e conhecimento sobre a doença, o religioso coloca que ainda são muito altos os índices de novas infecções e óbitos.

Acolhida

A epidemia da Aids é uma realidade desde 1980. Muitas pessoas, organizações e setores da sociedade empenham suas energias há anos no controle da doença. Essa realidade e a necessidade de envolver um número sempre maior de forças para lutar contra a doença aproximou também o Ministério da Saúde da Igreja Católica com a finalidade de unir forças para contra o HIV.

Desde o início, quando a doença ainda era desconhecida, a Igreja acolhia em casas de apoio e centros de convivência os portadores da doença. Nesse tempo, muitas das pessoas que eram abandonadas eram recebidas pela Igreja. Com o passar dos anos e com a chegada dos medicamentos Antirretrovirais (ARV), o trabalho pastoral se abriu para as ações de prevenção com formação de agentes multiplicadores de informação, assim como, os promotores de ações de base.

Ao longo dessa jornada, também ampliou o trabalho na acolhida e acompanhamento das pessoas que vivem e convivem com a doença, desenvolveu uma linha de trabalho assumindo campanhas como a do teste HIV, vigília pelos mortos de Aids e Dia Mundial de luta contra a Aids.

Outro aspecto que foi um grande avanço promovido pela Igreja foi o programa de incidência política onde se formam agentes de Pastoral da Aids para atuarem nas políticas públicas e para o engajamento nos conselhos de saúde, nas comissões de DST/Aids, nas frentes parlamentares e em fóruns.

Para dinamizar ainda mais os trabalhos, a Pastoral organiza uma assembleia nacional para discutir o tema no próximo ano. Anterior ao evento, a meta é organizar as pré-assembleias diocesanas seguindo com a assembleia regional para chegar-se a uma boa avaliação e proposições para serem abordadas em nível nacional. “Este processo seguramente nos dará luzes para olharmos as realidades nas quais trabalhamos e redimensionarmos nossa ação e intervenção de forma adequada às exigências da epidemia”, sublinha o assessor da Pastoral. (SP-CNBB)

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Igreja na América Latina



Mártires da fé e da caridade serão beatificados no Peru

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Chimbote (RV) – “Uma terra que foi regada com o sangue dos mártires é chamada a gerar novos cristãos sob o exemplo do Evangelho”. Foi o que escreveu o Bispo de Chimbote, Dom Angelo Francisco Simon Piorno, na mensagem publicada por ocasião da beatificação dos três missionários mártires - os franciscanos conventuais poloneses Miguel Tomaszek e Zbigniew Strzalkowski e o sacerdote italiano Alessandro Dordi - que terá lugar no próximo sábado, 5 de dezembro.

Os três missionários foram mortos no Peru por guerrilheiros maoístas do grupo Sendero Luminoso, por defenderem os valores evangélicos e pelo trabalho realizado junto às comunidades mais pobres. Os franciscanos foram mortos em Pariacoto em 9 de agosto de 1991 e o sacerdote italiano em 25 de agosto do mesmo ano, após ter celebrado uma missa em Vinzos, um povoado no vale do Rio Santa.

Na mensagem, o prelado explica que no local da beatificação foi inscrita a seguinte expressão: “Mártires da fé e da caridade, testemunhas da esperança”. “Mártires da fé, pois foi isto que deu a eles a força para enfrentar a morte iminente, e mártires da caridade, porque toda a vida deles foi dedicada às comunidades rurais, com as pessoas que vivem na pobreza e marginalização. Por estas razões – observa Dom Angelo – tornam-se não somente para a nossa diocese, mas para toda a Igreja do Peru, testemunhas de esperança”.

Devido ao grande número de fieis esperados, a beatificação terá lugar no Estádio de Chimbote. A Conferência Episcopal Peruana inaugurou um site dedicado à beatificação com as biografias dos mártires, notas sobre o martírio, testemunhos, detalhes da beatificação, notícias e material multimídia, vídeo e foto. (JE)

 

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Rabino amigo de Francisco vai ser ministro

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Buenos Aires (RV) - A fraterna relação entre o Papa Francisco e alguns rabinos remonta principalmente aos seus anos como arcebispo de Buenos Aires. Um deles é Sergio Bergman, de 53 anos, futuro ministro do Meio Ambiente da Argentina.

Em declarações à Radio 10 argentina, o futuro ministro explicou que seu ministério vai “ser fundamentalmente orientado pela última encíclica papal, Laudato Si’, que tem a ver com a visão de dignidade humana, de qualidade de vida e de inclusão que São Francisco de Assis já tinha sobre a harmonia, o cuidado, o respeito e a preservação da nossa casa”. Sua gestão, anunciou ele, em linha com a Encíclica do Papa Francisco, abrangerá também o desenvolvimento sustentável.

Bergman, que já atuou no legislativo da cidade de Buenos Aires, foi escolhido pelo presidente eleito Mauricio Macri por sua extensa trajetória à frente de empreendimentos sociais e culturais da comunidade judaica na capital argentina, iniciativas que o aproximaram de vários líderes católicos, entre eles o então cardeal Bergoglio.

“Eu encontrei em Bergoglio o meu rabino”, declarou Bergman quando da eleição do Papa Francisco. Eles construíram sua amizade em torno ao Diálogo Argentino, uma série de encontros de instituições de todo o país durante a crise de 2001. “Lá eu conheci Bergoglio como mestre, como um homem que não tinha medo de dizer o que tinha que dizer, de traduzir essas três dimensões que eu reconheço nele: de mestre que se fez líder e que agora é estadista”, declarou Bergman numa entrevista à rede LT8, da cidade de Rosário.

Na mesma entrevista, afirmou considerar-se um “discípulo dele” e, mais tarde, em um artigo, escreveu que encontrou em Bergoglio “um mestre que me escutou, me orientou e aconselhou para fazer decolar a minha vocação de servir tanto ao Criador quanto às suas criaturas no desafio do bem comum”.

O respeito e o apreço são mútuos e ficaram imortalizados no prólogo do livro “Argentina Ciudadana”, publicado por Bergman em 2008. O então arcebispo de Buenos Aires, autor do prólogo, descreveu o livro como o “trabalho de um mestre que nos ajuda a nos entender, a nos explicitar, a nos corrigir e a avançar em plenitude”.

Em seu próximo cargo, o rabino terá mais uma vez a oportunidade de deixar-se guiar por aquele a quem considera seu mestre, encarnando em sua gestão os valores de “espiritualidade cívica” que propôs em “Argentina Ciudadana”, uma obra que o hoje Papa Francisco declarou que “lhe fez bem à alma”. (SP)

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Igreja no Mundo



Nasce a Pontifícia Universidade Franciscana

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Roma (RV) – O ano de 2018 marcará a história da família franciscana com a criação da nova Pontifícia Universidade Franciscana. O anúncio do projeto, que pré-anuncia um grande impacto no âmbito da formação universitária, foi dado no último domingo, 29. A nova Universidade surgirá a partir da união dos atuais centros acadêmicos franciscanos, em particular o Antonianum e o Seraphicum, com o objetivo de criar um verdadeiro polo universitário de alta qualidade, capaz de atrair estudantes e pesquisadores.

Em uma nota, os Ministros Gerais Frei Marco Tasca (OFMConv), Frei Mauto Jöhri (OFMCapp), Frei Michael Perry (OFM) e Frei Nicholas Polichnowski (TOR) escrevem que o projeto nasce da consciência de “como nestes tempos de divisão e fragmentação somos chamados a fazer emergir a nossa identidade unitária devida ao nosso ser filhos de São Francisco, herdeiros de sua experiência e intuição de vida evangélica”. Os religiosos recordam ainda o pedido do Papa Francisco aos Ministros Gerais - quando de sua visita a Assis em 4 de outubro de 2013 – para “serem sinais de unidade da comum identidade franciscana”, assim como a sua expressão de satisfação  pelo início do projeto que responde também às indicações da Congregação para a Educação Católica para as Universidades romanas.

A decisão foi aplaudida pelo Reitor da Pontifícia Faculdade Teológica “São Boaventura” Seraphicum, gerida pelos Frades menores conventuais, que acompanhou de perto o caminho de unificação. “O tempo presente – observa Frei Domenico Paoletti – caracterizado pela revolução digital, pela globalização e pela fragmentação, está provocando a mudança do próprio mapa formativo nas nossas ordens e dos nossos centros acadêmicos, sempre mais interculturais, e necessitados de um centro de excelência que promova a cultura da qualidade e da unidade do saber segundo o paradigma filosófico e teológico franciscano. Por isto que a decisão da família franciscana de unir os atuais centros acadêmicos, em particular o Antonianum e o Seraphicum, é um grande evento com o objetivo de fazer da Universidade franciscana um verdadeiro polo universitário de alta qualidade, que atraia estudantes e pesquisadores”.

A Secretaria de Formação e Estudos das famílias franciscanas trabalha junto a um grupo de coordenação que deverá implementar esta nova realidade. (JE)

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Viagem do Papa marcará vida dos centro-africanos, diz missionário

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Bangui (RV) – “Uma atmosfera muito bonita, como não se respirava há anos”. Esta é a impressão deixada pelo Papa Francisco na sua visita à República Centro Africana nos dias 29 e 30 de novembro, segundo o sacerdote carmelita Aurelio Gazzera, que participou do encontro com o Papa em Bangui, guiando uma delegação de 50 pessoas de sua paróquia em Bozoum.

“Nós fizemos sacrifícios para estar aqui, pois sabíamos que a visita do Papa é um evento histórico. Devemos agradecer ao Papa Francisco por ter tido a coragem de vir aqui, não obstante as ameaças, não obstante tenham tentado dissuadi-lo de todas as maneiras para não visitar a República Centro Africana”, disse Padre Aurelio.

O missionário contou à Agência Fides um dos episódios que mais lhe marcaram durante a visita. “Na manhã de 30 de novembro, pouco antes das 9h30, ouvimos um rumor no estádio onde os fieis aguardavam a Missa com o Santo Padre. Pensamos que o Papa Francisco havia chegado, no entanto quem chegava era o Imame Oumar Kobine Layama, que trabalha em estreito contato com Dom Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui, e com o Presidente da Aliança Evangélica, o Pastor Nicolas Guérékoyaméné-Gbangou, na união dos líderes religiosos pela paz. E foi bonito que o acolhemos neste modo. A acolhida da Presidente Catherine Samba Panza não foi assim tão calorosa”. “Isto demonstra – explicou o missionário – que a guerra civil centro-africana, apresentada como um conflito religiosos, é na verdade, um conflito onde entra a política e economia, a luta pelo controle das matérias-primas, etc”.

“Na saída do estádio, milhares de pessoas foram obrigadas a sair por um portão de 3 metros de largura. Vocês podem imaginar a multidão e os empurrões. Mas não aconteceram incidentes, não havia nenhuma pessoa irritada, antes pelo contrário, vi somente rostos sorridentes e tranquilos. Era realmente uma atmosfera diferente do normal. Creio que tenha sido a primeira vez em anos que isto acontece”.

“Penso que a visita de Francisco deixará um sinal profundo, porque muitos não estão mais dispostos a deixar agir poucas centenas de pessoas que semeiam ódio e violência. As palavras do Papa foram muito claras e mais ainda foram os seus gestos, como aquele de dirigir-se com um Papamóvel feito de compensado e tubos, sem blindagem, ao famoso KM5, o bairro muçulmano onde os funcionários da ONU vão à pé e quando o fazem, somente acompanhados por uma forte escolta militar”, conclui o missionário. (JE)

 

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Advento, tempo de rezar pela libertação de Mosul, diz Patriarca caldeu

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Bagdá (RV) – No “tempo forte” do Advento, durante as celebrações litúrgicas diárias, em todas as igrejas caldeias do mundo, os fieis rezarão para invocar o dom da libertação de Mosul e de toda a Planície do Nínive, além de pedir que sejam garantidos os direitos das minorias religiosas que vivem no Iraque. Estas são as intenções de oração do Patriarca caldeu Louis Raphael I Sako, divulgadas através de uma mensagem dirigida aos católicos caldeus presentes no Iraque e àqueles das comunidades da diáspora, no I Domingo do Advento.

No texto – enviado à Agência Fides – os fieis são convidados a rezar para que a libertação dos territórios iraquianos conquistados pelos jihadistas do Estados Islâmicos (Daesh) permita aos deslocados a retornarem às próprias casas. O Patriarca expressa ainda o desejo de que a tutela dos direitos das minorias religiosas se concretize também na modificação da lei sobre a islamização dos menores. De fato, o texto jurídico, fortemente contestado pelas minorias religiosas iraquianas, impõe a passagem automática à religião islâmica dos menores quando um de seus pais se converte ao islã.

A cidade de Mosul passou ao controle dos jihadistas do Daesh em 9 de junho de 2014. Quase dois meses após, na noite entre 6 e 7 de agosto de 2014, os milicianos jihadistas conquistaram muitas cidades e povoados da Planície de Nínive, provocando também a fuga de dezenas de milhares de cristãos caldeus, sírios e assírios. (JE).

 

 

 

 

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Formação



Chamado, memória, paz: o encontro do Papa com os religiosos africanos

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Cidade do Vaticano (RV) – Neste espaço dedicado ao Ano da Vida Consagrada, vamos ressaltar alguns pontos que o Papa Francisco propôs à reflexão dos religiosos e religiosas africanos, em sua recente viagem ao Quênia, a Uganda e à República Centro-Africana. 

No Quênia, o Pontífice falou do chamado:

“No seguimento de Jesus não há espaço para aqueles com ambições de poder e riqueza, e que querem ser uma pessoa importante no mundo." O Papa recordou que a “Igreja não é uma empresa, não é uma ONG. A Igreja é um mistério, mistério do olhar de Jesus sobre cada um que Ele diz: segui-me”. 

Para Francisco, quando as lágrimas se secam num sacerdote, num religioso ou religiosa, algo não funciona. “Chorar pela própria infidelidade, pela dor do mundo, chorar pelas pessoas descartadas, pelos idosos abandonados, pelas crianças assassinadas, pelas coisas que não entendemos”, disse ainda Francisco.

O Papa convidou os consagrados a não deixarem de rezar. Se um consagrado deixa a oração de lado a alma se seca e fica com uma  aparência feia. E foi direto aos seminaristas: “se algum de vocês não tem vocação para esse caminho, não perca tempo. Procure um trabalho, se case e forme uma família”. 

Já em Uganda, a segunda etapa da viagem, a palavra de ordem foi memória:

Ao afirmar que a memória dos mártires do passado deve ser honrada, Francisco ponderou que as glórias deles foram o princípio, mas que os consagrados em Uganda hoje devem ser promotores das glórias vindouras:

“Esta é a tarefa que a Igreja dá a vocês: sejam testemunhas como o foram os mártires ugandenses”.

Contudo, para serem testemunhas, o Papa advertiu que é preciso ter fidelidade. “Fidelidade significa fazer o que fizeram os que vieram antes: ser missionários.”

Para Francisco, “memória significa fidelidade, e fidelidade que somente é possível com a oração. “Oração também significa humilhação”, disse o Pontífice.

“Se um sacerdote deixa de rezar ou reza pouco, porque diz que tem muito trabalho, já começou a perder a memória e já começou a perder a fidelidade”, alertou Francisco. E advetiu para os que levam uma dupla. “Se é um pecador ou uma pecadora, peça perdão”.

Em Bangui, na República Centro-Africana, terceira e última etapa de sua viagem, Francisco destacou que os religiosos e religiosas devem ser, antes de mais nada, artesãos do perdão, especialistas da reconciliação, peritos da misericórdia”.

E acrescentou:

“Mesmo quando se desencadeiam as forças do mal, os cristãos devem responder ao apelo, de cabeça erguida, prontos a resistir nesta batalha em que Deus terá a última palavra. E será uma palavra de amor e de paz”.

(BF)

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Atualidades



Campanha: Ajude a vencer a Aids. Faça o teste HIV

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Cidade do Vaticano (RV) - Celebra-se nesta terça-feira, 1º de dezembro, o  Dia Mundial de Luta contra a AIDS. 

Esse dia tem como objetivo lembrar a sociedade sobre a intensa luta travada contra a AIDS e trazer os valores de compreensão, solidariedade e apoio às pessoas infectadas pelo vírus HIV/AIDS.

Nós contatamos em Porto Alegre (RS), o Frei Luís Carlos Lunardi, Assessor Nacional da Pastoral da Aids, que nos fala sobre as iniciativas promovidas para este 1º de dezembro. (MJ)

 

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