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Sumario del 13/01/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa abre ciclo de catequeses sobre a 'misericórdia na Bíblia'

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Cidade do Vaticano (RV) – “O nome de Deus é ‘o misericordioso’”: foi o título da audiência desta quarta-feira, 13 de janeiro, no Vaticano. Como todas as semanas, o Papa Francisco recebeu milhares de romanos, turistas e peregrinos, desta vez na Sala Paulo VI, e dirigiu a todos o seu pensamento, traduzido em várias línguas. 

Misericórdia na abordagem bíblica

O Pontífice começou o encontro dando as boas-vindas e anunciando que terá início o ciclo de catequeses sobre a misericórdia na perspectiva bíblica, para que aprendamos o conceito ouvindo o que o próprio Deus nos ensina, com a sua Palavra. 

No Êxodo, o Senhor se apresenta como “Deus misericordioso” e com este nome, Ele nos revela seu rosto e seu coração, rico em clemência e lealdade. Ele tem compaixão, está sempre disposto a acolher, a compreender e a perdoar, como o Pai com o seu Filho pródigo. 

A própria palavra ‘misericórdia’ evoca um comportamento de ternura e o termo em hebraico, usado na Bíblia, significa entranhas, faz pensar no amor visceral materno. Deus está disposto a amar, proteger e ajudar, dando-Se todo por nós. 

A paciência de Deus

Outra virtude deste Deus misericordioso, disse o Papa, é que é “vagaroso na ira”, isto é, tem grande capacidade de suportar; Ele sabe esperar, não é impaciente como os homens. Citando o Evangelho de Marcos, na parábola do joio e do trigo, Francisco explicou que Ele é como o agricultor que sabe esperar, deixa crescer o bom trigo e, por amor dele, não arranca sequer o joio.

E enfim, o Senhor se proclama “grande no amor e na fidelidade”, exclamou o Papa, exaltando a beleza desta definição. 

“Aqui está tudo, porque Deus é grande e poderoso, e o expressa no amor, no carinho, na graça e na bondade. É o amor que dá o primeiro passo, não depende dos méritos humanos, mas de uma imensa gratuidade. Nem o pecado o detém, porque seu amor vai além e sabe vencê-lo e perdoá-lo.

Amor, fidelidade, piedade

Sua fidelidade - última palavra da revelação de Deus a Moisés - também dura para sempre, não dorme nem cochila. Deus está sempre atento, é o guardião que “nos protege quando saímos e quando entramos, desde agora e para sempre”, completou Francisco, citando o Salmo 121.  

Assegurando que Deus é totalmente e sempre confiável, o Papa terminou o encontro auspiciando que neste Jubileu da Misericórdia, nós nos entreguemos a Ele, experimentando a alegria de sermos amados por este “Deus misericordioso e piedoso, lento na ira e grande no amor e na fidelidade”.

Tristeza pelo atentado em Istambul

No final do encontro, o Papa convidou todos a rezar pelas vítimas do atentado ocorrido terça-feira (12/01) em Istambul. “Que o Senhor, o Misericordioso, conceda paz aos falecidos, conforto aos familiares, firmeza e solidariedade a toda a sociedade, e converta o coração dos violentos”. 

Ao menos dez pessoas morreram e 15 ficaram feridas em uma forte explosão na região de Sultanahmet, próxima à Mesquita Azul e à Basílica de Santa Sofia, importante área turística da maior cidade da Turquia. A explosão foi provocada por um homem-bomba sírio. Entre os mortos, a maioria é de nacionalidade alemã. 

(CM)

 

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Iniciativa do Papa: Dia de retiro espiritual para organismos caritativos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre pediu ao Pontifício Conselho Cor Unum para organizar um Dia de retiro espiritual que todo organismo de caridade – no mundo inteiro – deve realizar durante a Quaresma, no contexto do Ano jubilar.

O dicastério vaticano para a caridade deverá organizar as orações, as reflexões e todo o material útil, bem como difundi-lo aos organismos, que depois farão durante a Quaresma este Dia de retiro, no modo e na data que considerarem mais oportuno.

A esse propósito, a Rádio Vaticano entrevistou o secretário do Cor Unum, Dom Giampietro Dal Toso, que nos explica por qual motivo o Papa quis essa iniciativa para os organismos caritativos: 

Dom Giampietro Dal Toso:- “Não é por acaso que o Jubileu da Misericórdia, em cujo âmbito se insere essa iniciativa, tem como tema fundamental “misericordiosos como o Pai: Deus é Pai de misericórdia”. A Igreja – mediante seus membros, ao longo dos séculos –sempre realizou esta misericórdia que recebeu de Deus e por isso também o Papa, na convocação do Jubileu, ressaltou o papel das obras de misericórdia. Por conseguinte, na Igreja temos inúmeras instituições, grupos, organismos que trabalham na caridade e que são testemunhas da caridade, servindo à pessoa. Porém, também temos consciência de que podemos ter misericórdia somente se recebemos misericórdia: essa é a chave para entender o sentido deste grande retiro que queremos que se realize na Igreja inteira em nível local. Podemos viver a misericórdia, fazer obras de misericórdia, gerir instituições de misericórdia somente se antes tivermos recebido a misericórdia do Pai.”

RV: Qual o papel do Cor Unum nesta iniciativa do Papa?

Dom Giampietro Dal Toso:- O papel do Cor Unum é promover concretamente esse Dia de retiro espiritual, que não será um dia único para a Igreja inteira: de fato, quisemos que fosse decidida localmente, de modo que este Dia de retiro possa se realizar segundo as necessidade do lugar. Todos sabemos – e faço questão de ressaltar – que o Papa deseja que este Jubileu seja celebrado sobretudo nas Igrejas locais e, portanto, este Dia quer ser propriamente uma oferta, que depois será concretizada segundo as necessidades que cada grupo, cada organismo, cada instituição de caridade – repito – decidir a nível local. Portanto, a função do Cor Unum é propriamente promover este Dia de retiro. Preparamos materiais para isso, que está disponível em nosso site www.corunum.va, onde se encontrará uma orientação para organizar este Dia de retiro. É também tarefa nossa sensibilizar a fim de que se faça, mas aquilo a que quisemos dar maior importância é que se possa decidir localmente e concretamente como e quando fazê-lo, de modo que possa ir ao encontro das necessidades locais.”

RV: Como o Pontifício Conselho Cor Unum pretende alcançar os vários organismos caritativos no mundo inteiro?

Dom Giampietro Dal Toso:- “Nosso desejo é que este Dia de retiro possa realmente chegar à base e se possa celebrar na base: para isso temos dois canais fundamentais mediante os quais queremos alcançar essa finalidade. Um é certamente o das Conferências episcopais: todas foram informadas tanto sobre a iniciativa quanto sobre o material disponível. Ademais, temos como outro grande instrumento para chegar à base também o das grandes redes internacionais de caridade: menciono, em primeiro lugar, a Caritas Internacional, a Confederação de São Vicente de Paulo e tantas outras que existem. Mediante esses canais se pode chegar – por exemplo – também aos grupos paroquiais individualmente considerados.” (RL)

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Card. Kurt Koch: O significado da visita do Papa à Sinagoga de Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – No próximo domingo, 17 de janeiro, o Papa Francisco realizará uma visita à Sinagoga de Roma. Será o terceiro Pontífice a visitar o Templo Maior após João Paulo II e Bento XVI. O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, concedeu uma entrevista ao L’Osservatore Romano, onde fala da visita do Santo Padre ao e do Jubileu.

OR: Precisamente no início do Jubileu da Misericórdia o Papa Francisco visita a mais antiga comunidade da diáspora ocidental. Qual o significado deste gesto?

“Me parece uma belíssima continuidade na tradição. João Paulo II foi o primeiro Papa na história a visitar a Sinagoga de Roma, em 13 de abril de 1986. Depois dele, o fez Bento XVI em 17 de janeiro de 2010, no dia que precede o início da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Para este dia, na Itália, a Conferência Episcopal convocou a celebração do Dia do Judaísmo. Estou muito contente de que várias Conferências Episcopais tenham escolhido instituir este dia. A data não foi escolhida ao acaso, pois a sua colocação na véspera do início da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos quer significar que o judaísmo está muito próximo do cristianismo. Gostaria também de recordar as boas relações do Papa Francisco com o mundo judaico, que remontam aos seus anos de episcopado na Argentina. Recordo, particularmente que o Papa tem também uma grande amizade com o Rabino Abraham Skorka, que o acompanhou na sua viagem à Terra Santa. A visita do Papa Francisco à Sinagoga de Roma tem em si uma mensagem que o Pontífice considera muito importante e que não se cansa nunca de dizer claramente: é absolutamente impossível ser cristãos e, ao mesmo tempo, ser antissemita. Nestes tempos, em que assistimos a novas ondas de antissemitismo na Europa, me parece ser uma mensagem ainda mais importante. É certamente um sinal muito bonito que o Papa queira aprofundar a relação com a comunidade judaica de Roma, que viveu a sua fé por muito tempo antes da chegada do cristianismo”.

OR: Foi publicado há cerca de um mês o documento da Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo “Porque o dom e o chamado de Deus são irrevogáveis”. Como nasceu esta iniciativa?

“Cinquenta anos após a promulgação da Nostra Aetate era importante realizar uma reflexão posterior sobre a relação entre cristianismo e judaísmo. Em primeiro lugar, era fundamental expressar gratidão por tudo aquilo que foi possível realizar neste meio século. Em segundo lugar, era oportuno preparar uma nova fase de diálogo entre judeus e católicos sobre algumas temáticas teológicas a serem aprofundadas no futuro”.

OR: Qual é a natureza do documento?

“É claro que não se trata de um texto de diálogo. Para sê-lo, deveria ter sido preparado juntamente com os judeus. Certamente, antes da publicação do texto o entregamos a especialistas judeus, mas permanece como um documento católico. É dirigido aos fieis, para que conheçam a existência do diálogo com o judaísmo e as raízes judaicas do cristianismo, podendo assim participar deste diálogo. Por isto, não é um texto doutrinal ou magisterial, mas teológico que serve para aprofundar alguns temas”.

OR: Que resposta vocês obtiveram por parte do mundo judaico?

“Sou muito agradecido que também alguns rabinos consideram que chegou o tempo de discutir estas temáticas. Após a publicação do documento chegaram convites para um renovado diálogo. O mundo judaico, de fato, acolheu bem o texto. Ao mesmo tempo, quase que contemporaneamente, alguns rabinos de todo o mundo publicaram uma declaração sobre o diálogo com os cristãos. Nós recebemos este texto com grande alegria e gratidão”.

OR: Qual foi o fio condutor do diálogo com os judeus em 2015?

“No ano passado, com a Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, recordamos em particular o 50º aniversário da promulgação da Declaração Conciliar Nostra Aetate e celebramos esta recorrência em várias partes do mundo: no Brasil, Estados Unidos, Suiça, Alemanha, e por fim, em dezembro passado, em Israel”.

OR: Que balanço se poderia fazer das atividades do dicastério no ano que passou?

“Em 2015 prosseguimos, sobretudo, os diálogos em andamento e visitamos diferentes Igrejas e comunidades eclesiais. E o Papa Francisco recebeu muitos representantes de outras Igrejas em audiência. Tivemos também a alegria do dom da Encíclica Laudato Si, que foi apresentada em Roma pelo Metropolita Ortodoxo John Zizoulas. Foi sem dúvida um evento ecumênico. Não esqueçamos, também, que no ano passado o Papa estabeleceu a celebração, também na Igreja Católica, do Dia de Salvaguarda da Criação, em 1º de setembro, em coincidência com aquela promovida pelo Patriarca de Constantinopla”.

OR: Qual é a valência ecumênica do Jubileu da Misericórdia?

“O fulcro central do Ano Santo a nível ecumênico é a celebração das Segundas Vésperas no dia 25 de janeiro, na Basílica São Paulo fora-dos-muros, na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. De fato, a temática da misericórdia de Deus é essencialmente ecumênica, porque o ecumenismo não é somente um diálogo sobre questões difíceis e controversas, mas deve concentra-se também sobre temáticas centrais e comuns da nossa fé. E a misericórdia de Deus é o coração da nossa fé. Soube de dioceses que inseriram algumas celebrações ecumênicas do Ano Santo no programa. Estas iniciativas me parece muito importantes, porque é necessário aprofundar o tema da misericórdia também no âmbito ecumênico”.

OR: Que eventos importantes aguardam o discastério em 2016?

“De 30 de janeiro a 6 de fevereiro, no Cairo, realizar-se-á a Plenária da Comissão Mista Internacional com todas as Igrejas Orientais Ortodoxas sobre o tema dos Sacramentos da iniciação cristã, sobretudo o Batismo.  Não é uma temática fácil, porque algumas Igrejas Orientais Ortodoxas têm ainda a prática do rebatismo. Este é um problema, porque o Batismo e o seu recíproco reconhecimento são o fundamento do ecumenismo e se uma Igreja segue ainda esta prática é um ponto difícil sobre o qual devemos discutir.

Espero que no próximo outono possamos ter uma Plenária da Comissão Mista Internacional com todas as Igrejas Ortodoxas para continuar o diálogo sobre as relações entre sinodalidade e primado. Não é absolutamente fácil a discussão sobre este tema. Haverá, além disto, um momento para recordar o 50º aniversário da primeira visita do Arcebispo de Cantuária a Roma após a Reforma, ou seja, o encontro do Arcebispo Michael Ramsey com Paulo VI, ocorrido em 23 de março de 1966, e para recordar também a instituição de uma representação pessoal  junto com o Centro Anglicano em Roma. Por fim, para este ano, devemos e queremos programar uma Plenária do nosso Pontifício Conselho”. (JE)

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500 anos da Reforma: "Common Prayer", livro que reúne orações comuns a luteranos e católicos

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Cidade do Vaticano (RV) – A Federação Luterana Mundial (FLM) e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos convidaram as Igrejas Luteranas e as Conferências Episcopais Católicas de todo o mundo a fazer uso do livro “Common Prayer” (orações em comum), preparado conjuntamente em vista da comemoração ecumênica dos 500 anos da Reforma, em 2017. O "Common Prayer" compreende materiais que podem ser adaptados às tradições litúrgicas e musicais locais das Igrejas das duas tradições cristãs.

Em uma carta conjunta enviada na segunda-feira, 11, às Conferências Episcopais e aos Bispos das Igrejas membro da Federação Luterana Mundial, o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e o Pastor Martin Junge, Secretário Geral da Federação Luterana Mundial, apresentaram o Common Prayer. O livro é o primeiro instrumento litúrgico desenvolvido conjuntamente e redigido por uma “força-tarefa litúrgica” da Comissão luterana-católica sobre a unidade. A obra baseia-se no recente relatório de estudos “Do conflito à comunhão: Comemorações comuns luterano-católicas da Reforma em 2017”, que convida as comunidades católicas e luteranas a rezarem juntos por ocasião do transcurso do aniversário.

“O Common Prayer marca um momento muito especial no nosso caminho comum do conflito à comunhão. Estamos felizes em convidá-los a participar deste caminho que testemunha a graça de Deus no mundo”, escrevem o Cardeal Koch e o Pastor Junge aos líderes luteranos e católicos.

Os dois líderes expressam na carta gratidão pelas tantas iniciativas comuns e o esforço dos católicos e luteranos em estudarem juntos o documento “Do conflito à comunhão”, em que os dois organismos eclesiásticos descrevem juntos, pela primeira vez, a história do século XVI da Reforma e as suas intenções. O relatório elaborado pela Comissão católico-luterano sobre a unidade em 2013 foi amplamente distribuído às comunidades católicas e luteranas. Está disponível em quatro línguas oficiais da Federação Luterana Mundial – inglês, francês, alemão e espanhol – e foi traduzido em muitas outras línguas nacionais e regionais.

O objetivo do Common Prayer é o de expressar os dons da Reforma e de pedir perdão pela divisão perpetuada pelos cristãos das duas tradições. “Ele oferece a oportunidade de olhar para trás, através da ação de graças e a confissão do pecado, e de olhar para a frente, comprometendo-se no testemunho comum e no continuar o caminho", lê-se no prefácio do Common Prayer.

Na carta conjunta, O Cardeal Koch e o Pastor Junge recordam aos líderes das Igrejas que em 2017 serão celebrados também os 50 anos de diálogo ecumênico global entre católicos e luteranos, que compreende outros processos de estudo e documentos importantes. Para a Federação Luterana Mundial, o ano coincide com a sua XII Assembleia, a ser realizada em  Windhoek, na Namíbia, com o tema «Libertos pela graça de Deus».

Em Outubro de 2016, o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Federação Luterana Mundial promoverão um evento de comemoração ecumênica em Lund, Suécia, onde a Federação Luterana Mundial foi fundada em 1947. (JE)

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Igreja no Brasil



JUMI abre inscrições para Caminhada da Esperança

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Aparecida (RV) - O primeiro grande evento do projeto JUMI – Juventude em Missão – do Santuário Nacional já está com inscrições abertas. A Caminhada da Esperança será na madrugada do dia 13 para o dia 14 de fevereiro, saindo de Aparecida com destino à Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá (SP).

A inscrição está disponível no site oficial do JUMI e pode ser feita gratuitamente.

Com a duração média de oito horas de peregrinação, para essa caminhada o projeto oferece a possibilidade de transporte para a volta da Fazenda. A opção pode ser assinalada durante a inscrição, com o valor de R$15,00. O pagamento deve ser feito pela Internet e o inscrito precisará portar comprovante de inscrição no dia do evento.

E para os primeiros mil inscritos, o projeto dará um Kit personalizado do JUMI.  

Caminhada da Esperança

O evento terá início às 19h, no Auditório Pe. Noé Sotillo, localizado no subsolo do Santuário Nacional, onde haverá a grande abertura do JUMI e a entrega dos kits para os peregrinos inscritos. Das 22h às 23h, serão atendidas confissões. A partir daí, os jovens saem em peregrinação, passando pelas cidades de Aparecida, Potim e Guaratinguetá.

Durante o trajeto, haverá momentos de dinâmica, meditação, oração e paradas para descanso, hidratação e alimentação. A chegada está prevista para 9h, na sede da Fazenda Esperança masculina, onde será servido o café da manhã e será celebrada a Missa de encerramento.

A Caminhada da Esperança é promovida em resposta ao pedido de Papa Francisco que, neste ano da Misericórdia, convida os católicos de todo o mundo a fazer peregrinações. A Fazenda foi escolhida por ser uma casa de recuperação de dependentes químicos, local concreto da ação da misericórdia divina.

(CM/a12)

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Igreja na América Latina



Papa Francisco leva esperança à Ciudad Juárez, no México

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Cidade do Vaticano (RV) - A crise humanitária provocada pela onda migratória, em particular na Europa, foi um dos principais pontos do discurso do Papa Francisco aos embaixadores acreditados junto à Santa Sé. A situação entre a fronteira do México e dos Estados Unidos, no entanto, não foi esquecida pelo pontífice, que classificou-a como “dramática”.

 

A violenta Ciudad Juárez, no México

Nesse sentido, o Papa fez questão de incluir a Ciudad Juaréz  na agenda de sua Viagem Apostólica ao México, que ocorre entre os dias 12 e 17 de fevereiro deste ano. Entre as décadas de 90 e 2000, o município mexicano – que faz fronteira com o Texas, nos EUA – foi palco de uma sequência de homicídios, principalmente os feminicídios, que levaram uma grande escala de mulheres jovens a morte.

Apesar das investigações, as autoridades não chegaram a um consenso do que estaria por trás da maciça violência na Ciudad Juaréz, que já foi considerada a mais perigosa do mundo, com base nos tiroteios e assassinatos. Cogitam-se o tráfico de drogas e de órgãos, além da exploração sexual. Assim, com o objetivo de abastecer também o mercado ilegal norte-americano, a presença dos cartéis de drogas na região se tornou notória.

Última parada de Francisco no México

A visita do Papa à Ciudad Juárez está programada para 17 de fevereiro, último dia da viagem de Francisco ao México. A área também é um foco de migrações sazonais e de pessoas que tentam atravessar a fronteira ilegalmente, mas acabam vítimas de organizações criminosas. Muitas delas, no entanto, perdem suas vidas ou então deportadas.

A construção de um muro de aproximadamente 1,2 mil quilômetro de extensão, o uso da vigilância eletrônica e o aumento de militares não foram suficientes para evitar que criminosos continuem atuando na região. A situação, porém, fez aumentar a rejeição da imigração ilegal nos Estados Unidos.

A Igreja e as comunidades americanas e mexicanas

Para tentar prosperar a comunhão na região da fronteira entre os dois países, em dezembro, foi realizado um evento histórico na linha que separa a fronteira dos dois países – El Paso (EUA) e Ciudad Juárez. No local, os Bispos de ambas cidades e os cônsules-gerais de México e EUA se uniram na Ponte Internacional Santa Fé. Ali, celebraram juntos “las posadas”, isto é, uma oração e um momento de festa para as crianças, típico da tradição latino-americana no período natalino.

O episcopado americano também tem se posicionado favorável aos direitos dos migrantes. O Cardeal e Arcebispo de Boston, Dom Sean O’Malley, foi um deles. A questão, no entanto, tem dividido a opinião pública nos EUA, onde se discute há algum tempo uma reforma da imigração. Algumas correntes são absolutamente contra qualquer abertura em favor dos imigrantes.

Papa nos EUA

Em sua visita aos EUA, em setembro do ano passado, o Papa Francisco falou ao Congresso em Washington a respeito da onda migratória no continente. “Mesmo neste continente – disse o pontífice – milhares de pessoas são forçadas a viajar para o norte em busca de melhores oportunidades. Não é o que queríamos para nossos filhos? Nós não devemos se assustar com o número, mas sim vê-los como pessoas, olhando para seus rostos e ouvindo suas histórias, tentando responder da melhor forma possível às suas situações. Responder de uma maneira que seja mais humana, justa e fraterna. Devemos evitar uma tentação comum hoje: rejeitar qualquer prova problemática".

Às vésperas da visita do Papa à Ciudad Juárez, ainda neste mês, o município receberá as relíquias da bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá, que será canonizada em setembro pelo Papa Francisco. (PS)

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Arcebispo argentino de La Plata: Jubileu, início de vida nova

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Buenos Aires (RV) - O Jubileu extraordinário da misericórdia dá aos fiéis “a possibilidade de iniciar uma nova vida”, sobretudo graças à indulgência plenária que este comporta: é o que afirma o arcebispo de La Plata, na Argentina, Dom Héctor Rubén Aguer, numa reflexão publicada para este início de 2016.

“O Ano Santo é um período de tempo para receber o perdão, mas nos recorda também que devemos exercitar a misericórdia com nossos irmãos, sobretudo com nossos irmãos mais pobres”, explica o prelado.

Cuidar dos pobres e de suas necessidades

“Trata-se de um Ano de alegria, mas, ao mesmo tempo, é também um ano penitencial, um ano em que podemos pedir a Deus a misericórdia”, continua Dom Aguer. E a esse propósito, o arcebispo de La Plata cita São Cesário de Arles que dizia:

“Há dois tipos de misericórdia: uma humana e terrena, outra celestial e divina. A primeira consiste em cuidar dos pobres, prestando atenção em suas necessidades. A segunda é concedida por Deus e consiste no perdão dos pecados.” Essas duas realidades estão reunidas no Jubileu”, ressalta o arcebispo argentino.

Atenção às crianças abandonadas e aos jovens “nem-nem”

Em seguida, Dom Aguer reitera que “os mais necessitados não são somente os pobres que batem à nossa porta para pedir um pouco de alimento, mas também as muitas crianças abandonadas, os muitos jovens ‘nem-nem’, ou seja, nem estudam, nem trabalham, os muitos jovens dependentes do álcool ou da droga, as muitas famílias desagregadas”.

Por isso “estamos vivendo o Jubileu e é com este espírito que devemos participar dele”, conclui o prelado. (RL)

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Igreja no Mundo



Abertura da Porta Santa em Lampedusa no Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

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Lampedusa (RV) – Lampedusa, porta de entrada de milhares de migrantes e refugiados, e destino da primeira viagem do Papa Francisco, em 8 de julho de 2013, como não poderia deixar de ser, não ficará alheia ao Ano Jubilar. De fato, no próximo sábado, às 16 horas, o Cardeal Francesco Montenegro, Arcebispo de Agrigento, presidirá a celebração das Vésperas e abrirá a Porta Santa do Santuário de Nossa Senhora de Porto Salvo.

Porta da Europa

No domingo, dia 17, por sua vez, Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, serão realizados os eventos mais intensos, envolvendo os refugiados que fogem da guerra, arriscando suas vidas na travessia do Mediterrâneo em busca de uma nova esperança. De fato, às 9h30min, será realizado um momento de oração e reflexão sobre o tema da Jornada - “Migrantes e refugiados nos interpelam. A resposta do Evangelho da Misericórdia -  diante da “Porta da Europa”, o monumento dedicado à memória dos migrantes mortos no mar.

Abertura de uma segunda Porta Santa

Não será uma surpresa se neste local o Cardeal Montenegro abrir uma segunda Porta Santa, totalmente fora dos moldes conhecidos, pois não será o acesso a uma igreja mas um portal de esperança para um destino melhor, uma memória por quem perdeu a vida na rota da esperança.

Cruz feita com remos em Cuba

Por fim, às 11 horas, na Paróquia de São Gerlando, será celebrada uma missa presidida pelo Cardeal Montenegro, ocasião em que será entregue à comunidade de Lampedusa um presente do Papa Francisco: o grande crucifixo feito de remos pelo artista cubano Kcho, recebido do Presidente cubano Raúl Castro, por ocasião da sua visita apostólica à Ilha em setembro passado. (JE)

 

 

 

 

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Permaneceremos como uma só família, afirma Arcebispo Justin Welby

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Londres (RV) – “Se os colóquios não levarem a uma solução será um fracasso”, a Comunhão Anglicana permanecerá, no entanto, “uma só família”. Foi o que afirmou em uma entrevista à BBC o Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, empenhado nestes dias em Londres, no encontro que reúne os Primazes de 38 Províncias anglicanas, com o objetivo de discutir temas controversos, como a aceitação oficial da conduta homossexual de religiosos anglicanos e a ordenação de mulheres como bispo.

Comunhão não é um partido político, mas criação de Deus

“Não existe nada  que eu possa fazer – afirmou o líder da Igreja da Inglaterra – para deter aqueles que decidiram seguir por caminhos diferentes”, mas “um cisma dentro da Comunhão Anglicana sobre o tema da sexualidade  não seria, certamente um desastre”, porque,  “quaisquer que sejam as decisões sobre este tema”, “uma família permanece como tal, mesmo se alguém seguir por outro caminho”. “Sempre foi assim e sempre será assim”,  afirmou , recordando que “Deus nos uniu e nós devemos trabalhar para que possamos permanecer como tal e servir Deus fielmente de forma que, mesmo  se em profundo desacordo,  possamos ainda viver e cuidar um do outro”, pois a Comunhão Anglicana “não é uma espécie de clube ou partido, mas algo criado por Deus”.

Escuta recíproca a serviço de Jesus

O Primaz da Igreja Anglicana disse ainda que “nós queremos permanecer juntos para ouvir-nos mutuamente no serviço a Jesus Cristo, concentrando-nos não somente no tema da sexualidade, mas também nas enormes questões que envolvem as pessoas em todo o mundo; conflitos, perseguições, violência religiosa”.

O encontro dos Primazes foi promovido pelo Arcebispo de Cantuária na tentativa de se chegar a uma conciliação entre grupos mais tradicionalistas e aqueles definidos como “liberais”, divididos a partir de 2003, quando os episcopalianos – ramos estadunidense da Comunhão anglicana – ordenaram o primeiro bispo  homossexual. (JE)

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Cardeal Tagle: com Jesus jamais se está sozinho

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Manila (RV) - Com Jesus jamais se está sozinho: este foi o cerne da homilia pronunciada pelo arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle, por ocasião da tradicional procissão do Nazareno Negro, realizada no último sábado (09/01).

Milhões de peregrinos com pés descalços acompanharam a imagem de Jesus, de madeira escura, partindo do centro da capital filipina até a Basílica de Quiapo. “Cristo chega a todos, carrega-nos sobre seus ombros, não nos vê como um peso, porque Ele está aqui para nós”, disse o Cardeal Tagle.

A importância do Sacramento da Eucaristia

Em seguida, falando sobre os sacrifícios realizados pelos fiéis para participar da procissão, o purpurado perguntou: “Por que se aceita tanta fadiga? A resposta é: para demonstrar gratidão a Deus. Todos nós queremos render graças ao Nazareno Negro por sua infinita bondade para conosco”.

“Este sacrifício de amor é um modo com o qual os fiéis podem restituir a Deus um pouco daquele tudo que Ele nos deu”, acrescentou.

Tendo em vista o 51º Congresso Eucarístico Internacional, programado para realizar-se em Cebu de 24 a 31 deste mês de janeiro, o arcebispo de Manila exortou a olhar para a Eucaristia como “cumprimento da devoção”, porque neste Sacramento os fiéis podem “ver a obra de Jesus que precisa ser seguida e imitada”.

A antiga devoção ao  Nazareno Negro

Vale a pena recordar que a procissão constitui o evento religioso mais importante do país do sudeste asiático. A devoção à imagem, com tamanho natural, representando Jesus vergado sob o peso da Cruz, remonta ao Séc. XVII, período em que as Filipinas estavam sob o domínio da Espanha.

A estátua foi levada em 1607 para Manila por um sacerdote agostiniano espanhol, a bordo de uma embarcação proveniente do México. Segundo a tradição, o barco pegou fogo durante a viagem, mas imagem do Cristo escapou milagrosamente do incêndio assumindo cor escura.

Apesar do dano, a população de Manila decidiu conservar e honrar a efígie. A devoção suscitada pelo ícone recebeu o favor da Santa Sé, que em 1650, sob o Pontificado de Inocêncio X, instituiu canonicamente a Confraria de Jesus Nazareno.

Também Pio VII, no Séc. XIX, quis honrar essa devoção concedendo a indulgência plenária “a quem, de modo piedoso, rezasse pelo Cristo Negro”. (RL)

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Perseguição anticristã em aumento no mundo

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Roma (RV) – A organização “Portas Abertas” divulgou nesta quarta-feira, 13, a “World Watch List 2016”, a nova lista dos primeiros 50 países onde os cristãos são mais perseguidos no mundo. Um dos primeiros dados que emerge do relatório é que a perseguição anticristã no mundo teve um aumento de 2,6 pontos. Em 2015 foram mortos 7.100 cristãos devido à sua fé (4.344 em 2014) e atacadas mais de 2.400 igrejas (1.062 em 2014).

Extremismo islâmico

O extremismo islâmico constitui ainda a principal origem das perseguições, fatos constatado em 35 dos 50 países da lista. Como origem de perseguições estão em forte aumento o nacionalismo religioso, como observado na Índia, que passou a ocupar a 17ª colocação na lista e a “paranoia ditatorial”, observada na Eritreia (3º lugar) e na Coreia do Norte, encabeçando a lista pelo 14º ano.

Países africanos

Os países africanos continuam a “ganhar colocações” na lista: 16 países da World Watch List são africanos, dos quais 7 figuram entre os dez primeiros. Em termos numéricos e de intensidade, a perseguição contra os cristãos nesta região chega a ofuscar até mesmo os fatos ocorridos no Oriente Médio.

Limpeza étnica

Assistimos a um êxodo de cristãos nunca visto antes e mesmo que seja de domínio público o que acontece neste sentido no Oriente Médio, muito menos conhecida, é, pelo contrário, a sorte de milhares de cristãos nigerianos, obrigados a fugir de 12 Estados do norte da Nigéria ou da zona central do país por causa das violências perpetradas pelo grupo Hausa-Fulani. Nesta região, a exemplo do que ocorre na Síria, Iraque, Sudão, Somália e nordeste do Quênia, a perseguição assume forma de “limpeza étnica”.

Os novos países a fazer parte da  “World Watch List são o Bahrein e Níger. (JE)

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Patriarca caldeu: “jejum de Nínive” para pedir fim dos conflitos

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Bagdá (RV) – Os cristãos caldeus, no respeito da própria tradição litúrgica, se preparam para observar o chamado “jejum de Nínive” (Bautha d'Ninwaye), que antecede de três semanas o quaresmal.

Durante três dias, a partir de segunda-feira, 18 de janeiro, os caldeus que desejam respeitar esta prática espiritual, abstendo-se de comer e beber da meia-noite até meio-dia do dia seguinte, evitam por três dias ingerir alimentos e temperos de origem animal.

Concórdia e convivência

Na iminência do “jejum de Nínive”, o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Luis Raphael I, convidou todos os fiéis da Igreja caldeia a rezar e viver a abstinência de alimentos para pedir ao Senhor a concórdia e o dom da convivência pacífica no Iraque e em toda a martirizada região do Oriente Médio. 

Origem do jejum

A prática do “jejum de Nínive” é uma evocação do jejum pedido pelo Profeta Jonas aos moradores daquela cidade corrupta, que surgia na área da atual Mosul, hoje em mãos dos jihadistas do Califado islâmico (Daesh). Aquele jejum – lê-se na Bíblia – comoveu Deus (cfr Jonas 3,1) e salvou a cidade da eliminação.

Conflito mortal

No comunicado difundido pela mídia oficial do Patriarcado para sugerir aos fiéis intenções para seguir o jejum, o Primaz da Igreja caldeia recorda também as palavras de Santo Efrem, que indicou em Jonas e no jejum de Nínive o modelo do arrependimento sincero. No comunicado, recebido pela Agência Fides, o Patriarca Louis Raphael repete que o Iraque se encontra diante de um “conflito mortal”, alimentado pelo fanatismo religioso, e chama todos a rezar e fazer penitências para pedir a conversão e invocar a renúncia de todos à violência e à guerra.

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Bispos dos EUA condenam detenção de mães imigrantes com filhos

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Cidade do Vaticano (RV) - Após as ações do governo dos EUA nesta semana em busca de imigrantes ilegais vindos da América Central, que resultaram na detenção de 121 pessoas, incluindo mulheres com filhos pequenos, os bispos do Comitê de Migração da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) pediram o fim de tais práticas.

 

Em dois anos, essa foi a primeira iniciativa do governo dos EUA na busca de imigrantes ilegais provenientes da América Central. Em uma carta encaminhada ao secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, o bispo auxiliar de Seatle, Dom Eusebio Elizondo, e o presidente do Comitê de Migração, Dom Kevin Vann, solicitaram ao governo americano o fim das medidas, que atingem principalmente indivíduos dos Estados de Geórgia, Texas e Carolina do Norte.

Ação desumana, dizem prelados

“Nós achamos – relata o documento - que tal alvo, mulheres com crianças – muitas das quais fugiram da violência e da perseguição em seus países de origem –, é desumano e um grave abuso da limitada execução legal.”

Para os prelados, as ações do departamento responsável pelas detenções “contrastam com as declarações feitas pelo próprio presidente Obama em novembro de 2014, ou seja, que sua administração iria prosseguir com a deportação de criminosos, não famílias; criminosos, e não crianças; membros de gangues, não uma mãe que está trabalhando duro para sustentar seus filhos”.

Ajuda humanitária

Os bispos destacaram ainda sua preocupação com todo o processo. "Alguns desses casos, e muitos outros, - escreveram na carta - ilustram as graves questões do processo que enfrentam essas mães e crianças. Nós nos opomos à remoção de quaisquer imigrantes que foram detidos sem que primeiro tenha se confirmado se eles receberam oportunidades reais para apresentar os seus pedidos de asilo em audiências no tribunal de imigração.”

No documento, ambos também solicitaram à administração e ao Congresso a adotar soluções a longo prazo, tais como o apoio aos esforços humanitários na América Central e abordar as causas profundas da migração forçada. (PS)

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Reabertura da Basílica N. Sra. do Rosário, em Fátima, será em 2 de fevereiro

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Fátima (RV) – O Reitor do Santuário de Fátima, em Portugal, destaca o “ganho substancial” dos fiéis “no acesso e na permanência” junto aos túmulos dos pastorinhos, após as obras na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a ser reaberta em 2 de fevereiro, dia da Apresentação do Senhor.

“Até agora os fiéis para se aproximarem dos túmulos dos videntes faziam-no um pouco contra o próprio espaço; a partir de agora as próprias capelas tumulares vão conduzir os fiéis a estes espaços, proporcionando a eles melhores momentos de oração”, afirmou o Padre Carlos Cabecinhas.

Em declaração à Sala de Imprensa do Santuário, o Reitor explicou que as obras na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima permitiram a criação de um itinerário devocional que representa “um ganho substancial”, quer no acesso como na permanência dos fieis junto aos túmulo dos Beatos Francisco e Jacinta Marto.

Os itinerários devocionais e a reforma no presbitério são as principais obras realizadas neste monumento de referência do Santuário de Fátima, que fechou há cerca de um ano e meio para obras de limpeza e restauração.

A reabertura ocorrerá no dia da Apresentação do Senhor, “uma data liturgicamente importante e à qual quisemos associar outro momento celebrativo que é a reabertura da Basílica”, comentou o Reitor.

O Bispo da Diocese de Leiria Fátima, Don Antônio Marto, vai presidir à celebração de dedicação do altar, “totalmente renovado e concebido pelo escultor Bruno Marques”, informa o Santuário.

Após a reabertura desta Basílica, serão retomadas três celebrações diárias até à Páscoa: às 7h30, 11h00 e 18h30, quando então a Missa das 11h00 é “transferida para a Basílica da Santíssima Trindade”.

A sagração da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima data de 7 de outubro de 1953, e o projeto foi concebido pelo arquiteto holandês Gerard Van Kriechen e continuado pelo arquiteto João Antunes.

A arquitetura pertence ao revivalismo neobarroco e foi sendo melhorada por campanhas artísticas nos anos 60, de que se destaca a “introdução de vitrais na nave principal e pinturas no Altar-mor”, de João Sousa Araújo.

A primeira Basílica do Santuário mariano da Cova da Iria recebeu este título do Papa Pio XII, no breve “Luce Superna”, de 11 de novembro de 1954.

Com 70,5 metros de comprimento e 37 de largura a Basílica foi construído “inteiramente” com “pedra da região e os altares são de mármore” de Estremoz, de Pero Pinheiro e de Fátima, refere ainda o Santuário de Fátima. (JE/Ecclesia)

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Atualidades



Embaixador: causas de onda migratória devem ser debatidas

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Cidade do Vaticano (RV) - Dados recentes da ONU (Organização das Nações Unidas) estimam que, no ano de 2015, aproximadamente 60 milhões de pessoas  tenham fugido de áreas em conflitos com objetivo de se afastar de guerras e se proteger de perseguições. O número é 60% maior ao registrado pela entidade há dez anos e revela o agravamento da onda migratória, já considerada pela ONU a maior desde a Segunda Guerra Mundial.

  

O atual fenômeno migratório é visto com preocupação pelo Papa Francisco, que coloca o problema como um “desafio global” às nações de todo o mundo. O tema, inclusive, ocupou um amplo espaço no discurso realizado pelo pontífice na última segunda-feira (11/1) aos embaixadores acreditados junto à Santa Sé.

Pedra fundamental para o futuro

De acordo com o Papa, o tema é complexo e requer projetos a médio e longo prazos que devem ir além da lógica da emergência. Para ele, os migrantes são “pedra angular do futuro do mundo”. O embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Dr. Denis Fontes de Souza Pinto, esteve no encontro com o Papa e concorda que existe a necessidade de uma reflexão profunda sobre esse drama humanitário.

“Se a gente olhar para a história da humanidade, história da Europa, história das Américas, história de outros continentes, o imigrante foi sempre aquele que saiu de seu país para buscar um futuro melhor. E sempre traz uma renovação, novo impulso, necessidade de participar e de conviver com uma nova sociedade. Juntamente com isso, traz também um questionamento: Por que ele teve de sair? É uma grande questão que está no discurso do Papa. As grandes causas desses grandes dramas humanitários que vivemos hoje. Por que é que hoje em dia temos um grande exido humano por algo ocorrido e gerou esse grande fluxo migratório? É  uma oportunidade para que o mundo se questione se não poderia ter feito mais para evitar tudo isso.”

Globalização da indiferença

A cultura da indiferença é outra questão que o Papa Francisco tem apontado com frequência em seus discursos. Na audiência com os embaixadores também não foi diferente, e o tema foi lembrado pelo pontífice. Para ele, o espírito individualista está na raiz da indiferença pelo próximo e acaba por tornar as pessoas “medrosas e cínicas”, principalmente diante dos pobres e dos marginalizados.

Ao refletir sobre o discurso do Papa, o embaixador brasileiro diz que é uma oportunidade para se pensar na restauração dos valores humanos e do respeito para com o ser humano.

“É o grande dilema que nós vivemos hoje. Se por um lado temos um enorme acesso à informação, ao mesmo tempo, esse excesso de informação gera um cansaço das pessoas. Então, gera uma certa indiferença em relação aos problemas dos outros. A grande questão é a necessidade de restauração de valores humanos, de respeito ao outro como ser humano. Isso tudo está dentro desse grande dilema que nós estamos enfrentando no mundo de hoje.” (PS/SP)

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