Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 03/12/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Igreja saia do seu recinto e chegue aos mais distantes"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A Sala Clementina, no Vaticano, ficou repleta na manhã desta quinta-feira (03/12), quando os participantes da Assembleia Plenária da Congregação para a Evangelização dos Povos (CEP) se reuniram para uma audiência com o Papa Francisco. 

Cerca de 160 pessoas entre cardeais, bispos, funcionários e colaboradores deste departamento, estão debatendo nestes dias a situação de seu trabalho na missio ad gentes e as perspectivas para o futuro. O Papa, recém-chegado de sua primeira peregrinação à África – esteve no Quênia, em Uganda e na República Centro-africana – se dirigiu ao grupo, elogiando a presença da Igreja junto àquele povo ferido e carente, a quem leva sua obra de caridade e promoção humana. 

O mundo de hoje, embora saiba receber os valores do Evangelho como o amor, a justiça, a paz e a sobriedade, nem sempre é disponível a acolher a pessoa de Jesus e a experiência de fé. Por isso, e para entender como tornar as missões ad gentes mais eficazes, a Congregação realizou nos últimos meses uma pesquisa sobre a vitalidade das jovens Igrejas.

Francisco, em seu discurso, lembrou aos evangelizadores que a missão é uma força capaz de transformar a Igreja dentro dela mesmo, antes da vida dos povos e das culturas. Convidou as paróquias a assumirem o estilo da missão ad gentes, pois assim, o Espírito Santo transformará os fiéis habituais em discípulos, os e os discípulos desapegados em missionários, projetando-os até ‘os confins do mundo’. E exortou para que a abordagem kerigmática à fé, tão familiar nas jovens Igrejas, ganhe espaço também nas de antiga tradição.

“Continuem a atuar a fim de que o espírito da missão ad gentes anime o caminho da Igreja e ela saiba sempre escutar o grito dos pobres e dos mais distantes, encontrar todos e anunciar a alegria do Evangelho”, disse Francisco, completando: “A missão renova a Igreja, fortalece a fé e a identidade cristã, e dá novo entusiasmo e motivações”. 

“Todas as Igrejas, quando se limitam a seus próprios horizontes, correm o risco de se atrofiar e se apagar”, sublinhou. “Saiamos de nossos recintos, emigremos dos territórios aonde somos tentados de nos fechar; só assim seremos capazes de caminhar e semear além, mais além. A Igreja vive e cresce ‘em saída’, tomando iniciativas e ‘chegando perto’ dos mais distantes”.

O Papa encerrou seu discurso enaltecendo a maturidade da Igreja na cooperação e ao ‘dar e receber’ sacerdotes a Igrejas-irmãs, em todo o mundo.   

A delegação da CEP foi encabeçada pelo Cardeal-Prefeito, Fernando Filoni, e, membro desde setembro de 2014, também estava presente na audiência o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta.

Veja no YouTube

(CM)

 

inizio pagina

Papa recebe premier de Samoa: mudanças climáticas e problemas ambientais

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre iniciou seus compromissos desta quinta-feira recebendo em audiência, às 10h locais, o Primeiro-ministro do Estado Independente de Samoa – localizado na Oceania –, Tuilaepa Lupesoliai Sailele Malielegaoi, o qual, sucessivamente entrevistou-se com o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, acompanhado do Subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri.

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante os cordiais colóquios se detiveram sobre alguns aspectos da vida social e econômica do país, bem como sobre a apreciada contribuição da Igreja católica em vários setores da sociedade samoana e, em particular, no campo da educação.

Houve ainda uma troca de opiniões sobre a situação internacional e regional, com referência especial à Conferência sobre as mudanças climáticas, em andamento em Paris, e aos problemas ambientais que alguns Estados insulares do Pacífico estão enfrentando.

(RL)

inizio pagina

Apresentado ao Papa Francisco Evangeliário da Misericórdia

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Foi apresentado ao Pontífice na manhã desta quinta-feira, na Sala dos Papas, no Vaticano, o Evangeliário da Misericórdia. Trata-se do livro com os Evangelhos dominicais e festivos do Jubileu da Misericórdia, ilustrados por belíssimos mosaicos do sacerdote jesuíta, Pe. Marko Ivan Rupnik. O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella – responsável pelo prefácio do livro – também participou da apresentação do volume ao Santo Padre.

Veja no YouTube

A esse propósito, a Rádio Vaticano entrevistou o Pe. Rupnik. Eis o que disse:

Pe. Marko Ivan Rupnik:- “O Evangeliário é o livro do qual são lidos os Evangelhos durante a Liturgia. É um livro que se apresenta num modo mais litúrgico, mais solene e que é levado em procissão. Os Paulinos fizeram uma edição realmente muito bem elaborada, preparando todos os textos que serão lidos durante este ano do Jubileu, nos domingos e nos dias festivos, e sempre dando destaque para a misericórdia. Esse realce é feito também de modo visível com obras de arte que se encontram no Evangeliário, que são mosaicos e que não são somente uma ilustração decorativa: através de imagens, gestos e cores os mosaicos ressaltam aspectos teológicos da misericórdia.”

RV: Pode nos dar um exemplo de mosaico?

Pe. Marko Ivan Rupnik:- “Dou o exemplo do primeiro mosaico, que se encontra no frontispício e que se vê quando o diácono leva o Evangeliário em procissão até o ambão, do qual se proclama o Evangelho. No frontispício encontra-se um mosaico real: a edição que foi entregue ao Santo Padre é um mosaico propriamente dito; não é uma fotografia, mas é um mosaico em miniatura, que inclusive tecnicamente é uma coisa muito difícil porque há pedras que têm menos da metade de um milímetro. Nele está Cristo Crucificado sacerdote, porque propriamente no Magistério de Francisco se pode realmente entender que a misericórdia está inserida no sacerdócio de Cristo: e quem melhor que a Carta aos Hebreus representa o sacerdote que é Cristo em chave da misericórdia? Porque Ele, passando pela provação em tudo como todos os homens e sendo totalmente solidário com o povo em tudo – exceto no pecado –, tornou-se um sacerdote misericordioso. É propriamente mediante o passar pela provação como todos os homens do nosso tempo que se torna misericordiosos. Isso me parece muito importante, porque Francisco ressalta que a Igreja deve assumir o destino do homem dos nossos tempos. Na parte de trás do Evangeliário encontra-se a imagem do logotipo do Jubileu, que é propriamente a imagem inspirada por Santo Efrém o Sírio, que desce aos infernos e coloca nos ombros a ovelha perdida, que é a humanidade, que é Adão e toda a sua descendência. Ali há esse encontro de olhares, porque – como dizia Santo Atanásio – em Cristo Deus aprendeu a viver como homem, a fim de que possamos aprender a viver segundo Deus.”

RV: Como foi o encontro com o Papa?

Pe. Marko Ivan Rupnik:- “Muito bonito! Realmente, me comoveu bastante, porque vi que o Papa tem verdadeiramente a peito essa questão da misericórdia, quer uma Igreja evangelizadora e não uma Igreja circunspecta e preocupada com suas coisas. É uma Igreja voltada para sua inserção no mundo. É realmente belo... Além disso, pessoalmente, foi uma grande bênção ver que essas imagens falam.”

RV: A misericórdia está efetivamente no centro deste Pontificado...

Pe. Marko Ivan Rupnik:- “Creio que sim! Creio que isso se vê muito claramente, creio também que este Magistério que se atém ao essencial, ao abc da nossa fé: não se trata tanto de ensinar, mas de mostrar...” (RL)

inizio pagina

Cardeal Tempesta: devemos trabalhar pela evangelização do mundo

◊  

Roma (RV) - Conclui-se nesta quinta-feira os trabalhos da XIX Assembleia Plenária da Congregação para a Evangelização dos Povos, que teve início na segunda-feira(30), no Auditório João Paulo II da Pontifícia Universidade Urbaniana. Os participantes vão ser recebidos hoje pelo Santo Padre. 

Participou dos trabalhos o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que conversou  conosco. (SP)

inizio pagina

Papa confidencia aos jovens a sua maneira de ler a Bíblia

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Prefácio de uma Bíblia voltada ao público jovem, escrito pelo Papa Francisco, foi publicado na revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”. O Papa afirma no texto amar a sua velha Bíblia, que “viu a minha alegria, foi banhada pelas minhas lágrimas: é o meu inestimável tesouro. Vivo dela e por nada no mundo me desfaria dela”. Francisco dá várias sugestões aos jovens em como usá-la, ao mesmo tempo em que confidencia a eles como lê a sua "velha Bíblia".

Francisco iniciou o texto, afirmando que os jovens se surpreenderiam com a aparência de sua Bíblia, velha e usada, mas que por nada faria menos dela, pois é para ele “um inestimável tesouro”, que o acompanhou “metade” de sua vida. Após recordou as perseguições aos cristãos no mundo na atualidade, afirmando com certa ironia, que “evidentemente a Bíblia é um livro extremamente perigoso, que causa tanto risco, que em certos países quem possui uma é tratado como se escondesse no armário bombas ao alcance da mão”.

O Papa chama a atenção para o fato de que muitas vezes os cristãos consideram a Bíblia como uma simples obra-literária, fazendo referência às palavras de Mahatma Gandhi que afirmava: aos cristãos foi confiado um texto com “quantidade de dinamite suficiente para fazer explodir em mil pedaços a civilização inteira, para colocar de cabeça para baixo o mundo e levar a paz a um planeta devastado pela guerra”, mas o tratam como se fosse uma simples obra literária, nada além disto”.

Contrastando esta abordagem do texto sagrado, Bergoglio recorda que a Bíblia não é uma seleção de histórias antigas e bonitas, mas “pela Palavra de Deus, a luz veio ao mundo e nunca mais se apagou”, exortando – ao citar a Evangelii gaudium –  que Deus mostrou-Se a Si mesmo». Acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada!”.

“Vocês têm entre as mãos, portanto, algo de divino – escreveu o Papa aos jovens - um livro como fogo, um livro no qual Deus fala. Por isto, recordem-se: a Bíblia não é feita para ser colocada em uma prateleira, mas é feita para ser levada na mão, para ser lida frequentemente, a cada dia, quer sozinho como acompanhados”.

Francisco sugere aos jovens a leitura conjunta da Bíblia, assim como se vai acompanhado ao shopping ou praticar esportes, propondo também que a leiam “ao ar livre, mergulhados na natureza, no bosque, na beira do mar, de noite à luz de velas...vocês fariam uma experiência forte”. E questiona: “Ou quem sabe vocês têm medo de parecerem ridículos diante dos outros?”

O Papa explica que a Palavra de Deus, para mostrar a sua força e transformar a nossa vida, deve ser meditada e lida em profundidade, pois através dela “Deus está me falando”.  E confidencia como lê a sua velha Bíblia: “Frequentemente a pego, a leio um pouco, depois a deixo de lado e me deixo olhar pelo Senhor. Não sou eu que olho para ele, mas ele que olha para mim”, colocando assim “na escuta” do Senhor.

“Às vezes Ele não fala: e então não ouço nada, somente vazio, vazio, vazio.... Mas, paciente, permaneço lá e o espero assim, lendo e rezando. Rezo sentado, porque me faz mal ficar de joelhos. Às vezes, rezando, até mesmo adormeço, mas não tem problema: sou como um filho próximo ao seu pai, e isto é aquilo que conta”.

Ao concluir, escreveu: “Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia”. 

O Prefácio foi escrito para uma Bíblia dirigida aos jovens, que também colaboraram com os comentários da mesma. (Bibel. Jugendbibel der Katolishcen Kirche). A ideia da obra é de Thomas Söding, professor do Novo Testamento na Universidade de Bochu, e por longos anos membro da Comissão Teológica Internacional da Santa Sé. Pai de três filhos, sentia a necessidade de oferecer aos jovens uma possibilidade de acesso à Bíblia que fosse atraente. Assim, entrou em contato com Georg Fisher (Universidade de Innsbruck) e Dominik Markl (Pontifício Instituto Bíblico, em Roma), jesuítas austríacos e Professores de Antigo Testamento, convidando-os a colaborar com o projeto. Após a ampla divulgação do catecismo para jovens Youcat, os autores convidaram a Youcat Foundation (Augsburg), junto com a Katholische Bibelanstalt (Stuttgart) para colaborar com o projeto. 

Eis o texto na íntegra:

“Meus queridos jovens amigos,

Se vocês vissem a minha Bíblia, talvez vocês não ficariam por nada tocados. Diriam: “O que? Esta é a Bíblia do Papa? Um livro assim velho, assim usado!”. Poderiam também me presentear uma nova, quem sabe uma de 1.000 euros: não, não gostaria. Amo a minha velha Bíblia, aquela que me acompanhou metade da minha vida. Viu a minha alegria, foi banhada pelas minhas lágrimas: é o meu inestimável tesouro. Vivo dela e por nada no mundo eu faria menos dela.

A Bíblia para os jovens, que vocês apenas abriram, me agrada muito: é tão vivaz, tão rica de testemunhos de santos, de jovens, que dá vontade de lê-la de uma só vez, desde o início até a última página. E depois? Depois a escondem, desaparece numa prateleira de uma biblioteca, quem sabe atrás, na terceira fila, acabando por encher-se de poeira. Até  o dia em que os vossos filhos  a venderão num mercadinho de usados. Não, isto não pode ser!

Quero dizer uma coisa a vocês: hoje, mais do que no início da Igreja, os cristãos são perseguidos; por qual razão? São perseguidos porque usam uma cruz e dão testemunho de Cristo; são condenados porque possuem uma Bíblia. Evidentemente a Bíblia é um livro extremamente perigoso, que causa tanto risco, que em certos países quem possui uma Bíblia é tratado como se escondesse no armário bombas de mão!

Mahatma Gandhi, que não era cristão, uma vez disse: “A vocês cristãos é confiado um texto que tem em si uma quantidade de dinamite suficiente para fazer explodir em mil pedaços a civilização inteira, para colocar de cabeça para baixo o mundo e levar a paz a um planeta devastado pela guerra. Mas a tratam, porém, como se fosse simplesmente uma obra literária, nada além disto”.

O que vocês têm, então, em mãos? Uma obra-prima literária? Uma seleção de antigas e belas histórias? Neste  caso, seria necessário dizer aos muitos cristãos que se deixam aprisionar e torturar pela Bíblia: “Vocês são realmente tolos e pouco sábios: é somente uma obra literária!”. Não, com a Palavra de Deus a luz veio ao mundo e nunca mais se apagou. Na minha Exortação Apostólica Evangelii gaudium escrevi:  “Nós não procuramos Deus tateando no escuro, nem precisamos esperar que Ele nos dirija a palavra, porque realmente «Deus falou, já não é o grande desconhecido, mas mostrou-Se a Si mesmo». Acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada!” (n.175)

Vocês têm entre as mãos, portanto, algo de divino: um livro como fogo, um livro no qual Deus fala. Por isto, recordem-se: a Bíblia não é feita para ser colocada em uma prateleira, mas é feita para ser levada na mão, para ser lida frequentemente, a cada dia, quer sozinho como acompanhados. De resto, acompanhados vocês praticam esporte, vão ao shopping; por que então não ler juntos, em dois, em três ou em quatro a Bíblia? Quem sabe ao ar livre, mergulhados na natureza, no bosque, na beira do mar, de noite à luz de velas...vocês fariam uma experiência forte e envolvente. Ou quem sabe vocês têm medo de parecerem ridículos diante dos outros?

Leiam com atenção. Não permaneçam na superfície, como se faz com histórias em quadrinho! A Palavra de Deus não pode ser lida com um passar de olhos! Antes, perguntem-se: “O que diz este texto ao meu coração?  Por meio desta palavra, Deus está me falando? Talvez esteja suscitando anseios, a minha sede profunda? O que devo fazer?”. Somente assim a Palavra de Deus poderá mostrar toda a sua força; somente assim a nossa vida poderá transformar-se, tornando-se plena e bela.

Quero confidenciar a vocês como leio a minha velha Bíblia. Frequentemente a pego, a leio um pouco, depois a deixo de lado e me deixo olhar pelo Senhor. Não sou eu que olho para Ele, mas Ele que olha para mim: Deus está realmente alí, presente. Assim me deixo observar por Ele e escuto – e não é um certo sentimentalismo – percebo no mais profundo de meu ser aquilo que o Senhor me diz.

Às vezes não fala: e então não ouço nada, somente vazio, vazio, vazio.... Mas, paciente, permaneço lá e o espero assim, lendo e rezando. Rezo sentado, porque me faz mal ficar de joelhos. Às vezes, rezando, até mesmo adormeço, mas não tem problema: sou como um filho próximo ao seu pai, e isto é aquilo que conta.

Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia”.

(JE)

inizio pagina

O Reconhecimenos das Portas Santas das Basílicas Papais

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Como reza a tradição, alguns dias antes do início do Jubileu se procede ao Reconhecimento das Portas Santas, cerimônia durante a qual é derrubada a parede que lacra a porta pelo lado de dentro e é verificado o conteúdo da caixa metálica colocada no seu interior no momento de conclusão do Jubileu precedente.

Na segunda-feira, 16 de novembro, foi realizado o primeiro dos quatro ritos de Reconhecimento, na Basílica São João de Latrão, presidido pelo Vigário para a Diocese de Roma, Agostino Vallini. Foi retirada a lápide com a grande cruz, que se encontrava na parte central da parede, e recuperada a caixa de zinco que continha as palavras de encerramento e a chave da Porta Santa, além de 41 medalhas com o Brasão Papal de São João Paulo II.

Na terça-feira, 17 de novembro, realizou-se por sua vez a mesma cerimônia para a Porta Santa da Basílica de São Pedro. O reconhecimento na Basílica vaticana foi introduzido por uma oração do Cardeal Angelo Comastri, Arcipreste, que conduziu a procissão do Cabido da Basílica, e a monição do cerimoniário. Funcionários da Fábrica de São Pedro romperam com uma picareta a parede que vedava a Porta Santa dentro da Basílica, extraindo a caixa metálica nela colocada desde o momento da conclusão do Grande Jubileu do Ano 2000. O objeto conservava os “documentos” do último Ano Santo, a chave que permitirá abrir a Porta Santa, as manilhas, além do pergaminho notarial, tijolos e medalhas comemorativas do Pontificado.

Após ter rezado no altar da Confissão, a procissão chegou à Sala Capitular, onde a caixa metálica extraída da Porta foi aberta com um maçarico. Além do Mestre das cerimônias litúrgicas do Santo Padre, Mons. Guido Marini, que recebeu “os documentos e os objetos do Reconhecimento", estava presente o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.

As mesmas cerimônias foram realizadas na Basílica de Santa Maria Maior e São Paulo fora-dos-muros, respectivamente na quinta-feira, 19, e segunda-feira, 23 de novembro, presididas pelos Arciprestes das Basílicas: o Cardeal Santos Abril y Castelló para Santa Maria Maior e o Cardeal James Michael Harvey para a Basílica de São Paulo fora-dos-muros.

Como de costume, coube ao Mestre das celebrações litúrgicas do Pontífice entregar ao Santo Padre todos os objetos encontrados nas caixas nos quatro Reconhecimentos. (JE)

inizio pagina

Apresentadas iniciativas para auxiliar os peregrinos no Jubileu

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Omnia Card”. Este é o nome do passe estudado pela Obra Romana de Peregrinações (ORP), destinado aos peregrinos que virão a Roma em peregrinação para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Esta e outras iniciativas para o Jubileu foram apresentadas numa coletiva de imprensa esta quinta-feira, 3,  pelo Presidente da ORP, Mons. Liberio Andreatta, e pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Arcebispo Rino Fisichella.

A bem da verdade, trata-se de duas modalidades: um passe com validade de 24 horas e outro de 72 horas. O “Omnia Card”, nos valores de 50 e 108 euros (com desconto para menores), permitirá o acesso reservado a diversos lugares ligados ao Ano Santo, o uso do áudio guia nas Basílica de São Pedro e São João de Latrão, a visita aos Museus Vaticanos e Capela Sistina, ao Cárcere Mamertino no Foro Romano, assim como o livre acesso ao Open Bus de Roma Cristiana (ônibus faz um tour por locais da Cidade Eterna). Juntamente com o Roma Pass, são acrescentados os acessos gratuitos a dois museus do circuito à escolha e descontos para todas as outras exposições, além do uso por três dias consecutivos do transporte público romano, que inclui metrô, ônibus e trenzinho de superfície. Também estão previstos descontos para as parcerias envolvidas na iniciativa da ORP, que vão da Alitalia-Ethiad à Trenitalia (empresa ferroviária italiana).

Serão disponibilizados dois App para tablet e smartphone: um se chama Gsb (Jubileu sem barreiras), que servirá para dar informações úteis às pessoas com algum tipo de deficiência e o outro  “Jubitinera”, que será o portal digital do Jubileu, pois ajudará a descobrir os caminhos jubilares, recolhendo online e off-line diversas informações, ao mesmo tempo que aproximará os usuários dos locais.

Monsenhor Andreatta assegura que o terrorismo não preocupa. “Estamos serenos – afirmou – eu há 40 anos estou em Roma e vivi os Jubileus precedentes, sobretudo tenho experiência de 40 anos no Oriente Médio, na Síria, na Palestina e nunca, em todo este tempo, um só fio de cabelo foi tirado de um peregrino. Estive lá também durante a Intifada. E isto acontece porque o peregrino é um homem de Deus, de paz, de oração, é um testemunho e um portador de solidariedade com os povos”.

Dom Rino Fisichella, por sua vez,  salienta que “o Jubileu é, antes de tudo, um evento espiritual que tem por objetivo proporcionar a experiência da beleza da misericórdia de Deus, colocando a Igreja em caminho para descobrir o que é essencial na vida: nunca deve criar obstáculo para esta descoberta”. Neste sentido, “a correria que vivemos na organização de tantas coisas não deve nos fazer esquecer a essência do Jubileu, que é um evento de graça em que os peregrinos poderão chegar à pé à Porta Santa para descobrir a consolação, o perdão e a proximidade de Deus”.

“O Papa Francisco deseja que o Jubileu seja vivido em todas as Dioceses do mundo e reiterou a mim este conceito ainda esta manhã”, disse o Presidente do organismo da santa Sé responsável pela organização do Jubileu. (JE/Agências)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Rádio Mariam, a voz dos cristãos do Oriente Médio, entra no ar dia 8

◊  

Roma (RV) – A Rádio Mariam – a voz dos cristãos do Oriente Médio e dedicada às comunidades cristãs de língua árabe de todo o mundo – será inaugurada no dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição e início do Jubileu da Misericórdia.

A nova emissora – a última nascida na rede World  Family  of  Radio  Maria, que conta com 80 rádios em diversos países – foi apresentada ao Papa Francisco durante audiência privada em 29 de outubro passado. Além de levar conforto e união para as Igrejas cristãs perseguidas em países em guerra, como o Iraque e a Síria, o projeto pretende ser um novo sinal de paz e reconciliação entre as diferentes comunidades de toda a região médio oriental.

Antigas comunidades cristãs do Oriente Médio - que hoje correm o risco de serem extintas pelas deportações, violências e êxodos forçados – terão a partir de agora um precioso instrumento à disposição para fazerem ouvir a sua voz e manter viva uma grande tradição religiosa comum a todos os cristãos do mundo. De fato, as transmissões da Radio Mariam irão ao ar através do site www.radiomariam.org e via satélite a partir de um estúdio central e de alguns estúdios móveis espalhados em diversas regiões do Oriente Médio, graças à colaboração e apoio das dioceses locais.

A programação também poderá ser acompanhada pelo App para smartphone e tablete Radio  Maria  World Family”,  disponível  para  as  plataformas  Apple,  Android  e  Windows  Phone.  A Rádio também estará presente no Twitter(@MariamRadio e no Facebook Radio Mariam مﯾر¬¬¬ ﻣ و¬¬¬¬ ﯾدار.

Contatos poderão ser feitos pelo e-mail info.arab@radiomaria.org. (JE)

 

inizio pagina

Formação



Brasileiras trabalham na acolhida de imigrantes em Siracusa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 700 mil: este é o número de imigrantes que chegaram à Europa pelo Mediterrâneo este ano. O número é recorde. Para fazer uma comparação, em 2014 foram 207 mil. Segundo a ONU, 3.210 pessoas morreram ou desapareceram na travessia.

Desde janeiro, as missionárias scalabrianas estão trabahando em Siracusa, na Sícilia. São três irmãs, sendo duas brasileiras. Uma delas é Ir. Teresinha Santin, que em entrevista à Rádio Vaticano disse como viveu esse fluxo tão intenso da chegada dos migrantes: 

(BF)

inizio pagina

Dom Paloschi: Concílio foi traduzido para realidade latino-americana

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, a edição de hoje do quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua trazendo a contribuição do bispo de Roraima, Dom Roque Paloschi, há dez anos à frente desta Igreja particular da região amazônica. 

Natural de Lajeado (RS) e bispo de Roraima desde julho de 2005, em 14 de outubro passado Dom Roque foi nomeado arcebispo de Porto Velho (Rondônia), cuja posse está marcada para este 13 de dezembro.

Lembrando os 50 anos da conclusão do Concílio, próximo dia 8, na edição passada Dom Roque nos disse que o “Vaticano II é a bênção de uma Igreja cada vez mais da colegialidade, que não vive para si, mas é chamada a ser sinal do Reino”.

Entre outras coisas, afirmou que o mesmo vai sendo atualizado na medida em que a Igreja não se fecha em si mesma, mas “é capaz de olhar para frente e confiar nos desígnios de Deus”.

Dando continuidade a suas considerações, na edição de hoje Dom Roque lança seu olhar para o modo como o Concílio foi acolhido, metabolizado e aplicado em nossa realidade.

Ele nos diz que Medellín (1968) botou o Concílio numa linguagem para os povos latino-americanos, para a Igreja da América Latina e, olhando mais de perto para a nossa realidade, evoca os grandes passos que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deu.

Dom Roque lembra-nos que na região norte tivemos em 1972 o famoso Encontro de Santarém (PA), que atualizou seja o Vaticano II, seja Medellín, para essa realidade da região amazônica.

Após citar o surgimento de duas realidades que muito marcaram nos últimos anos a vida e a missão da Igreja no Brasil – o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) –, enfatiza que o metabolismo se deu a partir da coragem que os episcopados latino-americano e brasileiro tiveram “em dar passos, não ficar com a letra apenas, mas traduzir (o Concílio) para a realidade concreta que se vivia e que se vive até hoje”. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima

inizio pagina

Atualidades



Ivo Poletto na COP21: expectativas e esperanças

◊  

Paris (RV) – Quinta-feira (03/12), no âmbito da Conferência sobre o Clima COP21, em andamento em Paris, está programada, na Catedral Notre Dame, uma “Celebração ecumênica pela salvação da Criação”, organizada pelo Conselho das Igrejas Cristãs na França. Está prevista a participação de peregrinos engajados e responsáveis de Igrejas de diferentes países. A celebração será co-presidida pelo pastor Francois Clavairoly, pelo metropolita Emmanuel e por Dom Georges Pontier, arcebispo de Marselha e Presidente da Conferência Episcopal Francesa.

Também participam o Patriarca ecumênico, Bartolomeu I, (que fará a pregação central), o pastore Olav Fykse Tveit, que dirige o Conselho Mundial das Igrejas, e o arcebispo de Paris, Cardeal André Vingt-Trois.

O Conselho das Igrejas cristãs na França promoveu uma série de atividades em concomitância com a Conferência da ONU.  No dia 1º, houve o ‘jejum pelo clima’, uma campanha de sensibilização a nível mundial em solidariedade com as populações atingidas pelos efeitos das mudanças climáticas. O organismo pede aos responsáveis políticos e econômicos, “especialmente os reunidos na COP, que tomem as decisões necessárias para limitar o aquecimento global a 2 graus, para que os irmãos e irmãs mais vulneráveis, e as gerações futuras, não sejam vítimas”.  

Pobres e vulneráveis, as maiores vítimas

“Graves são os perigos que corre o mundo por causa das mudanças do clima, derivadas do uso impróprio que fazem os seres humanos dos recursos à disposição”, afirmam os líderes das Igrejas cristãs, em mensagem. “Sentimos o dever imediato de enfrentar as causas deste degrado. Somos testemunhas do sofrimento incomensurável que provoca, de modo especial nos mais frágeis dentre nós. Conscientes do impacto do estilo de vida nos países mais desenvolvidos, temos que colocar em discussão a nossa lógica de consumo, adotando práticas de sobriedade e simplicidade”.

Expectativas e esperanças

Ivo Poletto é assessor nacional do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, além de membro da Rede Eclesisal Pan-amazônica (REPAM). Em Paris, ele falou à RV de as suas expectativas e esperanças. Para ouvir, clique aqui: 

“Eu diria que como possibilidade real, é preciso que os países se disponham a aumentar as suas propostas de ações voluntárias, porque este é o caminho que já foi decidido antes da COP do Peru. São contribuições voluntárias. Sabe-se que a soma das indicadas até agora é insuficiente para garantir que fiquemos abaixo de 2 graus Celsius de temperatura aumentada. Como nós gostaríamos de ficar em 1,5 graus Celsius, uma das cosias é que haja, por pressões e diálogos na COP, um desejo dos países de ver, com mais generosidade, onde podem avançar nestas medidas. Esta é uma expectativa que pode avançar, pode ter algum sucesso. A segunda é que se consiga, de fato, que haja algum mecanismo de observação e controle da eficácia destas medidas prometidas, porque se ficar só a partir dos próprios países é muito arriscado. Então, é preciso que se conquiste, a nível internacional, e particularmente da ONU, a possibilidade de todo tempo acompanhar as ações implementadas - fala-se de a cada cinco anos, mas o melhor seria a cada três - uma verificação, com a possibilidade de aumentos (de melhoria), como também de cobrança daqueles países que não estiverem realizando o que se comprometeram. Isto é o que se pode esperar em termos de possibilidade concreta”.

“O desejável é que houvesse, de fato, um acordo em que todos se cobram, uns dos outros, e que haja uma eficácia maior para responder ao terrível desafio por ações humanas e particularmente pelas ações promovidas pelo sistema de produção de tipo capitalista, para que nós possamos enfrentar o aquecimento e as mudanças climáticas e a vida toda, particularmente a vida humana, tenha melhores condições em nosso planeta”. 

(CM)

inizio pagina