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Sumario del 14/12/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: Igreja não seja escrava da própria rigidez

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Cidade do Vaticano (RV) – A esperança na misericórdia de Deus abre os horizontes e nos faz livres, enquanto a rigidez clerical fecha corações e faz tanto mal: este é um dos trechos da homilia do Papa na manhã desta segunda-feira (14/12), na Casa Santa Marta. 

A primeira Leitura do dia, extraída do Livro dos Números, fala de Balaão, um profeta contratado por um rei para maldizer Israel. Balaão – observa o Papa – “tinha seus defeitos, até mesmo pecados. Porque todos nós temos pecados, todos. Todos somos pecadores. Mas não se assustem – exorta o Pontífice – Deus é maior que nossos pecados”. 

“No seu caminho, Balaão encontrou o anjo do Senhor e transforma seu coração”. “Não muda de partido”, mas “passa do erro à verdade e diz aquilo que vê”: o Povo de Deus vive nas tendas em meio ao deserto e ele, “além do deserto, vê a fecundidade, a beleza, a vitória”. Abriu o coração, “converteu-se”, e “vê ao longe, vê a verdade”, porque “com boa vontade sempre se vê a verdade”. “É uma verdade que dá esperança”.

“A esperança – afirma o Papa – é esta virtude cristã que nós temos como um grande dom do Senhor e que nos faz ver ao longe, além dos problemas, das dores, das dificuldades, além os nossos pecados”. Nos faz “ver a beleza de Deus”:

Esperança

“Quando estou com uma pessoa que há esta virtude da esperança e está passando por um momento difícil da sua vida – uma doença, uma preocupação com um filho ou uma filha ou alguém da família, seja o que for – mas há esta virtude, em meio a dor há um olhar penetrante, há a liberdade de enxergar além, sempre além. E esta é a esperança. E esta é a profecia que a Igreja nos doa hoje: é preciso mulheres e homens de esperança, também em meio aos problemas. A esperança abre horizontes, a esperança é livre, não é escrava, sempre encontra lugar para dar um jeito”.

No Evangelho, existem os chefes dos sacerdotes que perguntam a Jesus com qual autoridade age: “Não têm horizontes” – diz o Papa – são “homens fechados nos seus cálculos”, “escravos da própria rigidez”. E os cálculos humanos “fecham o coração, encerram a liberdade”, enquanto a “esperança nos deixa mais leves”.

Verdadeira liberdade

“Quanto é bela a liberdade, a magnanimidade, a esperança de um homem e de uma mulher de Igreja. Ao invés, quanto é feia e quanto faz mal a rigidez de uma mulher e de um homem de Igreja, a rigidez clerical, que não tem esperança. Neste Ano da Misericórdia, existem esses dois caminhos: quem tem esperança na misericórdia de Deus e sabe que Deus é Pai; que Deus perdoa sempre, e tudo; que além do deserto há o abraço do Pai, o perdão. E, também, existem os que se refugiam na própria escravidão, na própria rigidez, e não sabem nada da misericórdia de Deus. Estes eram doutores, tinham estudado, mas a ciência deles não os salvou”.

O Papa conclui a homilia contando um fato que ocorreu em 1992 em Buenos Aires, durante uma Missa pelos doentes. Estava confessando há muitas horas e estava a ponto de se levantar quando chegou uma mulher muito idosa, com cerca de 80 anos, “com os olhos que viam além, esses olhos repletos de esperança”:

“E eu disse: “Avó, a senhora quer se confessar?” Porque eu estava indo embora. “Sim”. “Mas a senhora não tem pecados”. E ela me disse: “Padre, todos nós os temos”. “Mas, talvez o Senhor não os perdoa?” “Deus perdoa tudo!”, me disse. Deus perdoa tudo. “E como a senhora sabe disso?”, perguntei. “Porque se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria”. Diante dessas duas pessoas – o livre, a esperança, aquele que oferece a misericórdia de Deus, e o fechado, legalista, o egoísta, o escravo da própria rigidez – recordemos dessa lição que esta idosa de 80 anos – ela era portuguesa – me deu: Deus perdoa tudo, só espera que você se aproxime Dele”.  (BF/RB)

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Papa Francisco recebe presidente do Sri Lanka

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu, na manhã desta segunda-feira (14/12), no Palácio Apostólico Vaticano, o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena. Após a Audiência papal, Sirisena se encontrou com o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin e com o Secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, Arcebispo Paul Richard Gallagher.

Durante os cordiais colóquios, foram recordados a viagem apostólica do papa ao Sri Lanka, em janeiro deste ano, e alguns aspectos da história recente do país, como o processo de paz e reconciliação em curso naquela região, na esperança de se promover uma harmonia social. Na época da visita de Francisco, Sirisena havia acabado de tomar posse como presidente.  Além disso, foi debatida ainda a importância da Igreja Católica em vários setores da sociedade e do diálogo inter-religioso.

O meio ambiente também foi um dos temas do encontro, como a Conferência sobre o Clima (COP 21), que resultou num “acordo histórico” entre as comunidades internacionais no último sábado (dia 12/12) em Paris. Sobre o acordo, o Papa chegou a destacar, no Angelus de domingo (13/12), que a implementação desse acordo “requer um compromisso de todos e uma generosa dedicação por parte de cada um”.  (PS)

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Francisco adverte para desemprego juvenil

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Cidade do Vaticano (RV) – O Projeto Policoro, da Conferência Episcopal Italiana, foi a ocasião para o Papa Francisco falar da condição da juventude atual.

Na Sala Paulo VI, no final da manhã de segunda-feira (14/12), o Pontífice recebeu cerca de dois mil membros deste projeto que nasceu 20 anos atrás, durante o Congresso Eclesial de Palermo.

A finalidade desta iniciativa é conjugar o Evangelho com a promoção juvenil, através da formação, de cooperativas e de gestos concretos.

Em seu discurso, o Pontífice advertiu para o desemprego. “Quantos jovens hoje são vítimas do desemprego! Quantos deixaram de procurar trabalho, resignados a contínuas rejeições ou à indiferença de uma sociedade que premia somente os privilegiados. O trabalho não é um dom gentilmente concedido a poucos indicados: é um direito para todos!”

Para o Papa, é necessário que os jovens redescubram a “vocação” ao trabalho, que vai além do resultado ecônomico. “Com frequência, a ideia de trabalho como ‘realização’ da pessoa foi confundida com certo modelo de riqueza e de bem-estar que leva a ritmos desumanos. É melhor educar as jovens gerações a buscar a medida justa”, disse Francisco, indicando a escola do Evangelho, onde se aprende realmente o que é necessário para não seguir os ídolos de um faldo bem-estar.

Jesus, prosseguiu o Pontífice, não nos ensina diretamente como inventar possibilidades profissionais, mas sua palavra nunca deixa de ser atual, concreta, viva e capaz de tocar todo o homem e todos os homens. “Hoje Ele fala também a nós: nos exorta a fazer de nossas ideias uma boa nova para o mundo.”

Dignidade e trabalho

O trabalho, afirmou o Papa, tem um valor santificador. E denunciou o trabalho que explora, que espezinha, que humilha e que mortifica, quando – na verdade – o trabalho torna o homem realmente livre, segundo sua nobre dignidade.

Francisco falou ainda da situação de desemprego na Itália, que atinge 40% dos jovens. Um jovem sem trabalho, disse ele, ou adoece, ou deve ir ao psquiatra, ou cai em dependências, se suicida ou vai em busca de algo que lhe dê um ideal e se torna guerrilheiro. “Esses jovens são a nossa carne, são a carne de Cristo e por isso o nosso trabalho deve prosseguir para acompanhá-los”, concluiu o Papa, garantindo a sua solidariedade a quem vive momentos de angústia. 

Assista em VaticanBR

(BF)

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Papa doa cruz recebida em Cuba a Lampedusa

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Agrigento (RV) – A cruz que o Presidente Raúl Castro presenteou o Papa Francisco quando de sua despedida da ilha caribenha em setembro passado, foi doada à Arquidiocese de Agrigento, na ilha da Sicília. A cruz, obra do artista cubano Alexis Leiva Machado, foi construída com dois pedaços de remos, simbolizando o sofrimento de tantos migrantes que morrem ao tentar atravessar o mar em busca de uma nova esperança. A cruz será levada em peregrinação até a Paróquia de São Gerlando, em Lampedusa, onde será colocada no local definitivo, em 17 de janeiro. A Rádio Vaticano entrevistou o autor da obra: 

“Sou uma criatura insular, nasci em uma ilha menor do que Cuba, a Ilha da Juventude, e esta é uma “condenação” da minha vida, me levou para dentro do mar e sempre tive um pensamento particular pela viagem e imigração, a nível universal. É um tema extremamente delicado e muito sensível para mim e parece que ninguém pensa nisto; somente Sua Santidade Francisco introduziu este problema na agenda dos políticos. Já em 2011 eu havia organizado uma mostra na Bienal de Veneza sobre este tema, portanto, me senti envolvido a nível pessoal quando o Pontífice, dois anos mais tarde, chamou a atenção do mundo para esta emergência”.

RV: Por que a viagem, a imigração, o fascinam tanto? Que tipo de sentimento suscitam em você?

“A viagem me fascina em todas as suas formas, física, espiritual, mental e também moral. Recordo que um dia, há dois ou três anos, eu estava em Milão para a preparação de uma exposição e ouvi que havia acontecido a enésima tragédia no mar em Lampedusa. No dia seguinte, nos jornais, nas televisões, se falava muito pouco sobre o assunto. Todos davam mais importância às últimas novidades da moda, àquilo que acontecia na Via della Spiga. Ninguém falava disto, o único a fazê-lo era o Papa. O meu trabalho, em todos estes anos, fala justamente disto: a viagem, aquela que se é obrigado a fazer para salvar-se a vida e que às vezes, custa a própria vida. Quando estas pessoas se arriscam no mar, o fazem para encontrar algo de diferente, para buscar a paz, uma paz que nunca conheceram antes, porque perderam o trabalho, a família, os afetos, aquela segurança que nós todos desejamos. Penso, portanto, que seja importante falar disto, dar voz a estas pessoas, dar a conhecer ao mundo que existe também esta realidade, não somente aquela que vivemos na nossa cômoda existência”.

RV: Que relação existe entre a tua arte e a religião?

“Minha mãe e minha avó eram muito religiosas. Meu pai se chamava Ignácio de Loyola; toda a minha família é profundamente religiosa. Outrossim, venho de um país, Cuba, de maioria católica. Eu não posso definir-me como católico, mas a meu modo me sinto religioso, aquela religiosidade laica que foi introduzida com a Revolução, a atenção em relação ao próximo. Creio que a religiosidade seja muito importante e sobretudo acredito que a humanidade sem espiritualidade não pode ir a nenhum lugar. Eu sempre pensei que Deus está em todos os lugares, se manifesta em todas as coisas e especialmente nos outros homens, no espírito dos homens, nas relações que se estabelecem entre os homens, e para mim isto é muito importante. Quando Francisco disse que o mundo não pode esquecer-se dos migrantes, porque acima de tudo eles são filhos de Deus, me senti mais próximo dele do que nunca. Penso, por fim, que não importa qual seja o Deus em que se acredita, qual seja a religião que seguimos, o importante é que não se deixe nunca de mostrar atenção pelo próximo: esta é para mim uma mensagem realmente importante. Como “criador”, como artista, sinto o dever de comunicar isto de todas as formas possíveis". (JE)

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A conclusão do Ano da Vida Consagrada em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – A Semana conclusiva do Ano da Vida Consagrada será realizada de 28 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016. Promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, o encontro internacional deverá reunir sob o lema “Vida consagrada em comunhão” as novas formas de vida consagrada, ordo virginum, institutos seculares, contemplativas, religiosos/as, de vida apostólica. O encontro terá lugar em Roma e será realizado em cinco línguas: italiano, espanhol, inglês, francês e português. São esperados cerca de seis mil consagrados provenientes de todo o mundo. 

A Semana terá início no dia 28 de janeiro, às 18 horas, com uma Vigília de oração na Basílica de São Pedro. No dia 29, será realizado um encontro na Sala Paulo VI, reunindo todas as formas de vida consagrada, para refletir sobre os elementos essenciais da vida consagrada.

Nos dias 30 e 31 de janeiro, cada forma de vida consagrada participará de um programa próprio. As contemplativas se encontrarão na Universidade Urbaniana, a Ordem das Virgens se encontrará na Universidade Antonianum, os Institutos Seculares no Augustinianum e os religiosos e religiosas de vida apostólica na Universidade Lateranense.

No dia 1º de fevereirO o encontro com o Santo Padre na Sala Paulo VI  para uma reflexão conjunta sobre o tema “Consagrados hoje na Igreja e no mundo, provocados pelo Evangelho”. Na manhã do dia 2 de fevereiro está prevista uma peregrinação, no âmbito do Ano da Misericórdia, às Basílicas de São Paulo fora-dos-muros e à Santa Maria Maior. Na parte da tarde, em hora ainda a ser definida, o Papa Francisco presidirá uma Santa Missa na Basílica de São Pedro.

As inscrições e maiores informações poderão ser feitas no site da Congregação para a Vida Consagrada. (JE)

 

 

 

 

 

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Igreja no Mundo



Jubileu na Polônia: abertas mais de 500 Portas da misericódia

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Varsóvia (RV) - Mais de 500 “Portas da misericórdia” foram abertas na Polônia este final de semana entre sábado e domingo (12 e 13/12) para inaugurar o Jubileu extraordinário convocado pelo Papa Francisco.

Em particular, na Arquidiocese de Cracóvia foram abertas onze; dez na Arquidiocese de Gniezno, a mais antiga diocese polonesa; quinze na Arquidiocese de Plock; e outras trinta e seis na Diocese de Varsóvia-Praga – refere a agência católica Sir.

Os bispos: o caminho da misericórdia implica perdão e reconciliação

A Conferência Episcopal Polonesa difundiu uma mensagem especial para a ocasião, assinada por sua presidência. Dirigido a todos os fiéis, o documento recorda que o apelo ao “caminho da misericórdia significa, sobretudo, o caminho do perdão e da reconciliação”, os quais dão “a força capaz de restituir vida nova e coragem para olhar para o futuro com esperança”.

Os bispos fazem votos de uma mudança do estilo de vida, e auspiciam, de modo particular, a conversão daqueles “que se encontram distantes da graça de Deus”.

Varsóvia, Portas da misericórdia no cárcere da cidade

Por sua vez, o arcebispo de Varsóvia, Cardeal Kazimierz Nycz, na terça-feira, 8 de dezembro, inaugurou as celebrações do Ano Santo numa das casas de detenção da cidade, onde as Portas da misericórdia são as das celas dos detentos. (RL)

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A abertura das Portas Santas na China

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Pequim (RV) – As Portas Santas nas Catedrais de muitas dioceses na China foram abertas no domingo, 13, e nos dias precedentes, atendendo ao convite do Papa Francisco. Em todas as dioceses – refere a Agência Asianews – foi impressa a edição em chinês da Bula de convocação do Ano Santo, Misericordiae Vultus. Os fieis presentes nas cerimônias foram convidados a ler o documento e a divulgá-lo, também entre os não-cristãos.

Abertura da Porta Santa na Catedral da Imaculada, em Pequim

Na Diocese de Pequim, a Porta Santa na Catedral da Imaculada (Nan Tang) foi aberta na manhã de 12 de dezembro, por Dom Giuseppe Lishan. Acompanhado por sacerdotes, religiosas, seminaristas e leigos, o prelado exortou os fieis a serem “agradecidos a Deus pela abertura da Porta Santa que o Papa Francisco realizou em 8 de dezembro para o Jubileu da Misericórdia”. “O Santo Padre – continuou – abriu as Portas Santas da Misericórdia do Senhor para todos nós, porque o Papa olha constantemente para Jesus e para seu rosto misericordioso. Temos necessidade de contemplar o mistério da Misericórdia do Senhor, que é fonte de alegria, de tranquilidade e paz para todos nós”.

Obras de Misericórdia na Diocese de Xian

Na Diocese de Xian (Shaanxi), foi celebrada uma Missa de abertura do Ano Santo no dia 6 de dezembro. O Bispo, Dom Antonio Dang Mingyan, explicou aos fieis a Bula pontifícia e os pressupostos para receber a indulgência. O texto completo da Bula foi impresso no semanário diocesano e distribuído gratuitamente aos interessados. A Porta Santa, no entanto, será aberta futuramente, visto que a Catedral de São Francisco está sendo restaurada. A comunidade, no entanto, está pronta para realizar as obras de misericórdia sugeridas pelo Papa como expressão deste Ano Santo. A cada domingo, diante da Catedral, os fieis prepararão refeições diante da Catedral, que serão após distribuídas aos sem-teto. Ademais, serão distribuídos bens de primeira necessidade às pessoas pobres.

Em Nanchang, convite para buscar os irmãos e irmãs que se perderam

Na Diocese de Nanchang, Dom Giovanni Li Suguang abriu a Porta Santa e celebrou a Missa em 8 de dezembro, festa da Catedral, dedicada a Imaculada Conceição. O Bispo explicou o significado do lema do Jubileu e os pré-requisitos para receber a Indulgência. Ele também encorajou os fieis a buscarem “os irmãos e irmãs que se perderam”. A Diocese imprimiu a Misericordiae Vultus, que foi distribuída gratuitamente. A Diocese exortou os fieis a organizarem serviços de voluntariado para ajudar pessoas necessitadas. Os resultados destes compromissos serão apresentados no encerramento do Ano Santo.

O Jubileu nos meios oficiais

Também nos meios oficiais do governo chinês aparecem notícias sobre o Ano Santo em Roma, em especial abordando questões da segurança e ameaças terroristas. Atenção muito discreta, no entanto, foi dada à iniciativa “Fiat lux: iluminar a nossa casa comum”, inspirada na Encíclica Laudato Si, com projeção de imagens na fachada da Basílica de São Pedro.

Jubileu na internet

O Jubileu da Misericórdia se difunde também na internet. Muitos cristãos, de fato, evangelizam na China compartilhando mensagens no WeChat. São textos e canções do Ano Santo, notícia sobre eventos no Vaticano e a nível local, que convidam todos a participar, sobretudo aquele que frequentam a Igreja raramente. (JE)

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Jubileu: sacerdotes sejam Portas da misericórdia, pede bispo croata

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Zagreb (RV) - “Misericordiosos como o Pai”: esse é o título de uma carta do bispo de Dubrovnik, na Croácia, Dom Mate Uznić, aos sacerdotes de sua diocese. Na missiva – que evoca o lema do Ano jubilar, extraído do Evangelho de São Lucas (6,36) –, Dom Uznić atém-se sobre os dois Jubileus que a Igreja local está celebrando.

O Jubileu pelos 1700 anos do martírio de São Brás, padroeiro da cidade; e o Jubileu extraordinário da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco e definido, na Bula pontifícia “Misericordiae vultus” (Rosto da Misericórdia), como “um tempo favorável para a Igreja, a fim de que torne o testemunho dos fiéis mais forte e eficaz”.

Sacerdotes sejam “Portas da misericórdia” para dar esperança aos fiéis

Embora os dois Jubileus digam respeito a todos os fiéis – observa o prelado –, eles requerem um testemunho forte e mais eficaz sobretudo da parte dos sacerdotes.

“Se Jesus de Nazaré proclama a misericórdia de Deus com suas palavras, ações e com toda a sua pessoa, como poderia ser diferente para nós?”, pergunta-se Dom Uznić, encorajando os sacerdotes de sua diocese a serem, eles mesmos, “Portas da misericórdia”, de modo que toda pessoa que venham a encontrar, possa experimentar o amor de Deus que dá esperança e consolação.

Levar ao mundo o bálsamo da misericórdia

“Somente abertos às inspirações do Espírito Santo – conclui o bispo croata –, finalmente conseguiremos  abater aqueles muros que parecem privilégios e iremos ao encontro de todas as pessoas, fiéis e não-fiéis, levando até elas o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós.” (RL)

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Sudão do Sul, um país onde a Porta Santa não será aberta

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Malakal (RV) – Durante o Angelus, o Papa Francisco recordou que no domingo, 13, abriam-se as Portas Santas em todas as Dioceses do mundo para que o Jubileu “possa ser vivido plenamente em todas as Igrejas particulares”: “Desejo que este momento forte estimule a muitos a serem instrumentos da ternura de Deus. Como expressão das obras de misericórdia, serão abertas também as “Portas da Misericórdia” nos locais em dificuldades e marginalização”, disse. No entanto, em muitas realidade, as cerimônias Jubilares e as aberturas de Portas Santas não podem ser realizadas. Um destes locais é a Diocese de Malakal, capital do distrito de Upper Nile, no Sudão do Sul.

De fato, o jovem país africano é sacudido desde dezembro de 2013 por um sangrento conflito civil, com contínuos combates entre as tropas governamentais do Presidente Salva Kiir e os rebeldes do ex Vice-Presidente Riek Machar. A Rádio Vaticano conversou com a missionária comboniana Irmã Elena Balatti, que após 20 anos, foi obrigada a abandonar a região devido às violências e transferir-se para Renk, no norte do país:

“Por causa da guerra, existem zonas nas quais não é possível que estas importantes cerimônias se realizem oficialmente. A Diocese de Malakal, cujo território foi totalmente envolvido na guerra civil, não tem a possibilidade de abrir uma Porta Santa porque a sede da Diocese na cidade, que é capital de Upper Nile, ainda não foi reaberta. A Paróquia da Catedral foi aberta e fechada diversas vezes durante a guerra civil e atualmente está ainda fechada pela falta de estabilidade no território. Somente na última semana, a 20 km de Malakal, houve um combate entre as forças rebeldes e as forças governamentais. E tudo isto acontece não obstante o tratado de paz assinado em agosto passado entre a oposição armada de Riek Machar e o governo do Presidente Salva Kiir. Mas combates esporádicos continuam e não permitem que fieis, que mesmo tendo o desejo, iniciem pacificamente o Ano Santo”.

RV: Como viver o sentido deste Jubileu da Misericórdia em um território ainda sacudido pelas violências?

“Desde quando foi anunciado o Jubileu, a pregação, a catequese, os retiros espirituais, as iniciativas pastorais são direcionadas muito para o tema da reconciliação. O conceito fundamental que é sublinhando é o quanto a guerra é fruto da violência, o quanto, portanto, existe a necessidade do perdão de Deus, da misericórdia por parte de Deus. E ao mesmo tempo, para que esta situação seja mudada, existe a necessidade de misericórdia do homem para o homem, do irmão pelo irmão, da irmã pela irmã. Existe a necessidade de entrar nesta ótica de sincera busca da reconciliação, o que é muito difícil em um contexto de guerra. Esta é a linha pastoral da Igreja em todo o Sudão do Sul. Os jovens, por exemplo, na Paróquia de Cristo Rei em Renk, onde me encontro, escolheram como lema para o Ano da Misericórdia: “Tenham misericórdia, assim como vos é usada a misericórdia”. Escolheram este lema para sublinhar quer a intervenção divina misericordiosa, quer a necessidade de se fazer esforços: ninguém pode resolver o problema da guerra no Sudão do Sul senão os sul sudaneses. A oração que todos fazemos é que volte a existir uma relativa estabilidade e que todos possamos aproximarmo-nos da misericórdia divina pacificamente. Porque nas áreas onde a tensão permanece alta não é ainda possível que existam encontros, como preveem as cerimônias litúrgicas; não é possível realizar reuniões de fieis pois é muito perigoso”.

RV: Precisamente esta situação de extrema insegurança no Sudão do Sul, como interpreta a vontade do Papa de um Jubileu da Misericórdia que seja celebrado nas Igrejas particulares?

“Em uma população que foi atormentada pela violência de todos os tipis e por tantos anos de guerra, a chegada da paz seria, sem dúvida, interpretada como um sinal da misericórdia que Deus tem pelo seu povo. O que é uma prioridade é o diálogo entre as tribos do Sudão do Sul, que tem pertenças religiosas diferentes, de diferentes denominações cristãs, de religiões africanas tradicionais, e também muçulmanas. Porém, o que divide os sudaneses do sul nesta guerra não é a religião, mas as diferenças culturais e sobretudo as ambições de poder de alguns políticos que exploram as diferenças étnicas. Neste contexto de conflito, a mensagem da misericórdia permanece central: conseguir ver o outro como um outro ser humano a quem deve ser usada de misericórdia e, ao mesmo tempo, cada um deve conseguir enxergar a si mesmo como pessoa necessitada de misericórdia e de perdão,  quer por parte de Deus como por parte dos outros”. (JE)

 

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Ao menos 17 locais de culto cristão destruídos na Síria

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Damasco (RV) – São pelo menos 17 as Igrejas e santuários cristãos destruídos, profanados ou ocupados por grupos jihaditas durante o conflito sírio. A lista – que não tem a pretensão de ser completa – foi divulgada por fontes ligadas às comunidades cristãs locais como a Assyrian International News Agency, citada pela Agência Fides. Em particular, foram documentadas com precisão as devastações realizadas pelos militantes do Estado Islâmico contra os lugares de culto cristão dos povoados de maioria assíria do Vale de Khabour, atacados em fevereiro passado.

Destruição no Vale de Khabour

Somente no Vale de Khabour, as igrejas e santuários destruídos – alguns dos quais dinamitados – são de pelo menos 11. A violência jihadista contra lugares de culto destruiu até mesmo locais que custodiavam a memória comum de diversas comunidades cristãs locais, como ocorreu em Deir el-Zor, com a igreja memorial dos mártires do genocídio armênio, destruída pelo Daesh em setembro de 2014. Em outras situações, os jihadistas atentaram contras as relíquias dos santos preservadas nas igrejas, como ocorreu em agosto passado no Mosteiro de Mar Elian.

A destruição no Mosteiro de Mar Elian em Quaryatayn

O antigo Santuário do século V, localizado na periferia de Quaryatayn, havia praticamente renascido nos últimos anos, transformando-se em um ramo do Deir Mar Musa al Habashi, o mosteiro refundado pelo jesuíta italiano Padre paolo Dall’Oglio, sequestrado em 29 de julho de 2013 enquanto estava em Raqqa, cidade síria há anos sob domínio do Estado Islâmico. O Prior de Mar Elian, Padre Jacques Mourad, também havia sido feito prisioneiro em 21 de maio do corrente, tendo reencontrado a liberdade em 11 de outubro. (JE)

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Formação



JMJ 2016: brasileiros inscritos passam de 10 mil

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Cidade do Vaticano (RV) – A contagem regressiva para a Jornada Mundial da Juventude 2016 fica a cada dia mais curta. Falta pouco mais de 7 meses para o maior evento católico jovem do mundo e, neste contexto, delegados do mundo inteiro reuniram-se em Cracóvia para acertar os último detalhes para o grande evento.

A Rádio Vaticano recebeu em seus estúdios o padre João Chagas, responsável pelo setor Juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, em Roma. Ele esteve no encontro na Polônia e falou sobre a preparação dos lugares estratégicos da JMJ, de como essa Jornada será uma “volta às origens” e do número de inscritos, que já passa de 500 mil – dos quais 10 mil são brasileiros. (RB)

Clique para ouvir a reportagem especial 

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Missão Continental: a piedade popular na Diocese de Roraima

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, com a edição de hoje do quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” concluímos a participação de Dom Roque Paloschi, com cuja enriquecedora contribuição contamos estes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Após dez anos como bispo da Diocese de Roraima, Dom Roque foi recentemente nomeado arcebispo de Porto Velho (Rondônia), cuja posse se deu este domingo, dia 13 de dezembro.

Para sua última participação neste quadro, pedimos a Dom Roque que nos trouxesse um pouco da realidade eclesial da Diocese de Roraima no que diz respeito àquele modo particular de viver a nossa religiosidade e que caracteriza a fé dos nossos povos latino-americanos, o qual chamamos de “piedade popular”.

(RL)

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