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Sumario del 03/02/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "A verdadeira justiça é o perdão"

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Cidade do Vaticano (RV) – Na audiência geral desta quarta-feira (03/02) o Papa prosseguiu o ciclo de catequeses que vem realizando sobre o tema da misericórdia e aprofundou a sua relação com a justiça. Como conciliar as duas coisas? questionou aos mais de 15 mil fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro. 

Justiça no tribunal corrige, mas não vence o mal

O primeiro modo de se obter justiça é dirigir-se a um juiz para que o culpado por um certo erro seja punido. Esta é a justiça ‘retributiva’, que impõe uma pena ao culpado. Hoje, as vítimas de injustiça se dirigem aos tribunais. No Evangelho, Lucas narra a parábola da viúva que ia sempre ao juiz pedir ‘justiça’ contra seu adversário. 

“Mas este caminho, disse Francisco, não conduz à verdadeira justiça porque na realidade não vence o mal, mas simplesmente contém o seu avanço. Responder ao mal com o bem é o único modo de vencê-lo”.

O Papa, no entanto, apontou uma outra estrada: a sugerida na Bíblia. Neste caso, a vítima não vai ao tribunal, mas se dirige diretamente ao culpado e o convida a converter-se. Ajuda-o a entender que está fazendo mal. Assim, este reconhece o próprio erro e se abre ao perdão que a vítima lhe oferece. É o modo melhor para resolver contrastes nas famílias, no relacionamento entre pais e filhos e entre esposos, quando o ofendido ama o culpado e deseja salvar a relação que os une, e não rompê-la. 

O caminho do perdão é fadigoso

Francisco admitiu que este caminho é difícil, pois requer que quem sofreu esteja pronto a perdoar e deseje a salvação e o bem de quem o ofendeu. “Só assim a justiça pode triunfar, pois quando o culpado reconhece o mal que fez e para de fazê-lo, deixa de ser injusto e se torna justo e, perdoado, reencontra o caminho do bem”. 

É assim que Deus age conosco, pecadores, oferecendo continuamente seu perdão, porque ele quer a nossa salvação. O coração de Deus é um coração de Pai que ama e quer que seus filhos vivam no bem e na justiça, felizes e em plenitude. É um coração que vai além do nosso pequeno conceito de justiça, abrindo-nos aos horizontes infinitos da sua misericórdia. 

“É um coração de Pai que nós queremos encontrar quando vamos ao Confessionário. Nós queremos encontrar um Pai que nos ajude a mudar de vida, que nos dê a força de ir avante, que nos perdoe em nome de Deus. Por isso, ser confessor é uma grande responsabilidade, enorme. O filho ou a filha de Deus que vai até um padre está procurando um Pai, e você, que está ali no Confessionário, está no lugar do Pai que fez justiça com a sua misericórdia”.

Espetáculo de artistas circenses

No final do encontro, o um grupo de artistas do ‘American Circus’ fez uma breve exibição musical, muito apreciada pelo Pontífice. Francisco elogiou os circenses por sua constância no treinamento, que deve servir de exemplo para todos.

“Vocês fazem beleza e ela sempre nos aproxima de Deus. Agradeço vocês por isso, mas há outra coisa que gostaria de destacar: isto não se improvisa; por detrás deste espetáculo de beleza há horas e horas de treinamento, fadigoso. Mas o Apóstolo Paulo nos diz que para se chegar a um fim é preciso treinar, para vencer é preciso treinar e isto é um exemplo para todos nós, porque a sedução da vida fácil, sem esforço, é uma tentação; e vocês, com o que fizeram hoje, nos lembram que a vida sem esforço é uma vida medíocre. Agradeço por seu exemplo”.

(CM)

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Papa aos mexicanos: vou como instrumento de paz, para vos servir

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Cidade do Vaticano (RV) – Renovação espiritual, luta contra a corrupção e a violência, compromisso com o diálogo e a paz. Temas fortes tratados pelo Papa Francisco na entrevista concedida à Agência mexicana “Notimex”, poucos dias antes de sua viagem apostólica ao México, de 12 a 18 de fevereiro. Os jornalistas coletaram diversas perguntas entre os cidadãos mexicanos para realizar a vídeo-entrevista ao Pontífice, gravada recentemente na Casa Santa Marta. O fio condutor de todas as respostas de Francisco foi a sua devoção filial pela Virgem de Guadalupe. 

Vou como instrumento de paz

“No México quero ser um instrumento de paz”. Na entrevista, Francisco precisou que quer ser “instrumento de paz”, junto com todo o povo mexicano. “Sozinho – explica – não poderia, seria uma loucura”. “O México da violência, da corrupção, do tráfico de drogas – observa – não é o México que deseja nossa Mãe” de Guadalupe. Vou ao México “para rezar com vocês para que os problemas de violência e de corrupção” se “resolvam”. Vou – reforça o Papa – “para exortar-vos a lutar a cada dia contra a corrupção, contra o tráfico, contra a guerra, contra a divisão, o crime organizado, contra o tráfico de serem humanos”. E sublinha que “é preciso lutar a cada dia pela paz, não pela guerra”.

A paz é um trabalho cotidiano que nasce do diálogo

A paz – reitera Francisco – “é um trabalho artesanal, um trabalho de todos os dias” que se percebe “na maneira como educo uma criança ou como acaricio uma criança”. Estas são “todas sementes de paz”. A paz – disse ainda – “nasce da ternura, da compreensão”. E ressalta a importância do diálogo, “a palavra chave da paz”: “diálogo entre os dirigentes, com o povo e dentro do povo”. Tanto na família como nos bairros – adverte – é necessário dialogar, “ser abertos em falar uns com os outros, ouvir as razões dos outros, deixar-se corrigir”. Mas é possível dialogar com um delinquente?, pergunta-se o Papa. “Podemos dialogar com quem pode transformar o coração deste delinquente”, responde. Francisco exorta ainda a “não se entrar em tramoias para ganhar dinheiro, o que me torna escravo por toda a vida, em uma guerra interna que me tira a liberdade, pois a paz dá a liberdade”. “Temos a mesma Mãe, falemos um momento com ela”, exorta. Francisco encoraja então a pedir a Virgem de Guadalupe o dom da paz, “a paz de coração, da família, da cidade, de todo o país”.

Confiar os problemas a Virgem de Guadalupe

O Papa fala sobre sua devoção a Nossa Senhora de Guadalupe, cujo Santuário, como recorda, visitou em duas oportunidade: a primeira para um encontro dos jesuítas nos anos 70 e a segunda, vinte anos mais tarde, para uma viagem de João Paulo II. Muitas vezes – confidencia – “quando tenho medo por algum problema”, “repito a mim mesmo as palavras” da Virgem a Juan Diego: “Não tenhas medo, não estou aqui, eu que sou a tua mãe?”. Às vezes – prossegue – “me coloco diante de sua imagem e fico ali olhando para ela”, “sinto que é Mãe, que cuida, que protege, que leva em frente um povo, uma família”, que te acaricia com ternura e faz desaparecer o medo. “Uma das duas vezes que a visitei – conta – queriam me explicar a imagem, mas preferi que não o fizessem, preferi permanecer em silêncio, olhando para ela”. Esta imagem “diz muito, é uma imagem eloquente, a imagem de uma Mãe que acolhe, que cuida, que está envolvida com o seu povo”. Francisco revela depois que, precisamente antes de vir a Roma para o Conclave, estava pensando em mandar construir em Buenos Aires uma igreja dedicada a San Juan Diego, padroeiro dos floristas. E afirma que a Mãe é “a grande flor do México”.

Que a fé esteja sempre a caminho, em saída

O Papa não deixa de falar da “renovação espiritual” que deseja dos mexicanos para esta visita. “Eu – afirma – vou para vos servir, para ser um servidor de vossa fé” porque “é por este motivo que me tornei sacerdote, para servir, porque senti esta vocação para servir a vossa fé, a fé do povo”. Esta fé -  reitera – deve “aparecer e colocar-se na vida de todos os dias, uma fé pública”. E a fé – prossegue – “se faz forte sobretudo nos momentos de crise”. É verdade – constata – que “hoje existe uma crise de fé no mundo, mas ao mesmo tempo temos uma grande bênção e um grande desejo de que a fé saia, que a fé se faça missionária, que a fé não seja engarrafada como em um latinha”. “A nossa fé – reitera – não é uma fé de museu, a Igreja não é um museu, a nossa fé nasce do contato, do diálogo com Jesus”; é uma fé que deve sair pelos caminhos” e “não somente para uma procissão”, deve chegar “nos lugares de trabalho, na escola, na família”, de outra forma “não serve”. A fé – afirma ainda – “deve estar em caminho como Jesus”. O Papa adverte que “não devemos permanecer trancados com o nosso Jesus e não deixá-lo sair, porque Jesus sai conosco, se nós não saímos, tampouco ele sai”. Disto, o convite para “renovar a fé”, torná-la “em saída, em caminho”, sem medo dos conflitos. “A fé – reitera – deve ser a minha inspiração para envolver-me com as pessoas e isto comporta riscos, perigos”.

Vou ao México para ser contagiado por vossa fé

“Eu – afirma Francisco – não vou ao México como um Rei Mago, carregado de coisas para levar”, vou sim “como um peregrino procurando que o povo mexicano me dê alguma coisa”. “Estejam tranquilos – brinca – não vou para passar a cestinha, porém vou buscar a fé que vocês têm, vou para deixar-me contagiar pela riqueza desta fé”. Vocês – disse Francisco – “não são um povo órfão, porque se gloriam de ter uma Mãe e quando um homem ou uma mulher ou um povo não se esquece de sua Mãe, se recebe uma riqueza que não se consegue descrever”. E recorda o dito popular que diz que “também um mexicano ateu é um guadalupano”. A Mãe – conclui – “é a grande riqueza que vou procurar no México”. (JE)

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Site da visita do Papa ao México conta com apoio de Google

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Cidade do México (RV) - “Papa Francisco, o México te acolhe de brações abertos”: estas são as palavras contidas na homepage do site oficial da visita do Papa Francisco ao México,  que iniciou a contagem regressiva da visita atualizando informações e detalhes sobre as etapas da Viagem apostólica do Pontífice ao país. 

O site mostra alguns vídeos que dão as boas-vindas ao Papa Francisco e descreve os lugares que o Papa visitará com fotos, mapas e indicações. Na homepage se encontra a agenda dos eventos, uma seção que apresenta as palavras do Papa para meditar e refletir, e um espaço para a mídia com os comunicados da Conferência Episcopal Mexicana. 

Além disso, o site está ligado às redes sociais como Facebook, Twitter, Youtube, Instagram e Snapchat. 

Google México contribuiu para a realização do site, oferecendo sua tecnologia a fim de facilitar aos internautas a busca de informações e acompanhar pela internet a visita do Papa Francisco. (MJ)

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Corpos dos Santos Confessores estão em Roma

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Roma (RV) – Foi grande a emoção e a comoção entre os fieis na Basílica de São Lorenço fora-dos-muros, onde chegaram os corpos dos Santos Pio de Pietralcina e Leopoldo de Mandić, vindos, respectivamente, de São Giovanni Rotondo e de Pádua, por ocasião do Jubileu da Misericórdia. As relíquias permanecem expostas para veneração dos fieis até a sexta-feira, quando em uma solene procissão, serão levadas até a Basílica de São Pedro.

Com toda a certeza, é um dos grandes momentos do Jubileu da Misericórdia convocado pelo Papa Francisco. Desde a tarde desta terça-feira, 3,  estão em na Igreja de São Lorenço fora-dos-muros, em Roma os corpos de São Pio de Pietralcina e São Leopoldo de Mandić. Na tarde de sexta-feira, após uma solene procissão na Via da Conciliação, eles serão expostos na Basílica de São Pedro diante do Altar da Confissão até a manhã do dia 11 de fevereiro. A Rádio Vaticano entrevistou o Padre Marciano Morra, amigo do Padre Pio e confrade do Convento dos Capuchinhos de San Giovanni Rotondo, sobre o traslado do corpo do Santo a Roma:

“Por esta multidão que o verá está o Papa, o Papa que está em meio aos filhos. E esta é uma imagem muito bonita de Padre Pio. Não é o Santo que está no céu e acabou, e diz  “bem, vocês se virem”... Não! É o Santo que nos acompanha continuamente, de outra forma não teria explicação que sobre aquele Gargano rochoso cheguem ainda milhares de peregrinos. Ninguém sai da sua casa se não está seguro de ter uma recompensa, de obter uma graça. Portanto, é o Santo que ainda hoje vive em meio ao povo, vive pelo povo”.

RV: O senhor conheceu, esteve por anos com Padre Pio; também quem não o conhece muito bem, tem esta imagem dele no confessionário, que passa ali horas incansáveis. Isto tem um significado muito forte neste Jubileu da Misericórdia... o perdão...

“Claro! Tenhamos presente que Padre Pio, como justamente se diz, muitas vezes levanta a voz e repreende. E por que? É a imagem do pai de família. Tem os filhos e age de uma forma para que os filhos se comportem bem, dá bons ensinamentos... Mas se o filho começa a se desviar, o pai deve intervir, deve chamá-lo para o caminho reto. Se não faz isto, não é um bom pai. E Padre Pio era um bom pai, que quando estava diante de um penitente que acusava seus pecados, mas não tinha nenhuma intenção de mudar de caminho, de mudar de vida, levantava a voz e o repreendia”.

RV: Recorda também o Papa Francisco, que a propósito de palavras fortes, às vezes é duro ao condenar o pecado, ao mesmo tempo que abraça o pecador...

“Belíssimo, Papa Francisco! Poderíamos dizer que ele está agindo muito como Francisco de Assis, mas no campo da guia do povo age também como o Padre Pio, porque Padre Pio é moderno. O Papa Francisco é moderno, e portanto, é uma realidade quase parecida... Assim, Padre Pio é de ajuda também ao Papa Francisco, não somente com a intercessão do céu, mas também com o seu testemunho de vida”.

RV: O que representa para o senhor e para sua comunidade este traslado do Padre Pio a Roma, este evento assim tão extraordinário?

“É necessário refletir um pouco a respeito, porque facilmente alguém pode ser influenciado pelo movimento, pela organização... Isto, para nós frades, deve fazer refletir. Somos chamados a percorrer o seu caminho, aquele que ele nos abriu; nos faz refletir - nós que somos chamados frades do povo - como Padre Pio tenha se preocupado em fazer crescer o deserto em que ele estava e o desenvolveu”. Nós frades devemos rezar, porque sem oração não se faz nada; devemos nos preocupar em permanecer frades do povo, estar em meio ao povo!”

São Leopoldo Mandić

São Leopoldo Mandić nasceu na Dalmácia em 1866, viveu por 30 anos no Convento dos Capuchinhos de Pádua e ali morreu em 1942. Dedicou toda a sua vida ao Sacramento da Reconciliação. A respeito de seu carisma, ouçamos o que nos diz o Reitor do Santuário de São Leopoldo de Mandić,  de Pádua, Padre Flaviano Giovanni Gusella.

“Padre Leopoldo foi adotado pelos Papas que o beatificaram e canonizaram – Paulo VI e São João Paulo II – com um duplo carisma: o de ser Ministro Extraordinário, “heroico ministro da Reconciliação” – são as palavras textuais usadas na homilia de Beatificação e de Canonização – e ao mesmo tempo Profeta do ecumenismo espiritual. Padre Leopoldo era uma pessoa erudita, sábio, inteligente, uma pessoa sobretudo que tinha um grande coração pelos pecadores”.

RV: Qual o legado de Padre Mandić aos confessores?

“Certamente a disponibilidade. O Padre Leopoldo passava no confessionário todo o dia, desde cedo da manhã até tarde da noite. Se existe uma coisa que pedia aos Superiores era a de poder ultrapassar os horários estabelecidos para os confessores: a sua total disponibilidade e a fidelidade ao seu ministério e ao seu carisma. Assim acredito que seja isto, porque às vezes, da parte de muitos penitentes, se sente hoje a necessidade, o desejo, de encontrar e de encontrar ali – como disse o Papa Francisco na Bula de Convocação do Jubileu da Misericórdia -  o confessor que te espera, te acolhe, não te deixa impaciente, e que está pronto em te acolher como imagem de Jesus Bom Pastor. Acredito que esta seja a atitude de base fundamental para os confessores. E depois, sempre como diz Papa Francisco na Bula para o grande Jubileu da Misericórdia, esta capacidade de ser rosto misericordioso, terno, doce, paterno em relação àqueles que se aproximam ao Sacramento da Reconciliação. Assim como fez o Pai da Parábola do Filho Pródigo”.

RV: E o que disse a quem se aproximava do confessionário?

“Padre Leopoldo convida à confiança. “Tenha fé, tenha confiança – dizia – não tenhas medo. Veja, também eu sou um pecador como você. Se o Senhor” – o chamava de “Mestre Deus” – “não tivesse uma mão sobre a cabeça, faria como ele e ainda pior do que ele”. Padre Leopoldo convida a ter esta confiança extraordinária em um Deus que é somente amor, somente perdão, somente capacidade de acolhida, de ternura, que tem o maior desejo de nos abraçar novamente como seus filhos. Não importa os pecados nem os erros. Deus vê o nosso desejo de retomarmos o caminho, de mudar-nos de vida, de reconciliar-nos. E isto lhe basta”. (JE)

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Laudato Si: De 181 a 190

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Cidade do Vaticano (RV) - 3. Diálogo e transparência nos processos decisórios 

181. Indispensável é a continuidade, porque não se podem modificar as políticas relativas às alterações climáticas e à protecção ambiental todas as vezes que muda um governo. Os resultados requerem muito tempo e comportam custos imediatos com efeitos que não poderão ser exibidos no período de vida dum governo. Por isso, sem a pressão da população e das instituições, haverá sempre relutância a intervir, e mais ainda quando houver urgências a resolver. Para um político, assumir estas responsabilidades com os custos que implicam não corresponde à lógica eficientista e imediatista actual da economia e da política, mas, se ele tiver a coragem de o fazer, poderá novamente reconhecer a dignidade que Deus lhe deu como pessoa e deixará, depois da sua passagem por esta história, um testemunho de generosa responsabilidade. Importa dar um lugar preponderante a uma política salutar, capaz de reformar as instituições, coordená-las e dotá-las de bons procedimentos, que permitam superar pressões e inércias viciosas. Todavia é preciso acrescentar que os melhores dispositivos acabam por sucumbir, quando faltam as grandes metas, os valores, uma compreensão humanista e rica de significado, capazes de conferir a cada sociedade uma orientação nobre e generosa.

3. Diálogo e transparência nos processos decisórios

182. A previsão do impacto ambiental dos empreendimentos e projectos requer processos políticos transparentes e sujeitos a diálogo, enquanto a corrupção, que esconde o verdadeiro impacto ambiental dum projecto em troca de favores, frequentemente leva a acordos ambíguos que fogem ao dever de informar e a um debate profundo.

183. Um estudo de impacto ambiental não deveria ser posterior à elaboração dum projecto produtivo ou de qualquer política, plano ou programa. Há-de inserir-se desde o princípio e elaborar-se de forma interdisciplinar, transparente e independente de qualquer pressão económica ou política. Deve aparecer unido à análise das condições de trabalho e dos possíveis efeitos na saúde física e mental das pessoas, na economia local, na segurança. Assim os resultados económicos poder-se-ão prever de forma mais realista, tendo em conta os cenários possíveis e, eventualmente, antecipando a necessidade dum investimento maior para resolver efeitos indesejáveis que possam ser corrigidos. É sempre necessário alcançar consenso entre os vários actores sociais, que podem trazer diferentes perspectivas, soluções e alternativas. Mas, no debate, devem ter um lugar privilegiado os moradores locais, aqueles mesmos que se interrogam sobre o que desejam para si e para os seus filhos e podem ter em consideração as finalidades que transcendem o interesse económico imediato. É preciso abandonar a ideia de «intervenções» sobre o meio ambiente, para dar lugar a políticas pensadas e debatidas por todas as partes interessadas. A participação requer que todos sejam adequadamente informados sobre os vários aspectos e os diferentes riscos e possibilidades, e não se reduza à decisão inicial sobre um projecto, mas implique também acções de controle ou monitoramento constante. É necessário haver sinceridade e verdade nas discussões científicas e políticas, sem se limitar a considerar o que é permitido ou não pela legislação.

184. Quando surgem eventuais riscos para o meio ambiente que afectam o bem comum presente e futuro, esta situação exige «que as decisões sejam baseadas num confronto entre riscos e benefícios previsíveis para cada opção alternativa possível».[131]Isto vale sobretudo quando um projecto pode causar um incremento na exploração dos recursos naturais, nas emissões ou descargas, na produção de resíduos, ou então uma mudança significativa na paisagem, no habitat de espécies protegidas ou num espaço público. Alguns projectos, não apoiados por uma análise bem cuidada, podem afectar profundamente a qualidade de vida dum lugar, devido a questões muito diferentes entre si, como, por exemplo, uma poluição acústica não prevista, a redução do horizonte visual, a perda de valores culturais, os efeitos do uso da energia nuclear. A cultura consumista, que dá prioridade ao curto prazo e aos interesses privados, pode favorecer análises demasiado rápidas ou consentir a ocultação de informação.

185. Em qualquer discussão sobre um empreendimento, dever-se-ia pôr uma série de perguntas, para poder discernir se o mesmo levará a um desenvolvimento verdadeiramente integral: Para que fim? Por qual motivo? Onde? Quando? De que maneira? A quem ajuda? Quais são os riscos? A que preço? Quem paga as despesas e como o fará? Neste exame, há questões que devem ter prioridade. Por exemplo, sabemos que a água é um recurso escasso e indispensável, sendo um direito fundamental que condiciona o exercício doutros direitos humanos. Isto está, sem dúvida, acima de toda a análise de impacto ambiental duma região.

186. Na Declaração do Rio, de 1992, afirma-se que, «quando existem ameaças de danos graves ou irreversíveis, a falta de certezas científicas absolutas não poderá constituir um motivo para adiar a adopção de medidas eficazes»[132] que impeçam a degradação do meio ambiente. Este princípio de precaução permite a protecção dos mais fracos, que dispõem de poucos meios para se defender e fornecer provas irrefutáveis. Se a informação objectiva leva a prever um dano grave e irreversível, mesmo que não haja uma comprovação indiscutível, seja o projecto que for deverá suspender-se ou modificar-se. Assim, inverte-se o ónus da prova, já que, nestes casos, é preciso fornecer uma demonstração objectiva e contundente de que a actividade proposta não vai gerar danos graves ao meio ambiente ou às pessoas que nele habitam.

187. Isto não implica opor-se a toda e qualquer inovação tecnológica que permita melhorar a qualidade de vida duma população. Mas, em todo o caso, deve permanecer de pé que a rentabilidade não pode ser o único critério a ter em conta e, na hora em que aparecessem novos elementos de juízo a partir de ulteriores dados informativos, deveria haver uma nova avaliação com a participação de todas as partes interessadas. O resultado do debate pode ser a decisão de não avançar num projecto, mas poderia ser também a sua modificação ou a elaboração de propostas alternativas.

188. Há discussões sobre problemas relativos ao meio ambiente, onde é difícil chegar a um consenso. Repito uma vez mais que a Igreja não pretende definir as questões científicas nem substituir-se à política, mas convido a um debate honesto e transparente, para que as necessidades particulares ou as ideologias não lesem o bem comum.

4. Política e economia em diálogo para a plenitude humana

189. A política não deve submeter-se à economia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia. Pensando no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, especialmente da vida humana. A salvação dos bancos a todo o custo, fazendo pagar o preço à população, sem a firme decisão de rever e reformar o sistema inteiro, reafirma um domínio absoluto da finança que não tem futuro e só poderá gerar novas crises depois duma longa, custosa e aparente cura. A crise financeira dos anos 2007 e 2008 era a ocasião para o desenvolvimento duma nova economia mais atenta aos princípios éticos e para uma nova regulamentação da actividade financeira especulativa e da riqueza virtual. Mas não houve uma reacção que fizesse repensar os critérios obsoletos que continuam a governar o mundo. A produção não é sempre racional, e muitas vezes está ligada a variáveis económicas que atribuem aos produtos um valor que não corresponde ao seu valor real. Isto leva frequentemente a uma superprodução dalgumas mercadorias, com um impacto ambiental desnecessário, que simultaneamente danifica muitas economias regionais.[133]Habitualmente, a bolha financeira é também uma bolha produtiva. Em suma, o que não se enfrenta com energia é o problema da economia real, aquela que torna possível, por exemplo, que se diversifique e melhore a produção, que as empresas funcionem adequadamente, que as pequenas e médias empresas se desenvolvam e criem postos de trabalho.

190. Neste contexto, sempre se deve recordar que «a protecção ambiental não pode ser assegurada somente com base no cálculo financeiro de custos e benefícios. O ambiente é um dos bens que os mecanismos de mercado não estão aptos a defender ou a promover adequadamente».[134] Mais uma vez repito que convém evitar uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos. Será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações? Dentro do esquema do ganho não há lugar para pensar nos ritmos da natureza, nos seus tempos de degradação e regeneração, e na complexidade dos ecossistemas que podem ser gravemente alterados pela intervenção humana. Além disso, quando se fala de biodiversidade, no máximo pensa-se nela como um reservatório de recursos económicos que poderia ser explorado, mas não se considera seriamente o valor real das coisas, o seu significado para as pessoas e as culturas, os interesses e as necessidades dos pobres.

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Igreja na América Latina



Colômbia: bispos apoiam campanha contra desperdício de água

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Bogotá (RV) - A Conferência Episcopal da Colômbia aderiu à campanha “Todos contra o desperdício”, iniciativa contra o esbanjamento de água lançada pelo Ministério do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável do país. O objetivo é criar “uma maior consciência sobre a importância da água e o compromisso em conservá-la”.

Em uma nota oficial assinada pelo secretário-geral da conferência, Dom José Daniel Falla Robles, a Igreja em Bogotá pede aos sacerdotes da nação para recordar aos fieis durante as celebrações eucarísticas de domingo, 7 de fevereiro, que “a água é um elemento abençoado ao qual é preciso prestar atenção”.

Futuro

“Desta fora, procura-se sublinhar a importância de lutar pela tutela deste líquido precioso a fim de que nós, as futuras gerações e todas as pessoas possam ter acesso a este recurso indispensável para a vida”.

O cartaz da campanha mostra algumas folhas molhadas de chuva e o slogan “A água é abençoada, devemos cuidar dela”. O anúncio traz também um trecho da Encíclica ‘Laudato si’ do Papa Francisco, sobre o cuidado da casa comum. (MJ)

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Igreja no Mundo



Igrejas contra expansão extrativista na Indonésia

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Kupang (RV) – Líderes religiosos e outras centenas de pessoas manifestaram nos últimos dias em Kupang, na província de Nusa Tenggara, leste da Indonésia, contra um projeto de extração de manganês no centro-sul de Timor. A empresa minerária é acusada de contaminar o território e os manifestantes pediam ao governo de Jacarta para revogar a sua licença. A empresa foi autorizada, em 2008, a realizar suas atividades em 4.555 hectares, território onde se situam seis aldeias, em dois subdistritos. 

Frei Yohanes Kristoforus Tara, da “Franciscan Justice, Peace and Integrity”, denuncia que a extração ameaça seriamente os recursos vitais da população local. As atividades já danificaram a área, tendo secado aquíferos e provocado efeitos negativos em cerca de 6 mil hectares de arrozais em Oebelo. Os resíduos da companhia minerária “são uma ameaça à saúde da população: alguns moradores começaram a sofrer de irritações cutâneas devido à água poluída”.  

Opressão

Frei Tara, determinado em defender os direitos dos moradores, diz que “lutamos pelos mais fracos, para que não se tornem vítimas... e pela salvaguarda da terra”.

A Igreja protestante evangélica de Timor também se pronunciou a respeito. O pastor Manu conta que o projeto de extração provocou até divisões na comunidade: de um lado os que o apoiam, do outro os contestadores, gerando um impacto social também. 

Yustinus Darma, do Fórum indonésio para o meio-ambiente, admitiu que as empresas extrativas pedem muitas vezes ajuda à polícia quando têm problemas com a população local. “É uma praxe que usam para assustar a população, pressionando-a a aceitar qualquer proposta”. 

(CM)

 

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Formação



Leigos, fermento do Evangelho na sociedade

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória História - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar, na edição de hoje, do Decreto Apostolicam actuositatem sobre o Apostolado dos Leigos. 

No programa passado, vimos que o Decreto Apostolicam actuositatem sobre o Apostolado dos Leigos, promulgado por Paulo VI em 18 de novembro de 1965, nasceu a partir de outros documentos, mesmo anteriores ao Concílio Vaticano II. Ademais, já havia no seio na Igreja a ação de diversos grupos, o que pré-anunciava a necessidade de uma mudança. Assim, o Vaticano II percebeu que não seria possível fazer uma atualização da Igreja sem falar dos leigos, nascendo então aquela ideia de "Igreja,  povo de Deus", com uma nova maneira de interpretar, de entender a Igreja.

O protagonismo dos leigos na Igreja, no entanto, já era tema de reflexão de diversos teólogos, como nos explica o Presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, o Bispo de Caçador (SC), Dom Severino Clasen:

"E temos diversos autores que falavam e também traziam contribuições sobre a reflexão teológica dos leigos. Não vou citar todos, mas apenas um que foi antes do Concílio,  mas foi o grande redator também da Lumen gentium, que foi o teólogo belga Gerhardt Phillips. Ele foi o único a buscar uma abordagem positiva do conceito de leigo no decorrer dos anos de 50 e 60, e sua pretensão é formular mais claramente possível à luz da Verdade Revelada, os princípios exatos que dizem respeito ao lugar e à tarefa do laicato na Igreja. Então este teólogo, depois tem uma grande influência no Concílio Ecumênico Vaticano II, acredito que por isto também,  se produziu este documento para apostolado dos cristãos leigos, destacando qual é de fato a tarefa dos leigos na Igreja. Mas a Igreja também não é uma entidade isolada do mundo, e por isto é importante também falar, o testemunho de ser Igreja não é apenas dentro de um templo, mas sim levar este testemunho, este espírito para fora da Igreja e ser testemunho na fábrica, na política, na faculdade, no mundo da educação, das comunicações, enfim. Onde que os cristãos estão atuando, deve ser o espaço privilegiado para serem testemunhas, fermento do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo".

O Decreto Apostolicam Actuositatem vem elucidar o aspecto positivo da ação dos cristãos leigos na Igreja, buscando também conciliar o próprio termo "leigo", como nos explica Dom Clasen:

"Nós temos muitas vezes esta dificuldade, uma visão negativa. Por exemplo, às vezes a gente ouve estas expressões ainda: "eu sou leigo no assunto", quer dizer, "eu não entendo nada". Então o leigo é aquele que não entende nada. Vamos virar, vamos mudar,  vamos converter esta mentalidade. Leigo é aquele que deve participar.  E o documento quer nos trazer esta dimensão positiva, qual é de fato a missão na Igreja e no mundo. Qual é o munus profético, sacerdotal e regio dos leigos. Quais são as questões específicas da missão dos cristãos. Olhemos bem as nossas Igrejas. Aqui por exemplo, no Brasil, quantas pessoas envolvidas na catequese, ministros extraordinários da Comunhão, Ministros da Esperança, a Pastoral da Criança, Pastoral do Idoso, a Juventude. Enfim, na Liturgia. São inúmeros, são milhares e milhares de pessoas atuando. Agora, esta liga, ela deve acontecer também no mundo secular. Por isto, é o cristão leigo e leiga. Eles atuam no mundo secular, é na família, é na dimensão profissional e tudo mais. Então este Documento ele vem para elucidar, para abrilhantar o aspecto positivo da ação dos cristãos leigos, sendo agentes de transformação no mundo e também na Igreja".

"Eu diria, em poucas palavras, este documento fala isto, os vários campos do apostolado, as formas de apostolado, a ordem de observar no apostolado, a formação para o apostolado. Aliás, a dimensão formativa  ela é importantíssima, para que de fato se crie uma consciência a partir do verdadeiro conhecimento do saber, para que assim a gente não fique jogando no ar coisas que não tem nada a ver ou quando a gente acha que não deve participar, que nós somos tantas pessoas falando nas suas atividades individuais. "Eu faço a minha parte do jeito que penso e não tenho um conhecimento mais profundo". Então eu acho que este é um ponto que devemos trabalhar e conscientizar". (JE)

 

 

 

 

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Atualidades



Local do batismo de Jesus declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO

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Paris (RV) – O local do batismo de Jesus no Rio Jordão foi declarado oficialmente pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, em uma cerimônia realizada em Paris na terça-feira (2/2), na presença de uma delegação proveniente do Reino Hashemita da Jordânia, formada pelo Ministro do Turismo Nayef H Al-Fayez e pelo Arcebispo Maroun Lahham, Vigário Patriarcal para a Jordânia do Patriarcado Latino de Jesusalém.

Local visitado por quatro Papas

Em seu pronunciamento, o Arcebispo Lahham definiu o local do batismo de Jesus como “um lugar onde ainda ecoa a vos de Cristo”, em um país – a Jordânia – “tranquilo e seguro, em meio a um Oriente Médio em chamas”. “O Evangelho – recordou o Vigário Patriarcal – já o havia declarado há 2000 anos, a devoção popular sempre confirmou isto e hoje a comunidade internacional faz a declaração oficial”.

A Jordânia também é Terra Santa

“A partir desta tarde – acrescentou – nós podemos declarar a alta voz que a Jordânia é Terra Santa. A Terra Santa compreende também, e sobretudo, Jerusalém, Belém e Nazaré, mas a Jordânia não é por isto menos santa”. (JE)

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Expoentes da bioética condenam manipulação genética de embriões humanos

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Londres (RV) – “Um novo passo em direção à criação de bebês geneticamente modificados”. Esta foi a reação de David Albert Jones, diretor do Instituto católico britânico de bioética à controversa decisão da Autoridade para a fertilidade e embriologia do Reino Unido (HFEA), anunciada nesta terça-feira (02/02), de autorizar uma equipe de cientistas a conduzir experimentos de modificação genética em embriões humanos. Trata-se da primeira autorização na Europa para a manipulação de embriões humanos. 

A autorização, concedida ao Instituto Francis Crick de Londres, prevê o emprego de um método denominado Crispr-Cas9 que permite individuar e neutralizar com precisão genes defeituosos no DNA.

Um dos estudos conduzidos será sobre os genes envolvidos no desenvolvimento de células que formam a placenta, para tentar explicar os abortos espontâneos.

O único limite à pesquisa tem como base a lei britânica que há algum tempo já permite que se realizem pesquisas com embriões desde que estes não sejam implantados para uma gravidez.

O risco de eugenia

Todavia, são inevitáveis as polêmicas em razão das graves implicações éticas que tais experimentos comportam. “Este avanço – afirma Jones – é somente o último passo, depois das tentativas de clonar embriões humanos, para a criação de embriões híbridos (humanos e animais) e para a criação de embriões com três pais. Cada passo avante foi acompanhado de promessas exageradas para curar ou prevenir doenças, mas o verdadeiro intento é simplesmente dar vida à experimentações sempre mais imorais em seres humanos nas primeiríssimas fases de seu desenvolvimento”.

“A promessa real das técnicas da manipulação genética – prossegue o diretor – está na esperança de uma terapia ética e eficaz para crianças e adultos que nasceram em condições tais que atualmente não têm cura. A pesquisa deveria concentrar-se sobre o desenvolvimento da terapia gênica somática segura e eficaz e não sobre a experimentação destrutiva de embriões humanos”.

Cobaias

Calum MacKellar, professor de Bioética na Universidade de St. Mary em Londres e diretor do departamento de pesquisas do Conselho Escocês de Bioética humana, também condenou a autorização.

“Permitir a manipulação genética de embriões humanos abre caminho à eugenia condenada pela sociedade civil após a Segunda Guerra Mundial”, declarou. “Os embriões serão tratados como cobaias humanas”, finalizou MacKellar. (LZ/RB)

 

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Religiosa analisa a misericórdia na Vida Consagrada

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Cidade do Vaticano (RV) – Nosso especial desta quarta-feira (03/02) é dedicado à uma missionária gaúcha da Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus que vive há 14 anos em Yaoundé, na República Africana dos Camarões. No país africano, Irmã Marli Terezinha Teixeira trabalha no campo da formação, como Mestre de Noviças. Ela esteve em Roma participando do Jubileu da Vida Consagrada, e foi nesta ocasião que Bianca Fraccalvieri a encontrou.

A religiosa inicia o seu depoimento relatando a emoção de ter presenciado a abertura da primeira Porta Santa do Ano da Misericórdia, em Bangui, na República Centro-africana. Com ela, estavam outras irmãs, inclusive uma missionária que está há 45 anos na África a quem o Papa pediu a bênção.

Irmã Terezinha analisa o conceito de misericórdia na Vida Consagrada e enfim, faz um convite à juventude. Ouça a reportagem completa: 

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Vida consagrada é destaque do programa "Porta Aberta"

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição de quarta-feira, 3 de fevereiro, do programa “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” traz uma reportagem especial sobre o evento conclusivo do Ano da Vida Consagrada.

O Programa Brasileiro acompanhou o Congresso que se realizou em Roma de 28 a 2 de fevereiro, promovido pela Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, reunindo mais de cinco mil religiosos de diversos países.

Além da missa celebrada pelo Papa Francisco na festa da Apresentação do Senhor, que encerrou o Ano da Vida Consagrada, no “Porta Aberta” é possível ouvir o Cardeal brasileiro João Braz de Aviz e testemunhos de brasileiras que participaram do Congresso falando sobre a relação entre vida consagrada e misericórdia.

“Porta Aberta” dá sequência também à reportagem especial sobre as obras de misericórdia corporais e espirituais. O convidado desta semana é o Reitor do Colégio Pio Brasileiro, Pe. Geraldo Maia, que nesta edição fala das raízes bíblicas da misericórdia no Antigo Testamento.

O programa dá destaque ainda à primeira Audiência Geral extraordinária que o Papa realizará mensalmente durante o Ano jubilar aos sábados e à Audiência Geral desta quarta-feira, em que prosseguiu seu ciclo de catequeses sobre a misericórdia.

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Ziza Fernandes conta sua experiência com Deus no Ano Jubilar

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Cidade do Vaticano – Recebemos nos estúdios da Rádio Vaticano a cantora Ziza Fernandes que participou do programa "O Caminho da Misericórdia". Ela passou pela Porta Santa da Basílica de São Pedro e contou sua experiência a Silvonei José. 

 

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