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Sumario del 30/12/2015

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Audiência: Deus se fez pequeno. Este é o grande mistério

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Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de peregrinos participaram da última Audiência Geral do ano, na Praça S. Pedro. Como de costume, antes de pronunciar a sua catequese, o Papa saudou os presentes a bordo do seu papamóvel, fazendo a alegria dos fiéis. E brincou sobre o inverno romano: "Faz frio, heim?". 

Ao se dirigir aos peregrinos, Francisco refletiu sobre a devoção ao Menino Jesus, o protagonista do presépio nesses dias natalinos. Muitos santos e santas cultivaram essa devoção, como por exemplo Santa Teresa de Lisieux, que como monja carmelita escolheu o nome de Teresa do Menino Jesus. Ela soube viver aquela “infância espiritual” que se assimila justamente meditando a humildade de Deus que se fez pequeno por nós.

“E este é um grande mistério, Deus é humilde! Nós que somos orgulhosos, repletos de vaidade e acreditamos ser grandes, e somos nada! Ele é grande, é humilde e se faz criança. Este é um verdadeiro mistério!”, disse o Pontífice, acrescentando que toda a vida terrena de Jesus é revelação e ensinamento, sendo a morte e ressurreição a expressão máxima do seu amor redentor.

Para crescer na fé, afirmou Francisco, seria necessário contemplar com mais frequência o Menino Jesus, não obstante se saiba pouco de sua infância: da apresentação ao Templo e a visita dos Reis Magos, há um salto de doze anos até a peregrinação de Jesus com Maria e José para a Páscoa. Todavia, prosseguiu, podemos aprender muito de sua vida se olharmos para o modo de ser das crianças.

Antes de tudo, elas querem a nossa atenção e precisam dela para se sentirem protegidas: “É necessário também para nós colocar Jesus no centro da nossa vida e, mesmo que possa parecer paradoxal, saber que temos a responsabilidade de protegê-lo. Ele quer estar entre nossos braços, deseja ser acudido e poder fixar o seu olhar no nosso.”

As crianças, por fim, amam brincar e, para isso, é preciso abandonar a nossa lógica para entrar na lógica infantil. Trata-se de um ensinamento.

Diante de Jesus somos chamados a abandonar a nossa pretensão de autonomia - este é o nó da questão -, para acolher ao invés a verdadeira forma de liberdade, que consiste em conhecer quem temos diante de nós e servi-lo: é o Filho de Deus. Ele veio para nos mostrar a face do Pai rico de amor e de misericórdia. Coloquemo-nos a seu serviço”, exortou o Papa.

Ao final, Francisco pediu que, ao voltarem para casa, os fiéis se aproximem do presépio e beijem o Menino Jesus, pedindo a seguinte graça: “Jesus, quero ser humilde como você, humilde como Deus”.

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(BF)

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Francisco pede ajuda a vítimas de enchentes

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (30/12), o Papa Francisco fez um apelo em prol das vítimas das enchentes nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na América do Sul.  

“Convido a rezar pelas vítimas das calamidades que, nesses dias, atingiram os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a América do Sul, especialmente o Paraguai, causando infelizmente mortos, muitos desabrigados e grandes prejuízos. Que o Senhor dê conforto a essas populações, e a solidariedade fraterna os socorra em suas necessidades.”

Enchentes no Paraguai, Uruguai e Argentina causaram a morte de pelo menos oito pessoas e deixaram mais de 150 mil desabrigados. No Brasil, as chuvas também desalojaram 1,9 mil famílias no Rio Grande do Sul, levando 12 prefeituras a decretarem situação de emergência. Nos Estados Unidos, 40 pessoas morreram no sul e centro do país por desastres naturais.

Na Grã-Bretanha, o sul da Inglaterra e partes do País de Gales foram atingidos por fortes enchentes nos últimos dias. Um homem na cidade de Somerset morreu depois de ter ficado preso dentro de seu carro.

(BF)

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Retrospectiva 2015: Um ano com o Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – O terceiro ano de Pontificado levou Francisco à Ásia, América e África. O Papa também visitou a periferia da Europa, rezou diante do Santo Sudário em Turim e visitou o Santuário de Nossa Senhora de Pompeia.

O ano que termina foi marcado pela proximidade do peregrino da Misericórdia aos últimos: lavou os pés de detentos em uma penitenciária de Roma, abraçou o filho de um interno no presídio de Palmasola na Bolívia e visitou um campo de refugiados na África.

Para recordar este ano em que Francisco abriu o Jubileu da Misericórdia, a Rádio Vaticano preparou uma retrospectiva em que lembramos os momentos mais marcantes do ano do Papa.

 

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3,2 mi participam de eventos no Vaticano com o Papa em 2015

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao longo de 2015, o número total de fiéis que participaram dos eventos no Vaticano com o Papa Francisco chegou a 3.210.860. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31/12) pela Prefeitura da Casa Pontifícia.

Segundo os dados, abril foi o mês com a maior concentração de fiéis no Vaticano, totalizando em 479.950 pessoas. O levantamento aponta que, nesse mês, 106 mil participaram das audiências gerais, 13,9 mil das audiências especiais, 110 mil das celebrações litúrgicas e 250 mil dos Angelus.

Durante todo o ano de 2015, os Angelus tiveram a maior concentração de fiéis, totalizando em 1,5 milhão de pessoas. Já as audiências gerais contaram com um público de mais de 704 mil peregrinos, enquanto as audiências especiais somaram 408 mil. Em relação às celebrações litúrgicas com o Papa Francisco, foram 513 mil fiéis.

A Prefeitura da Casa Pontifícia ressalta que os números não incluem a participação dos fiéis em viagens apostólicas.

"Voltamos às cifras normais", após aquelas dos primeiros tempos do pontificado, "aquelas sim, absolutamente extraordinárias", pelo inegável "efeito novidade" do Papa Francisco, comentou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, a respeito dos números divulgados.

"E certamente, o Papa não mede a eficácia de seu serviço" pelo número de participantes nos encontros no Vaticano, ainda se "as cifras de que falamos, sejam sempre muito elevadas", observou.

"Certamente - prosseguiu - neste ano houve menos eventos" de grande envergadura "em Roma, como houve no ano passado com a canonização dos dois Papas ou como em 2013 com o Conclave e a eleição do Papa Francisco". Depois, "neste últimos meses - avalia o porta-voz vaticano - o clima e as preocupações" após os atentados, provavelmente tenham provocado "uma certa diminuição das multidões, também pelas medidas de segurança" adotadas, necessárias, mas que podem "ter desencorajado".

Ademais - recorda Padre Lombardi - este Jubileu está caracterizado pela difusão em todo o mundo mais do que em Roma. Outrossim - acrescenta - 2015 "foi um ano de encontros de grandes dimensões fora do Vaticano, nas viagens, recordemos as Filipinas, com uma participação realmente impressionante, também a América Latina em julho, pensemos também, não obstante as preocupações com a segurança, a viagem aos Estados Unidos e a Cuba; também na África recém vimos grandes multidões, mesmo proporcionalmente nas várias situações e dificuldades" nos países visitados por Francisco.

"Poderíamos dizer que houve uma descentralização da experiência do encontro com o Papa" - disse - que onde quer que vá "atrai um número altíssimo de pessoas", em busca de sua proximidade e do contato físico, como nos primeiros tempos víamos no Vaticano". Assim, "me parece tudo normal que exista um decréscimo em relação aos primeiros tempos, e tudo é um pouco relativo: estamos sempre diante de números enormes". (PS/JE)

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Dedicada à água a 15ª da Escola de astrofísica da Specola Vaticana

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Cidade do Vaticano (RV) - A 15ª edição da escola de verão (hemisfério norte) de astrofísica da Specula vaticana – Observatório astronômico vaticano –, que terá início em 29 de maio de 2016, será dedicada à água. Realizada a cada dois anos, a próxima edição terá a duração de quatro semanas.

Os trabalhos propõem-se a evidenciar o valor da água, a qual desempenha um papel importante na origem e no desenvolvimento químico dos cometas, dos asteroides e dos planetas, inclusive da Terra.

Ademais, a água é um elemento primário que reveste um papel decisivo na vida dos seres humanos. Não por acaso, o tema da escola de verão é "A água no sistema solar e fora dele".

Representando os cinco continentes, participarão estudantes provenientes de vinte e um países, entre os quais oriundos do Equador, Malásia, Filipinas e Uganda.

Mas não haverá somente estudantes que aspiram desenvolver a própria carreira profissional no campo da astronomia: estarão presentes também astrônomos de fama internacional, cuja competência vai desde a participação em recentes missões espaciais ao trabalho em laboratórios de pesquisa.

A primeira escola de verão de astrofísica da Specula vaticana teve lugar em 1986: a partir de então, mais de trezentos e cinquenta estudantes, provenientes de setenta países, participaram da inciativa.

É bastante significativo que mais de 80% dos alunos prosseguiram os estudos nesse âmbito, com alguns deles que se tornaram figuras renomadas da astronomia contemporânea. (L’Osservatore Romano / RL)

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China pode aceitar nova nomeação episcopal do Vaticano

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Rádio Vaticano (RV) – Eleito localmente em maio deste ano para ser o futuro bispo da diocese chinesa de Chengdu, em Sichuan (centro), o Padre Tang Yuanghe poderá receber também a validação de Roma. De acordo com a agência UcaNews, citada pelo jornal francês La Croix, a ordenação deverá acontecer no início de 2016.

A eleição e ordenação de bispos católicos chineses, conduzida de forma independente de Roma, são, há décadas, o principal item da agenda diplomática entre a Santa Sé e a China. Apesar dos sinais de abertura a um diálogo sobre a escolha dos candidatos ao episcopado, Roma pede que a última palavra seja do Papa, símbolo da unidade da Igreja.

Sinais positivos

Um dos sinais concretos deste percurso de diálogo foi o telegrama enviado pelo Papa ao presidente chinês ao sobrevoar o território do país quando visitou a Coreia do Sul, em 2014.

“Para o Padre Tang, a validação de Roma parece ter sido dada antes da ordenação e é de conhecimento de todos, mesmo que ainda não seja oficial”, destacou o Padre Jean Charbonnier, religioso das Missões Estrangeiras de Paris (MEP) e especialista em cristianismo chinês ouvido por La Croix.

“No contexto da retomada dos diálogos entre o Vaticano e a China, este é um outro sinal positivo”, acrescentou. (RB)

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Não há limites ao amor de Deus, reforça o Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Em seu tuíte desta quarta-feira (30/12), o Papa Francisco voltou a mencionar um trecho da Bula de convocação do Ano Santo, Misericordiae Vultus (Rosto da Misericórdia). “Ninguém pode pôr limites ao amor de Deus, que está sempre pronto a perdoar”, escreveu.

A mensagem é praticamente um complemento de seu tuíte anterior, publicado na última segunda-feira (29/12), quando Papa frisou que “a misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado” e, consequentemente, um convite aos fiéis para participar desse amor gratuito.

Deus, humilde e grande, se faz pequeno

No documento do Ano Jubilar, o Papa pontuou que “a missão que Jesus recebeu do Pai foi a de revelar o mistério do amor divino na sua plenitude”. Sobre esse “grande mistério”, na catequese desta quarta-feira, Francisco enfatizou a humildade de Deus, que se faz criança. “Nós que somos orgulhosos, repletos de vaidade e acreditamos ser grandes, e somos nada”, reforçou.

Na Bula, ao citar São Tomás de Aquino, o Pontífice recordou ainda que “é próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência”. De acordo com ele, as palavras de São Tomás de Aquino mostram como a misericórdia de Deus é um sinal da qualidade de sua onipotência.

Amor gratuito

Nessa dimensão, o Papa Francisco disse também que é por meio da misericórdia que podemos ter a prova de como Deus ama: “Ele dá tudo de Si mesmo, para sempre, gratuitamente e sem pedir nada em troca. Vem em nosso auxílio, quando O invocamos. É significativo que a oração diária da Igreja comece com estas palavras: 'Deus, vinde em nosso auxílio! Senhor, socorrei-nos e salvai-nos' (Sal 70/69, 2)”, ressaltou no documento.

Por fim, ainda na Bula, Francisco pontuou que Deus “vem para nos salvar da condição de fraqueza em que vivemos. E a ajuda d’Ele consiste em fazer-nos sentir a sua presença e proximidade. Dia após dia, tocados pela sua compaixão, podemos também nós tornar-nos compassivos para com todos”. (PS)

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Rádio Vaticano com o Papa nas celebrações de fim de ano

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(Rádio Vaticano) – A agenda do Papa para este fim de ano. A Rádio Vaticano transmitirá as próximas celebrações presididas pelo Papa.

 

Na quinta-feira (31/12), o Papa preside ao Te Deum na Basílica de São Pedro. A Rádio Vaticano transmite a partir das 13h50 de Brasília.

Na sexta-feira (1º/01), o Papa celebra a Santa Missa de Ano Novo, com transmissão ao vivo da Rádio Vaticano em português a partir das 6h50 de Brasília. 

À tarde, a  partir das 13h50 de Brasília, a Rádio Vaticano transmite a abertura da Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior – uma das quatro basílicas papais de Roma e o mais antigo templo dedicado a Nossa Senhora no Ocidente. 

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Igreja no Brasil



Porto Alegre tem novo Bispo Auxiliar

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Cidade do Vaticano (RV) – A Arquidiocese de Porto Alegre (RS) tem novo Bispo Auxiliar: o Papa Francisco nomeou para o cargo o Reverendo Aparecido Donizete de Souza. Até então, Dom Aparecido era pároco da paróquia “São Francisco de Assis” em Cornélio Procópio (PR).

Biografia

Aparecido Donizete de Souza nasceu em 13 de janeiro de 1964 em Primeiro de Maio, Arquidiocese de Londrina (Paraná). Estudou Filosofia no Instituto Filosófico de Apucarana e Teologia no Instituto Teológico “Paulo VI” de Londrina. Fez a Licenciatura em Espiritualidade no Pontifício Instituto de Espiritualidade “Teresianum” de Roma (2001-2003). Recebeu a ordenação sacerdotal em 12 de dezembro de 1992 e foi incardinado na diocese de Cornélio Procópio, na qual desempenhou os seguintes cargos: vigário paroquial da Catedral (1992-1993); pároco em Jataizinho (1994-2001); reitor do Seminário “Menino Deus” (2004-2007); pároco em Sapopema (2007-2011) e reitor do Seminário maior “São José” (2012-2014).

Atualmente, é pároco da paróquia “São Francisco de Assis” em Cornélio Procópio (PR), Diretor Espiritual do Seminário e Assessor diocesano para a Pastoral litúrgica. 

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Cardeal Tempesta celebra Missa em cracolândia do Rio

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Rio de Janeiro (RV) - O Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, O.Cist, celebrou na tarde do dia 29 de dezembro em uma cracolândia da zona norte do Rio, a Santa Missa de Natal com a participação de adultos, crianças e suas famílias. 

Logo após a Santa Missa, pelo segundo ano consecutivo, o Cardeal Tempesta serviu a ceia de Natal para estes nossos irmãos que vivem em vulnerabilidade social. Durante a Ceia, o Cardeal Tempesta cumprimentou individualmente e deu uma especial bênção para cada pessoa, dando-lhes atenção, afeto e carinho de pai e Pastor da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele próprio sentou-se com os seus diocesanos para esta confraternização natalina.

O Cardeal Tempesta manifestou sua alegria em estar com estes nossos irmãos e ressaltou que este é um trabalho permanente da Arquidiocese com as pessoas que vivem em vulnerabilidade e estão no centro do Ano Santo da misericórdia.

Os consagrados da Toca de Assis e as Missionárias da Caridade realizam um trabalho sistemático e permanente com estes nossos irmãos. (SP) 

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Igreja na América Latina



Os indígenas que almoçarão com o Papa em Chiapas

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Cidade do México (RV) – Os indígenas que almoçarão com o Papa Francisco em 15 de fevereiro, em Chiapas, estão sendo selecionados pelos sacerdotes da Diocese de San Cristóbal de las Casas. Deverão ser escolhidas pessoas que representem a realidade local e estejam “próximas ao rebanho”.

O Bispo da Diocese, Dom Felipe Arizmendi Esquivel, afirmou em uma entrevista ao “La Razón” que já foi realizada uma consulta entre as comunidades “para que sejam indicados candidatos, e já está sendo realizada uma escolha prévia”.

Fontes da Igreja manifestaram que a Diocese convocou os interessados que tivessem desejo em participar do encontro com o Papa Francisco, e dentre os quais, serão escolhidas dez pessoas, “de acordo com sua proximidade ao rebanho” em Chiapas.

Dom Arizmendi destacou que para ter acesso às cerimônias ou encontros com o Pontífice, se deverá estar inscrito em uma das quatros listas elaboradas pelas paróquias da diocese.

Na missa com as comunidades indígenas no Centro Esportivo Municipal, cada paróquia tem uma lista com o nome das pessoas que são conhecidas do pároco e seus colaboradores, para se ter uma segurança de que as pessoas são confiáveis.

A respeito da visita à Catedral de San Cristóbal de las Casas, o prelado informou que estarão presentes “somente anciãos e doentes indicados pelas paróquias”. Posteriormente, no encontro com as famílias no Estádio Víctor Manuel Reyna, em Tuxtla Gutiérrez, uma quarta lista estará a cargo da Comissão Episcopal de Pastoral Familiar.

Interpelado se os bilhetes de entrada seriam destinados exclusivamente aos habitantes de Chiapas, Dom Dom Arizmendi antecipou que “preferencialmente serão destinados aos originários deste Estado”, porém, explicou,  “virão indígenas da Guatemala e de outros Estados”.

O prelado sublinhou que o Papa Francisco manifestou a ele, em uma audiência realizada no Vaticano, que em sua viagem ao México gostaria de estar com os enfermos, presos, migrantes, indígenas e idosos. “Ele vai à Michoacán, pela violência ali existente, como um sinal de sua preocupação pelo narcotráfico e a insegurança em todos o país. Vai à Ciudade Juárez, para estar próximo de tantos migrantes que padecem o indizível em seu intento de chegar ao norte; vem à San Cristóbal para estar com os marginalizados e excluídos, os indígenas”, precisou. (JE)

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CELAM unifica suas entidades pastorais e de estudo no CEBITEPAL

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Bogotá (RV) – A Conferência Episcopal Latino-americana (CELAM) unificou suas três entidades pastorais e de estudo para a América Latina: teológico, bíblico e o observatório pastoral, em uma mesma entidade: o Centro Bíblico Teológico Pastoral para a América Latina e o Caribe (CEBITEPAL).

O Cardeal Rubén Salazar indicou que “a consolidação do CEBITEPAL, à luz do plano global”, é um de seus objetivos prioritários como Presidente do CELAM para o quadriênio 2015-2019.

O Secretário Geral do CELAM e Reitor do CEBITEPAL, Monsenhor Juan Espinoza, explicou por sua vez que o novo organismo quer ser um espaço onde os melhores professores da América Latina e do Caribe possam encontrar-se para pesquisar e oferecer a sua ciência. E também, onde possam se enriquecer muitos estudantes, agentes de pastoral leigos, religiosos, religiosas, sacerdotes e bispos do continente.

O Vice-Reitor pastoral, Padre Moisés Pérez, sublinha ademais que o CEBITEPAL “é a concretização do CELAM, que sempre teve uma vocação formativa”. Enquanto o Diretor da Escola Bíblica, o sacerdote Guillermo Acero, indicou que a comunhão profunda entre as três escolas, criará sinergias.

A propósito da unificação das três entidades, a Diretora da Escola Social, Dra. Susana Nuin, acentua que na nova entidade, “a trajetória do ITEPAL, com mais de 40 anos, e do CEBIPAL e do OBSEPAL, com mais de uma década”, buscam “manter e incrementar esta rica experiência formativa, reflexiva e investigativa, agregando o plus da interdisciplinaridade e da interculturalidade que, pelas características do Centro, se encontram referidos à dimensão latino-americana”.

O Diretor da Escola Teológica, o Dr. Patrício Merino Beas, indicou que o CEBITEPAL, com suas três escolas, aspira levar a cabo sua missão em espírito de comunhão e participação, mediante a docência, a pesquisa e diversos serviços, com as linhas próprias da teologia e a metodologia latino-americana. (JE)

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Documentário"Ore Ru" retrata visita do Papa ao Paraguai

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Assunção (RV) – O documentário “Ore Ru” (“Pai Nosso”, em guarani) sobre a visita do Papa Francisco ao Paraguai, está em cartaz nos cinemas paraguaios. Realizado pelo jovem diretor Armando Aquino, o filme nasceu de uma ideia surgida dentro da Comissão Nacional para a  visita do Pontífice, formada três meses antes de sua chegada, em 10 de julho de 2015. Foram os produtores do documentário, Juan Carlos Mangelia e Tana Schembori a escolher Aquino para a direção, “pela sua sensibilidade e pelo seu peculiar olhar sobre a realidade”.

O documentário é focado na expectativa gerada por este importante acontecimento, através de quatro histórias de vida: Gaby, 13 anos, nascida em um dos quatro bairros mais pobres da cidade de Assunção; Mafe, 16 anos, portadora por uma doença terminal; Margarita, 53 anos, que pertence ao povo aché e luta pela sobrevivência de sua cultura e das suas tradições e Tati, 18 anos, sobrevivente da tragédia do Supermercado Ycuá Bolaños.

O diretor colocou em evidência no filme a importância da chegada do Papa Francisco, 27 anos após a visita de São João Paulo II. (JE/Sir)

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Igreja no Mundo



É um milagre! Após a visita do Papa nenhum confronto, diz Núncio na Rep. Centro Africana

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Bangui (RV) – “Pode-se realmente falar de um milagre. Para os milagres se pede uma cura instantânea. Aqui ocorreu uma mudança de clima instantânea. Desde o dia da visita do Papa não houve nenhum combate entre as facções”. A comemoração foi do Núncio Apostólico na República Centro Africana, Dom Franco Coppola, ao comentar o clima das eleições realizadas no país neste dia 30, ao canal dos bispos italianos, TV2000.

“Após três anos de violência, o poder volta aos eleitores. O povo decide o próprio destino”, afirmou, ao fazer uma avaliação das eleições presidenciais e parlamentares realizadas no país após dois adiamentos e quase três anos de guerra civil, que levaram ódio e terror aos centro-africanos.

“Houve alguns enfrentamentos – explicou – no dia do referendum (ndr - 13 de dezembro de 2014) entre os extremistas e pessoas da mesma facção, mais moderados, que queriam ir votar. Portanto, em cada um dos lados, quer no muçulmano como no cristão, os extremistas procuraram impedir seus correligionários, por assim dizer, de participar das eleições, mas eles, a parte mais moderada, sentiu-se mais forte, também graças à experiência feita durante a visita do Papa e pediram e obtiveram o poder de votar”.

“Após três anos de violência – concluiu o Núncio – em que as milícias o bonito e sobretudo o mau tempo neste país, significa que o poder retorna aos eleitores, retorna ás urnas. O povo toma nas mãos o seu destino e decide o seu futuro”. (JE/IS)

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Valença poderá ter primeiro centro interreligioso da Europa. Mas existem entraves

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Valença (RV) –  O Arcebispo de Valência quer ressuscitar o antigo projeto do Centro Ecumênico de Oliva, mas não nos mesmos moldes. A bem da verdade, o local seria sim, um “centro interconfessional”, reunindo muçulmanos, budistas, cristãos ou judeus, nos terrenos do Setor 2 de Oliva Nova.

No local, ainda permanecem algumas colunas, o concreto e ferro do que serviriam de base para o templo ecumênico “El Salvador”, que reuniria as diversas confissões cristãs. Porém a obra nunca foi concluída. O local atualmente está abandonado.

Primeiro espaço na Europa com estas características

O Cardeal Arcebispo Antonio Cañizares anunciou na terça-feira, 29,  que a instituição religiosa está trabalhando para retomar a iniciativa neste mesmo espaço e "em breve se terá notícias de sua retomada". Não foram fixados prazos, nem datas, mas apenas assegurado que será o primeiro espaço na Europa com estas características. O purpurado pronunciou-se durante uma coletiva de imprensa por ocasião do Encontro Europeu de Jovens da Comunidade de Taizé, que reúne em Valença, desde 1º de janeiro, mais de 15 mil jovens.

Religiões unem e não separam

Fontes do Arcebispado explicaram que o novo centro teria os moldes de um “instituto de estudos religiosos”, para demonstrar que as religiões “unem e não separam. O projeto, ademais, teria a participação da Universidade Católica de Valença.

As mesmas fontes admitem que mesmo tratando-se de uma intenção, já se está trabalhando no projeto. “É um sinal de como Valença aposta decididamente no que o Concílio Vaticano II nos disse, ou seja, o encontro e a valorização das religiões e das diferentes confissões cristãs”, explicou Dom Cañizares.

Entraves legais

O anúncio do purpurado, no entanto, deixou perplexo o Prefeito da cidade, David González, visto que o Conselho Municipal, assim como o proprietário dos terrenos, não tomaram nenhuma decisão final. “Que o Arcebispo dê estas declarações sem que a Prefeitura tenha se pronunciado é uma imprudência”, afirmou.

O nacionalista González admitiu que foi visitado por um representante do Arcebispado, ocasião em que lhe foi manifestada a intenção de se retomar o projeto. O Prefeito insistiu que antes de se dar algum passo concreto nesta direcção, deveriam ser realizadas algumas consultas também aos cidadãos.

Precedentes dos terrenos e da obra

O Conselho Municipal de Oliva havia cedido gratuitamente ao Arcebispado de Valença, em 1998, terrenos com 26 mil m² com a finalidade de acolher um centro de peregrinos e convivência de diferentes confissões cristãs e tornar-se assim um ponto turístico.

A Generalitat Valenciana participou do projeto e financiou a construção de fundações e a construção da base da estrutura, com um aporte de 4,2 milhões de euros. A obras iniciais foram concluídas em 2003 e mais tarde abandonadas, porque o programa urbanístico não foi executado.

Em dezembro de 2005, o Conselho concordou em iniciar o expediente de reversão do solar onde seria construído o Centro Ecumênico para o Patrimônio Municipal, pelo descumprimento do prazo de execução da obra e a “falta de garantias” para seu financiamento.

Recurso negado

A Generalitat e  o Arcebispado recorreram da decisão, porém o Supremo Tribunal de Justiça, num acórdão de fevereiro de 2008, deu razão ao Conselho Municipal, rejeitando a ação. (JE)

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2015 foi um ano de luzes e sombras para a Igreja na Índia

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Nova Délhi (RV) - O ano que se está concluindo foi de luzes e sombras para a Igreja na Índia. O ano conclui-se com o anúncio da Canonização, em setembro próximo, de Madre Teresa de Calcutá: uma notícia que encheu de alegria o Natal dos cristãos indianos, como ressaltou à Rádio Vaticano o arcebispo de Nova Délhi, Dom Anil Couto.

Mais um ano marcado por violências anticristãs

O ano 2015 foi marcado também pelo perdurar das violências anticristãs em todo o país. Entre os eventos mais horrendos, os estupros de duas religiosas nos Estados de Bengala Ocidental e de Chhattisgarh, crimes que até hoje ficaram sem punição.

Tais crimes se somam aos repetidos ataques e às reconversões de massa ao hinduísmo, realizadas por grupos extremistas hindus considerados próximos ao Partido Bharatiya Janata do Presidente Narendra Modi.

E propriamente o governo Modi, no poder desde a metade de 2014, foi reiteradas vezes chamado em causa pela proximidade de seu partido com esses grupos e por seus silêncios iniciais sobre as violências.

Segundo um relatório publicado em junho por várias organizações dos direitos humanos, as agressões e os discursos que instigam ao ódio teriam verificado um novo recrudescimento exatamente após a vitória do Partido Bharatiya Janata.

Contudo, nos últimos meses o governo federal assegurou que os cristãos terão justiça. Num encontro organizado dias atrás pela Conferência Episcopal Indiana (Cbci) para as festas natalinas, o Ministro dos Assuntos Internos, Rajnat Singh, afirmou que o Executivo “estará sempre do lado da comunidade cristã na Índia”.

A obra humanitária da Igreja indiana

Em 2015 a Igreja indiana continuou sua obra humanitária em todo o país. A Caritas Índia esteve na linha de frente no Nepal após o terremoto de abril passado e, mais recentemente, junto às populações do Tamil Nadu, atingidas pelas enchentes.

Para financiar essas ajudas, a organização caritativa promoveu várias campanhas de coletas locais, vez que os financiamentos externos sofreram uma redução drástica nestes últimos anos, explicou o diretor, Pe. Frederick D’Souza.

A "Laudato si", inspiração para várias iniciativas em prol do ambiente e dos pobres

Outro evento relevante para a Igreja indiana em 2015 foi a publicação da Encíclica do Papa Francisco “Laudato si”, que serviu de estímulo para várias iniciativas a nível local.

O slogan escolhido este ano para o Dia nacional para a libertação dos dalit (os fora da casta) foi inspirado no documento pontifício.

Celebrado dia 13 do corrente com o tema “Clima, castas e cuidado com a Terra”, quis ressaltar a ligação estreita e forte entre cuidado com o ambiente e cuidado com os marginalizados e oprimidos. (RL)

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Dom Warduni: será necessário "um milagre" para libertar Mosul

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Iraque (RV) – Após Ramadi, a bandeira iraquiana voltará a tremular também em Mosul. Esta certeza foi expressa pelo Primeiro Ministro iraquiano al Abadi em um tweet, após a conquista da capital de Al Anbar, por sete meses nas mãos dos jihadistas do Estado Islâmico.

Mais de 80% da cidade ficou destruída e agora começa a caça aos colaboradores e  apoiadores do EI. Autoridades locais estimam que serão necessários ainda “dois meses” para pacificar e tornar segura a cidade que, em algumas zonas, ainda está nas mãos dos jihadistas. Resta porém agora, aquela que poderá ser a batalha mais dura, ou seja, a retomada de Mosul, último bastião dos homens de Abu Bakr al-Baghdadi no Iraque, e “capital do Estado Islâmico”. Autoridades iraquianas, apoiadas pela coalizão internacional, preparam a retomada da cidade, que deverá ser longa.

O ano de 2016 será “o ano da vitória final” contra o EI, havia dito al Abadi, auspício compartilhado pelo Bispo Auxiliar dos Caldeus, Dom Shlemon Warduni, que falou aos microfones da Rádio Vaticano:

“Nós pedimos com grande esperança que o ano de 2016 seja um ano de paz e não de guerra. E, certamente, que esta paz seja feita para o bem dos iraquianos, mas não somente para eles, também para os estrangeiros, que quero definir pelo menos como “tolos”, que deixaram seus países e vieram aqui para matar pessoas. Nós rezamos para que o ano de 2016 seja um ano de paz, para que os cristãos iraquianos voltem às suas casas, aos seus povoados, e não somente os cristãos, mas todos aqueles que foram expulsos de suas cidades, de suas casas: que voltem em paz aos seus povoados”.

RV: Um passo importante, necessário a ser dado, é a libertação de Mosul, da Planície do Nínive. Lá a situação parece ser muito mais dramática e mais difícil do que em Ramadi....

“Certamente, é mais difícil. É a segunda Província no Iraque, a de Mosul. Porém, pensemos um pouco na velocidade com que foi tomada pelo Estado Islâmico! Em poucas horas, pois havia tantos traidores! De outra forma, como é possível que um exército bem armado que enfrenta poucas pessoas, mil, talvez duas mil, seja derrotado em tão poucas horas? Se aquela cidade foi tomada rapidamente, também é verdade que agora será muito difícil reconquistá-la. Diria mesmo que será necessário um milagre ou uma grande força que venha em auxílio por parte de outras nações, da Europa ou da América, e não somente. Porém, não obstante isto, o nosso exército, junto àqueles que combatem com eles, deu um grande passo, conquistou uma grande vitória e esperemos que continue, pois todos sabem, e não sou eu a dizê-lo, que após a “libertação” será necessário um certo tempo até que acabe tudo. Todos estamos contentes que isto ocorra, também porque a pobre gente de Ramadi, Falluja e de outros lugares está dispersa aqui e acolá, nos campos de refugiados, em uma situação terrível! Há duas semanas fui visitar um campo com membros da Caritas. Dá vontade de chorar, só de olhar. Não se pode falar de outra forma, é uma coisa terrível, porque a guerra é do diabo, aqueles que querem a guerra são diabólicos, não têm consciência, não têm intelecto, não têm espírito!”.

RV: Existe o temor de que em Ramadi possam ocorrer atos de vingança contra pessoas que possam ter colaborado com o Daesh….

“Certo, este é um grande problema. Esperemos que o governo  envie pessoas realmente sábias. Outro problema é que Ramadi foi quase destruída e também para apoiar as pessoas que perderam a casa, que perderam tudo, é necessária uma sabedoria fundada certamente em deus. Eu digo a todo o mundo: caras pessoas que vivem nesta terra, pensem bem na paz, em semear o amor entre todos os homens, aquele amor que Deus teve por nós”. (JE)

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Governo theco indeniza Igrejas por bens confiscados pelo comunismo

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Praga (RV) – O governo da República Tcheca devolveu em 2015 à Igrejas, Sinagogas e Congregações religiosas cerca de 74 milhões de euros, como parte do programa de restituições das propriedades confiscadas durante o comunismo.

A Lei da restituição dos bens às Igrejas faz parte de um pacote de medidas adotadas pelo governo para a devolução de 56% de todas as propriedades confiscadas pelo regime comunista. O valor foi calculado em 2.900 milhões de euros, ao qual deverá ser acrescentado uma compensação financeira de 2.300 milhões de euros que será pago ao longo de trinta anos.

Em 2015, as Igrejas e Congregações religiosas receberam cerca de 74 milhões de euros, 55 milhões dos quais foi destinado à Igreja Católica.

O Secretário Geral da Conferência Episcopal, Dom Tomás Holub, confirmou que o valor permanecerá depositado em contas, como reserva para “tempos de vacas magras”, a exemplo do que foi feito nos anos anteriores. “Não queremos gastar mal o dinheiro e hoje não podemos investir para ajudar a sociedade em projetos de futuro”, explicou.

O Ministro da Cultura, Daniel Hermann, cuja pasta foi responsável pelas negociações com as Igrejas, entende as medidas adotadas pela maioria das congregações. “Querem poupar para o futuro, porque as ajudas do Estado irão se reduzir até desaparecer totalmente”, observou.

No entanto, nem todo o valor foi destinado à popupança. A Igreja Católica, por exemplo, investiu na restauração de templos. Somente a reconstrução de uma igreja na cidade de Ostrava, consumiu 2,5 milhões de euros e foi financiada com fundos do bispado.

A Federação das Comunidades Judaicas, por sua vez, levou a cabo uma monumental restauração da Sinagoga de Maisel. Parte dos gastos, num total de mais de 1 milhão de euros, foram cobertos com o dinheiro das restituições.

O abono deste ano para a Igreja Husita foi de quatro milhões de euros, enquanto a Igreja Irmãos Tchecos recebeu cerca de três milhões de euros e a Igreja Ortodoxa 1,5 milhões de euros.

Estima-se que o regime comunista tenha expropriado das Igrejas cerca de 2.500 construções, 175 mil hectares de bosques e 25 mil hectares de terras agriculturáveis. (JE)

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Formação



Pastoral Carcerária: ano conturbado nas prisões do Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – Um ano conturbado: assim o vice-coordenador nacional da Pastoral Carcerária, Pe. Gianfranco Graziola, define o ano de 2015 nas prisões brasileiras. 

Missionário da Consalata, o sacerdote lamenta, sobretudo, a continuação da política de aprisionamento em massa no Brasil – sistema que penaliza princilmente as classes mais desafavorecidas do país.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Pe. Gianfranco fala também sobre o indulto por ocasião do Ano Jubilar e como colocar em prática as obras de misericórdia como nos pede o Papa Francisco.

Clique acima para ouvir.

(BF)

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Porta aberta: Laudato si - De 142 a 150

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Cidade do Vaticano (RV) - Ecologia da vida quotidiana. 

142. Se tudo está relacionado, também o estado de saúde das instituições duma sociedade tem consequências no ambiente e na qualidade de vida humana: «toda a lesão da solidariedade e da amizade cívica provoca danos ambientais».[116] Neste sentido, a ecologia social é necessariamente institucional e progressivamente alcança as diferentes dimensões, que vão desde o grupo social primário, a família, até à vida internacional, passando pela comunidade local e a nação. Dentro de cada um dos níveis sociais e entre eles, desenvolvem-se as instituições que regulam as relações humanas. Tudo o que as danifica comporta efeitos nocivos, como a perda da liberdade, a injustiça e a violência. Vários países são governados por um sistema institucional precário, à custa do sofrimento do povo e para benefício daqueles que lucram com este estado de coisas. Tanto dentro da administração do Estado, como nas diferentes expressões da sociedade civil, ou nas relações dos habitantes entre si, registam-se, com demasiada frequência, comportamentos ilegais. As leis podem estar redigidas de forma correcta, mas muitas vezes permanecem letra morta. Poder-se-á, assim, esperar que a legislação e as normativas relativas ao meio ambiente sejam realmente eficazes? Sabemos, por exemplo, que países dotados duma legislação clara sobre a protecção das florestas continuam a ser testemunhas mudas da sua frequente violação. Além disso, o que acontece numa região influi, directa ou indirectamente, nas outras regiões. Assim, por exemplo, o consumo de drogas nas sociedades opulentas provoca uma constante ou crescente procura de produtos que provêm de regiões empobrecidas, onde se corrompem comportamentos, se destroem vidas e se acaba por degradar o meio ambiente.

2. Ecologia cultural

143. A par do património natural, encontra-se igualmente ameaçado um património histórico, artístico e cultural. Faz parte da identidade comum de um lugar, servindo de base para construir uma cidade habitável. Não se trata de destruir e criar novas cidades hipoteticamente mais ecológicas, onde nem sempre resulta desejável viver. É preciso integrar a história, a cultura e a arquitectura dum lugar, salvaguardando a sua identidade original. Por isso, a ecologia envolve também o cuidado das riquezas culturais da humanidade, no seu sentido mais amplo. Mais directamente, pede que se preste atenção às culturas locais, quando se analisam questões relacionadas com o meio ambiente, fazendo dialogar a linguagem técnico-científica com a linguagem popular. É a cultura – entendida não só como os monumentos do passado, mas especialmente no seu sentido vivo, dinâmico e participativo – que não se pode excluir na hora de repensar a relação do ser humano com o meio ambiente.

144. A visão consumista do ser humano, incentivada pelos mecanismos da economia globalizada actual, tende a homogeneizar as culturas e a debilitar a imensa variedade cultural, que é um tesouro da humanidade. Por isso, pretender resolver todas as dificuldades através de normativas uniformes ou por intervenções técnicas, leva a negligenciar a complexidade das problemáticas locais, que requerem a participação activa dos habitantes. Os novos processos em gestação nem sempre se podem integrar dentro de modelos estabelecidos do exterior, mas hão-de ser provenientes da própria cultura local. Assim como a vida e o mundo são dinâmicos, assim também o cuidado do mundo deve ser flexível e dinâmico. As soluções meramente técnicas correm o risco de tomar em consideração sintomas que não correspondem às problemáticas mais profundas. É preciso assumir a perspectiva dos direitos dos povos e das culturas, dando assim provas de compreender que o desenvolvimento dum grupo social supõe um processo histórico no âmbito dum contexto cultural e requer constantemente o protagonismo dos actores sociais locais a partir da sua própria cultura. Nem mesmo a noção da qualidade de vida se pode impor, mas deve ser entendida dentro do mundo de símbolos e hábitos próprios de cada grupo humano.

145. Muitas formas de intensa exploração e degradação do meio ambiente podem esgotar não só os meios locais de subsistência, mas também os recursos sociais que consentiram um modo de viver que sustentou, durante longo tempo, uma identidade cultural e um sentido da existência e da convivência social. O desaparecimento duma cultura pode ser tanto ou mais grave do que o desaparecimento duma espécie animal ou vegetal. A imposição dum estilo hegemónico de vida ligado a um modo de produção pode ser tão nocivo como a alteração dos ecossistemas.

146. Neste sentido, é indispensável prestar uma atenção especial às comunidades aborígenes com as suas tradições culturais. Não são apenas uma minoria entre outras, mas devem tornar-se os principais interlocutores, especialmente quando se avança com grandes projectos que afectam os seus espaços. Com efeito, para eles, a terra não é um bem económico, mas dom gratuito de Deus e dos antepassados que nela descansam, um espaço sagrado com o qual precisam de interagir para manter a sua identidade e os seus valores. Eles, quando permanecem nos seus territórios, são quem melhor os cuida. Em várias partes do mundo, porém, são objecto de pressões para que abandonem suas terras e as deixem livres para projectos extractivos e agro-pecuários que não prestam atenção à degradação da natureza e da cultura.

3. Ecologia da vida quotidiana

147. Para se poder falar de autêntico progresso, será preciso verificar que se produza uma melhoria global na qualidade de vida humana; isto implica analisar o espaço onde as pessoas transcorrem a sua existência. Os ambientes onde vivemos influem sobre a nossa maneira de ver a vida, sentir e agir. Ao mesmo tempo, no nosso quarto, na nossa casa, no nosso lugar de trabalho e no nosso bairro, usamos o ambiente para exprimir a nossa identidade. Esforçamo-nos por nos adaptar ao ambiente e, quando este aparece desordenado, caótico ou cheio de poluição visiva e acústica, o excesso de estímulos põe à prova as nossas tentativas de desenvolver uma identidade integrada e feliz.

148. Admirável é a criatividade e generosidade de pessoas e grupos que são capazes de dar a volta às limitações do ambiente, modificando os efeitos adversos dos condicionalismos e aprendendo a orientar a sua existência no meio da desordem e precariedade. Por exemplo, nalguns lugares onde as fachadas dos edifícios estão muito deterioradas, há pessoas que cuidam com muita dignidade o interior das suas habitações, ou que se sentem bem pela cordialidade e amizade das pessoas. A vida social positiva e benfazeja dos habitantes enche de luz um ambiente à primeira vista inabitável. É louvável a ecologia humana que os pobres conseguem desenvolver, no meio de tantas limitações. A sensação de sufocamento, produzida pelos aglomerados residenciais e pelos espaços com alta densidade populacional, é contrastada se se desenvolvem calorosas relações humanas de vizinhança, se se criam comunidades, se as limitações ambientais são compensadas na interioridade de cada pessoa que se sente inserida numa rede de comunhão e pertença. Deste modo, qualquer lugar deixa de ser um inferno e torna-se o contexto duma vida digna.

149. Inversamente está provado que a penúria extrema vivida nalguns ambientes privados de harmonia, magnanimidade e possibilidade de integração, facilita o aparecimento de comportamentos desumanos e a manipulação das pessoas por organizações criminosas. Para os habitantes de bairros periféricos muito precários, a experiência diária de passar da superlotação ao anonimato social, que se vive nas grandes cidades, pode provocar uma sensação de desenraizamento que favorece comportamentos anti-sociais e violência. Todavia tenho a peito reiterar que o amor é mais forte. Muitas pessoas, nestas condições, são capazes de tecer laços de pertença e convivência que transformam a superlotação numa experiência comunitária, onde se derrubam os muros do eu e superam as barreiras do egoísmo. Esta experiência de salvação comunitária é o que muitas vezes suscita reacções criativas para melhorar um edifício ou um bairro.[117]

150. Dada a relação entre os espaços urbanizados e o comportamento humano, aqueles que projectam edifícios, bairros, espaços públicos e cidades precisam da contribuição dos vários saberes que permitem compreender os processos, o simbolismo e os comportamentos das pessoas. Não é suficiente a busca da beleza no projecto, porque tem ainda mais valor servir outro tipo de beleza: a qualidade de vida das pessoas, a sua harmonia com o ambiente, o encontro e ajuda mútua. Por isso também, é tão importante que o ponto de vista dos habitantes do lugar contribua sempre para a análise da planificação urbanista.

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Cardeal Tempesta: Maria, Mãe de Deus

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Rio de Janeiro (RV) - Iniciamos o novo ano civil com o Dia Mundial da Paz (49º), que contempla o tema: “Vence as indiferenças e conquista a paz”! Nesse mesmo dia, a solenidade litúrgica que encerra a oitava do Natal é a de “Santa Maria, Mãe de Deus”.

Em tempos de tantos vilipêndios à nossa fé, em especial a Maria e a Jesus, esta celebração é o momento de reafirmarmos a nossa vida cristã diante de tantas ofensas que hoje ocorrem em nossa sociedade dita “cristã”. Diante disso tudo, somos chamados ainda mais a aprofundar a nossa fé e pedir ao Senhor que a aumente e nos faça colocá-la em prática com a graça de Deus.

A afirmação dogmática de Maria, mãe de Deus, vem sendo trabalhada por vários Concílios Ecumênicos: em 325 o Concílio de Nicéia e em 381 o Concílio de Constantinopla procuraram responder a respeito do Mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. No terceiro Concílio Ecumênico, o de Éfeso, em 431, foi declarado que Santa Maria é a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam e até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinavam de maneira errada: que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana, mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é, consequentemente, Mãe de Deus.

No século IV, ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a Divina Escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois nós todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus em três pessoas. Por isso, a Santíssima Virgem, mãe de Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, é a Mãe de Deus.

Neste primeiro dia do ano civil, a Igreja celebra a Solenidade da Virgem Maria, Mãe de Deus. Título mariano de grande importância para nós cristãos. Nós nos colocaremos na escola de Maria, a discípula perfeita, a primeira pregadora da Divina Misericórdia. Nesta meditação, vemos o sentido do “sim” de Maria, a abertura para Deus que a coloca numa disponibilidade aberta ao horizonte da fé voltado para o ilimitado.

Neste dia é a conclusão da Oitava do Natal, dia no qual a Igreja volta-se para a Virgem que gerou em seu seio e deu à luz o verdadeiro Deus feito homem. Chegou a plenitude dos tempos e “Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher”, aquela mesma que os pastores encontraram velando o “recém-nascido deitado na manjedoura”. Somos gratos à Virgem Santa e, contemplando o seu Filhinho, reconhecemos nele o Deus perfeito e a proclamamos verdadeiramente Mãe de Deus: “Salve, ó Santa Mãe de Deus! Vós destes à luz o Rei que governa o céu e a Terra pelos séculos eternos!’ – assim canta a Igreja hoje, saudando a Toda Santa Virgem Maria. Nossos irmãos orientais, de rito bizantino, no Natal, cantam: “Ó Cristo, que podemos oferecer-vos como dom por vos terdes manifestado sobre a Terra na nossa humanidade? Com efeito, cada uma das vossas criaturas exprime a sua ação de graças, e a vós traz: os Anjos, o seu cântico; o céu, uma estrela; os Magos, os seus dons; os Pastores, a admiração; a terra, uma gruta; o deserto, uma manjedoura; e nós, uma Virgem Mãe”! Eis, pois, caríssimos irmãos, nosso presente ao Salvador: a mais bela flor de nossa raça, o mais belo membro da Igreja, a Virgem Maria.

Os evangelhos, sobretudo o de São João, sublinham e testemunham a vinda de Deus na carne humana. O papel de Maria recebe relevo nas mãos de São Lucas. Para São Mateus, ela faz o elo de ligação entre as duas alianças. São Marcos, ao sublinhar a humanidade de Cristo, ressalta sua origem, sua procedência histórica. Em tudo isto, podemos ler indiretamente e de modo implícito o papel particular de Maria no evento da salvação, que depois será confirmado nos séculos seguintes, quando os bispos reunidos em Concílio declaram Maria como a Mãe do Verbo encarnado, a mãe do Filho de Deus, e por isto a Mãe de Deus.

Ao recordar a Maternidade Divina de Nossa Senhora, a Igreja recorda também as condições maravilhosas dessa maternidade: ela aconteceu de modo virginal! Com efeito, a Mãe do Senhor concebeu virginalmente, virginalmente deu à luz e virgem permaneceu para sempre! A Virgem não somente concebeu, mas também virginalmente deu à luz um filho – eis a profecia de Isaías (cf. 7,14). A Igreja canta esse mistério com palavras admiráveis: “Na sarça que Moisés via arder sem se consumir, admiramos o sinal da vossa incomparável virgindade, ó Mãe de Deus!” e ainda, pensando na porta selada, pela qual somente o Senhor passaria, como profetizou Ezequiel (cf. 44,2), a Igreja exclama: “A porta eterna do Templo eternamente fechado, feliz e pronta se abre somente ao Rei esperado”.

E, como penhor de que nossas preces serão ouvidas, supliquemos à Mãe de Deus toda Santa, toda Misericordiosa: “À vossa proteção recorremos, ó Santa Mãe de Deus! Protegei os pobres, ajudai os fracos, consolai os tristes, rogai pela Igreja, protegei o clero, ajudai-nos todos, sede nossa salvação! Santa Maria, sois a Mãe dos homens, sois a Mãe do Cristo que nos fez irmãos! Rogai pela Igreja, pela humanidade e fazei que, enfim, tenhamos paz e salvação”!

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

 

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O Decreto conciliar Inter Mirifica sobre os meios de comunicação

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar na edição de hoje do Decreto Inter Mirifica sobre os Meios de Comunicação Social. 

O Decreto Inter Mirifica sobre os Meios de Comunicação Social foi aprovado em 4 de dezembro de 1963. Foi o segundo entre os dezesseis Documentos do Concílio Vaticano II. Mesmo tendo sido aprovado por ampla maioria, o documento enfrentou resistências, pela pressão exercida sobre os Padres Conciliares por uma parcela do clero e de jornalistas franceses, alemães e estadunidenses, que consideravam o texto “fraco, vago e indigno de ser um Decreto Conciliar”.

Com o documento, o Concílio  Vaticano II reconhece que os “Instrumentos da Comunicação Social” estão “entre as maravilhas” (Inter Mirifica) da tecnologia, que, até então, representada pela televisão, pelo rádio, pela  imprensa escrita, e o cinema. Mas quem nos apresenta o documento é o Professor Renato Borges Neto, Docente no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro:

O segundo documento do Concílio Vaticano II  a ser promulgado pelo Papa Paulo VI, foi o Decreto Inter Mirifica sobre os meios de comunicação social. A expressão latina "inter mirifica" poderia ser traduzida como "dentre as maravilhas" e refere-se às grandes conquistas técnicas que o homem tem alcançado nas últimas décadas. Sua promulgação foi feita juntamente com a Constituição Sacrossanctum concilium sobre a liturgia, no final da II Sessão Conciliar, em 4 de dezembro de 1963. A discussão do Decreto pelos Padres foi breve. Foram apenas dois dias e meio de discussão: 23, 24 e parte do dia 26 de novembro de 1962. A votação  final foi expressiva. Dos 2.160 Padres Conciliares presentes, 2.138 votaram a favor, 15 votaram contra e 6 foram os votos inválidos. O esquema do Decreto Inter Mirifica, que teve mais de 70 rascunhos, foi preparado pelo Secretariado para a Imprensa e os Meios de Comunicação Social, presidido pelo Mons. O'Connor, que por mais de 14 anos, havia sido Presidente da Comissão Pontifícia para o cinema, rádio e televisão. Ao final das discussões, o Decreto foi reduzido a quase um quarto do tamanho original. Foi então dividido em uma pequena introdução, dois capítulos e uma conclusão: 24 pontos no total.

Nos dois primeiros números da introdução, o Concílio justifica porque trata deste tema. No número dois se lê: a Igreja como mãe, sabe que estes meios, se usados corretamente, prestam um enorme serviço ao gênero humano, dão eminente contribuição para o lazer e o cultivo dos espíritos e ajudam a propagar e tornar mais consistente o Reino de Deus. Mas sabe também, que estes mesmos meios podem ser usados contra os propósitos do Criador e contribuir para a degradação dos seres humanos. A Igreja sofre ao constatar que os males que afligem a sociedade em que vivemos, muitas vezes são decorrência do mau uso destes meios. Assim, o capítulo I versa sobre normas para o correto uso dos meios de comunicação social, enquanto o segundo capítulo traçará importante relação destes meios com a pastoral, com o apostolado da Igreja. Finalmente, a Conclusão fecha o documento com a exortação aos filhos da Igreja, a que coloquem em prática aquelas disposições.

Torna-se verdadeiramente importante recordar este Decreto, especialmente no momento em que vivemos uma ainda mais poderosa revolução nas comunicações sociais, com a exploração e a popularização do mundo digital. O próprio Papa Bento XVI em 16 de maio de 2010, Dia Mundial das Comunicações Sociais, convidou os sacerdotes do mundo inteiro a tornarem-se cidadãos digitais, pastores também no mundo digital”.

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