Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 31/01/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Angelus: Converter-nos de um deus dos milagres ao milagre de Deus, Jesus Cristo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Que Maria nos ajude a nos converter de um deus dos milagres ao milagre de Deus, que é Jesus Cristo”. O Papa Francisco, no Angelus deste IV Domingo do Tempo Comum, refletiu sobre a pouca fé daqueles que necessitam de milagres para acreditar e advertiu para a tentação de considerar a religião “como um investimento humano”, que leva à negociar com Deus, buscando o próprio interesse. 

Inspirado na narrativa de Lucas, proposta pela Liturgia do dia, o Papa ressaltou as palavras de Jesus de que “nenhum profeta é bem recebido em sua terra”, após deparar-se com as murmurações de seus conterrâneos que queriam vê-lo realizar prodígios e milagres. Ao não fazer isto, “sentem-se ofendidos e querem jogá-lo no precipício”. “A narrativa de Lucas – explica Francisco – revela a tentação à qual o homem religioso está sempre exposto”:

"Esta passagem do evangelista Lucas não é simplesmente a narrativa de uma discussão entre companheiros, como às vezes acontece também nos nossos bairros, suscitada por invejas e por ciúmes, mas revela uma tentação à qual o homem religioso está sempre exposto – todos nós estamos expostos - e da qual é necessário tomar distância com decisão: a tentação de considerar a religião como um investimento humano e, por consequência, começar a “fazer contratos” com Deus, buscando o próprio interesse”.

Pelo contrário – observa – “na verdadeira religião trata-se de acolher a revelação de um Deus que é Pai e que tem cuidado por cada uma de suas criaturas, mesmo daquela menor e insignificante aos olhos dos homens”:

“Precisamente nisto consiste o ministério profético de Jesus: em anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão – nenhuma condição humana pode ser motivo de exclusão - do coração do Pai e que o único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios. O único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios, de não ter padrinhos, de estar abandonados nas suas mãos”.

O Santo Padre reitera que o “hoje” do “cumprimento das Escrituras” recorda a todos a necessidade da salvação trazida por Jesus à humanidade:

“Deus vem ao encontro dos homens e das mulheres de todos os tempos e lugares, na situação concreta em que estes se encontram. Vem também ao nosso encontro. É sempre ele que dá o primeiro passo: vem visitar-nos com a sua misericórdia, levantar-nos da poeira dos nossos pecados, vem estender-nos a mão para tirar-nos do abismo em que o nosso orgulho nos fez cair, e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar pelo caminho do bem. Mas é sempre ele que vem nos encontrar, nos procurar”.

Ao concluir, Francisco recorda que Maria também estava na Sinagoga, e ao ver “Jesus antes admirado, depois desafiado, depois insultado, ameaçado de morte”, tem uma “pequena antecipação” daquilo que sofrerá na cruz:

“Em seu coração, pleno de fé, ela guardava cada coisa. Que ela nos ajude a nos converter de um deus dos milagres ao milagre de Deus, que é Jesus Cristo”.

Após a oração do Angelus, o Papa dedicou sua oração ao doentes de hanseníase, cujo Dia Mundial é celebrado este domingo.

Francisco, ladeado por dois adolescentes, também saudou os inúmeros jovens da Ação Católica presentes na Praça São Pedro, na sua “caravana de paz”. Uma jovenzinha leu uma mensagem agradecendo ao Papa - o “maquinista do trem” em que viajam – e contou da iniciativa da coleta realizada em favor dos migrantes jovens como eles. Ao final, foram soltos balões coloridos na praça. (JE)

inizio pagina

Papa: "Pobres e marginalizados, os mais atingidos pela hanseníase"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) -  Após recitar o Angelus este domingo, 31, o Papa recordou que neste domingo celebra-se o Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase, e que as pessoas mais atingidas são os pobres e marginalizados: 

“Celebra-se hoje o Dia Mundial dos doentes de hanseníase. Esta doença, mesmo estando regredindo, infelizmente atinge sobretudo as pessoas mais pobres e marginalizadas. É importante manter viva a solidariedade para com estes irmãos e irmãs, que ficaram inválidos após esta doença. A eles asseguremos a nossa oração e asseguremos o nosso apoio a quem os assiste. Bravos leigos, bravas irmãs, bravos sacerdotes”.

De fato, neste domingo é celebrado o 63º Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase, com o tema "Viver é ajudar a viver". O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários, Dom Zygmunt Zimowski, divulgou uma mensagem pela recorrência onde reitera, que a data, é "uma nova ocasião para prosseguir a luta contra este terrível mal, assim como para debelar o ostracismo que frequentemente deixa sinais inconfundíveis nas pessoas infectadas". (JE)

 

inizio pagina

A Eucaristia é escola de humilde serviço, diz o Papa em mensagem ao Congresso Eucarístico nas Filipinas

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma videomensagem neste domingo, 31, aos participantes do 51° Congresso Eucarístico Internacional que se realiza em Cebu, nas Filipinas, onde anunciou que o próximo Congresso será realizado em Budapest, em 2020. Eis a íntegra da mensagem do Santo Padre:

“Queridos irmãos e irmãs,

Saúdo a todos vocês reunidos em Cebu para o 51° Congresso Eucarístico Internacional. Agradeço ao Cardeal Bo, que é o meu representante entre vocês e dirijo uma saudação especial ao Cardeal Vidal, Arcebispo de Palma e aos bispos, sacerdotes e fieis de Cebu. Saúdo também o Cardeal Tagle e todos os católicos das Filipinas. Estou particularmente contente que este Congresso tenha reunido tantas pessoas do vasto continente asiático e de todo o mundo.

Há apenas um ano visitei as Filipinas logo após o tufão Yolanda. Pude constatar pessoalmente a profunda fé e resiliência de seu povo. Sob a proteção do Santo Niño, o povo filipino recebeu o Evangelho de Jesus Cristo há quinhentos anos. Desde então, os filipinos deram ao mundo um exemplo de fidelidade e de profunda devoção ao Senhor e à sua Igreja. Foram também um povo de missionários, que difundiu a luz do Evangelho na Ásia e até os extremos confins da terra.

O tema do Congresso Eucarístico – “Cristo em vós, a nossa esperança de glória” – é de grande atualidade. Ele nos recorda que Jesus Ressuscitado está sempre vivo e presente na sua Igreja, sobretudo na Eucaristia, Sacramento de Seu Corpo e Sangue. A presença de Cristo em meio a nós não é somente uma consolação, mas também uma promessa e um convite. É uma promessa de que uma eterna alegria e paz serão nossas, um dia, na plenitude de seu Reino. Mas é também um convite a seguir em frente como missionários, para levar a mensagem da ternura, do perdão e da misericórdia do Pai a todos os homens, mulheres e crianças.

Como o nosso mundo tem necessidade desta mensagem! Quando pensamos nos conflitos, nas injustiças e nas urgentes crises humanitárias que marcam o nosso tempo, nos damos conta do quanto é importante para cada cristão ser um verdadeiro discípulo missionário que leva a boa nova do amor redentor de Cristo a um mundo que tem tanta necessidade de reconciliação, justiça e paz.

Assim é apropriado que este Congresso tenha sido celebrado no Ano da Misericórdia, em que toda a Igreja é convidada a concentrar-se no coração do Evangelho: a Misericórdia. Somos chamados a levar o bálsamo do amor misericordioso de Deus a toda família humana, a enfaixar as feridas, levando a esperança onde tão frequentemente parece que o desespero tem a soberania.

Enquanto vocês se preparam para “ir em frente” na conclusão deste Congesso Eucarístico, existem dois gestos de Jesus durante a Última Ceia, sobre os quais vos peço para refletir. Ambos têm a ver com a dimensão missionária da Eucaristia. São a mesa da comunhão e o lava-pés.

Sabemos como era importante para Jesus compartilhar as refeições com os seus discípulos, mas também, e sobretudo, com os pecadores e os marginalizados. Sentado à mesa, Jesus foi capaz de ouvir os outros, as suas histórias, de entender as suas esperanças e aspirações, e de falar a eles do amor do Pai. Em cada Eucaristia, na mesa da Ceia do Senhor, devemos ser inspirados a seguir o seu exemplo, estendendo a mão ao outro, com um espírito de respeito e de abertura, com o objetivo de compartilhar com eles o dom que nós mesmos recebemos.

Na Ásia, onde a Igreja está comprometida em um diálogo respeitoso com os seguidores de outras religiões, este testemunho profético ocorre frequentemente, como sabemos, através do diálogo da vida. Por meio do testemunho de vidas transformadas pelo amor de Deus, nós proclamamos melhor a promessa do Reino de reconciliação, justiça e unidade para a família humana. O nosso exemplo pode abrir os corações à graça do Espírito Santo que os conduz a Cristo Salvador.

A outra imagem que o Senhor nos oferece durante a Última Ceia é o lavar os pés. Na véspera de sua Paixão, Jesus lavou os pés de seus discípulos como sinal de humilde serviço, de amor incondicional com o qual deu a sua vida na Cruz para salvar o mundo. A Eucaristia é escola de humilde serviço. Nos ensina a prontidão em ajudar os outros. Também isto está ao coração do discipulado missionário.

Aqui eu penso no pós-tufão. Ele provocou uma imensa destruição nas Filipinas, mas também trouxe em si uma grandíssima profusão de solidariedade, generosidade e bondade. As pessoas passaram a reconstruir não somente as casas, mas as vidas. A Eucaristia nos fala desta força, que brota a partir da Cruz e leva continuamente à nova vida. Muda os corações. Ela nos permite a ter cuidado e a proteger os pobres e os vulneráveis e a sermos sensíveis ao grito de nossos irmãos e irmãs que têm necessidade. Nos ensina a agir com integridade e a rejeitar a injustiça e a corrupção que envenenam a sociedade em suas raízes.

Queridos amigos, que este Congresso Eucarístico possa  fortalecer o vosso amor por Cristo presente na Eucaristia. Que ele possa vos permitir, como discípulos missionários, levar esta grande experiência de comunhão eclesial e de impulso missionário às vossas famílias, às vossas paróquias e comunidades e às vossas Igrejas locais. Possa ser fermento de reconciliação e de paz para o mundo inteiro.

Assim, ao final do Congresso, tenho a alegria de anunciar que o próximo Congresso Eucarístico Internacional terá lugar em 2020 em Budapest, na Hungria. Peço a todos vocês para unirem-se a mim na oração pela fecundidade espiritual e pela efusão do Espírito Santo sobre todos aqueles que estarão comprometidos na sua preparação. Ao retornarem para suas casas, renovados na fé, concedo de coração a minha Bênção Apostólica a vocês e suas famílias, como penhor de constante alegria e de paz no Senhor.

Deus vos abençoe, Pai e Filho e Espírito Santo

Papa Francisco

inizio pagina

Detento doa ao Papa pequeno barco à vela, símbolo da liberdade

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A primeira Audiência Jubilar, realizada no sábado, 30, na Praça São Pedro, também foi caracterizada pela presença de um objeto pouco comum: o modelo de um pequeno navio, à vela, construído por um detento de uma prisão italiana de segurança máxima.

O jovem Jack Benson, de fato, cumpre pena na Prisão de Nuchis, na ilha italiana da Sardenha. Seu desejo, com o presente, era transmitir ao Papa sua ideia de liberdade e de esperança, refere o L’Osservatore Romano. Em uma comovente carta endereçada ao Santo Padre, Jack contou que quis construir precisamente uma embarcação à velas, para “expressar a esperança de que o vento do espírito o ajude a reencontrar a liberdade verdadeira”. O souvenir foi entregue a Francisco por outro detento, Ciro Argentino,  presente na Praça São Pedro graças a uma licença-prêmio.

Bergoglio também recebeu uma carta de todos os detentos de Nichis. “Somos pecadores – escrevem – pois num determinado ponto de nosso caminho, fomos engolidos pela escuridão. Mas experimentamos que precisamente quando se toca o fundo do poço, o amor de Jesus nos estende a mão e nos leva o perdão com a sua misericórdia”.

A iniciativa de integração e de solidariedade é do Coral gospel da Associação Tel Thee, de Telti, que na prisão da Sardenha promoveu o projeto Eleos, com a certeza – afirmou a sua Presidente Maria Dolores Angius - que “a misericórdia cria também segurança coletiva, dentro e fora da prisão”

O grupo, que acompanhava o detento, presenteou o Papa com uma imagem de Nossa Senhora de Bonária, padroeira da ilha. (JE)

inizio pagina

Concílio Vaticano II será o tema das pregações da Quaresma

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “O Concílio Vaticano II, cinquenta anos depois. Um revisitação do ponto de vista espiritual”, será o tema das pregações da Quaresma deste ano, a cargo do Frei capuchinho Raniero Cantalamessa. As reflexões do Pregador da Casa Pontifícia serão realizadas a partir da sexta feira, 19 de fevereiro, às 9 horas da manhã, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano. 

Os encontros - dirigidos aos Cardeais, Arcebispos, Bispos, Prelados da Família Pontifícia, da Cúria de Roma e do Vicariato de Roma, Superiores Gerais ou Procuradores das Ordens Religiosas, prosseguirão nas sextas-feiras da Quaresma 26 de fevereiro e 4, 11 e 18 de março.(JE)

 

 

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Cristãos rezam pela unidade na Terra Santa

◊  

Jerusalém (RV) – Conclui-se na Terra Santa este domingo, 31 de janeiro, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Diversas iniciativas ecumênicas marcaram a semana, com destaque para a celebração na Catedral no Patriarcado Latino, na quarta-feira, presidida pelo Patriaca Fouad Twal, e da qual participaram numerosos fieis e representantes de diversas confissões cristãs.

Unidade não significa uniformidade

Após a proclamação do Evangelho em árabe pelo Arcebispo Joseph Jules Zerey, Auxiliar do Patriarcado de Antioquia dos Greco-melquitas para Jerusalém, o Reitor do Seminário de Beit Jala, Padre Jamal Khader, proferiu a homilia em inglês, concidando a assembleia a tentar compreender como Deus quer a unidade para a sua Igreja, e sublinhando como a diversidade é uma riqueza, e unidade não significa uniformidade.

Ecumenismo de sangue

O sacerdote falou sobre realidade do ecumenismo de sangue - conceito este muito caro ao Papa Francisco – no Oriente Próximo. No sofrimento, os cristãos já são unidos: “Tenho encontrado cristãos iraquianos refugiados na Jordânia. Sofrem unidos, a própria fé os une. Os seus sofrimentos são uma comunhão de sangue, por meio do testemunho, uma comunhão no martírio. Diante deles – conclui – deveríamos nos envergonhar das nossas divisões e das nossas disputas”.

Celebrações em diversas igrejas

Na Terra Santa, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos realiza-se mais tarde do que em outros países, em respeito à celebração do Natal armênio-ortodoxo, em 19 de janeiro. Desta forma, iniciou no sábado, 23 de janeiro, com um apodeipnon (última oração da noite no rito greco-ortodoxo) na Basílica do Santo Sepulcro, para prosseguir nos dias sucessivos na Catedral anglicana de São Jorge, na Igreja luterana do Redentor, na Catedral de São Tiago, na Catedral do Patriarcado Latino, no Cenáculo no Monte Sião, na Igreja Ortodoxa siríaca de São Marcos, na Igreja Ortodoxa etíope (este domingo), para concluir-se na Igreja Greco-católica da Anunciação, também neste domingo, 31. (JE/OR)

inizio pagina

Atualidades



Espaço Interativo: os destaques das nossas redes sociais!

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Espaço Interativo ficou mais dinâmico. Para melhor acompanhar as inúmeras interações que recebemos ao longo da semana e destacar os principais comentários, o quadro passa a ser apresentado direto da redação.

Neste domingo, vamos ver quais foram os principais temas em nossas redes sociais. Começamos com uma panorâmica em nossa fan-page no Facebook, depois passamos ao YouTube e terminamos com os destaques em nosso Twitter

Escreva para a nossa redação

inizio pagina