Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 06/01/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Em vídeo, Francisco pede oração pelo diálogo inter-religioso

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Em seu primeiro vídeo dedicado a divulgação de suas intenções de oração mensais, o Papa pediu ao Apostolado de Oração e a todos os homens e mulheres de boa vontade que rezem pelo diálogo inter-religioso.

“A maioria dos habitantes do planeta declara-se crente. Isto deveria ser motivo para o diálogo entre as religiões”, diz o Pontífice no início do vídeo ao ressaltar que a diversidade é uma riqueza.

“Não devemos deixar de rezar por isso e colaborar com quem pensa de modo diferente”, afirmou o Papa.

“Confio em Buda. Creio em Deus. Creio em Jesus Cristo. Creio em Deus, Alá”, dizem os representantes budistas, hebreus, católicos e muçulmanos e, a seguir, o Papa recorda:

“Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente, procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos; Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus”.

“Creio no amor”. Foi o que afirmaram todos os sacerdotes das diferentes religiões para que Francisco, então, confiasse as suas intenções.

“Confio em vocês para difundir a minha intenção deste mês: Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça; Confio na tua oração”.

Assista em VaticanBR

inizio pagina

A vocação da Igreja é ser missionária, sem proselitismo, diz Papa na Epifania

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – No dia em que a Igreja celebra a Solenidade da Epifania do Senhor, o Papa Francisco presidiu a Santa Missa na Basílica de São Pedro, reiterando na homilia que a “Igreja não pode iludir-se de brilhar com luz própria”, “mas com a de Cristo”. A exemplo dos Reis Magos, somos chamados “a sair dos nossos fechamentos, a sair de nós mesmos, para reconhecermos a luz esplendorosa que ilumina a nossa existência”. 

“Cristo é a luz verdadeira, que ilumina – disse o Papa - e a Igreja, na medida em que permanece ancorada n’Ele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos”. Por isso – explicou -  “os Santos Padres reconheciam, na Igreja, o «mysterium lunae»”, isto é, “é como a lua”, que não brilha com luz própria. E como cristãos, “temos necessidade desta luz, que vem do Alto, para corresponder coerentemente à vocação que recebemos”:

“Anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer entre muitas, nem é uma profissão. Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: isto é, ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. este é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação: resplandecer a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam conhecer o rosto do Pai”.

Assista à íntegra no YouTube

Francisco explica que os Magos, de que nos fala o Evangelho de Mateus, “são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que, a todos, chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel”:

“Os Magos representam as pessoas, dos quatro cantos da terra, que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si".

Coração inquieto

O Papa observa, que como os Magos, ainda hoje, “há muitas pessoas que vivem com o “coração inquieto”, continuando a questionar-se sem encontrar respostas certas; existe a inquietude do Espírito Santo que se move nos corações. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém”:

“Quantas estrelas existem no céu! E todavia os Magos seguiram uma diferente, uma nova, que – segundo eles – brilhava muito mais. Longamente perscrutaram o grande livro do céu para encontrar uma resposta às suas questões - tinham o coração inquieto - e, finalmente, a luz aparecera. Aquela estrela mudou-os. Fez-lhes esquecer as ocupações diárias e puseram-se imediatamente a caminho. Deram ouvidos a uma voz que, no íntimo, os impelia a seguir aquela luz - é a voz do Espírito Santo, que trabalha em todas as pessoas -; e esta guiou-os até encontrarem o rei dos judeus numa pobre casa de Belém”.

Pequena luz

A experiência dos Magos é uma lição para nós hoje, afirma o Papa. ”Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais que Deus oferece, cientes de que se requer o nosso esforço para os decifrar e, assim, compreender a vontade divina”:

“Somos desafiados a ir a Belém encontrar o Menino e sua Mãe. Sigamos a luz que Deus nos oferece, pequenina! O hino do breviário poeticamente nos diz que os Magos "lumen requirunt lumine", aquela pequena luz. A luz que irradia do rosto de Cristo, cheio de misericórdia e fidelidade. E, quando chegarmos junto d’Ele, adoremo-Lo com todo o coração e ofereçamos-Lhe de presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o nosso amor. A verdadeira sabedoria se esconde no rosto deste Menino. É aqui, na simplicidade de Belém, que a vida da Igreja encontra a sua síntese. Aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda a pessoa no mundo e orienta o caminho dos povos pela senda da paz”. (JE)

inizio pagina

Solenidade da Epifania - íntegra da homilia do Papa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na manhã deste dia 6 de janeiro, na Basílica de São Pedro, à celebração por ocasião da Solenidade da Epifania. Eis a íntegra da homilia:

"As palavras do profeta Isaías, dirigidas à cidade santa de Jerusalém, convidam-nos a sair – a sair dos nossos fechamentos, a sair de nós mesmos – para reconhecermos a luz esplendorosa que ilumina a nossa existência: «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória do Senhor amanhece sobre ti!» (60, 1). A «tua luz» é a glória do Senhor. A Igreja não pode iludir-se de brilhar com luz própria, não pode. Lembra-o Santo Ambrósio com uma bela expressão em que usa a lua como metáfora da Igreja, e diz assim: «Verdadeiramente como a lua é a Igreja (...) brilha, não com luz própria, mas com a de Cristo. Recebe o seu próprio esplendor do Sol de Justiça, podendo assim dizer: “Já não sou eu que vivo, é Cristo vive em mim”» (Exameron, IV, 8, 32). Cristo é a luz verdadeira, que ilumina; e a Igreja, na medida em que permanece ancorada n’Ele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos. Por isso, os Santos Padres reconheciam, na Igreja, o «mysterium lunae».

Temos necessidade desta luz, que vem do Alto, para corresponder coerentemente à vocação que recebemos. Anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer entre muitas, nem é uma profissão. Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: isto é, ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. Este é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação: resplandecer a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam de conhecer o rosto do Pai!

Os Magos, de que nos fala o Evangelho de Mateus, são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que, a todos, chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel. Os Magos representam as pessoas, dos quatro cantos da terra, que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si. Este é o serviço da Igreja, com a luz que reflete: fazer emergir o desejo de Deus que cada um traz em si. Como os Magos, ainda hoje, há muitas pessoas que vivem com o «coração inquieto», continuando a questionar-se sem encontrar respostas certas; existe a inquietude do Espírito Santo que se move nos corações. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém.

Quantas estrelas existem no céu! E todavia os Magos seguiram uma diferente, uma nova, que – segundo eles – brilhava muito mais. Longamente perscrutaram o grande livro do céu para encontrar uma resposta às suas questões – tinham o coração inquieto - e, finalmente, a luz aparecera. Aquela estrela mudou-os. Fez-lhes esquecer as ocupações diárias e puseram-se imediatamente a caminho. Deram ouvidos a uma voz que, no íntimo, os impelia a seguir aquela luz – é a voz do Espírito Santo, que trabalha em todas as pessoas; e esta guiou-os até encontrarem o rei dos judeus numa pobre casa de Belém.

Tudo isto é uma lição para nós. Hoje far-nos-á bem repetir a pergunta dos Magos: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo» (Mt 2, 2). Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais que Deus oferece, cientes de que se requer o nosso esforço para os decifrar e, assim, compreender a vontade divina. Somos desafiados a ir a Belém encontrar o Menino e sua Mãe. Sigamos a luz que Deus nos oferece, pequenina! O hino do Breviário poeticamente nos diz que os Magos “lumen requirunt lumine”, aquela pequena luz. A luz que irradia do rosto de Cristo, cheio de misericórdia e fidelidade. E, quando chegarmos junto d’Ele, adoremo-Lo com todo o coração e ofereçamos-Lhe de presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o nosso amor. A verdadeira sabedoria se esconde no rosto deste Menino. É aqui, na simplicidade de Belém, que a vida da Igreja encontra a sua síntese. Aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda a pessoa no mundo e orienta o caminho dos povos pela senda da paz".

inizio pagina

Papa no Angelus: abrir-se ao horizonte de Deus para encontrar Jesus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – No Angelus do Dia de Reis, o Papa iniciou sua reflexão a partir do Evangelho d o dia, cuja narrativa dos Reis Magos, vindos do Oriente a Belém para adorar o Messias, confere à festa da Epifania um fôlego de universalidade.

“Este é o fôlego da Igreja, que deseja que todos os povos da terra possam encontrar Jesus, ter a experiência do Seu amor misericordioso”, reiterou o Papa.

Ao recordar que as figuras dos Reis Magos representavam as diversas culturas que iam ao encontro do recém-nascido Messias, Francisco disse que a Igreja sempre viu neles a imagem de toda a humanidade.

“E com a celebração da Epifania, a Igreja quer quase guiar respeitosamente todos os homens e mulheres deste mundo em direção ao Menino que nasceu para a salvação de todos”, afirmou o Pontífice.

Caminho da Estrela

Ao recordar que na noite de Natal Jesus manifestou-se aos pastores, homens “humildes e desprezados” que “foram os primeiros a levar um pouco de calor àquela fria gruta de Belém”, o Papa disse que Reis Magos e pastores são muito diferentes entre si, mas que têm algo em comum: o céu.

“Os pastores e os Reis Magos nos ensinam que para encontrar Jesus é preciso saber sempre voltar o olhar ao céu, não estar fechado em si mesmo, mas ter o coração e a mente abertos ao horizonte de Deus, que sempre nos surpreende”.

Francisco concluiu sua reflexão usando a metáfora da Estrela de Belém, que é o Evangelho, “luz que nos guia em direção a Cristo”. Por fim, o Papa expressou sua proximidade aos cristãos do Oriente que celebram o Natal do Senhor nesta quinta-feira, dia 7. (RB)

inizio pagina

Angelus da Epifania - íntegra da mensagem do Papa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Após celebrar na Basílica de São Pedro a Missa pela Solenidade da Epifania, o Papa Francisco dirigiu-se à janela do apartamento Pontíficio para a tradicional oração mariana do Angelus. A seguir, a íntegra da mensagem:

“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No Evangelho de hoje, a narrativa dos Magos, vindos do Oriente a Belém para adorar o Messias, confere à festa da Epifania um ar de universalidade. E este é o ar da Igreja, que deseja que todos os povos da terra possam encontrar Jesus, fazer experiência de seu amor misericordioso. É este o desejo da Igreja: que encontrem a misericórdia de Jesus, o seu amor.

O Cristo recém nasceu, não sabe ainda falar, e todas as pessoas – representadas pelos Magos – já podem encontrá-lo, reconhecê-lo, adorá-lo. Dizem os Magos:  “Vimos a estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,2). Herodes ouviu isto apenas os Magos chegaram a Jerusalém. Estes Magos eram homens de prestígio, de regiões remotas e culturas diferentes, e se dirigiram à terra de Israel para adorar o rei que havia nascido. A Igreja sempre viu nisto a imagem de toda a humanidade, e com a celebração de hoje, da festa da Epifania, quer quase que indicar respeitosamente a todos os homens e todas as mulheres deste mundo a Criança que nasceu para a salvação de todos.

Na noite de Natal, Jesus manifestou-se aos pastores, homens humildes e desprezados – alguns dizem malfeitores; foram eles os primeiros a levar um pouco de calor naquela fria gruta de Belém. Então chegam os Magos de terras longínquas, também eles atraídos misteriosamente por aquela criança. Os pastores e os Magos são muito diferentes entre si; uma coisa, porém, os torna semelhantes: o céu. Os pastores de Belém acorreram logo para ver Jesus, não porque fossem particularmente bons, mas porque vigiavam de noite e, elevando os olhos aos céus, veem um sinal, veem uma nova estrela, interpretaram o sinal e se colocaram a caminho, de longe. Os pastores e os Magos nos ensinam que para encontrar Jesus é necessário saber elevar os olhos ao céu, não ser fechado em si mesmo, no próprio egoísmo, mas ter o coração e a mente abertos ao horizonte de Deus, que sempre nos surpreende, saber acolher as suas mensagens, e responder com prontidão e generosidade.

Os Magos, diz o Evangelho, “ao verem a estrela experimentam uma grande alegria” (Mt 2,10). Também para nós existe uma grande consolação ao ver a estrela, ou seja, no sentirmo-nos guiados e não abandonados ao nosso destino. E a estrela é o Evangelho, a Palavra do Senhor, como diz o Salmo: “Luz para os meus passos é a tua palavra, luz no meu caminho” (Salmo 119, 105). Esta luz nos guia para Cristo. Sem a escuta do Evangelho, não é possível encontrá-lo! Os Magos, de fato, seguindo a estrela chegaram até o lugar onde se encontrava Jesus. E aqui “viram o Menino com Maria sua Mãe, se prostraram e o adoraram” (Mt 2,11). A experiência dos Magos nos exorta a não contentarmo-nos com a mediocridade, a não viver à toa (“vivacchiare”), mas a buscar o sentido das coisas, a perscrutar com paixão o grande mistério da vida. E nos ensina a não nos escandalizarmos pelas picuinhas e pela pobreza, mas a reconhecer a majestade na humildade, e sabermos nos ajoelhar diante dela.

Que a Virgem Maria, que acolhe os Magos em Belém, nos ajude a levantar o olhar de nós mesmos, a deixarmo-nos guiar pela estrela do Evangelho para encontrar Jesus. E a sabermos nos abaixar para adorá-lo. Assim, poderemos levar aos outros um raio de sua luz e compartilhar com eles a alegria do caminho.

Após o Angelus

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje expressamos a nossa proximidade espiritual aos irmãos e irmãs do Oriente cristão, católicos e ortodoxos, muitos dos quais celebrarão amanhã o Natal do Senhor. Que chegue a eles o nosso augúrio de paz e de bem. E também um belo aplauso como saudação!

Recordemos também que a Epifania é o Dia Mundial da Infância Missionária. É a festa das crianças que com a sua oração e com os seus sacrifícios, ajudam os coetâneos mais necessitados, fazendo-se missionários e testemunhas de fraternidade e de partilha.

Dirijo a minha cordial saudação a todos vocês, peregrinos, famílias, grupos paroquiais e associações, provenientes da Itália e de diversos países. Em particular saúdo os fieis de Acerra, Modena e Terlizzi; a Escola de Arte Sacra de Florença; os jovens do Campo Internacional do Lions Club.

Uma saudação especial a todos que tornam possível o desfile histórico-folclórico, dedicado este ano ao território do Vale de Amaseno. Desejo recordar também o desfile dos Magos que se realiza em numerosas cidades da Polônia, com grande participação das famílias e associações; como também o presépio vivo realizado no Campidoglio pela UNITALSI e pelos Frades Menores, envolvendo pessoas com deficiência.

A todos desejo uma boa festa. Por favor, não esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo!”

inizio pagina

Infância Missionária é a festa da fraternidade, diz o Papa

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Neste dia 6 de janeiro, Solenidade da Epifania, também é celebrado o Dia da Infância Missionária. Uma “festa das crianças que, com as suas orações e os seus sacrifícios – sublinhou o Papa Francisco no Angelus – ajudam seus coetâneos mais necessitados fazendo-se missionários e testemunhas de fraternidade e de partilha”. As ofertas recolhidas em todas as igrejas nesta ocasião serão destinadas a diversos projetos em todo o mundo. O tema escolhido para este ano é: “Pobres como Jesus”. Mas, o que este slogan quer transmitir aos mais jovens? A Rádio Vaticano conversou a este respeito com Padre Michele Autuoro, Diretor das Pontifícias Obras Missionárias para a Itália:

“Antes de tudo se deseja ensinar a olhar para Jesus, que também nestes dias contemplamos no pobreza de Belém, mas também para a condição de tantas crianças do mundo. Este dia nasceu por inspiração de um bispo francês na metade do século XIX que, ouvindo também as cartas de tantos missionários da China, ficou tocado pela condição de tantas crianças, também pela sua pobreza. Depois do encontro com a fundadora francesa de uma outra obra missionária – a da Propagação da Fé – Paulina Jarico, teve esta intuição de envolver as crianças em serem solidárias em ajudar outras crianças no mundo e ao mesmo tempo educar as crianças para a missionaridade”.

RV: Existe algum motivo particular para a escolha da Solenidade da Epifania para esta celebração?

“Certamente. Foi escolhida a festa da Epifania porque o protagonista da festa é sempre Jesus, do Menino Jesus; depois é também a festa dos presentes por parte dos Magos, os Magos vindos de longe. De fato, todos os povos são chamado a reconhecer Jesus como Rei, o Senhor”.

RV: Como acontece em todos os anos, será feita uma coleta durante este dia. Existe algum destino particular desta vez?

“Tudo o que é recolhido neste Dia, mas também através de tantas atividades que os jovens  fazem durante o tempo do Advento, é destinado a um fundo universal de solidariedade. Depois, por meio do Secretariado Internacional das Pontifícias Obras, são indicados os projetos a serem ajudados. Uma característica das Pontifícias Obras Missionárias é precisamente esta: ter um olhar universal e sobretudo a partir daqueles que têm mais necessidade. Certamente, neste momento, as crianças onde existem conflitos em andamento, são sempre aquelas que têm maior necessidade”.

RV: Além da ajuda concreta, como o senhor já acenou, existe também um aspecto positivo nesta iniciativa…

“Sim, sim. Gostaria de citar uma frase do Papa Francisco no discurso que em novembro de 2014 proferiu às realidades missionárias das dioceses italianas. Dizia assim: “A missão é tarefa de todos os cristãos, não somente de alguns. É tarefa também das crianças! Nas Pontifícias Obras Missionárias os pequenos gestos das crianças educam para a missão”. Assim, este Dia, mas também todas as atividades que são realizadas durante o ano, têm a missão de educar as crianças e os jovens para a sua identidade missionária. Mas mesmo as crianças são também educadoras dos grandes, educadores de mundialidade, justamente para abrir as janelas do mundo: esta é a nossa identidade de cristão”.

RV: Educadores de mundialidade, é importante sublinhar esta educação da abertura para o outro, quando hoje vemos que se levantam muros em defesa das fronteiras, por exemplo…

“Certamente. Sobretudo neste momento, neste Dia, se recorda que a terra é de todos, que todos temos o direito a uma plenitude de vida e que Jesus veio justamente para abater os muros, para unir, para construir uma grande fraternidade universal. O bem está justamente nisto: na partilha, na comunhão de bens, na fraternidade, na justiça. Porque compartilhar seguidamente não é somente caridade, mas também justiça”. (JE)

inizio pagina

Visita do Papa à Sinagoga de Roma: busca comum de valores espirituais

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – É necessário “reiterar com convicção às nossas comunidades e à todos os homens ricos de sensibilidade e de sabedoria”, a urgência de “prosseguir o caminho do diálogo que há 20 anos quisemos iniciar”. Esta é prioridade indicada na mensagem conjunta da Conferência Episcopal Italiana (CEI) e dos Rabinos da Itália, que apresenta o XX Dia para o Aprofundamento e o Desenvolvimento do Diálogo entre Católicos e Judeus. A Jornada será celebrada no próximo dia 17 de janeiro, mesmo dia em que o Papa Francisco visitará a Sinagoga de Roma. A visita ao Templo Maior será realizada exatamente seis anos após a de Bento XVI. 

Católicos e judeus, por meio de sua fé, reconhecem  “antes de tudo o bem que existe no mundo”, escrevem na mensagem Dom Bruno Forte, Presidente da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Conferência Episcopal Italiana, e o Rabino Giuseppe Momigliano, Presidente da Assembleia dos Rabinos da Itália. O Dia para o aprofundamento e o desenvolvimento do diálogo entre católicos e judeus terá por tema: “Não desejarás a casa de teu próximo. Não desejarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o seu asno, nem nada que pertença ao teu próximo”.

Um caminho comum entre as angústias do presente

É um caminho comum – explicam Dom Bruno Forte e o Rabino Giuseppe Momigliano – aquele que leva a viver “com angústia os acontecimentos do presente” e a colher com preocupação “os sinais sempre mais frequentes de uma humanidade perdida, desiludida por tantas falsas idolatrias que conduziram os seus seguidores por caminhos cheios de ruínas e sem futuro”.

Sem a busca do Eterno, se perde o valor do tempo

É um tempo – lê-se no texto – marcado pelo cansaço dos homens “em conceber projetos para o futuro”, em proteger “com responsabilidade os bens da criação” para as gerações futuras, porque “quando vem a faltar a busca do Eterno, se perde também os valores do tempo”  além dos confins da vida.

Diálogo fecundo para um recíproco conhecimento

Outrossim, é reiterada a confiança de que precisamente “a partir do diálogo fecundo começado”, “da busca de valores morais e espirituais compartilhados, nos quais trabalhar em sintonia”, possa nascer “um testemunho positivo de fé”. Todo caminho – sublinha a mensagem – pode conhecer “etapas de maior impulso”. Mas todo o caminho feito juntos “é indispensável para o recíproco conhecimento”.

A Nostra Aetate abriu uma nova época

O percurso do diálogo assumido é uma concreta realização daquele diálogo fraterno do qual falava a Nostra Aetate, “para ambas as partes, uma pedra fundamental na abertura de uma nova época”. A fraternidade – lê-se por fim no documento – “por muito escondida e desumanamente obstacularizada” se manifesta sempre na “sua providencial atualidade”.

O Dia para o Aprofundamento e o Desenvolvimento do Diálogo entre Católicos e Judeus será coroado em 17 de janeiro próximo com a visita do Papa Francisco à Sinagoga de Roma, como sublinha aos microfones da Rádio Vaticano, o Presidente da Assembleia dos Rabinos da Itália, Rabino Giuseppe Momigliano:

“É um evento importante que confirma, quer a atualidade do diálogo, quer a importância de manifestar com eventos que evocam a profundidade dos temas do próprio diálogo...Portanto, seguramente, assim como ocorreu nos encontros na Sinagoga realizados a partir do Papa João Paulo II, também este terá um papel muito importante em manter a atenção em temas mais importantes sobre os quais concentrar o diálogo”.

RV: O diálogo fecundo entre católicos e judeus prossegue em um tempo marcado pela angústia pelo presente. A humanidade – lê-se na mensagem – está perdida, “desiludida por tantas falsas idolatrias”...

“Neste momento o diálogo tem valor não somente enquanto momento importante nas relações judaico-cristãs, mas também como um tema que vem proposto como um chamado à consciência, para a busca dos valores espirituais, a busca da relação com o eterno, de chaves de resposta e de interpretação de um período dramático. Neste tempo é necessária a defesa, mas é necessário também remeter-se a temas morais, a valores mais elevados... Penso que a fé nos ajude também a raciocinar em âmbitos mais amplos, portanto, em fazer propósitos e projetos que não sejam somente para o imediato”. (JE)

inizio pagina

Igreja no Brasil



Dioceses de Parnaíba e Amparo têm novos Bispos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre nomeou Bispo Coadjutor da Diocese de Parnaíba Dom Juarez Sousa da Silva, transferindo-o da Diocese de Oeiras, e Bispo da Diocese de Amparo Dom Luiz Gonzaga Fechio, até agora Bispo Titular de Puzia de Bizacena e Auxilar de Belo Horizonte. 

Diocese Amparo

Dom Luiz Gonzaga Fechio nasceu em 4 de dezembro de 1965 em Matão, Diocese de São Carlos (SP). Realizou os estudos elementares em sua cidade natal (1973-1980) e os secundários no Centro Diocesano “La Sale”, em São Carlos (1981-1983). Realizou os estudos de Filosofia no Seminário “São Carlos”, na mesma diocese (1984-1986) e de Teologia na Faculdade Teológica da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1987-1990). Obteve a Licenciatura em Teologia Moral na Pontifícia Faculdade Teológica “Nossa Senhora da Assunção”, Arquidiocese de São Paulo.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 14 de dezembro de 1990, sendo incardinado na Diocese de São Carlos, onde foi: Vigário Paroquial e depois Pároco da Paróquia “Santo Antônio de Vila Prado” (1991-1992); Pároco da Paróquia “Nossa Senhora das Dores” em Bariri (1993-1998); Reitor do Seminário Propedêutico “Nossa Senhora do Patrocínio” em Jaú (1998-2008); Reitor do Seminário Maior João Paulo II e Pároco da Paróquia “Santos Anjos” em São Carlos (2008-2010).

Foi nomeado Bispo titular de Puzia di Bizacena e Auxiliar de Belo Horizonte em 19 de janeiro de 2011 e recebeu a ordenação episcopal em 19 de março sucessivo.

Na Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Luiz Gonzaga é bispo referencial para a Região Episcopal de Nossa Senhora Aparecida (Rensa) . Acompanha a Pastoral Presbiteral, o Conselho arquidiocesano para o Diaconato Permanente, o Colégio de Leigos e o Vicariato para a Ação Social e Política. Dom Luiz é membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, no quadriênio 2015-2019. 

Diocese de Parnaíba

Dom Juarez Sousa da Silva nasceu em 30 de junho de 1961 em Barras, na Diocese de Campo Maior, Estado de Piauí. Frequentou os estudos de filosofia e Teologia no Seminário Maior interdiocesano de Teresina e obteve a Licenciatura em História da Igreja na Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi ordenado sacerdote em 19 de março de 1994 para a Diocese de Campo Maior.

Durante o ministério sacerdotal foi Pároco da Paróquia “São José” em Altos, na Diocese de Campo Maior (1994-1996). Ademais, trabalhou por diversos anos no Seminário Maior da Província Eclesiástica do Piauí onde exerceu os cargos de Vice-Reitor (1997-1999), Ecônomo, Professor de História da Igreja e Diretor Espiritual, assim como de Diretor de estudos e professor de Latim no mesmo Seminário (2001-2008).

Em 27 de fevereiro de 2008 foi nomeado Bispo de Oeiras, recebendo a ordenação episcopal em 17 de maio sucessivo.

Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Dom Juarez Sousa da Silva é Vice-Presidente do Regional “Nordeste 4” e também responsável pelo setor da Juventude do mesmo Regional. (JE)

inizio pagina

Igreja no Mundo



Natal Ortodoxo: Kirill diz que Deus é a força para superar o ódio

◊  

Moscou (RV) – “As hostilidades fratricidas ocorridas em terra ucraniana não devem provocar a separação entre os filhos da Igreja e semear ódio em seus corações. O verdadeiro cristão não deveria odiar nem as pessoas próximas, nem as distantes”. Na mensagem divulgada por ocasião do Natal Ortodoxo, celebrado segundo o Calendário Juliano em 7 de janeiro, o Patriarca de Moscou e de todas as Rússias Kirill, dirigiu um particular pensamento ao povo ucraniano, exortando os fieis “da nossa Igreja multiétnica, a rezar com fervor para que cessem as hostilidades na Ucrânia e curem as feridas infligidas pela guerra às almas e aos corpos”.

Rezar pelos inimigos e perseguidores

“Na igreja, nas nossas casas, imploremos a Deus de todo o coração para que isto se realize. Rezemos pelos cristãos que vivem distantes dos nossos países e sofrem por causa dos conflitos militares”, escreve o Primaz da Igreja Ortodoxa russa. O Patriarca recordou as palavras de Mateus 5,43-45, em que Jesus pede aos seus seguidores para amar e rezar pelos inimigos e perseguidores. “Que possam as palavras do Senhor – auspiciou Kirill – guiar-nos na vida, de modo que a rejeição e o ódio pelos outros não encontrem nunca lugar em nossa alma”.

Deus é a força para superar os obstáculos

Que “as inevitáveis dificuldades não nos assustem, que as provações que todos nós devemos enfrentar não nos aniquilem. Deus está conosco e os medos desaparecem de nossas vidas. Deus está conosco e encontramos assim a alegria e a paz da alma. Deus está conosco e é fundando nele as nossas esperanças que realizamos o nosso caminho terreno”. De fato – afirmou ainda – “quando segue Cristo, o homem se opõe às forças que governam este mundo, não cede às tentações ao longo do caminho”, e supera os obstáculos que o pecado lhe coloca diante.

Caminhada pela paz

Em 1º de janeiro, em Kiev, capital da Ucrânia, realizou-se uma caminhada pela paz, promovida pela Comunidade de Santo Egídio e na qual tomaram parte inúmeros fieis. A iniciativa foi realizada contemporaneamente em mais de 800 cidades no mundo. (JE/OR)

inizio pagina

Dom Aziz Mina: Natal mais sereno para os Coptas, após mudanças no Egito

◊  

Cairo (RV) – As Igrejas Orientais que seguem o Calendário Juliano vivem nesta quarta-feira, 6, a vigília da celebração do Natal, como recordado pelo Papa Francisco no Angelus da Epifania. Uma destas comunidades é a Igreja Copta, que se preparara para celebrar a Natividade de Jesus em clima de maior distensão em relação aos anos precedentes, marcados pela violência jihadista que incendiou e ensanguentou igrejas e mosteiros. A este respeito, a Rádio Vaticano entrevistou o Bispo de Giza, Antonious Aziz Mina:

“Neste ano o Natal tem um sabor um pouco diferente, visto que é o Ano da Misericórdia. Em todas as Eparquias abrimos a Porta Santa e nos preparamos para o Natal neste clima. O nascimento de Cristo é o ícone da Misericórdia de Deus, é a presença da misericórdia encarnada entre nós”.

RV: A Igreja no Egito tem atravessado momentos difíceis e muito dolorosos nestes últimos anos. Como está a situação agora?

“A situação está calma. Com os moderados temos uma ótima relação. Temos dificuldades com os fanáticos que não são somente contra os cristãos, mas são contra todos. Os cristãos talvez sejam somente o caminho para chegarem a todos para perturbar, para colocar o país em desordem”.

RV: Vocês tem recebido algum tipo de ameaça  jihadista?

“Estas ameaças estão sempre na ordem do dia, sobretudo nos dias de festa. Algumas vezes as levamos a sério, outras vezes não. É a mesma idêntica coisa com as ameaças na Europa, têm até mesmo ameaçado o Vaticano... Mas neste ano devemos realmente agradecer ao Senhor porque olhando à nossa volta – da Síria à Líbia, ao Iêmen – aqui no Egito conseguimos, com a ajuda de Deus, colocar em junho de 2013 os pés no caminho correto, fazendo a Constituição, depois as eleições presidenciais, depois as parlamentares – os parlamentares se reúnem dia 10 deste mês. Isto demonstra que o Egito colocou os pés nos trilhos e rompeu a cadeia da Irmandade Muçulmana, voltada à criação deste estado islâmico, o Daesh”.

RV: Portanto, este renovado clima de fraternidade beneficiou também as relações entre as comunidades católica e muçulmana...

“Entre todos. Quando participei da redação da Constituição na Comissão eu disse: “Eu venho para defender os direitos de todos os egípcios”. Não existem somente os “direitos dos cristãos”. Existem os direitos dos cidadãos sobretudo, porque quando todos os egípcios tiverem os seus direitos, por consequência também os cristãos os terão. Esta divisão é fictícia. Não é seguida, então agora devemos falar de cidadania e de humanidade. O homem é o homem e tem o seu valor em si mesmo, quer seja cristão, muçulmano ou ateu”.

RV: Neste sentido, gostaria de lhe pedir, como Bispo, mas também como egípcio, quais são os augúrios que o senhor faz para o seu país?

“Para o meu país dirijo um augúrio, o mesmo que dirijo a todo o mundo. Um augúrio de paz verdadeira, interna, que sai do coração e que reconcilia a pessoa consigo mesma, com os outros e com todo o mundo, esta é a primeira coisa. A segunda coisa que quero desejar é a felicidade, que não chega se não com um amor intenso com Deus, que se reflete obrigatoriamente nas relações com os outros”. (JE)

inizio pagina

Sinal verde para a beatificação dos mártires de Orissa

◊  

Bombai (RV) – O Cardeal Arcebispo de Bombai e Presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CEBI), Dom Oswald Gracias, deu seu parecer favorável para o início da Causa de Beatificação dos “mártires de Kandhamal”, assassinados em 2008 em Orissa, durante uma feroz campanha de perseguição contra os cristãos por parte de extremistas hinduístas. Foram assassinados cerca de 90 fieis e mais de 56 mil foram obrigados a deixar suas casas, numa autêntica operação de “limpeza étnica de cristãos”.

O Cardeal declarou à Agência Fides ter encontrado o Prefeito  da Congregação das Causas dos Santos, em Roma, que afirmou querer “falar pessoalmente da violência ocorrida em Kandhamal e de seus mártires com Papa Francisco”.

Dom Oswald Gracias também conversou a respeito dos martírios com o Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, em Orissa. “A Igreja – comentou ele com a Fides - está sensível aos modernos mártires de hoje. O papel dos novos testemunhos é muito importante. Para um processo de beatificação existe a necessidade de um trabalho paciente e de uma documentação adequada e tempestiva”.

Durante o Congresso Eucarístico Nacional realizado em novembro passado em Bombai, o Cardeal teve a possibilidade de falar com Kanak Rekha Naya, esposa de Parikhit Nayak, um dos mártires de Kandhamal. Naquela ocasião, o purpurado auspiciou que a Igreja indiana promova a causa de martírio pelos fieis assassinados em Kandhamal.

Os Bispos de Orissa poderiam pedir á Conferência Episcopal Indiana para tratar do caso dos mártires e cuidar da fase diocesana da fase do processo. Os prelados indianos discutirão a questão em sua Assembleia, me março próximo. (JE)

inizio pagina

Execução de líder xiita tem consequências catastróficas para o Líbano e Oriente Médio

◊  

Beirute (RV) – A execução do Imame xiita Nimr Baqr al-Nimr pelo governo saudita, ocorrida em 2 de janeiro, “tem como imediato reflexo o agravamento da crise institucional libanesa, mas os seus efeitos catastróficos já estão sendo registrados em todos os cenários de conflito que afligem o Oriente Médio, da Síria ao Iraque, até o Iêmen”. Assim o sacerdote maronita Rouphael Zgheib, Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Líbano, descreve as reações provocadas pela execução do líder religioso xiita.

Mais distante eleição de um Presidente para o Líbano

“No Líbano, onde os vetos entrecruzados entre os blocos políticos impediram até agora a escolha de um Presidente da República, cargo vacante desde maio de 2014, estava em curso desde antes do Natal a tentativa de ampliar o consenso para a candidatura de Suleiman Franjieh, explica o sacerdote à Agência Fides. A tentativa tinha o apoio da Arábia Saudita, mas precisamente por isto não havia até agora recebido o apoio dos xiitas do Hezbollah. Agora, após o que ocorreu, a iniciativa em torno do nome de Franjieh agoniza. E os líderes do Hezbollah definiram o regime saudita como ‘um regime assassino’”.

Riscos para as perspectivas de paz

Para o Diretor da POM libanesa, a “provocação mirada e muito forte” de Riad “pode ter o efeito de bloquear os frágeis projetos de pacificação com o qual se tentava enfrentar os conflitos em andamento na região. Depois deste golpe, parecem desmoronar as perspectivas de paz, e existe o risco de inflamar-se ainda mais os conflitos no Iêmen, Síria e Iraque”. (JE)

inizio pagina

Inaugurada em Abjah maior estátua de Jesus do continente africano

◊  

Abuja (RV) – Centenas de fieis participaram na sexta-feira em Abajah, na Nigéria, da inauguração da estátua “Jesus the Greatest” (Jesus o Maior). Com 8,35 metros de altura e pesando 40 toneladas, a imagem foi construída com mármore branco e patrocinada pelo diretor de uma empresa nigeriana de distribuição de gás e petróleo. Católico fervoroso – refere a France Press – o fiel é originário de Abajah, estado de Imo.

Idéia nasceu em 1997 após uma visão

“Jesus the Greatest” representa Jesus com os pés descalços e com os braços abertos, sobrepondo-se à Igreja de Santo Aloísio. “Será um grande símbolo de fé para os católicos e por todos que passarem próximos a esta estátua magnífica”, afirmou o Bispo da Diocese de Orlu, Dom Augustin Tochukwu Okwuoma. “Será a maios estátua de Jesus do continente”, afirmou por sua vez Obinna Onuoha, que financiou sua construção. Ele contou ter desenvolvido a ideia da imagem após uma visão tida em 1997. (JE)

inizio pagina

Formação



Especial Ano da Misericórdia: 1ª Reflexão do Cardeal Tempesta - O Jubileu

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, preparou uma série de reflexões especiais sobre o Jubileu da Misericórdia. Neste primeiro vídeo, Dom Orani apresenta este ano extraordinário convocado pelo Papa Francisco.

Assista em VaticanBR

Abaixo, a íntegra do texto:

Jubileu da Misericórdia

           O Papa Francisco decidiu proclamar um “jubileu extraordinário”, com início no dia 8 de dezembro, centrado na misericórdia de Deus. “Será um Ano Santo da Misericórdia. Queremos vivê-lo à luz da palavra do Senhor: ‘Sede misericordiosos como o Pai’, e isto especialmente para os confessores”, disse na homilia da celebração penitencial a que presidiu na Basílica de São Pedro, na abertura da iniciativa “24 horas para o Senhor”.

          O Santo Padre explicou que a iniciativa nasceu da sua intenção de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da misericórdia”. O Papa defendeu que “ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus”, e que a Igreja “é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém”. “As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta aos que se convertem”.

          Francisco destacou na sua homilia, no encontro penitencial, a importância de viver a misericórdia de Deus, através do sacramento da Reconciliação, como “sinal da bondade do Senhor” e do “abraço” de Jesus. “Ser tocados com ternura pela sua mão e plasmados pela sua graça permite que nos aproximemos do sacerdote sem medo por causa das nossas culpas, mas com a certeza de ser acolhidos por ele em nome de Deus”. O Papa sublinhou que o julgamento de Deus é o da “misericórdia”, numa atitude de amor que “vai para lá da justiça”, e desafiou os fiéis a não ficar pela “superfície das coisas”, sobretudo quando está em causa uma pessoa.

          O tema da misericórdia está muito presente no atual pontificado e que já como bispo Jorge Mario Bergoglio tinha escolhido como lema “miserando atque eligendo”, uma citação das homilias de São Beda, o Venerável, que, comentando o episódio evangélico da vocação de São Mateus, escreve: "vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me" (Viu Jesus um publicano, e como olhou para ele com um sentimento de amor e lhe disse: Segue-me). Esta homilia é uma homenagem à misericórdia divina. Uma tradução do lema poderia ser: “Com misericórdia olhou para ele e o escolheu”.

          No primeiro Ângelus após a sua eleição, há dois anos, o Santo Padre dizia que: “Ao escutar misericórdia, esta palavra muda tudo. É o melhor que podemos escutar: muda o mundo. Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo. Precisamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência" (Ângelus, 17 de março de 2013).

          Em 17 de novembro de 2013, o Papa surpreendeu dezenas de milhares de pessoas reunidas no Vaticano com a sugestão de um “medicamento espiritual” para as suas vidas, distribuindo numa caixa própria, a “Misericórdina”.

          Também este ano, no Ângelus de 11 de janeiro, disse: "Estamos vivendo no tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Há tanta necessidade hoje de misericórdia, e é importante que os fiéis leigos a vivam e a levem aos diversos ambientes sociais. Adiante!". Já na sua mensagem para esta Quaresma de 2015, o Papa Francisco deixou votos de que as paróquias e comunidades católicas se tornem “ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença". Aliás, este será o tema principal de sua mensagem para o 49º Dia Mundial da Paz.

          No Jubileu, as leituras para os Domingos do Tempo Comum serão extraídas do Evangelho de Lucas, chamado “o evangelista da misericórdia". Dante Alighieri o definia "scriba mansuetudinis Christi", "narrador da mansidão de Cristo". Algumas das parábolas mais conhecidas escritas por ele são as da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do pai misericordioso.

          A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII em 1300. Ele planejou um jubileu por século. A partir de 1475, para possibilitar que cada geração vivesse pelo menos um Ano Santo, o jubileu ordinário passou a acontecer a cada 25 anos. Um jubileu extraordinário pode ser realizado em ocasião de um acontecimento de particular importância.

          Até hoje, foram 26 anos santos ordinários. O último foi o jubileu de 2000. Quanto aos jubileus extraordinários, o último foi o de 1983, convocado por João Paulo II pelos 1.950 anos da Redenção.

          Este Ano Santo iniciou-se na Solenidade da Imaculada Conceição e será concluído no dia 20 de novembro de 2016. A abertura do Jubileu coincidiu com o cinquentenário do encerramento do Concílio Ecuménico Vaticano II, que ocorreu em 1965 e, por isso, reveste este Ano Santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no Concílio.

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

inizio pagina

Cardeal Orani Tempesta: a Epifania do Senhor

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Celebramos nesta quarta-feira a Solenidade da Epifania do Senhor (Solenidade que no Brasil celebramos no último domingo) , a abertura do Reino de Deus para todos os povos, para todos aqueles que possuem sentimentos de paz, que buscam fazer o bem e evitar o mal. 

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, faz uma reflexão para os ouvintes da Rádio Vaticano. (SP)

inizio pagina

Reflexão para o Dia de Reis: ouro, incenso e mirra

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Comemora-se hoje, dia 6, o “Dia de Reis”, isto é, a festa dos Reis Magos. Dentro de nossa liturgia, essa comemoração está intrinsecamente unida à Epifania, ou seja à manifestação de Deus, já que o mistério renovado é a manifestação de Jesus Cristo a todos os povos. Contudo, para facilitar a celebração de mistério tão importante, passou-se sua liturgia para o domingo logo após à solenidade de Maria, Mãe de Deus. Todavia, nosso calendário popular continua assinalando o dia 6 de janeiro como o Dia de Reis.

 

Mas, quem são os Reis Magos? Vamos procurar responder a essa pergunta estudando os Evangelhos e pesquisando em inúmeros documentos.

Em primeiro lugar, o relato de São Mateus não é uma reconstituição histórica do que de fato aconteceu, pelo menos não foi essa sua intenção. O Evangelista e sua comunidade original quiseram mostrar que o Messias não veio para salvar uma pátria, mas todo o mundo. Mateus escreveu para os judeus cristianizados, quis mostrar que Jesus é o descendente de Davi e que sua missão é oferecida aos pagãos.

Não parece verdadeiro que toda Jerusalém tenha ficado alarmada e nem que Herodes tenha convocado todos os sumo sacerdotes e nem que tenha permitido aos magos prosseguirem em seu caminho. Também não deve ser verdadeiro que a estrela tenha seguido um curso contrário às leis naturais. Não se deve buscar uma explicação segundo as leis da astronomia.

Quanto aos “Reis Magos”, o texto evangélico não fala em três, mas em “magos do Oriente”.

No século III, Orígenes fala em três, provavelmente por causa dos três presentes: “ouro, incenso e mirra”. Já São João Crisóstomo, no século IV, fala em 12. Em algumas catacumbas encontramos o números 2 e 4.

Os nomes usuais Melchior, Gaspar e Baltasar aparecem em um manuscrito do século V.

Segundo Heródoto, os “magos” pertenciam a uma tribo dos medos, que se transformou numa casta de sacerdotes entre os persas e que praticavam a adivinhação, a medicina e a astrologia.

Provavelmente, Mateus pensa em astrólogos oriundos da Babilônia. Para os judeus, “Oriente” era toda a terra que se estendia além do Jordão. Devido aos presentes oferecidos ao Menino, a tradição cristã considerou os magos oriundos da Arábia, o país do incenso. Já em Is 60,6 temos referências aos presentes levados por eles.

Flávio Josefo, um grande historiador judeu, relata histórias semelhantes de estrelas que surgiam quando nascia pessoa destinada a uma grande missão. Por isso, a reação de Herodes, e muito provável.

Mas essa história da estrela já surgiu em Nm 24, 17.19, mil e duzentos anos antes do nascimento de Jesus: “Eu o vejo, mas não é um acontecimento que acontecerá dentro de pouco tempo; sinto-o, mas não está perto: uma estrela desponta da estirpe de Jacó, um reino, surgido de Israel, se levanta... Um rebento de Jacó dominará sobre seus inimigos”.

E agora, em que vamos acreditar?

O relato de Mateus deve ser compreendido à luz da intenção teológica do evangelista, o qual não pretendeu escrever um relato histórico, mas mostrar o significado salvífico do nascimento de Jesus: ele veio para todos os homens, como a luz. Ao ser acesa, ilumina a todos, indistintamente. (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o Dia de Reis)

inizio pagina

Atualidades



Banco Mundial: os desafios para América Latina em 2016

◊  

Nova Iorque (RV) - Expectativa é de que a região da América Latina tenha que se adaptar a uma nova realidade de baixo crescimento neste ano; causa seria a desaceleração da China, entre outras razões.

Os países desta área devem pensar em redes de proteção social para as famílias mais pobres. Um artigo do Banco Mundial destaca que a "América Latina não é a mesma do início do milênio". O boom das chamadas commodities teria sido o "motor" por trás de realizações significativas" em emprego, salário e nos índices de pobreza.

Após uma década de crescimento, a maré teria mudado para a região. A expectativa é de que a América Latina tenha que se adaptar a uma nova realidade de baixo crescimento em 2016. A causa seria a desaceleração da China, entre outras razões.

Ganhos Sociais

No entanto, o economista chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe afirmou que apesar dos efeitos negativos da desaceleração econômica global, é fundamental que os países latinoamericanos não percam de vista os ganhos sociais dos últimos 15 anos.

Para Augusto de la Torre, a adaptação ao novo contexto "vai gerar problemas sociais e, possivelmente, aumentar a desigualdade de renda".

Segundo o especialista, os países devem pensar em redes de proteção social para as famílias mais pobres, mas de tal forma que não tire incentivos ao trabalho e à criação de empregos.

Empreendedorismo

O Banco Mundial destacou ainda o "espírito empreendedor" da região como um ponto positivo. Além disso, com "menos opções" de conseguir um emprego de qualidade, os jovens estão seguindo esta tendência com cada vez mais frequência.

De acordo com o órgão, 19% dos novos negócios na região foram fundados por pessoas com menos de 35 anos.

Educação

No Caribe, por exemplo, o índice de desemprego entre jovens está muito acima da média regional e, muitas vezes, a única opção para eles é migrar.

Educação de qualidade permanece sendo uma questão pendente em toda a região e, assim, um "desafio fundamental" para 2016.

Mudança Climática

Em todo o mundo, 2015 foi um ano decisivo em relação à mudança climática e as ações para combatê-la, com destaque para o histórico acordo em Paris, assinado por todos os países latinoamericanos. Se as temperaturas globais subirem acima de 2º C até 2100, a região será uma das mais afetadas.

Assim, os desafios de sustentabilidade e adaptação para preservar o meio ambiente serão vitais para a América Latina em 2016. (SP-Rádio ONU)

inizio pagina

Juína (MT), onde a evangelização parte da vida concreta

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O programa brasileiro dedica este espaço especial a uma região localizada entre o Amazonas e Rondônia, a diocese mato-grossense de Juína. Para apresentá-la temos o bispo Dom Neri José Tondello. Em uma área aonde a convivência entre pequenos agricultores, ribeirinhos, indígenas e fazendeiros é conflituosa, o bispo enaltece a atuação de seus 700 catequistas leigos.

Neste contexto, a obra de evangelização, para o bispo Dom Neri, deve partir do cotidiano do povo. Ouça a reportagem, na íntegra, clicando abaixo. 

(CM)

inizio pagina