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Sumario del 17/12/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: reação moral diante de guerras e terrorismo

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã de quinta-feira (17/12) os embaixadores de Guiné, Letônia, Índia e Barein, para a apresentação de suas credenciais. 

Em seu discurso, o Pontífice citou a publicação, dois dias atrás, de sua Mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz, em que exorta a vencer a globalização da indiferença, uma das tendências negativas de nossa época.

Humanismo desequilibrado

Francisco recordou que são muitas as formas com as quais esta atitude de indiferença se manifesta, mas tem em sua raiz um “humanismo desequilibrado”, em que o homem ocupou o lugar de Deus, ficando – por sua vez – vítimas de várias formas de idolatria.

Estando em si interligadas a indiferença em relação a Deus, ao próximo e ao meio ambiente, a resposta a este desafio deve ser única, isto é, promovendo um renovado humanismo, que coloque novamente o ser humano na sua justa relação com o Criador, com os outros e com a criação. Para isso, o Papa destaca o papel dos meios de comunicação e da escola.

Ano marcado por violência

Fazendo um balanço do ano que está para se concluir, o Pontífice afirmou que, infelizmente, 2015 foi marcado por um multiplicar-se de conflitos violentos, seja bélicos, seja terroristas.

Por outro lado, analisou, esta situação está provocando sempre mais nas consciências mais amadurecidas uma reação não violenta, mas espiritual e moral. “É esta reação que nós queremos e devemos alimentar com os meios à nossa disposição e segundo as nossas responsabilidades”, disse Francisco, citando o Jubileu da Misericórdia, convocado com a finalidade de difundir em todo o mundo o espírito do perdão e da reconciliação.

Neste Ano Jubilar, prosseguiu, “desejo formular um apelo aos responsáveis pelos Estados a realizarem gestos concretos em favor dos irmãos que sofrem com a falta de trabalho, terra e teto”.

Liberdade religiosa

Ao concluir suas reflexões, o Papa fez votos de profícuo trabalho aos novos embaixadores, garantindo que a Santa Sé se empenha em instaurar com os países que representam um diálogo aberto e respeitoso. “Eu os encorajo a colaborar sempre de maneira leal ao bem comum de toda a sociedade. E melhor poderão fazê-lo quanto mais será reconhecida efetivamente a liberdade religiosa.”

Assista em VaticanBR

(BF)

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Papa recorda crianças mortas na travessia do Mediterrâneo

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Cidade do Vaticano (RV) – No final da manhã desta quinta-feira, o Papa recebeu no Vaticano cerca de 60 crianças e jovens da Ação Católica Italiana para as felicitações de Natal. 

A audiência teve início com o canto de “feliz aniversário” ao Pontífice, que completa neste dia 17 de dezembro 79 anos.

Em seu discurso, Francisco elogiou o caminho de formação da Ação Católica, que este ano escolheu o lema “Viajando rumo a Ti”.

“É verdade: estamos todos em viagem rumo ao Senhor, mas muitas pessoas não pensam nisso! Que significa “viajar rumo ao Senhor”? Significa percorrer os caminhos do bem, e não do mal; o caminho do perdão, e não da vingança; o caminho da paz, e não da guerra; o caminho da solidariedade, não o do egoísmo.”

A seguir, o Pontífice falou da imigração ao citar um projeto da Ação Católica Italiana na Diocese de Agrigento, na Sicília. Ao reforçar a necessidade de acolhimento a quem chega “repleto de esperança, mas também de tantas feridas e necessidades, em busca de paz e pão”, o Papa citou um episódio ocorrido na última quarta-feira:

“Ontem, na Audiência, foi-me apresentada pelo pais uma criança negra, talvez de cinco meses. Disseram-me: ‘Nasceu no barco no canal da Sicília’. Muitas crianças conseguem chegar, outras não. E tudo o que fizeram por essa gente é bom. Obrigado por fazê-lo.”

O Papa concluiu seu discurso desejando a todos “um feliz e santo Natal” e, como de costume, pediu que rezassem por ele.

(BF)

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Apresentado manual sobre como defender os direitos dos mais pobres

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Cidade do Vaticano (RV) – “Trabalhar pelos direitos humanos das populações que vivem na pobreza extrema” (“Making Human Rights Work for People Living in Extreme Poverty: a Handbook for Implementing the UN Guiding Principles on Extreme Poverty and Human Rights”). Este é o título do manual organizado pelas ONGs “ATD Quarto Mondo” e “Franciscans International”, apresentado na manhã desta quinta-feira, 17, na Sala de Imprensa da Santa Sé. Entre outros, estavam presentes o Bispo brasileiro de Óbidos, Dom Bernardo Iohannes Bahlmann; o Secretário Geral da Caritas Internationalis, Pe. Michel Roy; o Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores,  Padre Michael A. Perry; a Diretora do Franciscans International, Francesca Restifo e Jean Tonglet, delegado para a Itália e a Santa Sé de "ATD Quarto mondo".

Trata-se de um guia precioso para quem trabalha com os mais pobres na sociedade, voltado a defender seus direitos mais elementares nos países onde vivem, oferecendo subsídios para agir em sua defesa e promover ações governamentais e não somente.

Dom Bernardo Johannes Bahlmann apresentou um forte testemunho do empenho da Igreja no Brasil em defesa dos povos da Amazônia e do ecossistema, para o bem de toda a comunidade”:

“Queremos dar mais passos no combate ao desmatamento. Não podemos ficar somente na denúncia, mas devemos realizar ações positivas. Não podemos fechar os olhos diante das situações sociais que se agravam sempre mais. Sempre existem fortes tendências em colocar os interesses econômicos e dos partidos políticos sobre o bem comum e os interesses coletivos. Por isto é necessário uma mudança de mentalidade e de comportamento de todos. O manual oferece muitas orientações para garantir os direitos do povo”.

O manual é um instrumento dirigido aos agentes sociais, organizadores de comunidades, professores, pessoas comprometidas nas atividades do Estado, de entidades privadas, Ongs, associações, entidades religiosas e que permite colocar em prática os Princípios guias sobre pobreza extrema e direitos humanos, publicados pela ONU em setembro de 2012, como explicou Jean Tonglet, de Atd Quarto mondo:

“O instrumento é escrito na língua da comunidade internacional e portanto, um pouco jurídica. Devemos coloca-lo à disposição de todos, mas sobretudo daqueles que lutam dia após dia pela própria dignidade nos bairros mais pobres do mundo. Foi assim que nasceu a ideia de preparar um manual para divulgar estes princípios guias”.

Mas “a voz dos pobres, como disse o Papa Francisco – recordou Michael Roy, da Caritas internationalis – é difícil de se fazer ouvir”. Neste sentido, “é necessário lutar com eles para que vejam atuados os seus direitos, dar a conhecer a todos este manual, um instrumento sistemático, extremamente concreto para enfrentar a pobreza extrema”.

Uma realidade reconhecida pela ONU como “violação dos direitos humanos”, destacou Francesca Restifo, do “Franciscans International”:

“Quer dizer que a ONU finalmente se deu conta que a pobreza extrema não é somente uma questão econômica, mas é um fenômeno que compromete seriamente a possibilidade de viver em maneira digna”. Uma pobreza extrema que “não é inevitável”:

“Porque em parte é uma situação que é gerada, favorecida e perpetuada por ações ou omissões dos Estados e de outros agentes econômicos; e porque os meios para erradica-la existem e são alcançáveis”. (JE)

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Loteria do Papa beneficiará refugiados e sem-teto

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Cidade do Vaticano (RV) – A loteria beneficente para as obras de caridade do Santo Padre vai correr novamente no Natal 2015. De fato, a iniciativa do Governatorato da Cidade do Vaticano será encerrada em 2 de fevereiro de 2016 com a extração do número vencedor, na presença de uma Comissão para garantir a transparência do processo. É a terceira loteria - após a do Natal de 2014 e da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo - cujo valor arrecadado foi doado integralmente à Esmolaria Apostólica. 

“Em um Natal de crise, não somente econômica, mas sobretudo do coração e do espírito – observa Monsenhor Ravelli, da Esmolaria Apostólica – esta iniciativa torna-se uma ocasião propícia para a troca de um dom simbólico, mas também real, de solidariedade”.

Como nas edições anteriores – também desta vez o Papa colocou à disposição alguns prêmios, num total de 12, de um certo valor, entre os quais, uma Fca Lancia Nova Ypsilon e um Rolex. Também existem mais de 30 “prêmios consolação”. Cada número custa 10 euros.

“Adquirir ou doar um bilhete – afirma Mons. Ravelli – é um pequeno gesto, mas concreto, para fazer circular e compartilhar o amor recebido. À possibilidade de vencer um prêmio, que é um presente do Papa, recebido e doado, se une a certeza de um prêmio mais precioso e seguramente ganho: a alegria de ter compartilhado um pouco de amor!”.

No ano passado, o Papa Francisco agradeceu a participação e a generosidade de tantas pessoas. Para este ano – informa o Governatorato – “manifestou o desejo de que o valor arrecadado com a generosidade dos participantes seja usado em favor dos refugiados e sem-teto. Todos conhecem a atenção que o Papa dedica a estas pessoas em dificuldade; o contexto do Ano Jubilar e da Festa do Santo Natal – que sempre aproxima as famílias para viverem em comunhão os dias de festa – possa ser ocasião propícia para a troca de um dom simbólico que traz consigo um gesto concreto de solidariedade e partilha”.

“Trata-se – acrescenta Dom Ravelli – de um simples, simbólico mas concreto gesto de caridade: existe mais caridade em uma gota de bondade do que em um mar de conversas e boas intenções!”.

Os números estão à venda no Vaticano na Farmácia, Correios, Magazzino “Stazione”, Ufficio filatélico e numismático e no Bookshop dos Museus Vaticanos. Maiores informações podem ser obtidas, escrevendo-se para o email eventi@scv.va. (JE/Sir)

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Em Buenos Aires, os aniversários do Papa entre os pobres

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Cidade do Vaticano (RV) – Dentre tantos que celebram com alegria o aniversário de 79 anos de Jorge Mario Bergoglio, os “seus” pobres das Villas Miserias ocupam um lugar especial.

Era lá que o então arcebispo de Buenos Aires passava muito tempo, entre os últimos das periferias da capital argentina. Junto a ele estava sempre o Padre “Pepe” di Paola, a quem Bergoglio confiou o cuidado pastoral dos pobres das Villas Miserias. A RV conversou com o Padre Pepe, que deu os parabéns ao Papa.

 

Padre Pepe: “Desejo que toda esta força e sabedoria que o acompanharam por toda a vida, o acompanhem especialmente neste momento em que ele é o Sucessor de Pedro e em que o povo católico se sente interpretado nesta sabedoria, nesta força no caminho que ele está assinalando”.

RV: Lembra de algum aniversário do padre Bergoglio na Argentina?

Padre Pepe: “Lembro que os jovens das Villas fizeram um vitral artístico com a imagem de Madre Teresa. Fizeram tudo com grande afeto, mas também com um grandíssimo trabalho: um vitral deve ser realizado com delicadeza e atenção. Queriam dar de aniversário e então levaram a obra até a Cúria de Buenos Aires.

RV: Dias atrás, em uma meditação matutina, o Papa disse que os pobres são a verdadeira riqueza da Igreja, não o dinheiro. Este era o seu testemunho em Buenos e agora também em Roma...

Padre Pepe: “Não há dúvidas que seu caminho entre os pobres nunca foi, como com frequência acontece com grupos políticos e ONG’s que os enxergam de fora e que defendem que basta somente ajudá-los e, então, dizem: ‘é preciso ajudar os pobres’. Certo, o pobre deve ser ajudado e isso é um dever como cristãos... Mas o olhar de Francisco sempre foi mais amplo: é preciso estar com o pobre para aprender com ele: o pobre me ajuda espiritualmente e também eu devo ajudá-lo. Esta é a Igreja dos pobres e para os pobres, definitivamente. O pobre compartilha a sua sabedoria: não é um objeto a ser ajudado somente, mas tem uma dignidade muito grande e é capaz de transmitir valores extraordinários ao coração da pessoa".

Saudades

RV: O que dizem os moradores que agora não tem mais presença constante de seu padre Bergoglio?

Padre Pepe: Eles têm muitas saudades, contudo quando o vem na televisão, vendo a tarefa que está levando adiante, sentem-se felizes que o Papa, chefe da Igreja, seja aquele homem que os visitou tantas vezes e que compartilhava com eles uma Missa, um encontro ou um retiro espiritual, e que hoje seja o guia da Igreja. Sentem-se realmente muito, muito felizes”.  (RB)

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Papa 79 anos: as reações em nossas mídias sociais

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Cidade do Vaticano (RV) – São milhares as interações registradas nas mídias sociais da Rádio Vaticano neste dia 17 de dezembro em que o Papa Francisco completa 79 anos de idade.

Em nossa fan-page no Facebook, dentre as centenas de amigos deram os parabéns ao Papa, destacamos as seguintes interações:

Eliane Deus Lima, de Conceição do Canindé (PI), escreveu: “Parabéns! Querido Papa Francisco pelo seu aniversário Natalício. Deus continue abençoando a sua vida, o seu pontificado e conceda-lhe muitos e bons anos de vida. Que nossa Senhora da Misericórdia o Proteja e o Espírito Santo o ilumine Sempre. Felicidades!”.

Ana Paula Paes Machado, de São José dos Campos (SP), comentou: “Francisco, tu abraças o chamado de Jesus em teu coração. Foste chamado pelo nome e foste justificado por Jesus a Deus. Suas atitudes de amor para com o próximo sinalizam a presença de Jesus em suas ações e são elas que glorificam Deus através de ti e da presença de Jesus em você. És o guia, nós as ovelhas. Que possamos ser um pouquinho de Jesus também ao nosso próximo para glorificar o nome de Deus. Que comemorar a vida hoje seja mostrar a todos que servir ao irmão é o alimento que move e faz crescer a nossa Fé. Que Deus o abençoe meu irmão pela Fé”.

Marizi Scully, de Santos (SP), disse: “Santidade, sou brasileira e dizem que Deus é brasileiro, mas o nosso Papa é argentino. Então Deus está precisando de ajuda. Ore por nós, brasileiros”.

Em nossa conta no Twitter também registramos muitas menções e notificações:

Eunice Lemes ‏@francacarmelo13, tuítou: “Parabéns Querido Santo Padre das Irmãs Carmelitas de Franca”.

Maria da Guia Barbal ‏@mbd17426895 tuítou: “Paz saúde e toda proteção do Espírito Sando em vossa vida. Acari RN”.

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LEV lança "As homilias de Pentling", de Joseph Ratzinger

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Cidade do Vaticano (RV) –  A obra inédita de Joseph Ratzinger “As homilias de Pentling” será lançada esta sexta-feira, 17, pela Livraria Editora Vaticana (LEV).

“Pensei que talvez poderia ser bonito também para os outros, e não somente para os habitantes de Pentlig, por assim dizer, ir à Missa no domingo junto comigo e escutar o Senhor”, escreve o Papa Emérito no Prefácio do livro, como informa a Fundação Ratzinger.

A obra é um presente de Natal que Bento XVI oferece a todos “na esperança de que possa ser de ajuda também a muitos outros para compreender e viver a palavra do Evangelho”.

“Revela-se de forma muito cristalina nestes textos – escreve uma nota introdutiva do Diretor da LEV, Pe. Giuseppe Costa – aquilo que é uma das características fundamentais dos textos de Ratzinger, uma das chaves de seu sucesso como autor: a capacidade de desvelar imediatamente “aos pequenos” o significado das Escrituras, a sua capacidade de traduzir em termos do nosso mundo de hoje a sua mensagem”.

Pentling é uma pequena cidade alemã de 6.279 habitantes, localizada na Baviera, da qual Joseph Ratzinger é cidadão honorário.  (JE)

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Igreja no Brasil



Curso de Iniciação à Missão: italianos inscritos caem 88% no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) - O número de missionários italianos que chegam ao Brasil para formação missionária caiu 88,5% em praticamente uma década. Os dados são do Centro de Formação Intercultural (Cenfi), ligado ao Centro Cultural Missionário (CCM), da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

 

Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário-executivo do CCM, Padre Stefano Raschietti, relatou que o Curso de Iniciação à Missão no Brasil registrou em 2010 apenas quatro missionários inscritos contra 35 em 2011. Para ele, a redução está relacionada a questões vocacionais e ao crescimento de clérigos e religiosos no Brasil.

“A própria igreja no Brasil assumiu muitas obras, não precisando tanto de missionários estrangeiros como na década passada”, explicou ele, ressaltando que “as congregações religiosas tiveram de fazer um rodízio com o pessoal ou investir muito mais na interculturalidade.”

Outras nacionalidades

De acordo com ele, além de italianos, o Curso de Iniciação à Missão no Brasil também recebe missionários de países africanos, asiáticos e latino-americanos. “Mais ou menos, os missionários estrangeiros que vêm ao Brasil têm essa conotação.”

“Nós temos um departamento que cuida dos vistos de permanência no Brasil e também dos brasileiros que vão ao exterior. Portanto, temos uma ideia mais ou menos da quantidade de missionários estrangeiros que entraram e saíram do Brasil”, disse o padre.

Estrutura do CCM

Sobre o CCM, o padre explicou que o Centro é dividido em três departamentos: o Centro de Animação e Estudos Missionários (Caem), responsável pelos cursos de formação missionária; o Ceinf, que dá suporte aos estrangeiros sobre os elementos das culturas brasileiras; e Serviço de Colaboração Apostólica Internacional (Scai), que auxilia os estrangeiros e os brasileiros missionários em relação às documentações necessárias para atuar no país ou no exterior.

Missionários Xaverianos

Membro dos Missionários Xaverianos, Padre Raschietti está no Brasil desde 1990 e, para ele, é natural ser enviado como missionário a outros países. 

“Há vários anos me dedico à animação e formação missionária. Acredito que o Brasil está vivendo essa passagem, de precisar de missionários no campo e na atividade direta, ou de produzir missionários tanto para si como para o resto do mundo”, ressaltou. (PS)

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Igreja no Mundo



Porta Santa: conceito de misericórdia mexe com os mongóis

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Ulan Bator (RV) – O conceito de misericórdia, das “entranhas maternas” de Deus Pai, “mexe com a vida dos mongóis. Quase todos aqueles que abraçaram o cristianismo o fizeram porque foram tocados pela possibilidade do perdão e pela ideia de que o pecado não marca você para sempre. O Jubileu será vivido também pela Mongólia”. Esta é a convicção do missionário da Consolata, Padre Giorgio Marengo, que desde 2003 vive no país.

A certeza do religioso também encontra eco nas palavras do Padre Ernesto Viscardi, que falou à Asianews sobre a cerimônia de abertura da Porta Santa: “O rito realizou-se em 8 de dezembro, muito simples, mas muito participativo. O Prefeito Apostólico, Dom Wenceslau Padilla, guiou os representantes das seis paróquias da Mongólia em um pequena procissão que concluiu-se com a abertura da Porta. Ela havia sido parcialmente reformada, adornada com novos símbolos, que evocam temas do Ano Santo”.

Bula Misericordiae vultus traduzida em mongol

Para a Igreja da Mongólia – conta o missionário da Consolata – “é uma experiência completamente nova. Os cristãos das várias paróquias organizarão peregrinações à Catedral para poder lucrar a indulgência, e durante o Ano Litúrgico daremos muito espaço ao tema da misericórdia. Buscaremos explicar aos nossos cristãos o que é o Jubileu, o significado do perdão de Deus, a sua presença nas Escrituras”. Para compreender melhor o significado de tudo isto, a Bula de Convocação Misericordiae Vultus foi traduzida em mongol”.

Abolição da pena de morte no país

Se tudo correr conforme o programado, acrescenta o Padre Viscardi, “conseguiremos até mesmo realizar uma peregrinação a Roma, na segunda metade de junho, para passar pela Porta Santa de São Pedro. A misericórdia é um tema conhecido na sociedade local, de tradição budista, mas é necessário explicar a eles a ótica cristã. Porém, penso que seja um bonito sinal que há algumas semanas, tenha sido aprovada a lei que aboliu a pena de morte no país. Estou quase certo de que quem fez a proposta e votou, não tinha em mente o Ano Santo, mas é um bonito sinal”.

Para a população nômade, uma tenda como igreja

A 430 quilômetros de Ulan Batar vive o Padre Giorgio: “Aqui não temos uma construção como igreja, mas uma “ger” (ndr: tenda da tradição nômade mongol). A nossa comunidade participou da missa da Imaculada com uma atenção particular voltada para o início do Ano Santo. Em 20 de dezembro, após a missa, faremos um momento de aprofundamento sobre o significado do Jubileu”.

Perdão, um conceito revolucionário

O conceito de misericórdia – explica o missionário – “é levado muito a sério na Mongólia. As entranhas da misericórdia de Deus Pai tocam muito. A experiência dos nossos pouquíssimos cristãos é singular, justamente porque o caminho deles de abertura ao catolicismo foi ajudado por este conceito. Existe um grande estupor diante do fato de que Deus é misericordioso, o conceito de perdão como vida nova é revolucionário. Apreciam a ideia de que se possa sempre recomeçar. É uma coisa que mexe muito com a vida deles”.

Igreja local na linha de frente contra o alcoolismo, uma praga social

Também do ponto de vista prático, a Igreja local tem as ideias claras: “Queremos desenvolver um programa de acompanhamento para quem deseja sair do alcoolismo, que aqui é um problema muito forte. Dois dos nossos batizados querem iniciar um grupo de apoio e nós os apoiamos muitos. É algo que vai de encontro ao Ano Santo, porque toda forma de dependência é uma forma de escravidão. Esta do álcool é a mais difundida, uma verdadeira praga social. Queremos sensibilizar a todos, não somente os alcoólatras. Todos têm dependências, físicas ou espirituais. Rezemos para que o Ano da Misericórdia nos ajude a nos libertar destas escravidões”.

Missionários do Coração Imaculado de Maria, evangelizadores do país

A Igreja Católica na Mongólia nasceu há pouco mais de 23 anos, com a chegada em 1992 de um pequeno grupo de missionários do Coração Imaculado de Maria. Entre eles, o futuro Prefeito, Mons. Padilla. Desde então as conversões ao catolicismo foram cerca de 1.100, as paróquias de zero tornaram-se seis e a comunidade católica criou infraestruturas sanitárias e educativas muito apreciadas no país. (JE)

 

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Bispos congoleses: Igreja a serviço do Evangelho, não de partidos

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Kinshasa (RV) - A Igreja católica na República Democrática do Congo não participou da reunião, esta semana, que envolveu expoentes da oposição e da sociedade civil congolesas, realizada em Dacar, no Senegal. É o que afirma um comunicado da Conferência episcopal local.

A Igreja “não se posiciona a favor de um partido contra outro, mas é comunidade de fé a serviço da verdade pela salvaguarda do bem comum e a defesa dos valores que elevam a nação”, lê-se no documento citado pela agência missionária Misna.

Processo eleitoral seja garantia do futuro do país

Por isso, reiteram os prelados congoleses, a Igreja “quer reafirmar a sua neutralidade em relação aos partidos políticos e a sua determinação a estar a serviço do anúncio do Evangelho a cada homem”.

“O próprio Evangelho nos convence de que temos uma grande responsabilidade no processo eleitoral, garantia de um futuro melhor para a República Democrática do Congo”, acrescentam os bispos.

Convidada para a Conferência internacional organizada pela Fundação alemã Konrad Adenauer, a Igreja católica havia nomeado seu representante o secretário geral, Pe. Leonard Santedi.

Porém, uma vez verificado que como representantes políticos congoleses participavam do encontro – dedicado aos “processos eleitorais na África subsaariana” – somente expoentes da oposição, os prelados anularam sua participação.

Maioria e oposição divididas sobre as eleições

O tema das eleições está dividindo profundamente a política congolesa, contrapondo o presidente Joseph Kabila e os opositores.

Efetivamente, o chefe do Estado propôs um “diálogo nacional” para definir o calendário eleitoral que deveria culminar nas presidenciais de novembro de 2016, atualmente colocado em risco com o adiamento das eleições locais, com data a ser ainda estabelecida.

Por sua vez, a oposição defende tratar-se de uma tentativa de prolongar o tempo e conseguir, desse modo, uma extensão do mandato de kabila. (RL)

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Indonésia: “Apresentar o rosto misericordioso de Deus”

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Bandung (RV) – “Viver plenamente a própria vocação de apresentar ao mundo o rosto misericordioso de Deus”: este é o compromisso assumido pelos religiosos e religiosas na Indonésia, na conclusão do Ano da vida Consagrada e no início do novo Ano jubilar. Foi o que reiteraram os membros de 70 congregações religiosas presentes no arquipélago, participando de uma solene Eucaristia celebrada nos dias passados em Lembang, cidade na parte ocidental da ilha de Java.

Chamados à partilha

Os consagrados, especialmente no Ano Santo, se sentem chamados a exercitar “compaixão e compartilha, proclamando a alegria do Evangelho e a salvação ao próximo, sobretudo aos menores, aos fracos, aos pobres, aos desabrigados, aos deficientes, participando ativamente na proteção da Criação”, lê-se na declaração apresentada ao final de três dias dedicados à vida consagrada na Indonésia.

Os religiosos reiteraram seu compromisso em “despertar o mundo”, assinando um texto que será divulgado em todas as ordens religiosas que fazem apostolado na Indonésia. No texto declaram-se prontos a “continuar a peregrinação de fé iniciada pelos predecessores, renovando a espiritualidade e o carisma da própria comunidade, mantendo sempre uma estreita relação com Deus”.

Declaração dos religiosos

“Com um só coração e uma só alma – prossegue o texto –, desejamos desenvolver continuamente a vida de fraternidade de modo que a vida religiosa em comunidade, segundo os votos de castidade, pobreza e obediência, possa se tornar testemunho cristão autêntico e inspirar o próximo”.

Nesta obra, conclui a declaração, confia-se com fé e esperança a Deus, e se pede a intercessão de Maria, Mãe do Senhor, e dos fundadores das congregações religiosas. (SP)

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Formação



A atualidade do Concílio, nas palavras do reitor do Pio Brasileiro

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano”. Na terça-feira, 8 de dezembro – solenidade da Imaculada Conceição de Maria –, além do início oficial do Jubileu extraordinário da Misericórdia com a abertura da Porta Santa, celebramos uma data mais que importante para a história recente da Igreja: os 50 anos de conclusão do Concílio ecumênico Vaticano II, para muitos, o evento religioso mais relevante do Séc. XX, reconhecido como uma primavera na vida da Igreja, um sopro do Espírito Santo.

 

Como sabemos, passados 50 anos de sua conclusão, o Concílio continua sendo um tesouro precioso para a Igreja, do qual haurir suas riquezas para responder aos desafios pastorais que se lhe apresentam neste Terceiro Milênio.

Na edição de hoje temos a participação do reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, Pe. Geraldo Maia, a quem pedimos que nos falasse sobre esta atualidade do Concílio. Eis as suas considerações. (RL)

Ouça clicando acima

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A formação dos missionários estrangeiros no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) - Concluiu-se no último dia 11, o Curso de Iniciação à Missão no Brasil, promovido pelo Centro de Formação intercultural (Cenfi) com a organização do Centro Cultural Missionário (CCM). 

Perguntamos ao secretário-executivo do CCM, Pe. Stefano Raschietti, responsável pelo centro, de quais países os missionários são provenientes. (MJ)

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Atualidades



Site garante serviços essenciais a preços justos para peregrinos

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Cidade do Vaticano (RV) - Para garantir aos peregrinos uma estadia segura em Roma durante o Jubileu da Misericórdia, o site “vatimecum.com” foi lançado tendo por objetivo evitar a elevação de preços devido à ocasião especial. A iniciativa tem a autorização do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização do acontecimento, e está disponível em sete idiomas, incluindo o português.

Na Prática, o portal disponibiliza aos viajantes uma série de serviços com a garantia de preços justos nas principais despesas, como refeições, hospedagem, seguro de saúde, entre outros.

Garantidos e controlados

À Rádio Vaticano, um dos gestores do portal, Andrea Collati, disse que a ideia da criação do portal surgiu na tentativa de garantir aos peregrinos que vêm a Roma nesse período preços justos em relação aos serviços essenciais. “Por meio dos portal, os peregrinos podem adquirir esses serviços, que são garantidos e controlados também pelo Conselho Pontifício”, afirmou.

“Nós adotamos essa iniciativa a fim de ir ao encontro dos peregrinos que, na última edição do Jubileu, provavelmente tiveram alguma experiência ruim, experiências que nos foram repassadas. Assim, com base nessas informações, pensamos em criar algo que pudesse oferecer esses serviços essenciais a preços justos e controlados”, ressaltou.

Sem preocupação

De acordo com Collati, embora o portal tenha objetivos comerciais, respeita todos os valores éticos e, sobretudo, cristãos. “Porque temos a intenção de fazer com que os peregrinos possam viver seu Jubileu com a máxima serenidade possível e, assim, sem a necessidade de se preocupar se uma oferta é compensadora ou não.”

Ainda segundo ele, “por meio do site, o peregrino poderá adquirir todos esses serviços, sem a necessidade de pensar muito, porque todos os serviços possuem os mesmos preços e são garantidos em toda Roma”, disse.

Refeições em Roma

Outro destaque do site está na parceria com a empresa Ticket Restaurant, que permite aos peregrinos comprar tíquete-refeição a 5 euros cada e utilizá-los em mais de 100 restaurantes distribuídos por toda capital, principalmente em torno do Vaticano e do centro histórico.

Ou seja, no caso de um café da manhã (café ou cappuccino + croissant + suco + água), a opção sairá por 1 tíquete. Já uma refeição simples de almoço (massa ou pizza + água + café ou fruta) poderá custar 2 tíquetes.

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Comércio de armas: a produção da morte

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Cidade do Vaticano (RV) – O comércio mundial de armas teve a sua quarta retração consecutiva, segundo dados do relatório do Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz (Suécia), divulgados na última terça-feira (15/12). No entanto, apesar da redução de 1,5% desde 2013, o estudo revela que o setor possui um peso considerável na economia global.

“L’Osservatore Romano” destaca que o lobby do armamento excede as fronteiras dos países e provoca mortes em todo o mundo. De acordo com o jornal vaticano, o relatório traz uma série de dados relativos às despesas militares com o comércio de armas, seja legal ou ilegal.

O estudo aponta ainda que houve uma tendência de redução na venda de armas na América do Norte e em alguns países da União Europeia. Em contrapartida, a Alemanha e a Suécia registraram aumento de 9% e de 11%, respectivamente.

TOP 100

Já entre os produtores emergentes, a Rússia continua a dominar a lista dos 100 maiores fabricantes mundiais. Outros países que se destacaram no crescimento do comércio de armas foi a Turquia, a Índia e a Coreia do Sul – mais de 10%, segundo o relatório.

Ao todo, o mercado de armas movimenta mais de US$ 400 bilhões. Portanto, destaca o L’Osservatore Romano, a queda mundial de 1,5% se trata de uma queda aparente, puxada pelo mercado norte-americano e europeu.

No mundo, as grandes empresas aumentaram o volume de seus negócios. Destaca-se também, entre as empresas norte-americanas, a Lookheed Martin – responsável por 54% do mercado –, que registrou um amento de 3,9% nas vendas, movimentando aproximadamente US$ 37 bilhões.

“Novos produtores”

Chama a atenção, no estudo sueco, a categoria dos “novos produtores”, que pretende analisar melhor a evolução das empresas em que os países anunciaram metas para indústria militar, como no Brasil, na Índia, na Coreia do Sul e na Turquia.

Entre 2013 e 2014, o tráfico de armas nesses países teve um aumento substancial graças as suas produções. No total, segundo os dados, a entrada de produtores nesses países cresceu 5,1% . No topo, está a empresa russa Uralvagonzavod, cujos lucros cresceram até 72,5%.

Papa Francisco

Ainda sobre o tema, o Papa Francisco tem condenado constantemente o tráfico de armas. Juntamente com a desnutrição, o trabalho escravo e a falta de água potável no mundo, a produção e o tráfico de armas também são apontados por Francisco como um dos maiores problemas da sociedade mundial. (PS)

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