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Sumario del 18/01/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: corações fechados ao Espírito não chegam à verdade plena

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco começou a semana celebrando a Missa na Casa Santa Marta. 

Em sua homilia, o Pontífice comentou a primeira leitura em que Saul é rejeitado por Deus como rei de Israel porque prefere ouvir o povo a ouvir a vontade do Senhor. O povo, depois de uma vitória em batalha, queria realizar um sacrifício a Deus com as melhores cabeças de gado, porque, afirma o Papa, “sempre se fez assim”. Mas Deus, desta vez, não queria. O profeta Samuel repreende Saul: “'O Senhor quer holocaustos e sacrifícios, ou quer a obediência à sua palavra?”.

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O Papa observou que o mesmo nos ensina Jesus no Evangelho: os doutores da lei o repreendem porque os seus discípulos não jejuavam como havia sido feito até então. E Jesus responde com este princípio de vida: “Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos'!”.

“Que isso significa? Que a lei muda? Não! Que a lei está a serviço do homem, que por sua vez está a serviço de Deus. Por isso, o homem deve ter o coração aberto. O ‘sempre foi feito assim’ é coração fechado e Jesus nos disse: ‘Eu enviarei o Espírito Santo e Ele os conduzirá até a verdade plena’. Se você tiver o coração fechado à novidade do Espírito, jamais chegará à verdade plena! E a sua vida cristã será uma vida metade e metade, remendada de coisas novas, mas sobre uma estrutura que não está aberta à voz do Senhor. Um coração fechado, porque não é capaz de mudar os odres”.

“Este foi o pecado do Rei Saul, pelo qual foi rejeitado”, explicou o Papa. "É o pecado de muitos cristãos que se prendem àquilo que sempre foi feito e não deixam que os odres mudem. E acabam com uma vida pela metade, remendada, sem sentido”. O pecado “é um coração fechado” que “não escuta a voz do Senhor, que não está aberto à novidade do Senhor, ao Espírito que sempre nos surpreende”. A rebelião, diz Samuel, é “pecado de divinização”, a obstinação é idolatria:

“Os cristãos obstinados no 'sempre foi assim', este é o caminho, esta é a estrada, pecam: pecam por divinização. É como se fossem a uma cartomante. É mais importante o que foi dito e que não muda; aquilo que eu sinto, de mim e do meu coração fechado, do que a Palavra do Senhor. É também pecado de idolatria. E qual é o caminho? Abrir o coração ao Espírito Santo, discernir qual é a vontade de Deus.”

“Era costume no tempo de Jesus, disse ainda o Papa, que os israelitas bons jejuassem. Mas há outra realidade: Existe o Espírito Santo que nos conduz à verdade plena. Por isso, Ele precisa de corações abertos, de corações que não sejam obstinados no pecado de idolatria de si mesmos, porque é mais importante o que eu penso do que a surpresa do Espírito Santo”: 

“Esta é a mensagem que hoje a Igreja nos dá. Isto é o que Jesus diz muito forte: “Vinho novo em odres novos”. Diante da novidade do Espírito e das surpresas de Deus, os hábitos devem se renovar. Que o Senhor nos dê a graça de um coração aberto, de um coração aberto à voz do Espírito, que saiba discernir o que não deve mais mudar, porque é fundamento, do que deve mudar para poder receber a novidade do Espírito Santo.” (BF/MJ)

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Papa aos luteranos: prosseguir juntos no caminho da unidade

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência nesta segunda-feira, (18/01), a Delegação Ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia por ocasião da tradicional peregrinação para a festa de Santo Henrique. 

“Esta peregrinação ecumênica é um sinal eloquente de que como luteranos, ortodoxos e católicos, vocês descobriram aquilo que os une e juntos querem testemunhar Jesus Cristo, que é o fundamento da unidade”, frisou o Pontífice em seu discurso. 

O Papa agradeceu a Deus pelos resultados que foram alcançados no diálogo entre luteranos e católicos, e recordou o documento comum “Justificação na vida da Igreja”. Segundo o Pontífice, “tal diálogo prossegue em seu caminho promissor rumo a uma interpretação comum, no âmbito sacramental, eclesial, eucarístico e ministerial. Os passos importantes realizados juntos estão construindo um fundamento sólido de comunhão de vida na fé e na espiritualidade e as relações são cada vez mais imbuídas de um espírito de confronto sereno e partilha fraterna.”

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Em nosso diálogo, ainda permanecem algumas diferenças na doutrina e na prática. Isso porém não deve nos desencorajar, mas nos impulsionar a prosseguir juntos no caminho de uma maior unidade, superando antigas concepções e reticências. Num mundo muitas vezes dilacerado por conflitos e marcado pelo secularismo e indiferença, todos unidos somos chamados a proclamar Jesus Cristo, tornando cada vez mais testemunhas críveis da unidade e artífices da paz e reconciliação”, sublinhou o Papa.

O Papa agradeceu a Delegação Ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia pelo seu compromisso em favor do cuidado da criação e desejou que essa visita possa reforçar ainda mais a colaboração entre as suas respectivas comunidades. (MJ)

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Francisco encoraja o trabalho dos policiais italianos

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Cidade do Vaticano (RV) - “Na manhã desta segunda-feira (18/01), o Papa cumpriu um compromisso da agenda tradicional no início de cada ano: recebeu o corpo de guarda da Polícia de Estado, diretores e policiais. 

Foi uma ocasião para o Pontífice enaltecer o trabalho desempenhado pelas forças da ordem, especialmente no início do Ano Santo. Segundo o Papa, “a ordem exterior favorece a interior, permeada de serenidade e paz”.

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Durante o encontro, dirigindo-se aos homens que o protegem, o Papa improvisou dizendo que quando sai para a Praça São Pedro e os vê, reza por eles, de coração. “E lhes peço, por favor, rezem por mim, porque este não é um trabalho fácil!”. 

O empenho no Ano Santo

“Desejo a vocês e às suas famílias um feliz ano novo e de coração os abençoo”, completou, definindo este encontro “ainda mais significativo porque se insere no contexto do Ano Santo da Misericórdia, um evento de relevância espiritual para o qual muitos peregrinos vieram a Roma de várias partes do mundo”.

“Que o Jubileu da Misericórdia seja para todos um tempo forte do espírito, tempo de reconciliação com Deus e com os irmãos. Todos nós precisamos nos reconciliar, todos... Todos temos alguma coisa (pendente, ndr) com um irmão, na família, com um amigo. E este é o tempo para a reconciliação, para fazer as pazes. Em seguida, Francisco renovou o seu apreço pelo trabalho que os guardas desempenham com “profissionalismo e sentido do dever”, agradecendo também sua presença nas visitas pastorais que realiza na Itália”.

Espírito de colaboração

Por sua vez, em nome da Polícia do Estado, a Dra. Maria Rosaria Maiorino, diretora da Inspetoria junto ao Vaticano, assegurou o empenho constante dos policiais, que neste delicado momento histórico, após os atentados de Paris, será desempenhado “com o máximo profissionalismo, em colaboração com os dois corpos da guarda do Vaticano: Gendarmaria e Guardas Suíços”. 

(CM)

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Papa recebe Príncipe Alberto II de Mônaco

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência esta segunda-feira, no Vaticano, o Príncipe Alberto II de Mônaco, acompanhado da Princesa Charlene. Sucessivamente, o Príncipe encontrou-se com o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, e o Secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Gallagher. 

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante os cordiais colóquios foram ressaltadas as boas relações bilaterais existentes e foi mencionada a histórica contribuição da Igreja católica para a vida do Principado.

Nas conversações, detiveram-se sobre algumas questões de interesse comum, como a salvaguarda do ambiente, a ajuda humanitária e o desenvolvimento integral dos povos.

Por fim, foram examinadas algumas problemáticas que dizem respeito à comunidade internacional, como a questão da paz e da segurança, o acolhimento aos migrantes e a situação geral na região do Mediterrâneo e no Oriente Médio. (RL)

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Muçulmanos formalizarão convite ao Papa para visitar Mesquita de Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – Na próxima quarta-feira, antes da Audiência Geral, uma delegação da Mesquita de Roma deverá formalizar ao Papa Francisco o convite para que visite o templo muçulmano da Cidade Eterna. As duas partes trabalham há cerca de dez meses para que a visita se concretize e a intenção é de que se realize no contexto do Jubileu da Misericórdia, cujo tema, como sublinhou o Santo Padre na Bula de convocação, é comum às duas fés.

Delegação muçulmana

A data da visita poderá ser acertada durante o encontro na próxima quarta-feira. Farão parte da delegação muçulmana, entre outros, o Vice-Presidente da COREIS,  Imame Yahya Pallavicini, o Diretor do Centro Islâmico Cultural da Itália – responsável pela gestão do complexo - Abdekkah Redouane, além de alguns Embaixadores e de uma representação do Conselho de Administração da Grande Mesquita. Precisamente com o objetivo de realizar a visita no contexto do Jubileu da Misericórdia, foram realizados contatos também com o Arcebispo Rino Fisichella, que é o organizador delegado do Papa.

Papa será o primeiro Pontífice a visitar a Mesquita de Roma

Concretizando-se a visita, o Papa Francisco será o primeiro Pontífice a visitar a Mesquita de Roma. E o evento – após aquele histórico realizado ao Templo Maior dos judeus romanos – assume uma grande valência no atual panorama mundial caracterizado pelas violências de matriz religiosa, do extremismo fundamentalista, do terrorismo, em particular de raiz islâmica. Um sinal de envergadura mundial na ótica do diálogo e da convivência pacífica, contra toda forma de radicalismo, com a imagem do Bispo de Roma ao lado de religiosos islâmicos, para lançar uma forte mensagem contra toda violência em nome de Deus. É precisamente o que o Papa deseja, colocando no centro do Ano Santo o valor da Misericórdia, comum às outras confissões monoteístas.

A Mesquita

A Grande Mesquita de Roma localiza-se na zona norte da cidade, aos pés dos Montes Parioli. É a maior mesquita do Ocidente. Construída em um terreno de 30 mil m², pode acolher até 12 mil fieis. Nos dias das principais festividades, como a Festa do Sacrifício, recebe um fluxo de 30 a 40 mil peregrinos. O templo foi projetado pelo arquiteto Paolo Portoghesi.

Construção financiada pela Arábia Saudita

Foi por vontade – e financiamento – do Rei Faysal, da Arábia Saudita, que a Grande Mesquita de Roma ganhou corpo. A construção exigiu mais de 20 anos. A doação do terreno foi deliberada pelo Conselho Municipal de Roma em 1974, mas a primeira pedra foi colocada somente dez anos após, em 1984, na presença do então Presidente da República Sandro Pertini. A inauguração realizou-se em 21 de junho de 1995.

As visitas dos Papas à mesquitas

O primeiro Pontífice a entrar em uma mesquita foi João Paulo II, em 6 de maio de 2001, na Mesquita de Omayyadi, em Damasco, poucos meses antes do ataque de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas. Em 30 de novembro, por sua vez, Bento XVI rezou silenciosamente na Mesquita Azul de Istambul – a Sultão Ahmet – alvo de um recente atentado contra um grupo de turistas. Também o Papa Francisco rezou na Mesquita azul, em 29 de novembro de 2014, quando de sua visita à Turquia. Já em 30 de novembro passado, encontrou a comunidade muçulmana na Mesquita central de Koudoukou, em Bangui, capital da República Centro Africana. (JE/Ansa)

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"A Cortina de ferro existe de novo", afirma Cardeal Schönborn

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Viena (RV) – “A Cortina de ferro existe de novo, de outra maneira”. Foi o que afirmou o Cardeal Christoph Schönborn - Arcebispo de Viena e Presidente do Comitê dos Congressos da Misericórdia – durante a apresentação – na Sala de Imprensa da Santa Sé -  do Congresso Apostólico Europeu da Misericórdia, a ser realizado em Roma de 31 de março a 4 de abril de 2016, e do Congresso Apostólico Mundial da Misericórdia, que terá lugar nas Filipinas, de 16 a 20 de janeiro de 2017.

Interpelado pelos jornalistas sobre o que poderia ser feito para divulgar a misericórdia em uma Europa envolvida com enormes ondas de refugiados, o Cardeal de Viena respondeu: “A Igreja pode fazer muito, todos os políticos que têm fé podem fazer muito”. “Não devemos esquecer – continuou – que a Europa foi sangue e lágrimas por séculos de guerras entre cristãos. Agora, diante do desafio dos imigrantes e dos refugiados – que é um grande desafio – o risco é que cada um se retire para suas própria fronteiras. Retornam as fronteiras, as barreiras, os muros: a Cortina de Ferro existe de novo, mesmo se de uma outra maneira”.

“A imigração é um desafio enorme que requer prudência, caridade, misericórdia para vencer os medos, os novos nacionalismos que pareciam superados”, observou o Cardeal. “Estamos em meio a uma onda de neonacionalismos – avalia o Cardeal Schönborn – segundo a qual os bispos europeus não foram capazes de encontrar uma palavra, um encorajamento comum”. “Ainda não chegamos a isto”, comentou. “O Conselho das Conferências Episcopais Europeias ainda não pronunciou uma palavra forte sobre o desafio da Europa. Sobre as migrações dos povos e não fez nem mesmo uma análise das causas deste que é um drama europeu, do Oriente Próximo e da África”. (JE)

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Igreja no Brasil



Frades capuchinhos celebram 120 anos de presença no RS

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Caxias do Sul (RV) – Os capuchinhos estão celebrando 120 anos de presença no Rio Grande do Sul. A data oficial de chegada dos frades é 18 de janeiro de 1896.

Este domingo (17/01), marcou a abertura dos eventos para comemorar a data. Em todas as paróquias que possuem párocos e vigários capuchinhos, serão realizadas ao longo do ano celebrações que retomam a história e a importância da presença da Ordem no desenvolvimento das respectivas regiões. O objetivo é resgatar a história; celebrar os 120 anos nas festas paroquiais e em eventos dos próprios frades; promover a animação vocacional; incentivar a criatividade e a partilha. O lema 120 anos: gratidão, paixão e esperança! convida os frades a olhar o passado da província com gratidão;  viver o presente da província com paixão; abraçar o futuro da província com esperança. 

Passados 120 anos de presença no RS, a ação dos capuchinhos, hoje, abrange missões populares, ações sociais (com mais de 20 projetos), pastoral paroquial e hospitalar, animação vocacional e escolas formativas, escola superior de teologia, museu, meios de comunicação (jornais, rádios em redes, sites e plataformas mobile), gráficas, centro de eventos e pousadas voltadas ao turismo e saúde sempre com a marca da alegria franciscana, da simplicidade e disponibilidade para atender as carências da sociedade, testemunhando o carisma do fundador Francisco de Assis.

O entusiasmo missionário já levou os capuchinhos gaúchos a atuar em Portugal, em vários países da África, na Nicarágua, na República Dominicana, França, Haiti, Brasil Central (Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Goiás), interior de São Paulo, Mato Grosso e Rondônia.

A Missão no RS foi elevada à categoria de Província em 1942. Assim, a Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul é considerada a primeira província do hemisfério Sul e da América Latina e, hoje, está entre as cinco maiores do mundo. Atualmente, com 246 membros, sendo 180 freis no Rio Grande do Sul e de Santa Catarina; 45 na Custódia Provincial Brasil Oeste - Mato Grosso e Rondônia e 21 na Delegação Provincial do Haiti.

A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos iniciou na Itália em 1528 e, hoje, está presente em 108 países. No Brasil, está organizada em 10 províncias e duas custódias, totalizando 1.100 frades. Na América Latina e Caribe conta com 30 províncias, cinco custódias e duas delegações.

Sobre a chegada dos primeiros frades, ouça o ministro provincial dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul, Frei Cleonir Dalbosco:

 

(Com informações da Rede Sul de Rádio)

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Igreja na América Latina



Bispos chilenos pedem equidade e desenvolvimento social para o país

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Santiago (RV) - “Equidade e desenvolvimento no Chile: os novos rostos dos excluídos”: assim se intitula  o documento que a Comissão Justiça e Paz da Pastoral social-Caritas do Chile apresentou estes dias como contribuição para o debate sobre o desenvolvimento integral e mais equânime para a sociedade chilena. 

Segundo uma nota dos bispos, o objetivo do documento é favorecer um maior diálogo social que permita prevenir situações de pobreza e dificuldade e formular propostas que tornem o desenvolvimento do país mais justo e humano.

Desigualdades sociais e econômicas são escandalosas

“As desigualdades sociais e econômicas excessivas entre as pessoas e os povos da única família humana são escandalosas e vão contra a justiça social, a equidade, a dignidade da pessoa humana e a paz social e internacional”, lê-se no texto.

Daí, a evocação ao fato de que “a legítima preocupação da Igreja com a equidade na vida social deriva de sua própria natureza e identidade como Povo de Deus e comunidade de fiéis”, a fim de construir uma sociedade que seja “uma comunidade de irmãos, enquanto todos são filhos do mesmo Pai”.

20% da população vive abaixo da linha da pobreza

Estruturado em três partes, o documento episcopal analisa, em primeiro lugar, o contexto social atual, ligado à globalização, examinando os desafios que devem ser enfrentados por algumas categorias  mais vulneráveis, como mulheres, crianças, anciãos e migrantes.

Por sua vez, a segunda parte reporta algumas “considerações éticas”, reiterando o “não” da Igreja à exclusão social, à idolatria do dinheiro e à iniquidade que gera violência, e exorta também à salvaguarda da Criação.

Em seguida, o documento evidencia que o forte crescimento econômico no Chile – que nos últimos anos teve uma média de 5% - certamente reduziu a pobreza absoluta, mas sem efetivamente diminuir os desequilíbrios de fundo. De fato, 20% da população chilena ainda vive abaixo da linha da pobreza, refere a Comissão Justiça e Paz.

Diálogo, instrumento fundamental para relançar o desenvolvimento sustentável

Por fim, na terceira parte, o documento episcopal sugere algumas propostas para relançar o desenvolvimento e a equidade no país:

Em primeiro lugar, o diálogo é indicado como “único instrumento para alcançar acordos estratégicos que permitam um desenvolvimento sustentável e digno para todos”, espaço de encontro entre os vários grupos e realidades do Chile no qual, a partir do esforço de compreender o ponto de vista do outro, se possam encontrar soluções que promovam o bem comum e não os interesses individuais”, de modo a tornar o país “mais justo” e reduzir “a exclusão e a pobreza”.

O documento faz ulteriores sugestões concernentes à adoção de políticas de longo prazo e exorta à atenção que deve ser dada às periferias territoriais do país.

Evangelização e promoção humana estão fortemente interligadas

Além disso, o documento dedica um parágrafo à contribuição que as confissões religiosas podem dar para a igualdade:

“O propósito de uma sociedade mais equânime e de um desenvolvimento integral comporta um sério desafio à consciência cristã, ao diálogo ecumênico e inter-religioso e a sua contribuição para o bem comum, especialmente na preocupação com os mais excluídos”, lê-se.

Daí, o chamado ao “vínculo estreito e forte entre evangelização e promoção humana” e à necessidade de “um caminho de conversão, de modo a ser um estímulo para a coesão social”.

Desenvolvimento é autêntico somente se integral e justo

Por fim, diante da “insatisfação de muitos, da desconfiança nas instituições e na perda de unidade na sociedade”, o texto se conclui com “o convite a refletir e a dialogar sobre o problema da desigualdade que atinge tão gravemente as raízes do sistema social”, porque “um autêntico desenvolvimento se realiza somente se integral e justo”. (RL)

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Igreja no Mundo



Tudo pronto para o 51º Congresso Eucarístico Internacional

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Manila (RV) – São esperadas cerca de 10 mil pessoas para participar do 51º Congresso Eucarístico Internacional a ser aberto em Cebu, Filipinas, em 24 de janeiro de 2016. Os trabalhos serão precedidos por um Simpósio Teológico de três dias, a partir de 20 de janeiro. “Cristo em vós, esperança da glória” é o tema do encontro. O encontro nas Filipinas havia sido anunciado por Bento XVI ao final do Congresso precedente, realizado em Dublin, em junho de 2012.

Países de maioria católica no sudeste asiático

Trata-se do segundo Congresso a ser realizado no país asiático. Anteriormente, por vontade do Papa Pio XI, havia sido realizado o 30º Congresso, em fevereiro de 1937. O Pontífice da época quis sublinhar a importância e a ligação da Eucaristia com a atividade missionária da Igreja, escolhendo as Filipinas pela sua importante presença católica. Ainda hoje esta nação, juntamente com Timor Leste, é a única de maioria católica do continente.

500 anos de evangelização do país

“A escolha filipina – sublinha o Bispo de Cebu, Dom Palma – também é relevante por dois motivos temporais. O primeiro é que o Congresso será realizado após as celebrações de Santo Nino, festa ligada à chegada do cristianismo no país; o segundo é que nos preparamos para recordar os 500 anos de evangelização das Filipinas, ocorrida em 1521”.

Mensagem de esperança aos jovens e indigentes

O tema escolhido para o evento - extraído da Carta de São Paulo aos Colossenses – “quer sublinhar como a tensão escatológica inerente à Eucaristia ofereça um impulso ao caminho histórico dos cristãos, colocando uma semente de esperança no compromisso evangelizador de cada um no mundo de hoje”. Dentro do tema da esperança será sublinhado o anúncio do dom de Deus aos jovens e o compromisso em favor dos mais  indigentes na Ásia.

Presenças

“Esperamos – conclui Dom Palma – a presença de 20 cardeais, 50 bispos asiáticos e mais de 100 prelados filipinos. Temos cerca de 9 mil peregrinos registrados de 57 nações e mais de 5 mil voluntários. Quase 600 famílias se disponibilizaram para acolher os nossos hóspedes e uma Comissão especial foi encarregada para fazer de modo com que também os nossos irmãos mais necessitados possam unir-se a nos”.

Atividades

As atividades são divididas em duas partes principais: o Simpósio Teológico e o Congresso propriamente dito, que se concluirá em 31 de janeiro. O legado papal é o Arcebispo de Yangon, Cardeal Charles Maung Bo. Entre os temas a serem tratados estão “Liturgia e enculturação”, “Evangelização no mundo secular”, “Eucaristia e diálogo entre as outras culturas”, “Eucaristia e a relação inter-religiosa”.

Conferencistas

Deverão se pronunciar, entre outros, os Cardeais Oswald Gracias, de Mumbai,  John Onaiyekan, de Abuja, o estadunidense Timothy Dolan e o Arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle. No Simpósio também deverá se pronunciar o Padre Sebastiano D'Ambra, missionário do Pontifício Instituto Missões Exteriores, que há anos vive e trabalha em Mindanao. (JE/Asianews)

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Relíquias do Beato Frassati em Cracóvia, para a JMJ 2016

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Cidade do Vaticano (RV) – As relíquias do Beato Pier Giorgio Frassati serão expostas para a veneração dos jovens durante a 31ª Jornada Mundial da Juventude em julho próximo, em Cracóvia. Trata-se de uma verdadeira “surpresa” – informa um anota da Associação Pier Giorgio Frassati – recordando que o próprio Papa Francisco, na mensagem dirigida aos jovens em vista da JMJ, exortava-os a seguir o exemplo do Beato Frassati.

O ensinamento de Frassati aos jovens: viver e não simplesmente ir vivendo

“Pier Giorgio foi um jovem que entendeu o significado do que é ter um coração misericordioso, sensível aos mais necessitados – disse o Papa. À eles dava muito mais do que coisas materiais: dava a si mesmo, dedicada tempo, palavras, capacidade de escuta. Servia os pobres com grande discrição, nunca mostrando-se”. Também os predecessores de Bergoglio sempre demonstraram admiração por este Beato. Em maio de 2010, ao encontrar jovens em Turim, cidade natal de Frassati, Bento XVI disse: “Tenham a coragem de escolher o que é essencial na vida” e citava uma frase típica do Beato: “"Viver e não simplesmente ir vivendo"!”, definindo-o como um jovem fascinado pela beleza do Evangelho das Bem-aventuranças”.

Exemplo de “revolução da caridade” que acende a esperança nos corações

João Paulo II, que beatificou Frassati em 1990,  também colocava-se na mesma linha. Em 2001, de fato, ao encontrar os jovens da Diocese de Roma, disse-lhes: “Que vos ajudem os tantos coetâneos dos quais a Igreja reconheceu a plena fidelidade ao Evangelho e indica como exemplos a serem seguidos, intercessores a serem invocados. Entre estes, gostaria de recordar o Beato Pier Giorgio Frassati. Procurem conhecê-lo! A sua existência como um jovem “normal”, demonstra que é possível ser Santos vivendo intensamente a amizade, o estudo, o serviço aos pobres, em uma relação constante com Deus”. A sobrinha de Frassati, Wanda Gawronska, afirma por sua vez: “A santidade é possível para todos e somente a revolução da caridade pode acender no coração dos homens a esperança de um futuro melhor”.

Relíquias expostas na Igreja da Santíssima Irindade

Em Cracóvia, as relíquias do Beato de Turim, falecido em 4 de julho de 1925 aos 24 anos, vítima de uma poliomielite fulminante contraída ajudando os pobres da cidade, serão expostas na Basílica da Santíssima trindade, na Rua Stolarska 12, confiada aos Padres Dominicanos.

A JMJ de Cracóvia  realizar-se-á de 26 a 31 de julho. A presença do Papa Francisco é esperada de 28 a 31 de julho. O lema do evento é “Bem-aventurados os misericordioso, porque encontrarão misericórdia”, inspirado no Evangelho de São Mateus, e em sintonia com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em andamento até 20 de novembro próximo. (JE)

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Cristãos em oração pela unidade

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Cidade do Vaticano (RV) – “Chamados a proclamar os altos feitos do Senhor (Cf. 1 Pedro 2,9)”: este é tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2016.

O texto do subsídio foi preparado na Letônia, com referência a 1° epístola de Pedro Pietro, 2, 9. O texto está disponível no site do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos também em português.

A busca da unidade ao longo de todo o ano

Os países do Hemisfério Norte começam a celebrar a Semana nesta segunda-feira (18/01), com a conclusão marcada para o dia 25, festa da conversão de São Paulo. Na ocasião, o Papa Francisco preside à celebração ecumênica na Basílica de S. Paulo Fora dos Muros, a partir das 17h30 locais.

No hemisfério sul, já que janeiro é tempo de férias, as Igrejas costumam celebrar a Semana de Oração perto de Pentecostes, que é também uma data simbólica para a unidade da Igreja.

A escuta dos altos feitos de Deus

O Batismo inicia a aventura de um novo itinerário de fé pelo qual todo novo cristão se insere no povo de Deus através dos tempos. A Palavra de Deus – quer dizer as Escrituras a partir das quais os cristãos de todas as tradições rezam, estudam e refletem – estabelece entre eles uma comunhão real, apesar de ainda incompleta.

Nos textos sagrados da Bíblia, aprende-se como Deus agiu para salvar os homens no decorrer da história da salvação: livrando o seu povo da escravidão do Egito, e no evento que constitui o maior dos seus altos feitos: a ressurreição de Jesus dentre os mortos fazendo-nos todos entrar numa vida nova. A partir disso, a leitura orante da Bíblia convida os cristãos a reconhecer os altos feitos de Deus na sua própria vida.

A busca da verdade e da unidade

A consciência da nossa identidade comum em Cristo nos convida a trabalhar para levar uma resposta às questões que dividem ainda os cristãos. “Somos chamados, como os discípulos no caminho de Emaús, a partilhar nossas experiências e assim a descobrir que, na nossa comum peregrinação, Jesus Cristo está no meio de nós”, convida o texto do subsídio.

(BF)

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Indonésia: Cristãos e muçulmanos juntos contra o terrorismo

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Jacarta (RV) – Cristãos e muçulmanos caminharam juntos pelas ruas de Jacarta (Indonésia) numa manifestação pública de solidariedade às vítimas do atendado terrorista da última quinta-feira (14/1), que deixou ao menos oito mortos e 25 feridos.

À agência de notícias Fides, o vigário-geral da Arquidiocese de Jacarta, Padre Alexius Andang Binawan, lamentou o ataque ocorrido na capital. “Nós expressamos nossas profundas condolências às vítimas e condenamos qualquer forma de violência e terrorismo. Nós rezamos e trabalhamos pela unidade da Indonésia”, destacou o religioso.

Comunidade católica

No domingo (17/1), a comunidade católica marchou ao lado de milhares de membros das maiores organizações muçulmanas na Indonésia, 'Muhammadiyah' e 'Nahdlatul Ulama', com objetivo de rejeitar qualquer extremismo, violência e terrorismo.

“Estamos chocados – salientou o padre –, mas a vida na capital continua normalmente. Assim como o governo e autoridade públicas dizem, nós também ressaltamos aos fiéis para que não sejam superados pelo medo do terrorismo. Terroristas querem visibilidade e demonstrar o suposto enfraquecimento do governo. O povo indonésio responderá de forma unida, com firmeza e dignidade, sem medo.”

O padre lembrou ainda que muitos líderes religiosos têm condenado o terrorismo, ressaltando que tais atos nada tem haver com a religião. “Como cristãos, nós estamos ao lado de todos os outros cidadãos, e continuaremos a rezar pelas vítimas e por um futuro próspero e pacífico de nossa nação”. (PS/Agência Fides)

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Taiwan elege primeiro vice-presidente católico

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Taipé (RV) – A eleição do primeiro Vice-presidente católico em Taiwan poderá trazer um impacto positivo para a igreja ilha da "província rebelde" chinesa. Pelo menos esse é o pensamento dos católicos desde que a candidata do Partido Democrático Progressista (MCT), pró-independência, venceu a eleição no último sábado (15/1).

Reconhecido epidemiologista, Chen Chien-jean é tido como um católico fervoroso. Por suas contribuições para a Igreja, já foi condecorado com Ordem da Cavalaria do Santo Sepulcro em 2010 e com a Ordem de São Gregório Magno em 2013.

Valores cristãos

À agência UCAN, o educador católico James Liao acredita que o novo Vice-presidente trará valores cristãos para o círculo político. “Isso ajudará a melhorar a eficácia do governo e promover a justiça para que as autoridades se unam à igreja pela ajuda dos marginalizados e pelo bem-estar social”, relatou.

Já um outro consultor católico ouvido pela agência vê pouca função de Chen na área política, embora “instituições católicas possam talvez convidá-lo como porta-voz em busca de recursos”. Para ele, a população católica na ilha – cerca de 270 mil pessoas - é muito pequena para se influente.

De acordo com ele, os partidos políticos não dão tanta importância às igrejas, exceto para diplomacia. "A situação atual – relata o consultor - mostra que Taiwan tem espaço limitado para diplomacia, onde a Igreja pode desempenhar um papel."

Primeira mulher a assumir o comando de Tawin, Tsai Ing-wen defende em seus discursos a soberania da ilha frente à China. (PS/UCAN)

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Vândalos atacam Igreja da Dormição em Jerusalém

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Jerusalém (RV) - Slogans anticristãos foram escritos nas portas e nos muros da Abadia da Dormição, no Monte Sion. O novo ato de vandalismo contra o mosteiro beneditino ocorreu domingo, 17 de janeiro, no mesmo dia em que o Papa Francisco prestou homenagem à comunidade hebraica de Roma, visitando o Templo maior. Segundo informa a mídia oficial do Patriarcado latino de Jerusalém, slogans escritos nas portas e nas paredes da Abadia dizem: “Morte aos cristãos pagãos, inimigos de Israel”, “Seu nome (Jesus) e sua memória sejam cancelados”, ou ainda “cristãos ao inferno”.

Continua a série de ataques

O novo ato de vandalismo sectário ocorreu três semanas após o realizado contra o convento salesiano de Beit Gemal e é mais um na série de gestos de intimidação realizados contra mosteiros cristãos desde fevereiro de 2012. Desde então, em várias ocasiões, assinando com a frase “o preço a ser pago” (price to tag), grupos extremistas próximos do movimento dos colonos perpetraram ataques contra locais de culto – igrejas e mesquitas – frequentados pela população árabe.

Patriarcado emite nota

O Patriarcado latino de Jerusalém difundiu uma nota condenando firmemente a nova agressão e recordando que “o único modo para enfrentar gestos deste tipo é controlar a educação oferecida nas escolas em que estes jovens são instruídos e monitorar quem fomenta a intolerância contra cristãos”. O Patriarcado expressa também a esperança que “os responsáveis por este ataque sejam presos antes de tornarem concretas suas ameaças”. 

(CM/Fides)

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Bispos destacam principais eventos da Igreja no Vietnã em 2015

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Hanói (RV) - A criação cardinalícia do Arcebispo Pierre Nguyên Van Nhon; a visita ao Vietnã do prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni; a instituição da primeira universidade católica do país; a convocação do III Congresso Nacional para a Evangelização; e a XIII Jornada Nacional da Juventude e as celebrações dos 170 anos da Diocese de Vinh. Foram alguns dos principais eventos que marcaram a vida da Igreja no Vietnã em 2015, segundo o relatório de fim de ano dos bispos do país asiático.

A criação do 6º cardeal do país e a visita do Cardeal Filoni

Entre os eventos mais importantes, o relatório coloca, em primeiro lugar, a elevação cardinalícia do arcebispo de Hanói, Dom Pierre Nguyên Van Nhon, no Consistório de 14 de fevereiro de 2015, que aumentou para seis o número de cardeais criados no país, reporta a agência Eglises d’Asie.

O segundo evento mais importante indicado pela Conferência episcopal é a visita pastoral realizada de 20 a 26 de janeiro de 2015 pelo Cardeal Filloni, a convite do presidente dos bispos. Entre os momentos salientes da visita, destacam-se a missa conclusiva, em Da Nang, das celebrações pelos 400 anos de evangelização do Vietnã por obra dos Jesuítas e a visita ao Santuário mariano de La Vang para confiar a Nossa Senhora o caminho da evangelização no mundo e, em particular, no Vietnã.

Instituição da primeira universidade católica do Vietnã

O terceiro evento que marcou o ano há pouco findado foi o decreto com o qual a Congregação vaticana para a educação católica formalmente instituiu em 21 de outubro passado o “Instituto Católico do Vietnã”, a primeira universidade católica do país.

Outro evento recordado pelos bispos é o III Congresso Nacional para a Evangelização, realizado de 1º a 4 de setembro com o tema: “A renovação das atividades evangelizadoras no Vietnã hoje”.

Tratou-se de um encontro que teve a participação de vários bispos, 76 sacerdotes, 63 religiosos e religiosas e 68 leigos provenientes de todas as dioceses do país asiático.

Em seguida, o relatório destaca a XIII Jornada Nacional da Juventude – inspirada nas Jornadas Mundiais da Juventude –, que se realizou de 17 a 18 de outubro com o tema “Somos o sal da terra e a luz do mundo”.

Além disso, em 2015 a Diocese de Vinh festejou seus 170 anos de criação, ocorrida em 1846, com uma Missa de ação de graça presidida pelo Cardeal Nguyên Van Nhon.

Por fim, o relatório destaca ainda, entre os eventos mais significativos do ano, a colocação da pedra fundamental do novo Santuário mariano de Mont Cui, na Diocese de Xuân Lôc.

Católicos são 7% da população

Os católicos no Vietnã representam hoje 7% de seus 87 milhões de habitantes, cuja metade é de religião budista. Minoritária, a comunidade cristã é ativa nos setores da educação, da saúde e no âmbito social. (RL)

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Formação



“Hagan lío”: jovens brasileiros e paraguaios celebram amizade nascida na JMJ

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Cidade do Vaticano (RV) – A Cultura do Encontro tão defendida pelo Papa como antídoto contra a Cultura do Descarte ganhou um gesto concreto no último fim de semana.

Desde o primeiro encontro durante a preparação para a JMJ do Rio em 2013, um grupo de jovens do Brasil e do Paraguai estão cada vez mais unidos numa verdadeira fraternidade cristã que não tem fronteiras.

Tudo dentro do espírito de “Hagan lío”, façam barulho, como exortou o Papa durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro. 

Cerca de 40 jovens brasileiros da Arquidiocese de Aparecida estiveram em peregrinação pelos principais pontos religiosos do Paraguai. Entre eles estava Lyndice Vitória de Freitas, de 16 anos.

“Os paraguaios tem todo um carinho. Eu indico essa experiência que para mim é nova. Está sendo incrível. A fé de todos é muito forte. O amor de Cristo nos uniu, e foi bom tê-los no Brasil. Assim como nós abrimos as portas para eles, eles também abriram as portas para nós”.

Pedro Filipe também participou da peregrinação e falou de mudanças já sentidas e visíveis.

Estamos em oração, não vamos voltar como chegamos aqui, pois já nos transformamos. Muitos testemunhos já nos atestam isso. Isso só tem aumentado ainda mais o que o amor de Deus uniu. Propagar o Evangelho de Nação em Nação é uma felicidade muito incrível”.

Durante o encontro com os jovens argentinos na Catedral do Rio, em 2013, o Papa fez um convite especial a toda juventude:

“Desejo dizer-lhes qual é a consequência que eu espero da Jornada da Juventude: espero que façam barulho. Aqui farão barulho, sem dúvida. Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos”. (RB)

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Quando evangelizada, piedade popular torna-se profundamente cristã

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição passada do nosso quando “O Brasil na Missão Continental” o bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora, Dom Armando Bucciol, falou-nos como se tem vivido nesta diocese do centro-sul da Bahia o espírito missionário oriundo da Conferência de Aparecida, que através da “Missão Continental” ganhou novo impulso. 

Também com o bispo de Livramento de Nossa Senhora procuramos saber da realidade eclesial de sua diocese no que tange àquele aspecto particular da fé do nosso povo latino-americano que é a piedade popular.

No contexto da Bahia citamos a forte expressão desta religiosidade manifestada nas romarias a Bom Jesus da Lapa, no Vale de São Francisco. Nesse sentido, Dom Bucciol destaca em sua diocese o Santuário do Bom Jesus, na Chapada Diamantina, na gruta em Ituaçu, Gruta da Mangabeira, cujo santuário é anualmente visitado por quase um milhão de pessoas, e onde também Dom Armando abriu uma Porta Santa no âmbito do Jubileu extraordinário da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco.

Entre outras coisas, o bispo de Livramento observa que as Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano, começando de Medellín (1968), tratam desse assunto e que em Medellín se fala ainda de religiosidade popular. Ele nos diz recorrer às duas expressões: religiosidade e piedade. “Quando evangelizada, a religiosidade popular torna-se uma piedade profundamente cristã”, afirma Dom Armando. Vamos ouvir. (RL)

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