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Sumario del 12/12/2015

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa sobre Guadalupe: "Viajarei para venerá-la em seu Santuário em 13 de fevereiro"

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Cidade do Vaticano (RV) – "A misericórdia é o amor que abraça a miséria da pessoa humana". Foi o que disse o Papa durante a celebração de Nossa Senhora de Guadalupe, no início da noite de sábado (12/12). A Basílica Vaticana assistiu a uma celebração em espanhol, com leituras em português, quéchua, inglês e francês, evocando os idiomas das Américas, na Festa da Padroeira do Continente. O Papa confirmou na celebração sua viagem ao México em fevereiro de 2016. 

Em sua homilia, Francisco citou as palavras do profeta Sofonias dirigidas a Israel, que podem ser referidas também à Virgem Maria, à Igreja e a toda a pessoa amada por Deus com amor misericordioso. Deus, - disse o Papa - nos ama muito, com amor gratuito, sem limites, sem esperar nada em troca. Este “amor misericordioso” é o atributo mais surpreendente de Deus, a síntese que condensa a mensagem evangélica, a fé da Igreja! E o Pontífice explicou:

Miséria e coração

“A palavra ‘misericórdia’ é composta de duas palavras: miséria e coração. O coração indica a capacidade de amar; a misericórdia é o amor que abraça a miséria da pessoa humana. Trata-se de um amor que sente a nossa indigência como própria, para libertar-nos dela. Nisto consiste o amor: não somos nós que amamos a Deus, mas é Ele que nos amou, a ponto de oferecer seu Filho como vítima de expiação dos nossos pecados”.

Com efeito, continuou o Papa, Cristo quis compartilhar das nossas fragilidades; quis experimentar a nossa condição humana, até carregar a Cruz, repleta de dor da existência humana. A misericórdia de Deus nos é dada pelo dom do Espírito Santo. A maior misericórdia de Deus consiste em estar no meio de nós. E o Papa exortou: “Cultivemos esta experiência de misericórdia, de paz e esperança durante o caminho de Advento, que estamos percorrendo, e à luz do ano Jubilar. Anunciar a Boa Nova aos pobres, como João Batista, realizando as obras de misericórdia, é uma boa maneira de esperar a vinda de Jesus no Natal”.

Deus se rejubila em Maria

Deus se rejubila e se compraz, de modo especial, em Maria. Em uma das orações mais queridas pelo povo cristão, a “Salve Rainha”, chamamos Maria como “Mãe de misericórdia”. De fato, ela experimentou a misericórdia divina e acolheu em seu seio a fonte desta misericórdia: Jesus Cristo! Ela, que sempre viveu intimamente com seu Filho, sabe o que ele mais quer: que todos os homens se salvem e que ninguém fique sem a ternura e a consolação de Deus. E o Santo Padre exortou:

“Recomendemos a Maria Santíssima os sofrimentos e as alegrias dos povos do Continente americano, que a amam como mãe e a reconhecem como sua padroeira sob o título de Nossa Senhora de Guadalupe. Que a sua doçura materna nos acompanhe no Ano Santo, para que possamos descobrir a alegria da ternura de Deus!”

Peçamos a ela, insistiu ainda o Papa, que este ano Jubilar cultive o amor misericordioso no coração as pessoas, das famílias e das nações; que possamos ser misericordiosos; que as comunidades cristãs sejam oásis e fontes de misericórdia, testemunhas de uma caridade que não admite exclusões. E o Papa afirmou:

"Para pedir-lhe isto de uma maneira forte, viajarei para venerá-la em seu Santuário no próximo 13 de fevereiro. Assim, pedirei tudo isto para toda a América da qual ela é especialmente mãe".

Que ela guie os passos do seu povo americano - concluiu o Papa - um povo peregrino que vai à busca da Mãe de Misericórdia para pedir que nos mostre seu Filho Jesus!

Assista em VaticanBR

(MT)

 

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México 2016: próxima viagem de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco visitará o México de 12 a 18 de fevereiro de 2016. Foi o próprio Pontífice a antecipar a 12ª viagem apostólica internacional de seu pontificado - a quarta ao continente americano - durante a missa celebrada no final da tarde do sábado, 12 de dezembro, na Basílica de São Pedro, em honra a Nossa Senhora de Guadalupe. O Papa visitará a Cidade do México, Ecatepec, Tuxtla Gutiérrez (Chiapas), Morelia e Ciudad Juárez.

O Papa partirá do Aeroporto Fiumicino na sexta-feira, 12 de fevereiro, às 12h30 locais, devendo chegar ao Aeroporto Internacional “Benito Juárez”, na Cidade do México, às 19h30.

No sábado, dia 13, estão previstas as cerimônia de boas-vindas no Palácio Nacional e a visita de cortesia ao Presidente da República, seguido pelo encontro com as autoridades e a sociedade civil e com o Corpo Diplomático. Mais tarde, o Pontífice encontrará os Bispos mexicanos na Catedral. O ponto alto, conforme anunciado pelo próprio Francisco durante a missa celebrada este sábado, será a visita ao Santuário de Guadalupe, onde presidirá uma celebração na Basílica. Para este primeiro dia estão previstos dois discursos e a homilia na celebração.

No domingo, dia 14, o Papa se transfere em helicóptero para Ecatepec, onde presidirá uma Missa para uma multidão estimada em 500 mil fieis e após recitará o Angelus. Retornando à Cidade do México, visita o Hospital Pediátrico “Federico Gómez” e encontra o mundo da cultura no Auditorium nacional.

Na segunda-feira, 15, terceiro dia em terras mexicanas, o Papa vai de avião até Tuxtla Gutiérrez, transferindo-se então a San Cristóbal de Las Casas. Celebra uma Santa Missa com as comunidades indígenas de Chiapas no centro esportivo municipal, almoça com representantes indígenas e com o séquito papal e visita a Catedral de San Cristóbal de Las Casas. No meio da tarde transfere-se em helicóptero para Tuxtla Gutiérrez, participa do Encontro com as Famílias no Estádio “Víctor Manuel Reyna”, retornando no final da tarde para a Cidade do México.

Na terça-feira, dia 16 de fevereiro, o Papa viaja para Morelia onde às 10 horas preside a Santa Missa com sacerdotes, religiosos, religiosas, consagrados e seminaristas. Na parte da tarde visita a Catedral, após participa do Encontro com os Jovens no Estádio “José María Morelos e Pavón”. No final da tarde retorna para a Cidade do México.

Na quarta-feira, dia 17, viaja de avião até Ciudad Juárez, após seu primeiro compromisso, ás 10h30min, encontrará ao meio-dia o mundo do trabalho no Colégio de Bachilleres do Estado de Chihuahua. Às 16 horas celebra uma Missa num grande espaço aberto da Ciudad de Juárez.

Às 19 horas, o Santo Padre despede-se do México no Aeroporto Internacional de Ciudad Juárez, devendo chegar no Aeroporto Ciampino, de Roma, no dia 18 de fevereiro, quinta-feira, às 14h45. (JE)

 

 

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Papa Francisco institui Comissão para as atividades sanitárias da Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco decidiu instituir uma “Pontifícia Comissão para as atividades do setor sanitário das pessoas jurídicas públicas da Igreja”, conferindo o mandato para a instituição desta Comissão Especial ao Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. A nova Comissão quer “contribuir para uma gestão mais eficaz das atividades e à conservação dos bens, mantendo e promovendo o carisma dos Fundadores” das realidades religiosas. 

A Comissão Pontifícia sobre as atividades do setor sanitário das pessoas jurídicas da Igreja – especifica o Rescrito publicado neste sábado – nasce para enfrentar as “particulares dificuldades das pessoas jurídicas públicas da Igreja atuantes no setor sanitário”. À Comissão serão aplicados os princípios e as normas estabelecidas na Constituição Apostólica Pastor Bonus e no Regulamento Geral da Cúria Romana, enquanto aplicáveis e não incompatíveis.

Comissão é subordinada ao Secretário de Estado

O organismo será formado por um Presidente e por seis especialistas nas disciplinas sanitárias, imobiliárias, de gestão, econômico-administrativas e financeiras. A Comissão poderá, além disto, delegar parte das próprias funções a um ou mais membros e será assistida por uma Secretaria. A Comissão, que será subordinada diretamente ao Secretário de Estado, poderá realizar todas as ações jurídicas e financeiras voltadas ao válido e correto cumprimento da tarefa que lhe foi confiada.

Com tal objetivo – prossegue o Rescrito– a Comissão outorga às Congregações da Cúria Romana - das quais as pessoas jurídicas públicas interessadas dependem – o consenso necessário, obrigatório para a concessão das autorizações canônicas em ordem à disposição ou reorganização das atividades e/ou dos imóveis pertinentes ao setor sanitário. A Comissão, além disto, tem o poder de acesso aos atos e de recursos para o desenvolvimento da própria atividade. O organismo, por fim, pode atribuir encargos à sociedades, profissionais e consultores.

As tarefas atribuídas à nova Comissão Pontifícia

Entre as tarefas específicas atribuídas à nova instituição pontifícia – prossegue o Rescrito – estão: o estudo geral sobre a sustentabilidade do sistema sanitário das pessoas jurídicas públicas da Igreja, de forma a definir uma possível estratégia de atuação de longo período também em relação aos princípios da Doutrina Social da Igreja. À Comissão diz respeito, outrossim, a proposta para a resolução das situações de crise em função das resultantes do estudo mais geral e ativando todos os recursos possíveis em colaboração com os responsáveis das pessoas jurídicas públicas interessadas.

Por fim, a Comissão deverá proceder ao estudo e à proposta de novos modelos operativos para as pessoas jurídicas públicas atuantes no setor sanitário, em grau de atuar o carisma original no contexto atual. (JE)

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Concluída no Vaticano a XII Reunião do Conselho dos Cardeais

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Cidade do Vaticano (RV) – Concluiu-se este sábado, no Vaticano, a XII Reunião do Conselho dos Nove Cardeais (C9), instituído pelo Papa Francisco para coadjuvá-lo no governo da Igreja. Uma proposta sobre a criação do novo discastério “Leigos, família e vida” – tema já tratado precedentemente - foi apresentada ao Santo Padre, enquanto a definição do dicastério dedicado à “Justiça, paz e migrações” exigirá ainda maiores reflexões e aprofundamentos. 

Papa Francisco participou das reuniões

Os trabalhos – declarou aos jornalistas o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi – tiveram início na manhã de quinta-feira, 10, após a missa celebrada pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta e concluíram-se na manhã deste sábado. Estiveram presentes todos os membros do Conselho. O Papa Francisco participou das reuniões.

Igrejas Orientais

Na manhã do primeiro dia, o Conselho ouviu o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, que propôs uma reflexão aprofundada sobre a importância da referida Congregação, as suas atividades, competências e o papel desempenhado no campo das relações ecumênicas.

Aprofundamento do discurso pelo 50º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos

A “sinodalidade” e “a necessidade de se realizar uma salutar descentralização” – temas tratados pelo Papa Francisco no discurso proferido por ocasião da comemoração do 50º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos, em 17 de outubro passado – mereceram ampla apreciação na reunião, a ponto de o Conselho ter decidido dedicar ao seu conteúdo uma sessão específica, em fevereiro de 2016, visto a necessidade de aprofundar seu significado para os trabalhos de reforma da Cúria em andamento.

Novos dicastérios

O Conselho retomou os trabalhos sobre a criação de dois novos Dicastérios, temas já tratados nas reuniões precedentes. O Dicastério dedicado aos “Leigos, família e vida” – cuja instituição havia sido anunciada pelo Papa Francisco durante o Sínodo – foi objeto de uma proposta articulada ao Papa por parte do Conselho, e sobre o qual terá a palavra final. Também o Dicastério dedicado à “Justiça, paz e migrações” foi objeto de ulteriores considerações, em vista de se alcançar propostas conclusivas a serem confiadas ao Santo Padre. Ou seja, sua criação está “um passo atrás” ao outro novo dicastério e depende de maiores reflexões e aprofundamentos.

Economia

Na sexta-feira, por sua vez, o Conselho ouviu dois relatórios a propósito da reforma da economia, por parte do Cardeal Reinhard Marx, Presidente do Conselho para a Economia e do Cardeal George Pell, Prefeito da Secretaria para a Economia, que falaram sobre as atividades desenvolvidas e os resultados alcançados pelo trabalho das duas instituições.

O Cardeal Marx informou sobre a escolha de um revisor externo para os balanços consolidados, isto é, a sociedade PricewaterhouseCooper “PwC” - fato de domínio público - enquanto o Cardeal Pell informou sobre  a constituição de um grupo de trabalho para uma reflexão sobre o “futuro” da economia da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, sobre o andamento e o controle das entradas e saídas. O grupo, ao qual foram chamados para participar, junto à Secretaria para a Economia, representantes da Secretaria de Estado, do Governatorato, do APSA, da Propaganda Fidei, da Secretaria para a Comunicação e do IOR, iniciou recentemente os trabalhos com uma primeira reunião. O Conselho reconheceu a positividade e a importância do trabalho realizado pelo Conselho e pela Secretaria, e encorajou a sua continuidade.

Tutela dos menores

O Cardeal Sean O’Malley, por sua vez, falou sobre o trabalho da Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores e dos grupos de trabalho específicos, como por exemplo, sobre o desenvolvimento de programas de educação e formação, a assistência à Conferências Episcopais para a elaboração de linhas guias a nível local, entre outros.

Data das próximas reuniões

Na manhã deste sábado, o Conselho estabeleceu o calendário das próximas reuniões e a agenda indicativa da reunião de fevereiro de 2016. As reuniões de 2016, portanto, terão lugar nas seguintes datas:  8-9 de fevereiro; 11-12-13 abril; 6-7-8 junho; 12-13-14 setembro; 12-13-14 dezembro. (JE)

 

 

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Papa nas exéquias do Cardeal Furno na Basílica de São Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na tarde de sexta-feira, 11 de dezembro, no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, ao rito da ultima commendatio e da valedictio no final das exéquias do Cardeal Carlo Furno, Arcipreste Emérito de Santa Maria Maior, falecido em Roma no dia 9 aos 94 anos. A missa fúnebre foi celebrada pelo Cardeal Decano,  Angelo Sodano, que na homilia destacou que “em seu longo apostolado pelas sendas do mundo, Dom Carlo Furno procurou viver no espírito das bem-aventuranças que foram proclamadas no Evangelho de hoje, inspirando-se sobretudo na da misericórdia”.

Concelebraram 21 purpurados, entre os quais o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, e outros prelados. Participaram os Arcebispos Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado, Paul Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados e Monsenhor Bettencourt, Chefe do Protocolo, além de alguns membros do Corpo Diplomático junto à Santa Sé.

No rito, dirigido pelo Departamento das celebrações litúrgicas do Sumo Pontífice, estavam presentes também o Arcebispo George Gänswein, Prefeito da Casa Pontifícia, algumas religiosas e familiares do defunto, cujos despojos serão enterrados na basílica liberiana.

O Cardeal Carlo Furno foi Núncio Apostólico no Brasil por dez anos, de 1982 a 1992. (OR/JE)

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Dom Tomasi: Os esforços da Santa Sé para erradicar a discriminação racial

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Genebra (RV) - Acolhidos "com favor" os esforços da Santa Sé para promover no mundo os objetivos da Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial, da qual a Santa Sé é um dos 177 signatários. Esta é uma das passagens das Observações conclusivas do Comitê ONU para a eliminação da discriminação racial, tornadas públicas na sexta-feira, 11. Em particular, é sublinhada "a ênfase" dada pelo Papa Francisco "à importância da luta contra a pobreza", sendo evidenciado como frequentemente "os pobres são pessoas marginalizadas provenientes de grupos raciais ou étnicos na sociedade". O documento prevê ainda uma série de recomendações em relação às medidas para prevenir tais riscos. A este respeito, a Rádio Vaticano conversou com o Arcebispo Silvano Maria Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé no Escritório da ONU em Genebra, que nas semanas precedentes realizou encontros com os representantes das Nações Unidas: 

"O que me tocou foi, em particular, a ênfase com que os membros da Comissão sublinharam o papel positivo do Papa Francisco neste momento particular, pela clareza com que trata a questão da discriminação e fala da inclusão de todos na vida da sociedade e no respeito de cada pessoa. Esta dimensão de universalidade de seu ensinamento foi sublinhada com muita força, em particular no que se refere à tolerância, à reconciliação e o respeito pelas pessoas de raça diferente, recordando os apelos que o Pontífice lançou em favor da acolhida dos refugiados que provém de regiões martirizadas deste globo, especialmente do Oriente Médio rumo à Europa e da América Central e da América Latina em direção aos Estados Unidos. Um outro aspecto positivo foi o reconhecimento da nova legislação que o Vaticano, como Estado, introduziu: a punição de crimes de discriminação racial e o levar em séria consideração as exigências da Convenção. Após, o Comitê passou a fazer recomendações, em tom construtivo e positivo".

RV: Em qual âmbito se inserem estas recomendações?

"Algumas das recomendações pedem que sejam reforçadas as medidas legais do Estado, tornando-as mais inclusivas, de modo que os atos de discriminação racial sejam devidamente punidos. É proposto, por exemplo, que as pessoas que sofrem discriminação por causa da sua raça ou de seu credo religioso - mas sobretudo por questões de raça - sejam compensadas. E depois, um aspecto bastante curioso, mas também interessante, é o pedido por parte da Comissão em ter dados mais específicos em como as estruturas organizativas de liderança na Igreja representam também minorias raciais e grupos".

RV: No sentido de representação de todo o mundo?

"Exatamente: sublinhar a universalidade da presença da família humana em todas as suas formas e cores nas estruturas da Igreja. Não foi, além disto, subestimado o fato de que, por meio de suas instituições, a Santa Sé - mas sobretudo a Igreja Católica, da qual a Santa Sé é o governo central - educa e forma as pessoas de modo que não existam discriminações. Basta pensar que mais de 64 milhões de jovens são educados nas escolas católicas no mundo e a maioria destes estudantes não é católica. E o mesmo se pode dizer para a saúde: nos mais de 5.000 hospitais da Igreja Católica, existem milhares de pessoas que são assistidas e não se pede nunca o passaporte e nunca se faz considerações quanto à pertença étnica ou racial".

RV: Foram levantados supostos casos de discriminação racial por parte de expoentes da Igreja Católica?

"Foi feita referência ao genocídio de Ruanda, com um convite para se fazer o possível para individuar também pessoas do clero que porventura tenham participado de tal genocídio, para que sejam entregues à justiça, de modo que não possam existir escapatórias para as pessoas que venham a ser juridicamente reconhecidas como responsáveis por estes crimes".

RV: Nos encontros, e após no Documento do Comitê ONU, o conceito de "gênero", no centro dos debates em muitos países, chegou a ser citado?

"A questão da não-discriminação de pessoas de orientação sexual diferente não constituiu um tema principal, porque a Convenção é direcionada a eliminar violações estritamente ligadas à raça e baseadas na pertença étnica. Porém, o Comitê observou que também faz parte de sua responsabilidade fazer de modo que a discriminação não se aplique a novas situações que pouco a pouco envolvem a sociedade. E sobre isto estamos de acordo: que não se deve discriminar as pessoas, mas que se deve respeitar qualquer pessoa, mesmo tendo presente que temos tradições e princípios que às vezes não são compatíveis com aqueles promovidos pela comunidade internacional". (JE)

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Dom Gallagher: solução negociada e apoio da comunidade internacional às minorias perseguidas

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Cidade do Vaticano (RV) - Conclui-se neste sábado, na Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma, o Simpósio intitulado "Sob a espada de César: a resposta cristã às perseguições", iniciativa nascida de um projeto de colaboração entre duas instituições universitárias internacionais, empenhadas em analisar as violações da liberdade religiosa no mundo. Um dos objetivos do encontro é descobrir formas que possam ajudar os cristão perseguidos, especialmente no Oriente Médio, a não sentirem-se abandonados pela Igreja e pela comunidade internacional em sua dor. 

O Secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, Arcebispo Paul Richard Gallagher, participou da sessão inaugural do encontro na quinta-feira e no dia seguinte, da Conferência sobre o Mediterrâneo, realizada em Roma. Eis o que declarou aos microfones da Rádio Vaticano sobre a situação vivida pelos cristãos:

"Esta situação dos cristão é terrível, evidentemente! Porém é terrível também a situação de tantas outras populações do Oriente Médio. Os cristãos participam, em modo particular, do sofrimento destas populações neste mundo que está sujeito a conflitos, a bombardeios, a perseguições. Uma situação que exige a nossa solidariedade e exige também uma ação política por parte da Comunidade internacional para procurar remediar. É necessário trabalhar neste sentido, procurando levar soluções políticas para a Síria, para o Oriente Médio e que também permitam ajudar aqueles países - como o Líbano e a Jordânia - que sentem o peso tremendo dos refugiados neste momento".

RV: Mas levar a ajuda dos cristãos, não quer dizer recorrer a intervenções armadas....

"Evidentemente a Santa Sé promove o diálogo, promove uma solução diplomática e política. Acreditamos que devemos tentar fazer todo o possível neste sentido".

RV: A atual situação na Líbia, onde muitos cristãos fugiram, também preocupa e foi um dos temas tratados na Conferência sobre o Mediterrâneo (Med 2015) realizada em Roma:

"Certamente, a situação na Líbia nos preocupa e não somente porque está muito próxima à Europa, mas também porque - como sempre - a Santa Sé, e o Santo Padre, em particular, se preocupa com a população Líbia e por seu sofrimento. A situação dos cristãos é desastrosa, após a caída de Kadafi. Sabemos que a Igreja na Líbia girava em torno das comunidades das religiosas e evidentemente com a partida delas, a nossa comunidade perdeu todos os seus pontos de referência. A vida deles está muito ameaçada".

A Rádio Vaticano também conversou com o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Louis Raphael I Sako, que falou sobre um dos países onde os cristãos são mais perseguidos devido à presença das milícias jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico: o Iraque:

"É uma situação muito ruim, muito crítica. Sempre existe a violência, um pouco por tudo, existe a anarquia, não existe uma autoridade, não tem ordem; o governo é fraco. O país está quase dividido geograficamente. E onde não existe unidade, qual é o futuro? Estes grupos terroristas destroem tudo, a pedra e a vida, toda a cultura. Aquilo que não está de acordo com a visão deles, acabou! Não existe uma ação séria para derrotar esta ideologia. Mesmo bombardear estes jihadistas não basta! Não é uma solução! É necessária uma ação internacional para expulsar o EI. Depois, talvez, poderemos derrotar a ideologia... Isto é responsabilidade dos países muçulmanos, com novos programas de educação religiosa, com uma maior abertura e com uma nova cultura. Isto é um pouco difícil.....".

RV: Sua Beatitude, o senhor delineou em seu pronunciamento pontos urgentes a serem adotados pelo seu país. Quais seriam?

"Se existe um futuro para todos - para os cristãos e para os muçulmanos - é o da cidadania. Portanto, a separação da religião do Estado, porque a religião é uma coisa pessoal e a política é caracterizada, pelo contrário, por interesses, e estes mudam... Se existe um futuro para todos é o de um regime civil. Mas penso que isto seja muito difícil, porque não existe vontade".

RV: Na sua opinião, que papel poderia ter as Nações Unidas?

"Deveriam ser mais sérios e mais fortes e deveriam impelir estes países a respeitarem os direitos do homem". (JE)

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Pe. Spadaro e a presença da Igreja nas redes sociais

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Cidade do Vaticano (RV) - No dia 12 de dezembro de 2012, o Papa Bento XVI abria a conta twitter @Pontifex, um gesto também de reconhecimento e atenção pelas redes sociais como local de partilha de fé. A conta, com os tweets em nove línguas - superou nestes dias os 25 milhões de seguidores. Sobre a importância da presença do Papa nas redes sociais e sobre o papel que podem ter neste Ano Santo da Misericórdia, a Rádio Vaticano entrevistou o Padre Antonio Spadaro, Diretor da Civiltà Cattolica, que recentemente lançou o livro "Quando a fé se faz social": 

"A primeira reflexão é que o Papa Francisco é um Papa "tátil", um Papa físico, que ama fazer carinho, que ama abraçar. De uma maneira ou de outra, justamente esta dimensão física do Papa evoca um amplo compartilhamento digital. Não existe, portanto, uma fratura entre o físico e o digital. Precisamente a sua atenção por cada pessoa, ao humano, à gestualidade, pede e estimula uma partilha digital".

RV: 25 milhões de seguidores - que crescem sempre mais - um número realmente consistente, também por alguns aspectos extraordinários, de retweet, que nos falam também de uma capacidade de inserção em um mundo que poderia ser, num primeiro momento, não considerado como afim, como o da Igreja....

"Na realidade, existe uma grande necessidade de sabedoria, existe uma grande necessidade de reflexão, e a reflexão hoje deve ser necessariamente pontual, isto é, pequena, breve, mas capaz de entrar no profundo! E às vezes basta o espaço de um tweet, de um tweet bem escrito, e o Papa fala no geral por frases bastante breves e diretas. O espaço, portanto, de um tweet, resulta não somente suficiente, mas também apropriado, para ajudar as pessoas, dentro de uma vida frenética, a refletir, a pensar. O Papa é capaz de discursos também extremamente amplos e complexos. Basta olhar, ler, as coisas que escreveu precedentemente, antes de se tornar Pontífice, até mesmo antes de ser Arcebispo. Na realidade, porém, percebeu que a sabedoria do Evangelho passa através das mensagens simples e mensagens breves, isto é, capazes de estimular uma reflexão pontual, como dizia antes. Portanto, estes retweet tocam muito. Certamente 25 milhões de seguidores são um número muito grande, que impressiona. Mas o dado que deveria fazer refletir mais é a vontade de compartilhar as palavras do Papa. E nisto - devo dizer - é um líder mundial, isto é, as coisas que o Papa diz são retransmitidas, são portanto compartilhadas dentro das redes sociais, que depois, são normalmente redes de amizade. E não somente as palavras do Papa. Vemos que existe um grande compartilhamento das imagens, portanto, dos gestos que o Papa realiza. Este mundo de compartilhamento digital entrou poderosamente dentro da Igreja e tem um significado muito bonito".

RV: Justamente há 20 anos, por vontade de São João Paulo II, nascia o Vatican.va, e o Vaticano, assim, entrava na Internet, mesmo antes de muitas instituições italianas. Agora estamos, precisamente, aprofundando uma reflexão sobre o Twitter, e portanto, sobre Bento XVI e o Papa Francisco. O que os fieis podem aprender desta coragem profética dos Papas em relação às novas tecnologias?

"Certamente uma reflexão a ser feita diz respeito ao motivo pelo qual a Igreja está na rede. A missão da Igreja, a vocação mesma, se quisermos, da Igreja é a de estar onde as pessoas estão. E hoje as pessoas estão também em rede. Portanto, a Igreja deve, por missão, estar na rede. Esta é a reflexão que, me parece, seja a mais interessante: ser, isto é, encarnados. Se é encarnado também entrando na rede, porque a rede não é um lugar frio, tecnológico, álgido, como alguns imaginam, feito de cabos, computador e máquinas. Não, na realidade é um lugar muito acolhedor, onde as pessoas hoje exprimem necessidades, anseios também de caráter religioso".

RV: Uma de suas últimas publicações tem por título "Quando a fé se faz social". Este Jubileu da Misericórdia é também o primeiro Ano Santo na era das redes sociais. O que elas podem dar, qual contribuição podem oferecer a esta experiência do Jubileu da Misericórdia?

"O desafio, hoje, neste Jubileu em particular, não é o de usar a rede para difundir uma mensagem como se fosse de alguma forma um instrumento. A rede não é um instrumento: é um ambiente, um ambiente de vida, onde se partilha a própria experiência! Assim, o que me parece importante neste Jubileu, por exemplo, é compartilhar experiência de misericórdia, compartilhar a palavra chave na rede. É certo, a fé se faz social, se faz social porque é capaz de dar um testemunho, de produzir um testemunho, e hoje um testemunho se compartilha e se compartilha também no social". (JE)

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Formação



Reflexão dominical: “Deus vem para a alegria dos pobres”

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Cidade do Vaticano (RV) – O belíssimo trecho de Isaías escolhido para a liturgia deste domingo nos fala do anúncio da boa nova aos pobres, aos sofridos, aos marginalizados. É Deus quem conduz seu profeta para acarinhar o pequeno com a mensagem de libertação, de alegria, de vida. O profeta diz que Deus o vestiu com as vestes da salvação e o envolveu com o manto da justiça.

Do mesmo modo Isaías tem certeza desse carinho de Deus pelo povo sofrido e canta: “Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus”, como fará Maria, tempos depois:

“ A minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador!”

As vestes a que se refere Isaías nos indicam a união definitiva do povo com o Senhor, união que na Bíblia sempre é identificada como um casamento, aliás é o casamento por excelência. Dentro de nossa visão judaico-cristã, o casamento quer simbolizar a entrega e a união de Deus com seu povo.

Para permitir que o noivo, o Senhor venha até nós e nos despose, é necessário que antes O permitamos nos vestir com a justiça e a salvação. O Senhor quer nos redimir, mas respeita nossa liberdade. Nosso comportamento deve demonstrar que ardemos de desejo por sua salvação e por isso nos convertemos mudando nosso modo de viver, de encarar a realidade.

O final do Evangelho nos diz que João Batista preparava as pessoas para o encontro com Deus, do outro lado do Jordão. Isso significa que atravessar o Jordão é assumir uma vida nova como no casamento. Popularmente falamos “casou e mudou”. Quem adere a Jesus, une-se a ele para sempre e muda de vida.

No Evangelho a figura de João Batista, austera e sisuda, prega a conversão e mais que qualquer outro profeta, revela, mostra o Messias presente em meio ao povo. Maria nos deu Jesus, João Batista o aponta.

Ao mesmo tempo, João Batista nos dá uma lição de humildade, de honestidade, não aceitando nenhum título, por honroso que seja, que falseie sua identidade. Ele não é o Messias, não é Elias e nem um dos grandes profetas. Ele se auto-denomina “a voz”, “a voz que clama no deserto”.

Se pensarmos bem, a voz tem uma missão ao mesmo tempo passageira e permanente. Passageira porque assim que leva a mensagem, ela desaparece. Tem missão permanente enquanto a mensagem que porta permanece para sempre na memória e no coração de quem a recebeu.

Por isso João Batista se intitula a voz. Ele anuncia Jesus Cristo, a luz, e este assume o protagonismo, enquanto o outro desaparece. João nos traz a luz e, cumprida a missão, desaparece.

Também temos a missão de levar Cristo, levar a luz a todos. Essa missão a recebemos de modo sacramental quando, no batismo, o padre nos colocou uma vela acesa em nossas mãos e nos incumbiu de levarmos sempre conosco essa luz, a luz de Cristo e de a mantermos acesa até a vida eterna.

Tanto Maria, como Isaías, como João Batista foram anunciadores da chegada do Messias, dos novos tempos. Somos convidados também a essa missão. Para executá-la, deveremos estar revestidos de justiça e com a perspectiva da salvação. Juntamente com essas vestes, tenhamos consciência de que somos apenas um veículo para o Messias, de que ele é o protagonista, ele deverá aparecer e brilhar, ele é a luz!

Essa missão não é um arrogar-se sobre si uma tarefa sublime, mas ela nos foi imposta no dia de nosso batismo, ao recebermos a vela acesa no círio pascal.

Essa luz deverá brilhar sempre, seja em momentos harmoniosos, seja em momentos de conflitos. Ela é a luz que deve sempre imperar porque é a luz da Vida. Essa luz ilumina sempre e aquece porque é a Luz de Deus.

O denominado espírito de Natal é um clima de alegria, harmonia e paz, não porque as pessoas resolveram esquecer problemas e conflitos, mas porque estão mais sensíveis ao sentido da proximidade do Senhor, do Emanuel, Deus – Conosco.

Esse clima, esse espírito deveria estar sempre presente em meio aos cristãos e em qualquer situação. Exatamente aí onde as coisas não estão claras, onde a dúvida e dor se fazem presentes, exatamente aí se precisa da Luz de Cristo, desse espírito de harmonia, de paz, de lucidez.

Preparemo-nos para essa união profunda e radical com o nosso Deus, simbolizada pelo casamento, permitindo ao Senhor que nos vista com as vestes da salvação e nos envolva com o manto da justiça e que em nossa vida resplandeça a Luz de Cristo.

Vem Senhor Jesus, Vem!

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o III Domingo do Advento)

 

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Atualidades



Editorial: Alegria de uma pobreza vencida

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Cidade do Vaticano (RV) – É o Jubileu do perdão, da esperança: dessa maneira se expressaram os fiéis e peregrinos provenientes de todo o mundo que chegaram à Praça São Pedro no último dia 8, Solenidade da Imaculada Conceição para a abertura da Porta Santa, no Ano da Misericórdia. 

Escancarando a Porta Santa da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco não só abriu oficialmente o Jubileu extraordinário da Misericórdia, mas também realizou um gesto mais profundo do que aquele que se possa imaginar: ele nos convida a redescobrir Cristo, ‘porta’ necessária e única, para entrar no Reino de Deus. “Entrar naquela porta, significa também descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e a cada um vai ao encontro pessoalmente”.

Mas toda essa graça não pode e não deve ser vista como óbvio, pois para obter o perdão gratuito e sem limites de Deus devemos ter a força de nos reconhecermos pecadores – como disse Francisco na Audiência Geral da última quarta-feira -, devemos ter a percepção das nossas misérias, dos nossos limites. No fundo a misericórdia também significa, responsabilidade.

Não devemos esquecer que todos temos necessidade da misericórdia de Deus. A tentação que poderia nos pegar é a de pensar que necessitados da misericórdia de Deus são os outros e não nós. É um pouco a soberba do filho da parábola do ‘filho pródigo’: pensar de estar bem, tudo certo com Deus, de não ter, podemos dizer, problemas e contendas. Devemos combater essa tentação ou presunção, caso contrário, correremos o risco de jogar fora tesouros preciosos.

No Angelus da Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco pediu para imitarmos Maria nos seus “sim” cotidianos. Os “sim” cotidianos são possíveis se dissemos um “sim” grande no início, que você sabe que muda a sua vida, mas não sabe como mudará. Portanto, devemos nos sentir “ventre” de um convite que pede uma entrega, não um controle.

Hoje nós desaprendemos tudo isso: antes de dar um passo queremos ter todas as certezas e seguranças. O sim de Maria é extremamente libertador em relação às certezas que por sua vez não serão jamais suficientes.

Por isso, atravessar hoje a Porta Santa nos compromete a fazer nossa a misericórdia do bom samaritano, como recordou Francisco na Missa da Solenidade da Imaculada Conceição. O biblista Padre Matteo Crimella disse que a parábola do bom samaritano é contada por Jesus, não porque devemos nos identificar com ele que oferece a ajuda, mas ao contrário, com o ferido. Não tanto para fazer a experiência, que cada um faz, mas porque somente entrando na pele de um homem que sofre, que foi surrado, reduzido em fim de vida e que foi salvo, é possível entender o que é a misericórdia.

Se nós colocamos a atenção somente no exemplo do bom samaritano não conseguiremos sair desta situação pois nos apresenta um problema: como posso fazer eu que não tenho a força para agir assim, que não tenho motivações? Uma leitura moralista. Se ao invés lemos através dos olhos de quem sofre, de quem está por terra, do falido, então compreenderemos que estamos vivos somente porque alguém cuidou de nós, e com esse alguém temos uma grande dívida.

Enquanto o mundo fala hoje das tristezas e miséria humanas, das estruturas de pecado, nós hoje, mais do que nunca podemos fazer este grande anúncio: as misérias do homem têm reparação. E nós que somos ricos de misérias podemos fazer a experiência da riqueza da misericórdia de Deus.

E este Jubileu extraordinário, usando uma imagem eficaz de um teólogo, é o Céu que encontra a Terra. E neste abraço há a possibilidade para todos nós de uma vida nova, de uma vida feita de ternura, de compreensão, de gestos concretos. Há alegria quando uma pobreza é vencida, há alegria quando uma tristeza se transforma em esperança de vida. (Silvonei José)

 

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