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Sumario del 08/12/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Papa e Santa Sé



Papa abre a Porta Santa; começa o Jubileu da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – “Atravessar hoje a Porta Santa nos compromete a adotar a misericórdia do bom samaritano”: este é o espírito com o qual se deve viver o Jubileu Extraordinário, conforme disse o Papa Francisco na missa celebrada por ocasião da Festa da Imaculada Conceição (08/12), na Praça S. Pedro. 

Com a cidade de Roma blindada e um forte aparato de segurança, com três mil agentes nas ruas da capital, o afluxo de peregrinos começou na madrugada nos arredores da Praça, que foi aberta às 6h30. Os controles policiais, com a passagem pelo detector de metais, tardaram o ingresso dos fiéis.  Cerca de 50 mil pessoas participaram da celebração.

Pecado e graça

Na homilia que antecedeu a abertura da Porta Santa, o Pontífice recordou o mesmo gesto realizado em Bangui (Rep. Centro-Africana) e ressaltou a primazia da graça: “A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva”.

A própria história do pecado só é compreensível à luz do amor que perdoa, explicou o Papa. “Se tudo permanecesse relegado ao pecado, seríamos os mais desesperados entre as criaturas. A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai.”

Também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça, prosseguiu Francisco. “Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que nos procura, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia.”

Para o Pontífice, é preciso antepor a misericórdia ao julgamento, se quisermos ser justos com Deus. “Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não corresponde a quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma”, exortou.

Concílio Vaticano II

Em sua homilia, o Papa fez um paralelo com outra porta “escancarada” 50 anos atrás pelos Padres conciliares. O Concílio, afirmou, foi primariamente um encontro; um encontro entre a Igreja e os homens do nosso tempo.

“Trata-se, pois, de um impulso missionário que, depois destas décadas, retomamos com a mesma força e o mesmo entusiasmo. O Jubileu exorta-nos a esta abertura e obriga-nos a não transcurar o espírito que surgiu do Vaticano II, o do Samaritano, como recordou o Beato Paulo VI na conclusão do Concílio. Atravessar hoje a Porta Santa compromete-nos a adotar a misericórdia do bom samaritano.”

Porta Santa

Após a comunhão, teve início o rito de abertura da Porta Santa, na entrada da Basílica de S. Pedro. O diácono convidou os fiéis para a inauguração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia com estas palavras: “Abre-se diante de nós a Porta Santa. É o próprio Cristo que, através do mistério da Igreja, nos introduz no consolador mistério do amor de Deus".

Em procissão, os concelebrantes se posicionaram na entrada da Basílica. Também estava presente o Papa Bento XVI. Diante da Porta Santa, o Pontífice fez uma oração e recitou a seguinte fórmula: “Esta é a porta do Senhor. Abri-me as portas da justiça. Por tua grande misericórdia entrarei em tua casa, Senhor”.

Ouça aqui as palavras do Santo Padre:  

O Santo Padre abriu a Porta Santa e se deteve em silêncio em sua entrada. Francisco entrou por primeiro na Basílica de S. Pedro, seguido por Bento XVI, pelos concelebrantes e por alguns representantes de religiosos e fiéis leigos – momento em que foi entoado o Hino do Ano Santo da Misericórdia. No Altar da Confissão, o Papa fez uma oração e concendeu a todos a sua bênção apostólica.

Assista em VaticanBR

(BF)

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Francisco: Nossa Senhora, aurora da nova criação

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Cidade do Vaticano (RV) –  “Mesmo vivendo em um mundo marcado pelo pecado, este não a macula: é nossa irmã no sofrimento, mas não no mal e no pecado. Aliás, nela, o mal foi derrotado antes mesmo que pudesse se aproximar dela, porque Deus a revestiu de graça”. No dia em que a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco dedicou a sua reflexão que precedeu a oração mariana do Angelus a Maria, “a primeira a ser salva pela infinita misericórdia do Pai”. 

Da janela do apartamento Pontifício, o Papa dirigiu-se à multidão presente na Praça São Pedro, e que precedentemente havia participado da missa e da abertura da Porta Santa. Francisco explicou que “a Imaculada passou a ser o ícone sublime da misericórdia divina que venceu o pecado. E nós, hoje, no início do Jubileu da Misericórdia, queremos olhar para este ícone com amor confiante e contemplá-la em todo o seu esplendor, imitando a sua fé”.

“Na concepção imaculada de Maria – prosseguiu o Santo Padre - somos convidados a reconhecer a aurora do novo mundo (...). A aurora da nova criação feita pela divina misericórdia. Por isso a Virgem Maria, jamais contaminada pelo pecado e sempre repleta de Deus, é mãe de uma nova humanidade. E celebrar esta festa – explicou – comporta duas coisas:

“Primeiro, acolher plenamente Deus e a sua graça misericordiosa na nossa vida. Segundo: de nossa parte, sermos artífices de misericórdia mediante um autêntico caminho evangélico. A festa da Imaculada se transforma então em festa de todos se, com os nossos “sim” quotidianos, conseguimos vencer o nosso egoísmo e tornando mais feliz a vida de nossos irmãos, dando a eles esperança, secando algumas lágrimas e dando um pouco de alegria”.

“A exemplo de Maria – continuou o Papa - somos chamados a nos transformar em mensageiros de Cristo e testemunhas de seu amor, olhando antes de tudo àqueles que são os privilegiados aos olhos de Jesus”, ou seja, os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os doentes, os encarcerados. A Solenidade da Imaculada Conceição – observou o Santo Padre - tem uma mensagem específica para nós: nos lembra que em nossa vida tudo é dom, tudo é misericórdia”:

“Que a Virgem Santa, primícia dos salvos, modelo da Igreja, esposa santa e imaculada, amada pelo Senhor, nos ajude a redescobrir sempre mais a misericórdia divina como característica do cristão. Não se pode entender um cristão verdadeiro que não seja misericordioso, como não se pode entender Deus sem a sua misericórdia. Esta é a palavra-síntese do Evangelho: misericórdia”.

Ela “é a palavra-síntese do Evangelho”, reiterou Francisco. É o traço fundamental do rosto de Cristo: aquele rosto que nós reconhecemos nos diversos aspectos da sua existência: quando vai ao encontro de todos, quando cura os doentes, quando se senta à mesa com os pecadores e, sobretudo, quando, pregado na cruz, perdoa; ali vemos o rosto da misericórdia divina”:

“Não tenhamos medo: deixemo-nos abraçar pela misericórdia de Deus que nos espera e perdoa tudo. Nada é mais doce do que a sua misericórdia. Deixemo-nos acariciar por Deus: é tão bom o Senhor, e perdoa tudo”.

Após recitar o Angelus, o Santo Padre saudou os presentes e antecipou que na parte da tarde iria à Praça de Espanha rezar aos pés do monumento da Imaculada e após à Basílica Santa Maria Maior, onde num gesto de devoção filial, confiaria à Mãe da Misericórdia “a Igreja e toda a humanidade, e de modo particular a cidade de Roma”. Francisco também recordou aos presentes, a presença de Bento XVI na abertura da Porta Santa:

“Hoje também atravessou a Porta da Misericórdia o Papa Bento. Enviemos daqui uma saudação, todos, ao Papa Bento!”

O Papa concluiu desejando “um Ano Santo cheio de misericórdia, para vocês, e de vocês, para os outros. E por favor, peçam ao Senhor também para mim, pois tenho muita necessidade disto”. (JE/RB)

 

 

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Papa confia a Igreja e toda a humanidade a Maria, Mãe de Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta terça-feira o Pontífice fez a habitual visita de 8 de dezembro à Praça de Espanha, centro de Roma, para a tradicional homenagem com flores à imagem de Nossa Senhora Salus Popoli Romani (Protetora do Povo Romano).

Milhares de fiéis romanos – famílias inteiras, crianças, idosos, mais de cem enfermos – e peregrinos de várias partes do mundo aguardavam o Santo Padre na Praça de Espanha, acolhendo-o com grande alegria e entusiasmo. Tendo chegado pouco antes das 16h locais, o Papa Francisco depositou um ramalhete de flores e rezou aos pés do monumento dedicado à Imaculada, fazendo a seguinte oração: 

Virgem Maria,

neste dia de festa pela tua Imaculada Conceição,

venho apresentar-te a homenagem de fé e de amor

do povo santo de Deus que vive nesta Cidade e Diocese.

Venho em nome das famílias, com suas alegrias e fadigas;

das crianças e dos jovens, abertos à vida;

dos anciãos, que trazem consigo o peso dos anos e a experiência;

de modo particular venho a ti da parte dos enfermos, dos encarcerados, de quem sente o caminho mais árduo.

Como Pastor venho a ti em nome daqueles que chegaram de terras longínquas em busca de paz e de trabalho.

 

Sob teu manto tem lugar para todos,

porque tu és a Mãe da Misericórdia.

O teu coração é repleto da ternura para com todos os teus filhos: a ternura de Deus, que em ti se fez carne

e se tornou nosso irmão, Jesus,

Salvador de todo homem e de toda mulher.

 

Olhando para ti, Mãe nossa Imaculada,

reconhecemos a vitória da divina Misericórdia

sobre o pecado e sobre todas as suas consequências;

e se reacende em nós a esperança numa vida melhor,

livre da escravidão, rancores e medos.

 

Hoje, aqui, no coração de Roma, ouvimos a tua voz de mãe

que chama todos a se colocar em caminho

rumo àquela Porta, que representa Cristo.

Tu dizes a todos: “Vinde, aproximai-vos confiantes;

entrai e recebei o dom da Misericórdia;

não tenhais medo, não tenhais vergonha:

o Pai vos espera de braços abertos

para dar-vos o seu perdão e acolher-vos em sua casa.

Vinde todos à fonte da paz e da alegria”.

 

Agradecemos a ti, Mãe Imaculada,

porque neste caminho de reconciliação

não nos fazes caminhar sozinhos, mas nos acompanhas,

estás próxima de nós e nos auxilias em toda dificuldade.

Que tu sejas abençoada, agora e sempre. Amém.

 

Após a oração, acompanhado, entre outros, do seu Cardeal Vigário para a Diocese de Roma, Agostino Vallini, Francisco deteve-se longamente saudando a multidão, entre os quais muitas crianças e enfermos presentes.

Após a visita ao monumento dedicado à Imaculada Conceição, na Praça de Espanha, o Santo Padre seguiu para a Basílica de Santa Maria Maior (uma das quatro basílicas papais de Roma) para mais um ato de devoção filial a Maria, Mãe de Misericórdia. Como já havia antecipado no Angelus, ao meio-dia, o Pontífice confiou a Nossa Senhora toda a Igreja e a humanidade inteira, de modo particular a cidade de Roma. (RL)

Ouça clicando acima

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Bento XVI atravessa a Porta Santa

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Cidade do Vaticano (RV) - Um novo encontro entre Francisco e o Papa emérito, desta vez para celebrar a abertura do Jubileu da Misericórdia. Foi o que aconteceu na manhã desta terça-feira (8/12), durante a Solenidade da Imaculada Conceição, na Basílica de São Pedro. Pouco antes de abrir a Porta Santa, o Papa Francisco saudou Bento XVI, que o aguardava ao lado da Porta Santa. Após o rito de abertura e depois do Papa Francisco, com auxílio, Bento XVI subiu os dois degraus e foi o segundo a atravessar a Porta Santa.

Oitavo encontro 

Com o encontro desta terça-feira, Francisco e Bento XVI encontraram-se publicamente oito vezes.

O primeiro – histórico – foi em Castel Gandolfo, no dia 23 de março de 2013, quando Bento XVI e Francisco rezaram juntos por alguns momentos.

Depois disso, em 5 de julho de 2013, Bento XVI apareceu novamente ao lado de Francisco durante a inauguração de um monumento a São Miguel, nos Jardins Vaticanos.

Em 22 de fevereiro de 2014, durante o consistório para a criação de novos cardeais, a Basílica Vaticana teve pela primeira vez na história a presença de dois papas.

Ratzinger voltaria a encontrar o público - e Bergoglio - em 27 de abril de 2014, quando da canonização de São João Paulo II e São João XXIII, na Praça São Pedro.

Dois meses mais tarde, em 28 de setembro, a convite de Francisco, Bento XVI voltou à Praça São Pedro, onde participou do encontro com a terceira idade. O Papa emérito aparecera bem disposto, apesar de caminhar muito devagar e com a ajuda de uma bengala.

Sempre a convite do Papa Francisco, Bento XVI esteve novamente na Praça São Pedro em 19 de outubro de 2014, quando concelebrou o rito de beatificação do Papa Paulo VI.

Em 2015, Bento XVI voltou à Basílica de São Pedro, onde participou do consistório no qual Francisco criou 20 novos cardeais em 14 de fevereiro. (RB)

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Francisco inaugura o 29º Jubileu da história da Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco inaugurou o 29º Jubileu da história da Igreja Católica – um Ano Santo extraordinário centrado no tema da Misericórdia que decorre até 20 de novembro de 2016. 

O Jubileu da Misericórdia teve início com a abertura da Porta Santa na Catedral de Bangui, na República Centro-Africana, no dia 29 de novembro.

Neste dia 8 de dezembro, foi a vez da abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, algo que não acontecia desde 2000.

Esta porta é aberta apenas durante o Ano Santo, permanecendo fechada no restante do tempo, e existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria Maior.

O anúncio solene do Ano Santo teve lugar com a leitura e publicação da bula pontifícia (Misericordiae Vultus), junto da porta de São Pedro, no Domingo da Divina Misericórdia (12 de abril).

Tradição

A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300, e a partir de 1475 determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos.

Até hoje, houve 26 Anos Santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da Reden­ção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II).

O jubileu consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo. Esta indulgência implica obras penitenciais, como peregrinações e visitas a igrejas.

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O Jubileu e os mil dias de Pontificado de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa abriu o Ano Santo da Misericórdia nesta terça-feira, 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição. Desde cedo, milhares de fiéis formam filas para entrar na Praça São Pedro. Apesar da chuva fina e do frio em Roma, após a celebração, os fiéis começaram a passar pela Porta Santa da Basílica Vaticana aberta por Francisco. 

O início do Jubileu coincide com os 1 mil dias de Pontificado de Francisco. O Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, fala do “jeito” do Papa, que recolocou a misericórdia no centro da ação evangelizadora da Igreja. 

Ao longo do Ano Santo da Misericórdia estão programados diversos Jubileus. Acesse o site oficial do Jubileu em português 

(RB)

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Ano Santo: Penitencieiro-mor explica a Indulgência jubilar

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Cidade do Vaticano (RV) - Durante o Ano Santo da Misericórdia é possível obter a Indulgência jubilar passando em peregrinação pela Porta Santa como sinal de profunda conversão. Mas o que é a indulgência?

É a remissão total diante de Deus da “pena temporal” para os pecados já perdoados na Confissão no que diz respeito à “culpa”. Isso porque todo pecado, mesmo tendo sido perdoado por Deus, deixa um resíduo (de pena) a ser purificado – aqui na terra ou depois desta vida – a fim de que o amor seja totalmente imaculado.

A esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o penitencieiro-mor da Penitenciaria Apostólica, Cardeal Mauro Piacenza. Eis o que disse:

Card. Piacenza:- “Absolvidos os pecados, a desproporção entre a santidade de Deus e o seu amor e a negatividade do pecado é tão grande que permanecem resíduos: o pecado é perdoado, mas permanecem resíduos de pena. Eis então que a Indulgência – e aí está a sua preciosidade – reside no fato de poder desfrutar da misericórdia infinita de Deus que purifica tudo – se não fosse irreverente, se poderia falar de uma espécie de aspirador de pó divino – eliminando todo e qualquer resíduo. Por conseguinte, quando uma pessoa recebeu a Indulgência, após a Confissão, efetivamente é como depois do Batismo: praticamente recomeça uma nova vida. Portanto, se pode ilustrar isso e, sobretudo, possibilitar as pessoas a se colocarem nas condições de poder receber a Indulgência. É claro que existem as condições para a Indulgência, ou seja, a Comunhão e a Confissão no arco de tempo conveniente, o fato de rezar segundo as intenções do Santo Padre, o fato de rezar um Pai-Nosso e um Credo... mas isso é nada diante daquilo que nos é dado, mas deve existir porque de certo modo estrutura o modo de receber a Indulgência. Porém, o fundamental é a contrição do coração, isto é, um ato de amor perfeito diante de Deus e em favor do próximo. E isso nos faz obter a Indulgência. O Ano Santo se perfaz sobre dois pontos centrais, que são a Confissão e a Indulgência.” (RL)

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Natureza e dignidade humana: projeção inusitada na Basílica

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Cidade do Vaticano (RV) – Nesta terça-feira 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada, a partir das 19 horas, a Basílica de São Pedro será iluminada por uma projeção inspirada em temas como a dignidade humana, a natureza e as mudanças climáticas. Uma festa de luz e cores que acolherá milhares de fieis na Praça São Pedro até às 22 horas.

“Fiat lux: iluminar a nossa comum” é o nome da iniciativa realizada numa parceria entre cinco fundações, organizações e sociedades internacionais, com o patrocínio da Connect5Climate e do World Bank Group. As imagens do mundo natural e animal, projetadas na Basílica, representam um apelo à proteção da “casa comum”, como presente ao Papa Francisco no dia da abertura oficial do Jubileu da Misericórdia.

A fachada e a Cúpula da Basílica de São Pedro, de fato, serão iluminadas pelas imagens realizadas por renomados fotógrafos e cinegrafistas, entre os quais o brasileiro Sebastião Salgado e Joel Sartore, autor de diversas fotorreportagens para a National Geografic. As imagens são inspiradas em temas tratados pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato Si.

O espetáculo, que será projetado contemporaneamente à realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, em andamento em Paris, será uma ocasião para sensibilizar os cidadãos para um cuidado mais atento com a nossa “casa comum”, narrando através de imagens a dependência recíproca dos homens e da vida sobre a terra com o planeta.

A projeção poderá ser seguida através de numerosas redes mundiais de televisão e pela internet. (JE)

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Jubileu: Ciclo de catequeses dedicado à Divina Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – Com o objetivo de auxiliar os fieis a ter um maior conhecimento sobre mistério da Misericórdia de Deus, a Igreja de Santo Spirito in Sassia (proximidades do Vaticano), com o patrocínio do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e com a colaboração da Associação “Res Magnae”, oferecerá durante o Ano Santo Extraordinário um ciclo de catequeses sobre a Divina Misericórdia.

O ciclo de catequeses será subdividido em três etapas: a revelação da Misericórdia, a Misericórdia nos Sacramentos e na oração e Viver a Misericórdia. Tal percurso ajudará ulteriormente os fieis a compreender e acolher plenamente a Misericórdia de deus e a introduzi-la na própria vida.

O cronograma dos encontros está assim distribuído, segundo informações do Reitor da Igreja Santo Spirito in Sassia e Centro de espiritualidade da Divina Misericórdia, Dom Josef Bart:

15 de janeiro de 2016 – Tema: A Misericórdia como resposta aos sinais dos tempos. 

                                             Palestrante: Cardeal Walter Kasper

19 de fevereiro de 2016 – Revelação da Misericórdia: Deus de Misericórdia e de graça

                                            Palestrante: Cardeal Agostino Vallini

18 de março de 2016 – Tema: Revelação da Misericórdia: Mistério Pascal

                                             Palestrante: Dom Rino Fisichella

15 de abril de 2016 – Tema: Rezar a Misericórdia: a Misericórdia e os Sacramentos

                                          Palestrante: Dom Arthur Roche

20 de maio de 2016 – Tema: Rezar a Misericórdia: a Misericórdia e o Perdão

                                           Palestrante: cardeal mauro Piacenza

17 de junho de 2016 - Tema: Rezar a Misericórdia: Igreja, lugar de Misericórdia

                                          Palestrante: Cardeal Beniamino Stella

8 de julho de 2016 – Tema: Rezar a Misericórdia: A Mãe da Misericórdia

                                        Palestrante: Cardeal Gianfranco Ravasi

16 de setembro de 2016 – Tema: Viver a Misericórdia: Justiça e Misericórdia

                                       Palestrante: Cardeal Dominique Mamberti

21 de outubro de 2016 – Tema: Viver a Misericórdia: Verdade e Misericórdia

                                           Palestrante: cardeal Gerhard Muller

18 de novembro de 2016 – Viver a Misericórdia: Dignidade Humana e Misericórdia

                                        Palestrante: Dom Konrad Krajewski

Todas as catequeses serão na Igreja, às 18h30min. A igreja localiza-se na Via dei Penitenzieri, 12. Maiores informações no site www.divinamisericordia.it.  (JE)

                               

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Igreja no Brasil



Jubileu nas dioceses: ouça Card. Tempesta

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Cidade do Vaticano (RV) – A pedido de Francisco, as dioceses em todo o mundo abrirão suas Portas Santas no domingo 13 de dezembro.

Em Roma, será a vez da Basílica de São João de Latrão – abertura feita pelo Papa com transmissão ao vivo da Rádio Vaticano a partir das 9h30 locais (6h30 – horário de Brasília).

Uma hora mais tarde, também a Basílica de São Paulo Fora dos Muros abrirá sua Porta, que será feita pelo delegado pontifício, Card. James Harvey.

O mesmo acontecerá em dioceses como Irbil (Iraque), Aleppo (Síria), Jerusalém (Israel) e mundo afora.

No Rio de Janeiro, quem fala da programação é o Arcebispo, Card. Orani João Tempesta:

 

(BF)

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Igreja no Mundo



O Ano Santo recorda os 50 anos de conclusão do Concílio Vaticano II

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Cidade do Vaticano (RV) - Cinquenta anos atrás, 8 de dezembro de 1965, Paulo VI concluía o Concílio ecumênico Vaticano II. O Papa Francisco quis abrir o Jubileu extraordinário da Misericórdia em coincidência com este significativo aniversário.

“A Igreja – escreve o Papa Francisco na Bula de convocação do Jubileu – sente a necessidade de manter vivo aquele evento. Iniciava para ela um novo percurso de sua história. Os Padres conciliares haviam percebido fortemente, como um verdadeiro sopro do Espírito, a exigência de falar de Deus aos homens de seu tempo num modo mais compreensível. Abatidos os muros que por tanto tempo haviam fechado a Igreja numa cidadela privilegiada, era chegado o tempo de anunciar o Evangelho de modo novo. Uma nova etapa da evangelização de sempre. Um novo empenho para todos os cristãos para testemunhar a sua fé com mais entusiasmo e convicção. A Igreja sentia a responsabilidade de ser no mundo o sinal vivo do amor do Pai."

Sobre a relação entre o Concílio que promoveu o diálogo da Igreja com o mundo contemporâneo e o Ano Santo que quer abrir a Porta a da Misericórdia à humanidade inteira, a Rádio Vaticano entrevistou o docente de História contemporânea na Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, Agostino Giovagnoli. Eis o que disse:

Agostino Giovagnoli:- “Indubitavelmente, há uma forte ligação entre este Jubileu da Misericórdia e o Concílio Vaticano II. Aliás, apalavra “misericórdia” nos conduz ao coração do Vaticano II: no discurso de abertura, João XXIII indicava propriamente esta palavra como chave de uma escolha da Igreja inteira de superar uma lógica, embora legítima, de justiça, a qual, porém, depois, muitas vezes restringiu as perspectivas, bloqueou os processos e talvez a experiência da Igreja que é experiência, ao invés, do dom da misericórdia de Deus que deve ser comunicada aos homens. Portanto, creio que, nesse sentido, há, sobretudo, uma forte ligação com as intenções que, na época, foram de João XXIII e que hoje o Papa Francisco relança com muita intensidade.”

RV: O Vaticano II é recordado por seus documentos conciliares: decretos, declarações e constituições. Indubitavelmente, porém, o Concílio foi uma reviravolta para a Igreja...

Agostino Giovagnoli:- “Foi um momento de reviravolta e, diria, que o entendemos sempre mais na medida em que nos distanciamos no tempo. Aquela reviravolta que os contemporâneos e os próprios protagonistas, os Padres conciliares, aqueles que estavam próximos deles, talvez não tenham entendido, nós todos não entendemos, em sua profundidade, intensidade, porque os documentos deixados do Vaticano II são certamente muito ricos e muito importantes, mas ainda mais significativos são os temas abordados: a Palavra de Deus, a relação com as outras confissões cristãs, as relações com as outras religiões, a própria natureza da Igreja, ou seja, evidentemente, há dentro de si um impulso a uma renovação, embora na tradição, porque há também um sentido de recuperação da tradição mais profunda que a Igreja quis fazer com o Vaticano II, mas desvinculada daquela rigidez de cinco séculos de história europeia, porque disso se trata: de uma estreita e forte ligação que foi rica e importante entre a Igreja católica e a realidade da Europa de então, que era a Europa no momento de seu fulgor, a Europa da idade moderna, mas que, na medida em que a perspectiva da Igreja se tornava cada vez mais ampla, sempre mais global, começou a representar um limite, um freio do qual precisava sair e diria que o Vaticano II, sendo muito feliz, abriu estradas que permitiram, justamente, caminhar numa perspectiva sempre mais global.

RV: A impressão é de que hoje o Papa Francisco queira reconduzir essa Igreja pós-conciliar a uma maior atenção aos pobres. No fundo, a abertura do Jubileu em Bangui, na República Centro-Africana, uma terra dilacerada por violências e pobreza, foi demonstração disso...

Agostino Giovagnoli:- “Exatamente, e isso é muito bonito. Ele mesmo falou de Bangui como “capital espiritual do mundo”, graças a esse gesto. Efetivamente, é uma reviravolta da clássica ótica centro-periferia: com a abertura desta Porta Santa, Bangui foi o centro do mundo foi Bangui, e isso deve tornar-se uma perspectiva mais ampla. Nesse sentido, o discurso sobre os pobres é um discurso que tem muitas vertentes importantes e também aí nos encontramos novamente no coração do Vaticano II, porque no Vaticano II houve o sentido da Igreja de todos e, em particular, dos pobres, usando palavras de João XXIII. Talvez, depois, tenha se perdido um pouco, num debate pós-conciliar que por vezes é confuso, mas agora, ao invés, à distância de tempo retorna com força – graças propriamente ao Papa Francisco – este tema dos pobres, porque os pobres são inovadores, os pobres são o futuro do mundo, as Bem-aventuranças são dirigidas aos pobres e isso não é absolutamente secundário, porque o Reino de Deus é visto na perspectiva dos pobres, com os olhos dos pobres. E então, se quisermos olhar para o futuro do mundo, é daí que é preciso recomeçar. Também na “Laudato si” há esse sentido muito forte que os problemas do ambiente, hoje, exigem privilegiar o ponto de vista dos pobres.” (RL)

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