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Sumario del 01/02/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "A única estrada para a humildade é a humilhação"

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Cidade do Vaticano (RV) - “A humildade é o caminho da santidade.” Foi o que disse o Papa na missa matutina desta segunda-feira (1º/02), na Casa Santa Marta.

Na homilia, Francisco se deteve sobre a pessoa de Davi, “pecador santo”. O Rei Davi “está a um passo de entrar na corrupção”, mas o profeta Natã, enviado de Deus, lhe faz entender o mal que havia feito. Davi é pecador, mas não corrupto, porque, disse o Papa, “um corrupto não se dá conta de que é corrupto”: 

“É necessária uma graça especial para mudar o coração de um corrupto. Davi, que tinha o coração nobre, reconhece a sua culpa. E o que Natã diz? “O Senhor perdoa o seu pecado, mas a corrupção que você semeou crescerá. Você matou um inocente para encobrir um adultério. A espada nunca se distanciará de sua casa. Deus perdoa o pecado, Davi se converte, mas as feridas de uma corrupção dificilmente se curam. Vemos isso em muitas partes do mundo.”

Salvação

Davi tem de enfrentar o filho Absalão, corrupto, que faz guerra contra ele. Mas o rei reúne o seus e decide deixar a cidade e permite à Arca de voltar, não usa Deus para se defender. Ele vai embora “para salvar o seu povo”. “Este é o caminho de santidade que Davi, depois daquele momento em que entrou na corrupção, começa a percorrer”, disse o Papa.

Davi, chorando e com a cabeça coberta, deixa a cidade e tem quem o segue para insultá-lo. Um deles é Semei que o chama de sanguinário, o amaldiçoa. “Davi aceita isto porque,” afirma o Pontífice, “se amaldiçoa, foi porque o Senhor” lhe disse:

“E, então, Davi disse aos seus servos: ‘Eis que o filho saído das minhas vísceras atenta contra a minha vida’. Absalão. ‘E então, este da tribo de Benjamin, deixem-no maldizer, pois o ordenou o Senhor’. Davi sabe reconhecer os sinais: é o momento da sua humilhação, é o momento no qual ele está pagando sua culpa. ‘Talvez o Senhor verá a minha aflição e me fará bem no lugar da maldição de hoje’, e se entrega nas mãos do Senhor. Este é o percurso de Davi, do momento da corrupção a esta entrega às mãos do Senhor. E esta é santidade. Esta é humildade”.

“Eu – retoma Francisco – penso que cada um de nós, se alguém nos diz algo, uma coisa feia”, “de imediato procuramos dizer que não é verdade”. Ou fazemos como Semei: “Damos uma resposta ainda pior”.

Cristãos tenham a graça da humildade

“A humildade – destaca – pode chegar somente a um coração por meio das humilhações. Não há humildade sem humilhação, e se tu não fores capaz de ter algumas humilhações na tua vida, não serás humilde”. É simples, é “matemático”, reforça o Papa:

“A única estrada para a humildade é a humilhação. O fim de Davi, que é a santidade, chega por meio da humilhação. O fim da santidade que Deus dá a seus filhos, presenteia à Igreja, vem por meio da humilhação de seu Filho, que se deixa insultar, que se deixa levar à Cruz – injustamente... E este Filho de Deus que se humilha, é a estrada da santidade. E Davi, com o seu comportamento, profetiza esta humilhação de Jesus. Peçamos ao Senhor a graça, para cada um de nós, e para toda a Igreja, a graça da humildade, mas também a graça de entender que não é possível ser humilde sem humilhação”. (MJ/RB)

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Papa Francisco: ser consagrado não é um status social

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (01/02), na Sala Paulo VI, no Vaticano, os participantes do Jubileu da Vida Consagrada. 

O Pontífice disse aos consagrados que eles são chamados a proclamar a realidade de Deus sobretudo com suas vidas e não somente com palavras. “Religiosos e religiosas, homens e mulheres consagrados ao serviço do Senhor que exercem na Igreja a estrada de uma pobreza forte, de um amor casto que os leva a uma paternidade e maternidade espiritual para toda a Igreja, uma obediência”, disse Francisco ressaltando três elementos: profecia, proximidade e esperança.

“A profecia é dizer às pessoas que existe um caminho de felicidade, grandeza, uma estrada que nos enche de alegria, que é o caminho de Jesus. É o caminho de estar próximo a Jesus. A profecia é um dom, um carisma que se deve pedir ao Espírito Santo. Profecia significa que existe algo de verdadeiro, belo, grande e bom ao qual todos somos chamados.” 

O Santo Padre, então, exortou os religiosos a estarem próximos a cada homem e mulher.

A vida consagrada deve conduzir à proximidade com as pessoas, proximidade física, espiritual, conhecer as pessoas”, recordando que “seguir Cristo significa carregar sobre si o ferido que encontramos ao longo da estrada, ir à procura da ovelha perdida, estar próximo às pessoas, partilhar suas alegrias e suas dores, mostrar com o nosso amor o rosto paterno de Deus e o carinho maternal da Igreja. Proximidade: qual é o primeiro próximo de um consagrado ou consagrada? O irmão ou irmã da comunidade. Este é o seu primeiro próximo. É uma proximidade bonita, boa e com carinho.”

“O terrorismo das fofocas é uma maneira de distanciar os irmãos e irmãs da comunidade”, disse o pontífice. “Quem fofoca é um terrorista dentro da própria comunidade, porque joga a palavra como uma bomba contra este e contra aquele. Isso não é proximidade, mas fazer guerra. É provocar distâncias, anarquia na comunidade. Se no Ano da Misericórdia vocês não se comportarem como um terrorista fofoqueiro ou fofoqueira, será um sucesso para a Igreja, um sucesso de santidade grande”, frisou ainda o Papa.

A seguir, o Santo Padre convidou os consagrados a acolher as vocações com seriedade. “Por que o ventre da vida consagrada se torna tão estéril? Algumas congregações fazem inseminação artificial, ou seja, recebem. Sim vem, vem, vem. Depois começam os problemas.” 

Segundo Francisco, “é preciso discernir bem se esta é uma verdadeira vocação e ajuda-la a crescer”. “Ser consagrado não significa subir os degraus da sociedade, não é um status social que faz olhar os outros de cima para baixo”, disse ainda o Papa.

O Santo Padre frisou que “contra a tentação de perder a esperança, que nos dá esta esterilidade, é preciso rezar mais”. Rezar sem cessar. “A nossa congregação precisa de filhos, a nossa congregação precisa de filhas. O seu coração, diante da falta de vocações, deve rezar intensamente. O Senhor que foi tão generoso não faltará com a sua promessa”, concluiu o pontífice.

Nossa colega Bianca Fraccalvieri esteve na Sala Paulo VI e conversou com a Irmã Teresinha Santin, scalabriniana, em missão no acolhimento a refugiados na cidade siciliana de Siracusa. Ouça-a:

  

A Irmã Regina Célia, agostiniana, tocou a mão do Papa e deu o seu depoimento, emocionada:

  

(MJ)

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Card. Braz de Aviz: "Empreender novo caminho de conversão"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Prefeito da Congregação para a Vida Consagrada, Dom João Braz de Aviz, fez um breve discurso de saudação ao Papa antes do início do encontro dos consagrados, no encerramento do Ano da Vida Consagrada. O evento se realizou segunda-feira (01/02) na Sala Paulo VI.

O cardeal brasileiro falou em nome dos participantes dos cinco continentes que vieram a Roma para esta última reunião. Foram 5 mil pessoas, pertencentes às várias ‘formas’ de consagração e representantes dos diferentes carismas difundidos pelo Espírito na Igreja. 

Dom João disse que nos dias de encontro, as diversas vocações consagradas foram aprofundadas levando em conta as indicações da Carta apostólica de 23 de novembro de 2014: a alegria da consagração, a profecia para ‘despertar o mundo’, o ser ‘especialistas de comunhão’ e ir às periferias existenciais, trabalhar em favor dos refugiados, dos pobres, dos excluídos, dos doentes, das crianças, jovens e idosos.  

Dom João manifestou enfim sua gratidão pela esperança e a confiança no Senhor que o Pontífice lhes transmite e afirmou que já está sendo empreendido um "novo caminho de conversão neste momento de mudanças necessárias também para os consagrados”.  

Para o cardeal-Prefeito, o Papa quis falar diretamente ao coração dos consagrados. Ouça-o, clicando aqui: 

(CM/BF)

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"Testemunhas do Ressuscitado" reúne Atas dos Cursos de formação para Bispos

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Cidade do Vaticano (RV) – “Testemunhas do Ressuscitado” é o título do livro editado pela Livraria Editora Vaticana (LEV) que traz as Atas do Curso Anual de formação para os novos bispos. O volume foi apresentado na manhã desta segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, pelo Secretário do mesmo dicastério, o Arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari, e por Dom Francesco Cacucci, Arcebispo de Bari-Bitonto, relator do Curso. 

Foram 1.500 bispos de todas as partes do mundo, que ao longo de 15 anos,  participaram dos Cursos de Formação organizados pela Congregação para os Bispos. O último foi realizado em setembro de 2015.  São dias de convivência e partilha fraterna, debates, encontros com o Papa, a Cúria Romana e delegados dos episcopados. Uma riqueza de conteúdos que, pela primeira vez, serão partilhados com o público através das Atas, como sublinhou o Cardeal Ouelet, para ter dele comentários e sugestões.

Diante dos desafios do mundo atual no campo da comunicação, dos direitos, da prevenção dos abusos, da espiritualidade, não podemos permanecer atrás no esforço de reformas e atualização das estruturas e práticas para estar à altura de um mundo sempre mais globalizado”.

“Formação permanente – explicou o purpurado – significa aprender a dialogar”. Antes de tudo dialogar “com o próprio Deus, que quer não somente ser servido por funcionários competentes”, mas “ser amado por amigos fieis”, “dispostos a dar a vida por ele”. E depois, “com o Povo de Deus que espera ser alimentado pela Palavra de Deus” e “com as outras Igrejas em um espírito de solidariedade episcopal, ecumênica e aberta aos desafios sociais, geopolíticos e culturais do momento presente”.

“De fato, ser Bispo hoje em dia é dedicar-se à um ministério difícil, que não pode ser vivido senão em comunhão de uns com os outros, graças a uma consciência profunda da identidade eclesial de pastor e por consequência de seu serviço à comunhão universal e particular”.

Palavras estas, reforçadas por Dom Montanari:

“Neste mundo fragmentado, que requer uma proximidade paciente, com atenção aos estágios de crescimento pessoal, o Papa invoca Pastores que velem por seu povo, focados no essencial, realmente próximos das pessoas atingidas por várias formas de sofrimento”.

Mesmo que “não existam, de uma forma ou outra, cursos para aprender a “ser bispo” observou Dom Cacucci - estes são úteis – e se o bispo “não pode abarcar tudo”, por experiência aconselho os novos prelados a encontrar pessoalmente todos os padres da sua diocese, “sem exceções”. Isto não é “clericalismo” – esclareceu – mas “unidade sacramental entre bispos e presbíteros”...

“Me parece de poder sublinhar que em um tempo de super-ativismo e de fragmentação, o bispo é chamado, hoje mais que nunca, a ser homem da síntese e a ajudar os “irmãos e amigos” padres – assim como indica o Concílio – a buscar o essencial. Fonte de inspiração é sempre o “estilo” de Jesus com os seus “amigos” apóstolos”.

Entre as perguntas dos jornalistas, um destaque sobre a gestão administrativa das dioceses, tema a que se dedicou o Curso com a colaboração do Cardeal Pell. “Não excluo – respondeu o Cardeal Ouellet – que além da normativa canônica, às vezes não respeitada, provocando assim tantos problemas, possa ser útil também um vade-mécum de experiências na matéria”. (JE/RG)

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Quarta-feira de Cinzas, oração e jejum pela paz na Síria e Iraque

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Cidade do Vaticano (RV) –  “A Ajuda à Igreja que Sofre é como uma mãe para nós cristãos da Síria e Iraque. Sem vocês, muitos de nós estariam mortos ou já teriam emigrado. Temos extrema necessidade de vossa ajuda, mas aquilo que vos pedimos agora é a misericórdia. Rezem e jejuem para que o Senhor tenha misericórdia de nós”. Em resposta a este veemente apelo dos Patriarcas Caldeu, Louis Raphael Sako, e Melquita, Gregorios III Laham, a Ajuda à Igreja que Sofre convocou, para a Quarta-feira de Cinzas, um Dia Mundial de Oração e Jejum pela Paz na Síria e no Iraque. 

Um convite à todos os cristãos

Todos os cristãos do mundo são convidados a aderir à iniciativa que tem por título “Carregarás a cruz deles por um dia? Na Quarta-feira de Cinzas reze e jejue pelo Iraque e Síria”. Também é possível participar da campanha através das redes sociais, utilizando os hashtag #fastandpray #carrythecross #AshWednesday.

Desejo de paz

“Há cinco anos que continuamos a andar num deserto – escreve o Patriarca Gregorio III  à AIS – e a constante ajuda de vocês foi para nós como o maná que o Senhor fez descer do céu para o israelitas”. O Patriarca também enfatiza a dramática situação em que mergulhou a sua comunidade e toda a sociedade síria. “Assistimos aos atrozes sofrimentos das crianças, à agonia de seus pais e estamos constantemente rodeados pelo ódio e pela morte.

O  único desejo nosso é de voltar a viver em paz

O prelado sírio pede a todos os cristãos do mundo para rezarem e jejuarem pelos seus irmãos na fé que vivem no Oriente Médio. “Nesta Quaresma,  carreguem a nossa cruz como Simeão fez com Jesus”, é a exortação do Patriarca.

As crianças nos campos de refugiados tem sede de futuro

Um apelo ao qual se une também o Patriarca dos Caldeus, Raphael Sako, que denuncia o sofrimento de sua comunidade. “Quem podia deixar o Iraque já o fez. Milhares de crianças nos campos de refugiados passam fome, mas têm sobretudo sede de futuro: querem uma escola e uma casa. Vocês fizeram tanto por nós, agora vos peço: rezem e jejuem para que possamos permanecer na nossa amada pátria e para quem já a deixou possa retornar. Assim que nesta Páscoa, na terra de Abraão, os cristão possam finalmente ressurgir das cinzas”.

Desde o início da crise síria, em março de 2011, a Ajuda à Igreja que Sofre realizou projetos de apoio às populações da Síria e do Iraque, num valor de 27 milhões e 670 mil euros. (JE)

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Igreja na América Latina



Bispos paraguaios pedem apoio da população no combate ao Zika

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Assunção (RV) – Preocupados com o aumento dos casos de dengue, de chikungunya e de zika, os bispos do Paraguai exortaram os fieis e todas as pessoas de boa vontade a apoiar e colaborar com a campanha de prevenção, controle e eliminação das doenças vetoriais, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Aos sacerdotes e agentes de pastoral – lê-se na nota – pedimos para que comuniquem, no âmbito de suas competências, às orientações e informações do Ministério de Saúde Pública, e de conscientizar os fieis sobre a importância da limpeza dos resíduos orgânicos e das águas estagnadas para a eliminação dos focos do mosquito vetor”.

Multiplicadores de informação

Após a confirmação do Ministério de Saúde, na última quinta-feira, do registro de seis novos casos de zika no país, os bispos sublinharam que se tornar “agentes multiplicadores de informação pública” demonstra o compromisso de cada cidadão no cuidado na própria saúde e na dos próprios familiares e vizinos. Por fim, o episcopado exortou os fieis a rezarem ao Senhor para abençoar e acompanhar o povo paraguaio nesta situação de emergência sanitária.

Estado de emergência sanitária

Depois do alerta epidemiológico lançado pelo governo em 11 de janeiro, teve início esta semana o Plano de Contingência que compreende o protocolo de registros dos casos, a prevenção e cura em todas as instituições de saúde, a ativação de equipes de desinfecção dos focos e  campanhas de informação pública. Esta estratégia já havia sido iusada em 2013 diante da epidemia de dengue, que atingiu 150 mil pessoas e provocou mais de 250 mortes.

América é o continente mais atingido

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o continente americano é o mais atingido pela epidemia de zika, atualmente presente em 20 países: Barbados, Bolívia, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Saint Martin, Suriname, Ilhas Virgens dos Estados Unidos e Venezuela. (JE)

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Igreja no Mundo



Artífice do renascimento da Igreja cambojana sepultado em Phnom Penh

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Phnom Penh (RV) – Realizaram-se no dia 30 de janeiro em Phnom Penh, capital do Camboja, os funerais de Dom Emile Destombes, artífice do renascimento da pequena comunidade católica no Camboja.  O prelado, missionário das Missões Exteriores de Paris (Mep), faleceu em 28 de janeiro na capital cambojana, sede do Vicariato Apostólico que havia guiado de 2001 a 2010, após ter sido, em 1989, o primeiro missionário a retornar ao país, após o drama vivido pelo genocídio perpetrado pelo Khmer Vermelho de Pol  Pot.

Expulso pelo Khmer Vermelho em 1975

Nascido em 1935 em Roncq, Arquidiocese de Lille, na França, Dom Destomber chegou ao Camboja como jovem missionário em 1965. Em Phnom Penh – recorda a Revista do Pime Mundo e Missão – foi professor no Seminário Menor e Diretor de um grupo de estudantes. Mais tarde, em 1970, dirigiu o Comitê de Ajuda às vítimas da guerra, até a conquista de Phnom Penh pelo Khmer Vermelho, em 1975. Expulso do país junto com outros missionários, passou a lecionar em Paris, até que, em 1979, respondeu a um novo chamado missionário, partindo para o Brasil, onde foi pároco por dez anos no Estado de Goiás. Quando as tropas vietnamitas deixaram o Camboja em 1989, foi o primeiro sacerdote com permissão para retornar ao país na qualidade de representante da Caritas Internationalis, para  assistência humanitária.

Em 1990, a Missa da Ressurreição

Ao longo de um ano, foi o único sacerdote estrangeiro presente no país, período em que pode restabelecer o contato com antigos estudantes. Em abril de 1990 recebeu finalmente a permissão do regime para reabrir uma igreja. Assim, em 14 de abril de 1990, no dia da Páscoa, Padre Destombes pode presidir a primeira Missa pública após tantos anos. “Aquele evento reuniu cerca de 3 mil fieis – contou Padre Vincent Sénéchal à Agência Eglise d’Asie, também ele missionário dos Mep no Camboja. A celebração ficou marcada na memória da Igreja cambojana como a Missa da Ressurreição”.

Sepultamento na Paróquia de São José, em Phnom Penh

Nomeado em 1997 Bispo coadjutor de Dom Yves Ramousse - Vigário Apostólico do período anterior ao drama de 1975 – colheu dele o testemunho de 2001 até 2010, quando lhe sucedeu outro confrade missionário dos Mep, Dom Olivier Schmitthaeusler, que acabou celebrando as suas Exéquias no dia 30. O corpo de Dom Destombes foi sepultado na Paróquia de São José, em Phnom Penh. (JE)

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Indeferido recurso contra construção do Muro no Vale de Cremisan

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Jerusalém (RV) – A Alta Corte israelense indeferiu os últimos recursos apresentados na tentativa de deter a retomada da construção do “Muro da divisão”, no Vale de Cremisan. O recurso foi apresentado pelas Irmãs do Convento salesiano - localizado na área atingida pelos trabalhos -, pela municipalidade de Beit Jala e pelos proprietários palestinos das áreas agrícolas desapropriadas para a construção da barreira. A informação é  da Society of St Yves, organismo comprometido na defesa dos direitos humanos e ligado ao Patriarcado Latino de Jerusalém, e que assessorou as religiosas na apresentação do recurso.

Tribunal havia aberto possibilidade de recurso

A própria Corte – lê-se no comunicado – havia admitido a possibilidade de apresentação recursos em relação ao precedente pronunciamento, no qual havia se manifestado favorável à continuação da construção da barreira. Neste sentido, tanto as irmãs quanto os proprietários dos terrenos viram uma motivação para entrar com um apelo para tutelar os próprios direitos de acesso às respectivas propriedades. A petição apresentada pela Society of St. Yves, em julho de 2015, pedia à Corte para dispor a prévia comunicação de todo o traçado do muro, antes da retomada efetiva dos trabalhos.

Oliveiras centenárias

A partir de agosto de 2015, o exército israelense começou a levantar o muro na área de Beir Onah, arrancando mais de 50 oliveiras centenárias. Agora, a Society of St Yvez adverte que também em sede legal, os recursos para deter esta política dos fatos realizados foram indeferidos. (JE)

 

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Formação



Missão Continental: a missão é a carteira de identidade da Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “O Brasil na Missão Continental” traz a participação do Arcebispo de Palmas – TO, Dom Pedro Brito Guimarães, desde 2010 à frente desta Igreja particular da região norte. 

Fruto da Conferência de Aparecida – realizada em maio de 2007 –, a “Missão Continental” deu novo impulso à ação evangelizadora da Igreja na América Latina e no Caribe.

Referindo-se de modo particular à nossa realidade, o arcebispo de Palmas expressa a convicção de que o Brasil está mais missionário do que até poucos anos atrás, “essa consciência missionária entrou muito e foi fruto de Aparecida”, afirma ele. Evidentemente, a dimensão missionária é uma das exigências da Igreja, acrescenta.

Entrevistado pelo colega Silvonei José, Dom Pedro ressalta que a Igreja não vive de eventos, ela é missionária na sua essência. “A missão não é do outro, é dela, é a sua carteira de identidade”, enfatiza.

Ele nos diz que a Igreja tem de ser missionária na sua estrutura, na sua forma de ser, de evangelizar, e diz acreditar que vamos colher muitos frutos dessa consciência missionária, essa urgência da missionariedade da nossa fé. Vamos ouvir. (RL)

Ouça clicando acima

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Atualidades



FIAT do Papa nos EUA arrebatado por 82 mil dólares

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Filadélfia (RV) – Um dos dois Fiat 500L utilizados pelo Papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos, em setembro de 2015, foi leiloado por US$ 82 mil (R$ 329,6 mil) sábado, 30/01.

O automóvel foi arrebatado por Michael e Kate Chapman, proprietários de uma concessionária em Horsham, que pretendem expor o veículo em sua loja. Para levar o Fiat preto, eles derrotaram outros 18 concorrentes e pagaram um valor bem acima do mínimo estipulado, que era de US$ 30 mil (R$ 120,6 mil).

O leilão ocorreu no âmbito do Salão do Automóvel de Filadélfia, realizado no Centro de convenções da Pensilvânia, mas lances puderam ser feitos também pela Internet. 

A arrecadação obtida com a venda do “Pope Francis Philly Fiat” será destinada a obras de caridade da Arquidiocese de Filadélfia.  

“Este incrível resultado nos faz estender a mensagem de amor e caridade do Papa Francisco de forma concreta, ao dar apoio às ações de beneficência da arquidiocese”, disse em comunicado o bispo auxiliar de Filadélfia, Dom John J. McIntyre.

O Pontífice visitou a cidade em setembro do ano passado para participar do VIII Encontro Mundial das Famílias, em sua primeira viagem aos EUA, que também o levou a Washington e Nova York.

(CM)

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Os desafios de uma pequena fraternidade de Taizé - Parte 1

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Cidade do Vaticano (RV) - No final do mês passado celebrou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Para marcar a data, o colega Rui Saraiva, do programa português, foi até o Porto, em Portugal, conhecer uma pequena fraternidade de Taizé. Hoje apresentamos a primeira parte desta reportagem especial e, na semana que vem, saberemos como termina essa experiência de missão e apostolado destas três jovens. 

Em janeiro a Rita, a Cecilia e a Ina estão em oração e desenvolvem trabalho pastoral e social. Vindas da Irlanda, da Alemanha e da Itália estas três raparigas deram um mês da sua vida para fraternizar com a paróquia do Bonfim na cidade do Porto. 

A Comunidade Monástica de Taizé em França vive o seu carisma da unidade dos cristãos, sobretudo, em contacto com os jovens. Disso são expressão os encontros europeus e intercontinentais.

Entretanto, desde 2014, que surgiu o projeto das pequenas fraternidades provisórias da Comunidade de Taizé. Estas são pequenos grupos de jovens, 3 ou 4, que se voluntariam para oferecerem cerca de 1 mês da sua vida a uma comunidade ou paróquia num outro país. Uma experiência que tem sido enriquecedora para as várias comunidades de acolhimento, paróquias e lugares de solidariedade e também para os muitos jovens que vivem esta aventura espiritual.

Numa fraternidade a vida é ritmada por três orações comunitárias diárias, trabalho pastoral e social com as comunidades cristãs locais, visitas a pessoas isoladas ou em situação de sofrimento, animação de orações abertas a todos e de encontros de jovens.

É isto que estão a fazer a Rita, a Ina e a Cecilia na paróquia do Bonfim na cidade do Porto. A Cecilia tem 21 anos é italiana da cidade de Modena e conhece Taizé desde a idade de 2 anos. Todos os anos ia no Verão uma semana a Taizé com os seus pais e irmãos:

“Da bambini…”

“Como crianças é muito interessante conhecer outras crianças de várias partes do mundo. Depois comecei a ir com 16 anos de idade com duas amigas italianas com quem tenho uma forte amizade que cresceu em Taizé.”

Para além da oração é também o voluntariado e a partilha concreta da vida que mais seduz a Cecilia no seu contacto com a Comunidade de Taizé.

Por seu lado, Rita, irlandesa de 28 anos da cidade de Kerry, conheceu Taizé há 12 anos atrás e participou em três encontros europeus. Apesar de uma vida familiar católica distanciou-se um pouco da Igreja, mas no contacto com Taizé redescobriu a oração. Vivia e trabalhava na Nova Zelândia quando decidiu voltar à Irlanda e fazer uma experiência de algumas semanas em Taizé. Essas semanas transformaram-se em meses e agora a Rita vive em permanência em Taizé:

“For me Taizé has become the place…”

“Para mim Taizé transformou-se no lugar onde não encontro o supérfluo e onde posso conhecer, verdadeiramente, quem sou…porque a fé é muito importante para mim e Taizé é um maravilhoso lugar onde já aprendi tanto nos últimos meses e quero aprender ainda mais.”

A Ina, é estudante de Teologia  e é alemã de Colónia. Tem 20 anos e foi a Taizé pela primeira vez com a sua irmã e o seu irmão, mais velhos do que ela. Taizé ajuda-a a crescer na fé e ela marca presença na Comunidade duas a três vezes por ano. Afirma que em Taizé as pessoas têm uma mente muito aberta e são acolhedoras e amigáveis:

“People who have …”

“As pessoas que vêm a Taizé são todas muito simpáticas e ali partilhamos muito e conhecemos muitas pessoas e encontramos o espírito de Taizé para o poder partilhar…” (RS)

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